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AUTORES
                           ALERTAS




         ―Liberdade‖ de
         Expressão

         De qual Ética viverá a
         humanidade?

         Big Basbaque Brasil -
         o alucinógeno!

         ―O coliseu dos nossos dias‖

         Dicas Alertas

         Alertas em foco
Edição

nº4
 Ano
2011
                                       Produção Independente
editorial
     Esta Revista Eletrônica é um documento de livre acesso. Nosso objeti-

vo é levar a possibilidade de reflexões a respeito de assuntos que são normal-

mente banalizados e facilmente aceitos na esfera social. Projeta-se uma ten-

tativa de desbanalização do que nos é apresentado no cotidiano, com profun-

da banalidade/normalidade/superficialidade.

     Cria-se, aqui, um espaço de discussão, reflexão e atitude perante os

vários fenômenos e possibilidades (conhecimentos e emoções) que afetam

nosso cotidiano. Espaço, este, no qual cada autor poderá tecer suas reflexões

de maneira autônoma. Ressaltamos, entretanto, que as idéias aqui publica-

das, são de responsabilidade exclusiva de cada autor, uma vez que a liberda-

de de expressão é um exercício constante em nossa revista.

     Portanto, tendo em vista a liberdade do PENSAR, VOCÊ CARO LEI-

TOR, poderá tecer suas opiniões e expô-las também. Os „Autores‟ convidam

TODOS a fazerem parte dessas reflexões, lendo, discutindo e, sobretudo,

escrevendo.

     Para expor suas opiniões acerca dos assuntos aqui discutidos ou conhe-

cer mais sobre os AUTORES ALERTAS, entre em contato:

     Blog- http://autoresalertas.blogspot.com (nosso blog)
     E-mail- autores_alertas@yahoo.com.br


     Atenciosamente,


                          AUTORES ALERTAS
Sumário
ARTIGOS

―Liberdade‖ de Expressão .......................................................................................... 04

De qual Ética viverá a humanidade? ......................................................................... 06

Big Basbaque Brasil - o alucinógeno! ........................................................................ 07

―O coliseu dos nossos dias‖ ......................................................................................... 07


DICAS ALERTAS

CEM ANOS DE SOLIDÃO—GABRIEL GRACIA MÁRQUEZ ..........................08

CHICO BUARQUE - ESSENCIAL (2008) ...............................................................08



ALERTAS EM FOCO                                                         ...................................................09
―Liberdade‖ de Expressão
      Renan Krawulski - Biólogo e Educador.
      Pós-graduando em Ecologia.
                                                           "Se você treme de indignação perante uma injustiça no mun-
      e-mail: renankaiker@gmail.com                             do, então somos companheiros" (Ernesto Che Guevara)


         Hoje, enquanto lia um artigo         subsistência dentro da socieda-     conseguem fazer tudo com nos-
     do Dr. Sr. Philippe Pomier La-           de em que vivem.                    sas idéias, transformam-nas em
     yrargues, que discursava sobre o             O que não me deixou es-         marketing, em “oportunidade
     cinismo da reciclagem, enfati-           pantado foi que a América do        para os pobres”, na verdade,
     zando os significados ideológi-          Sul é a líder em reciclagem de      transformam-na numa verda-
     cos da reciclagem das latas de           alumínio, e que o Brasil duran-     deira ilusão. Não é de se admi-
     alumínio, fiquei chocado ao ver a        te o ano de 1999 conseguiu re-      rar que tantas pessoas se tor-
     mão do capitalismo até mesmo             ciclar 73% de todo o produto        nem alcoólatras e drogadas
     nisso. Em seu trabalho o Sr. La-         despejado no mercado devido         querendo viver fora da realida-
     yrargues, deixa claro que a reci-        ao incentivo do projeto da La-      de. Todos os que tentaram de-
     clagem, pelo menos no tocante            tasa. Não impressiona mesmo         nunciar o sistema acabaram
     ao material de alumínio, é uma           que um país de 3º mundo, onde       mortos, Che Guevara, Martin
     ferramenta do capitalismo que            a pobreza impera, ser o maior       Luther King, aquela irmã na
     mantém o status quo operante na          catador de latinhas de todo o       Amazônia. Como vencer o sis-
     sociedade atual.                         mundo. O que mais acho estra-       tema? Como derrubá-lo? Ele
         Mas é claro que o discurso           nho é que na cidade onde vivo -     está tão impregnado nas pesso-
     dele está correto, é lógico. Ele         Jaraguá do Sul - existe uma         as que se distanciar gera medo,
     mostra que com a reciclagem das          média de 2 carros por família       porém, isso também é um pro-
     latas de alumínio, este material         que circulam pelas ruas da ci-      duto de sua artimanha silencio-
     pode se tornar inesgotável, o que        dade.                               sa.
     parece lixo para muitos, é na ver-           Nós trabalhamos como es-            Penso num emprego de 3 a
     dade uma boa maneira de reduzir          cravos do sistema capitalista,      5 mil por mês e ao mesmo tem-
     custos gigantescos no processo           que só nos devolve com des-         po penso em quantas pessoas
     de produção de mais alumínio.            prezo e autoengano. Fique do-       devem ter na linha de produção
         A elite toma conta de um co-         ente e não tenha dinheiro para      para pagar por esse salário,
     nhecimento sócio científico es-          ver o que acontece? Vamos lá        quantos catadores pagam por
     tarrecedor e o pior, eles usam           classe média, tente realizar um     esse meu salário o qual uma
     isso contra nós a todo tempo.            sonho de 5 mil reais. É só ir no    parte ainda retorna ao governo,
     Tanto que, no referido artigo, a         banco e pegar? É isso? Vejo         o maldito governo que só nos
     empresa que parece dominar o             carros importados gigantes que      suga e não nos dá dignidade.
     mercado de alumínio no mundo,            realizariam muitos sonhos de 5      Não temos escolas, crianças e
     a Reynolds Latasa, elabora um            mil reais. Que tirariam da misé-    adultos educados, não temos
     projeto que faz com que as pes-          ria muitas famílias, mas na ver-    saúde, os pacientes cardíacos e
     soas levem seu alumínio direta-          dade, não vejo ninguém preo-        cancerosos morrem aos montes
     mente aos postos de coleta dan-          cupado de verdade com isso,         e nem ouvimos falar disso. So-
     do, então, a estes postos, brindes       nem mesmo os pobres. Thoreau        mente por que eles não tem di-
     como computadores para ajudar            estava certo, não existe nada na    nheiro, porém, trabalham a vi-
     instituições de caridade a se            sociedade que valha a pena se       da toda. Não sinto diferença
     “desenvolverem”.                         doar ou prestigiar. E ele já ha-    dos tempos da escravidão. So-
         No entanto, acabam tirando           via notado isso em meados de        mos escravos sim. Só que hoje
     ao mesmo tempo da jogada os              1850, muito tempo se passou, e      parece pior. Antigamente eles
     catadores de lata, pois os mes-          nada mudou. Sinto vergonha e        açoitavam os negros, fisica-
     mos seriam um empecilho no               desgosto de viver neste sistema     mente. Hoje manipulam nossa
     processo de produção de mais             de consumo, de ser um filho         mentes de maneira geral, sem
     alumínio, devido ao fato de se-          dele, de depender dele. Penso       distinção de cor mas sim de
     rem um custo a mais para fazer o         em um projeto que ajude o           “classe social”, todos são atin-

