Este artigo discute a noção de ética e qual ética deverá reger a humanidade no futuro. O autor reflete sobre se a ética está fundamentada na consciência humana ou em princípios objetivos, e se deveria ser vista de forma complexa, interligando aspectos objetivos e subjetivos. Também questiona se a ética humana está centrada demais no ser humano ou se deveria abranger também o meio ambiente e outras formas de vida, influenciando a maneira como vemos a natureza.
1. AUTORES
ALERTAS
―Liberdade‖ de
Expressão
De qual Ética viverá a
humanidade?
Big Basbaque Brasil -
o alucinógeno!
―O coliseu dos nossos dias‖
Dicas Alertas
Alertas em foco
Edição
nº4
Ano
2011
Produção Independente
2. editorial
Esta Revista Eletrônica é um documento de livre acesso. Nosso objeti-
vo é levar a possibilidade de reflexões a respeito de assuntos que são normal-
mente banalizados e facilmente aceitos na esfera social. Projeta-se uma ten-
tativa de desbanalização do que nos é apresentado no cotidiano, com profun-
da banalidade/normalidade/superficialidade.
Cria-se, aqui, um espaço de discussão, reflexão e atitude perante os
vários fenômenos e possibilidades (conhecimentos e emoções) que afetam
nosso cotidiano. Espaço, este, no qual cada autor poderá tecer suas reflexões
de maneira autônoma. Ressaltamos, entretanto, que as idéias aqui publica-
das, são de responsabilidade exclusiva de cada autor, uma vez que a liberda-
de de expressão é um exercício constante em nossa revista.
Portanto, tendo em vista a liberdade do PENSAR, VOCÊ CARO LEI-
TOR, poderá tecer suas opiniões e expô-las também. Os „Autores‟ convidam
TODOS a fazerem parte dessas reflexões, lendo, discutindo e, sobretudo,
escrevendo.
Para expor suas opiniões acerca dos assuntos aqui discutidos ou conhe-
cer mais sobre os AUTORES ALERTAS, entre em contato:
Blog- http://autoresalertas.blogspot.com (nosso blog)
E-mail- autores_alertas@yahoo.com.br
Atenciosamente,
AUTORES ALERTAS
3. Sumário
ARTIGOS
―Liberdade‖ de Expressão .......................................................................................... 04
De qual Ética viverá a humanidade? ......................................................................... 06
Big Basbaque Brasil - o alucinógeno! ........................................................................ 07
―O coliseu dos nossos dias‖ ......................................................................................... 07
DICAS ALERTAS
CEM ANOS DE SOLIDÃO—GABRIEL GRACIA MÁRQUEZ ..........................08
CHICO BUARQUE - ESSENCIAL (2008) ...............................................................08
ALERTAS EM FOCO ...................................................09
4. ―Liberdade‖ de Expressão
Renan Krawulski - Biólogo e Educador.
Pós-graduando em Ecologia.
"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mun-
e-mail: renankaiker@gmail.com do, então somos companheiros" (Ernesto Che Guevara)
Hoje, enquanto lia um artigo subsistência dentro da socieda- conseguem fazer tudo com nos-
do Dr. Sr. Philippe Pomier La- de em que vivem. sas idéias, transformam-nas em
yrargues, que discursava sobre o O que não me deixou es- marketing, em “oportunidade
cinismo da reciclagem, enfati- pantado foi que a América do para os pobres”, na verdade,
zando os significados ideológi- Sul é a líder em reciclagem de transformam-na numa verda-
cos da reciclagem das latas de alumínio, e que o Brasil duran- deira ilusão. Não é de se admi-
alumínio, fiquei chocado ao ver a te o ano de 1999 conseguiu re- rar que tantas pessoas se tor-
mão do capitalismo até mesmo ciclar 73% de todo o produto nem alcoólatras e drogadas
nisso. Em seu trabalho o Sr. La- despejado no mercado devido querendo viver fora da realida-
yrargues, deixa claro que a reci- ao incentivo do projeto da La- de. Todos os que tentaram de-
clagem, pelo menos no tocante tasa. Não impressiona mesmo nunciar o sistema acabaram
ao material de alumínio, é uma que um país de 3º mundo, onde mortos, Che Guevara, Martin
ferramenta do capitalismo que a pobreza impera, ser o maior Luther King, aquela irmã na
mantém o status quo operante na catador de latinhas de todo o Amazônia. Como vencer o sis-
sociedade atual. mundo. O que mais acho estra- tema? Como derrubá-lo? Ele
Mas é claro que o discurso nho é que na cidade onde vivo - está tão impregnado nas pesso-
dele está correto, é lógico. Ele Jaraguá do Sul - existe uma as que se distanciar gera medo,
mostra que com a reciclagem das média de 2 carros por família porém, isso também é um pro-
latas de alumínio, este material que circulam pelas ruas da ci- duto de sua artimanha silencio-
pode se tornar inesgotável, o que dade. sa.
