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Escola Básica e Secundária Dr. Bento da Cruz – Montalegre
Intimidade e Amor ao Longo do Tempo
Raquel Alves, nº 6;
Ano Letivo 2012/13
Psicologia
12ºB
2
Índice
Intimidade e Amor (introdução) ………………………….…. 3-4
A Intimidade e o Amor ao longo dos tempos…………….….. 4-5
A Intimidade e o Amor por períodos históricos…………….… 5-7
Conclusão…………………………………………………...-….. 7
Bibliografia……………………………………….……………..8
3
Introdução
“O amor não se define; sente-se.”
Séneca
“A melhor definição de amor não vale o beijo da moça namorada.”
Machado de Assis
“Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.”
Nietzsche
“A medida do amor é amar sem medida.”
Vitor Hugo
“Procurar o amor é bom, mas o melhor é encontrá-lo.”
William Shakespeare
“Penso que nada é mais verdadeiro e artístico do que amar uma pessoa.”
Vincent Van Gogh
“O Amor é uma ciência, que não pode haver maior, pois por mais que o Amor se estude,
ninguém sabe o que é o Amor.”
Marcel Proust
A palavra “intimidade” tem origem no latim intimus que é o superlativo de interus e
diz respeito à esfera imaterial reservada de uma pessoa, de um grupo ou de uma
família. Portanto, a intimidade refere-se a pessoas, a seres na posse de língua, de
cognição e também de uma emotividade mais desenvolvida e pode definir-se como uma
forma de interação social em que existe, segundo Woolams, “a partilha de sentimentos,
pensamentos e experiências numa relação de abertura, sinceridade e confiança”
durante as relações. No entanto, como a definição é complexa e incoerente os
significados podem variar de relação para relação, e até mesmo dentro da mesma
relação ao longo do tempo. Além disso, e como, em alguns relacionamentos a intimidade
está estritamente ligada às relações sexuais, os sentimentos de afeto podem estar
conectados ou serem confundidos com sentimentos sexuais. Noutras relações, porém, a
intimidade tem mais a ver com os momentos vividos e divididos pelos indivíduos do que
com as interações sexuais. De qualquer forma, seja qual for a hipótese, a intimidade
está sempre ligada aos sentimentos de afeto existentes entre os companheiros numa
relação. Além disso, é importante realçar que em muitas pesquisas realizadas ao longo
do tempo, a maioria dos seus participantes revela que a intimidade com outros seres
humanos é, isoladamente, o aspeto mais gratificante da vida.
O Amor, é uma palavra que etimologicamente, pelo que se deduz, deriva dos termos
greco-romanos “a” que equivale a “sem” e “mors” que significa “morte”. Todavia, ainda
não há uma definição cientificamente exata e consensual que capaz de responder a
todas as descrições com rigor e captar a essência do amor, compreendendo-o na sua
totalidade. Porém, há que já se atreva a tentar definir este sentimento como sendo um
sistema complexo e dinâmico que envolve cognições, emoções e comportamentos
relacionados, muitas vezes, com a felicidade do ser humano e que, difere da noção de
paixão, na medida em que é mais permanente e menos efusivo, embora ambos irradiem
estados de alegria ou tristeza pela sua presença ou ausência na vida do ser humano.
Há ainda também, quem distinga vários tipos de amor, como por exemplo o amor
apaixonado, romântico, a que pertencem os termos proximidade, fascinação,
exclusividade, desejo sexual, preocupação intensa, fantasias sobre o outro, oscilação de
4
emoções relativamente rápidas (...) e que corresponde a um estado de envolvimento
muito intenso com outra pessoa, em que intervém uma excitação fisiológica, um desejo
sexual; ou o amor companheiro que entendido como um forte afeto sentido por um
conjunto de pessoas com quem temos relações fortes: os nossos pais e familiares, amigos
íntimos e outras pessoas muito próximas.
Ao que se sabe, o desenvolvimento emocional dá-se imediatamente após o
nascimento e percorre um longo percurso através de etapas determinadas pela idade e
pela cultura, que caracterizam a evolução do ser humano (Bowlby, 1989). No entanto,
existe também quem defenda que o amor é, à partida, uma crença emocional e, como
qualquer crença, “pode ser mantida, alterada, dispensada, trocada, melhorada,
piorada ou abolida. Nenhum dos seus constituintes é fixo por natureza.” (J. F. Costa,
1988).
Por tudo o que já foi dito, é fácil de entender que a definição de palavras com
conceitos abstratos não é fácil, embora seja necessária.
