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Trabalho sobre formação

       Origem da formação bibliotecária

       A primeira escola de biblioteconomia (library school) foi estabelecida por Melvin Dewey,
criador do sistema decimal Dewey em 1887, (as datas são muito confusas, porque Dewey foi
trabalhar como bibliotecário lá em 1883, então todo o período entre 1883 e 1887 é creditado
por diferentes fontes como um dos anos em que foi instituída a escola) na Columbia
University, chamada Columbia School of Library Economy.

       A primeira instituição voltada ao ensino de biblioteconomia foi a escola de Columbia. No
ano seguinte, 1888, a escola de Columbia se mudou para Albany e se tornou a State Library
School (estado de New York).

       A escola de bibliteconomia mais antiga da Europa é a da Universidad de Barcelona,
fundada em 1915, mesmo ano em que foi fundada a escola de Leipzig, e dois anos antes da
criação da escola de biblioteconomia na Universidade de Londres (1917).

       Modelo Europeu

       A biblioteconomia, segundo a visão francesa, definida no “Dictionnaire encyclopédique
de l’information ET de La documentation”, é o conjunto de técnicas de organização e de
gestão, ou se preferir, “arte” das bibliotecas. Não é uma ciência nem uma técnica rigorosa,
mas uma prática de organização. A biblioteconomia é dividida em três grandes domínios: os
documentos, o público e os estabelecimentos. O que caracteriza a biblioteconomia é sua
unidade, pois não é possível isolar completamente qualquer um desses elementos.

   •    Os documentos: compreende a constituição e o desenvolvimento de coleções, sua
        conservação e tratamento intelectual (catalogação e classificação);

   •    O público: compreende recepção, acesso             aos   documentos,     comunicação,
        conhecimento dos usuários especificamente no ponto de vista psicológico e
        sociológico (para os franceses sendo a área mais importante)

   •    Os estabelecimentos: reúne todas as questões ligadas à organização administrativa,
        técnica, financeira e humana das bibliotecas.

       Cursos na Europa
No Reino Unido, há cursos de bacharelado de três ou quatro anos em Estudo em
Biblioteca e Informação ou Ciência da Informação. Esses cursos são creditados pelo Chartered
Institute of Library and Information Professionals e pela Society of Archivists

      Na França, nos últimos dez anos, tem havido uma reestruturação no processo de
formação de pessoal que vai desde a preparação do chamado Bibliotecário Estagiário, com
um curso de 450 horas, até a formação do Bibliotecário Conservador, com currículo de 18
meses. No conjunto de modos de preparação de profissionais no país, também é formado o
chamado Bibliotecário Adjunto Especializado, em 2 anos, aos quais sendo agregadas mais
1600 horas chega ao Diploma universitário de Tecnologias de Ocupações do Livro, por um
lado; ou, por outro, ao Diploma de Estudos universitários de Ciências e Técnicas, com mais
ou menos 1200 horas de acréscimo.

      Essa evolução que se dá na França, tanto nos conteúdos quanto no número de vagas
para a preparação de pessoal, tem sido uma resposta objetiva a este momento do
capitalismo internacional que situa a informação como mercadoria em disputa num
mercado mundial. Sendo a França um dos sócios mais fortes da Comunidade internacional
de negócios identificada como Comunidade Européia, não poderia deixar de adequar-se
internamente a fim de melhor participar desse mercado. E a formação de bibliotecários,
portanto, tem sido afetada tanto pelo viés qualitativo quanto pelo âmbito da quantidade.

      Na Espanha, é onde se tem verificado o mais claro e acelerado crescimento da
educação bibliotecária. Um primeiro aspecto ressaltado diz respeito ao número de cursos
existentes e aos títulos universitários fornecidos para a capacitação em Biblioteconomia.

      A primeira titulação, equivalente ao Bacharelado brasileiro, chamada Diplomatura,
conta com 13 cursos, até 1998, dos quais 8 surgiram a partir do ano 1990, 4 na década dos
anos 80 e apenas 1 já existia de anos anteriores, tendo sido criado em 1915.

      A segunda titulação, obtida com uma segunda formação universitária, alí chamada
de Licenciatura, contava até 1998 com 9 cursos, todos iniciados a partir de 1984.

