SlideShare a Scribd company logo
1 of 27
A Montanha da Água Lilás Fábula para Todas as Idades Pepetela Vanda Teixeira, 17 Vera Barbosa, 18 12ºH
Pepetela Pepetela nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio. Foi guerrilheiro pelo MPLA, político e governante. Desde 1984 é professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e tem sido dirigente de associações culturais, com destaque para a União dos Escritores Angolanos e a Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde. A atribuição do Prémio Camões (1997) confirmou o seu lugar de destaque na literatura lusófona.
Fábula 	A fábula é um género narrativo que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século 6º. a.C., na Grécia antiga. Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de carácter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para o ser humano. Cada bicho simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho. É uma narrativa inverosímil, com fundo didáctico.
O Livro
As personagens
Lupis 	Os lupis são seres cor-de-laranja que se distinguem em três qualidades. Todos eles são “peludinhos” excepto na cara, com um nariz bem gordo, batatudo, e com orelhas e bochechas redondas. Idênticos aos humanos, os lupis tinham duas pernas e dois braços, andando de pé como eles. O nome tem origem no modo como eles comunicam, fazendo lupi-lupi-lupi (lupilarem) sempre que estão contentes ou muito zangados. São também seres muito curiosos.
Cambutas A primeira qualidade dos lupis são os cambutas, sendo estes do tamanho de coelhos, e os mais ágeis e rápidos de todos. Estas qualidades permitiam aos cambutas subir facilmente às arvores para se alimentarem de frutas e recolhe-las para toda a comunidade, especialmente para os jacalupis.
Lupões 	Os lupões são a segunda qualidade dos lupis, distinguindo-se dos cambutas pelo facto de serem maiores, “do tamanho de um chimpanzé pequeno” e mais gordos e redondos. 	Apesar de também subirem às arvores, tinham mais dificuldades, devido ao seu tamanho.
Jacalupis 	Mais tarde, apareceu uma nova qualidade entre os lupis. À medida que os lupizinhos foram crescendo, alguns deles tomavam proporções maiores do que os próprios lupões. Os jacalupis acabavam de nascer, tendo o seu nome origem no facto de ao invés de lupilarem, gritarem constantemente jac-jac-jac (jacarejarem). 	Estes seres distinguem-se em muitos aspectos dos outros lupis, tinham por exemplo um apetite devorador e eram ainda mais redondos do que os lupões. Muito preguiçosos, nem conseguiam sequer aprender a subir às arvores, preferindo ficar o dia todo deitados a jacarejar, sendo incapazes de arranjarem comida para si próprios, deixando-se servir pelos outros.
Jacalupis 	Apesar de todos os lupis serem dotados de grande inteligência, esta qualidade diferencia-se também por ter uma capacidade de raciocínio muito inferior aos outros, sendo a sua aptidão de aprendizagem quase inexistente, tendo fraca memória.  	Os jacalupis tinham um carácter muito difícil, pois eram muito agressivos, rudes e malcriados.
Lupi-professora Lupi-kimbanba Tinha dois filhos cambutinhas e um jacalupi, sofrendo muito por estes se darem mal. Cautelosa, solidária, sensata, fiel. Muito sábio em termos de raízes e ervas, para tratar as doenças.
Lupi-sábio O mais inteligente e experiente dos lupis. Gostava muito de estudar e inventar coisas no laboratório, pois as experiências eram as coisas mais importantes para ele, logo não gosta de desperdiçar tempo com coisas inúteis quando pode aproveitar aquilo que já tem. Lupi-cobaia Devido a um desgosto amoroso, perdeu o gosto pela vida e passou a oferecer-se para todas as experiencias dos sábios, não por procurar a morte, mas por ser generoso e querer ajudar os outros, arriscando nas experiencias e encontrando no risco um gosto e felicidade.
Lupi-pensador Lupi-poeta É justo e a favor da igualdade entre todos.  Sensato como é, gosta de ponderar tudo antes de tomar um partido. Não é influenciável, pensando sempre por ele próprio. É orgulhoso, mas tem um bom coração, o que faz dele um lupi altruísta. É um ser muito irritável, quando os resultados não lhe agradam. Gosta muito do luar e inspira-se na paisagem e beleza da natureza. Tem uma intuição apurada, e precisa de sossego para se concentrar São fiéis aos seus ideais