A Intimidade e o Amor ao Longo dos tempos
"Os homens são seres que vivem em relação. Alimentam-se tanto de carícias e de
atenções como de pão. Privados de comunicação, sofrem. Aliás, o isolamento é a
punição preferencial destinada aos prisioneiros rebeldes e também é utilizada como
instrumento de tortura”
(Isabelle Filiozat, In “A Inteligência do Coração”)
Deixa-me ser a tua amiga, amor,
a tua amiga só, já que não queres
que pelo teu amor seja a melhor,
a mais triste de todas as mulheres.
(Florbela Espanca, In Sonetos)
A intimidade e o amor são noções que, na minha opinião, estão estritamente
relacionadas: não há intimidade sem amor, nem amor sem intimidade. Além disso, e
como é sabido, ambas se conectam aquando de uma relação e, dando enfâse à citação
de Isabelle Filiozat, é impossível os homens viverem sem ambas, uma vez que se tratam
de seres sociáveis e, portanto, necessitam de estabelecer relações sejam elas da
natureza que forem.
O amor e a intimidade têm sido, seguramente, das temáticas literárias mais
requisitadas, seja em que tempo for. É uma fonte inesgotável a que os escritores
recorrem constantemente e abordam a cada momento, seja numa tentativa de definição,
caracterização ou simplesmente para tentar entender os sentimentos em si. Tem servido
em particular aos poetas, já que na poesia, tradicionalmente, prevalece, por excelência,
a temática do amor ou do sofrimento amoroso. Amor e lirismo coabitam-na, dando-lhe
uma caracterização de profunda sensibilidade. Essas combinações atingiram tal ponto
que, ao senso comum, poesia é sinónimo de amor. O mesmo acontece com o romance.
Na trajetória da literatura portuguesa, desde o seu início com o trovadorismo até à
primeira década do século XXI, o amor poderá ser observado em posição de notório
5
relevo e com perfil mais ou menos delineado. A sua expressão ocupa um lugar
privilegiado nas reflexões e emoções poéticas ainda que, por vezes, fingida. Na poesia
e no romance, o amor, como de resto em outro contexto artístico e social, é considerado,
por um lado, algo puro, idealizado, platónico, portanto intocável e inatingível, e assim
foi concebido através dos tempos. E, por outro lado, a sua conceção não se dissocia dos
prazeres e da satisfação na vida e felicidade em oposição à insatisfação e infelicidade
que ele proporciona aos amantes.
Esta forma de conceção do amor é tão antiga quanto o seu criador, o homem. A
história do amor, já a partir da Bíblia, apresenta o universo do pensamento e das
conceções feitas através dos tempos e, do mesmo modo, desde a Grécia antiga aos
nossos dias, pensadores e poetas, sacerdotes e imperadores, bem como toda uma
civilização, estão na base do que é um relacionamento amoroso entre os homens. Para
Schleiermacher, o amor tende para fazer de dois em um; Schelling, foi considerado um
dos filósofos mais românticos na época; para Platão o amor é uma apreciação da
beleza das ideias abstratas e dos conceitos matemáticos. Já para Descartes o amor é
uma emoção em que a alma é instada a juntar-se de bom grado a objetos que se lhe
afigurem agradáveis. É o amor causa e efeito de ações que levam à felicidade ou à
solidão, às diferentes atitudes em relação ao amor, aos sentimentos, às dores, às
alegrias, etc. Por ele se vive e se morre. Em todos os momentos e épocas, a sua posição
é a de absoluto senhor a que se submetem e se prendem quem quer que seja: pobres e
ricos, vassalos e nobres, súbditos e reis. Contudo a definição do amor e a sua aplicação
tem mudado muito através dos tempos. Antigamente os noivos, futuros marido e mulher,
praticamente conheciam-se apenas no dia do casamento, pois tudo era tratado através
de “negociações familiares”, conveniências, sem ter em conta os sentimentos das pessoas
em questão o casamento, era sobretudo uma forma de melhorar as condições básicas
de vida de pelo menos um dos indivíduos em questão, funcionando sempre desta forma
como um contrato de interesses. Os anos 60 e 70 foram marcados pelas “revoluções
feministas”, com mudanças ao nível das atitudes em relação ao amor e às diferenças
dos géneros. O amor constitui-se num processo que acompanha o ser humano desde a
sua conceção, mas a sua compreensão depende das relações de intimidade que se
mantém com os outros e, consequentemente, das experiências que a pessoa pode ter
frente ao fenómeno. O processo do amor, como emoção social, pode favorecer a
felicidade e a satisfação com a vida do ser humano, sendo que este um processo lento e
gradual. Compreende uma série de aprendizagens, ações e interpretações para a
capacidade de desenvolvimento da intimidade que, invariavelmente, os seres humanos
constroem conjuntamente. É necessária uma afeição à pessoa, aos seus hábitos, à sua
personalidade e até às suas rotinas. Daí, pode-se concluir o quanto foi complexo definir
o amor ao longo dos tempos. No que concerne ao estudo científico do amor, só a partir
dos anos 60 é que se começou a desenvolver, pois o amor e o romance eram
considerados objetos de estudo do domínio do romance e não da ciência.
