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Acadêmicos: Arlei Antunes, Gabrieli Machado, Leticia Pittuco e Luiza Behr
Professora: Ligia Trevisan
Trabalho proposto pela professora Lígia Trevisan para a
disciplina de Fundamentos Históricos e Epistemológicos I, do
1º semestre do curso de bacharelado em Psicologia da
Universidade Franciscana – UFN.
Santa Maria, RS
2018
 Por mais que a escola behaviorista tenha se estabelecido como enfoque principal
na ciência da Psicologia na primeira metade do século XXI, ela falhou ao tentar ser
uma ciência satisfatória. Buscando outros caminhos.
 Com a crise do condutivismo, os pesquisadores em Psicologia se viram obrigados a
buscar outras vias para evitar que seu objeto de estudo lhes escapasse das mãos
 Por não tratarem de modo científico os problemas relativos aos processos psíquicos
superiores, havia a necessidade deste enfoque condutivista ser substituído por
outro.
 Os behavioristas, temerosos de tornarem-se vítimas das falácias subjetivas
recusadas em um primeiro momento, já pensavam sobre os processos mentais.
 Não era mais possível acreditar que a ciência psicológica fosse simplesmente
colecionar fatos observáveis e entendê-los.
 A Psicologia Cognitiva surgiu, em parte, por causa do crescente
reconhecimento de que entender a psique era algo sensivelmente
mais complexo do que se pensava ser no comportamentalismo
behaviorista.
 Com o avanço da engenharia eletrônica e da informática nos anos
1950 e 1960, surgiram as máquinas capazes de desenvolver
condutas inteligentes.
 Houve, a partir dos anos 1960, um considerável desenvolvimento de
programas que imitavam condutas inteligentes (processos
superiores), imprescindíveis para o entendimento das condutas
humanas.
 A mente humana e o computador são sistemas de processamento
de informações (Neisser, 1967).
 A Terapia Cognitiva nasceu na
década de 1960, com Aaron T. Beck,
nos EUA, na Universidade da
Pensilvânia.
 Inicialmente seu objetivo era uma
psicoterapia que fosse breve,
estruturada e focada no presente.
 Com o passar do tempo começou a
ser usada para outros tipos de
distúrbios mentais. Como por
exemplo, ansiedade, fobia social,
síndrome do pânico e etc.
 Cognição: As pessoas pensam.
 Psicologia cognitiva: Os cientista pensam a respeito de como as pessoas
pensam.
 Estudantes da Psicologia cognitiva: As pessoas pensam sobre a
maneira como os cientistas pensam a respeito de como as pessoas
pensam
 Os professores que ensinam psicologia cognitiva aos estudantes: Faz
com que você capte a ideia.
 A psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem,
aprendem, recordam e pensam sobre a informação.
 Uma escola do pensamento defendeu por muito tempo que aspectos
do comportamento humano são inteiramente governados pela
natureza humana.
 Uma escola do pensamento postulou que muitos aspectos do
comportamento humano são determinados quase inteiramente por
nossa educação, ou seja, os contextos ambientais nos quais somos
criados, e onde mais tarde funcionamos como adultos.
 Vários aspectos do comportamento humano são governados por
uma interação entre a nossa natureza inata (congênita) e nossa
educação ambiental, ou seja, aprendemos conforme o ambiente em
que vivemos e sua perspectivas de vida.
Geralmente atribuímos as origens das bases mais antigas da psicologia
cognitiva à duas abordagens diferentes à compreensão da mente humana:
Filosofia e Fisiologia.
 A filosofia, que procura compreender a natureza geral de muitos aspectos do
mundo, principalmente através da introspecção.
 E, a fisiologia, o estudo cientifico das funções vitais mantenedoras da matéria
viva, principalmente através de métodos empíricos (baseados na observação).
Mesmo agora os problemas levantados nesses dois campos de origem
continuam a influenciar a maneira pela qual a psicologia cognitiva se
desenvolveu.