Lupi-comerciante Lupi-contabilista Tem muito sentido prático e não gosta de desperdiçar nada, o que faz dele um génio para os negócios. É muito orgulhoso, autoritário, interesseiro, egoísta, tornando-se manhoso e prudente. Era o mais forte dos lupis em contas de cabeça. Era uma espécie de adjunto do lupi-comerciante, sendo muito influenciado por ele.
Lupi-diplomata É bom a argumentar, nunca dá uma opinião precisa e é muito hábil perante discussões difíceis. Perante um fracasso fica triste e envergonhado, pois é raro falhar uma negociação, tendo a necessidade de arranjar desculpas para esse fracasso. Pondera sempre tudo antes de tomar alguma decisão, gostando de civilização e boas maneiras. Lupi-advogado É um bom argumentador e bom orador. Justo e gosta de regras. Sempre que quer iniciar um discurso puxa o braço para trás das costas e levanta a cabeça.
Lupi-armazenista Jacalupi-capitão Tem a mania de guardar sempre comida numa gruta só conhecida dele, onde está tudo muito bem organizado É agressivo e impaciente, e gosta de ameaçar toda a gente. Tem a mania das altezas e acha-se superior aos outros por ser o mais inteligente entre os jacalupis. É também muito vaidoso e materialista. É influenciável e gosta de comer.
Os animais Os animais que viviam na planicie têm um papel relevante para o desenvolvimento da história, pois representam as diferentes sociedades e culturas, tipicamente imperfeitas e consumistas, levando a desordem à harmonia dos lupis.
Os animais Os leões e as onças, por exemplo, inimigos desde sempre, são rivais, e ambos querem-se apoderar da montanha e da água lilás dos lupis (o bem material deles). Assim podemos comparar esses animais aos colonozadores de diversos países, que disputam o território africano e as suas riquezas entre si.
Simbologia
Introdução    Pepetela oferece-nos uma deliciosa metáfora social ao dotar o texto de uma sonoridade e de um ritmo tropical que lhe conferem um estilo com um encanto singular.Mais ainda, o livro está povoado de lindíssimas ilustrações que contém em si o essencial de cada capítulo ajudando o leitor a decifrar a estória e a visualizar os lupis, lupões e jacalupis. http://hasempreumlivro.blogspot.com/2006/03/montanha-da-gua-lils-de-pepetela-dom.html
Cambutas Em termos gerais podemos associar os cambutas à população africana, explorada pelos colonizadores estrangeiros, que se achavam mais fortes e superiores. A maioria dos africanos sujeitava-se às ordens dos ‘brancos’, pois não tinham coragem e força suficiente para enfrentá-los. Os cambutas simbolizam principalmente a ingenuidade e fragilidade emocional dos explorados, não só dos africanos na altura das colonizações, mas também dos operários de hoje.
Lupões Os Lupões surgem nesta obra como os representantes dos Africanos mais poderosos, inteligentes e manhosos, que se aproveitavam das oportunidades que surgiam para tirar os seus prórpios lucros.  	Exemplificado pelo Comerciante, o Advogado ou o diplomata, os Lupões tinham habilidades suficientes para conseguirem atingir os seus objectivos.
Jacalupis Os colonizadores vindos da Europa, os brancos, que iam para África explorar a terra e os seus habitantes, são encarnados pelos jacalupis. Estes, com a mania das grandezas, exploravam os africanos mais pobres, aproveitando-se do trabalho deles pela força, pois sabiam que estes eram ingénuos. Basicamente os jacalupis representam os parasitas da sociedade, e simbolizam o sucesso e a vitória dos medíocres, que deixam os outros trabalhar para alimentarem os seus próprios vícios.
O Narrador
Participação Focalização Heterodiegético: o narrador não é uma personagem da história. Focalização omnisciente: colocado numa posição de transcendência, o narrador mostra a conhecer toda a história.
Conclusão “Considero a obra algo muito inteligente, não só pela sua crítica à sociedade, mas pela forma como é feita, através de uma fábula, como se também os adultos fossem eles algo crianças em relação a este assunto que precisassem de que lhes explicassem como se fossem tal, porque na verdade, toda a vida aprendemos. Neste caso dá-se o efeito de ainda haverem lições a aprender, especialmente sobre algo para o qual as pessoas aceitam pacificamente. Tem igualmente efeito este distanciamento, não utilizando pessoas mas animais, o que leva também de certo modo às pessoas reflectirem através da identificação com estes “estranhos” animais. Não seremos nós “estranhos” animais?” http://pergaminhos.blogspot.com/2007/02/montanha-de-gua-lils-comentrio-da-obra.html
Trabalho realizado por... Vanda Teixeira, Nº17 Vera Barbosa, Nº 18