04   repasse das latinhas arrecadadas.
     Repasse, este, que garante sua
                                              meio ambiente, mas no fundo
                                              vou acabar contribuindo com o
                                                                                  gidos, brancos, negros, amare-
                                                                                  los, vermelhos. Ah os verme-
     sustentabilidade, ou melhor, sua         capitalismo selvagem. Eles          lhos, perderam toda sua
dignidade, sua característica. Se    num email, ou num quarto so-           Talvez o preço seja mais
humilham nas calçadas das cida-      zinho. Não é fácil viver desse     alto do que parece! Ou o con-
des por uns trocados e eu ainda      jeito. Livres, mas presos; sol-    ceito deveria ser reformulado?
tenho a coragem de julgar dizen-     tos, mas acorrentados; de férias
do que eles não tem emprego por      e com dívidas. Muitos vão rir
que não querem, como se um           ao ler isso, ah sim, muitos vão    REFERÊNCIAS
emprego fosse o caminho certo a      rir, porém, verão que riram de     THOREAU, Henry David. Wal-
seguir só por que a maioria se-      si mesmos e da miséria que os      den. Trad: Denise Bottmann. Pro-
gue. Isso é capitalismo. Essa        rodeia, por que quando se dá       to Alegre. RS : L&PM, 2010.
mentira, ilusão enraizada que nos    um tempo para observar a situ-
faz ser quem não queremos ser,       ação atual do capital, não se vê   LAYRARGUES, Philippe Pomi-
nos faz fazer o que não queremos     nada de animador, como se po-      er. O cinismo da reciclagem: o
fazer, estudar o que não precisa-    de ser feliz com crianças pas-     significado ideológico da recicla-
                                                                        gem da lata de alumínio e suas
mos estudar. Somos os escravos       sando fome, adultos analfabe-
                                                                        implicações para a educação
dos ricos. Sim, nós pobres e não     tos, gente morrendo a torta e      ambiental. In: LOUREIRO,
essa besteira de classes. Vejo       direita por motivos banais, por    C.F.B., LAYRARGUES, P.P. &
gente que ganha 8 mil por mês        politicagem, por egocentrismo!     CASTRO, R. de S. (Orgs.) Educa-
pousando de patrão ou patroa,            QUANTO CUSTA A LI-             ção ambiental: repensando o es-
super bom, mais um bando de          BERDADE? OU MELHOR, O              paço da cidadania. p. 179-
coitados que deve ao governo         QUE É A LIBERDADE?                 219.São Paulo: Cortez. 2002
tanto quanto qualquer um que
ganhe um salário mínimo.
    O salário mínimo está para
passar de 500,00 reais para
540,00 reais. Está uma luta direta
entre partidos para que isso acon-
teça, mas luta mesmo, sai no jor-
nal e tudo. Porém, no primeiro
dia de governo da nova Presiden-
te da república, a Sra. Dilma, a
excelentíssima estabeleceu um
reajuste de praticamente 80% no
salário dos deputados federais e
senadores, o que proporciona um
efeito cascata para toda a corja
política aumentando o salário dos
deputados estaduais e assim por
diante. De 12 mil, um deputado
estadual vai passar a ganhar 20
mil por MÊS. Um deputado fede-
ral custará 118.991,22 por MÊS
(A Notícia, Dez 2010), e eles es-
tão brigando para dar 40 reais a
mais no salário de quem os man-
têm vivos. São nossos emprega-
dos, mas posam como nossos
patrões. Quando isso vai acabar?
O que devemos fazer?
    Acho que só nos resta falar
disso mesmo. Seja para aliviar a
dor, a tensão, para compartilhar                                                                             05
nossas lástimas, nem que seja
De qual Ética viverá a
                         Humanidade?
     Thiago Alex Dreveck - Biólogo e Educador.
     Pós-graduando em Interdisciplinaridade.

