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1 of 165
Carlos Augusto Cabral Kramer (LAQOA-IQ-
UFRN/PPGQ/PRH30)
Drª Marta Costa (IQ-UFRN)
1
Ementa
• Aspectos biológicos e Contexto ambiental;
•Definição: macroalgas e microalgas;
• Aplicações Industriais (algas): farmacêuticas , alimentícias, tratamento de efluentes,
produção de bioetanol, biodiesel, biogás, bio-óleo.
• Formas e técnicas de cultivo e Etapas de crescimento;
•Composição e formas de reserva energética;
• Créditos de carbono;
• Técnicas de extração de lipídios;
• Análise instrumental;
• Linhas de pesquisas associadas e Projetos inovadores;
•Planta piloto de produção de microalgas do RN. 2
Sistemas aquáticos
Plâncton Bentos
3
Algas
Plâncton
Do grego “andarilho”: Organismos em geral microscópicos, pouco
móveis (vivem em suspensão), não muito complexos, base da cadeia
alimentar aquática
FitoplânctonZooplâncton Bacterioplâncton
pulga d`água dáfnia
(Daphnia pulex),
Exemplo de
Bacterioplacton (Não
realiza fotossíntese)
Microalga Spirulina –
suplemento protéico
e vitamínico
4
Bentos
Podwój wielki
Zoobentos Fitobentos
Alga verde Parenquimatosa Codium sp
5
Algas
•“Algae” – Erva do mar (Latin);
• Sem vasos condutores de seiva;
• Não possuem folhas, caules e raízes legítimos
•Uni ou pluricelulares;
•Células eucariontes;
•Seres autotróficos – fotossíntese.
6
Fotossíntese
Armazenar energia
7
Algas
Macroalgas Microalgas
8
Macroalgas
Algas verdes Algas vermelhas
Algas marrons
9
Macroalgas
• São fotossintéticos;
• Estão presentes em água doce e salgada;
• Espécies macro ou microscópicas;
10
Algas verdes
• Únicas algas presentes no reino plantae*
* Ancestral em comum com as plantas terrestres
11
• Parede celular: Celulose;
• Substância de reserva: Amido;
• Presença de becaroteno;
• Nos cloroplastos presença da clorofila A e B
•Absorvem na região no vermelho e do azul, espalham a luz verde
Celulose
12
Biopolímero de glicose
Glicose aberta Beta glicose
Betacaroteno
Pigmento carotenoide
•Atividade antioxidante;
•Precursor da vitamina A;
•Benefício à visão noturna;
•Melhora elasticidade da pele;
•Dar força e brilho às unhas e cabelos
13
Algas verdes
Algas verdes
Clorofila A e B
14
Curiosidade: Semelhança entre hemoglobina e
clorofila
15
• Carboidrato formado por ligações glicosídicas;
• Fonte de energia;
• Encontrado também no arroz, no milho, na mandioca e em
outros vegetais.
16
Algas verdes
Amido
Alfa glicose
Amido
Monômero
17
Algas verdes
Algas marrons
•Parede celular: Celulose;
•Substância de reserva: Manitol (um tipo de açúcar);
•Nos cloroplastos presença da clorofila A e C
•Pigmento Fucoxantina (cor marrom)
Fucoxantina
18
Algas marrons
19
Macroscópica
Microscópica
Algas vermelhas
• Presentes em salgada (maioria)
• Podem se reproduzir de forma sexuada e assexuada;
• Parede celular: Celulose;
• Substância de reserva: Amido
• Nos cloroplastos presença da clorofila A
20
Principais usos de algas
•Alimentação;
•Fabricação de fertilizantes;
•Produção de cosméticos;
•Investigação fitoquímicas;
•Extração de produtos naturais (antioxidantes, corantes, ácidos graxos,
pigmentos);
•Produção de bio combustíveis (biodiesel; bioetanol; biogás)
•Tratamento de efluentes industriais e domésticos;
•Captura de gás carbônico industrial;
21
Consumo de humano de algas
• Uso desde antiguidade no extremo oriente (uso associado à saúde) e com os nativos
americanos;
• Atualmente a FAO (Organização de comida e agricultura – ONU) estimam a
produção anual de 7.000.000 t de algas (metade destinado apenas para alimentação
humana);
Gellidum – espécie de algas muito
utilizada no consumo humano
Gelatina de Gellidum (ágar-ágar)
22
Consumo humano de algas
Principais espécies de Macroalgas cultivadas para consumo humano
•Monostroma
•Enteromorpha
•Laminaria
•Porphyra
•Eucheuma
•Kappaphycus
•Glacilaria
Monostroma
Cultivo Monostroma
Uso Monostroma no Sushi
23
Consumo humano de algas
Benefícios do consumo
•Fonte natural de ferro, magnésio, iodo, fósforo;
•Vitaminas A,C, E e B12;
•Aminoácidos essenciais e proteínas;
•Presença de fibras (Abaixa o LDL);
•Baixo teor calórico;
Kombu – comida típica
japonesa, comum em sopas.
Macroalga do gênero Laminária
•Algumas algas podem vir com muito sódio;
•A presença de arsênio pode ser um problema
(diarréia, dores abdominais; fastio; problemas no
coração e fígado);
•Dependendo do lugar do cultivo as algas podem
se contaminar com metais tóxicos e pesados;
Cuidados
24
Consumo humano de algas
Coréia do Sul, Japão e China
•Maiores produtor e consumidor de algas;
•Histórico de produção deste antiguidade;
•Boa parte das comidas típicas contém algas;
Vista área do Japão
Obentô comida
típica feita de algas
brancas
Nori – muito utilizado no sushi
e bolo de arroz 25
Consumo humano de algas
Coréia do Sul, Japão e China
Sopa de frutos do mar com algas –
Coréia do Sul
Caulerpa lentillifera – consumidas nas
Filipinas
26
Consumo humano de algas
Ocidente
•No Brasil – índios pataxó consomem algas verdes na
alimentação;
•Na America do Norte , índios consumia a alga Porphyra;
•Aos poucos o consumo de algas na cultura ocidental vem
se tornando algo comum
Indios Pataxó – reservas na BahiaPorphyra – alga vermelha 27
Consumo humano de algas
Alga Arame (Eisenia bicyclis)
Tipo de algas
“Normalmente são compradas secas e podem
ser hidratadas rapidamente, levando cerca de
cinco minutos para que isso aconteça. A
Arame tem como características a coloração
castanha, tem um sabor suave, semi-doce e
uma textura firme. Ele é adicionada no
preparo de aperitivos, cozidos, bolos, pilafs,
sopas, pratos com torradas, e muitos outros
tipos de pratos culinários. Seu sabor leve faz
com que esse tipo de alga marinha seja
adaptável para muitos usos.”
Fonte: http://portal.konbini.com.br/produtos-
orientais/algas-marinhas/
28
Consumo humano de algas
Kombu (Saccharina japonica)
Tipo de algas
“Usado para preparar caldo usado em sopas
chamado dashi. Ele é usualmente vendido
seco, em pedaços grandes ou esfarelado
assim sendo chamado. Também consumido
fresco com peixe cru cortado em fatias
(Sashimi).Pode-se comer kombu em tiras
acompanhado de chá verde, temperando com
vinagre doce .É também uma fonte rica de
Ácido glutâmico.”
Fonte: http://portal.konbini.com.br/produtos-
orientais/algas-marinhas/
Ácido glutâmico,
usado para prepara
o glutamato de
sódio (realçador de
sabor)
29
Consumo humano de algas
Nori (Porphyra)
Tipo de algas
“Pode ser usada para enrolar oniguiris e
sushis , muito populares no Japão, também
são muito usadas em migalhas, ou cortadas
em pequenas tiras misturadas ou polvilhadas
por cima da comida. A alga Nori é rica em
proteína, cálcio, ferro, vitamina A, B e C. A
alga nori contém duas vezes mais proteína
do que algumas carnes.”
Fonte: http://portal.konbini.com.br/produtos-
orientais/algas-marinhas/
30
Consumo humano de algas
Hiziki (Sargassum fusiforme):
Tipo de algas
“ Cresce em litorais rochosos no Japão, Coreia
e China. O nome significa literalmente
grama. É um alimento tradicional e vem sendo
parte da dieta balanceada japonesa por
séculos. Rico em fibras e minerais, como
cálcio, ferro e magnésio. De acordo com o
folclore japonês, o hiziki ajuda a melhorar a
saúde e a beleza; e cabelos finos, negros e
lustrosos estão associados ao consumo
regular de pequenas quantidades da alga. O
hijiki vem sendo vendido nas lojas de produtos
naturais do Reino Unido por 30 anos e pratos
que levam a alga vem sendo adotados na
América do Norte.”
Fonte: http://portal.konbini.com.br/produtos-
orientais/algas-marinhas/ 31
Usos farmacêuticos
•Há cerca de 14000 anos atrás os primeiros colonos da América já
consumia algas para curar doenças.
•Um documento de 2700 anos na China
mostra o uso de algas em fins
terapéuticos.
32
Usos farmacêuticos
•Na idade contemporânea na Europa costumava-se usar o musgo-do-mar
(Chondrus crispus) para tratar dores de barriga e problemas respiratórios.
•Fonte de carregenina (espessante e
estabilizante alimentar – sorvetes,
etc.
•O suco de alga ainda é utilizado
como clarificante de bebidas
33
Usos farmacêuticos
Fava do mar (Focus Vesiculus)
“Utilizada para problemas de tireoide,
asma, tosse, distúrbios estomacais,
doenças urinárias, diabetes, colesterol
alto, desequilíbrio hormonal, dores de
cabeça, úlceras. As propriedades
medicinais da Fucus vesiculosus se
estendem para a prevenção e
tratamento de cânceres e tumores,
redução de açúcares no sangue,
desintoxicação por metais pesados,
efeitos antioxidantes e até mesmo
utilidade em dietas para perda de peso.”
“Possui algina, carragenina, iodo, potássio,
bromina, mucopolissacarídeos, manitol,
ácido algínico, ácido caínico, laminina,
histamina, zeaxantina, proteína, vitaminas B-
2 e vitamina C. Na culinária, a alga é
consumida crua ou cozida em sopas e grãos
por seu sabor salgado e os minerais que
possui. Acrescentada ao feijão, melhora a
digestibilidade e absorção dos nutrientes.”
Fonte:
http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com
/fucus-vesiculosus.html 34
Usos farmacêuticos
Cultivo de microalgas para extração de ácidos graxos tipo Omega-3
Atum fonte secundária de O-3 Microalgas – fonte natural de ácido graxos
35
Usos farmacêuticos
36
Usos farmacêuticos
Anti-oxidante – Tocoferol
Radial estabilizado
por mesomeria
Presença de sítios alílicos – ácidos
mais suscetíveis à oxidação
37
Usos farmacêuticos
Cultivo de microalgas para extração de ácidos graxos tipo Omega-3
Ilhas Canárias
As empresas Clean Algae e
AlgaeBiotech se destacam na
produção de microalgas para
extração do ácido graxo.