More Related Content

What's hot

O texto argumentativo falácias
O texto argumentativo   faláciasO texto argumentativo   falácias
O texto argumentativo faláciasÉric Santos
 
Categorias Da Narrativa
Categorias Da NarrativaCategorias Da Narrativa
Categorias Da NarrativaMaria Fonseca
 
Texto argumentativo exemplo
Texto argumentativo exemploTexto argumentativo exemplo
Texto argumentativo exemploFJDOliveira
 
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matéria
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matériaGráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matéria
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matériaO Bichinho do Saber
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Maria João Lima
 
Recontando em português as fábulas de la fontaine
Recontando em português as fábulas de la fontaineRecontando em português as fábulas de la fontaine
Recontando em português as fábulas de la fontaineIsabel DA COSTA
 
Elaborar biografia
Elaborar biografiaElaborar biografia
Elaborar biografiaamelasa
 
A fada oriana joaquim santos 5ºg
A fada oriana   joaquim santos 5ºgA fada oriana   joaquim santos 5ºg
A fada oriana joaquim santos 5ºgIsabelPereira2010
 
Gênero textual narrativo
Gênero textual narrativoGênero textual narrativo
Gênero textual narrativoPaulo Alexandre
 
Meu pé de laranja e lima (personagens)
Meu pé de laranja e lima (personagens)Meu pé de laranja e lima (personagens)
Meu pé de laranja e lima (personagens)Ana Janela
 
SequêNcias De NúMeros
SequêNcias De NúMerosSequêNcias De NúMeros
SequêNcias De NúMerosritapereira
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros TextuaisEdna Brito
 
Texto poético: características
Texto poético: característicasTexto poético: características
Texto poético: característicasinessalgado
 

What's hot (20)

O texto argumentativo falácias
O texto argumentativo   faláciasO texto argumentativo   falácias
O texto argumentativo falácias
 
Categorias Da Narrativa
Categorias Da NarrativaCategorias Da Narrativa
Categorias Da Narrativa
 
Características do anúncio publicitário
Características do anúncio publicitárioCaracterísticas do anúncio publicitário
Características do anúncio publicitário
 
Texto argumentativo exemplo
Texto argumentativo exemploTexto argumentativo exemplo
Texto argumentativo exemplo
 
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matéria
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matériaGráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matéria
Gráficos de funções afim - Matemática 8º ano - Resumo da matéria
 
Texto narrativo
Texto narrativoTexto narrativo
Texto narrativo
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
 
Recontando em português as fábulas de la fontaine
Recontando em português as fábulas de la fontaineRecontando em português as fábulas de la fontaine
Recontando em português as fábulas de la fontaine
 
Texto publicitário
Texto publicitárioTexto publicitário
Texto publicitário
 
Elaborar biografia
Elaborar biografiaElaborar biografia
Elaborar biografia
 
A fada oriana joaquim santos 5ºg
A fada oriana   joaquim santos 5ºgA fada oriana   joaquim santos 5ºg
A fada oriana joaquim santos 5ºg
 
Gênero textual narrativo
Gênero textual narrativoGênero textual narrativo
Gênero textual narrativo
 
Texto dramático
Texto dramáticoTexto dramático
Texto dramático
 
Meu pé de laranja e lima (personagens)
Meu pé de laranja e lima (personagens)Meu pé de laranja e lima (personagens)
Meu pé de laranja e lima (personagens)
 
SequêNcias De NúMeros
SequêNcias De NúMerosSequêNcias De NúMeros
SequêNcias De NúMeros
 
Hiperonímia e hiponímia
Hiperonímia e hiponímiaHiperonímia e hiponímia
Hiperonímia e hiponímia
 
Notícia gênero textual
Notícia gênero textualNotícia gênero textual
Notícia gênero textual
 
Formacao de palavras[1]
Formacao de palavras[1]Formacao de palavras[1]
Formacao de palavras[1]
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros Textuais
 
Texto poético: características
Texto poético: característicasTexto poético: características
Texto poético: características
 

Viewers also liked

Viewers also liked (13)

Presentación pepetela
Presentación pepetelaPresentación pepetela
Presentación pepetela
 
