Algumas informações relativas à construção de um cartaz: Funções dos cartazes, elementos principais de um cartaz, cores do cartaz, foco e equilíbrio, regras técnicas de grafismo
Agrupamento de Escolas do Vale de Ovil - Baião
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
Funções Cartazes Biblioteca Escolas Vale Ovil
1. Biblioteca do Agrupamento de Escolas do Vale de Ovil - Baião
Algumas informações sobre os cartazes
1. Funções dos cartazes
Os cartazes podem ter diferentes funções. Salientam-se 3 funções:
Informativa- dá indicações sobre algum assunto (preços, locais, direções). Os cartazes deste tipo
apresentam bastante texto e pouca ilustração.
Publicitária ou de propaganda - quando usam a sedução para convencer o destinatário da mensagem.
Geralmente têm pouco texto e prevalece a ilustração
Educativa - aponta para valores e situam-se a meio caminho entre os cartazes informativos e os
publicitários. Normalmente procuram a redundância (repetição) da mensagem, quer através da
imagem (que identifica o tema do cartaz), quer através do texto, que complementa e reforça a
imagem.
2. Elementos principais dos cartazes
Tema – ideia principal que se quer transmitir. Cada cartaz só deve ter apenas uma ideia-chave, para
que a mensagem seja muito clara para quem o vê/lê.
Ilustração – é o desenho que preenche o espaço do cartaz e que podem ser desenhos, gráficos,
fotografias, …
Texto – complementa a ilustração, de modo a que a transmissão da mensagem pretendida se faça da
forma mais eficaz. Deve ser tido em atenção que o texto do cartaz deve poder ser lido de forma fácil,
sem esforço, e não pode ser plagiado. Sempre que se usar texto recolhido de fontes (como a Internet,
livros, …), estas devem ser identificadas.
3. Cores dos cartazes
As cores (primárias, secundárias e terciárias) são também essenciais na conceção de cartazes. As cores que
mais contrastam são as que se encontram diametralmente opostas: vermelho e verde, amarelo e violeta,
laranja e azul, preto e branco. São denominadas cores complementares. Por vezes, a sua utilização é evitada
devido ao forte contraste que provocam, embora haja situações em que tal uso faz sentido.
É habitual associar as cores a determinadas predisposições psicológicas, como:
o vermelho ao dinamismo, entusiasmo, amor e violência,
o laranja ao estímulo, atraindo os indecisos
o verde é tranquilizante e repousante
o azul, calmo e um pouco frio
o violeta é uma cor neutra, sem um valor preciso.
4. Foco e equilíbrio
Num cartaz existem ainda 2 características
importantes a considerar:
Todos os cartazes devem ter um
foco, isto é, um local (grafismo,
letra, dimensão de um objeto,
mancha de cor, etc.) para onde o
espetador dirige o 1º olhar. É no
foco que está o essencial da
mensagem. Sem um bom foco não
há um bom cartaz.
A disposição dos elementos num
cartaz deve conter um certo
equilíbrio e, preferencialmente,
posicionar-se de acordo com figuras conhecidas (triângulos, quadrados, etc). Isto não quer dizer que
esta regra se cumpra com rigor, até porque a utilização excessiva das simetrias provoca formatos de
cartazes demasiado mónotonos e formais. Em muitas situações, a entropia ou diferença dá mais força
à comunicação.
5. Algumas regras técnicas de grafismo
5.1. Harmonia da mancha gráfica
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5.2. As manchas irregulares de texto devem ser colocadas na parte interna
5.3. O espaçamento das linhas no cartaz não deve dar ideia de que o texto não faz parte do mesmo todo
É importante ter em conta que estas regras nem sempre têm que ser seguidas à risca. O cartaz, como obra de
arte, depende muito da imaginação do seu autor e, como se sabe, a arte nem sempre se submete a todas as
regras técnicas de organização do cartaz que anteriormente foram apresentadas.
Observação: Quando se trata de trabalhos científicos, para apresentar em congressos ou seminários, dá-se o
nome de posters e têm regras específicas para a sua elaboração.
Que função apresenta cada um dos cartazes que se segue?
Cores usadas: fundo preto, cores brancas e faixa vermelha
Adaptado de Lagarto, J. R. (2008). Comunicação Multimédia. Lisboa: Faculdade de Educação e Psicologia – Universidade Católica
Portuguesa.