      A terceira titulação se obtém com uma formação em nível de doutorado e contava,
até 1998, com a oferta de 8 programas, todos também de funcionamento recente.

      Na Suécia, chama a atenção o fato de que o país está acrescentando a até
recentemente única escola de Biblioteconomia – A Escola Nacional de Biblioteconomia e
Ciência da Informação, instalada na cidade de Boras – departamento de pesquisa em
Biblioteconomia e Ciência da Informação na Universidade de Goteborg e novos cursos na
Universidades de Umeá, Lund e Uppsala. Do mesmo modo, o diploma que dantes era
apenas profissionalizante hoje leva à pós-graduação stricto sensu.

      Desse modo, um traço marcante do avanço na formação bibliotecária na Suécia é o
investimento na pesquisa, cujo propósito mais notável é responder adequadamente às
características da Sociedade do Conhecimento. Essa vertente, na análise dos articulistas
mencionados, tem produzido uma evolução geral nas práticas e serviços bibliotecários e
de documentação naquele país.

      Modelo Norte Americano

      A Biblioteconomia no conceito norte americano: é a profissão devotada a aplicar a
teoria e a tecnologia para a criação, seleção, organização, gerenciamento, preservação,
disseminação e utilização das coleções de informação em todos os formatos.

      Nos Estados Unidos, freqüentemente o termo biblioteconomia é usado como
sinônimo de "Library Science“ - Ciência das Bibliotecas.

             Biblioteca + economia (no sentido de organização, gestão, administração)

      As mudanças nas Bibliotecas, nos usuários e na comunicação levantam algumas
questões:

      o uso privado das técnicas de produção, processamento e difusão da memória
escrita ou audiovisual;

      O custo do acesso às fontes de informação e, portanto, reforçando a idéia da
gratuidade e livre acesso, fortalecendo as Bibliotecas;

      A prática do uso das ferramentas de acesso, exigindo a qualificação dos usuários e a
re-invenção das técnicas de organização;

      A renovação/reinvenção da profissão do bibliotecário, buscando a atualização,
compreensão e adoção das mudanças e alternativas mais produtivas (abandonar a visão
conservadora e SER o profissional da informação e do conhecimento).

      Formação nos Estados Unidos

      Nos Estados Unidos, um bibliotecário pode ter um mestrado de um ou dois anos
(mais comum) em biblioteca e ciência da informação (library and information science),
biblioteconomia (library science) ou ciência da informação (information science) de uma
universidade autorizada. Estes mestrados são autorizados pela Associação de Bibliotecas
Americana (American Library Association) e podem ter especializações em campos como
arquivística, gerenciamento de registros, arquitetura da informação, bibliotecas públicas,
bibliotecas médicas, bibliotecas de direito, bibliotecas especializadas, bibliotecas
acadêmicas ou escolares. É comum requerer de bibliotecários escolares uma credencial de
professor, como também uma licenciatura em biblioteconomia.




      Formação no Brasil

      O primeiro Curso de Biblioteconomia no Brasil foi criado pelo Decreto n. 8.835, de
11/07/1911. Iniciou em abril de 1915 na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, tendo
como diretor Manuel Cícero Peregrino Silva. O programa deste curso pioneiro se inspirava
no modelo francês (École de Chartes), dando ênfase ao aspecto cultural e informativo.

      Em 1929, o “Mackenzie College”, hoje Universidade Mackenzie, de São Paulo, criou
um Curso de Biblioteconomia, inspirado no modelo norte-americano, que enfatizava os
aspectos técnicos da profissão.

       A Prefeitura Municipal da cidade de São Paulo, em 1936, criou um Curso de
Biblioteconomia, no âmbito do Departamento de Cultura, onde destacamos a participação
do professor Rubens Borba de Moraes. Em 1940, este curso foi incorporado à Escola de
Sociologia e Política de São Paulo, onde funciona até hoje.

       Em 1942, surgiu a Escola de Biblioteconomia e Documentação da UFBA, fundada
pela Professora Bernadete Sinay Neves, que não era bibliotecária, mas engenheira civil;
em 1945 foi criada a Faculdade de Biblioteconomia da PUCCAMP, por um grupo de
bibliotecários paulistas; em 1947 surge a Escola de Biblioteconomia e Documentação da
UFRS, e em 1950 surgiu o Curso de Biblioteconomia e Documentação da UFPR, pelo
esforço de alguns bibliotecários do Paraná e a Escola de Biblioteconomia da UFMG, cuja
fundadora foi Dona Etelvina Lima. Em 1954 foi realizado o 1º Congresso Brasileiro de
Biblioteconomia e Documentação, na cidade do Recife.

