O documento discute a teoria de Pierre Bourdieu sobre como a educação reproduz desigualdades sociais, onde alunos de famílias pobres têm menos chances de sucesso. Ele usa o filme "Coach Carter" como exemplo, onde uma escola em área pobre acreditava que seus alunos não teriam futuro além da prisão. No entanto, um novo professor mudou essa mentalidade e levou os alunos a terem sucesso acadêmico, contrariando as expectativas.

1. Concepção de Pierre Bourdieu vs.
Coach carter (Treino para a vida)
Valença/BA
2014

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Concepção de Pierre Bourdieu vs.
Coach carter (Treino para a vida)
Valença/BA
2014

3. Concepção de Pierre Bourdieu vs.
Coach carter (Treino para a vida)
Segundo Pierre Bordieu a educação em vez de ter uma função
transformadora, ela reproduz e reforça as desigualdades sociais, ou seja, ao
invés da escola ser um lugar de acesso e igualdade entre todos, é uma lugar
de conservação das relações de dominação vigente.
O filme Coach Carter (treino para vida) retrata exatamente isso, pois
passa-se numa escola considerada desvalorizada, por estar localizada numa
área pobre de uma certa cidade, com alto índice de violência , jovens presos e
envolvimentos com drogas.
Para a direção da escola, junto com seus funcionários e corpo docente
seria impossível a aprovação de alguns ou a maioria de seus alunos na
universidade, isso porque eles acreditam no que Pierre Bourdieu chama de
capital cultural que identifica-se sob a forma de conhecimentos e habilidades
adquiridos quer na família, quer na escola. É ai que o legado econômico da
família transforma-se em capital cultural, ou seja, um aluno da favela, negro,
pobre, com alguém da família preso, que esta ou já esteve envolvido em
drogas logo, não será um bom aluno, não entrara na universidade, não tirará
boas notas.
Os estudantes daquela escola tendiam a serem julgados pela
quantidade e pela qualidade do conhecimento que já trazem de casa, hábitos e
comportamentos. Os alunos eram mal vistos e mal julgados pelos funcionários
da escola, principalmente pela direção que não via outro fim para grande parte
dos alunos que não fosse a prisão. E muitos dos próprios alunos também
acreditavam que eles não teriam outro futuro que não fosse a prisão ou a
morte. Bourdieu previa a possibilidade de superar essa situação se as escolas
deixassem de supor a bagagem cultural que os alunos trazem de casa e
partissem do zero.
Ate o dia em que entrou um novo professor na escola, um ex aluno da
mesma escola, que foi o responsável pelos alunos tomarem um novo rumo em
suas vidas. Com muita dificuldade e rejeição por parte de seus colegas de
trabalho e pela direção, esse professor mudou a forma de como os alunos e a
escola eram vistas pela sociedade. O resultado disso tudo foi, alunos
aprovados no vestibular, trabalhando honestamente, cuidando de suas vidas,
um fim totalmente contrário ao que a os membros que compõem a escola
previam.