SlideShare a Scribd company logo
1 of 18
AlmeidaAlmeida
GarrettGarrett
carlos h carneiro
youtube.com/letradeletra
Publicado nos anos de
1843 e 1846, na Revista
Universal Lisboense
Almeida Garrett - 1799 - 1854
Frades e barões: dois símbolos importantes do livro. Em seguida, a instituição
universitária é também criticada. Contudo, o narrador parece estar desviando-se
da história principal. A técnica de “desvio e retardamento” caracterizam o estilo
digressivo – como em “M P B Cubas”.
Garrett suspende, vez por outra, a narrativa e emite opiniões a respeito do
assunto do momento. A digressão é uma constante
De como o autor deste erudito livro se resolveu a viajar na sua terra, depois de ter
viajado no seu quarto; e como resolveu imortalizar-se escrevendo estas suas
viagens. Parte para Santarém. Chega ao terreiro do Paço, embarca no vapor de Vila
Nova; e o que aí lhe sucede. A Dedução Cronológica e a Baixa de Lisboa.
Lorde Byron e um bom charuto. Travam-se de razões os ilhavos e os Bordas-d’Água:
os da calça larga levam a melhor.
Que viaje à roda do seu quarto quem está à beira dos Alpes, de inverno, em Turim,
que é quase tão frio como S. Petersburgo — entende-se. Mas com este clima, com
esse ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o
próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal.
[ cap 1]
nota - alusão ao popular de Xavier de Maistre, Voyage autor de ma
chambre, que decerto foi iniciado a escrever em Turim, e que muitos
supõem que tenha sido concluído em São Petersburgo.
Em Viagens na minha terra, Garrett procura estabelecer
uma conexão entre passado, presente e futuro, utilizando-
se das memórias e das imagens.
Estas vão ser corporificadas através de seus personagens
principais, cada um deles configurando um aspecto-
símbolo da história de Portugal.
AS HISTÓRIAS
PRINCIPAIS DO LIVRO
Carlos e Joaninha
[ A menina dos rouxinóis ]
Viagem do narrador:
Lisboa a Santarém
GUERRA CIVIL
entre absolutistas e constitucionalistas.
[ Pedro IV e Miguel – 1828 – 34 ]
João VI Carlota
Pedro MiguelLeopoldina
Pedro II Maria II
Isabel
Conde D´Eu, Pedro II, Thereza e Isabel
conde D´Eu
Luís
Pedro de Alacântara
renunciou à nobreza
Pedro
Luiz Orleans e Bragança
Chefe da Casa Imperial do Brasil
“Ora, nesta minha viagem Tejo arriba está simbolizada
a marcha de nosso progresso social”
Princípios para a civilização e o progresso:
princípio espiritualista – “que marcha sem atender à parte material e terrena desta vida,
com os olhos fitos em suas grandes e abstratas teorias, hirto, seco, duro, inflexível, e que
pode bem personalizar-se, simbolizar-se pelo famoso mito do cavaleiro da Mancha, D.
Quixote”
princípio materialista – “que, sem fazer caso, nem cabedal dessas teorias,
em que não crê e cujas impossíveis aplicações declara todas utopias, pode bem
representar-se pela rotunda e anafada presença do nosso amigo velho, Sancho Pança”
 Navega pelo rio Tejo e observa povo local
 Mundo dividido como o tema de D Quixote: espiritualistas e
materialistas
(o progresso estaria na convivência de ambos, no mundo)
 Reclama das estradas e chega a Vila Nova da Rainha : lugar
feio
A narrativa
Principais ações
• Chega a Azambuja : incomoda-se com as ruínas
