3. Estação Telefônica Local e Interurbana
O diagrama abaixo ilustra a constituição de uma estação telefônica
típica onde a Unidade de Supervisão de Corrente Alternada (USCA) é
um quadro de comando automático que dá prioridade à conexão 380
V trifásico via rede da Concessionária Pública de Energia, no caso de
falha em um ou mais fases dessa rede, então um comando é gerado
para acionar um grupo motor-gerador trifásico (normalmente à
diesel) que passa a gerar energia AC 380 V trifásica em vazio.
A USCA monitora a estabilização de freqüência e tensão das 3 fases e
,quando essas estão dentro dos padrões pré-definidos (cerca de 3
minutos) , ocorre a transferência de carga e os retificadores passam a
ser alimentados pelo GMG.
No intervalo em que os retificadores estão sem alimentação, o banco
de baterias descarrega parcialmente e mantém ininterrupta a
alimentação da central telefônica e equipamentos de transmissão.
4. Estação Telefônica Local e Interurbana
Se a rede da COSERN normaliza, então a USCA, após um tempo de
garantia de estabilização (cerca de 3 minutos) retira a carga do GMG e
transfere novamente para a rede prioritária da COSERN.
Sempre que existe AC alimentando os retificadores, então as baterias
ficam no regime de “flutuação”, atuando como uma espécie de filtro
adicional que minimiza a ondulação “ripple”da onda retificada de -48
Volts. O Multiplex é um equipamento que visa possibilitar a
transmissão de diversos canais telefônicos em um único meio de
transmissão, no caso exemplificado na figura esse meio é o canal de
RF, ou seja uma portadora na faixa de UHF ou SHF para transmissão e
outra com freqüência diferente para recepção ambas operando
normalmente em uma mesma antena direcional (parabólica , ou
helicoidal, principalmente). A Multiplexação pode ser do tipo FDM
(Frequency Division Multiplex) ou TDM (Time Division Multiplex).
5.
6. Estação Telefônica Local e Interurbana
O sinal contendo o pacote dos canais já multiplexado é denominado
de Banda Básica. Outra alternativa de transmissão bastante utilizada é
a fibra óptica, no caso o Transceptor (Transmissor + Receptor) e a
antena são substituídos por um conversor eletro-óptico e pelo cabo
contendo fibras ópticas. O sinal transmitido deixa de ser de radio-
freqüência (RF) e passa a ser um sinal óptico (laser).
Na medida em que a capacidade e a importância da central telefônica
diminui, o sistema esboçado na Figura 6.12 sofre naturais
simplificações visando reduzir custos de implantação, assim, por
exemplo, em localidades com apenas uma central telefônica e menos
de 2.000 terminais telefônicos o GMG e a USCA eventualmente
não são instalados. Nesse caso, o banco de baterias assume uma
responsabilidade maior de garantir a autonomia do sistema nos
períodos de falta de AC.
7. Estação Telefônica Local e Interurbana
Convem destacar que todas as estações são tele supervisionadas, as
principais anormalidades existentes nos equipamentos são
imediatamente visualizadas através de um painel central de controle.
Dessa forma, se faltar energia AC, ocorre o alarme de “bateria em
descarga” e a concessionária de energia elétrica é cobrada
imediatamente para solucionar o caso, em casos de demora na
solução pela concessionária elétrica, então um GMG móvel é
conduzido até o local.
11. Rede de Assinantes (Rede de Acesso)
Antigamente, as redes telefônicas eram formadas por fios
desencapados de diâmetro bem maior do que os usados
atualmente, sustentados por postes de madeira ao longo do
trajeto até a casa do assinante. Quando eram bem
construídas, ofereciam pouca perda na transmissão, porém,
as condições atmosféricas afetavam significativamente a
atenuação e também provocavam interferência nas linhas
aéreas.