     e-mail: tofubiologo@hotmail.com



         Ética. Onde ela tem funda-              voltada a nossa própria espécie              No entanto, mesmo com um
     mentado-se? Estará seu funda-               (antropoética), voltada ao pro-          olhar complexo de ética, nossa
     mento nas incógnitas da consci-             cesso de hominização                     „verdadeira‟ preocupação apa-
     ência ou práxis humanas? Deve-              (MORIN, 2009) mesmo que                  renta estar baseada, apenas, nas
     ríamos pensar „ética‟ de forma              nosso discurso acabe sendo e-            ameaças que nossa espécie en-
     complexa, religando seu funda-              cológico. O que pode continuar           frenta atualmente.
     mento entre o objetivo e o subje-           acarretando um posicionamen-                 Qual seria a veracidade de
     tivo? Será, a nossa ética, parte da         to de exclusão em relação ao             nossa preocupação ética? Qual
     cultura humana, autêntica, ou sua           ambiente.                                deveria ser a abrangência esfé-
     essência está além de nossa von-                Transformamos o ambiente             rica da ética? Em qual esfera
     tade?                                       por meio de nossa forma de               (antropocêntrica, biocêntrica,
         Alguns defenderão que a éti-            pensar, agir, ser -por meio de           ecocêntrica ou outra) nosso ca-
     ca lança suas raízes no agir cons-          nossa ética- (MICHALISZYN,               minhar tende a destinar-se? E
     ciente, e por influência social,            2008) sem perceber o impacto             quais seriam as conseqüências
     caracterizar-se pelo fazer o bem            da maneira humana de existir.            de cada caminho no que tange
     (DAMATTA, 2011; FERNAN-                         Há intensas tentativas de            a nossa visão da natureza?
     DES & FREITAS, 2006). Outros                romper com a visão de ética
     defini-la-ão como “a reflexão               voltada apenas ao gênero Ho-             REFERÊNCIAS
     sobre a ação humana, para extrair           mo. Nancy Mangabeira Unger               DAMATTA, Roberto. Informe de
     dela o conjunto excelente de a-             defende uma esfera biocêntri-            Consultoria apresentado ao Ban-
                                                                                          co Interamericano de Desenvolvi-
     ções” (SANTOS, 1997). Inde-                 ca, enquanto que Cornelius               mento. 20 de novembro de 2001.
     pendente de seu fundamento ba-              Castoriadis comenta a impor-             FERNANDES, Maria de F.P.;
     sear-se na consciência, prática,            tância dos fatores abióticos em          FREITAS, Genival F. de. Funda-
     ou ser vista de forma complexa,             prol da vida, o que ampliaria a          mentos da ética. In: OGISSO, Taka;
     nossa compreensão de ética aca-             esfera da ética para uma visão           ZOBOLI, Elma L. C. P. (orgs). Éti-
     ba por vincular-se ao antropocên-           ecocêntrica (SOARES, 2003,               ca e bioética: desafios para a enfer-
     trismo.                                     p.92).                                   magem e a saúde. Barueri, SP:
                                                                                          Manole, 2006.p.27-44.
         Argumenta-se, em contrapar-                 Um perceber ecocêntrico da           SANTOS, Antônio Raimundo dos.
     tida, que as fontes da ética seri-          ética relaciona-se com a idéia           Ética: Caminhos da realização
     am anteriores à humanidade, fa-             de complexidade, presente no             humana. São Paulo: AVE-MARIA,
     zendo-se presente na rivalidade e           discurso de Leonardo Boff                1997. cap.IV.
     comunidade de outros grupos de              (1997). Suas idéias encaram o            MICHALISZYN, Mario Sergio.
     mamíferos (MORIN, 2005). De                 universo como um complexo                Fundamentos socioantropológicos
     fato, alguns pensadores, já refle-          sistema interdependente onde             da educação. Curitiba: IBPEX,
                                                                                          2008.
     tiam a condição humana como                 os fatores bióticos e abióticos          MORIN, Edgar. O Método 6: ética.
     sendo muito semelhante à dos                estabelecem relações entre si.           Porto Alegre: Meridional, 2005.
     outros animais. “[...] filósofos                                                     p.19-29.
     chegaram a afirmar que há mais              A natureza e o universo não constitu-    ROUSSEAU,               Jean-Jacques.
                                                 em simplesmente o conjunto dos ob-
     diferenças entre um homem e                 jetos existentes, como pensava a ciên-
                                                                                          Discurso sobre A Origem da
     outro do que entre um homem e                                                        Desigualdade Entre os Homens.
                                                 cia moderna. Constituem, sim, uma
     um animal”, adverte Rousseau                                                         São Paulo: ESCALA, 2007. 40 p.
                                                 teia de relações, em constante intera-
                                                 ção, como os vê a ciência contempo-      SOARES, André Geraldo. A Natu-
     (1755).                                                                              reza, a Cultura e Eu: Ambienta-
         Todavia, nosso processo de              rânea. Os seres que interagem deixam
                                                 de ser apenas objetos. Eles se fazem     lismo e Transformação Social.
     aculturação acaba sendo bem dis-            sujeitos, sempre relacionados e inter-   Blumenau, SC: Edifurb; Itajaí: Edi-
     tinto em relação aos outros seres.          conectados, formando um complexo         tora da Univalli, 2003.

