Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Sobreviventes da II guerra mundial salvos por Aristides de Sousa Mendes
1. SOBREVIVENTES DA II
GUERRA SALVOS POR
ARISTIDES DE SOUSA
MENDES
aLeR+ o Holocausto
SÍNTESE
Os alunos do 9.º G, na disciplina de
História, em articulação com a Biblioteca D.
Luís de Loureiro, realizaram trabalhos
sobre sobreviventes da II Guerra Mundial
salvos por Aristides de Sousa Mendes.
Ano letivo
2019-2020
Imagem de Aristides de Sousa Mendes disponível em
https://www.natgeo.pt/historia/aristides-de-sousa-mendes-o-heroi-sem-capa
2. Adele Van Den Bergh
Adele Van Den Bergh tinha 25 anos quando se viu obrigada
a separar-se da família para que todos estes pudessem partir
em segurança em busca de liberdade e de uma vida melhor.
Assim sendo, parte da família conseguiu vistos passados
por Aristides de Sousa Mendes a 21 de junho de 1940, em
Bayonne, com destino para o Porto, Portugal. No dia 22 de
junho de 1940, por sua vez, partiram para Inglaterra, de Lei-
xões, Portugal, onde embarcaram num cargueiro com destino
a Liverpool, Reino Unido, onde chegaram no dia 29 de junho
de 1940.
Adele não teve oportunidade de partir juntamente com a
sua família, sendo que só conseguiu passagem de Lisboa para
Nova Iorque no dia 28 de agosto de 1940.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponí-
vel em http://sousamendesfoundation.org/recipients
3. A Segunda Guerra Mundial chegou à Holanda a 10 de maio de
1940 e a vida de Annelies, 16 anos, e da sua família, assim como
tantas outras, nunca mais seria a mesma. A partida imediata para
o sul era sua única opção.
Quando os alemães invadiram a França em 14 de maio, a família
Kaufmann chegou a Bordéus, onde recebeu o visto de Aristides
de Sousa Mendes, no dia 24 de maio de 1940. Partiram para Por-
tugal e residiram nas Caldas da Rainha, antes de embarcarem para
a América.
A viagem para a América proporcionou mais um momento assus-
tador quando o navio deles foi parado no meio do oceano por um
submarino alemão. Felizmente ainda não existia um estado de
guerra com a Alemanha (a Alemanha declararia guerra aos EUA
quatro dias depois de Pearl Harbor). Assim, depois de verificar os
documentos, o navio foi autorizado a prosseguir, e eles desembar-
caram agradecidos no porto de Nova Iorque, no dia 10 de dezem-
bro 1940.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
sousamendesfoundation.org/recipients
Annelies
KAUFMANN
Visto
Emitido
para
Annelies
4. Charles Oulmont foi escritor, dramaturgo, músico e crítico. A sua carre
um homem eclético de letras durou quase sete décadas. Ele apareceu na
tural parisiense do período entre guerras até à década de 1970 .
Charles Oulmont foi musicólogo e professor da Sorbonne e tutor de uma d
ças de Aristides de Sousa Mendes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, diante da ameaça nazi, ele conseguiu
ajuda do cônsul geral português em Bordéus, Aristide de Sousa Mendes,
refúgio em Lisboa, onde suas palestras haviam sido apreciadas antes da gu
Charles Oulmont recebeu o visto de Aristides de Sousa Mendes, no dia 17
de 1940.
Charles Oulmont regressa a França onde veio a falecer em Saint– Cloud, a
vereiro de 1984, com 100 anos.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://sousamendesfoundation.org/recipients
Charles Oulmont
5. David e Charlotte HAHN, juntamente com suas filhas Denise Ra-
chel e Françoise Micheline, vieram para Portugal vindos de Bor-
deaux, França, graças a Aristides de Sousa Mendes.
A família HAHN recebeu vistos de Aristides de Sousa Mendes em
Bordeaux , no dia 19 de junho de 1940.