      Modelo de Ensino

      Coordenadas pela ABEBD e os Estudos de Harmonização curricular entre Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai, foi organizada uma estrutura curricular dentro de áreas de
ensino:
Área 01: Fundamentos Teóricos da Biblioteconomia e Ciência da Informação




-    Concentra o maior número de disciplinas;

-    Abriga disciplinas instrumentais, além de disciplinas ligadas a Humanas e Ciências
     Sociais, e os Princípios da Biblioteconomia e Ciência da Informação

-    Tem o propósito de oferecer ao aluno um entendimento melhor do mundo e como
     interferir nele de maneira positiva, além de dar capacidade de identificação de
     situações problemas e busca de soluções por meio de estudo e pesquisa.




    Área 02: Processamento da Informação




-    Esta área inclui organização processamento e tratamento da informação;

-    Também     encontramos     a   representação     descritiva   e   temática,   análise
     documentária, linguagens alfabéticas de indexação e normalização de documentos;

-    Encontra se no terceiro lugar no número de disciplinas oferecidas, uma colocação
     abaixo de anteriormente, quando se valorizava muito mais as áreas tecnicistas em
     relação às humanas.




    Área 03: Recursos de Serviços de Informação




-    Encontram–se conteúdos referentes a fontes de informação, serviços de
     informação e referência e educação do usuário;

-    Oferece subsídio para que o bibliotecário possa fornecer a informação certa, a
     partir da fonte certa, para o cliente certo, no tempo certo e na forma adequada
     para o uso a que se destina e a um custo que seja justificado pelo uso que será
     feito;

-    E apesar de ser diretamente voltada para o usuário e ações voltadas a ele, não está
     contemplada em todas as grades curriculares dos cursos de biblioteconomia.
Área 04: Gestão da Informação




-    Contém um grande número de disciplinas, demonstrando forte tendência de se
     formar gestores de informação com grande embasamento técnico e também uma
     mudança no cenário que anteriormente privilegiava a organização da biblioteca ao
     invés de sua gestão;

-    Planejamento Estratégico, Marketing, Gestão de Capital Humano, Estudos de
     Comunidade e Usuários, Políticas de Informação e Empreendedorismo, são apenas
     algumas das muitas disciplinas oferecidas;

-    A gestão de bibliotecas tem se tornado cada vez mais complexa, de um lado o
     aumento de acervo e da população a ser atendida, e do outro, a própria automação
     dos processos técnicos e administrativos, o que obriga a constante atualização do
     profissional atuante nesta área;




    Área 05: Tecnologia da Informação

-    A tecnologia da informação é uma constante na vida acadêmica e profissional do
     bibliotecário, ela está presente em todas as áreas anteriormente citadas;

-    Introdução a Informática, Planejamento e Elaboração de Base de Dados e Redes de
     Informação são algumas de suas disciplinas;

-    As estratégias de busca on line requerem qualificação por parte dos usuários e dos
     bibliotecários devido a sua complexidade e a automação dos acervos modificou
     completamente o processamento da informação entre outras tantas mudanças
     trazidas pela tecnologia exigiu do bibliotecário conhecimento mais aprofundado
     na área.




    Área 06: Pesquisa
-    A pesquisa é outra constante no cotidiano do bibliotecário, tanto para
        fornecimento de informação segura e adequada ao usuário quanto para seu
        progresso profissional e acadêmico;

       Na grade curricular ela se encontra em todas as disciplinas da grade, uma vez que
todo estudo e todos os trabalhos acadêmicos exigem pesquisas cada vez mais específicas,
conforme a evolução do curso.

       Análise da grade curricular da FESP

       Ao analisar o gráfico podemos notar uma maior preocupação com a formação do
profissional, não em ser apenas técnico, mas com um maior embasamento cultural, por
isso a grande quantidade de disciplinas na área 1. As áreas 2 e 5 são complementares e
hoje em dia já são expostas como uma só área, lembrando que a fonte do texto anterior é
de 1998, e representam a parte técnica da biblioteconomia. A área 3 representa o
crescimento nessa área, mas ainda conta com o menor número de disciplinas.