(trata da possível decepção do leitor, pois não usará linguagem romântica)
• Nos pinhais de Azambuja faz reflexões sobre modéstia
• Trata da receita para livro de sucesso
 Homenageia Camões, valorizando seu estilo; cita Goethe e Dante Alighieri
 No universo do sonho, vê o marquês de Pombal mas não consegue conversar
 Cartaxo (produz bebidas) – encanta-se com a vegetação mas se recusa a fazer
versos
 É lembrado que D Pedro esteve ali com os liberais (pensa na guerra)
• Ponte Asseca
• Lembra Junot, militar a serviço de Napoleão que por ali passara
• Garrett lembra sua viagem a França, na juventude
• No Vale de Santarém vê beleza; encanta-se com uma janela
enfeitada e rouxinóis
• Inicia-se a história de Joaninha e Carlos
• Carlos chega à cidade revê Joaninha (beijam-se)
• O narrador revela que Carlos ama Joaninha mas se relaciona com Georgina, na
Inglaterra
• Carlos hesita em fazer visita à casa de sua avó, acaba desistindo
(ele ainda tem Soledade, amante)
• Primo de Joaninha seria um “Adão social” que deseja ser “Adão natural” – libertar-se
das correntes morais
• Com receios, decide se encontrar com Joaninha – mesmo em
território dos miguelistas
• Joaninha desconfia que seu primo tem outra mulher
• O narrador que estava no vale, chega a Santarém e decepciona-
se
• Trata de poetas da Europa e se justifica dizendo que não se
apegará a datas exatas, em sua história
Sta Iria (ou Irene), a lenda: jovem é raptada e morta por um cavaleiro que
hospedou-se em sua casa
Sta Iria na versão do povo: Iria era freira que aparentou estar grávida; seu
ex-apaixonado mandou matá-la e seu corpo jogado no rio; tempos depois,
no Tejo, Iria aparece (é uma santa)
• O autor volta tratar Santarém com tristeza por seu estado acabado, um tanto
destruído
• Garrett se desculpa com leitores por suas digressões
• Carlos é ferido e se vê ao lado de Georgina– ela diz que sabe de tudo e que não o
ama mais
• Diniz surge e pede perdão a Carlos. Este o acusa de ter matado seu pai. Diniz pede
que o mate
• Francisca aparece e impede a tragédia revelando que o frei era seu pai. Carlos
desmaia
• A história é revelada : Diniz era amante da mãe de Carlos e resiste a uma
emboscada feita pelo marido – acaba assassinando-o.
• Carlos parte para Évora
• O narrador está na Ribeira de Santarém : divaga sobre Lisboa e
suas saudades
• Garrett revela que voltará a Santarém para continuar a história
(passa pelo túmulo de Frei Gil)
• Diniz e Georgina saem da cidade – esta última leva consigo
Francisca e Joaninha debilitadas
• Garrett visita túmulo de D Fernando e de novo critica o descaso
com monumentos históricos
• Na casa que teria sido de Joaninha, Garrett encontra Diniz e
Francisca. Joaninha teria morrido
• Recebe cartas que Carlos escrevera à prima. Nelas, estão as
amadas Julia e Laura (irmãs de Georgina)
• O primo de Joaninha irá tornar-se político. Georgina, abadessa,
na Inglaterra.
Fim
Em maio de 1834, Carlos escreve de Évora e se
despede de Joaninha... o mesmo lugar em que Miguel
assina a “Concessão” e é exilado, na França
Carlos
X
Dinis
Pedro
X
Miguel
Santarém seria uma
corruptela do nome
“Santa Irene” (Iria)
LITERATURA
ENSINO MÉDIO
carlos h carneiro
letradeletra.wordpress.com
youtube.com/letradeletra