Cláudia nº10 8ºc
Cláudia  nº10 8ºcCláudia  nº10 8ºc
Cláudia nº10 8ºc
 
Leis de Newton
Leis de NewtonLeis de Newton
Leis de Newton
 
Quélia II
Quélia IIQuélia II
Quélia II
 
Pepetela
PepetelaPepetela
Pepetela
 
Análise da estrutura e conteúdo dos poemas
Análise da estrutura e conteúdo dos poemasAnálise da estrutura e conteúdo dos poemas
Análise da estrutura e conteúdo dos poemas
 
Estratificação e hierarquia social 3 I
Estratificação e hierarquia social 3 IEstratificação e hierarquia social 3 I
Estratificação e hierarquia social 3 I
 
Slide Livro
Slide LivroSlide Livro
Slide Livro
 
Robinson crusoé livro
Robinson crusoé   livroRobinson crusoé   livro
Robinson crusoé livro
 
Projeto leitura 10ºano
Projeto leitura 10ºanoProjeto leitura 10ºano
Projeto leitura 10ºano
 
Guião apresentação oral de livro
Guião apresentação oral de livroGuião apresentação oral de livro
Guião apresentação oral de livro
 
O homem do pais azul
O homem do pais azulO homem do pais azul
O homem do pais azul
 
Livros infantis
Livros infantisLivros infantis
Livros infantis
 

Similar to A fábula social de Pepetela

Trabalho de didática - Fábulas by Doug.Albert
Trabalho de didática - Fábulas by Doug.AlbertTrabalho de didática - Fábulas by Doug.Albert
Trabalho de didática - Fábulas by Doug.AlbertDoug Petrova
 
Cláudia nº10 8ºc
Cláudia  nº10 8ºcCláudia  nº10 8ºc
Cláudia nº10 8ºcmissxica
 
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no MundoElogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no MundoRenata Zonatto
 
Material para imprimir - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E L...
Material para imprimir - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E L...Material para imprimir - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E L...
Material para imprimir - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E L...weleslima
 
002 O Homem Animal.pptx
002 O Homem Animal.pptx002 O Homem Animal.pptx
002 O Homem Animal.pptxMilena Leite
 
Apresentação Fábulas - Pedagogia
Apresentação Fábulas - PedagogiaApresentação Fábulas - Pedagogia
Apresentação Fábulas - Pedagogiapaulacod_pedagogia
 
Fábula - Texto Narrativo.pdf
Fábula - Texto Narrativo.pdfFábula - Texto Narrativo.pdf
Fábula - Texto Narrativo.pdfIgor71257
 
Folclore
FolcloreFolclore
Folclorejulialp
 
Ideias de jeca tatu – monteiro lobato
Ideias de jeca tatu – monteiro lobatoIdeias de jeca tatu – monteiro lobato
Ideias de jeca tatu – monteiro lobatoHenrikael Walisson
 
Biblioteca boletim nº 8
Biblioteca   boletim nº 8Biblioteca   boletim nº 8
Biblioteca boletim nº 8bibdjosei2006
 
Leitura e interpretacao_de_textos
Leitura e interpretacao_de_textosLeitura e interpretacao_de_textos
Leitura e interpretacao_de_textosMarcos Ataide
 
Leitura e interpretação de texto
Leitura e interpretação de textoLeitura e interpretação de texto
Leitura e interpretação de textoAugusto Bertotto
 

Similar to A fábula social de Pepetela (20)

Fábulas
FábulasFábulas
Fábulas
 
Resenha Árica
Resenha ÁricaResenha Árica
Resenha Árica
 
Fábulas apologos
Fábulas apologosFábulas apologos
Fábulas apologos
 
Trabalho de didática - Fábulas by Doug.Albert
Trabalho de didática - Fábulas by Doug.AlbertTrabalho de didática - Fábulas by Doug.Albert
Trabalho de didática - Fábulas by Doug.Albert
 
Cláudia nº10 8ºc
Cláudia  nº10 8ºcCláudia  nº10 8ºc
Cláudia nº10 8ºc
 
Texto jennifer
Texto jenniferTexto jennifer
Texto jennifer
 
1 ano camisetas.pptx
1 ano camisetas.pptx1 ano camisetas.pptx
1 ano camisetas.pptx
 
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no MundoElogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
 
Material para imprimir - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E L...
Material para imprimir - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E L...Material para imprimir - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E L...
Material para imprimir - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E L...
 