Ambas as raízes foram fundidas para a formação dos principais
fundamentos da psicologia. Com isso, a psicologia cognitiva também se
beneficiou da investigação interdisciplinar em linguística, inteligência artificial,
psicologia biológica e antropologia.
 Alguns objetivos das pesquisas em psicologia cognitiva incluem a
coleta de dados, a analise de dados, o desenvolvimento teórico, a
formulação da hipótese, o teste das hipóteses e talvez a aplicação à
meios externos ao ambiente de pesquisa.
 A coleta de dados reflete um aspecto empírico da investigação
científica e os psicólogos cognitivos usam vários métodos para
extrair inferências a partir desses dados.
 A maioria dos psicólogos cognitivos querem entender mais do que o
que é a cognição; a maior parte procura também compreender o
como e o porque pensar. Isto é, os pesquisadores buscam meios
para explicar a cognição tanto quanto para descrevê-la.
 Os psicólogos cognitivos estudam
as bases biológicas da cognição,
tanto quanto as imagens mentais
como: a atenção, a consciência, a
percepção, a memória, a linguagem,
a resolução de problemas, a
criatividade, a tomada de decisões,
o raciocínio, as mudanças cognitivas
durante o desenvolvimento ao longo
da vida, a inteligência humana e
artificial, entre outros aspectos do
pensamento humano
 Quatro importantes abordagens
da cognição humana foram
desenvolvidas.
 Combinando as 4 abordagens
teremos um entendimento
completo da cognição humana.
A Terapia Cognitiva: é um tipo específico de terapia
utilizada por psicólogos para entender o comportamento,
o pensamento e as emoções de um cliente, afim de tratá-
lo.
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC): é um termo
genérico usado para uma série de terapias.
Isto destaca que a Terapia Cognitiva e a TCC não são as
mesmas, mas sim, duas diversidades.A TCC é uma evolução da terapia
cognitiva, possuindo características mais
amplas.
 Uma das principais teorias de desenvolvimento cognitivo é: “A Teoria do
Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget”.
 Ele estudou como ocorreu a evolução do conhecimento humano até a adolescência
 O sujeito é um ser ativo pelas suas efetivas ações mentais sobre os objetos de
conhecimento e conforme o ele vai formando sua inteligência/conhecimentos, na
interação com o mundo, tem a possibilidade de conquistar a autonomia.
 Muitos elementos são importantes neste processo de construção: aspecto cognitivo,
moral, social, afetivo, a linguagem até que o indivíduo conquiste a autonomia moral
e intelectual.
 O eixo central é a interação entre o organismo e o meio, e essa interação ocorre
através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao
meio, e ocorre através da assimilação e acomodação.
 Sensório motor (de 0 a 2 anos): evoluem de reflexos para ações prazerosas, é o
início da linguagem e a criança conquista a percepção de si mesma e do mundo à
sua volta;
• Pré-operatório (dos 2 aos 7 anos): grande conquista da linguagem e a
construção da representação do mundo pelos símbolos, é egocêntrica e
moralmente não se coloca no lugar do outro;
• Operatório concreto (dos 7 aos 11-12 anos): presença da reversibilidade das
ações mentais, adquire a lógica nos processos mentais e discrimina objetos por
diferenças e similaridades, uso de abstração empírica para a construção da
abstração reflexiva;
• Operatório formal (a partir de 12 anos): o cognitivo avança para a vida adulta,
pensamento lógico e dedutivo, raciocina sobre hipóteses.
Maturação: crescimento e desenvolvimento biológico
dos órgãos;
• Exercitação: funcionamento dos esquemas e
órgãos que implica na formação de hábitos;
• Aprendizagem social: aquisição de valores,
linguagem, costumes e padrões culturais e sociais;
• Equilíbrio: processo de autorregulação interna do
organismo, que se constitui na busca sucessiva de
reequilíbrio, após cada desequilíbrio sofrido.