More Related Content

What's hot

A Evolução do Ramalhete - Os Maias
A Evolução do Ramalhete - Os MaiasA Evolução do Ramalhete - Os Maias
A Evolução do Ramalhete - Os Maias
mauro dinis
 
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A TradeOs Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
Oxana Marian
 
Folhas caídas características gerais da obra
Folhas caídas  características gerais da obraFolhas caídas  características gerais da obra
Folhas caídas características gerais da obra
Helena Coutinho
 
A mensagem de fernando pessoa
A mensagem de fernando pessoa A mensagem de fernando pessoa
A mensagem de fernando pessoa
balolas
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maias
mauro dinis
 

What's hot (20)

Os Maias estrutura
Os Maias estruturaOs Maias estrutura
Os Maias estrutura
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões lírico
 
Análise do poema "O menino de sua mãe", de Fernando Pessoa - Ortónimo
Análise do poema "O menino de sua mãe", de Fernando Pessoa - OrtónimoAnálise do poema "O menino de sua mãe", de Fernando Pessoa - Ortónimo
Análise do poema "O menino de sua mãe", de Fernando Pessoa - Ortónimo
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
A Evolução do Ramalhete - Os Maias
A Evolução do Ramalhete - Os MaiasA Evolução do Ramalhete - Os Maias
A Evolução do Ramalhete - Os Maias
 
Sebastianismo: Os Lusíadas & Mensagem
Sebastianismo: Os Lusíadas & MensagemSebastianismo: Os Lusíadas & Mensagem
Sebastianismo: Os Lusíadas & Mensagem
 
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A TradeOs Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
 
Narrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasNarrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os Maias
 
Os Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo VOs Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo V
 
Predicativo do complemento direto
Predicativo do complemento diretoPredicativo do complemento direto
Predicativo do complemento direto
 
Folhas caídas características gerais da obra
Folhas caídas  características gerais da obraFolhas caídas  características gerais da obra
Folhas caídas características gerais da obra
 
Resumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os MaiasResumos de Português: Os Maias
Resumos de Português: Os Maias
 
Maias.apontamentos
Maias.apontamentosMaias.apontamentos
Maias.apontamentos
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Memorial do Convento
Memorial do ConventoMemorial do Convento
Memorial do Convento
 
Memorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólicaMemorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólica
 
Viagens na Minha Terra - Slides
Viagens na Minha Terra - SlidesViagens na Minha Terra - Slides
Viagens na Minha Terra - Slides
 
A mensagem de fernando pessoa
A mensagem de fernando pessoa A mensagem de fernando pessoa
A mensagem de fernando pessoa
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maias
 
Esquema síntese crónica de costumes os maias
Esquema síntese crónica de costumes   os maiasEsquema síntese crónica de costumes   os maias
Esquema síntese crónica de costumes os maias
 

Similar to Viagens na minha terra (Garrett) - resumo

Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
rafabebum
 
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Daniel Leitão
 
Segunda Geração da prosa
Segunda Geração da prosa Segunda Geração da prosa
Segunda Geração da prosa
Dhay Lima
 
Cap08 arcadismo
Cap08 arcadismoCap08 arcadismo
Cap08 arcadismo
whybells
 
Memórias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de miliciasMemórias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de milicias
SESI012
 

Similar to Viagens na minha terra (Garrett) - resumo (20)

Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Eça de Queiroz
Eça de QueirozEça de Queiroz
Eça de Queiroz
 
Viagens a minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a minha Terra - 2ª A - 2011Viagens a minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a minha Terra - 2ª A - 2011
 
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Viagens na minha terra.pptx
Viagens na minha terra.pptxViagens na minha terra.pptx
Viagens na minha terra.pptx
 
Viagens na minha terra 3ª B - 2013
Viagens na minha terra 3ª B -  2013Viagens na minha terra 3ª B -  2013
Viagens na minha terra 3ª B - 2013
 
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmila
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmilaViagens na minha terra (5)edyane e ludmila
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmila
 
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
2ª fase modernista (prosa)
2ª fase modernista (prosa)2ª fase modernista (prosa)
2ª fase modernista (prosa)
 
Segunda Geração da prosa
Segunda Geração da prosa Segunda Geração da prosa
Segunda Geração da prosa
 
Segundo momento modernista prosa
Segundo momento modernista  prosaSegundo momento modernista  prosa
Segundo momento modernista prosa
 
Os Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicosOs Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicos
 
Arcadismo na europa aula 5
Arcadismo na europa   aula 5Arcadismo na europa   aula 5
Arcadismo na europa aula 5
 