       Divisão de cursos por região

       Podemos ver que na maioria dos estados só a curso de biblioteconomia porque
todas as universidades federais têm o curso. A região sudeste tem quase metade dos
cursos no Brasil, sendo que dos 19, 10 estão em São Paulo.

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Trabalho sobre formação

  • 1. Trabalho sobre formação Origem da formação bibliotecária A primeira escola de biblioteconomia (library school) foi estabelecida por Melvin Dewey, criador do sistema decimal Dewey em 1887, (as datas são muito confusas, porque Dewey foi trabalhar como bibliotecário lá em 1883, então todo o período entre 1883 e 1887 é creditado por diferentes fontes como um dos anos em que foi instituída a escola) na Columbia University, chamada Columbia School of Library Economy. A primeira instituição voltada ao ensino de biblioteconomia foi a escola de Columbia. No ano seguinte, 1888, a escola de Columbia se mudou para Albany e se tornou a State Library School (estado de New York). A escola de bibliteconomia mais antiga da Europa é a da Universidad de Barcelona, fundada em 1915, mesmo ano em que foi fundada a escola de Leipzig, e dois anos antes da criação da escola de biblioteconomia na Universidade de Londres (1917). Modelo Europeu A biblioteconomia, segundo a visão francesa, definida no “Dictionnaire encyclopédique de l’information ET de La documentation”, é o conjunto de técnicas de organização e de gestão, ou se preferir, “arte” das bibliotecas. Não é uma ciência nem uma técnica rigorosa, mas uma prática de organização. A biblioteconomia é dividida em três grandes domínios: os documentos, o público e os estabelecimentos. O que caracteriza a biblioteconomia é sua unidade, pois não é possível isolar completamente qualquer um desses elementos. • Os documentos: compreende a constituição e o desenvolvimento de coleções, sua conservação e tratamento intelectual (catalogação e classificação); • O público: compreende recepção, acesso aos documentos, comunicação, conhecimento dos usuários especificamente no ponto de vista psicológico e sociológico (para os franceses sendo a área mais importante) • Os estabelecimentos: reúne todas as questões ligadas à organização administrativa, técnica, financeira e humana das bibliotecas. Cursos na Europa
  • 2. No Reino Unido, há cursos de bacharelado de três ou quatro anos em Estudo em Biblioteca e Informação ou Ciência da Informação. Esses cursos são creditados pelo Chartered Institute of Library and Information Professionals e pela Society of Archivists Na França, nos últimos dez anos, tem havido uma reestruturação no processo de formação de pessoal que vai desde a preparação do chamado Bibliotecário Estagiário, com um curso de 450 horas, até a formação do Bibliotecário Conservador, com currículo de 18 meses. No conjunto de modos de preparação de profissionais no país, também é formado o chamado Bibliotecário Adjunto Especializado, em 2 anos, aos quais sendo agregadas mais 1600 horas chega ao Diploma universitário de Tecnologias de Ocupações do Livro, por um lado; ou, por outro, ao Diploma de Estudos universitários de Ciências e Técnicas, com mais ou menos 1200 horas de acréscimo. Essa evolução que se dá na França, tanto nos conteúdos quanto no número de vagas para a preparação de pessoal, tem sido uma resposta objetiva a este momento do capitalismo internacional que situa a informação como mercadoria em disputa num mercado mundial. Sendo a França um dos sócios mais fortes da Comunidade internacional de negócios identificada como Comunidade Européia, não poderia deixar de adequar-se internamente a fim de melhor participar desse mercado. E a formação de bibliotecários, portanto, tem sido afetada tanto pelo viés qualitativo quanto pelo âmbito da quantidade. Na Espanha, é onde se tem verificado o mais claro e acelerado crescimento da educação bibliotecária. Um primeiro aspecto ressaltado diz respeito ao número de cursos existentes e aos títulos universitários fornecidos para a capacitação em Biblioteconomia. A primeira titulação, equivalente ao Bacharelado brasileiro, chamada Diplomatura, conta com 13 cursos, até 1998, dos quais 8 surgiram a partir do ano 1990, 4 na década dos anos 80 e apenas 1 já existia de anos anteriores, tendo sido criado em 1915. A segunda titulação, obtida com uma segunda formação universitária, alí chamada de Licenciatura, contava até 1998 com 9 cursos, todos iniciados a partir de 1984. A terceira titulação se obtém com uma formação em nível de doutorado e contava, até 1998, com a oferta de 8 programas, todos também de funcionamento recente. Na Suécia, chama a atenção o fato de que o país está acrescentando a até recentemente única escola de Biblioteconomia – A Escola Nacional de Biblioteconomia e Ciência da Informação, instalada na cidade de Boras – departamento de pesquisa em Biblioteconomia e Ciência da Informação na Universidade de Goteborg e novos cursos na