A TCC é uma abordagem do senso comum que se
baseia em dois princípios centrais:
Nossas cognições tem uma influência controladora sobre
nossas emoções e comportamentos;
O modo como agimos ou nos comportamos pode afetar
profundamente nossos padrões de pensamentos e
nossas emoções
O processamento cognitivo recebe um papel central
nesse modelo, porque o ser humano continuamente
avalia a relevância dos acontecimentos internamente
e no ambiente que o circunda.
 O modelo cognitivo- comportamental propõe que o pensamento disfuncional é
comum em todos os transtornos. E portanto o pensamento negativo distorcido
altera nosso humor e consequentemente nosso comportamento.
 O que nos afeta não são os acontecimentos e sim a forma que os interpretamos.
 Quando o paciente consegue identificar seus pensamentos e crenças errôneas,
melhora o emocional e o comportamento.
 O terapeuta deve buscar a relação entre os pensa‐ mentos, emoções e
comportamentos do indivíduo para assim orientar as intervenções de tratamento
Níveis de processamento cognitivo: Foram identificados
três níveis básicos de processamento cognitivo por Beck e
seus colegas (Beck et al.,1979;D. Clark et al.,1999;Dobson
e Shaw,1986). O nível mais alto da cognição é a
consciência, um estado de atenção no qual decisões
podem ser tomadas racionalmente. A atenção consciente
nos permite:
Monitorar e avaliar as interações com o meio ambiente;
Ligar memórias passadas as experiências presentes;
Controlar e planejar ações futuras (Stemberg, 1996).
Pensamentos automáticos: são cognições que passam
rapidamente por nossas mentes quando estamos em
meio a situações (ou relembrando acontecimentos).
Esquemas: são crenças nucleares que agem como
matrizes ou regras subjacentes para o processamento de
informações. Eles servem a uma função crucial aos seres
humanos, que lhes permite selecionar, filtrar, codificar e
atribuir significados às informações vindas do meio
ambiente.
Esquema simples: regras sobre a natureza física do
ambiente, gerenciamento prático das atividades
cotidianas ou leis da natureza que podem ter pouco ou
nenhum efeito sobre a psicopatologia.
 Exemplos:
“ Seja um motorista defensivo”
“Abrigue-se durante uma tempestade”
São compostas por regras, atitudes e suposições. São
regras condicionadas como afirmações do tipo: “ Se-
então” que influenciam diretamente a autoestima e a
regulação emocional.
Por exemplo:
“Tenho que ser perfeito para ser aceito”
“Se eu não agradar à todos o tempo todo eles irão me
rejeitar”
“Se eu trabalhar duro conseguirei ter sucesso”
 São o nível mais fundamental de crença elas são
globais, rígidas e super generalizadas, são
consideradas como verdades absolutas.
Por exemplo:
“Não sou digna de amor”
“Sou burra”
“Sou um fracasso”
“Sou uma boa amiga”
“Posso confiar nos outros”
 As nossas crenças centrais influenciam nossas
crenças intermediárias que por sua vez influenciam
nos pensamentos automáticos.
 Os esquemas ou crenças nucleares possuem forte
influência na autoestima e no comportamento.
• Todas as pessoas
possuem um
conjunto de
esquemas
adaptativos e
desadaptativos
• O objetivo da TCC é
reconhecer e
desenvolver os
esquemas
adaptativos e ao
mesmo tempo tentar
modificar ou reduzir
a influência dos
esquemas
 Terapia Cognitiva Comportamental: concentra-se no aqui e
agora (situações momentâneas).
 No entanto, é necessário ter uma visão longitudinal, incluindo o
histórico familiar, desenvolvimento durante a primeira infância,
traumas, experiências positivas e negativas, educação, história
de trabalho e influências sociais. Para assim conseguir entender
completamente o paciente e elaborar um plano de tratamento
individualizado.