002 O Homem Animal.pptx
002 O Homem Animal.pptx002 O Homem Animal.pptx
002 O Homem Animal.pptx
 
Construindo fábulas
Construindo fábulasConstruindo fábulas
Construindo fábulas
 
Contos da Mata dos Medos
Contos da Mata dos MedosContos da Mata dos Medos
Contos da Mata dos Medos
 
Apresentação Fábulas - Pedagogia
Apresentação Fábulas - PedagogiaApresentação Fábulas - Pedagogia
Apresentação Fábulas - Pedagogia
 
Atividade sobre fabulas ok
Atividade sobre fabulas okAtividade sobre fabulas ok
Atividade sobre fabulas ok
 
Fábula - Texto Narrativo.pdf
Fábula - Texto Narrativo.pdfFábula - Texto Narrativo.pdf
Fábula - Texto Narrativo.pdf
 
Folclore
FolcloreFolclore
Folclore
 
Ideias de jeca tatu – monteiro lobato
Ideias de jeca tatu – monteiro lobatoIdeias de jeca tatu – monteiro lobato
Ideias de jeca tatu – monteiro lobato
 
Biblioteca boletim nº 8
Biblioteca   boletim nº 8Biblioteca   boletim nº 8
Biblioteca boletim nº 8
 
Leitura e interpretacao_de_textos
Leitura e interpretacao_de_textosLeitura e interpretacao_de_textos
Leitura e interpretacao_de_textos
 
Leitura e interpretação de texto
Leitura e interpretação de textoLeitura e interpretação de texto
Leitura e interpretação de texto
 

More from catiasgs

Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De AndradeAmor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andradecatiasgs
 
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De AndradeConsolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De Andradecatiasgs
 
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De AndradeO Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andradecatiasgs
 
Quando Te Propus, HéLder ProençA
Quando Te Propus, HéLder ProençAQuando Te Propus, HéLder ProençA
Quando Te Propus, HéLder ProençAcatiasgs
 
Nas Noites De N’Djimpol, HéLder ProençA
Nas Noites De N’Djimpol, HéLder ProençANas Noites De N’Djimpol, HéLder ProençA
Nas Noites De N’Djimpol, HéLder ProençAcatiasgs
 
Canto A Sundiata, HéLder ProençA
Canto A Sundiata, HéLder ProençACanto A Sundiata, HéLder ProençA
Canto A Sundiata, HéLder ProençAcatiasgs
 
Mar Me Quer Resumo E Personagens
Mar Me Quer   Resumo E PersonagensMar Me Quer   Resumo E Personagens
Mar Me Quer Resumo E Personagenscatiasgs
 
Mar Me Quer, Mia Couto
Mar Me Quer, Mia CoutoMar Me Quer, Mia Couto
Mar Me Quer, Mia Coutocatiasgs
 
Vavó Xixi, Luandino Vieira
Vavó Xixi, Luandino VieiraVavó Xixi, Luandino Vieira
Vavó Xixi, Luandino Vieiracatiasgs
 
EstóRia Do LadrãO E Do Papagaio, Luandino Vieira
EstóRia Do LadrãO E Do Papagaio, Luandino VieiraEstóRia Do LadrãO E Do Papagaio, Luandino Vieira
EstóRia Do LadrãO E Do Papagaio, Luandino Vieiracatiasgs
 
EstóRia Da Galinha E Do Ovo, Luandino Vieira
EstóRia Da Galinha E Do Ovo, Luandino VieiraEstóRia Da Galinha E Do Ovo, Luandino Vieira
EstóRia Da Galinha E Do Ovo, Luandino Vieiracatiasgs
 
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José CraveirinhaQuero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José Craveirinhacatiasgs
 
As Saborosas Tanjarinas De Inhambane
As Saborosas Tanjarinas De InhambaneAs Saborosas Tanjarinas De Inhambane
As Saborosas Tanjarinas De Inhambanecatiasgs
 
Ocorre Me Agora, Eduardo White
Ocorre Me Agora, Eduardo WhiteOcorre Me Agora, Eduardo White
Ocorre Me Agora, Eduardo Whitecatiasgs
 
O Que Voces Nao Sabem Nem Imaginam, Eduardo White
O Que Voces Nao Sabem Nem Imaginam, Eduardo WhiteO Que Voces Nao Sabem Nem Imaginam, Eduardo White
O Que Voces Nao Sabem Nem Imaginam, Eduardo Whitecatiasgs
 