Cap08 arcadismo
Cap08 arcadismoCap08 arcadismo
Cap08 arcadismo
 
Memórias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de miliciasMemórias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de milicias
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terra Viagens na minha terra
Viagens na minha terra
 

Recently uploaded

Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdfManual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Pastor Robson Colaço
 

Recently uploaded (20)

Descrever e planear atividades imersivas estruturadamente
Descrever e planear atividades imersivas estruturadamenteDescrever e planear atividades imersivas estruturadamente
Descrever e planear atividades imersivas estruturadamente
 
Aparatologia na estética - Cavitação, radiofrequência e lipolaser.pdf
Aparatologia na estética - Cavitação, radiofrequência e lipolaser.pdfAparatologia na estética - Cavitação, radiofrequência e lipolaser.pdf
Aparatologia na estética - Cavitação, radiofrequência e lipolaser.pdf
 
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptxEBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
 
ROTINA DE ESTUDO-APOSTILA ESTUDO ORIENTADO.pdf
ROTINA DE ESTUDO-APOSTILA ESTUDO ORIENTADO.pdfROTINA DE ESTUDO-APOSTILA ESTUDO ORIENTADO.pdf
ROTINA DE ESTUDO-APOSTILA ESTUDO ORIENTADO.pdf
 
O que é uma Revolução Solar. tecnica preditiva
O que é uma Revolução Solar. tecnica preditivaO que é uma Revolução Solar. tecnica preditiva
O que é uma Revolução Solar. tecnica preditiva
 
Atividade do poema sobre mãe de mário quintana.pdf
Atividade do poema sobre mãe de mário quintana.pdfAtividade do poema sobre mãe de mário quintana.pdf
Atividade do poema sobre mãe de mário quintana.pdf
 
Livro infantil: A onda da raiva. pdf-crianças
Livro infantil: A onda da raiva. pdf-criançasLivro infantil: A onda da raiva. pdf-crianças
Livro infantil: A onda da raiva. pdf-crianças
 
prova do exame nacional Port. 2008 - 2ª fase - Criterios.pdf
prova do exame nacional Port. 2008 - 2ª fase - Criterios.pdfprova do exame nacional Port. 2008 - 2ª fase - Criterios.pdf
prova do exame nacional Port. 2008 - 2ª fase - Criterios.pdf
 
As Mil Palavras Mais Usadas No Inglês (Robert de Aquino) (Z-Library).pdf
As Mil Palavras Mais Usadas No Inglês (Robert de Aquino) (Z-Library).pdfAs Mil Palavras Mais Usadas No Inglês (Robert de Aquino) (Z-Library).pdf
As Mil Palavras Mais Usadas No Inglês (Robert de Aquino) (Z-Library).pdf
 
Sismologia_7ºano_causas e consequencias.pptx
Sismologia_7ºano_causas e consequencias.pptxSismologia_7ºano_causas e consequencias.pptx
Sismologia_7ºano_causas e consequencias.pptx
 
O que é, de facto, a Educação de Infância
O que é, de facto, a Educação de InfânciaO que é, de facto, a Educação de Infância
O que é, de facto, a Educação de Infância
 
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdfManual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
 
"Nós Propomos! Mobilidade sustentável na Sertã"
"Nós Propomos! Mobilidade sustentável na Sertã""Nós Propomos! Mobilidade sustentável na Sertã"
"Nós Propomos! Mobilidade sustentável na Sertã"
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL atividade ensino médio ead.pptx
CONCORDÂNCIA NOMINAL atividade ensino médio  ead.pptxCONCORDÂNCIA NOMINAL atividade ensino médio  ead.pptx
CONCORDÂNCIA NOMINAL atividade ensino médio ead.pptx
 
Apresentação sobre Robots e processos educativos
Apresentação sobre Robots e processos educativosApresentação sobre Robots e processos educativos
Apresentação sobre Robots e processos educativos
 
Meu corpo - Ruth Rocha e Anna Flora livro
Meu corpo - Ruth Rocha e Anna Flora livroMeu corpo - Ruth Rocha e Anna Flora livro
Meu corpo - Ruth Rocha e Anna Flora livro
 