  • 3. Universidades de Umeá, Lund e Uppsala. Do mesmo modo, o diploma que dantes era apenas profissionalizante hoje leva à pós-graduação stricto sensu. Desse modo, um traço marcante do avanço na formação bibliotecária na Suécia é o investimento na pesquisa, cujo propósito mais notável é responder adequadamente às características da Sociedade do Conhecimento. Essa vertente, na análise dos articulistas mencionados, tem produzido uma evolução geral nas práticas e serviços bibliotecários e de documentação naquele país. Modelo Norte Americano A Biblioteconomia no conceito norte americano: é a profissão devotada a aplicar a teoria e a tecnologia para a criação, seleção, organização, gerenciamento, preservação, disseminação e utilização das coleções de informação em todos os formatos. Nos Estados Unidos, freqüentemente o termo biblioteconomia é usado como sinônimo de "Library Science“ - Ciência das Bibliotecas.  Biblioteca + economia (no sentido de organização, gestão, administração) As mudanças nas Bibliotecas, nos usuários e na comunicação levantam algumas questões: o uso privado das técnicas de produção, processamento e difusão da memória escrita ou audiovisual; O custo do acesso às fontes de informação e, portanto, reforçando a idéia da gratuidade e livre acesso, fortalecendo as Bibliotecas; A prática do uso das ferramentas de acesso, exigindo a qualificação dos usuários e a re-invenção das técnicas de organização; A renovação/reinvenção da profissão do bibliotecário, buscando a atualização, compreensão e adoção das mudanças e alternativas mais produtivas (abandonar a visão conservadora e SER o profissional da informação e do conhecimento). Formação nos Estados Unidos Nos Estados Unidos, um bibliotecário pode ter um mestrado de um ou dois anos (mais comum) em biblioteca e ciência da informação (library and information science), biblioteconomia (library science) ou ciência da informação (information science) de uma universidade autorizada. Estes mestrados são autorizados pela Associação de Bibliotecas
  • 4. Americana (American Library Association) e podem ter especializações em campos como arquivística, gerenciamento de registros, arquitetura da informação, bibliotecas públicas, bibliotecas médicas, bibliotecas de direito, bibliotecas especializadas, bibliotecas acadêmicas ou escolares. É comum requerer de bibliotecários escolares uma credencial de professor, como também uma licenciatura em biblioteconomia. Formação no Brasil O primeiro Curso de Biblioteconomia no Brasil foi criado pelo Decreto n. 8.835, de 11/07/1911. Iniciou em abril de 1915 na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, tendo como diretor Manuel Cícero Peregrino Silva. O programa deste curso pioneiro se inspirava no modelo francês (École de Chartes), dando ênfase ao aspecto cultural e informativo. Em 1929, o “Mackenzie College”, hoje Universidade Mackenzie, de São Paulo, criou um Curso de Biblioteconomia, inspirado no modelo norte-americano, que enfatizava os aspectos técnicos da profissão. A Prefeitura Municipal da cidade de São Paulo, em 1936, criou um Curso de Biblioteconomia, no âmbito do Departamento de Cultura, onde destacamos a participação do professor Rubens Borba de Moraes. Em 1940, este curso foi incorporado à Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde funciona até hoje. Em 1942, surgiu a Escola de Biblioteconomia e Documentação da UFBA, fundada pela Professora Bernadete Sinay Neves, que não era bibliotecária, mas engenheira civil; em 1945 foi criada a Faculdade de Biblioteconomia da PUCCAMP, por um grupo de bibliotecários paulistas; em 1947 surge a Escola de Biblioteconomia e Documentação da UFRS, e em 1950 surgiu o Curso de Biblioteconomia e Documentação da UFPR, pelo esforço de alguns bibliotecários do Paraná e a Escola de Biblioteconomia da UFMG, cuja fundadora foi Dona Etelvina Lima. Em 1954 foi realizado o 1º Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, na cidade do Recife. Modelo de Ensino Coordenadas pela ABEBD e os Estudos de Harmonização curricular entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, foi organizada uma estrutura curricular dentro de áreas de ensino:
