SlideShare a Scribd company logo
1 of 12
Download to read offline
1 / 12
Um pouco de filosofia da
ciência
Prof. Dr. Caio Maximino
2 / 12
Objetivos
●
Apresentar algumas teorias da filosofia da
ciência que são relevantes para o problema
da inferência estatística
– Karl Popper, Imre Lakatos, Thomas Kuhn,
Helen Longino, Deborah Mayo
3 / 12
Popper e os critérios de
demarcação
●
Qual a diferença entre
ciência e pseudociência?
●
Popper (1959): Teorias
científicas são falsificáveis
– O objetivo da ciência não
é comprovar hipóteses,
mas falseá-las
"File:Photo of Karl Popper.jpg" by
DorianKBandy is licensed under CC
BY-SA 4.0Uma hipótese H é dedutivamente falseada se H
acarreta um resultado experimental R, quando na
verdade o resultado é ~R
4 / 12
Modus tollens
●
Na lógica proposicional, o modus tollens é
uma regra válida de inferência em que se
nega o consequente
Se P, então Q
~Q
Portanto, ~P
5 / 12
Complicações para a
falsificação
●
O resultado experimental R é, por si só, sujeito a erro; é
subdeterminado pela teoria; e derivado somente com o
auxílio de hipóteses auxiliares
●
Popper: através do modus tollens, falseamos todo o
sistema (a teoria junto com as condições iniciais) que era
necessário para a dedução da previsão.
– MAS não podemos saber qual hipótese auxiliar precisa
ser alterada
– H muitas vezes acarreta não uma observação específica,
mas afirmações sobre a probabilidade de um resultado
6 / 12
Complicações para a
falsificação
●
Considerando as dificuldades, é preciso fazer
escolhas para determinar
1) O que conta como uma observação, e
quais observações são aceitáveis em um
determinado experimento
2) Se hipóteses auxiliares são aceitáveis, e
se hipóteses alternativas são descartadas
3) Quando é possível rejeitarmos hipóteses
estatísticas
7 / 12
Lakatos: “falsificacionismo
metodológico sofisticado”
●
Lakatos (1978): Tomar a
decisão de rejeitar fatores
auxiliares/alternativos é
arbitrário
●
Há um “núcleo duro” contra o
qual o modus tollens não é
direcionado; face a
inconsistências ou anomalias,
podemos tentar substituir os
auxiliares fora desse núcleo,
conquanto o resultado seja
progressivo ao invés de
degenerativo.
8 / 12
Thomas Kuhn: Ciência normal vs
Ciência revolucionária
●
Ciência normal: pesquisa científica
orientada por um paradigma e
baseada em um consenso entre
especialistas
– As anomalias são tratadas como
enigmas ou quebra-cabeças
●
Revolução científica: Após o
acúmulo de anomalias
significativas, os cientistas passam
a questionar o paradigma "File:Thomas-kuhn-portrait.png" by
Davi.trip is licensed under CC BY-
SA 4.0
9 / 12
Deborah Mayo: Inferência estatística
para aprender com os erros
●
Popperianos: Teste severo está ligado
a definir quando os dados oferecem
evidências novas para uma hipótese
●
Assim, a falsificação está relacionada
à estatística frequentista
– Fisher: resultados significativos
isolados são uma evidência fraca de
um efeito genuíno, e a significância
estatística não garante inferência
causais substantivas
– “um resultado de sucesso é um
teste severo da hipótese H apenas
na medida em que é muito
improvável que um tal resultado de
sucesso ocorra, se H for falso.”
Mayo DG (1996). Error and the growth of experimental knowledge. Chicago: University of Chicago Press
10 / 12
Ciência normal e testes
severos
●
A ciência normal requer testes severos, confiáveis,
ou exigentes; não seria possível “aprender com
soluções falhadas para problemas normais se
pudessem sempre mudar a questão, fazer
alterações, etc.”
●
As anomalias, portanto, são oportunidades de
aprender com a ciência normal (“conhecimento
experimental”); o objetivo da Ciência não é evitar a
anomalia e o erro, mas ser capaz de aprender com
a anomalia e com o erro.
11 / 12
Helen Longino: Conhecimento
científico como produto social
●
Empirismo contextual: as observações e
dados do tipo utilizado pelos cientistas não
são, por si só, provas a favor ou contra
qualquer hipótese em particular. Pelo
contrário, a relevância de qualquer dado
particular para qualquer hipótese em
particular é decidida pelas crenças e
suposições humanas sobre que tipos de dados
podem suportar que tipos de hipóteses.
●
A crítica inter-subjetiva é o que constitui a
objetividade da ciência; vias abertas para a
crítica, bem como padrões compartilhados,
abertura à re-avaliação, e igualdade, são
fundamentais para issoHelen E Longino, CC BY-SA 4.0
<https://creativecommons.org/licens
es/by-sa/4.0>, via Wikimedia
Commons
12 / 12
Próximo vídeo:
Introdução aos paradigmas frequentista,
bayesiano, e de verossimilhança