A Palavra Renova Se No Poema, Eduardo White
A Palavra Renova Se No Poema, Eduardo WhiteA Palavra Renova Se No Poema, Eduardo White
A Palavra Renova Se No Poema, Eduardo Whitecatiasgs
 
Regresso, Alda Lara
Regresso, Alda LaraRegresso, Alda Lara
Regresso, Alda Laracatiasgs
 
PrelúDio, Alda Lara
PrelúDio, Alda LaraPrelúDio, Alda Lara
PrelúDio, Alda Laracatiasgs
 
De Longe; Noites Africanas Langorosas, Alda Lara
De Longe; Noites Africanas Langorosas, Alda LaraDe Longe; Noites Africanas Langorosas, Alda Lara
De Longe; Noites Africanas Langorosas, Alda Laracatiasgs
 

More from catiasgs (19)

Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De AndradeAmor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
 
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De AndradeConsolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
 
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De AndradeO Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
O Padre E A MoçA, Carlos Drummond De Andrade
 
Quando Te Propus, HéLder ProençA
Quando Te Propus, HéLder ProençAQuando Te Propus, HéLder ProençA
Quando Te Propus, HéLder ProençA
 
Nas Noites De N’Djimpol, HéLder ProençA
Nas Noites De N’Djimpol, HéLder ProençANas Noites De N’Djimpol, HéLder ProençA
Nas Noites De N’Djimpol, HéLder ProençA
 
Canto A Sundiata, HéLder ProençA
Canto A Sundiata, HéLder ProençACanto A Sundiata, HéLder ProençA
Canto A Sundiata, HéLder ProençA
 
Mar Me Quer Resumo E Personagens
Mar Me Quer   Resumo E PersonagensMar Me Quer   Resumo E Personagens
Mar Me Quer Resumo E Personagens
 
Mar Me Quer, Mia Couto
Mar Me Quer, Mia CoutoMar Me Quer, Mia Couto
Mar Me Quer, Mia Couto
 
Vavó Xixi, Luandino Vieira
Vavó Xixi, Luandino VieiraVavó Xixi, Luandino Vieira
Vavó Xixi, Luandino Vieira
 
EstóRia Do LadrãO E Do Papagaio, Luandino Vieira
EstóRia Do LadrãO E Do Papagaio, Luandino VieiraEstóRia Do LadrãO E Do Papagaio, Luandino Vieira
EstóRia Do LadrãO E Do Papagaio, Luandino Vieira
 
EstóRia Da Galinha E Do Ovo, Luandino Vieira
EstóRia Da Galinha E Do Ovo, Luandino VieiraEstóRia Da Galinha E Do Ovo, Luandino Vieira
EstóRia Da Galinha E Do Ovo, Luandino Vieira
 
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José CraveirinhaQuero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
 
As Saborosas Tanjarinas De Inhambane
As Saborosas Tanjarinas De InhambaneAs Saborosas Tanjarinas De Inhambane
As Saborosas Tanjarinas De Inhambane
 
Ocorre Me Agora, Eduardo White
Ocorre Me Agora, Eduardo WhiteOcorre Me Agora, Eduardo White
Ocorre Me Agora, Eduardo White
 
O Que Voces Nao Sabem Nem Imaginam, Eduardo White
O Que Voces Nao Sabem Nem Imaginam, Eduardo WhiteO Que Voces Nao Sabem Nem Imaginam, Eduardo White
O Que Voces Nao Sabem Nem Imaginam, Eduardo White
 
A Palavra Renova Se No Poema, Eduardo White
A Palavra Renova Se No Poema, Eduardo WhiteA Palavra Renova Se No Poema, Eduardo White
A Palavra Renova Se No Poema, Eduardo White
 
Regresso, Alda Lara
Regresso, Alda LaraRegresso, Alda Lara
Regresso, Alda Lara
 
PrelúDio, Alda Lara
PrelúDio, Alda LaraPrelúDio, Alda Lara
PrelúDio, Alda Lara
 
De Longe; Noites Africanas Langorosas, Alda Lara
De Longe; Noites Africanas Langorosas, Alda LaraDe Longe; Noites Africanas Langorosas, Alda Lara
De Longe; Noites Africanas Langorosas, Alda Lara
 

