2. INTRODUÇÃO
Nos dia que correm são grandes as transformações em
todos os âmbitos da vida humana e por isso a família não é
excepção. O conceito de família tem evoluído ao longo do
tempo mas será que alguém consegue dizer o que é uma
família ideal ou normal? Com este trabalho vamos procurar
aprofundar esta mesma questão.
3. NOÇÃO DE FAMÍLIA
Em termos conceptuais a família é um grupo doméstico onde se
estabelecem sempre relações de parentesco, que podem ser, por laços
de sangue, casamento ou adoção. A família é um grupo social primário,
ou seja, é um grupo que proporcionará ao individuo o seu primeiro
contacto com a sociedade.
4. ESTRUTURA DA FAMÍLIA
Os irmãos estão ligados uns aos outros por terem pais comuns, o
marido e a mulher estão ligados pelo casamento. Os primos estão
ligados porque o pai ou a mãe de um é irmão de um dos pais do outro.
Os parentes por afinidade ligam-se um ao outro porque um se casou
com o filho ou com o irmão do outro.
Este tipo de família, designado por família extensa ou consanguínea,
estende-se por mais de duas gerações, incluindo os pais, os filhos
casados ou solteiros, os genros, noras, os tios e os primos. Mas a
família é usualmente pensada em termos de um grupo mais restrito, isto
é, o marido (pai), a mulher (mãe) e os filhos. É a chamada família
conjugal ou nuclear, baseada no relacionamento conjugal.
5. TIPOS DE FAMÍLIA
Família nuclear: É um grupo doméstico composto por pai, mãe e filhos.
Família monoparental: É uma família formada pai ou mãe e filhos. É fruto
da viuvez, divórcio ou escolha de um dos progenitores.
Família recomposta: Estas famílias resultam de um novo casamento (ou
união) com reunião dos filhos de casamentos anteriores.
6. NOVOS TIPOS DE FAMÍLIA
Coabitação – É uma forma de vida familiar em que o casal
mantém uma relação sexual estável, vive em conjunto mas não
efetuou um casamento. Em Portugal, este novo tipo de família
chama-se de União de Facto.
Família Homossexual – É um novo tipo de família em que o casal
é formado por dois indivíduos do mesmo sexo.
A “Geração Canguru” – Outro novo tipo de família que consiste
na vida dos filhos em idade adulta em casa dos seus pais.
“Sós” ou Monorresidência – Carateriza-se pelo facto das pessoas
viverem sós e abrange transversalmente a sociedade: jovens,
indivíduos em idade adulta por opção ou em situação transitória
e idosos.
7. FUNÇÕES SOCIAIS DA FAMÍLIA
Em todas as sociedades é
possível encontrar uma forma
de família, desde a unidade
representada pelo marido,
mulher e filhos até ao grupo de
parentesco mais alargado nas
sociedades rurais.
A explicação para o carácter
universal de família reside na
própria sociedade.
A família mantém a
continuidade da existência
social organizada.
8. A FUNÇÃO SEXUAL E A SOCIALIZAÇÃO
A família é a principal instituição através da qual a sociedade regula a
satisfação das necessidades sexuais e organiza a procriação, a
satisfação sexual fora do casamento é tolerada, mas a procriação fora
da família é menos aprovada socialmente.
A família prepara a criança para o desempenho de certos papéis
correspondentes ao seu género e estatuto.
A socialização de género, que reproduz modelos sociais instituídos, é
uma das funções que a cultura dominante atribui às famílias.
Os valores, os hábitos de vida, as normas que a criança interioriza
contribuem para a sua colocação social.
9. A FUNÇÃO ECONÓMICA
Nas sociedade tradicionais, a família constituía a unidade económica
fundamental. A satisfação das necessidades exigia que os seus
membros trabalhassem em conjunto, partilhando o resultado da
produção. Como consequência da industrialização esta situação
modificou-se.
Hoje, a família, já não é a unidade base da produção, é unicamente a
unidade-base do consumo. A empresa produz para o consumo das
famílias.
10. FAMÍLIA PORTUGUESA
Desde os anos 60 que as famílias têm sofrido alterações nos seus
padrões de nupcialidade e de conjugalidade, de entre essas alterações
destacam-se:
Na área da nupcialidade:
- O aumento do casamento civil contra o religioso;
- O aumento dos divórcios;
- A queda das taxas de nupcialidade;
- O aumento do número de filhos fora do casamento;
- O aumento da idade média do primeiro casamento para ambos os
sexos.
Já na área das formas de conjugalidade, observa-se:
- A existência de outras formas de conjugalidade, como a união de facto
como experiência de pré-casamento ou como alternativa ao casamento;
- Uma mudança na forma como é vivida a conjugalidade assumindo o
afeto, a intimidade, a partilha e a “proteção”, valores estruturantes.
11. VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
A violência doméstica é uma forma de abuso, geralmente físico, de um
membro da família sobre outro ou outros. Mulheres e crianças são,
geralmente, as principais vítimas.
Os abusos sobre crianças atravessam toda a sociedade, verificando-se
em todos os estratos sociais e podem envolver os seguintes aspetos:
· Negligência;
· Abusos físicos;
· Abuso emocionais;
· Abusos sexuais.
Qualquer destes aspetos implica violência de um individuo mais forte
sobre outro, o que demonstra o exercício de um poder sobre alguém
que não pode ou não consegue defender-se. Consequentemente
crianças mal tratadas poderão, em adultas, reproduzir algumas praticas
de que foram vitimas.