38
Histórico do cultivo de algas
China (2700 a.C)
Cultivo de algas na Indonésia
50’s início das
pesquisas com
microalgas
60’s produção em
escala industrail de
Clorella - Japão
39
Microalgas
•São algas unicelulares (em escala de
micrômetros);
•São autotróficas e às vezes heterotróficas
•Podem viver em colônias;
•Presentes em água doce e salgada;
•Reprodução assexuada
Produzem boa parte do
oxigênio terrestre
Base da cadeia alimentar aquática
(constituem boa parte do placton)
40
Gêneros mais comuns de microalgas
Monoraphidium sp.
Monoraphidium arcuatum
•Formato em gancho;
•Alto teor lipídico;
•Boa adaptação no cultivo;
•Resistente à contaminação;
•Algumas espécies podem apresentar
flagelo.
41
Gêneros mais comuns de microalgas
Monoraphidium sp.
Análise de CG-MS – Perfil lipídico da Monoraphidium sp;
Costa; Gomes; Souto; Kramer, 2016
42
Gêneros mais comuns de microalgas
Chlamydomonas sp.
MEV Chlamydomonas reinhardtii
•Presença de flagelos;
•Geralmente encontrada em ambientes
ricos em amônia;
•Reprodução assexuada e sexuada;
•Parede celular é composta por
glicoproteínas e polissacarídeos-não
celulóicos;
43
Gêneros mais comuns de microalgas
Scenedesmus sp.
•Existem cerca de 74 espécies;
•Resistência às condições adversas;
•Boa adaptação;
•Alto teor de proteínas;
•Das mais eficientes fixadoras de CO2;
•Em geral baixo teor de lipídios;
•Comum em água fresca;
•Em 1942, Gaffron e Rubin descobriram a
presença da enzina hidrogenase na
Scenedesmus oblíquo sob condições
anearóbias; Scenedesmus brasiliensis.
44
Gêneros mais comuns de microalgas
Desmodesmus sp.
•Boa adaptação à salinidade;
•Microalga de climas moderados;
•Teor lipídico próximo à 30% (m/m);
•Boa produtividade lipídios/dia;
Fonte: Sen Zhang, et al, 2014
45
Gêneros mais comuns de microalgas
Clorella sp.
“[...]evada resistência a condições adversas de temperatura, pH e
concentração de CO2, mas também o seu elevado teor em óleo, próximo dos
40% para a Chlorella sp. [...] tempo de duplicação de 4,6 dia. A concentração
máxima atingida foi de 343 mg/L e a produtividade máxima de 0,031 g/(L.dia).
A remoção de carbono foi de 0,8g para 1,4L de meio, o que corresponde à
remoção de 570Kg de CO2 com produção de 310 kg de biomassa algal por cada
1000 m3 de meio em 11 dias de cultivo.”
Fonte: Utilização de microalgas para mitigação de CO2 industrial
(http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/5851/1/Relat%C3%B3rio%20de%20est%C3%A1gio.pdf
46
Comparação de algumas propriedades
47
Comparação de perfil lipído entre
microalgas de água doce e salgada
Fonte: Sen Zhang, et al, 2014
48
Etapas do cultivo
Cepa reprodução/crescimento Concentração/colheita
Preparação das
cepas em
laboratório
Os nutrientes fornecidos e as
condições do cultivo tem
impacto na reprodução e
crescimento – Cultivo no telhado
de residências
Diminuição da quantidade
de água do meio das
microalgas – dependendo
do método pode haver
custo elevado
49
Etapas do crescimento
Maior teor substâncias de reserva
Maior teor
substâncias de
reserva
Maior teor proteínas
Escassez de nutrientes, falta luz, etc.
Fonte: Utilização de microalgas para mitigação de CO2 industrial
(http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/5851/1/Relat%C3%B3rio%20de%20est%C3%A1gio.pdf
50
Biofixação de CO2
Microalga
Amido
Reação global de formação de carboidratos Substâncias de reserva
51
Biofixação de CO2
52
Biofixação de N
Microalga
Luz
Gás
carbônico nitrogênio
Compostos
inorgânicos
Compostos
orgânicos
Gás oxigênio
Compostos nitrogenados
53
Condições de stress no cultivo
Carência de sais minerais
Diminuir a taxa de reprodução
Ou dependendo do gênero
Aumentar taxa de
reprodução/microalgas desnutridas e
“magras”
Carência de luz e CO2 Diminuir a taxa de reprodução
Excesso de O2 Diminuir a taxa de reprodução
pH muito elevado Precipita carbonatos de
baixa solubilidade Carência de CO2
CO2(g) CO2(aq) + H2O(l) H2CO3(aq) + Mg2+
(aq) MgCO3(s) + 2H+
(aq) 54
Cuidados prévios antes do cultivo
•Escolha do gênero/espécie adequada ao interesse de cultivo;
•Adaptação do gênero/espécie às condições locais;
•Ajuste de pH, salinidade; temperatura; turbidez;
•Cuidados com espécies invasoras ou contaminantes;
•Cuidados com predadores naturais;
•Contaminação com fungos ou bactérias;
Cultivo de microalgas em escala
laboratorial
55
Métodos de cultivo de microalgas
Cultivo
Indoor Outdoor
56
Cultivo Outdoor
Cultivo de macroalgas em Zanzibar
•Ambiente aberto;
•Variáveis de cultivo controladas
pela natureza;
•Menor taxa de reproduzução;
•Maior risco de contaminação;
•Maior espaço ocupada em relação
ao método indoor;
• Vantagem financeira em relação
ao método indoor;
57
Cultivo Outdoor
Tanques de cultivo de microalgas
58
Cultivo OutdoorSistema Raceway
59
Cultivo Outdoor
Sistema Raceway – Influência das posição do aerador na pressão da água
Vermelho: Maior
pressão
Azul: Menor pressão
Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html
60
Cultivo Outdoor
Sistema Raceway – Influência das posição do aerador na velocidade da água
Vermelho: Maior
velocidade
Azul: Menor
velocidade
Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html
Depósito de
nutrientes e algas
61
Cultivo Outdoor
Sistema Raceway – Influência das geometria do raceway na pressão da água
Vermelho: Maior
pressão
Azul: Menor pressão
Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html
62
Cultivo Outdoor
Sistema Raceway – Influência das geometria do raceway na velocidade da água
Vermelho: Maior
velocidade
Azul: Menor
velocidade
Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html
Depósito de nutrientes
e algas
63
Cultivo Outdoor
Sistema Raceway – Influência das geometria do raceway e posição do aerador no
consumo de energia
Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html
Energia gasta
desnecessariamente
(efeito da curva do
raceway)
64
Cultivo Outdoor
Sistema Raceway – Melhor geometria e posição do aerador
Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html
65
Cultivo Indoor
•Ambiente fechado
•Variáveis de cultivo controladas;
•Maior taxa de reprodução;
•Menor risco de contaminação;
•Método mais caro
Esquema de um otobiorreator
66
Cultivo Indoor
Fotobiorreatores tubulares
67
Cultivo Indoor
Fotobiorreatores tubulares
Luz artificial
Produção em larga escala
68
Cultivo Indoor
Fotobiorreatores de placas paralelas
69
Comparação Indoor x Outdoor
70
Concentração
71
Concentração
72
Métodos para secagem da microalga
Secagem natural ao sol
Vantagens
•Menor custo;
•Secagem em grande escala;
Desvantagens
•Secagem heterogênea;
•Secagem mais lenta;
•Risco de contaminação biológica;
•Amostra sujeita intempéries; Microalga seca ao sol
73
Métodos para secagem da microalga
Estufas
Vantagens
•Secagem em grande escala;
•Controle de temperatura;
•Secagem rápida;
Desvantagens
•Risco de degradação do material de
interesse;
•Perda de propriedades naturais da
microalga;
Estufa industrial
74
Métodos para secagem da microalga
Liofilização
Vantagens
•Secagem rápida;
•Integridades do material de interesse;
•Secagem homogênea;
Desvantagens
•Alto custo;
•Pequena à média escala;
Modelo de liofilizador
75
Uso de microalgas como ração de peixe
*Referência:
http://www.caunesp.unesp.br/publicacoes/dissertacoes_teses/dissertacoes/Dissertacao%20Flavia%20Almeid
a%20Berchielli%20Morais.pdf
•Alimento natural de peixes (fazem parte do
plâcton);
•Alimento barato;
•Fonte de ácidos graxos essenciais;
•Os pigmentos naturais das microalgas
melhoram as cores dos peixes*;
•70 a 90% dos custos com ração está ligado
a alimentos protéicos de origem animal
como a sardinha – as microalgas podem
substituí-los e diminuir tais custos;
•A propriedades da ração à base de
microalgas podem ser fonte de alimentação
de ruminantes e aves também.
Ração para peixe
comercializada pela Algae
76
Uso de microalgas para tratamento de efluentes
Descarte direto de efluente num rio
Altas concentração de
compostos de N, P e
compostos orgânicos
Baixa luminosidade e
oxigênio dissolvido
Crescimento de
algas na camada
superior da água
EUTROFIZAÇÃO
DA ÁGUA
Morte de organismo
aeróbios
Acúmulo de matéria
orgânica
Multiplicação de
bactéria anaeróbias,
como as coliformes
Toxinas e doenças
ETE
Aeróbio Anaeróbio
77
Uso de microalgas para tratamento de efluentes
ETE – processo Aeróbio
Algas e bactérias
presentes no esgoto
consomem/digerem
o material orgânico e
inorgânico
78
Uso de microalgas para tratamento de efluentes
ETE – processo Anaeróbio
Bio-reatores anaeróbios da S. Carlos
Os compostos inorgânicos?