A fábula social de Pepetela

  • 1. A Montanha da Água Lilás Fábula para Todas as Idades Pepetela Vanda Teixeira, 17 Vera Barbosa, 18 12ºH
  • 2. Pepetela Pepetela nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio. Foi guerrilheiro pelo MPLA, político e governante. Desde 1984 é professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e tem sido dirigente de associações culturais, com destaque para a União dos Escritores Angolanos e a Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde. A atribuição do Prémio Camões (1997) confirmou o seu lugar de destaque na literatura lusófona.
  • 3. Fábula A fábula é um género narrativo que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século 6º. a.C., na Grécia antiga. Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de carácter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para o ser humano. Cada bicho simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho. É uma narrativa inverosímil, com fundo didáctico.
  • 6. Lupis Os lupis são seres cor-de-laranja que se distinguem em três qualidades. Todos eles são “peludinhos” excepto na cara, com um nariz bem gordo, batatudo, e com orelhas e bochechas redondas. Idênticos aos humanos, os lupis tinham duas pernas e dois braços, andando de pé como eles. O nome tem origem no modo como eles comunicam, fazendo lupi-lupi-lupi (lupilarem) sempre que estão contentes ou muito zangados. São também seres muito curiosos.
  • 7. Cambutas A primeira qualidade dos lupis são os cambutas, sendo estes do tamanho de coelhos, e os mais ágeis e rápidos de todos. Estas qualidades permitiam aos cambutas subir facilmente às arvores para se alimentarem de frutas e recolhe-las para toda a comunidade, especialmente para os jacalupis.
  • 8. Lupões Os lupões são a segunda qualidade dos lupis, distinguindo-se dos cambutas pelo facto de serem maiores, “do tamanho de um chimpanzé pequeno” e mais gordos e redondos. Apesar de também subirem às arvores, tinham mais dificuldades, devido ao seu tamanho.
  • 9. Jacalupis Mais tarde, apareceu uma nova qualidade entre os lupis. À medida que os lupizinhos foram crescendo, alguns deles tomavam proporções maiores do que os próprios lupões. Os jacalupis acabavam de nascer, tendo o seu nome origem no facto de ao invés de lupilarem, gritarem constantemente jac-jac-jac (jacarejarem). Estes seres distinguem-se em muitos aspectos dos outros lupis, tinham por exemplo um apetite devorador e eram ainda mais redondos do que os lupões. Muito preguiçosos, nem conseguiam sequer aprender a subir às arvores, preferindo ficar o dia todo deitados a jacarejar, sendo incapazes de arranjarem comida para si próprios, deixando-se servir pelos outros.
  • 10. Jacalupis Apesar de todos os lupis serem dotados de grande inteligência, esta qualidade diferencia-se também por ter uma capacidade de raciocínio muito inferior aos outros, sendo a sua aptidão de aprendizagem quase inexistente, tendo fraca memória. Os jacalupis tinham um carácter muito difícil, pois eram muito agressivos, rudes e malcriados.
  • 11. Lupi-professora Lupi-kimbanba Tinha dois filhos cambutinhas e um jacalupi, sofrendo muito por estes se darem mal. Cautelosa, solidária, sensata, fiel. Muito sábio em termos de raízes e ervas, para tratar as doenças.
  • 12. Lupi-sábio O mais inteligente e experiente dos lupis. Gostava muito de estudar e inventar coisas no laboratório, pois as experiências eram as coisas mais importantes para ele, logo não gosta de desperdiçar tempo com coisas inúteis quando pode aproveitar aquilo que já tem. Lupi-cobaia Devido a um desgosto amoroso, perdeu o gosto pela vida e passou a oferecer-se para todas as experiencias dos sábios, não por procurar a morte, mas por ser generoso e querer ajudar os outros, arriscando nas experiencias e encontrando no risco um gosto e felicidade.
  • 13. Lupi-pensador Lupi-poeta É justo e a favor da igualdade entre todos. Sensato como é, gosta de ponderar tudo antes de tomar um partido. Não é influenciável, pensando sempre por ele próprio. É orgulhoso, mas tem um bom coração, o que faz dele um lupi altruísta. É um ser muito irritável, quando os resultados não lhe agradam. Gosta muito do luar e inspira-se na paisagem e beleza da natureza. Tem uma intuição apurada, e precisa de sossego para se concentrar São fiéis aos seus ideais