parece lixo para muitos, é na ver- Nós trabalhamos como es- Penso num emprego de 3 a
dade uma boa maneira de reduzir cravos do sistema capitalista, 5 mil por mês e ao mesmo tem-
custos gigantescos no processo que só nos devolve com des- po penso em quantas pessoas
de produção de mais alumínio. prezo e autoengano. Fique do- devem ter na linha de produção
A elite toma conta de um co- ente e não tenha dinheiro para para pagar por esse salário,
nhecimento sócio científico es- ver o que acontece? Vamos lá quantos catadores pagam por
tarrecedor e o pior, eles usam classe média, tente realizar um esse meu salário o qual uma
isso contra nós a todo tempo. sonho de 5 mil reais. É só ir no parte ainda retorna ao governo,
Tanto que, no referido artigo, a banco e pegar? É isso? Vejo o maldito governo que só nos
empresa que parece dominar o carros importados gigantes que suga e não nos dá dignidade.
mercado de alumínio no mundo, realizariam muitos sonhos de 5 Não temos escolas, crianças e
a Reynolds Latasa, elabora um mil reais. Que tirariam da misé- adultos educados, não temos
projeto que faz com que as pes- ria muitas famílias, mas na ver- saúde, os pacientes cardíacos e
soas levem seu alumínio direta- dade, não vejo ninguém preo- cancerosos morrem aos montes
mente aos postos de coleta dan- cupado de verdade com isso, e nem ouvimos falar disso. So-
do, então, a estes postos, brindes nem mesmo os pobres. Thoreau mente por que eles não tem di-
como computadores para ajudar estava certo, não existe nada na nheiro, porém, trabalham a vi-
instituições de caridade a se sociedade que valha a pena se da toda. Não sinto diferença
“desenvolverem”. doar ou prestigiar. E ele já ha- dos tempos da escravidão. So-
No entanto, acabam tirando via notado isso em meados de mos escravos sim. Só que hoje
ao mesmo tempo da jogada os 1850, muito tempo se passou, e parece pior. Antigamente eles
catadores de lata, pois os mes- nada mudou. Sinto vergonha e açoitavam os negros, fisica-
mos seriam um empecilho no desgosto de viver neste sistema mente. Hoje manipulam nossa
processo de produção de mais de consumo, de ser um filho mentes de maneira geral, sem
alumínio, devido ao fato de se- dele, de depender dele. Penso distinção de cor mas sim de
rem um custo a mais para fazer o em um projeto que ajude o “classe social”, todos são atin-
04 repasse das latinhas arrecadadas.
Repasse, este, que garante sua
meio ambiente, mas no fundo
vou acabar contribuindo com o
gidos, brancos, negros, amare-
los, vermelhos. Ah os verme-
sustentabilidade, ou melhor, sua capitalismo selvagem. Eles lhos, perderam toda sua
5. dignidade, sua característica. Se num email, ou num quarto so- Talvez o preço seja mais
humilham nas calçadas das cida- zinho. Não é fácil viver desse alto do que parece! Ou o con-
des por uns trocados e eu ainda jeito. Livres, mas presos; sol- ceito deveria ser reformulado?
tenho a coragem de julgar dizen- tos, mas acorrentados; de férias
do que eles não tem emprego por e com dívidas. Muitos vão rir
que não querem, como se um ao ler isso, ah sim, muitos vão REFERÊNCIAS
emprego fosse o caminho certo a rir, porém, verão que riram de THOREAU, Henry David. Wal-
seguir só por que a maioria se- si mesmos e da miséria que os den. Trad: Denise Bottmann. Pro-
gue. Isso é capitalismo. Essa rodeia, por que quando se dá to Alegre. RS : L&PM, 2010.
mentira, ilusão enraizada que nos um tempo para observar a situ-
faz ser quem não queremos ser, ação atual do capital, não se vê LAYRARGUES, Philippe Pomi-
nos faz fazer o que não queremos nada de animador, como se po- er. O cinismo da reciclagem: o
fazer, estudar o que não precisa- de ser feliz com crianças pas- significado ideológico da recicla-
gem da lata de alumínio e suas
mos estudar. Somos os escravos sando fome, adultos analfabe-
implicações para a educação
dos ricos. Sim, nós pobres e não tos, gente morrendo a torta e ambiental. In: LOUREIRO,
essa besteira de classes. Vejo direita por motivos banais, por C.F.B., LAYRARGUES, P.P. &
gente que ganha 8 mil por mês politicagem, por egocentrismo! CASTRO, R. de S. (Orgs.) Educa-
pousando de patrão ou patroa, QUANTO CUSTA A LI- ção ambiental: repensando o es-
super bom, mais um bando de BERDADE? OU MELHOR, O paço da cidadania. p. 179-
coitados que deve ao governo QUE É A LIBERDADE? 219.São Paulo: Cortez. 2002
tanto quanto qualquer um que
ganhe um salário mínimo.