Ref: http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=611979
Uso de microalgas para tratamento de efluentes
Altas concentração de
compostos de N, P e
compostos orgânicos
Ambiente ideal
para crescimento
de microalgas
Redução de custos
na produção de
microalgas e no
tratamento de
efluentes
Consumo de
nitratos e fosfato e
algumas formas de
matéria orgânica
ETE
Resultado após
tratamento do
efluente
80
Uso de microalgas para tratamento de efluentes
Dissertação de mestrado: Cultivo de Microalgas e redução de coliformes em efluente de
tratamento anaeróbio – Adriano Evandir Marchello*
* http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6119
Efluente municipal
de S. Carlos-SP
Tratamento com
microalgas (dentre
elas Clorella
Vulgaris)
Teste Não-
aerado
Teste Aerado
Resultados
insatisfatórios
– morte de
microalgas
Redução de
matéria
orgânica e
inorgânica
Redução de
99,9% das
bactérias
anaeróbias
Efluente mais
limpo
81
Uso de microalgas para tratamento de efluentes
82
Uso de microalgas para tratamento de efluentes
Resumo das espécies presentes
83
Material lipídicos das microalgas
•Fonte secundária de energia;
•As microalgas são ricas em HUFAs (Highly unsatured fatty
acids);
•Os gêneros e espécies possuem tipos e quantidades de lipídos
variáveis;
•As condições de cultivo influenciam na quantidade de lipídios
(em geral deficiencia de N e diminuinção da temperatura fazem
aumentar quantidades de lipídios);
•Em geral os lipídos são extraídos com muitos pigmentos;
Ceras são lipídios comuns
em microalgas
Óleos Vegetais
A primeira forma de reserva das
microalgas, os carboidrados liberam
4cal/g e as gorduras 9cal/g
84
Material lipídicos das microalgas
Relembrando o conceitos de lipídios
Toda biomolécula
solúvel em solvente
orgânicos
Lipídios polares
Lipídios apolares
Fosfolipídios – componente de
membrana celular
Triglicerídeo – presente em óleos e gorduras
85
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ceras
•São extremamente insolúveis em água;
•Sensíveis à temperatura;
•São formados por um álcool e um ácido graxo;
•Alto peso molecular;
•Podem sofrer reação de hidrólise;
•Nos extrato lipídicos de microalgas as ceras costumas
se depositar no fundo e nas paredes do recipiente;
•Precipitam quando resfriadas;
86
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Fosfolipídios
•Compõe as membranas, fazem interface entre
os meios intra e extracelular;
•Formam gomas no extrato lipídico;
•São retirados dos óleos vegetais;
•São agentes emulsificantes;
Estrutura de fosfolipídio
87
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Esteróides
•São terpenóides;
•Desempenham função hormonal;
•São sintetizados a partir do colesterol;
Progesterona –
hormônio sexual
feminino
Testosterona–
hormônio sexual
masculino
Colesterol
88
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ácidos graxos
•São ácidos carboxílicos com apenas um grupo carboxilato;
•Contém cadeias carbônicas saturadas ou insaturadas com números pares
(sob raras exceções) de carbono, entre 4 e 28;
Ácido
Graxo
Saturados
Insaturados
Monoinsaturados
(MUFA)
Poli-insaturados
(PUFA)
Essencial
Não
essencial
Ômega-3 Ômega-6
Ômega-9
89
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ácidos graxos saturados
Algumas de suas aplicações são sabores artificiais de queijo e manteiga.
Butanoato de cálcio é utilizado na tratamento do couro, e os ésteres de glicol
e triglicerol são usados como agentes plastificantes.
Ácido hexanóico (capróico), Presente na maioria do
óleos animais e leite de cabra e derivados
90
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ácidos graxos monoinsaturados (MUFA)
Estrutura geral de um MUFA
Benefícios ômega-9
•Propriedades anti-inflamatórias,
•Antioxidante;
•Protege o sistema cardiovascular;
•Redução do mau colesterol (LDL) e da
aterosclerose,
•Melhora as funções imunológicas e
•Prevenção contra o câncer.
91
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ácidos graxos monoinsaturados (MUFA)
Ácido oléico
•Ácido graxo essencial;
•Presente na membrana celular;
•Sólido a baixo dos 15°C
•Presente na epiderme;
•Encontrado nos lídios de origem,
animal, vegetal e microalgal;
•Usado em cremes e sabões;
•Poder substituir gorduras
saturadas na cozinha
92
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ácidos graxos monoinsaturados (MUFA)
•Ácido erúcico: Uma gordura monoinsaturada que tem suscitado
alguma preocupação. Com base em testes feitos em animais,
supõe-se que pode ser perigoso para os seres humanos.
•Ácido nervônico: uma gordura monoinsaturada importante
para a saúde do cérebro. É encontrado no salmão, nozes
(especialmente macadâmia), e sementes.
Fonte: http://www.mundoboaforma.com.br/acido-oleico-beneficios-propriedades-alimentos-e-para-que-
serve/
Ácido erúcico Ácido nervônico
93
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ácidos graxos Poli-insaturados (PUFA) essenciais
São tipos de ácidos graxos insaturados que não são sintetizados pelos seres
humanos e muitos outros mamíferos e que se apresentam como
fundamentais ao correto funcionamento biológico deste seres, e portanto
devem ser incluído na dieta.
Os ácidos graxos essenciais são subdivididos em ômega-3 e ômega-6
94
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ômega-3
•Atividade anti-inflamatória;
•Diminuição da pressão arterial;
•Redução dos níveis de colesterol de baixa densidade e
triglicerídeos;
•Atividade anti entupimento vascular;
•Atividade anti-oxidante.
Ácido Alfa-Linolênico
Encontra-se líquido em temperatura
ambiente, coloração acastanhada, Apresenta
propriedades benéficas ao sistema cardíaco
Sítio bi-alílico
95
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ômega-3
•Atividade anti-inflamatória;
•Diminuição da pressão arterial;
•Redução dos níveis de colesterol de baixa densidade e
triglicerídeos;
•Atividade anti entupimento vascular;
•Atividade anti-oxidante.
Ácido Eicosapentanóico
Tipo de ácido ômega-3, presente em óleos,
peixes, azeite de Olivia, e muito comum nas
microalgas
96
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Ômega-6
Estudos apontam que o consumo excessivo de gordura omega-6 em relação ao ômega-
3 podem provocar um desequilíbrio, trazendo consequências negativas, como
processos inflamatórios
•Pele saudável;
•Combate à alergias;
•Efeitos positivos no humor;
•Atividade antioxidante;
Ácido linoléico, encontrado em
naturalmente em peixes e vegetais –
líquido à temperatura ambiente.
Obtido naturalmente pela conversão do ácido
linoléico por alguns mamíferos. Segundo o Jornal
britânico The Guardian (ver link abaixo), estudos
apontam que moléculas do ácido araquidômico
provocam a destruição de neurônio, provocando o mal
de Alzheimer
Ácido Araquidônico, presente em
nozes, frutas e vegetais em geral
http://www.theguardian.com/science/2008/oct/20/alzheimers-disease-omega-6
97
Material lipídicos das microalgas
Lipídios que encontramos nas microalgas
Triglicerídeos
Exemplo de triglicerídeo
•Insolúveis em água;
•Função de armazenar energia e
manter temperatura;
•Formado pela reação entre três
ácidos graxos com um glicerol.
98
Material lipídicos das microalgas
99
Material lipídicos das microalgas
Material
lipídico de
microalgal
20 a 30%
ácidos graxos
essenciais
Ceras
Fosfolipídidios
Ácidos graxos
Triglicerídeos
70 a 80%
Principalmente
Funções
metabólicas
Reserva de energia
100
Material lipídicos das microalgas
Principais ácidos graxos em gêneros de microalgas
101
Métodos para extração de lipídios
Extração
Moagem
Solvente
Blyer e Dyer
Etanólica
Hexânica
Concentração de
lipídios
102
Métodos para extração de lipídios
Parede celular, formada com
carboidratos complexos,
garantem a integridade da
célula
Núcleo da célula que
guarda o material
genético
Cápsulas intracelulares com
guardam o material lipídico
Outros materiais
intracelulares
Estrutura da célula da microalga
103
Esquema geral para extrair material
lipídico via uso de solvente
Amostra de biomassa
(preferencialmente seca)
Concentração
Contato com solvente +
agitação
Extrato lipídico +
solvente
Extrato lipídico
Pesagem
Separação da biomassa
Extração com hexano em um agitador
magnético
104
Modelo para extração via solvente
Solvente
orgânico
Poucas moléculas do
solvente conseguem
penetrar pela parede
celular
Formação do
complexo Solvente-
Lipídio
Migração do complexo para fora da
parede celular (mais uma vez é
necessário passar pela parede)
Métodos de
separação
105
Concentração do material lipídico
Evaporador rotativo – método geralmente aplicado em escala laboratorial
Solvente - Lipídios
Solvente
Controle de
temperatura e
rotação
Ambiente fechado
106
Amostra de extrato lipídico
Extrato lipídico de Clamidomonas sp.
107
Técnicas que auxiliam a extração de lipídios
Método Soxhlet
Franz Ritter von Soxhlet
Fonte de aquecimento
Concentração da amostra
Biomassa de microalga
Condensador
108
Técnicas que auxiliam a extração de lipídios
Ultrassom
Equipamento de ultrassom
Escala de nível sonoro
•Variação brusca da pressão do sistema;
•Cavitação;
•Desintegração da parede celular;
•Pode catalisar reações de degradação do
material de interesse;
Hélice gerando cavitação na água
109
Técnicas que auxiliam a extração de lipídios
Ultrassom vs Soxhlet
COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE ÓLEO DE MICROALGAS -
Revista Iniciação Científica, v. 12, n. 1, 2014, Criciúma, Santa Catarina. ISSN 1678-7706
Ambos sistemas sob solvente hexano – livre de agitação externa
2,1% (m/m) 32% (m/m)
110
Técnicas que auxiliam a extração de lipídios
Agitação mecânica
Tensão de cisalhamento
Exemplo de agitador mecânico
•Ambiente aberto – evaporação do solvente;
•Não promove degradação direta do material de
interesse;
Extração de lipídios de
microalgas
111
Técnicas que auxiliam a extração de lipídios
Agitação mecânica acoplada com ultrassom
Dissertação: Extração e análise de fração lipídica da
microalga Monoraphidium sp., síntese e
caracterização do seu biodiesel – Anderson
Fernandes Gomes
Disponível em: http://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/17702/1/AndersonFG_DISSERT.pdf
Extração com solvente
hexano
112
Técnicas que auxiliam a extração de lipídios
Vantagens
•Aumenta consideralvemente o rendimento da extração lípidica;
•Reduz o tempo de extração;
•Diminui a quantidade de solventes orgânicos utilizado;
Desvantagens
• Reduz a qualidade o material extraído
•O uso de agentes oxidantes torna o processo mais insalubre;
Oxidação da parede celular
113
Uso de peróxido de
hidrogênio a baixas
concentrações
Rápida diluição com solvente
orgânico para barrar ação
oxidante e proteger os lipídios
Técnicas que auxiliam a extração de lipídios
114
Microscopia
Parede celular rompida por ação oxidante
115
Biocombustíveis
1ª Geração de
bicombustíveis
2ª Geração de
bicombustíveis
3ª Geração de
bicombustíveis
Biodiesel de óleo de
vegetal/gordura animal
Álcool de Cana
Álcool de celulose
Biogás de resíduo animal
Biodiesel de microalga
Bio-óleo de origem
animal/vegetal
116
Potencial de produção de biodiesel a partir de
microalgas
Busca por energia renovável
•Segunda a U. S. Energy Information Administration a demanda
por energia deve aumentar 49% entre 2007 e 2035;
•Estima-se que o consumo de petróleo está de 2 litro para 1litro de
petróleo descoberto;
•300 milhões de litros de petróleo são consumidos por dia;
•Equilíbrio do ciclo do carbono;
•Aquecimento global(?);
117
Potencial de produção de biodiesel a partir de
microalgas
O que é o biodiesel?
Mistura de ésteres sintetizado a partir da reação entre lipídios transesterificáveis
com um álcool de cadeia curta, cuja função é utilização como combustível
Amostra de biodiesel
Reação de transesterificação de um TAG
Reação de esterificação de um ácido graxo livre
118
Potencial de produção de biodiesel a partir de
microalgas
O que é o biodiesel?