Após terem recebido os vistos, Jean Pierre e Thérèse HAHN, jun-
tamente com seus filhos, retornaram à fronteira franco-
espanhola e permaneceram na França. Entretanto, deslocaram-se
para Sevilla e daí para Barcelona, com a intenção de chegar a No-
va Iorque.
Foram recebidos em Lisboa e daí foram enviados para o Porto on-
de permaneceram um ano e meio. Embarcaram no navio Quanza
e deixaram Lisboa em agosto de 1940.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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HAHN, DENISE RACHEL
VISTO EMITIDO PARA THERESE HAHN E CRIANÇAS
6. Quando os alemães começaram a invadir França, Denise e a
sua família (sua mãe, seu pai e seu irmão) fugiram para perto
de Bordeaux para tentarem receber um visto. O facto de os
seus nomes serem franceses dificultou a obtenção do visto,
mas receberam- no dia 20 de junho de 1940.
Chegados a Portugal foram para Coimbra onde ficaram du-
rante um mês. Passado esse mês ,a mãe de Denise consegui
um visto para os Estados Unidos onde Denise estudou e per-
maneceu.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
sousamendesfoundation.org/recipients
Denise BLUM/ 15 anos
Diário de Denise
7. Eugen TILLINGER, jornalista, obteve um visto de Aristides de
Sousa Mendes no dia 20 de junho de 1940.
Viajou para Portugal e residiu na Figueira da Foz. Em dezembro
de 1940, embarcou no navio Siboney, de Lisboa para Nova York.
Depoimento:
“Agora são 13 horas e chegou a nossa vez. Todas as formalida-
des são feitas. Demos alguns passos em direção à barreira da fron-
teira francesa, mostramos ao funcionário um pedaço de papel
branco; ele pega, diz "merci" uma última vez e dá um sinal com a
mão. A barreira aumenta lentamente ... Um passo e não estamos
mais na França. Apenas mais alguns passos ... Nós olhamos para
trás, parando aqui na terra de ninguém por um momento, em si-
lêncio. Pensamos com melancolia: Adieu, França ... Gloriosa, linda
França! .”
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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EUGEN TILLINGER
Lista onde estava incluído EUGEN TILLINGER
8. A família Goldenhar eram cidadãos poloneses que saí-
ram da Bélgica. Receberam vistos portugueses em Toulou-
se, a 19 de junho de 1940 do vice-cônsul honorário Emile
Gissot, sob ordens de Aristides de Sousa Mendes.
Eles vieram para Portugal e navegaram no navio Quanza
de Lisboa para Vera Cruz, no México. Depois de ter sido
negada a entrada pelas autoridades mexicanas, eles aca-
baram por conseguir refúgio nos Estados Unidos.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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Família Goldenhar
Visto Goldenhar assinado por Emile Gis-
sot em Toulouse por ordem de Aristides
9. A família Halpern saiu da Antuérpia no dia 13 de maio de 1940,
três dias depois de os alemães invadirem o país. Esther tinha ape-
nas 10 anos quando isto aconteceu.
Foram levados até França a pé, escoltados pelos alemães. O pai de
Esther tinha tido conhecimento de que havia alguém de Portugal a
dar vistos. Depois de alguns dia na fila, o pai de Esther conseguiu
os vistos.
Dirigiam-se ao Consulado Francês para obter os vistos para passar
a Espanha e chegar a Portugal quando foram impedidos devido ao
facto de os vistos de Sousa Mendes terem sido considerados invá-
lidos. No entanto, em vez de confiscarem os seus passaportes,
concederam-lhes novos vistos.
Em meados de julho chegaram a Portugal e foram imediatamente
direcionados para a Figueira da Foz onde permaneceram até parti-
rem para a América, em 1941.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
sousamendesfoundation.org/recipients
HALPERN, ESTHER
Livro de Registos de Sousa Mendes
10. Em Junho de 1940, altura em que a França foi invadida e a Itália
declarou guerra, a família Hamburger decidiu vir para Portugal e
emigrar, pelo menos temporariamente, para os EUA.