12. Rede de Assinantes (Rede de Acesso)
Com o passar do tempo e com ampliação significante de
usuários de telefonia, a quantidade de fios telefônicos nos
postes cresceu de forma assustadora, ficando impraticável a
manutenção, controle e a ampliação do número de
assinantes, daí surgiram os Cabos Telefônicos de Pares. A
principal característica dos cabos telefônicos de pares é
concentrar num mesmo núcleo um grande número de
pares condutores, que ocupam um espaço
consideravelmente menor em comparação aos fios nus. No
início de sua utilização eram revestidos de chumbo e seus
fios isolados por papel. Atualmente o isolamento dos fios é
feito com plástico.
13. Rede de Assinantes (Rede de Acesso)
Apesar da enorme vantagem de se utilizar cabo telefônico de pares,
algumas desvantagens precisam ser consideradas:
1 – As características de transmissão são inferiores às de um circuito
de fio nu equivalente.
2 – Os cabos precisam ser emendados, par a par, em distâncias
determinadas ao longo do trajeto, introduzindo assim pontos
passíveis de apresentar defeitos.
Apesar dessas desvantagens, o seu uso tornou-se um padrão nas
redes telefônicas do mundo todo.
Alguns desenvolvimentos foram necessários para minimizar os
problemas apresentados, tais como: bobinas de pupinização,
capacitores de compensação, extensores de enlace, amplificadores
de freqüência de voz.
14. Rede de Assinantes (Rede de Acesso)
Além disso, novos métodos de dimensionamento de redes telefônicas
urbanas surgiram, novos tipos de emendas também, equipamentos
eletrônicos que possibilitam a instalação de mais de um assinante no
mesmo par de fios foram inventados.
Novamente, com o crescimento acelerado do número de assinantes,
ficou impossível a sua sustentação de cabos telefônicos com alta
capacidade nos postes, devido ao peso excessivo. Foram então
criadas as linhas de Dutos Telefônicos e respectivamente as Caixas
Subterrâneas, além de novos tipos de cabos telefônicos para
essa aplicação.
Portanto, num sistema telefônico convencional é denominado Rede
de Acesso ou Rede de Assinantes o conjunto de cabos de assinantes
e demais dispositivos complementares (linhas de duto, ferragens,
postes, blocos terminais, etc) que atendem a uma determinada
localidade ou área.
15. Rede de Assinantes (Rede de Acesso)
O atendimento aos assinantes é completado com os fios (“drop”) que
dão acesso aos assinantes, assim como os cabos de entroncamento
para edifícios residenciais / comerciais e as redes internas dos
edifícios.
Hoje as redes são constituídas com condutores de cobre que podem
variar de 0,4 a 0,9 mm de diâmetro. A Figura 7.1 mostra o diagrama
esquemático de uma Rede de Acesso.
16. Rede de Assinantes (Rede de Acesso)
A Rede de Acesso, no caso de telefonia, precisa apresentar resistência
Ôhmica máxima em torno de 2 KOhm para permitir a realização do
processo de sinalização e conversação. Supondo uma rede sem
utilização de dispositivos eletrônicos na linha e com a bitola mais
comumente usada, então a distância máxima fica em torno de 7,5
km.
A Rede de Acesso tradicional utiliza um par de fios para atender a
cada assinante possibilitando a sinalização e comunicação bidirecional
entre duas pessoas, sendo que o pelo inteligente no processo é a
central telefônica. Visando facilitar a manutenção e proporcionar
melhor estética (evitando poluição visual) é recomendável que os fios
FE que saem da CEV para as residências tenham, no máximo, 300
metros de extensão.
17. As Redes de Transporte correspondem às conexões envolvendo duas centrais telefônicas
distintas. Atualmente a maioria das redes de transporte são compostas por sistemas de fibra
óptica ou sistemas via rádio. Ainda existem redes de transporte utilizando pares metálicos.
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21. Redes Múltiplas
Chama-se de Rede Múltipla (adotada muito nos EUA) a rede que tem
todos ou alguns pares de sues cabos, terminados em mais de um local
através de ligações em paralelo, como mostra a figura abaixo.