06   Continuamos com a tendência de              sistema de inter-retro-relações. O       BOFF, Leonardo. A águia e a gali-
     desenvolver, intencionalmente,              universo é, pois, o conjunto das rela-   nha: Uma metáfora da condição
     ou não, uma ética egocêntrica               ções dos sujeitos. (BOFF, 1997, p.74)    humana. Petrópolis, RJ: VOZES,
                                                                                          1997.
Big Basbaque Brasil –
                     o alucinógeno!
         Geremias Alves - Psicólogo, especialista em
         Psicopedagogia e Técnico em Design Indus-
         trial.
         e-mail: geremais_e_mais@yahoo.com.br


   Impressionante, estarrece-            ção, fato que se verifica em pro-    regada a mordomias e Big Ba-
dor... é de ficar boquiaberto...         gramas como Big Busão do             canais??? Já foram 11 Big Ban-
com mais uma das produções               Brasil; a Big fazenda; a Big casa    dalheiras e essa nave já foi lon-
globais de sucesso em nosso              dos artistas e por aí vai... Pro-    ge demais...
país – O Big Basbaque Brasil!            gramas desta estirpe produzem        Nossa! Como é Big a tolerância
   Relutei em furtar meu tempo           apenas um Big Boom de recei-         do brasileiro ou será Big a sua
para escrever a respeito. O Big          tas; royalties; divisas para eles    alienação??? Um povo reflete a
iBope Brasil alcança elevados            mesmos e uma Big Babel para          cultura do seu país... Viva o
picos de audiência nos lares dos         nós.                                 „Big Biscate Brasil‟.
brasileiros. Além disso, as con-             Como aceitar o Big Barraco       PS: Não é necessário estudo
correntes parecem seguir a mes-          produzido por supostos confli-       para se aprofundar no assunto.
ma filosofia de sucesso e aliena-        tos interpessoais em uma casa


―O coliseu dos                                                               Diego Alves da Silva - Educador, formado


         nossos dias‖
                                                                             em História. Graduando em Ciências Soci-
                                                                             ais e especialista no Ensino de História e
                                                                             Geografia.
                                                                             e-mail: mandrakesbs@hotmail.com


    Um dos veículos de informa-          encefálico.                              A majestosa mãe do irreal
ção que mais se destaca no Bra-              Não sabendo administrar o        propaga que tudo é lindo e
sil é a “rede globo”. Particular-        real do fantasioso, o cérebro de     maravilhoso, que todo pobre é
mente a considero como: Vênus            quem assiste diariamente as pro-     feliz por ser sempre um miserá-
platinada ou matriarca brasilei-         gramações com ausência de            vel, que o futebol é a arte da
ra, pois possui, ela, em proprie-        conteúdo, vai atrofiando até         vida e que no final tudo acaba
dade patenteada a mente do po-           chagar ao estado da falta de         em samba na maior euforia. A
vo brasileiro. Tal símbolo que a         pensar, sendo assim, pessoas e       visão que se apresenta é que to-
mesma apresenta como logo-               mais pessoas começam a agir          da mulher é linda, bem posicio-
marca, é conhecida como “big             como gados marcados com so-          nada e feliz e os homens são
brother” (olho robótico que tudo         fisticados sininhos pendurados       galãs, charmosos e comedores...
observa). A intenção é mais do           no pescoço emitindo o insupor-       bem ao contrário do imbecil que
que clara: vigiar e punir os te-         tável “plim-plim”.                   se instala na poltrona da sala
lespectadores que ousarem mu-                É melhor dar um peixe ao         para ficar observando a sessão
dar o cérebro para o canal dos           homem do que ensiná-lo a pes-        „aliena trouxa‟ até deixar a tela
livros.                                  car! É muito mais fácil receber      quente.
    Além de anestesiar a razão           opiniões prontas do que ser au-          A filosofia atual da nação é
humana com doses de ignorân-             têntico e pensar por si próprio.     “Sento e logo assisto”! A caixa
cia matinal, (receita especial de        Todo o banal é mais banalizado       de pandora tecnológica penetra
Ana Maria Braga), produz tam-            através de suas informações, e       nos lares e liberam seus males,
bém o ato de hipnose via satélite        seu poder de controlar remota-       suas cabeças irritantes, astros,
com suas nojentas novelinhas as          mente as marionetes sem desti-       novelas, noticiários e as fabulo-
quais não vale a pena ver de no-         no é absurdamente inquestioná-       sas, irresistíveis garotas propa-
vo, sem contar que a mãe emis-           vel. Cada massacre que é trans-      gandas de cerveja, versões mo-
sora contribui para a degenera-          mitido pelo Coliseu de nossos        dernizadas dos tradicionais pro-
ção do Q.I. Esse é o melhor              dias assusta e impressiona a tur-    gramas que outrora já foram
meio de alienar as donas de ca-
sa, na qual não apresentam ne-
                                         ba, e todos vibram com o sensa-
                                         cionalismo barato que ela pro-
                                                                              reprises. Despertai esses sonâm-
                                                                              bulos que caminham para o uni-              07
nhum tipo de funcionamento               move com gestos solidários.          verso da depressão!
DICAS ALERTAS
                                                       CEM ANOS DE SOLIDÃO -
                                                      GABRIEL GRACIA MÁRQUEZ

                                          Um comboio carregado de cadáveres. Uma população inteira
                                      que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa
                                      casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borbole-
                                      tas amarelas.
                                          São esses alguns dos elementos que compõem o exuberante uni-
                                      verso deste romance, no qual se narra a mítica história da cidade de
                                      Macondo e de seus inesquecíveis habitantes.
                                          Lançado em 1967, Cem Anos de Solidão é tido, por consenso,
                                      como uma das obras-primas da literatura latino-americana moderna.
                                      O livro logo tornou o colombiano Gabriel García Márquez (1928)
                                      uma celebridade mundial; quinze anos depois, em 1982, ele recebe-
                                      ria o Prêmio Nobel de Literatura. Aqui o leitor acompanhará as vi-
                                      cissitudes da numerosa descendência da família Buendía ao longo
                                      de várias gerações. Todos em luta contra uma realidade truculenta,
                                      excessiva, sempre à beira da destruição total.
                                          Todos com as paixões à flor da pele. E o "realismo mágico" de
                                      García Márquez não dilui a matéria de que trata --no caso, a história
                                      brutal e às vezes inacreditável dos países latino-americanos. Pelo
                                      contrário: só a torna mais viva.