Utiliza métodos de estruturação com uso de uma agenda
e feedback para maximizar a eficiência das sessões de
tratamento, ajudar os pacientes a organizar seus esforços
em direção a recuperação e intensificar o aprendizado.
A agenda é feita de forma a dar um direcionamento claro
à sessão e poder visualizar todo progresso alcançado aos
poucos.
 Tem o objetivo de identificar pensamentos automáticos e
esquemas nas sessões de terapia, ensinar habilidades para
mudar cognições e depois fazer com que o paciente realize
uma série de exercícios para expandir o aprendizado da
terapia às situações do “mundo real”.
 É necessário a prática repetitiva para que os pacientes
possam identificar e modificar prontamente cognições
desadaptativas.
 O método mais usado é o questionamento socrático, além
dos registros de pensamento na forma escrita que pode
ajudar a criar um estilo mais racional de pensamento.
Destina-se a ajudar as
pessoas:
 Romper padrões de evitação
e desesperança;
 Enfrentar gradativamente
situações temidas, como:
 Desenvolver habilidades de
enfrentamento;
 Reduzir emoções dolorosas
e citação autonômica;
• Algumas das intervenções mais importantes
são: ativação comportamental, exposição
hierárquica (dessensibilização sistemática),
prescrição gradual de tarefas, programação de
atividades de eventos prazerosos, treinamento
de respiração e relaxamento.
• Essas técnicas podem servir como
ferramentas poderosas para ajudar a reduzir
sintomas e promover mudanças positivas.
 A maior ênfase da tcc com jovens está no
entendimento do desenvolvimento de
repertorio comportamental deles e
concomitantes processos cognitivos e
perceptivos.
 Cognições são vistas como um conjunto
organizado de crenças, atitudes,
memórias e expectativas juntamente com
uma série de estratégias para usar este
corpo de conhecimento de uma maneira
adaptativa.
 Pode ser útil focar em cada uma destas
variáveis ao se conceituar e tratar
dificuldades emocionais e
comportamentais em jovens.
A Terapia Cognitiva
Comportamental com crianças e
adolescentes, contudo, requer
mais do que apenas adaptação
técnica desenvolvida para o uso
com adultos.
Requer que reformule-se teorias
cognitivo-comportamentais de
psicopatologia e psicoterapia
em termos de desenvolvimento.
As avaliações são
feitas não apenas
quanto ao
comportamento e
humor da criança,
mas também quanto à
gama completa de
fatores cognitivos,
sociais e ambientais
que podem sustentar
 Essas técnicas devem ser
adaptadas para o uso de
crianças e adolescentes,
pois há o benefício de
sofisticação social e
linguística, já que na maior
parte das vezes as
crianças são introduzidas
na terapia sem adaptação
social.
 Crianças em idade escolar
por exemplo, normalmente
não possuem a
capacidade de classificar
estados emocionais,
preocupações ou
WRIGHT, Jesse H.; BASCO, Monica R.; THASE, Michael E. Aprendendo a terapia cognitivo-
comportamental. Porto Alegre: Artmed, 2008.
VASCONCELLOS, Jorge Luís Cruz de. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA COGNITIVA:
ANTECEDENTES DA PSICOLOGIA COGNITIVA. SAÚDE MENTAL EM FOCO DO CESUCA -
ISSN 2316-3674, [S.l.], v. 1, n. 1, ago. 2012.
STERNBERG, Robert J. Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000.
BECK, A.T.; RUSH; SHAW & EMERY. Terapia Cognitiva da Depressão. Porto Alegre: Artmed,
1996.
SOUZA, Felipe. História da terapia cognitiva. Disponível em:
<http://www.psicologiamsn.com/2014/03/historia-da-terapia-cognitiva.html> Acesso em: 18 de
outubro de 2018.