A intimidade e o amor por períodos históricos
Pré-história (1600000 a.C. – 4000 a.C.)
Para a etologia, ciência que estuda as origens dos comportamentos dos seres
humanos e animais, a troca de recursos trazidos pelo homem para garantir a
alimentação, o abrigo e a proteção da mulher e dos filhos de ambos, determinaria
que, esta, em contrapartida, disponibilizaria o seu corpo, com exclusividade, à
disposição do mesmo. Ou seja, desta forma, estabelecia relações íntimas e amorosas
apenas com aquele que se preocupacava com ela.
6
Antiguidade Clássica (4000 a.C – 476 d.C)
Desde as primeiras civilizações letradas como o Egipto, a China, a Grécia ou
Roma há diversos relatos e registros explícitos que apontam conhecerem-se
manifestações culturais que expressavam as vicissitudes da intimidade e do amor.
Egipto - há aproximadamente 1500 anos a.C., retratam-se em papiros os
remotos cânticos amorosos. Ainda, no Antigo Egipto, o amor já era
retratado como um esmagamento do eu, e, portanto, semelhante a uma
espécie de doença.
China - os primeiros poemas de amor foram compostos durante a
Primeira Dinastia Shang (séculos XVIII-XII a.C.).
Grécia – surpreendentemente, os homens gregos geralmente não nutriam
amor por mulheres. Independentemente disso, o amor para eles era uma
temática muito importante para sua filosofia.
Idade Média (476 d.C. - 1453)
Com o aparecimento do Cristianismo, a noção de amor é acentuadamente
influenciada sob dois aspetos: por um lado, é entendido como uma relação ou um
tipo de relação que se devem estender a todas as pessoas consideradas
“próximas”; por outro lado, é como que se tratasse de um mandamento, já que o
povo cristão se propõe a transformar a vida na Terra e a criar uma comunidade
onde todos os homens sejam irmãos: o reino de Deus. Assim, o amor é evidenciado e
apontado como uma realidade absoluta e primordial. Desta forma, o casamento era
uma instituição que visava a estabilidade de uma sociedade, e desempenhava
apenas a função da reprodução, união e manutenção de riquezas, dando, assim,
continuidade à criação. A partir do momento em que o amor aparece no casamento,
esses suportes, como a reprodução e união de riquezas foram afastados para um
segundo plano, ameaçando toda essa organização social.
Renascimento e Idade Moderna (1453 - 1789)
Durante este período, a nobreza enriquece e, assim, torna-se mais liberal perante
os filhos. O medo de desperdiçar as fortunas devido ao grande número de filhos vai
começando a desaparecer e as famílias começam a permitir o casamento dos filhos
que não quisessem seguir a carreira eclesiástica; Posteriormente, e uma vez firmado
o amor romântico, como forma de conduta emocional na Europa, foram atendidos os
anseios de autonomia e felicidade pessoais para a classe burguesa, legitimando-a
no poder.