Fonte: http://tpqb.eq.ufrj.br/download/determinacao-do-indice-de-iodo-em-biodiesel-b100.pdf
O Metanol e etanol são o álcoois mais empregados na síntese.
119
Potencial de produção de biodiesel a partir de
microalgas
Principais propriedades do biodiesel
•Menor viscosidade que o diesel e óleo vegetal;
•Maior número de cetano ;
•Baixo teor de enxofre em relação ao diesel;
•B20 pode queimar em qualquer motor ciclo diesel;
•Alto ponto de fulgor;
Estrutura química do cetano (C16H34 – usado
padão na avaliação de ignição do diesel)
120
Potencial de produção de biodiesel a partir de
microalgas
Uma das principais vantagens do biodiesel de microalga é o potencial baixo custo de produção
de lipídios por área
Estimativa produção de óleo de microalga: 15.000-
30.000 l/Km², cerca de 120 - 240kg/ha
Fonte: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/agroenergia+_PDeI_Biodiesel_Algas_000g6f3kcwr02wx5ok0o71pxt430fm5w.pdf
121
Potencial de produção de biodiesel a partir de
microalgas
Comparação biodiesel oleaginosa x microalga
0,50
122
Principais métodos analíticos para o biodiesel de
microalga
GC-MS (Gas chromatography–
mass spectrometry)
123
Principais métodos analíticos para o biodiesel de
microalga
GC-MS (Gas chromatography–
mass spectrometry)
124
Principais métodos analíticos para o biodiesel de
microalga
FTIR - Fourier transform infrared spectroscopy
125
Principais métodos analíticos para o biodiesel de
microalga
FTIR - Fourier transform infrared spectroscopy
126
Principais métodos analíticos para o biodiesel de
microalga
RMN ¹H
127
Análise RMN ¹H Monoéster microalga
-OCH3
-CH3
-CH2CH2CO-
-CH2CH2CO-
-(CH2)n-
-CH=CH-CH2-
Resquícios de mono
e/ou diglicerol
-CH=CH-
CHCl3 -
traços
128
Potencial de produção de biodiesel a partir de
microalgas
Cenário atual das microalgas na produção do biodiesel
Anos 80Anos 50
Estudos pioneiros nos EUA
e Japão
Primeiro biodiesel de
microalga
Anos 70
Crise do petróleo
Aumento de 400% no
preço em 1974
Preocupação com fontes
renováveis
Investimentos pesado em
bicombustível, dentre eles
biodiesel de microalga
Anos 90
Estabilização do preço do
petróleo.
Amortecimento das
pesquisas
129
Potencial de produção de biodiesel a partir de
microalgas
Cenário atual das microalgas na produção do biodiesel
Anos 2000
Interesse no biocombustíveis
Ressurgem pesquisas sobre
microalgas
Anos 2010
Forte presença de trabalhos
acadêmicos nacionais na área
130
Potencial de produção de bioetanol a partir de
microalgas
Biomassa rica em
amido/carboidratos
Hidrólise enzimática
à sacarose
C12H22O11 → C6H12O6 + C6H12O6
Sacarose Glicose Frutose
Quebra da
sacarose
Fermentação
Ag. Fermentador mais comum:
Saccharomyces cerevisiae
Destilação simples
C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2
Glicose ou frutose Etanol Gás ou carbônico
Bioálcool
131
Vantagens do bioálcool de microalgas
Baixo custo
de produção
Fermentação de microalgas
“Vinhaça” reutilizada na
própria produção de
microalgas
Não competição com
mercado de alimentos
Alta eficiência
fotossintética/Ciclo
do carbono
132
Pré-tratamento microalgas
para produção de bio-etanol
Pré-tratamento (Quebrar
parede celular)
Físicos Químicos Biológicos
Micro-organismos EnzimaÁcido BásicoUltrassom
Autoclave
Banho
hidrotérmico
133
Microalgas promissoras
Fonte: TECNO-LÓGICA, Santa Cruz do Sul, v. 16, n. 2, p. 108-116, jul./dez. 2012
134
Potencial de produção de biogás a partir de
microalgas
Biodigestores
Biomassa
Biodigestor
Bactérias anaeróbias
(ausência de O2)
Biogás
135
Usos de biomassa residual de microalgas
•Fertilização de solo para agricultura;
•Fermentação;
•Biodigestão;
•Ração animal (Depende da presença de contaminantes)
•Nutrição de Raceways;
•Pirólise;
136
Potencial de produção de bio-óleo a partir da pirólise
de microalgas
•Do grego “pyros” fogo e “lise” –
quebra;
•O craqueamento ou pirólise de
óleos, gorduras ou ácidos graxos
•Temperaturas acima de 350 ºC;
•Pesquisas apontam o uso de altas
pressões
Bio-óleo a partir de pirólise de biomassaReator autoclave
137
Potencial de produção de bio-óleo a partir da pirólise
de microalgas
Biomassa sem
tratamento
Reator auto-clave
Carvão
ativado
Gás Natural
(principalmente o
metano)
Gás
hidrogênio
Bio-óleoAromáticos
Betume e
materiais
carbonizados
Altas temperaturas
Pressão ambiente/alta pressão
Presença ou não de craqueadores
catalíticos
Óxidos de
carbono/enxofr
e/nitrogênio
138
Comparação querosene vs Bioquerosene
139
Perspectivas futuras –
melhoramento genético
Melhoramento
genético
Melhoramento
Clássico
Biotecnologia
Avançada
Agentes mutagênicos
Seleção/reprodução –
características
naturais
Químicos Radiação
Transgenia
Caracterização
genética
Manipulação
genética
140
Créditos de Carbono
Produção de
microalga
CO2
Atmosférico
1t de CO2 = 1 crédito de C
Pessoa física
ou jurídica Guardar os créditos -> Contribuir para
redução de gases puluentes
Negociar créditos = lucro = investiment0
na produção de microalgas
Ajudar a empresas a
bater metas de
redução de poluentes
141
Créditos de Carbono
7% de energia solar é
absorvida o resto é refletido
de volta ou dissipado na
forma de calor
As microalgas fixam CO2 35
vezes mais eficientemente
que o milho
Fonte:
http://www.repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/672/POTENCIAL%20DE%20ABSOR%C3%87%C3%83O%20DE%20CARBONO%20POR%20E
SP%C3%89CIES%20DE%20MICROALGAS%20USADAS.pdf?sequence=1
Microalgas
Absorção de de C: 11–36 t ha-1/ano
Floresta
Absorção de C: 3-4 t de ha-1/ano
142
Créditos de Carbono
Cada vaca emite 80
a 110 kg de
metano/ano
Uma fazenda com 50
vagas irá emir cerca
de 5t de metano/ano
105 créditos de
carbono são
necessários = U$
770,00 ou cerca de R$
2.500,00
Cerca de 0,15 ha
(1.500m²) de
microalgas
Valores baseados no
potencial de efeito estufa
de cada gás
143
Empresas que produzem e comercializam algas
Link: https://hdoisall.wordpress.com/sobre/
Cede: Blumenau (SC)
Início de atividade: 2001
Financiadores: Fundação de Apoio à
Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa
Catarina (Fapesc) e pela Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep)
Principais projetos: Estudo do uso de
painéis como fotobioreatores de microalgas
em telhados residenciais; Estudo da pirólise
da microalga senedesmius;
Principal fonte de renda: Venda créditos de
carbono
H2all
144
Empresas que produzem e comercializam algas
Algae
Cede: Piracicaba (SP)
Início de atividade: 2009
Financiadores:
Principais projetos: Tratamento de
efluentes; Biofixação de CO2; Nutrição
animal; Saúde Humana; Biocombustíveis.
Principal fonte de renda: Venda de reação
para peixes, aves e ruminante. Tratamento de
efluentes.
http://www.algae.com.br/site/pt/
145
Empresas que produzem e comercializam algas
Algae Biotech
Cede:
Início de atividade: 2
Financiadores:
Principais projetos:
http://www.algae.com.br/site/pt/
146
Cenário brasileiro na produção de biocombustíveis de
microalgas
•Início das pesquisas tardio em relação a outro países;
•No início do anos 2000 começa o interesse brasileiro nas
pesquisas;
•Pesquisas ainda descentralizadas;
•Ainda não há tecnologia nacional para produção em
larga escala de biocombustível;
•Surgimento de pequenas empresas
Pesquisadoras;
•Número significante de patentes no
Assunto;
UFPR, UFBA, UFRJ, UFRN, UFSC e
FURG
Principais universidades com
linhas de pesquisa no assunto.
Matriz energética brasileira 147
Cenário brasileiro na produção de biocombustíveis de
microalgas
Projetos financiadores de pesquisa
•Já se insistiu cerca de R$ 130 milhões em projetos no Brasil;
•Principais entidades financiadores: Petróbrás, Finep e Embrapa;
Pioneira em financiamento
no Brasil, desde 2005
estabelece programas com
instituições de pesquisa,
principalmente o CENPES.
Segundo grande edital para
financiamento de pesquisas
de biocombustíveis, dede
2008 conta com 10
universidades.
Financiamento deste 2013 em
instituições de pesquisa, além
de laboratório próprios desde
o cultivo à pesquisa.
148
Vantagens do Brasil na produção de
microalgas
•Diversidade de gêneros;
•Boa insolação;
•Áreas pouco usadas na agricultura (Como cerrado e caatinga);
•Presença de pesquisadores na área;
•Incentivos do governo;
•Tradição em uso de energia limpa.
149
Avanços nacionais na produção de algas
150
Avanços na produção de algas
151
Avanços na produção de algas
152
Urban Algae Canopy
“Árvore de plástico”
Produção de 2Kg de O2/dia =
25 árvores de grande porte
Desenvolvido pelo escritório de arquitetura
ecoLogicStudio, fundado em Londres pelos
arquitetos Marco Poletto e Claudia Pasquero
Polímero ETFE –
Resistente ao sol e
altas temperaturas
Spirulina – Rica em vitaminas,
lipídios e proteínas
6 anos de pesquisas ->
Cobertura de prédios, casas, etc.
Alimentação Bioenergia
153
Linhas de pesquisa em algas da UFRN
Fonte: SIGAA
154
Grupos de pesquisa no Brasil
Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Autossustentável (Paraná)
http://npdeas.blogspot.com.br/2013/10/um-pouco-da-historia-do-npdeas-e-
da.html
155
Planta piloto RN
“a produção de microalgas é um dos projetos de pesquisa prioritários, devido à
potencialidade de produção, além de atuar na absorção de CO2 e limpeza da
água.” Miguel Rossetto – Presidente da petroleira na época
Custo do projeto: R$ 2.241.960,20.