More Related Content

What's hot

Teoria do conhecimento
Teoria do conhecimentoTeoria do conhecimento
Teoria do conhecimentoIsabella Silva
 
1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimentoErica Frau
 
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e  AristótelesFilosofia 02 - Sócrates, Platão e  Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e AristótelesDiego Bian Filo Moreira
 
Racionalismo e Empirismo
Racionalismo e EmpirismoRacionalismo e Empirismo
Racionalismo e Empirismolipexleal
 
2 filosofia antiga e medieval filosofia
2 filosofia antiga e medieval   filosofia2 filosofia antiga e medieval   filosofia
2 filosofia antiga e medieval filosofiaDaniele Rubim
 
01 o conhecimento
01 o conhecimento01 o conhecimento
01 o conhecimentoJoao Balbi
 
Revisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaRevisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaAlan
 
A Filosofia Contemporânea - Os mestres da suspeita
A Filosofia Contemporânea  - Os mestres da suspeitaA Filosofia Contemporânea  - Os mestres da suspeita
A Filosofia Contemporânea - Os mestres da suspeitaIsaquel Silva
 
O dualismo cartesiano
O dualismo cartesianoO dualismo cartesiano
O dualismo cartesianoCaio Maximino
 
Filosofia moderna
Filosofia moderna Filosofia moderna
Filosofia moderna Over Lane
 

What's hot (20)

Teoria do conhecimento
Teoria do conhecimentoTeoria do conhecimento
Teoria do conhecimento
 
1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento1 teoria do conhecimento
1 teoria do conhecimento
 
Filosofia da ciencia
Filosofia da cienciaFilosofia da ciencia
Filosofia da ciencia
 
Aula 07 - Descartes e o Racionalismo
Aula 07 - Descartes e o RacionalismoAula 07 - Descartes e o Racionalismo
Aula 07 - Descartes e o Racionalismo
 
Métodos científicos
Métodos científicosMétodos científicos
Métodos científicos
 
Racionalismo e empirismo
Racionalismo e empirismoRacionalismo e empirismo
Racionalismo e empirismo
 
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e  AristótelesFilosofia 02 - Sócrates, Platão e  Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
 
Racionalismo e Empirismo
Racionalismo e EmpirismoRacionalismo e Empirismo
Racionalismo e Empirismo
 
2 filosofia antiga e medieval filosofia
2 filosofia antiga e medieval   filosofia2 filosofia antiga e medieval   filosofia
2 filosofia antiga e medieval filosofia
 
Senso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científicoSenso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científico
 
Filosofia de leibniz
Filosofia de leibnizFilosofia de leibniz
Filosofia de leibniz
 
01 o conhecimento
01 o conhecimento01 o conhecimento
01 o conhecimento
 
O Positivismo
O PositivismoO Positivismo
O Positivismo
 
Revisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaRevisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da Filosofia
 