AZEVEDO, Tiago. Diferenças entre Terapia Cognitiva e Terapia Cognitivo-Comportamental.
Disponível em: < https://psicoativo.com/2016/09/diferencas-entre-terapia-cognitiva-e-terapia-
cognitivo-comportamental.html> Acesso em: 17 de Outubro de 2018.

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Terapia Cognitivo-Comportamental

  • 1. Acadêmicos: Arlei Antunes, Gabrieli Machado, Leticia Pittuco e Luiza Behr Professora: Ligia Trevisan
  • 2. Trabalho proposto pela professora Lígia Trevisan para a disciplina de Fundamentos Históricos e Epistemológicos I, do 1º semestre do curso de bacharelado em Psicologia da Universidade Franciscana – UFN. Santa Maria, RS 2018
  • 3.  Por mais que a escola behaviorista tenha se estabelecido como enfoque principal na ciência da Psicologia na primeira metade do século XXI, ela falhou ao tentar ser uma ciência satisfatória. Buscando outros caminhos.  Com a crise do condutivismo, os pesquisadores em Psicologia se viram obrigados a buscar outras vias para evitar que seu objeto de estudo lhes escapasse das mãos  Por não tratarem de modo científico os problemas relativos aos processos psíquicos superiores, havia a necessidade deste enfoque condutivista ser substituído por outro.  Os behavioristas, temerosos de tornarem-se vítimas das falácias subjetivas recusadas em um primeiro momento, já pensavam sobre os processos mentais.  Não era mais possível acreditar que a ciência psicológica fosse simplesmente colecionar fatos observáveis e entendê-los.
  • 4.  A Psicologia Cognitiva surgiu, em parte, por causa do crescente reconhecimento de que entender a psique era algo sensivelmente mais complexo do que se pensava ser no comportamentalismo behaviorista.  Com o avanço da engenharia eletrônica e da informática nos anos 1950 e 1960, surgiram as máquinas capazes de desenvolver condutas inteligentes.  Houve, a partir dos anos 1960, um considerável desenvolvimento de programas que imitavam condutas inteligentes (processos superiores), imprescindíveis para o entendimento das condutas humanas.  A mente humana e o computador são sistemas de processamento de informações (Neisser, 1967).
  • 5.  A Terapia Cognitiva nasceu na década de 1960, com Aaron T. Beck, nos EUA, na Universidade da Pensilvânia.  Inicialmente seu objetivo era uma psicoterapia que fosse breve, estruturada e focada no presente.  Com o passar do tempo começou a ser usada para outros tipos de distúrbios mentais. Como por exemplo, ansiedade, fobia social, síndrome do pânico e etc.
  • 6.  Cognição: As pessoas pensam.  Psicologia cognitiva: Os cientista pensam a respeito de como as pessoas pensam.  Estudantes da Psicologia cognitiva: As pessoas pensam sobre a maneira como os cientistas pensam a respeito de como as pessoas pensam  Os professores que ensinam psicologia cognitiva aos estudantes: Faz com que você capte a ideia.
  • 7.  A psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação.  Uma escola do pensamento defendeu por muito tempo que aspectos do comportamento humano são inteiramente governados pela natureza humana.  Uma escola do pensamento postulou que muitos aspectos do comportamento humano são determinados quase inteiramente por nossa educação, ou seja, os contextos ambientais nos quais somos criados, e onde mais tarde funcionamos como adultos.  Vários aspectos do comportamento humano são governados por uma interação entre a nossa natureza inata (congênita) e nossa educação ambiental, ou seja, aprendemos conforme o ambiente em que vivemos e sua perspectivas de vida.