156
Planta piloto RN
Primeiros tanques com capacidade para 4 mil litros
157
Planta piloto RN
158
Planta piloto RN
159
Laboratório de Química Orgânica Aplicada
Laboratório
160
Laboratório de Química Orgânica Aplicada
Equipe
Drª Marta Costa –
Coordenadora
PRH 30
Drª Suzan Medeiros–
Pesquisadora
Anderson Gomes
(Doutorado) Carlos Kramer
(Mestrado)
Elizeu Mazzo (IC)
Jéssica Sant’ana
(IC)
Eloiza Santos
(mestrado)
Edmilson Matias
(IC)
Dr. Carlos Souto
(Professor orientador)
Victor Reis (IC)
161
LAQOA – linhas de pesquisa
•Biorrefinaria de microalgas;
•Estudo da oxidação da parede celular e impactos na qualidade
dos lipídios;
•Uso de enzimas na transestericação de lipídios de microalgas;
•Estudos de catálises químicas na extração lipídica;
•Estudo de propriedades do óleo de cártamo.
162
Instituto CO2 Zero
http://www.co2zero.eco.br/ 163
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Potencialidades biotecnológicas de microalgas

  • 1. Carlos Augusto Cabral Kramer (LAQOA-IQ- UFRN/PPGQ/PRH30) Drª Marta Costa (IQ-UFRN) 1
  • 2. Ementa • Aspectos biológicos e Contexto ambiental; •Definição: macroalgas e microalgas; • Aplicações Industriais (algas): farmacêuticas , alimentícias, tratamento de efluentes, produção de bioetanol, biodiesel, biogás, bio-óleo. • Formas e técnicas de cultivo e Etapas de crescimento; •Composição e formas de reserva energética; • Créditos de carbono; • Técnicas de extração de lipídios; • Análise instrumental; • Linhas de pesquisas associadas e Projetos inovadores; •Planta piloto de produção de microalgas do RN. 2
  • 4. Plâncton Do grego “andarilho”: Organismos em geral microscópicos, pouco móveis (vivem em suspensão), não muito complexos, base da cadeia alimentar aquática FitoplânctonZooplâncton Bacterioplâncton pulga d`água dáfnia (Daphnia pulex), Exemplo de Bacterioplacton (Não realiza fotossíntese) Microalga Spirulina – suplemento protéico e vitamínico 4
  • 5. Bentos Podwój wielki Zoobentos Fitobentos Alga verde Parenquimatosa Codium sp 5
  • 6. Algas •“Algae” – Erva do mar (Latin); • Sem vasos condutores de seiva; • Não possuem folhas, caules e raízes legítimos •Uni ou pluricelulares; •Células eucariontes; •Seres autotróficos – fotossíntese. 6
  • 9. Macroalgas Algas verdes Algas vermelhas Algas marrons 9
  • 10. Macroalgas • São fotossintéticos; • Estão presentes em água doce e salgada; • Espécies macro ou microscópicas; 10
  • 11. Algas verdes • Únicas algas presentes no reino plantae* * Ancestral em comum com as plantas terrestres 11 • Parede celular: Celulose; • Substância de reserva: Amido; • Presença de becaroteno; • Nos cloroplastos presença da clorofila A e B •Absorvem na região no vermelho e do azul, espalham a luz verde
  • 13. Betacaroteno Pigmento carotenoide •Atividade antioxidante; •Precursor da vitamina A; •Benefício à visão noturna; •Melhora elasticidade da pele; •Dar força e brilho às unhas e cabelos 13 Algas verdes
  • 15. Curiosidade: Semelhança entre hemoglobina e clorofila 15
  • 16. • Carboidrato formado por ligações glicosídicas; • Fonte de energia; • Encontrado também no arroz, no milho, na mandioca e em outros vegetais. 16 Algas verdes Amido Alfa glicose
  • 18. Algas marrons •Parede celular: Celulose; •Substância de reserva: Manitol (um tipo de açúcar); •Nos cloroplastos presença da clorofila A e C •Pigmento Fucoxantina (cor marrom) Fucoxantina 18
  • 20. Algas vermelhas • Presentes em salgada (maioria) • Podem se reproduzir de forma sexuada e assexuada; • Parede celular: Celulose; • Substância de reserva: Amido • Nos cloroplastos presença da clorofila A 20
  • 21. Principais usos de algas •Alimentação; •Fabricação de fertilizantes; •Produção de cosméticos; •Investigação fitoquímicas; •Extração de produtos naturais (antioxidantes, corantes, ácidos graxos, pigmentos); •Produção de bio combustíveis (biodiesel; bioetanol; biogás) •Tratamento de efluentes industriais e domésticos; •Captura de gás carbônico industrial; 21
  • 22. Consumo de humano de algas • Uso desde antiguidade no extremo oriente (uso associado à saúde) e com os nativos americanos; • Atualmente a FAO (Organização de comida e agricultura – ONU) estimam a produção anual de 7.000.000 t de algas (metade destinado apenas para alimentação humana); Gellidum – espécie de algas muito utilizada no consumo humano Gelatina de Gellidum (ágar-ágar) 22
  • 23. Consumo humano de algas Principais espécies de Macroalgas cultivadas para consumo humano •Monostroma •Enteromorpha •Laminaria •Porphyra •Eucheuma •Kappaphycus •Glacilaria Monostroma Cultivo Monostroma Uso Monostroma no Sushi 23
  • 24. Consumo humano de algas Benefícios do consumo •Fonte natural de ferro, magnésio, iodo, fósforo; •Vitaminas A,C, E e B12; •Aminoácidos essenciais e proteínas; •Presença de fibras (Abaixa o LDL); •Baixo teor calórico; Kombu – comida típica japonesa, comum em sopas. Macroalga do gênero Laminária •Algumas algas podem vir com muito sódio; •A presença de arsênio pode ser um problema (diarréia, dores abdominais; fastio; problemas no coração e fígado); •Dependendo do lugar do cultivo as algas podem se contaminar com metais tóxicos e pesados; Cuidados 24
  • 25. Consumo humano de algas Coréia do Sul, Japão e China •Maiores produtor e consumidor de algas; •Histórico de produção deste antiguidade; •Boa parte das comidas típicas contém algas; Vista área do Japão Obentô comida típica feita de algas brancas Nori – muito utilizado no sushi e bolo de arroz 25
  • 26. Consumo humano de algas Coréia do Sul, Japão e China Sopa de frutos do mar com algas – Coréia do Sul Caulerpa lentillifera – consumidas nas Filipinas 26
  • 27. Consumo humano de algas Ocidente •No Brasil – índios pataxó consomem algas verdes na alimentação; •Na America do Norte , índios consumia a alga Porphyra; •Aos poucos o consumo de algas na cultura ocidental vem se tornando algo comum Indios Pataxó – reservas na BahiaPorphyra – alga vermelha 27
  • 28. Consumo humano de algas Alga Arame (Eisenia bicyclis) Tipo de algas “Normalmente são compradas secas e podem ser hidratadas rapidamente, levando cerca de cinco minutos para que isso aconteça. A Arame tem como características a coloração castanha, tem um sabor suave, semi-doce e uma textura firme. Ele é adicionada no preparo de aperitivos, cozidos, bolos, pilafs, sopas, pratos com torradas, e muitos outros tipos de pratos culinários. Seu sabor leve faz com que esse tipo de alga marinha seja adaptável para muitos usos.” Fonte: http://portal.konbini.com.br/produtos- orientais/algas-marinhas/ 28
  • 29. Consumo humano de algas Kombu (Saccharina japonica) Tipo de algas “Usado para preparar caldo usado em sopas chamado dashi. Ele é usualmente vendido seco, em pedaços grandes ou esfarelado assim sendo chamado. Também consumido fresco com peixe cru cortado em fatias (Sashimi).Pode-se comer kombu em tiras acompanhado de chá verde, temperando com vinagre doce .É também uma fonte rica de Ácido glutâmico.” Fonte: http://portal.konbini.com.br/produtos- orientais/algas-marinhas/ Ácido glutâmico, usado para prepara o glutamato de sódio (realçador de sabor) 29
  • 30. Consumo humano de algas Nori (Porphyra) Tipo de algas “Pode ser usada para enrolar oniguiris e sushis , muito populares no Japão, também são muito usadas em migalhas, ou cortadas em pequenas tiras misturadas ou polvilhadas por cima da comida. A alga Nori é rica em proteína, cálcio, ferro, vitamina A, B e C. A alga nori contém duas vezes mais proteína do que algumas carnes.” Fonte: http://portal.konbini.com.br/produtos- orientais/algas-marinhas/ 30
  • 31. Consumo humano de algas Hiziki (Sargassum fusiforme): Tipo de algas “ Cresce em litorais rochosos no Japão, Coreia e China. O nome significa literalmente grama. É um alimento tradicional e vem sendo parte da dieta balanceada japonesa por séculos. Rico em fibras e minerais, como cálcio, ferro e magnésio. De acordo com o folclore japonês, o hiziki ajuda a melhorar a saúde e a beleza; e cabelos finos, negros e lustrosos estão associados ao consumo regular de pequenas quantidades da alga. O hijiki vem sendo vendido nas lojas de produtos naturais do Reino Unido por 30 anos e pratos que levam a alga vem sendo adotados na América do Norte.” Fonte: http://portal.konbini.com.br/produtos- orientais/algas-marinhas/ 31
  • 32. Usos farmacêuticos •Há cerca de 14000 anos atrás os primeiros colonos da América já consumia algas para curar doenças. •Um documento de 2700 anos na China mostra o uso de algas em fins terapéuticos. 32
  • 33. Usos farmacêuticos •Na idade contemporânea na Europa costumava-se usar o musgo-do-mar (Chondrus crispus) para tratar dores de barriga e problemas respiratórios. •Fonte de carregenina (espessante e estabilizante alimentar – sorvetes, etc. •O suco de alga ainda é utilizado como clarificante de bebidas 33
  • 34. Usos farmacêuticos Fava do mar (Focus Vesiculus) “Utilizada para problemas de tireoide, asma, tosse, distúrbios estomacais, doenças urinárias, diabetes, colesterol alto, desequilíbrio hormonal, dores de cabeça, úlceras. As propriedades medicinais da Fucus vesiculosus se estendem para a prevenção e tratamento de cânceres e tumores, redução de açúcares no sangue, desintoxicação por metais pesados, efeitos antioxidantes e até mesmo utilidade em dietas para perda de peso.” “Possui algina, carragenina, iodo, potássio, bromina, mucopolissacarídeos, manitol, ácido algínico, ácido caínico, laminina, histamina, zeaxantina, proteína, vitaminas B- 2 e vitamina C. Na culinária, a alga é consumida crua ou cozida em sopas e grãos por seu sabor salgado e os minerais que possui. Acrescentada ao feijão, melhora a digestibilidade e absorção dos nutrientes.” Fonte: http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com /fucus-vesiculosus.html 34
  • 35. Usos farmacêuticos Cultivo de microalgas para extração de ácidos graxos tipo Omega-3 Atum fonte secundária de O-3 Microalgas – fonte natural de ácido graxos 35
  • 37. Usos farmacêuticos Anti-oxidante – Tocoferol Radial estabilizado por mesomeria Presença de sítios alílicos – ácidos mais suscetíveis à oxidação 37
  • 38. Usos farmacêuticos Cultivo de microalgas para extração de ácidos graxos tipo Omega-3 Ilhas Canárias As empresas Clean Algae e AlgaeBiotech se destacam na produção de microalgas para extração do ácido graxo. 38