Idade Contemporânea (1789 – até aos dias de hoje)
Ao observarmos a linha temporal dos acontecimentos, notamos que, a
conceção de intimidade e amor se alterou muito ao longo dos anos e apontar as
razões para tal ter acontecido é simples: existiram revoluções no passado que
fizeram com que a mentalidade da população no geral sofresse alterações e,
posteriormente, adotasse as novas teorias, ideais e inovações. Exemplos
concretos de revoluções de mentalidades que afetaram as relações e as
conceção de sentimentos como a intimidade e o amor foram o movimento
romântico que influenciou, não só as letras e as artes como a vida em sociedade,
no geral; as teorias de Freud que falaram abertamente de temas como a
sexualidade que, ainda hoje, são considerados tabu; e, obviamente que o
desenvolvimento tanto de meios de comunicação, como de vias de comunicação,
vieram encurtar distâncias e fazer com que as relações não se tornassem tão
sérias, o que influencia e facilita as relações à distância e, portanto, as traições,
os divórcios e o decrescente número de casamentos anuais. Além destes fatores
já apontados, queria referir mais um, que à partida pode até não fazer muito
sentido, mas no fundo, faz todo o sentido: à conversa com um senhor de já
alguma idade sobre o tema do trabalho proposto em que perguntei,
ingenuamente, o que mais alterou as relações do passado para o presente, o
7
senhor respondeu calma e determinadamente “o materialismo”. Passei dias a
tentar entender o que pretendia ele dizer, e quando finalmente o voltei a ver,
perguntei, descaradamente, o que queria ele dizer com aquilo; a resposta não
podia ter feito mais sentido: apesar de todas as ideias que me tinham ocorrido,
depois desta última conversa sobre a intimidade e o amor ao longo do tempo,
não me restaram mais dúvidas, o materialismo é a grande causa da
“decadência” e da própria banalidade habitual com que os sentimentos e
emoções são tratados, ou melhores, desrespeitados atualmente. Passo a explicar,
utilizando a resposta que me foi dada à questão inicial: “Antigamente as
pessoas amavam as coisas e usavam as coisas, os objetos… Hoje? Hoje as
pessoas amam as ditas coisas e objetos e usam as pessoas.”, da mensagem que
me quis passar não me restam dúvidas: vivemos numa sociedade altamente
consumista e materialista, que dá mais valor àquilo que pode comprar do que
aquilo que pode conquistar; a facilidade de aquisição de produtos supérfluos
corrompe o interior dos seres humanos, apodera-se deles e destrói as relações
que estes criam ao longo de uma vida inteira por uma simples razão, a
importância que se dá às coisas. Pelo que, desta forma, a questão fica em
aberto, caminharemos para um mundo de relações íntimas e amorosas ideias ou
para a destruição por completo de laços com pessoas para dar lugar à sua
substituição por seres inanimados? Na minha opinião, o ser humano hoje mais do
que nunca, deveria importar-se mais com aqueles que tem, do que com aquilo
que possuí.
Conclusão
Muito sinceramente, o tema deste trabalho sempre foi do meu agrado, embora
desde logo soubesse que informações além das ideias básicas que temos ou das que nos
poderiam ser transmitidas oralmente, poucas mais teríamos, já que o tema não é muito
comentado. Porém, mesmo assim, procurei falar não daquilo que já todos nós sabemos,
acerca das manifestações públicas de afetos, por exemplo, e ir mais além. De facto,
olhando neste momento para trás não tenho a certeza de ter atingindo os objetivos a
que me propus, mas se aprender alguma coisa sobre a relação entre a intimidade e o
amor passado/presente é também considerado um objetivo, não tenho qualquer dúvida
de que este trabalho de facto me foi útil e que não só aprendi com ele, como também
cresci a nível de ideias e opiniões sobre o tema.
Sem qualquer margem de dúvida, a possibilidade de diálogo com outras gerações
sobre o tema foi o melhor de todo o trabalho, porque é muito fácil olhar para o
passado e julgar os comportamentos alheios, difícil e mesmo entende-los e ter a
capacidade de nos colocar na situação das gerações passadas.
Porém, e em contrapartida, continuo a achar que amor que é amor, ou intimidade
que é intimidade, continua a sê-lo, independentemente dos avanços ou recuos que haja
na tecnologia. Tudo o que é verdadeiro dura e prevalece acima de tudo e todos.
8
Bibliografia
Barros, J. (2002). Psicologia da Família. Lisboa: Universidade Aberta.
Bonnassie, P. (1985). Dicionário de História Medieval. (J. G M. Fagundes, trad.). Lisboa:
publicações Dom Quixote.
Costa, E., (1999). Novos encontros de amor – Amizade, amor e sexualidade na Adolescência. 2.a
ed. Porto: Ambar..
Davidoff, L. L. (1983). Introdução à psicologia.
Duby, G. (1990). Idade Média, idade dos homens do amor e outros ensaios. (J. Batista Neto,
trad.).
Duby, G. & Ariès, P. (1990). História da vida privada, 2: da Europa feudal à Renascença.
Gandillac, M. (1990). O amor na Idade Média. Em A. Novaes (Org.). O Desejo. (pp. 197 –
208).
Grimal, P. (1991). Amor em Roma. (H. F. Feist, trad).