                                      Fonte: Folha de São Paulo.
                                      Disponível em:http://biblioteca.folha.com.br/1/10/sinopse.html
                                      Acesso em: 03/04/2011.



        CHICO BUARQUE - ESSENCIAL (2008)

         Esta caixa resume o essencial da obra de Chico Buar-
     que em quatro temas: Samba e amor; Todo o sentimento;
     Cotidiano e Entre amigos, Paratodos.
         São 56 faixas reunindo canções de todas as fases do
     cantor e compositor. De Pedro Pedreiro, composta em
     1965, até Renata Maria, de 2005, incluindo ainda duas
     regravações: Tanto Amar e Samba do grande amor.
         Além dos quatro CDs, trazemos o DVD Chico ou País
     da Delicadeza Perdida, especial que Chico estrelou para a
     televisão francesa em 1990, dirigido por Walter Salles e
     Nelson Motta, com direito a participações de Gal Costa e
     Gilberto Gil.

     Disponível em:http://www.chicobuarque.com.br/discos/
     mestre.asp?pg=box_essencial_01.htm
     Acesso em: 03/04/2011.


08
ALERTAS EM FOCO



                  09
Produção Independente

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Revista ed.4

  • 1. AUTORES ALERTAS ―Liberdade‖ de Expressão De qual Ética viverá a humanidade? Big Basbaque Brasil - o alucinógeno! ―O coliseu dos nossos dias‖ Dicas Alertas Alertas em foco Edição nº4 Ano 2011 Produção Independente
  • 2. editorial Esta Revista Eletrônica é um documento de livre acesso. Nosso objeti- vo é levar a possibilidade de reflexões a respeito de assuntos que são normal- mente banalizados e facilmente aceitos na esfera social. Projeta-se uma ten- tativa de desbanalização do que nos é apresentado no cotidiano, com profun- da banalidade/normalidade/superficialidade. Cria-se, aqui, um espaço de discussão, reflexão e atitude perante os vários fenômenos e possibilidades (conhecimentos e emoções) que afetam nosso cotidiano. Espaço, este, no qual cada autor poderá tecer suas reflexões de maneira autônoma. Ressaltamos, entretanto, que as idéias aqui publica- das, são de responsabilidade exclusiva de cada autor, uma vez que a liberda- de de expressão é um exercício constante em nossa revista. Portanto, tendo em vista a liberdade do PENSAR, VOCÊ CARO LEI- TOR, poderá tecer suas opiniões e expô-las também. Os „Autores‟ convidam TODOS a fazerem parte dessas reflexões, lendo, discutindo e, sobretudo, escrevendo. Para expor suas opiniões acerca dos assuntos aqui discutidos ou conhe- cer mais sobre os AUTORES ALERTAS, entre em contato: Blog- http://autoresalertas.blogspot.com (nosso blog) E-mail- autores_alertas@yahoo.com.br Atenciosamente, AUTORES ALERTAS
  • 3. Sumário ARTIGOS ―Liberdade‖ de Expressão .......................................................................................... 04 De qual Ética viverá a humanidade? ......................................................................... 06 Big Basbaque Brasil - o alucinógeno! ........................................................................ 07 ―O coliseu dos nossos dias‖ ......................................................................................... 07 DICAS ALERTAS CEM ANOS DE SOLIDÃO—GABRIEL GRACIA MÁRQUEZ ..........................08 CHICO BUARQUE - ESSENCIAL (2008) ...............................................................08 ALERTAS EM FOCO ...................................................09
  • 4. ―Liberdade‖ de Expressão Renan Krawulski - Biólogo e Educador. Pós-graduando em Ecologia. "Se você treme de indignação perante uma injustiça no mun- e-mail: renankaiker@gmail.com do, então somos companheiros" (Ernesto Che Guevara) Hoje, enquanto lia um artigo subsistência dentro da socieda- conseguem fazer tudo com nos- do Dr. Sr. Philippe Pomier La- de em que vivem. sas idéias, transformam-nas em yrargues, que discursava sobre o O que não me deixou es- marketing, em “oportunidade cinismo da reciclagem, enfati- pantado foi que a América do para os pobres”, na verdade, zando os significados ideológi- Sul é a líder em reciclagem de transformam-na numa verda- cos da reciclagem das latas de alumínio, e que o Brasil duran- deira ilusão. Não é de se admi- alumínio, fiquei chocado ao ver a te o ano de 1999 conseguiu re- rar que tantas pessoas se tor- mão do capitalismo até mesmo ciclar 73% de todo o produto nem alcoólatras e drogadas nisso. Em seu trabalho o Sr. La- despejado no mercado devido querendo viver fora da realida- yrargues, deixa claro que a reci- ao incentivo do projeto da La- de. Todos os que tentaram de- clagem, pelo menos no tocante tasa. Não impressiona mesmo nunciar o sistema acabaram ao material de alumínio, é uma que um país de 3º mundo, onde mortos, Che Guevara, Martin ferramenta do capitalismo que a pobreza impera, ser o maior Luther King, aquela irmã na mantém o status quo operante na catador de latinhas de todo o Amazônia. Como vencer o sis- sociedade atual. mundo. O que mais acho estra- tema? Como derrubá-lo? Ele Mas é claro que o discurso nho é que na cidade onde vivo - está tão impregnado nas pesso- dele está correto, é lógico. Ele Jaraguá do Sul - existe uma as que se distanciar gera medo, mostra que com a reciclagem das média de 2 carros por família porém, isso também é um pro- latas de alumínio, este material que circulam