1. Ponte de Sor – O passado do meio local – texto informativo
Ponte de Sor, é uma cidade portuguesa no Distrito de Portalegre, região Alentejo e
subregião do Alto Alentejo. Pertencia ainda à antiga província do Ribatejo.
É sede de um município com 839,23 km² de área e subdividido em 4 freguesias.
É o maior concelho de todo o distrito de Portalegre. Com uma área que ultrapassa os
oitocentos quilómetros quadrados.
É delimitado pelos concelhos de Gavião, Mora, Alter do Chão, Chamusca, Abrantes,
Coruche e Avis. Compõem-no sete freguesias: Foros de Arrão, Galveias, Montargil,
Ponte de Sor(união de freguesias)
Foi um território importante desde a época romana, integrado que estava na terceira via militar romana
que de Lisboa se dirigia a Mérida. O seu nome parece também vir desse período: está relacionado com
a existência de uma primitiva ponte sobre o rio Sor, muito provavelmente no terceiro milénio da nossa
Era. A ponte desapareceu entretanto.
O seu primeiro Foral é-lhe outorgado pela Sé de Évora, em 1161, e mais tarde confirmado por D.
Manuel. Desaparecida a ponte romana, D. João VI mandou construir em 1822 a actual ponte. Ponte de
Sor foi elevada a cidade em 1985.
Fundamental no desenvolvimento desta terra, no século passado, foi a chegada da linha do Leste, a
primeira que se construiu em Portugal. Foi uma das razões pelas quais se pôde dizer que, Ponte de Sor
foi um concelho em progresso. A sua economia apoia-se numa floresta riquíssima, o Montado de
Sobreiros, e numa grande abundância de recursos hídricos. O rio Sor e a barragem de Montargil são
neste aspecto exemplos paradigmáticos. Na agricultura, destacam-se como principais produtos antes
cultivados o arroz, a oliveira (o azeite), o milho, o trigo, o feijão e a fruta. Sendo o maior concelho do
distrito de Portalegre, caracteriza-se pelos seus campos férteis (as lezírias do Sor) e pelas abundantes
florestas de sobreiros que deram origem a uma importante indústria corticeira em Ponte de Sor.
A sede do concelho, é uma pequena cidade (vila até 1985) simpática, rodeada de um cenário
verdejante e com várias igrejas e capelas interessantes, como a Igreja da Misericórdia, com uma
imagem do Espírito Santo do século XVI. A igreja Matriz é também digna de visita, ocupando um
local privilegiado da cidade.
Dos finais do século XVIII, destaca-se a "Fonte da Vila", mandada construir por D. João V.
Contudo, a principal atração turística da região é a Barragem de Montargil, onde os adeptos da pesca
desportiva encontram muito para se entreter (achigãs, barbos, carpas, enguias, percas…), e os outros
podem igualmente beneficiar, deliciando-se com uma sopa de peixe que já ganhou fama nos
restaurantes locais, ou praticando desportos náuticos na albufeira da barragem, que se estende ao longo
de 20 quilómetros ( se para isso houver autorização).
Na vila de Montargil, a Igreja Matriz e o Núcleo Megalítico também merecem uma visita. Um bom
exemplar dos trabalhos de ferro forjado da região é a janela exterior da Igreja Matriz de Montargil do
século XVII.
A povoação de Galveias, rodeada de terras férteis que produzem vinho, azeite, fruta e mel, possui
igualmente uma interessante Igreja Matriz com rico recheio dos séculos XVII e XVIII.
Quanto ao artesanato da região, Galveias oferece cestos que se transformam em bonitas recordações,
enquanto Ponte de Sor se orgulha dos objectos que a versátil cortiça proporciona (tapetes, recipientes
para líquidos e alimentos, etc.).