O salário mínimo está para
passar de 500,00 reais para
540,00 reais. Está uma luta direta
entre partidos para que isso acon-
teça, mas luta mesmo, sai no jor-
nal e tudo. Porém, no primeiro
dia de governo da nova Presiden-
te da república, a Sra. Dilma, a
excelentíssima estabeleceu um
reajuste de praticamente 80% no
salário dos deputados federais e
senadores, o que proporciona um
efeito cascata para toda a corja
política aumentando o salário dos
deputados estaduais e assim por
diante. De 12 mil, um deputado
estadual vai passar a ganhar 20
mil por MÊS. Um deputado fede-
ral custará 118.991,22 por MÊS
(A Notícia, Dez 2010), e eles es-
tão brigando para dar 40 reais a
mais no salário de quem os man-
têm vivos. São nossos emprega-
dos, mas posam como nossos
patrões. Quando isso vai acabar?
O que devemos fazer?
Acho que só nos resta falar
disso mesmo. Seja para aliviar a
dor, a tensão, para compartilhar 05
nossas lástimas, nem que seja
6. De qual Ética viverá a
Humanidade?
Thiago Alex Dreveck - Biólogo e Educador.
Pós-graduando em Interdisciplinaridade.
e-mail: tofubiologo@hotmail.com
Ética. Onde ela tem funda- voltada a nossa própria espécie No entanto, mesmo com um
mentado-se? Estará seu funda- (antropoética), voltada ao pro- olhar complexo de ética, nossa
mento nas incógnitas da consci- cesso de hominização „verdadeira‟ preocupação apa-
ência ou práxis humanas? Deve- (MORIN, 2009) mesmo que renta estar baseada, apenas, nas
ríamos pensar „ética‟ de forma nosso discurso acabe sendo e- ameaças que nossa espécie en-
complexa, religando seu funda- cológico. O que pode continuar frenta atualmente.
mento entre o objetivo e o subje- acarretando um posicionamen- Qual seria a veracidade de
tivo? Será, a nossa ética, parte da to de exclusão em relação ao nossa preocupação ética? Qual
cultura humana, autêntica, ou sua ambiente. deveria ser a abrangência esfé-
essência está além de nossa von- Transformamos o ambiente rica da ética? Em qual esfera
tade? por meio de nossa forma de (antropocêntrica, biocêntrica,
Alguns defenderão que a éti- pensar, agir, ser -por meio de ecocêntrica ou outra) nosso ca-
ca lança suas raízes no agir cons- nossa ética- (MICHALISZYN, minhar tende a destinar-se? E
ciente, e por influência social, 2008) sem perceber o impacto quais seriam as conseqüências
caracterizar-se pelo fazer o bem da maneira humana de existir. de cada caminho no que tange
(DAMATTA, 2011; FERNAN- Há intensas tentativas de a nossa visão da natureza?
DES & FREITAS, 2006). Outros romper com a visão de ética
defini-la-ão como “a reflexão voltada apenas ao gênero Ho- REFERÊNCIAS
sobre a ação humana, para extrair mo. Nancy Mangabeira Unger DAMATTA, Roberto. Informe de
dela o conjunto excelente de a- defende uma esfera biocêntri- Consultoria apresentado ao Ban-
co Interamericano de Desenvolvi-
ções” (SANTOS, 1997). Inde- ca, enquanto que Cornelius mento. 20 de novembro de 2001.
pendente de seu fundamento ba- Castoriadis comenta a impor- FERNANDES, Maria de F.P.;
sear-se na consciência, prática, tância dos fatores abióticos em FREITAS, Genival F. de. Funda-
ou ser vista de forma complexa, prol da vida, o que ampliaria a mentos da ética. In: OGISSO, Taka;
nossa compreensão de ética aca- esfera da ética para uma visão ZOBOLI, Elma L. C. P. (orgs). Éti-
ba por vincular-se ao antropocên- ecocêntrica (SOARES, 2003, ca e bioética: desafios para a enfer-
trismo. p.92). magem e a saúde. Barueri, SP:
Manole, 2006.p.27-44.