Aristides de Sousa Mendes salvou as suas vidas ao conceder o vis-
to à família HAMBURGER em Bordeaux, no dia 21 de Junho de
1940.
Mais tarde, Alix Hamburger, uma das filhas de Helena Hanburger,
entrou para o Corpo de Mulheres da Força Francesas Livre do Ge-
neral de Gaulle, na Inglaterra, aos 18 anos.
Participou no desembarque na Normandia, onde conheceu o ma-
rido, após a guerra. Pertenceu também à Resistência Francesa.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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Alix HAMBURGER
nas Forças Fran-
cesas Livres na
Inglaterra
VISTO EMITIDO
PARA ALIX HAM-
BURGER EM BAY-
ONNE
11. A família Korngold fugiu da Bélgica para a França durante a inva-
são, em maio de 1940, à procura de um país disposto a deixá-los
entrar. Já em França, foram a um consulado onde, durante a espe-
ra, a mãe deste jovem ajudou Aristides de Sousa Mendes, agilizan-
do o processo dos vistos de emigração.
Depois de dois, três dias Aristides de Sousa Mendes foi-lhes útil de
novo ao emitir-lhes um visto de saída francês.
Receberam o visto de Aristides de Sousa Mendes no dia 18 de ju-
nho de 1940. Depois de lhes ser entregue o visto, atravessaram o
Congo Belga, Angola, Moçambique, África do Sul e Cuba até che-
garem ao destino desejado, Estados Unidos da América.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
sousamendesfoundation.org/recipients
Ephraim e Sidzia Korngold
Elias/Eric Korngold
12. A família Krakowiak mudou-se de Bruxelas para a Bélgica e a 10 de
maio de 1940, partiram de La Panne, sem ideia para onde ir, ape-
nas com a necessidade de fugir à guerra. Ainda em busca de um lu-
gar seguro, esta família vivenciou a Batalha de Dunquerque, em
França.
Durante esta jornada, a mulher de Krakowiak ouviu falar de Aristi-
des de Sousa Mendes, um cônsul português que estava a dar vistos
permitindo a ida para Portugal.
Receberam o visto de Aristides de Sousa Mendes em junho de
1940. Depois de conseguidos os papéis seguiram caminho para a
Figueira da Foz, Portugal.
Após um longo período de estadia em Portugal partiram para a Ja-
maica onde morreu o membro mais novo da família, com apenas 4
anos e 3 dias de idade.
A família Krakowiak reuniu-se em Nova Iorque onde, ao tornarem-
se cidadãos americanos, mudaram o nome da família para Família
Arnay.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
sousamendesfoundation.org/recipients
Família Krakowiak
13. Ida Ettinger recebeu um visto de Aristides de Sousa Mendes em
Bordéus, assinado por seu secretário José de Seabra, no dia 19 de
Junho de 1940.
Ela atravessou Portugal e partiu de Lisboa no Quanza, com destino
a Nova Iorque e Vera Cruz, México, em agosto de 1940.
Ao chegar a Nova Iorque, apenas os refugiados do Holocausto
com vistos dos EUA tiveram o direito de desembarcar. O navio se-
guiu para o México, mas foi impedido de ali entrar, para grande
angústia dos passageiros. O navio viajou para o norte e atracou
em Hampton Roads, Virgínia, para pegar carvão para a viagem de
volta à Europa. Lá, após muito drama e a intervenção de Eleanor
Roosevelt, os passageiros restantes, incluindo Ida, foram autoriza-
dos a desembarcar e a entrar nos Estados Unidos.
Ida Ettinger tornou-se Ina Ginsburg e uma figura de destaque na
sociedade e filantropia de Washington, DC.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
sousamendesfoundation.org/recipients
IDA ETTINGER
VISTO EMITIDO PA-
RA IDA ETTINGER
EM BORDÉUS
14. Jean-Claude VAN ITALLIE
Nasceu em 1936, em Bruxelas, Bélgica.