  • 8. Geralmente atribuímos as origens das bases mais antigas da psicologia cognitiva à duas abordagens diferentes à compreensão da mente humana: Filosofia e Fisiologia.  A filosofia, que procura compreender a natureza geral de muitos aspectos do mundo, principalmente através da introspecção.  E, a fisiologia, o estudo cientifico das funções vitais mantenedoras da matéria viva, principalmente através de métodos empíricos (baseados na observação). Mesmo agora os problemas levantados nesses dois campos de origem continuam a influenciar a maneira pela qual a psicologia cognitiva se desenvolveu. Ambas as raízes foram fundidas para a formação dos principais fundamentos da psicologia. Com isso, a psicologia cognitiva também se beneficiou da investigação interdisciplinar em linguística, inteligência artificial, psicologia biológica e antropologia.
  • 9.  Alguns objetivos das pesquisas em psicologia cognitiva incluem a coleta de dados, a analise de dados, o desenvolvimento teórico, a formulação da hipótese, o teste das hipóteses e talvez a aplicação à meios externos ao ambiente de pesquisa.  A coleta de dados reflete um aspecto empírico da investigação científica e os psicólogos cognitivos usam vários métodos para extrair inferências a partir desses dados.  A maioria dos psicólogos cognitivos querem entender mais do que o que é a cognição; a maior parte procura também compreender o como e o porque pensar. Isto é, os pesquisadores buscam meios para explicar a cognição tanto quanto para descrevê-la.
  • 10.  Os psicólogos cognitivos estudam as bases biológicas da cognição, tanto quanto as imagens mentais como: a atenção, a consciência, a percepção, a memória, a linguagem, a resolução de problemas, a criatividade, a tomada de decisões, o raciocínio, as mudanças cognitivas durante o desenvolvimento ao longo da vida, a inteligência humana e artificial, entre outros aspectos do pensamento humano  Quatro importantes abordagens da cognição humana foram desenvolvidas.  Combinando as 4 abordagens teremos um entendimento completo da cognição humana.
  • 11. A Terapia Cognitiva: é um tipo específico de terapia utilizada por psicólogos para entender o comportamento, o pensamento e as emoções de um cliente, afim de tratá- lo. A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC): é um termo genérico usado para uma série de terapias. Isto destaca que a Terapia Cognitiva e a TCC não são as mesmas, mas sim, duas diversidades.A TCC é uma evolução da terapia cognitiva, possuindo características mais amplas.
  • 12.  Uma das principais teorias de desenvolvimento cognitivo é: “A Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget”.  Ele estudou como ocorreu a evolução do conhecimento humano até a adolescência  O sujeito é um ser ativo pelas suas efetivas ações mentais sobre os objetos de conhecimento e conforme o ele vai formando sua inteligência/conhecimentos, na interação com o mundo, tem a possibilidade de conquistar a autonomia.  Muitos elementos são importantes neste processo de construção: aspecto cognitivo, moral, social, afetivo, a linguagem até que o indivíduo conquiste a autonomia moral e intelectual.  O eixo central é a interação entre o organismo e o meio, e essa interação ocorre através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio, e ocorre através da assimilação e acomodação.
  • 13.  Sensório motor (de 0 a 2 anos): evoluem de reflexos para ações prazerosas, é o início da linguagem e a criança conquista a percepção de si mesma e do mundo à sua volta; • Pré-operatório (dos 2 aos 7 anos): grande conquista da linguagem e a construção da representação do mundo pelos símbolos, é egocêntrica e moralmente não se coloca no lugar do outro; • Operatório concreto (dos 7 aos 11-12 anos): presença da reversibilidade das ações mentais, adquire a lógica nos processos mentais e discrimina objetos por diferenças e similaridades, uso de abstração empírica para a construção da abstração reflexiva; • Operatório formal (a partir de 12 anos): o cognitivo avança para a vida adulta, pensamento lógico e dedutivo, raciocina sobre hipóteses.
  • 14. Maturação: crescimento e desenvolvimento biológico dos órgãos; • Exercitação: funcionamento dos esquemas e órgãos que implica na formação de hábitos; • Aprendizagem social: aquisição de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais; • Equilíbrio: processo de autorregulação interna do organismo, que se constitui na busca sucessiva de reequilíbrio, após cada desequilíbrio sofrido.