Epistemologia
EpistemologiaEpistemologia
Epistemologia
 
Ciência e senso comum: concepções e abordagens
Ciência e senso comum: concepções e abordagensCiência e senso comum: concepções e abordagens
Ciência e senso comum: concepções e abordagens
 
A Filosofia Contemporânea - Os mestres da suspeita
A Filosofia Contemporânea  - Os mestres da suspeitaA Filosofia Contemporânea  - Os mestres da suspeita
A Filosofia Contemporânea - Os mestres da suspeita
 
O dualismo cartesiano
O dualismo cartesianoO dualismo cartesiano
O dualismo cartesiano
 
Aula 3 metafísica
Aula 3   metafísicaAula 3   metafísica
Aula 3 metafísica
 
Filosofia moderna
Filosofia moderna Filosofia moderna
Filosofia moderna
 

Similar to Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência

Aula 155555555555555555. As Ciências Sociais.pptx
Aula 155555555555555555. As Ciências Sociais.pptxAula 155555555555555555. As Ciências Sociais.pptx
Aula 155555555555555555. As Ciências Sociais.pptxIedaRosanaKollingWie
 
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfevolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfCarolinaMendesOlivei
 
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxAULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxFlavioCandido8
 
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.pptobjectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.pptlgg2hb
 
Objectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaObjectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaAMLDRP
 
Fundamentos de psicologia experimental
Fundamentos de psicologia experimentalFundamentos de psicologia experimental
Fundamentos de psicologia experimentalCaio Maximino
 
16 o método científico
16 o método científico16 o método científico
16 o método científicoJoao Balbi
 
Conhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperConhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperJorge Barbosa
 
Metodologia de um programa de pesquisa
Metodologia de um programa de pesquisaMetodologia de um programa de pesquisa
Metodologia de um programa de pesquisaLouyse Tenório
 
MÉTODO CIENTÍFICO.pptx
MÉTODO CIENTÍFICO.pptxMÉTODO CIENTÍFICO.pptx
MÉTODO CIENTÍFICO.pptxTixaAlmeida
 
Curso de Epistemologia 5/6
Curso de Epistemologia 5/6Curso de Epistemologia 5/6
Curso de Epistemologia 5/6Luiz Miranda-Sá
 

Similar to Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência (20)

Aula 155555555555555555. As Ciências Sociais.pptx
Aula 155555555555555555. As Ciências Sociais.pptxAula 155555555555555555. As Ciências Sociais.pptx
Aula 155555555555555555. As Ciências Sociais.pptx
 
Aula 01 e 02
Aula 01 e 02Aula 01 e 02
Aula 01 e 02
 
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfevolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
 
Aula5
Aula5Aula5
Aula5
 
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxAULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
 
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.pptobjectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
 
Objectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaObjectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científica
 
Fundamentos de psicologia experimental
Fundamentos de psicologia experimentalFundamentos de psicologia experimental
Fundamentos de psicologia experimental
 
16 o método científico
16 o método científico16 o método científico
16 o método científico
 
De popper à nova heterodoxia
De popper à nova heterodoxiaDe popper à nova heterodoxia
De popper à nova heterodoxia
 
Popper e a Ciência
Popper e a CiênciaPopper e a Ciência
Popper e a Ciência
 
A01 +metodologia+cientifica
A01 +metodologia+cientificaA01 +metodologia+cientifica
A01 +metodologia+cientifica
 
Conhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperConhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - Popper
 
filosofia cartazes.docx
filosofia cartazes.docxfilosofia cartazes.docx
filosofia cartazes.docx
 
Verificab..
Verificab..Verificab..
Verificab..
 
fc.pptx
fc.pptxfc.pptx
fc.pptx
 
Metodologia de um programa de pesquisa
Metodologia de um programa de pesquisaMetodologia de um programa de pesquisa
Metodologia de um programa de pesquisa
 