pelas ruas da ci- duto de sua artimanha silencio- pode se tornar inesgotável, o que dade. sa. parece lixo para muitos, é na ver- Nós trabalhamos como es- Penso num emprego de 3 a dade uma boa maneira de reduzir cravos do sistema capitalista, 5 mil por mês e ao mesmo tem- custos gigantescos no processo que só nos devolve com des- po penso em quantas pessoas de produção de mais alumínio. prezo e autoengano. Fique do- devem ter na linha de produção A elite toma conta de um co- ente e não tenha dinheiro para para pagar por esse salário, nhecimento sócio científico es- ver o que acontece? Vamos lá quantos catadores pagam por tarrecedor e o pior, eles usam classe média, tente realizar um esse meu salário o qual uma isso contra nós a todo tempo. sonho de 5 mil reais. É só ir no parte ainda retorna ao governo, Tanto que, no referido artigo, a banco e pegar? É isso? Vejo o maldito governo que só nos empresa que parece dominar o carros importados gigantes que suga e não nos dá dignidade. mercado de alumínio no mundo, realizariam muitos sonhos de 5 Não temos escolas, crianças e a Reynolds Latasa, elabora um mil reais. Que tirariam da misé- adultos educados, não temos projeto que faz com que as pes- ria muitas famílias, mas na ver- saúde, os pacientes cardíacos e soas levem seu alumínio direta- dade, não vejo ninguém preo- cancerosos morrem aos montes mente aos postos de coleta dan- cupado de verdade com isso, e nem ouvimos falar disso. So- do, então, a estes postos, brindes nem mesmo os pobres. Thoreau mente por que eles não tem di- como computadores para ajudar estava certo, não existe nada na nheiro, porém, trabalham a vi- instituições de caridade a se sociedade que valha a pena se da toda. Não sinto diferença “desenvolverem”. doar ou prestigiar. E ele já ha- dos tempos da escravidão. So- No entanto, acabam tirando via notado isso em meados de mos escravos sim. Só que hoje ao mesmo tempo da jogada os 1850, muito tempo se passou, e parece pior. Antigamente eles catadores de lata, pois os mes- nada mudou. Sinto vergonha e açoitavam os negros, fisica- mos seriam um empecilho no desgosto de viver neste sistema mente. Hoje manipulam nossa processo de produção de mais de consumo, de ser um filho mentes de maneira geral, sem alumínio, devido ao fato de se- dele, de depender dele. Penso distinção de cor mas sim de rem um custo a mais para fazer o em um projeto que ajude o “classe social”, todos são atin- 04 repasse das latinhas arrecadadas. Repasse, este, que garante sua meio ambiente, mas no fundo vou acabar contribuindo com o gidos, brancos, negros, amare- los, vermelhos. Ah os verme- sustentabilidade, ou melhor, sua capitalismo selvagem. Eles lhos, perderam toda sua
  • 5. dignidade, sua característica. Se num email, ou num quarto so- Talvez o preço seja mais humilham nas calçadas das cida- zinho. Não é fácil viver desse alto do que parece! Ou o con- des por uns trocados e eu ainda jeito. Livres, mas presos; sol- ceito deveria ser reformulado? tenho a coragem de julgar dizen- tos, mas acorrentados; de férias do que eles não tem emprego por e com dívidas. Muitos vão rir que não querem, como se um ao ler isso, ah sim, muitos vão REFERÊNCIAS emprego fosse o caminho certo a rir, porém, verão que riram de THOREAU, Henry David. Wal- seguir só por que a maioria se- si mesmos e da miséria que os den. Trad: Denise Bottmann. Pro- gue. Isso é capitalismo. Essa rodeia, por que quando se dá to Alegre. RS : L&PM, 2010. mentira, ilusão enraizada que nos um tempo para observar a situ- faz ser quem não queremos ser, ação atual do capital, não se vê LAYRARGUES, Philippe Pomi- nos faz fazer o que não queremos nada de animador, como se po- er. O cinismo da reciclagem: o fazer, estudar o que não precisa- de ser feliz com crianças pas- significado ideológico da recicla- gem da lata de alumínio e suas mos estudar. Somos os escravos sando fome, adultos analfabe- implicações para a educação dos ricos. Sim, nós pobres e não tos, gente morrendo a torta e ambiental. In: LOUREIRO, essa besteira de classes. Vejo direita por motivos banais, por C.F.B., LAYRARGUES, P.P. & gente que ganha 8 mil por mês politicagem, por egocentrismo! CASTRO, R. de S. (Orgs.) Educa- pousando de patrão ou patroa, QUANTO CUSTA A LI- ção ambiental: repensando o es- super bom, mais um bando de BERDADE? OU MELHOR, O paço da cidadania. p. 179- coitados que deve ao governo QUE É A LIBERDADE? 219.São Paulo: Cortez. 2002 tanto quanto qualquer um que ganhe um salário mínimo. O salário mínimo está para passar de 500,00 reais para 540,00 reais. Está uma luta direta entre partidos para que isso acon- teça, mas luta mesmo, sai no jor- nal e tudo. Porém, no primeiro dia de governo da nova Presiden- te da república, a Sra. Dilma, a excelentíssima estabeleceu um reajuste de praticamente 80% no salário dos deputados federais e senadores, o que proporciona um efeito cascata para toda a corja política aumentando o salário dos deputados estaduais e assim por diante. De 12 mil, um deputado estadual vai passar a ganhar 20 mil por MÊS. Um deputado fede- ral custará 118.991,22 por MÊS (A Notícia, Dez 2010), e eles es- tão brigando para dar 40 reais a mais no salário de quem os man- têm vivos. São nossos emprega- dos, mas posam como nossos patrões. Quando isso vai acabar? O que devemos fazer? Acho que só nos resta falar disso mesmo. Seja para aliviar a dor, a tensão, para compartilhar 05 nossas lástimas, nem que seja