Jean-Claude Van Itallie tinha apenas quatro anos quando a
sua família foge de Bruxelas, Bélgica, para a França com o objetivo
de chegar a Inglaterra ou Estados Unidos. Tratava-se de uma famí-
lia judaica, perseguidos pelo exército alemão. A família viu-se
obrigada a procurar alguém que lhe passasse um visto.
Receberam o visto de Aristides de Sousa Mendes: no dia 20 de
junho de 1940, em Bordeaux.
Após terem recebido o visto vieram para Portugal, partindo
posteriormente para o subúrbio de Great Neck, Nova Iorque.
Formado em Harvard em 1958, em Nova Iorque, Van Itallie foi
dramaturgo de La MaMa, Caffe Cino e Open Theatre, entre outras.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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15. Josef e Valerie JOSEFSBERG e o irmão de Valerie, Kurt STERN, es-
tavam entre um grupo de pessoas internadas num campo de refu-
giados em Bordeaux, Cours du Médoc. Todo o acampamento foi
evacuado com vistos fornecidos por Aristides de Sousa Mendes.
Os prisioneiros de Cours du Médoc foram afastados na fronteira
espanhola de Irun, impedidos de entrar em Portugal, e o casal JO-
SEFSBERG e STERN foram enviados para outro campo em Toulou-
se. Pensa-se que seguiram para a Suíça, onde permaneceram até
ao fim da guerra
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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Valerie JOSEFSBERG
LISTA PARCIAL DE
INTERNOS NO
CAMPO COURS
DO MÉDOC EM
BORDÉUS, SOLI-
CITANDO VISTOS
DE ARISTIDES DE
SOUSA MENDES
16. A família de Léon Moed morava em Antuérpia, na Bélgica. O al-
vorecer de seu voo pela sobrevivência ocorreu na manhã de 10 de
maio de 1940, quando os alemães bombardearam a cidade e ini-
ciaram a conquista dos Países Baixos e da França. Seguiram para a
França, tendo o comboio sido bombardeado a caminho de Pa-
ris. Continuaram para o sul, chegando finalmente a Bordéus, para
buscar a saída da França para a segurança de Portugal. Foi nessa
arena de angústia e desespero que o pai procurou a ajuda do con-
sulado português.
Receberam o visto de Aristides de Sousa Mendes no dia 28 de
maio de 1940.
Após terem recebido o visto, foram para os Estados Unidos, no dia
9 de setembro de 1940.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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Léon Moed
17. A família Feingold recebeu vistos assinados por Manuel de Vieira Braga,
sob a autoridade de Aristides de Sousa Mendes, em Bayonne, França, no
dia 20 de Junho de 1940.
Eles navegaram no navio Lourenço Marques de Lisboa para Nova Iorque,
em janeiro de 1941.
Aqui está um depoimento em que Lizzy fala de como seria se não tivesse
conseguido o visto de Aristides de Sousa Mendes.
«Sem Aristides de Sousa Mendes, eu não estaria aqui. É simplesmente as-
sim. Sem Aristides de Sousa Mendes, eu teria sofrido torturas tão doloro-
sas e tão prolongadas que a morte teria sido um alívio bem-vindo. Sem
Aristides de Sousa Mendes, eu teria perdido em meio século -meio século
que me permitiu respirar; viver, amar, amadurecer, casar, ter filhos, estu-
dar, ensinar e ajudar algumas pessoas individualmente, bem como contri-
buir um pouco para nossa base de conhecimentos sobre envelhecimento
e saúde mental. E eu teria perdido a oportunidade de fazer parte de um
país que era o lar de um povo verdadeiramente livre, um país que ofere-
ceu oportunidade para os excluídos, os oprimidos, os necessitados - para
pessoas como eu.»