MÉTODO CIENTÍFICO.pptx
MÉTODO CIENTÍFICO.pptxMÉTODO CIENTÍFICO.pptx
MÉTODO CIENTÍFICO.pptx
 
Epistemologia de Popper
Epistemologia de PopperEpistemologia de Popper
Epistemologia de Popper
 
Curso de Epistemologia 5/6
Curso de Epistemologia 5/6Curso de Epistemologia 5/6
Curso de Epistemologia 5/6
 

More from Caio Maximino

Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebraPapel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebraCaio Maximino
 
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipoEfectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipoCaio Maximino
 
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurocienciasImpacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurocienciasCaio Maximino
 
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacosEl pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacosCaio Maximino
 
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"Caio Maximino
 
A cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquicoA cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquicoCaio Maximino
 
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitaloceneHuman physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitaloceneCaio Maximino
 
Vertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under changeVertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under changeCaio Maximino
 
The nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approachThe nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approachCaio Maximino
 
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividadeO monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividadeCaio Maximino
 
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaPor um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaCaio Maximino
 
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...Caio Maximino
 
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensinoMétodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensinoCaio Maximino
 
Inferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentaisInferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentaisCaio Maximino
 
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remotoAprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remotoCaio Maximino
 
A importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mentalA importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mentalCaio Maximino
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoCaio Maximino
 
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapiaEvidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapiaCaio Maximino
 
Transtornos alimentares
Transtornos alimentaresTranstornos alimentares
Transtornos alimentaresCaio Maximino
 
Journal club: "Contextual fear learning and memory differ between stress copi...
Journal club: "Contextual fear learning and memory differ between stress copi...Journal club: "Contextual fear learning and memory differ between stress copi...
Journal club: "Contextual fear learning and memory differ between stress copi...Caio Maximino
 

More from Caio Maximino (20)

Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebraPapel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
 
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipoEfectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
 
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurocienciasImpacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
 
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacosEl pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
 
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
 
A cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquicoA cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquico
 
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitaloceneHuman physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
 
Vertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under changeVertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under change
 
The nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approachThe nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approach
 
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividadeO monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
 
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaPor um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
 
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
 
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensinoMétodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
 
Inferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentaisInferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentais
 
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remotoAprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
 
A importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mentalA importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mental
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimento
 
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapiaEvidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
 
Transtornos alimentares
Transtornos alimentaresTranstornos alimentares
Transtornos alimentares
 
Journal club: "Contextual fear learning and memory differ between stress copi...
Journal club: "Contextual fear learning and memory differ between stress copi...Journal club: "Contextual fear learning and memory differ between stress copi...
Journal club: "Contextual fear learning and memory differ between stress copi...
 

Recently uploaded

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Ilda Bicacro
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaPaula Duarte
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...AndreaCavalcante14
 