  • 39. Histórico do cultivo de algas China (2700 a.C) Cultivo de algas na Indonésia 50’s início das pesquisas com microalgas 60’s produção em escala industrail de Clorella - Japão 39
  • 40. Microalgas •São algas unicelulares (em escala de micrômetros); •São autotróficas e às vezes heterotróficas •Podem viver em colônias; •Presentes em água doce e salgada; •Reprodução assexuada Produzem boa parte do oxigênio terrestre Base da cadeia alimentar aquática (constituem boa parte do placton) 40
  • 41. Gêneros mais comuns de microalgas Monoraphidium sp. Monoraphidium arcuatum •Formato em gancho; •Alto teor lipídico; •Boa adaptação no cultivo; •Resistente à contaminação; •Algumas espécies podem apresentar flagelo. 41
  • 42. Gêneros mais comuns de microalgas Monoraphidium sp. Análise de CG-MS – Perfil lipídico da Monoraphidium sp; Costa; Gomes; Souto; Kramer, 2016 42
  • 43. Gêneros mais comuns de microalgas Chlamydomonas sp. MEV Chlamydomonas reinhardtii •Presença de flagelos; •Geralmente encontrada em ambientes ricos em amônia; •Reprodução assexuada e sexuada; •Parede celular é composta por glicoproteínas e polissacarídeos-não celulóicos; 43
  • 44. Gêneros mais comuns de microalgas Scenedesmus sp. •Existem cerca de 74 espécies; •Resistência às condições adversas; •Boa adaptação; •Alto teor de proteínas; •Das mais eficientes fixadoras de CO2; •Em geral baixo teor de lipídios; •Comum em água fresca; •Em 1942, Gaffron e Rubin descobriram a presença da enzina hidrogenase na Scenedesmus oblíquo sob condições anearóbias; Scenedesmus brasiliensis. 44
  • 45. Gêneros mais comuns de microalgas Desmodesmus sp. •Boa adaptação à salinidade; •Microalga de climas moderados; •Teor lipídico próximo à 30% (m/m); •Boa produtividade lipídios/dia; Fonte: Sen Zhang, et al, 2014 45
  • 46. Gêneros mais comuns de microalgas Clorella sp. “[...]evada resistência a condições adversas de temperatura, pH e concentração de CO2, mas também o seu elevado teor em óleo, próximo dos 40% para a Chlorella sp. [...] tempo de duplicação de 4,6 dia. A concentração máxima atingida foi de 343 mg/L e a produtividade máxima de 0,031 g/(L.dia). A remoção de carbono foi de 0,8g para 1,4L de meio, o que corresponde à remoção de 570Kg de CO2 com produção de 310 kg de biomassa algal por cada 1000 m3 de meio em 11 dias de cultivo.” Fonte: Utilização de microalgas para mitigação de CO2 industrial (http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/5851/1/Relat%C3%B3rio%20de%20est%C3%A1gio.pdf 46
  • 47. Comparação de algumas propriedades 47
  • 48. Comparação de perfil lipído entre microalgas de água doce e salgada Fonte: Sen Zhang, et al, 2014 48
  • 49. Etapas do cultivo Cepa reprodução/crescimento Concentração/colheita Preparação das cepas em laboratório Os nutrientes fornecidos e as condições do cultivo tem impacto na reprodução e crescimento – Cultivo no telhado de residências Diminuição da quantidade de água do meio das microalgas – dependendo do método pode haver custo elevado 49
  • 50. Etapas do crescimento Maior teor substâncias de reserva Maior teor substâncias de reserva Maior teor proteínas Escassez de nutrientes, falta luz, etc. Fonte: Utilização de microalgas para mitigação de CO2 industrial (http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/5851/1/Relat%C3%B3rio%20de%20est%C3%A1gio.pdf 50
  • 51. Biofixação de CO2 Microalga Amido Reação global de formação de carboidratos Substâncias de reserva 51
  • 53. Biofixação de N Microalga Luz Gás carbônico nitrogênio Compostos inorgânicos Compostos orgânicos Gás oxigênio Compostos nitrogenados 53
  • 54. Condições de stress no cultivo Carência de sais minerais Diminuir a taxa de reprodução Ou dependendo do gênero Aumentar taxa de reprodução/microalgas desnutridas e “magras” Carência de luz e CO2 Diminuir a taxa de reprodução Excesso de O2 Diminuir a taxa de reprodução pH muito elevado Precipita carbonatos de baixa solubilidade Carência de CO2 CO2(g) CO2(aq) + H2O(l) H2CO3(aq) + Mg2+ (aq) MgCO3(s) + 2H+ (aq) 54
  • 55. Cuidados prévios antes do cultivo •Escolha do gênero/espécie adequada ao interesse de cultivo; •Adaptação do gênero/espécie às condições locais; •Ajuste de pH, salinidade; temperatura; turbidez; •Cuidados com espécies invasoras ou contaminantes; •Cuidados com predadores naturais; •Contaminação com fungos ou bactérias; Cultivo de microalgas em escala laboratorial 55
  • 56. Métodos de cultivo de microalgas Cultivo Indoor Outdoor 56
  • 57. Cultivo Outdoor Cultivo de macroalgas em Zanzibar •Ambiente aberto; •Variáveis de cultivo controladas pela natureza; •Menor taxa de reproduzução; •Maior risco de contaminação; •Maior espaço ocupada em relação ao método indoor; • Vantagem financeira em relação ao método indoor; 57
  • 58. Cultivo Outdoor Tanques de cultivo de microalgas 58
  • 60. Cultivo Outdoor Sistema Raceway – Influência das posição do aerador na pressão da água Vermelho: Maior pressão Azul: Menor pressão Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html 60
  • 61. Cultivo Outdoor Sistema Raceway – Influência das posição do aerador na velocidade da água Vermelho: Maior velocidade Azul: Menor velocidade Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html Depósito de nutrientes e algas 61
  • 62. Cultivo Outdoor Sistema Raceway – Influência das geometria do raceway na pressão da água Vermelho: Maior pressão Azul: Menor pressão Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html 62
  • 63. Cultivo Outdoor Sistema Raceway – Influência das geometria do raceway na velocidade da água Vermelho: Maior velocidade Azul: Menor velocidade Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html Depósito de nutrientes e algas 63
  • 64. Cultivo Outdoor Sistema Raceway – Influência das geometria do raceway e posição do aerador no consumo de energia Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html Energia gasta desnecessariamente (efeito da curva do raceway) 64
  • 65. Cultivo Outdoor Sistema Raceway – Melhor geometria e posição do aerador Fonte: http://kurtliffman.blogspot.com.br/2014/01/comparing-different-high-rate-algal.html 65
  • 66. Cultivo Indoor •Ambiente fechado •Variáveis de cultivo controladas; •Maior taxa de reprodução; •Menor risco de contaminação; •Método mais caro Esquema de um otobiorreator 66
  • 68. Cultivo Indoor Fotobiorreatores tubulares Luz artificial Produção em larga escala 68
  • 69. Cultivo Indoor Fotobiorreatores de placas paralelas 69
  • 70. Comparação Indoor x Outdoor 70
  • 73. Métodos para secagem da microalga Secagem natural ao sol Vantagens •Menor custo; •Secagem em grande escala; Desvantagens •Secagem heterogênea; •Secagem mais lenta; •Risco de contaminação biológica; •Amostra sujeita intempéries; Microalga seca ao sol 73
  • 74. Métodos para secagem da microalga Estufas Vantagens •Secagem em grande escala; •Controle de temperatura; •Secagem rápida; Desvantagens •Risco de degradação do material de interesse; •Perda de propriedades naturais da microalga; Estufa industrial 74
  • 75. Métodos para secagem da microalga Liofilização Vantagens •Secagem rápida; •Integridades do material de interesse; •Secagem homogênea; Desvantagens •Alto custo; •Pequena à média escala; Modelo de liofilizador 75
  • 76. Uso de microalgas como ração de peixe *Referência: http://www.caunesp.unesp.br/publicacoes/dissertacoes_teses/dissertacoes/Dissertacao%20Flavia%20Almeid a%20Berchielli%20Morais.pdf •Alimento natural de peixes (fazem parte do plâcton); •Alimento barato; •Fonte de ácidos graxos essenciais; •Os pigmentos naturais das microalgas melhoram as cores dos peixes*; •70 a 90% dos custos com ração está ligado a alimentos protéicos de origem animal como a sardinha – as microalgas podem substituí-los e diminuir tais custos; •A propriedades da ração à base de microalgas podem ser fonte de alimentação de ruminantes e aves também. Ração para peixe comercializada pela Algae 76
  • 77. Uso de microalgas para tratamento de efluentes Descarte direto de efluente num rio Altas concentração de compostos de N, P e compostos orgânicos Baixa luminosidade e oxigênio dissolvido Crescimento de algas na camada superior da água EUTROFIZAÇÃO DA ÁGUA Morte de organismo aeróbios Acúmulo de matéria orgânica Multiplicação de bactéria anaeróbias, como as coliformes Toxinas e doenças ETE Aeróbio Anaeróbio 77
  • 78. Uso de microalgas para tratamento de efluentes ETE – processo Aeróbio Algas e bactérias presentes no esgoto consomem/digerem o material orgânico e inorgânico 78
  • 79. Uso de microalgas para tratamento de efluentes ETE – processo Anaeróbio Bio-reatores anaeróbios da S. Carlos Os compostos inorgânicos? Ref: http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=611979
  • 80. Uso de microalgas para tratamento de efluentes Altas concentração de compostos de N, P e compostos orgânicos Ambiente ideal para crescimento de microalgas Redução de custos na produção de microalgas e no tratamento de efluentes Consumo de nitratos e fosfato e algumas formas de matéria orgânica ETE Resultado após tratamento do efluente 80
  • 81. Uso de microalgas para tratamento de efluentes Dissertação de mestrado: Cultivo de Microalgas e redução de coliformes em efluente de tratamento anaeróbio – Adriano Evandir Marchello* * http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6119 Efluente municipal de S. Carlos-SP Tratamento com microalgas (dentre elas Clorella Vulgaris) Teste Não- aerado Teste Aerado Resultados insatisfatórios – morte de microalgas Redução de matéria orgânica e inorgânica Redução de 99,9% das bactérias anaeróbias Efluente mais limpo 81
  • 82. Uso de microalgas para tratamento de efluentes 82
  • 83. Uso de microalgas para tratamento de efluentes Resumo das espécies presentes 83
  • 84. Material lipídicos das microalgas •Fonte secundária de energia; •As microalgas são ricas em HUFAs (Highly unsatured fatty acids); •Os gêneros e espécies possuem tipos e quantidades de lipídos variáveis; •As condições de cultivo influenciam na quantidade de lipídios (em geral deficiencia de N e diminuinção da temperatura fazem aumentar quantidades de lipídios); •Em geral os lipídos são extraídos com muitos pigmentos; Ceras são lipídios comuns em microalgas Óleos Vegetais A primeira forma de reserva das microalgas, os carboidrados liberam 4cal/g e as gorduras 9cal/g 84