Slides Lição 8, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo....
Slides Lição 8, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo....Slides Lição 8, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo....
Slides Lição 8, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo....
 
bem estar animal em proteção integrada componente animal
bem estar animal em proteção integrada componente animalbem estar animal em proteção integrada componente animal
bem estar animal em proteção integrada componente animal
 
Enunciado_da_Avaliacao_1__Sistemas_de_Informacoes_Gerenciais_(IL60106).pdf
Enunciado_da_Avaliacao_1__Sistemas_de_Informacoes_Gerenciais_(IL60106).pdfEnunciado_da_Avaliacao_1__Sistemas_de_Informacoes_Gerenciais_(IL60106).pdf
Enunciado_da_Avaliacao_1__Sistemas_de_Informacoes_Gerenciais_(IL60106).pdf
 
Multiplicação - Caça-número
Multiplicação - Caça-número Multiplicação - Caça-número
Multiplicação - Caça-número
 

Viagens na minha terra (Garrett) - resumo

  • 2. Publicado nos anos de 1843 e 1846, na Revista Universal Lisboense Almeida Garrett - 1799 - 1854
  • 3. Frades e barões: dois símbolos importantes do livro. Em seguida, a instituição universitária é também criticada. Contudo, o narrador parece estar desviando-se da história principal. A técnica de “desvio e retardamento” caracterizam o estilo digressivo – como em “M P B Cubas”. Garrett suspende, vez por outra, a narrativa e emite opiniões a respeito do assunto do momento. A digressão é uma constante De como o autor deste erudito livro se resolveu a viajar na sua terra, depois de ter viajado no seu quarto; e como resolveu imortalizar-se escrevendo estas suas viagens. Parte para Santarém. Chega ao terreiro do Paço, embarca no vapor de Vila Nova; e o que aí lhe sucede. A Dedução Cronológica e a Baixa de Lisboa. Lorde Byron e um bom charuto. Travam-se de razões os ilhavos e os Bordas-d’Água: os da calça larga levam a melhor. Que viaje à roda do seu quarto quem está à beira dos Alpes, de inverno, em Turim, que é quase tão frio como S. Petersburgo — entende-se. Mas com este clima, com esse ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal. [ cap 1] nota - alusão ao popular de Xavier de Maistre, Voyage autor de ma chambre, que decerto foi iniciado a escrever em Turim, e que muitos supõem que tenha sido concluído em São Petersburgo.
  • 4. Em Viagens na minha terra, Garrett procura estabelecer uma conexão entre passado, presente e futuro, utilizando- se das memórias e das imagens. Estas vão ser corporificadas através de seus personagens principais, cada um deles configurando um aspecto- símbolo da história de Portugal. AS HISTÓRIAS PRINCIPAIS DO LIVRO Carlos e Joaninha [ A menina dos rouxinóis ] Viagem do narrador: Lisboa a Santarém GUERRA CIVIL entre absolutistas e constitucionalistas. [ Pedro IV e Miguel – 1828 – 34 ]
  • 5. João VI Carlota Pedro MiguelLeopoldina Pedro II Maria II Isabel Conde D´Eu, Pedro II, Thereza e Isabel conde D´Eu Luís Pedro de Alacântara renunciou à nobreza Pedro Luiz Orleans e Bragança Chefe da Casa Imperial do Brasil
  • 6. “Ora, nesta minha viagem Tejo arriba está simbolizada a marcha de nosso progresso social” Princípios para a civilização e o progresso: princípio espiritualista – “que marcha sem atender à parte material e terrena desta vida, com os olhos fitos em suas grandes e abstratas teorias, hirto, seco, duro, inflexível, e que pode bem personalizar-se, simbolizar-se pelo famoso mito do cavaleiro da Mancha, D. Quixote” princípio materialista – “que, sem fazer caso, nem cabedal dessas teorias, em que não crê e cujas impossíveis aplicações declara todas utopias, pode bem representar-se pela rotunda e anafada presença do nosso amigo velho, Sancho Pança”