  • 6. De qual Ética viverá a Humanidade? Thiago Alex Dreveck - Biólogo e Educador. Pós-graduando em Interdisciplinaridade. e-mail: tofubiologo@hotmail.com Ética. Onde ela tem funda- voltada a nossa própria espécie No entanto, mesmo com um mentado-se? Estará seu funda- (antropoética), voltada ao pro- olhar complexo de ética, nossa mento nas incógnitas da consci- cesso de hominização „verdadeira‟ preocupação apa- ência ou práxis humanas? Deve- (MORIN, 2009) mesmo que renta estar baseada, apenas, nas ríamos pensar „ética‟ de forma nosso discurso acabe sendo e- ameaças que nossa espécie en- complexa, religando seu funda- cológico. O que pode continuar frenta atualmente. mento entre o objetivo e o subje- acarretando um posicionamen- Qual seria a veracidade de tivo? Será, a nossa ética, parte da to de exclusão em relação ao nossa preocupação ética? Qual cultura humana, autêntica, ou sua ambiente. deveria ser a abrangência esfé- essência está além de nossa von- Transformamos o ambiente rica da ética? Em qual esfera tade? por meio de nossa forma de (antropocêntrica, biocêntrica, Alguns defenderão que a éti- pensar, agir, ser -por meio de ecocêntrica ou outra) nosso ca- ca lança suas raízes no agir cons- nossa ética- (MICHALISZYN, minhar tende a destinar-se? E ciente, e por influência social, 2008) sem perceber o impacto quais seriam as conseqüências caracterizar-se pelo fazer o bem da maneira humana de existir. de cada caminho no que tange (DAMATTA, 2011; FERNAN- Há intensas tentativas de a nossa visão da natureza? DES & FREITAS, 2006). Outros romper com a visão de ética defini-la-ão como “a reflexão voltada apenas ao gênero Ho- REFERÊNCIAS sobre a ação humana, para extrair mo. Nancy Mangabeira Unger DAMATTA, Roberto. Informe de dela o conjunto excelente de a- defende uma esfera biocêntri- Consultoria apresentado ao Ban- co Interamericano de Desenvolvi- ções” (SANTOS, 1997). Inde- ca, enquanto que Cornelius mento. 20 de novembro de 2001. pendente de seu fundamento ba- Castoriadis comenta a impor- FERNANDES, Maria de F.P.; sear-se na consciência, prática, tância dos fatores abióticos em FREITAS, Genival F. de. Funda- ou ser vista de forma complexa, prol da vida, o que ampliaria a mentos da ética. In: OGISSO, Taka; nossa compreensão de ética aca- esfera da ética para uma visão ZOBOLI, Elma L. C. P. (orgs). Éti- ba por vincular-se ao antropocên- ecocêntrica (SOARES, 2003, ca e bioética: desafios para a enfer- trismo. p.92). magem e a saúde. Barueri, SP: Manole, 2006.p.27-44. Argumenta-se, em contrapar- Um perceber ecocêntrico da SANTOS, Antônio Raimundo dos. tida, que as fontes da ética seri- ética relaciona-se com a idéia Ética: Caminhos da realização am anteriores à humanidade, fa- de complexidade, presente no humana. São Paulo: AVE-MARIA, zendo-se presente na rivalidade e discurso de Leonardo Boff 1997. cap.IV. comunidade de outros grupos de (1997). Suas idéias encaram o MICHALISZYN, Mario Sergio. mamíferos (MORIN, 2005). De universo como um complexo Fundamentos socioantropológicos fato, alguns pensadores, já refle- sistema interdependente onde da educação. Curitiba: IBPEX, 2008. tiam a condição humana como os fatores bióticos e abióticos MORIN, Edgar. O Método 6: ética. sendo muito semelhante à dos estabelecem relações entre si. Porto Alegre: Meridional, 2005. outros animais. “[...] filósofos p.19-29. chegaram a afirmar que há mais A natureza e o universo não constitu- ROUSSEAU, Jean-Jacques. em simplesmente o conjunto dos ob- diferenças entre um homem e jetos existentes, como pensava a ciên- Discurso sobre A Origem da outro do que entre um homem e Desigualdade Entre os Homens. cia moderna. Constituem, sim, uma um animal”, adverte Rousseau São Paulo: ESCALA, 2007. 40 p. teia de relações, em constante intera- ção, como os vê a ciência contempo- SOARES, André Geraldo. A Natu- (1755). reza, a Cultura e Eu: Ambienta- Todavia, nosso processo de rânea. Os seres que interagem deixam de ser apenas objetos. Eles se fazem lismo e Transformação Social. aculturação acaba sendo bem dis- sujeitos, sempre relacionados e inter- Blumenau, SC: Edifurb; Itajaí: Edi- tinto em relação aos outros seres. conectados, formando um complexo tora da Univalli, 2003. 06 Continuamos com a tendência de sistema de inter-retro-relações. O BOFF, Leonardo. A águia e a gali- desenvolver, intencionalmente, universo é, pois, o conjunto das rela- nha: Uma metáfora da condição ou não, uma ética egocêntrica ções dos sujeitos. (BOFF, 1997, p.74) humana. Petrópolis, RJ: VOZES, 1997.