  • 15. A TCC é uma abordagem do senso comum que se baseia em dois princípios centrais: Nossas cognições tem uma influência controladora sobre nossas emoções e comportamentos; O modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos padrões de pensamentos e nossas emoções
  • 16. O processamento cognitivo recebe um papel central nesse modelo, porque o ser humano continuamente avalia a relevância dos acontecimentos internamente e no ambiente que o circunda.
  • 17.  O modelo cognitivo- comportamental propõe que o pensamento disfuncional é comum em todos os transtornos. E portanto o pensamento negativo distorcido altera nosso humor e consequentemente nosso comportamento.  O que nos afeta não são os acontecimentos e sim a forma que os interpretamos.  Quando o paciente consegue identificar seus pensamentos e crenças errôneas, melhora o emocional e o comportamento.  O terapeuta deve buscar a relação entre os pensa‐ mentos, emoções e comportamentos do indivíduo para assim orientar as intervenções de tratamento
  • 18. Níveis de processamento cognitivo: Foram identificados três níveis básicos de processamento cognitivo por Beck e seus colegas (Beck et al.,1979;D. Clark et al.,1999;Dobson e Shaw,1986). O nível mais alto da cognição é a consciência, um estado de atenção no qual decisões podem ser tomadas racionalmente. A atenção consciente nos permite: Monitorar e avaliar as interações com o meio ambiente; Ligar memórias passadas as experiências presentes; Controlar e planejar ações futuras (Stemberg, 1996).
  • 19. Pensamentos automáticos: são cognições que passam rapidamente por nossas mentes quando estamos em meio a situações (ou relembrando acontecimentos). Esquemas: são crenças nucleares que agem como matrizes ou regras subjacentes para o processamento de informações. Eles servem a uma função crucial aos seres humanos, que lhes permite selecionar, filtrar, codificar e atribuir significados às informações vindas do meio ambiente.
  • 20. Esquema simples: regras sobre a natureza física do ambiente, gerenciamento prático das atividades cotidianas ou leis da natureza que podem ter pouco ou nenhum efeito sobre a psicopatologia.  Exemplos: “ Seja um motorista defensivo” “Abrigue-se durante uma tempestade”
  • 21. São compostas por regras, atitudes e suposições. São regras condicionadas como afirmações do tipo: “ Se- então” que influenciam diretamente a autoestima e a regulação emocional. Por exemplo: “Tenho que ser perfeito para ser aceito” “Se eu não agradar à todos o tempo todo eles irão me rejeitar” “Se eu trabalhar duro conseguirei ter sucesso”
  • 22.  São o nível mais fundamental de crença elas são globais, rígidas e super generalizadas, são consideradas como verdades absolutas. Por exemplo: “Não sou digna de amor” “Sou burra” “Sou um fracasso” “Sou uma boa amiga” “Posso confiar nos outros”  As nossas crenças centrais influenciam nossas crenças intermediárias que por sua vez influenciam nos pensamentos automáticos.  Os esquemas ou crenças nucleares possuem forte influência na autoestima e no comportamento. • Todas as pessoas possuem um conjunto de esquemas adaptativos e desadaptativos • O objetivo da TCC é reconhecer e desenvolver os esquemas adaptativos e ao mesmo tempo tentar modificar ou reduzir a influência dos esquemas
  • 23.  Terapia Cognitiva Comportamental: concentra-se no aqui e agora (situações momentâneas).  No entanto, é necessário ter uma visão longitudinal, incluindo o histórico familiar, desenvolvimento durante a primeira infância, traumas, experiências positivas e negativas, educação, história de trabalho e influências sociais. Para assim conseguir entender completamente o paciente e elaborar um plano de tratamento individualizado.