Recently uploaded (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 

Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência

  • 1. 1 / 12 Um pouco de filosofia da ciência Prof. Dr. Caio Maximino
  • 2. 2 / 12 Objetivos ● Apresentar algumas teorias da filosofia da ciência que são relevantes para o problema da inferência estatística – Karl Popper, Imre Lakatos, Thomas Kuhn, Helen Longino, Deborah Mayo
  • 3. 3 / 12 Popper e os critérios de demarcação ● Qual a diferença entre ciência e pseudociência? ● Popper (1959): Teorias científicas são falsificáveis – O objetivo da ciência não é comprovar hipóteses, mas falseá-las "File:Photo of Karl Popper.jpg" by DorianKBandy is licensed under CC BY-SA 4.0Uma hipótese H é dedutivamente falseada se H acarreta um resultado experimental R, quando na verdade o resultado é ~R
  • 4. 4 / 12 Modus tollens ● Na lógica proposicional, o modus tollens é uma regra válida de inferência em que se nega o consequente Se P, então Q ~Q Portanto, ~P
  • 5. 5 / 12 Complicações para a falsificação ● O resultado experimental R é, por si só, sujeito a erro; é subdeterminado pela teoria; e derivado somente com o auxílio de hipóteses auxiliares ● Popper: através do modus tollens, falseamos todo o sistema (a teoria junto com as condições iniciais) que era necessário para a dedução da previsão. – MAS não podemos saber qual hipótese auxiliar precisa ser alterada – H muitas vezes acarreta não uma observação específica, mas afirmações sobre a probabilidade de um resultado
  • 6. 6 / 12 Complicações para a falsificação ● Considerando as dificuldades, é preciso fazer escolhas para determinar 1) O que conta como uma observação, e quais observações são aceitáveis em um determinado experimento 2) Se hipóteses auxiliares são aceitáveis, e se hipóteses alternativas são descartadas 3) Quando é possível rejeitarmos hipóteses estatísticas
  • 7. 7 / 12 Lakatos: “falsificacionismo metodológico sofisticado” ● Lakatos (1978): Tomar a decisão de rejeitar fatores auxiliares/alternativos é arbitrário ● Há um “núcleo duro” contra o qual o modus tollens não é direcionado; face a inconsistências ou anomalias, podemos tentar substituir os auxiliares fora desse núcleo, conquanto o resultado seja progressivo ao invés de degenerativo.
  • 8. 8 / 12 Thomas Kuhn: Ciência normal vs Ciência revolucionária ● Ciência normal: pesquisa científica orientada por um paradigma e baseada em um consenso entre especialistas – As anomalias são tratadas como enigmas ou quebra-cabeças ● Revolução científica: Após o acúmulo de anomalias significativas, os cientistas passam a questionar o paradigma "File:Thomas-kuhn-portrait.png" by Davi.trip is licensed under CC BY- SA 4.0
  • 9. 9 / 12 Deborah Mayo: Inferência estatística para aprender com os erros ● Popperianos: Teste severo está ligado a definir quando os dados oferecem evidências novas para uma hipótese ● Assim, a falsificação está relacionada à estatística frequentista – Fisher: resultados significativos isolados são uma evidência fraca de um efeito genuíno, e a significância estatística não garante inferência causais substantivas – “um resultado de sucesso é um teste severo da hipótese H apenas na medida em que é muito improvável que um tal resultado de sucesso ocorra, se H for falso.” Mayo DG (1996). Error and the growth of experimental knowledge. Chicago: University of Chicago Press
  • 10. 10 / 12 Ciência normal e testes severos ● A ciência normal requer testes severos, confiáveis, ou exigentes; não seria possível “aprender com soluções falhadas para problemas normais se pudessem sempre mudar a questão, fazer alterações, etc.” ● As anomalias, portanto, são oportunidades de aprender com a ciência normal (“conhecimento experimental”); o objetivo da Ciência não é evitar a anomalia e o erro, mas ser capaz de aprender com a anomalia e com o erro.
  • 11. 11 / 12 Helen Longino: Conhecimento científico como produto social ● Empirismo contextual: as observações e dados do tipo utilizado pelos cientistas não são, por si só, provas a favor ou contra qualquer hipótese em particular. Pelo contrário, a relevância de qualquer dado particular para qualquer hipótese em particular é decidida pelas crenças e suposições humanas sobre que tipos de dados podem suportar que tipos de hipóteses. ● A crítica inter-subjetiva é o que constitui a objetividade da ciência; vias abertas para a crítica, bem como padrões compartilhados, abertura à re-avaliação, e igualdade, são fundamentais para issoHelen E Longino, CC BY-SA 4.0 <https://creativecommons.org/licens es/by-sa/4.0>, via Wikimedia Commons
  • 12. 12 / 12 Próximo vídeo: Introdução aos paradigmas frequentista, bayesiano, e de verossimilhança