  • 14. Lupi-comerciante Lupi-contabilista Tem muito sentido prático e não gosta de desperdiçar nada, o que faz dele um génio para os negócios. É muito orgulhoso, autoritário, interesseiro, egoísta, tornando-se manhoso e prudente. Era o mais forte dos lupis em contas de cabeça. Era uma espécie de adjunto do lupi-comerciante, sendo muito influenciado por ele.
  • 15. Lupi-diplomata É bom a argumentar, nunca dá uma opinião precisa e é muito hábil perante discussões difíceis. Perante um fracasso fica triste e envergonhado, pois é raro falhar uma negociação, tendo a necessidade de arranjar desculpas para esse fracasso. Pondera sempre tudo antes de tomar alguma decisão, gostando de civilização e boas maneiras. Lupi-advogado É um bom argumentador e bom orador. Justo e gosta de regras. Sempre que quer iniciar um discurso puxa o braço para trás das costas e levanta a cabeça.
  • 16. Lupi-armazenista Jacalupi-capitão Tem a mania de guardar sempre comida numa gruta só conhecida dele, onde está tudo muito bem organizado É agressivo e impaciente, e gosta de ameaçar toda a gente. Tem a mania das altezas e acha-se superior aos outros por ser o mais inteligente entre os jacalupis. É também muito vaidoso e materialista. É influenciável e gosta de comer.
  • 17. Os animais Os animais que viviam na planicie têm um papel relevante para o desenvolvimento da história, pois representam as diferentes sociedades e culturas, tipicamente imperfeitas e consumistas, levando a desordem à harmonia dos lupis.
  • 18. Os animais Os leões e as onças, por exemplo, inimigos desde sempre, são rivais, e ambos querem-se apoderar da montanha e da água lilás dos lupis (o bem material deles). Assim podemos comparar esses animais aos colonozadores de diversos países, que disputam o território africano e as suas riquezas entre si.
  • 20. Introdução Pepetela oferece-nos uma deliciosa metáfora social ao dotar o texto de uma sonoridade e de um ritmo tropical que lhe conferem um estilo com um encanto singular.Mais ainda, o livro está povoado de lindíssimas ilustrações que contém em si o essencial de cada capítulo ajudando o leitor a decifrar a estória e a visualizar os lupis, lupões e jacalupis. http://hasempreumlivro.blogspot.com/2006/03/montanha-da-gua-lils-de-pepetela-dom.html
  • 21. Cambutas Em termos gerais podemos associar os cambutas à população africana, explorada pelos colonizadores estrangeiros, que se achavam mais fortes e superiores. A maioria dos africanos sujeitava-se às ordens dos ‘brancos’, pois não tinham coragem e força suficiente para enfrentá-los. Os cambutas simbolizam principalmente a ingenuidade e fragilidade emocional dos explorados, não só dos africanos na altura das colonizações, mas também dos operários de hoje.
  • 22. Lupões Os Lupões surgem nesta obra como os representantes dos Africanos mais poderosos, inteligentes e manhosos, que se aproveitavam das oportunidades que surgiam para tirar os seus prórpios lucros. Exemplificado pelo Comerciante, o Advogado ou o diplomata, os Lupões tinham habilidades suficientes para conseguirem atingir os seus objectivos.
  • 23. Jacalupis Os colonizadores vindos da Europa, os brancos, que iam para África explorar a terra e os seus habitantes, são encarnados pelos jacalupis. Estes, com a mania das grandezas, exploravam os africanos mais pobres, aproveitando-se do trabalho deles pela força, pois sabiam que estes eram ingénuos. Basicamente os jacalupis representam os parasitas da sociedade, e simbolizam o sucesso e a vitória dos medíocres, que deixam os outros trabalhar para alimentarem os seus próprios vícios.
  • 25. Participação Focalização Heterodiegético: o narrador não é uma personagem da história. Focalização omnisciente: colocado numa posição de transcendência, o narrador mostra a conhecer toda a história.
  • 26. Conclusão “Considero a obra algo muito inteligente, não só pela sua crítica à sociedade, mas pela forma como é feita, através de uma fábula, como se também os adultos fossem eles algo crianças em relação a este assunto que precisassem de que lhes explicassem como se fossem tal, porque na verdade, toda a vida aprendemos. Neste caso dá-se o efeito de ainda haverem lições a aprender, especialmente sobre algo para o qual as pessoas aceitam pacificamente. Tem igualmente efeito este distanciamento, não utilizando pessoas mas animais, o que leva também de certo modo às pessoas reflectirem através da identificação com estes “estranhos” animais. Não seremos nós “estranhos” animais?” http://pergaminhos.blogspot.com/2007/02/montanha-de-gua-lils-comentrio-da-obra.html
  • 27. Trabalho realizado por... Vanda Teixeira, Nº17 Vera Barbosa, Nº 18