Argumenta-se, em contrapar- Um perceber ecocêntrico da SANTOS, Antônio Raimundo dos.
tida, que as fontes da ética seri- ética relaciona-se com a idéia Ética: Caminhos da realização
am anteriores à humanidade, fa- de complexidade, presente no humana. São Paulo: AVE-MARIA,
zendo-se presente na rivalidade e discurso de Leonardo Boff 1997. cap.IV.
comunidade de outros grupos de (1997). Suas idéias encaram o MICHALISZYN, Mario Sergio.
mamíferos (MORIN, 2005). De universo como um complexo Fundamentos socioantropológicos
fato, alguns pensadores, já refle- sistema interdependente onde da educação. Curitiba: IBPEX,
2008.
tiam a condição humana como os fatores bióticos e abióticos MORIN, Edgar. O Método 6: ética.
sendo muito semelhante à dos estabelecem relações entre si. Porto Alegre: Meridional, 2005.
outros animais. “[...] filósofos p.19-29.
chegaram a afirmar que há mais A natureza e o universo não constitu- ROUSSEAU, Jean-Jacques.
em simplesmente o conjunto dos ob-
diferenças entre um homem e jetos existentes, como pensava a ciên-
Discurso sobre A Origem da
outro do que entre um homem e Desigualdade Entre os Homens.
cia moderna. Constituem, sim, uma
um animal”, adverte Rousseau São Paulo: ESCALA, 2007. 40 p.
teia de relações, em constante intera-
ção, como os vê a ciência contempo- SOARES, André Geraldo. A Natu-
(1755). reza, a Cultura e Eu: Ambienta-
Todavia, nosso processo de rânea. Os seres que interagem deixam
de ser apenas objetos. Eles se fazem lismo e Transformação Social.
aculturação acaba sendo bem dis- sujeitos, sempre relacionados e inter- Blumenau, SC: Edifurb; Itajaí: Edi-
tinto em relação aos outros seres. conectados, formando um complexo tora da Univalli, 2003.
06 Continuamos com a tendência de sistema de inter-retro-relações. O BOFF, Leonardo. A águia e a gali-
desenvolver, intencionalmente, universo é, pois, o conjunto das rela- nha: Uma metáfora da condição
ou não, uma ética egocêntrica ções dos sujeitos. (BOFF, 1997, p.74) humana. Petrópolis, RJ: VOZES,
1997.
7. Big Basbaque Brasil –
o alucinógeno!
Geremias Alves - Psicólogo, especialista em
Psicopedagogia e Técnico em Design Indus-
trial.
e-mail: geremais_e_mais@yahoo.com.br
Impressionante, estarrece- ção, fato que se verifica em pro- regada a mordomias e Big Ba-
dor... é de ficar boquiaberto... gramas como Big Busão do canais??? Já foram 11 Big Ban-
com mais uma das produções Brasil; a Big fazenda; a Big casa dalheiras e essa nave já foi lon-
globais de sucesso em nosso dos artistas e por aí vai... Pro- ge demais...
país – O Big Basbaque Brasil! gramas desta estirpe produzem Nossa! Como é Big a tolerância
Relutei em furtar meu tempo apenas um Big Boom de recei- do brasileiro ou será Big a sua
para escrever a respeito. O Big tas; royalties; divisas para eles alienação??? Um povo reflete a
iBope Brasil alcança elevados mesmos e uma Big Babel para cultura do seu país... Viva o
picos de audiência nos lares dos nós. „Big Biscate Brasil‟.
brasileiros. Além disso, as con- Como aceitar o Big Barraco PS: Não é necessário estudo
correntes parecem seguir a mes- produzido por supostos confli- para se aprofundar no assunto.
ma filosofia de sucesso e aliena- tos interpessoais em uma casa
―O coliseu dos Diego Alves da Silva - Educador, formado
nossos dias‖
em História. Graduando em Ciências Soci-
ais e especialista no Ensino de História e
Geografia.