  • 85. Material lipídicos das microalgas Relembrando o conceitos de lipídios Toda biomolécula solúvel em solvente orgânicos Lipídios polares Lipídios apolares Fosfolipídios – componente de membrana celular Triglicerídeo – presente em óleos e gorduras 85
  • 86. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ceras •São extremamente insolúveis em água; •Sensíveis à temperatura; •São formados por um álcool e um ácido graxo; •Alto peso molecular; •Podem sofrer reação de hidrólise; •Nos extrato lipídicos de microalgas as ceras costumas se depositar no fundo e nas paredes do recipiente; •Precipitam quando resfriadas; 86
  • 87. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Fosfolipídios •Compõe as membranas, fazem interface entre os meios intra e extracelular; •Formam gomas no extrato lipídico; •São retirados dos óleos vegetais; •São agentes emulsificantes; Estrutura de fosfolipídio 87
  • 88. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Esteróides •São terpenóides; •Desempenham função hormonal; •São sintetizados a partir do colesterol; Progesterona – hormônio sexual feminino Testosterona– hormônio sexual masculino Colesterol 88
  • 89. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ácidos graxos •São ácidos carboxílicos com apenas um grupo carboxilato; •Contém cadeias carbônicas saturadas ou insaturadas com números pares (sob raras exceções) de carbono, entre 4 e 28; Ácido Graxo Saturados Insaturados Monoinsaturados (MUFA) Poli-insaturados (PUFA) Essencial Não essencial Ômega-3 Ômega-6 Ômega-9 89
  • 90. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ácidos graxos saturados Algumas de suas aplicações são sabores artificiais de queijo e manteiga. Butanoato de cálcio é utilizado na tratamento do couro, e os ésteres de glicol e triglicerol são usados como agentes plastificantes. Ácido hexanóico (capróico), Presente na maioria do óleos animais e leite de cabra e derivados 90
  • 91. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) Estrutura geral de um MUFA Benefícios ômega-9 •Propriedades anti-inflamatórias, •Antioxidante; •Protege o sistema cardiovascular; •Redução do mau colesterol (LDL) e da aterosclerose, •Melhora as funções imunológicas e •Prevenção contra o câncer. 91
  • 92. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) Ácido oléico •Ácido graxo essencial; •Presente na membrana celular; •Sólido a baixo dos 15°C •Presente na epiderme; •Encontrado nos lídios de origem, animal, vegetal e microalgal; •Usado em cremes e sabões; •Poder substituir gorduras saturadas na cozinha 92
  • 93. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) •Ácido erúcico: Uma gordura monoinsaturada que tem suscitado alguma preocupação. Com base em testes feitos em animais, supõe-se que pode ser perigoso para os seres humanos. •Ácido nervônico: uma gordura monoinsaturada importante para a saúde do cérebro. É encontrado no salmão, nozes (especialmente macadâmia), e sementes. Fonte: http://www.mundoboaforma.com.br/acido-oleico-beneficios-propriedades-alimentos-e-para-que- serve/ Ácido erúcico Ácido nervônico 93
  • 94. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ácidos graxos Poli-insaturados (PUFA) essenciais São tipos de ácidos graxos insaturados que não são sintetizados pelos seres humanos e muitos outros mamíferos e que se apresentam como fundamentais ao correto funcionamento biológico deste seres, e portanto devem ser incluído na dieta. Os ácidos graxos essenciais são subdivididos em ômega-3 e ômega-6 94
  • 95. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ômega-3 •Atividade anti-inflamatória; •Diminuição da pressão arterial; •Redução dos níveis de colesterol de baixa densidade e triglicerídeos; •Atividade anti entupimento vascular; •Atividade anti-oxidante. Ácido Alfa-Linolênico Encontra-se líquido em temperatura ambiente, coloração acastanhada, Apresenta propriedades benéficas ao sistema cardíaco Sítio bi-alílico 95
  • 96. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ômega-3 •Atividade anti-inflamatória; •Diminuição da pressão arterial; •Redução dos níveis de colesterol de baixa densidade e triglicerídeos; •Atividade anti entupimento vascular; •Atividade anti-oxidante. Ácido Eicosapentanóico Tipo de ácido ômega-3, presente em óleos, peixes, azeite de Olivia, e muito comum nas microalgas 96
  • 97. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Ômega-6 Estudos apontam que o consumo excessivo de gordura omega-6 em relação ao ômega- 3 podem provocar um desequilíbrio, trazendo consequências negativas, como processos inflamatórios •Pele saudável; •Combate à alergias; •Efeitos positivos no humor; •Atividade antioxidante; Ácido linoléico, encontrado em naturalmente em peixes e vegetais – líquido à temperatura ambiente. Obtido naturalmente pela conversão do ácido linoléico por alguns mamíferos. Segundo o Jornal britânico The Guardian (ver link abaixo), estudos apontam que moléculas do ácido araquidômico provocam a destruição de neurônio, provocando o mal de Alzheimer Ácido Araquidônico, presente em nozes, frutas e vegetais em geral http://www.theguardian.com/science/2008/oct/20/alzheimers-disease-omega-6 97
  • 98. Material lipídicos das microalgas Lipídios que encontramos nas microalgas Triglicerídeos Exemplo de triglicerídeo •Insolúveis em água; •Função de armazenar energia e manter temperatura; •Formado pela reação entre três ácidos graxos com um glicerol. 98
  • 99. Material lipídicos das microalgas 99
  • 100. Material lipídicos das microalgas Material lipídico de microalgal 20 a 30% ácidos graxos essenciais Ceras Fosfolipídidios Ácidos graxos Triglicerídeos 70 a 80% Principalmente Funções metabólicas Reserva de energia 100
  • 101. Material lipídicos das microalgas Principais ácidos graxos em gêneros de microalgas 101
  • 102. Métodos para extração de lipídios Extração Moagem Solvente Blyer e Dyer Etanólica Hexânica Concentração de lipídios 102
  • 103. Métodos para extração de lipídios Parede celular, formada com carboidratos complexos, garantem a integridade da célula Núcleo da célula que guarda o material genético Cápsulas intracelulares com guardam o material lipídico Outros materiais intracelulares Estrutura da célula da microalga 103
  • 104. Esquema geral para extrair material lipídico via uso de solvente Amostra de biomassa (preferencialmente seca) Concentração Contato com solvente + agitação Extrato lipídico + solvente Extrato lipídico Pesagem Separação da biomassa Extração com hexano em um agitador magnético 104
  • 105. Modelo para extração via solvente Solvente orgânico Poucas moléculas do solvente conseguem penetrar pela parede celular Formação do complexo Solvente- Lipídio Migração do complexo para fora da parede celular (mais uma vez é necessário passar pela parede) Métodos de separação 105
  • 106. Concentração do material lipídico Evaporador rotativo – método geralmente aplicado em escala laboratorial Solvente - Lipídios Solvente Controle de temperatura e rotação Ambiente fechado 106
  • 107. Amostra de extrato lipídico Extrato lipídico de Clamidomonas sp. 107
  • 108. Técnicas que auxiliam a extração de lipídios Método Soxhlet Franz Ritter von Soxhlet Fonte de aquecimento Concentração da amostra Biomassa de microalga Condensador 108
  • 109. Técnicas que auxiliam a extração de lipídios Ultrassom Equipamento de ultrassom Escala de nível sonoro •Variação brusca da pressão do sistema; •Cavitação; •Desintegração da parede celular; •Pode catalisar reações de degradação do material de interesse; Hélice gerando cavitação na água 109
  • 110. Técnicas que auxiliam a extração de lipídios Ultrassom vs Soxhlet COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE ÓLEO DE MICROALGAS - Revista Iniciação Científica, v. 12, n. 1, 2014, Criciúma, Santa Catarina. ISSN 1678-7706 Ambos sistemas sob solvente hexano – livre de agitação externa 2,1% (m/m) 32% (m/m) 110
  • 111. Técnicas que auxiliam a extração de lipídios Agitação mecânica Tensão de cisalhamento Exemplo de agitador mecânico •Ambiente aberto – evaporação do solvente; •Não promove degradação direta do material de interesse; Extração de lipídios de microalgas 111
  • 112. Técnicas que auxiliam a extração de lipídios Agitação mecânica acoplada com ultrassom Dissertação: Extração e análise de fração lipídica da microalga Monoraphidium sp., síntese e caracterização do seu biodiesel – Anderson Fernandes Gomes Disponível em: http://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/17702/1/AndersonFG_DISSERT.pdf Extração com solvente hexano 112
  • 113. Técnicas que auxiliam a extração de lipídios Vantagens •Aumenta consideralvemente o rendimento da extração lípidica; •Reduz o tempo de extração; •Diminui a quantidade de solventes orgânicos utilizado; Desvantagens • Reduz a qualidade o material extraído •O uso de agentes oxidantes torna o processo mais insalubre; Oxidação da parede celular 113
  • 114. Uso de peróxido de hidrogênio a baixas concentrações Rápida diluição com solvente orgânico para barrar ação oxidante e proteger os lipídios Técnicas que auxiliam a extração de lipídios 114
  • 115. Microscopia Parede celular rompida por ação oxidante 115
  • 116. Biocombustíveis 1ª Geração de bicombustíveis 2ª Geração de bicombustíveis 3ª Geração de bicombustíveis Biodiesel de óleo de vegetal/gordura animal Álcool de Cana Álcool de celulose Biogás de resíduo animal Biodiesel de microalga Bio-óleo de origem animal/vegetal 116
  • 117. Potencial de produção de biodiesel a partir de microalgas Busca por energia renovável •Segunda a U. S. Energy Information Administration a demanda por energia deve aumentar 49% entre 2007 e 2035; •Estima-se que o consumo de petróleo está de 2 litro para 1litro de petróleo descoberto; •300 milhões de litros de petróleo são consumidos por dia; •Equilíbrio do ciclo do carbono; •Aquecimento global(?); 117
  • 118. Potencial de produção de biodiesel a partir de microalgas O que é o biodiesel? Mistura de ésteres sintetizado a partir da reação entre lipídios transesterificáveis com um álcool de cadeia curta, cuja função é utilização como combustível Amostra de biodiesel Reação de transesterificação de um TAG Reação de esterificação de um ácido graxo livre 118