  • 7.  Navega pelo rio Tejo e observa povo local  Mundo dividido como o tema de D Quixote: espiritualistas e materialistas (o progresso estaria na convivência de ambos, no mundo)  Reclama das estradas e chega a Vila Nova da Rainha : lugar feio A narrativa Principais ações
  • 8. • Chega a Azambuja : incomoda-se com as ruínas (trata da possível decepção do leitor, pois não usará linguagem romântica) • Nos pinhais de Azambuja faz reflexões sobre modéstia • Trata da receita para livro de sucesso
  • 9.  Homenageia Camões, valorizando seu estilo; cita Goethe e Dante Alighieri  No universo do sonho, vê o marquês de Pombal mas não consegue conversar  Cartaxo (produz bebidas) – encanta-se com a vegetação mas se recusa a fazer versos  É lembrado que D Pedro esteve ali com os liberais (pensa na guerra)
  • 10. • Ponte Asseca • Lembra Junot, militar a serviço de Napoleão que por ali passara • Garrett lembra sua viagem a França, na juventude • No Vale de Santarém vê beleza; encanta-se com uma janela enfeitada e rouxinóis • Inicia-se a história de Joaninha e Carlos
  • 11. • Carlos chega à cidade revê Joaninha (beijam-se) • O narrador revela que Carlos ama Joaninha mas se relaciona com Georgina, na Inglaterra • Carlos hesita em fazer visita à casa de sua avó, acaba desistindo (ele ainda tem Soledade, amante) • Primo de Joaninha seria um “Adão social” que deseja ser “Adão natural” – libertar-se das correntes morais
  • 12. • Com receios, decide se encontrar com Joaninha – mesmo em território dos miguelistas • Joaninha desconfia que seu primo tem outra mulher • O narrador que estava no vale, chega a Santarém e decepciona- se • Trata de poetas da Europa e se justifica dizendo que não se apegará a datas exatas, em sua história
  • 13. Sta Iria (ou Irene), a lenda: jovem é raptada e morta por um cavaleiro que hospedou-se em sua casa Sta Iria na versão do povo: Iria era freira que aparentou estar grávida; seu ex-apaixonado mandou matá-la e seu corpo jogado no rio; tempos depois, no Tejo, Iria aparece (é uma santa)
  • 14. • O autor volta tratar Santarém com tristeza por seu estado acabado, um tanto destruído • Garrett se desculpa com leitores por suas digressões • Carlos é ferido e se vê ao lado de Georgina– ela diz que sabe de tudo e que não o ama mais • Diniz surge e pede perdão a Carlos. Este o acusa de ter matado seu pai. Diniz pede que o mate • Francisca aparece e impede a tragédia revelando que o frei era seu pai. Carlos desmaia • A história é revelada : Diniz era amante da mãe de Carlos e resiste a uma emboscada feita pelo marido – acaba assassinando-o. • Carlos parte para Évora
  • 15. • O narrador está na Ribeira de Santarém : divaga sobre Lisboa e suas saudades • Garrett revela que voltará a Santarém para continuar a história (passa pelo túmulo de Frei Gil) • Diniz e Georgina saem da cidade – esta última leva consigo Francisca e Joaninha debilitadas
  • 16. • Garrett visita túmulo de D Fernando e de novo critica o descaso com monumentos históricos • Na casa que teria sido de Joaninha, Garrett encontra Diniz e Francisca. Joaninha teria morrido • Recebe cartas que Carlos escrevera à prima. Nelas, estão as amadas Julia e Laura (irmãs de Georgina) • O primo de Joaninha irá tornar-se político. Georgina, abadessa, na Inglaterra. Fim Em maio de 1834, Carlos escreve de Évora e se despede de Joaninha... o mesmo lugar em que Miguel assina a “Concessão” e é exilado, na França
  • 18. LITERATURA ENSINO MÉDIO carlos h carneiro letradeletra.wordpress.com youtube.com/letradeletra