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://sousamendesfoundation.org/recipients
Lizzy Feingold
VISTO EMITIDO PARA LISSY FEIN-
GOLD EM BAYONNE
18. A ascensão de Hitler era considerada uma ameaça para a liber-
dade de LUDVIK TETZELI por os pais serem checos e opositores ao
regime nazista. “Em 10 de maio de 1940, morávamos em Ko-
nigshof, um subúrbio de Antuérpia, na Bélgica. Naquele dia, os na-
zistas bombardearam e fugimos. Meus pais eram checos e se opu-
nham fortemente ao nazismo” .
A família TETZELI recebeu vistos de Aristides de Sousa Mendes
em Bordéus, no dia 16 de junho de 1940.
Atravessaram Portugal e residiram no Estoril. De lá, viajaram
para Vigo, Espanha, onde, em julho de 1940 embarcaram no navio
Marques de Comillas para Havana, Cuba. Em dezembro de 1943,
Blanca Marie KRONACKER navegou no Rainha Elizabeth de Gou-
rock, Escócia, para Nova Iorque.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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LUDVIK TETZELI
Maria Antonia Sophia, Jan e Bedrich Tetzeli
19. Marcel Fridemann e a sua família receberam vistos assinados por
Manuel de Vieira Braga, sob ordens de Aristides de Sousa Men-
des, em Bayonne, França, a 21 de junho de 1940.
Debora Fridemann e o seu filho Marcel, navegaram no navio Nea
Hellas de Lisboa para Nova Iorque, em outubro de 1940.
O pai de Marcel, Joseph Fridemann, foi para o Brasil em 1940. Via-
jou do Rio de Janeiro para Trinidad, onde conseguiu um visto ame-
ricano. Joseph navegou de Trinidad para Nova York no navio Ar-
gentino, em maio de 1941.
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Marcel Fridemann
Visto emitido para Marcel Fride-
mann em Bayonne
20. Max Van Den Bergh e a família fugiram de Amesterdão, Ho-
landa, para a França com o objetivo de chegarem aos Estados Uni-
dos. Sendo uma família judaica e sendo perseguidos pelo exército
alemão, a família viu-se obrigada a fugir e procurar alguém que
lhe passasse um visto.
Receberam o visto de Aristides de Sousa Mendes: 21 de junho
de 1940, em Bayonne.
Após terem recebido o visto, no dia imediatamente a seguir,
partiram de Bayonne em direção ao Porto, Portugal, de barco.
Posteriormente, zarparam para Inglaterra e, mais tarde, para os
Estados Unidos.
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Max VAN DEN BERGH
21. Mosco Galimir e a sua filha Marguerite obtiveram passaportes
portugueses de Aristides de Sousa Mendes, em Bordeaux, em ju-
nho de 1940, e residiram no consulado português por um período
de cerca de duas semanas.
Depois de receberem o visto americano para os Estados Unidos,
foram para Lisboa e de Lisboa para Nova Iorque, no navio Excali-
bur.
Mosco Galimir partiu a 23 de maio de 1941 e Marguerite Galimir
deixou Portugal a 21 de junho de 1941.
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Clara Marguerite Galimir
Mosco Galimir
22. Norbert GINGOLD, casado com Hedwig Gincold (um casal de Vie-
na), foi um compositor de óperas infantis que dirigiu a estreia de
The Three penny Opera de Kurt Weill. Em outubro de 1939, esteva
num campo de concentração, na França, e Aristides de Sousa Men-
des foi pessoalmente ao campo para tentar obter sua libertação.
Não teve sucesso, porém Norbert foi libertado posteriormente.
O casal GINGOLD recebeu vistos de Aristides de Sousa Mendes em
junho de 1940. O visto tinha sido emitido meses antes, logo quan-
do o casal GINGOLD chegou à fronteira franco-espanhola em Hen-
daye / Irun não conseguiram atravessar, pois todos os vistos já ti-
nham sido declarados inválidos pelo governo português.