  • 7. Big Basbaque Brasil – o alucinógeno! Geremias Alves - Psicólogo, especialista em Psicopedagogia e Técnico em Design Indus- trial. e-mail: geremais_e_mais@yahoo.com.br Impressionante, estarrece- ção, fato que se verifica em pro- regada a mordomias e Big Ba- dor... é de ficar boquiaberto... gramas como Big Busão do canais??? Já foram 11 Big Ban- com mais uma das produções Brasil; a Big fazenda; a Big casa dalheiras e essa nave já foi lon- globais de sucesso em nosso dos artistas e por aí vai... Pro- ge demais... país – O Big Basbaque Brasil! gramas desta estirpe produzem Nossa! Como é Big a tolerância Relutei em furtar meu tempo apenas um Big Boom de recei- do brasileiro ou será Big a sua para escrever a respeito. O Big tas; royalties; divisas para eles alienação??? Um povo reflete a iBope Brasil alcança elevados mesmos e uma Big Babel para cultura do seu país... Viva o picos de audiência nos lares dos nós. „Big Biscate Brasil‟. brasileiros. Além disso, as con- Como aceitar o Big Barraco PS: Não é necessário estudo correntes parecem seguir a mes- produzido por supostos confli- para se aprofundar no assunto. ma filosofia de sucesso e aliena- tos interpessoais em uma casa ―O coliseu dos Diego Alves da Silva - Educador, formado nossos dias‖ em História. Graduando em Ciências Soci- ais e especialista no Ensino de História e Geografia. e-mail: mandrakesbs@hotmail.com Um dos veículos de informa- encefálico. A majestosa mãe do irreal ção que mais se destaca no Bra- Não sabendo administrar o propaga que tudo é lindo e sil é a “rede globo”. Particular- real do fantasioso, o cérebro de maravilhoso, que todo pobre é mente a considero como: Vênus quem assiste diariamente as pro- feliz por ser sempre um miserá- platinada ou matriarca brasilei- gramações com ausência de vel, que o futebol é a arte da ra, pois possui, ela, em proprie- conteúdo, vai atrofiando até vida e que no final tudo acaba dade patenteada a mente do po- chagar ao estado da falta de em samba na maior euforia. A vo brasileiro. Tal símbolo que a pensar, sendo assim, pessoas e visão que se apresenta é que to- mesma apresenta como logo- mais pessoas começam a agir da mulher é linda, bem posicio- marca, é conhecida como “big como gados marcados com so- nada e feliz e os homens são brother” (olho robótico que tudo fisticados sininhos pendurados galãs, charmosos e comedores... observa). A intenção é mais do no pescoço emitindo o insupor- bem ao contrário do imbecil que que clara: vigiar e punir os te- tável “plim-plim”. se instala na poltrona da sala lespectadores que ousarem mu- É melhor dar um peixe ao para ficar observando a sessão dar o cérebro para o canal dos homem do que ensiná-lo a pes- „aliena trouxa‟ até deixar a tela livros. car! É muito mais fácil receber quente. Além de anestesiar a razão opiniões prontas do que ser au- A filosofia atual da nação é humana com doses de ignorân- têntico e pensar por si próprio. “Sento e logo assisto”! A caixa cia matinal, (receita especial de Todo o banal é mais banalizado de pandora tecnológica penetra Ana Maria Braga), produz tam- através de suas informações, e nos lares e liberam seus males, bém o ato de hipnose via satélite seu poder de controlar remota- suas cabeças irritantes, astros, com suas nojentas novelinhas as mente as marionetes sem desti- novelas, noticiários e as fabulo- quais não vale a pena ver de no- no é absurdamente inquestioná- sas, irresistíveis garotas propa- vo, sem contar que a mãe emis- vel. Cada massacre que é trans- gandas de cerveja, versões mo- sora contribui para a degenera- mitido pelo Coliseu de nossos dernizadas dos tradicionais pro- ção do Q.I. Esse é o melhor dias assusta e impressiona a tur- gramas que outrora já foram meio de alienar as donas de ca- sa, na qual não apresentam ne- ba, e todos vibram com o sensa- cionalismo barato que ela pro- reprises. Despertai esses sonâm- bulos que caminham para o uni- 07 nhum tipo de funcionamento move com gestos solidários. verso da depressão!
  • 8. DICAS ALERTAS CEM ANOS DE SOLIDÃO - GABRIEL GRACIA MÁRQUEZ Um comboio carregado de cadáveres. Uma população inteira que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borbole- tas amarelas. São esses alguns dos elementos que compõem o exuberante uni- verso deste romance, no qual se narra a mítica história da cidade de Macondo e de seus inesquecíveis habitantes. Lançado em 1967, Cem Anos de Solidão é tido, por consenso, como uma das obras-primas da literatura latino-americana moderna. O livro logo tornou o colombiano Gabriel García Márquez (1928) uma celebridade mundial; quinze anos depois, em 1982, ele recebe- ria o Prêmio Nobel de Literatura. Aqui o leitor acompanhará as vi- cissitudes da numerosa descendência da família Buendía ao longo de várias gerações. Todos em luta contra uma realidade truculenta, excessiva, sempre à beira da destruição total. Todos com as paixões à flor da pele. E o "realismo mágico" de García Márquez não dilui a matéria de que trata --no caso, a história brutal e às vezes inacreditável dos países latino-americanos. Pelo contrário: só a torna mais viva. Fonte: Folha de São Paulo. Disponível em:http://biblioteca.folha.com.br/1/10/sinopse.html Acesso em: 03/04/2011. CHICO BUARQUE - ESSENCIAL (2008) Esta caixa resume o essencial da obra de Chico Buar- que em quatro temas: Samba e amor; Todo o sentimento; Cotidiano e Entre amigos, Paratodos. São 56 faixas reunindo canções de todas as fases do cantor e compositor. De Pedro Pedreiro, composta em 1965, até Renata Maria, de 2005, incluindo ainda duas regravações: Tanto Amar e Samba do grande amor. Além dos quatro CDs, trazemos o DVD Chico ou País da Delicadeza Perdida, especial que Chico estrelou para a televisão francesa em 1990, dirigido por Walter Salles e Nelson Motta, com direito a participações de Gal Costa e Gilberto Gil. Disponível em:http://www.chicobuarque.com.br/discos/ mestre.asp?pg=box_essencial_01.htm Acesso em: 03/04/2011. 08