  • 119. Potencial de produção de biodiesel a partir de microalgas O que é o biodiesel? Fonte: http://tpqb.eq.ufrj.br/download/determinacao-do-indice-de-iodo-em-biodiesel-b100.pdf O Metanol e etanol são o álcoois mais empregados na síntese. 119
  • 120. Potencial de produção de biodiesel a partir de microalgas Principais propriedades do biodiesel •Menor viscosidade que o diesel e óleo vegetal; •Maior número de cetano ; •Baixo teor de enxofre em relação ao diesel; •B20 pode queimar em qualquer motor ciclo diesel; •Alto ponto de fulgor; Estrutura química do cetano (C16H34 – usado padão na avaliação de ignição do diesel) 120
  • 121. Potencial de produção de biodiesel a partir de microalgas Uma das principais vantagens do biodiesel de microalga é o potencial baixo custo de produção de lipídios por área Estimativa produção de óleo de microalga: 15.000- 30.000 l/Km², cerca de 120 - 240kg/ha Fonte: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/agroenergia+_PDeI_Biodiesel_Algas_000g6f3kcwr02wx5ok0o71pxt430fm5w.pdf 121
  • 122. Potencial de produção de biodiesel a partir de microalgas Comparação biodiesel oleaginosa x microalga 0,50 122
  • 123. Principais métodos analíticos para o biodiesel de microalga GC-MS (Gas chromatography– mass spectrometry) 123
  • 124. Principais métodos analíticos para o biodiesel de microalga GC-MS (Gas chromatography– mass spectrometry) 124
  • 125. Principais métodos analíticos para o biodiesel de microalga FTIR - Fourier transform infrared spectroscopy 125
  • 126. Principais métodos analíticos para o biodiesel de microalga FTIR - Fourier transform infrared spectroscopy 126
  • 127. Principais métodos analíticos para o biodiesel de microalga RMN ¹H 127
  • 128. Análise RMN ¹H Monoéster microalga -OCH3 -CH3 -CH2CH2CO- -CH2CH2CO- -(CH2)n- -CH=CH-CH2- Resquícios de mono e/ou diglicerol -CH=CH- CHCl3 - traços 128
  • 129. Potencial de produção de biodiesel a partir de microalgas Cenário atual das microalgas na produção do biodiesel Anos 80Anos 50 Estudos pioneiros nos EUA e Japão Primeiro biodiesel de microalga Anos 70 Crise do petróleo Aumento de 400% no preço em 1974 Preocupação com fontes renováveis Investimentos pesado em bicombustível, dentre eles biodiesel de microalga Anos 90 Estabilização do preço do petróleo. Amortecimento das pesquisas 129
  • 130. Potencial de produção de biodiesel a partir de microalgas Cenário atual das microalgas na produção do biodiesel Anos 2000 Interesse no biocombustíveis Ressurgem pesquisas sobre microalgas Anos 2010 Forte presença de trabalhos acadêmicos nacionais na área 130
  • 131. Potencial de produção de bioetanol a partir de microalgas Biomassa rica em amido/carboidratos Hidrólise enzimática à sacarose C12H22O11 → C6H12O6 + C6H12O6 Sacarose Glicose Frutose Quebra da sacarose Fermentação Ag. Fermentador mais comum: Saccharomyces cerevisiae Destilação simples C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2 Glicose ou frutose Etanol Gás ou carbônico Bioálcool 131
  • 132. Vantagens do bioálcool de microalgas Baixo custo de produção Fermentação de microalgas “Vinhaça” reutilizada na própria produção de microalgas Não competição com mercado de alimentos Alta eficiência fotossintética/Ciclo do carbono 132
  • 133. Pré-tratamento microalgas para produção de bio-etanol Pré-tratamento (Quebrar parede celular) Físicos Químicos Biológicos Micro-organismos EnzimaÁcido BásicoUltrassom Autoclave Banho hidrotérmico 133
  • 134. Microalgas promissoras Fonte: TECNO-LÓGICA, Santa Cruz do Sul, v. 16, n. 2, p. 108-116, jul./dez. 2012 134
  • 135. Potencial de produção de biogás a partir de microalgas Biodigestores Biomassa Biodigestor Bactérias anaeróbias (ausência de O2) Biogás 135
  • 136. Usos de biomassa residual de microalgas •Fertilização de solo para agricultura; •Fermentação; •Biodigestão; •Ração animal (Depende da presença de contaminantes) •Nutrição de Raceways; •Pirólise; 136
  • 137. Potencial de produção de bio-óleo a partir da pirólise de microalgas •Do grego “pyros” fogo e “lise” – quebra; •O craqueamento ou pirólise de óleos, gorduras ou ácidos graxos •Temperaturas acima de 350 ºC; •Pesquisas apontam o uso de altas pressões Bio-óleo a partir de pirólise de biomassaReator autoclave 137
  • 138. Potencial de produção de bio-óleo a partir da pirólise de microalgas Biomassa sem tratamento Reator auto-clave Carvão ativado Gás Natural (principalmente o metano) Gás hidrogênio Bio-óleoAromáticos Betume e materiais carbonizados Altas temperaturas Pressão ambiente/alta pressão Presença ou não de craqueadores catalíticos Óxidos de carbono/enxofr e/nitrogênio 138
  • 139. Comparação querosene vs Bioquerosene 139
  • 140. Perspectivas futuras – melhoramento genético Melhoramento genético Melhoramento Clássico Biotecnologia Avançada Agentes mutagênicos Seleção/reprodução – características naturais Químicos Radiação Transgenia Caracterização genética Manipulação genética 140
  • 141. Créditos de Carbono Produção de microalga CO2 Atmosférico 1t de CO2 = 1 crédito de C Pessoa física ou jurídica Guardar os créditos -> Contribuir para redução de gases puluentes Negociar créditos = lucro = investiment0 na produção de microalgas Ajudar a empresas a bater metas de redução de poluentes 141
  • 142. Créditos de Carbono 7% de energia solar é absorvida o resto é refletido de volta ou dissipado na forma de calor As microalgas fixam CO2 35 vezes mais eficientemente que o milho Fonte: http://www.repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/672/POTENCIAL%20DE%20ABSOR%C3%87%C3%83O%20DE%20CARBONO%20POR%20E SP%C3%89CIES%20DE%20MICROALGAS%20USADAS.pdf?sequence=1 Microalgas Absorção de de C: 11–36 t ha-1/ano Floresta Absorção de C: 3-4 t de ha-1/ano 142
  • 143. Créditos de Carbono Cada vaca emite 80 a 110 kg de metano/ano Uma fazenda com 50 vagas irá emir cerca de 5t de metano/ano 105 créditos de carbono são necessários = U$ 770,00 ou cerca de R$ 2.500,00 Cerca de 0,15 ha (1.500m²) de microalgas Valores baseados no potencial de efeito estufa de cada gás 143
  • 144. Empresas que produzem e comercializam algas Link: https://hdoisall.wordpress.com/sobre/ Cede: Blumenau (SC) Início de atividade: 2001 Financiadores: Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina (Fapesc) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) Principais projetos: Estudo do uso de painéis como fotobioreatores de microalgas em telhados residenciais; Estudo da pirólise da microalga senedesmius; Principal fonte de renda: Venda créditos de carbono H2all 144
  • 145. Empresas que produzem e comercializam algas Algae Cede: Piracicaba (SP) Início de atividade: 2009 Financiadores: Principais projetos: Tratamento de efluentes; Biofixação de CO2; Nutrição animal; Saúde Humana; Biocombustíveis. Principal fonte de renda: Venda de reação para peixes, aves e ruminante. Tratamento de efluentes. http://www.algae.com.br/site/pt/ 145
  • 146. Empresas que produzem e comercializam algas Algae Biotech Cede: Início de atividade: 2 Financiadores: Principais projetos: http://www.algae.com.br/site/pt/ 146
  • 147. Cenário brasileiro na produção de biocombustíveis de microalgas •Início das pesquisas tardio em relação a outro países; •No início do anos 2000 começa o interesse brasileiro nas pesquisas; •Pesquisas ainda descentralizadas; •Ainda não há tecnologia nacional para produção em larga escala de biocombustível; •Surgimento de pequenas empresas Pesquisadoras; •Número significante de patentes no Assunto; UFPR, UFBA, UFRJ, UFRN, UFSC e FURG Principais universidades com linhas de pesquisa no assunto. Matriz energética brasileira 147
  • 148. Cenário brasileiro na produção de biocombustíveis de microalgas Projetos financiadores de pesquisa •Já se insistiu cerca de R$ 130 milhões em projetos no Brasil; •Principais entidades financiadores: Petróbrás, Finep e Embrapa; Pioneira em financiamento no Brasil, desde 2005 estabelece programas com instituições de pesquisa, principalmente o CENPES. Segundo grande edital para financiamento de pesquisas de biocombustíveis, dede 2008 conta com 10 universidades. Financiamento deste 2013 em instituições de pesquisa, além de laboratório próprios desde o cultivo à pesquisa. 148
  • 149. Vantagens do Brasil na produção de microalgas •Diversidade de gêneros; •Boa insolação; •Áreas pouco usadas na agricultura (Como cerrado e caatinga); •Presença de pesquisadores na área; •Incentivos do governo; •Tradição em uso de energia limpa. 149
  • 150. Avanços nacionais na produção de algas 150
  • 151. Avanços na produção de algas 151
  • 152. Avanços na produção de algas 152
  • 153. Urban Algae Canopy “Árvore de plástico” Produção de 2Kg de O2/dia = 25 árvores de grande porte Desenvolvido pelo escritório de arquitetura ecoLogicStudio, fundado em Londres pelos arquitetos Marco Poletto e Claudia Pasquero Polímero ETFE – Resistente ao sol e altas temperaturas Spirulina – Rica em vitaminas, lipídios e proteínas 6 anos de pesquisas -> Cobertura de prédios, casas, etc. Alimentação Bioenergia 153
  • 154. Linhas de pesquisa em algas da UFRN Fonte: SIGAA 154
  • 155. Grupos de pesquisa no Brasil Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Autossustentável (Paraná) http://npdeas.blogspot.com.br/2013/10/um-pouco-da-historia-do-npdeas-e- da.html 155
  • 156. Planta piloto RN “a produção de microalgas é um dos projetos de pesquisa prioritários, devido à potencialidade de produção, além de atuar na absorção de CO2 e limpeza da água.” Miguel Rossetto – Presidente da petroleira na época Custo do projeto: R$ 2.241.960,20. 156
  • 157. Planta piloto RN Primeiros tanques com capacidade para 4 mil litros 157
  • 160. Laboratório de Química Orgânica Aplicada Laboratório 160
  • 161. Laboratório de Química Orgânica Aplicada Equipe Drª Marta Costa – Coordenadora PRH 30 Drª Suzan Medeiros– Pesquisadora Anderson Gomes (Doutorado) Carlos Kramer (Mestrado) Elizeu Mazzo (IC) Jéssica Sant’ana (IC) Eloiza Santos (mestrado) Edmilson Matias (IC) Dr. Carlos Souto (Professor orientador) Victor Reis (IC) 161
  • 162. LAQOA – linhas de pesquisa •Biorrefinaria de microalgas; •Estudo da oxidação da parede celular e impactos na qualidade dos lipídios; •Uso de enzimas na transestericação de lipídios de microalgas; •Estudos de catálises químicas na extração lipídica; •Estudo de propriedades do óleo de cártamo. 162
  • 165. Páginas para curtir no Facebook 165