Eles passaram os anos de guerra escondidos em Marselha. Mais
tarde emigraram para os Estados Unidos, onde Norbert GINGOLD e
a sua esposa fundaram a companhia de Ópera Infantil de São Fran-
cisco.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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Hedwig Ginecold, nascida
GRABSCHEID
Livro de Registos de SOUSA MENDES
23. Philippe de Bruyn e sua família viviam em Bruxelas, quando
os alemães começaram a atacar esta cidade. Por causa disso,
partiram, primeiro para La Panne por algumas semanas, e
quando os alemães se aproximaram, a família decidiu dirigir-
se diretamente para Bordeaux.
Chegados a Bordéus, onde ficaram numa pousada barata e
infestada de pulgas, alugaram uma pequena casa chamada
Les Tifs, pertencente a um cabeleireiro.
No dia 18 de maio de 1940, receberam o visto para Portugal,
concedido por Aristides de Sousa Mendes.
Quando a Embaixada da Bélgica contactou pessoas com pro-
priedades na Bélgica, dizendo-lhes que os seus negócios e fá-
bricas estavam acessíveis e que eles poderiam regressar sem
nenhum perigo, Philippe e a sua família voltaram a Bruxelas,
onde permaneceram durante a guerra.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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PHILIPPE DE
BRUYN
com 6 anos
24. O rabino Kruger e sua família fugiram de Bruxelas para França
quando, perto de uma sinagoga, Aristides de Sousa Mendes os
convidou para irem com ele no seu veículo para sua casa. Aristides
de Sousa Mendes estava disposto a dar-lhes os tão desejados vis-
tos para Portugal, mas Kruger não aceitou sem antes ter a certeza
de que este também daria vistos aos refugiados que tinha chama-
do para o exterior da casa.
Aristides de Sousa Mendes afirmou que o faria, passando esse
mesmo dia sem comer e sem beber nada, a assinar todos os vis-
tos.
Receberam o visto de Aristides de Sousa Mendes a 15 de junho
de 1940. Depois de recebidos os vistos, avançaram até à fronteira
com Espanha onde ficaram retidos. Encontrando-os mais tarde,
Aristides de Sousa Mendes ajudou-os falando com os guardas
que permitiram a sua passagem para Portugal.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
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Rabino Chaim Hersz
Kruger
25. (a segunda a contar da esquerda)
Sónia Tomara
Sónia Tomara foi uma correspondente
estrangeira do “The New York Herald Tribune”.
Passou algum tempo na Alemanha nazi onde
cobriu a ascensão de Adolf Hitler nos anos 30
e, em maio de 1940, cobriu a invasão de Fran-
ça.
Aos 43 anos, Sónia recebeu um visto de Aris-
tides dee Sousa Mendes, a 19 de junho de
1940, em Bordéus, que lhe dava passagem pa-
ra Portugal. Em julho de 1940, chegou a Nova
Iorque após a passagem por Portugal.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Dispo-
nível em http://sousamendesfoundation.org/recipients
26. Tereska Szwarc fugiu, com a família, devido à invasão nazi sobre
a França, mais propriamente à cidade de Paris, em junho de 1940.
“Em 25 de junho de 1940, fui com minha mãe a Biarritz, onde ha-
via um consulado português. Solicitámos vistos para nós e meus
avós, e fomos os últimos a recebê-los.”
Esta família recebeu vistos assinados pelo vice-cônsul Manuel Vi-
eira Braga, seguindo instruções de Aristides de Sousa Mendes, em
Bayonne, França, em junho de 1940.
Cruzaram para Portugal, onde residiram na Figueira da Foz. De
Portugal, Tereska SZWARC foi para a Inglaterra para se juntar às
Forças Francesas Livres e a restante da família foi para a América
do Norte. Em abril de 1941, Alexander SZWARC, sua esposa Sonja
e seus filhos Jerzy e Maria Violetta, navegaram no navio Guiné, de
Lisboa para Nova York. De lá, eles viajaram para o Canadá, onde se
fixaram.
Informação retirada de: Sousa Mendes Foundation (2020). Disponível em http://
sousamendesfoundation.org/recipients
TERESKA SZWARC
Família Szwarc no Estoril em 1940