  • 5. Área 01: Fundamentos Teóricos da Biblioteconomia e Ciência da Informação - Concentra o maior número de disciplinas; - Abriga disciplinas instrumentais, além de disciplinas ligadas a Humanas e Ciências Sociais, e os Princípios da Biblioteconomia e Ciência da Informação - Tem o propósito de oferecer ao aluno um entendimento melhor do mundo e como interferir nele de maneira positiva, além de dar capacidade de identificação de situações problemas e busca de soluções por meio de estudo e pesquisa. Área 02: Processamento da Informação - Esta área inclui organização processamento e tratamento da informação; - Também encontramos a representação descritiva e temática, análise documentária, linguagens alfabéticas de indexação e normalização de documentos; - Encontra se no terceiro lugar no número de disciplinas oferecidas, uma colocação abaixo de anteriormente, quando se valorizava muito mais as áreas tecnicistas em relação às humanas. Área 03: Recursos de Serviços de Informação - Encontram–se conteúdos referentes a fontes de informação, serviços de informação e referência e educação do usuário; - Oferece subsídio para que o bibliotecário possa fornecer a informação certa, a partir da fonte certa, para o cliente certo, no tempo certo e na forma adequada para o uso a que se destina e a um custo que seja justificado pelo uso que será feito; - E apesar de ser diretamente voltada para o usuário e ações voltadas a ele, não está contemplada em todas as grades curriculares dos cursos de biblioteconomia.
  • 6. Área 04: Gestão da Informação - Contém um grande número de disciplinas, demonstrando forte tendência de se formar gestores de informação com grande embasamento técnico e também uma mudança no cenário que anteriormente privilegiava a organização da biblioteca ao invés de sua gestão; - Planejamento Estratégico, Marketing, Gestão de Capital Humano, Estudos de Comunidade e Usuários, Políticas de Informação e Empreendedorismo, são apenas algumas das muitas disciplinas oferecidas; - A gestão de bibliotecas tem se tornado cada vez mais complexa, de um lado o aumento de acervo e da população a ser atendida, e do outro, a própria automação dos processos técnicos e administrativos, o que obriga a constante atualização do profissional atuante nesta área; Área 05: Tecnologia da Informação - A tecnologia da informação é uma constante na vida acadêmica e profissional do bibliotecário, ela está presente em todas as áreas anteriormente citadas; - Introdução a Informática, Planejamento e Elaboração de Base de Dados e Redes de Informação são algumas de suas disciplinas; - As estratégias de busca on line requerem qualificação por parte dos usuários e dos bibliotecários devido a sua complexidade e a automação dos acervos modificou completamente o processamento da informação entre outras tantas mudanças trazidas pela tecnologia exigiu do bibliotecário conhecimento mais aprofundado na área. Área 06: Pesquisa
  • 7. - A pesquisa é outra constante no cotidiano do bibliotecário, tanto para fornecimento de informação segura e adequada ao usuário quanto para seu progresso profissional e acadêmico; Na grade curricular ela se encontra em todas as disciplinas da grade, uma vez que todo estudo e todos os trabalhos acadêmicos exigem pesquisas cada vez mais específicas, conforme a evolução do curso. Análise da grade curricular da FESP Ao analisar o gráfico podemos notar uma maior preocupação com a formação do profissional, não em ser apenas técnico, mas com um maior embasamento cultural, por isso a grande quantidade de disciplinas na área 1. As áreas 2 e 5 são complementares e hoje em dia já são expostas como uma só área, lembrando que a fonte do texto anterior é de 1998, e representam a parte técnica da biblioteconomia. A área 3 representa o crescimento nessa área, mas ainda conta com o menor número de disciplinas. Divisão de cursos por região Podemos ver que na maioria dos estados só a curso de biblioteconomia porque todas as universidades federais têm o curso. A região sudeste tem quase metade dos cursos no Brasil, sendo que dos 19, 10 estão em São Paulo.