  • 24. Utiliza métodos de estruturação com uso de uma agenda e feedback para maximizar a eficiência das sessões de tratamento, ajudar os pacientes a organizar seus esforços em direção a recuperação e intensificar o aprendizado. A agenda é feita de forma a dar um direcionamento claro à sessão e poder visualizar todo progresso alcançado aos poucos.
  • 25.  Tem o objetivo de identificar pensamentos automáticos e esquemas nas sessões de terapia, ensinar habilidades para mudar cognições e depois fazer com que o paciente realize uma série de exercícios para expandir o aprendizado da terapia às situações do “mundo real”.  É necessário a prática repetitiva para que os pacientes possam identificar e modificar prontamente cognições desadaptativas.  O método mais usado é o questionamento socrático, além dos registros de pensamento na forma escrita que pode ajudar a criar um estilo mais racional de pensamento.
  • 26. Destina-se a ajudar as pessoas:  Romper padrões de evitação e desesperança;  Enfrentar gradativamente situações temidas, como:  Desenvolver habilidades de enfrentamento;  Reduzir emoções dolorosas e citação autonômica; • Algumas das intervenções mais importantes são: ativação comportamental, exposição hierárquica (dessensibilização sistemática), prescrição gradual de tarefas, programação de atividades de eventos prazerosos, treinamento de respiração e relaxamento. • Essas técnicas podem servir como ferramentas poderosas para ajudar a reduzir sintomas e promover mudanças positivas.
  • 27.  A maior ênfase da tcc com jovens está no entendimento do desenvolvimento de repertorio comportamental deles e concomitantes processos cognitivos e perceptivos.  Cognições são vistas como um conjunto organizado de crenças, atitudes, memórias e expectativas juntamente com uma série de estratégias para usar este corpo de conhecimento de uma maneira adaptativa.  Pode ser útil focar em cada uma destas variáveis ao se conceituar e tratar dificuldades emocionais e comportamentais em jovens. A Terapia Cognitiva Comportamental com crianças e adolescentes, contudo, requer mais do que apenas adaptação técnica desenvolvida para o uso com adultos. Requer que reformule-se teorias cognitivo-comportamentais de psicopatologia e psicoterapia em termos de desenvolvimento.
  • 28. As avaliações são feitas não apenas quanto ao comportamento e humor da criança, mas também quanto à gama completa de fatores cognitivos, sociais e ambientais que podem sustentar  Essas técnicas devem ser adaptadas para o uso de crianças e adolescentes, pois há o benefício de sofisticação social e linguística, já que na maior parte das vezes as crianças são introduzidas na terapia sem adaptação social.  Crianças em idade escolar por exemplo, normalmente não possuem a capacidade de classificar estados emocionais, preocupações ou
  • 29. WRIGHT, Jesse H.; BASCO, Monica R.; THASE, Michael E. Aprendendo a terapia cognitivo- comportamental. Porto Alegre: Artmed, 2008. VASCONCELLOS, Jorge Luís Cruz de. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA COGNITIVA: ANTECEDENTES DA PSICOLOGIA COGNITIVA. SAÚDE MENTAL EM FOCO DO CESUCA - ISSN 2316-3674, [S.l.], v. 1, n. 1, ago. 2012. STERNBERG, Robert J. Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000. BECK, A.T.; RUSH; SHAW & EMERY. Terapia Cognitiva da Depressão. Porto Alegre: Artmed, 1996. SOUZA, Felipe. História da terapia cognitiva. Disponível em: <http://www.psicologiamsn.com/2014/03/historia-da-terapia-cognitiva.html> Acesso em: 18 de outubro de 2018. AZEVEDO, Tiago. Diferenças entre Terapia Cognitiva e Terapia Cognitivo-Comportamental. Disponível em: < https://psicoativo.com/2016/09/diferencas-entre-terapia-cognitiva-e-terapia- cognitivo-comportamental.html> Acesso em: 17 de Outubro de 2018.