e-mail: mandrakesbs@hotmail.com
Um dos veículos de informa- encefálico. A majestosa mãe do irreal
ção que mais se destaca no Bra- Não sabendo administrar o propaga que tudo é lindo e
sil é a “rede globo”. Particular- real do fantasioso, o cérebro de maravilhoso, que todo pobre é
mente a considero como: Vênus quem assiste diariamente as pro- feliz por ser sempre um miserá-
platinada ou matriarca brasilei- gramações com ausência de vel, que o futebol é a arte da
ra, pois possui, ela, em proprie- conteúdo, vai atrofiando até vida e que no final tudo acaba
dade patenteada a mente do po- chagar ao estado da falta de em samba na maior euforia. A
vo brasileiro. Tal símbolo que a pensar, sendo assim, pessoas e visão que se apresenta é que to-
mesma apresenta como logo- mais pessoas começam a agir da mulher é linda, bem posicio-
marca, é conhecida como “big como gados marcados com so- nada e feliz e os homens são
brother” (olho robótico que tudo fisticados sininhos pendurados galãs, charmosos e comedores...
observa). A intenção é mais do no pescoço emitindo o insupor- bem ao contrário do imbecil que
que clara: vigiar e punir os te- tável “plim-plim”. se instala na poltrona da sala
lespectadores que ousarem mu- É melhor dar um peixe ao para ficar observando a sessão
dar o cérebro para o canal dos homem do que ensiná-lo a pes- „aliena trouxa‟ até deixar a tela
livros. car! É muito mais fácil receber quente.
Além de anestesiar a razão opiniões prontas do que ser au- A filosofia atual da nação é
humana com doses de ignorân- têntico e pensar por si próprio. “Sento e logo assisto”! A caixa
cia matinal, (receita especial de Todo o banal é mais banalizado de pandora tecnológica penetra
Ana Maria Braga), produz tam- através de suas informações, e nos lares e liberam seus males,
bém o ato de hipnose via satélite seu poder de controlar remota- suas cabeças irritantes, astros,
com suas nojentas novelinhas as mente as marionetes sem desti- novelas, noticiários e as fabulo-
quais não vale a pena ver de no- no é absurdamente inquestioná- sas, irresistíveis garotas propa-
vo, sem contar que a mãe emis- vel. Cada massacre que é trans- gandas de cerveja, versões mo-
sora contribui para a degenera- mitido pelo Coliseu de nossos dernizadas dos tradicionais pro-
ção do Q.I. Esse é o melhor dias assusta e impressiona a tur- gramas que outrora já foram
meio de alienar as donas de ca-
sa, na qual não apresentam ne-
ba, e todos vibram com o sensa-
cionalismo barato que ela pro-
reprises. Despertai esses sonâm-
bulos que caminham para o uni- 07
nhum tipo de funcionamento move com gestos solidários. verso da depressão!
8. DICAS ALERTAS
CEM ANOS DE SOLIDÃO -
GABRIEL GRACIA MÁRQUEZ
Um comboio carregado de cadáveres. Uma população inteira
que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa
casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borbole-
tas amarelas.
São esses alguns dos elementos que compõem o exuberante uni-
verso deste romance, no qual se narra a mítica história da cidade de
Macondo e de seus inesquecíveis habitantes.
Lançado em 1967, Cem Anos de Solidão é tido, por consenso,
como uma das obras-primas da literatura latino-americana moderna.
O livro logo tornou o colombiano Gabriel García Márquez (1928)
uma celebridade mundial; quinze anos depois, em 1982, ele recebe-
ria o Prêmio Nobel de Literatura. Aqui o leitor acompanhará as vi-
cissitudes da numerosa descendência da família Buendía ao longo
de várias gerações. Todos em luta contra uma realidade truculenta,
excessiva, sempre à beira da destruição total.
Todos com as paixões à flor da pele. E o "realismo mágico" de
García Márquez não dilui a matéria de que trata --no caso, a história
brutal e às vezes inacreditável dos países latino-americanos. Pelo
contrário: só a torna mais viva.
Fonte: Folha de São Paulo.
Disponível em:http://biblioteca.folha.com.br/1/10/sinopse.html
Acesso em: 03/04/2011.
CHICO BUARQUE - ESSENCIAL (2008)
Esta caixa resume o essencial da obra de Chico Buar-
que em quatro temas: Samba e amor; Todo o sentimento;
Cotidiano e Entre amigos, Paratodos.
São 56 faixas reunindo canções de todas as fases do
cantor e compositor. De Pedro Pedreiro, composta em
1965, até Renata Maria, de 2005, incluindo ainda duas
regravações: Tanto Amar e Samba do grande amor.
Além dos quatro CDs, trazemos o DVD Chico ou País
da Delicadeza Perdida, especial que Chico estrelou para a
televisão francesa em 1990, dirigido por Walter Salles e
Nelson Motta, com direito a participações de Gal Costa e
Gilberto Gil.
Disponível em:http://www.chicobuarque.com.br/discos/
mestre.asp?pg=box_essencial_01.htm
Acesso em: 03/04/2011.
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