Pinto, Conceição, 1961- Intimidade em adolescentes de diferentes grupos étnicos. (Teses; 25)
Webgrafia
http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1041
www.thiagodealmeida.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intimidade
http://psicob.blogspot.pt/2009/02/importancia-das-relacoes-de-intimidade.html
http://pt.scribd.com/doc/13239510/Dossier-Psicologia-Intimidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amor
http://groups.ist.utl.pt/unidades/tutorado/files/Intimidade.pdf
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/2790/1/ulfp037550_tm_tese.pdf
http://brasiscomi.blogspot.pt/2013/01/as-relacoes-amorosas-e-o-tempo.html
http://mulher.sapo.pt/amor-sexo/cronicas/relacoes-afectivas-do-seculo-x-1079536.html
http://projetocrisalida.ning.com/events/o-futuro-do-amor-relacoes
http://cinemaehistoria.cineblog.com.br/69875/As-relacoes-amorosas-ao-longo-do-tempo/

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Intimidade & amor

  • 1. Escola Básica e Secundária Dr. Bento da Cruz – Montalegre Intimidade e Amor ao Longo do Tempo Raquel Alves, nº 6; Ano Letivo 2012/13 Psicologia 12ºB
  • 2. 2 Índice Intimidade e Amor (introdução) ………………………….…. 3-4 A Intimidade e o Amor ao longo dos tempos…………….….. 4-5 A Intimidade e o Amor por períodos históricos…………….… 5-7 Conclusão…………………………………………………...-….. 7 Bibliografia……………………………………….……………..8
  • 3. 3 Introdução “O amor não se define; sente-se.” Séneca “A melhor definição de amor não vale o beijo da moça namorada.” Machado de Assis “Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.” Nietzsche “A medida do amor é amar sem medida.” Vitor Hugo “Procurar o amor é bom, mas o melhor é encontrá-lo.” William Shakespeare “Penso que nada é mais verdadeiro e artístico do que amar uma pessoa.” Vincent Van Gogh “O Amor é uma ciência, que não pode haver maior, pois por mais que o Amor se estude, ninguém sabe o que é o Amor.” Marcel Proust A palavra “intimidade” tem origem no latim intimus que é o superlativo de interus e diz respeito à esfera imaterial reservada de uma pessoa, de um grupo ou de uma família. Portanto, a intimidade refere-se a pessoas, a seres na posse de língua, de cognição e também de uma emotividade mais desenvolvida e pode definir-se como uma forma de interação social em que existe, segundo Woolams, “a partilha de sentimentos, pensamentos e experiências numa relação de abertura, sinceridade e confiança” durante as relações. No entanto, como a definição é complexa e incoerente os significados podem variar de relação para relação, e até mesmo dentro da mesma relação ao longo do tempo. Além disso, e como, em alguns relacionamentos a intimidade está estritamente ligada às relações sexuais, os sentimentos de afeto podem estar conectados ou serem confundidos com sentimentos sexuais. Noutras relações, porém, a intimidade tem mais a ver com os momentos vividos e divididos pelos indivíduos do que com as interações sexuais. De qualquer forma, seja qual for a hipótese, a intimidade está sempre ligada aos sentimentos de afeto existentes entre os companheiros numa relação. Além disso, é importante realçar que em muitas pesquisas realizadas ao longo do tempo, a maioria dos seus participantes revela que a intimidade com outros seres humanos é, isoladamente, o aspeto mais gratificante da vida. O Amor, é uma palavra que etimologicamente, pelo que se deduz, deriva dos termos greco-romanos “a” que equivale a “sem” e “mors” que significa “morte”. Todavia, ainda não há uma definição cientificamente exata e consensual que capaz de responder a todas as descrições com rigor e captar a essência do amor, compreendendo-o na sua totalidade. Porém, há que já se atreva a tentar definir este sentimento como sendo um sistema complexo e dinâmico que envolve cognições, emoções e comportamentos relacionados, muitas vezes, com a felicidade do ser humano e que, difere da noção de paixão, na medida em que é mais permanente e menos efusivo, embora ambos irradiem estados de alegria ou tristeza pela sua presença ou ausência na vida do ser humano. Há ainda também, quem distinga vários tipos de amor, como por exemplo o amor apaixonado, romântico, a que pertencem os termos proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual, preocupação intensa, fantasias sobre o outro, oscilação de
  • 4. 4 emoções relativamente rápidas (...) e que corresponde a um estado de envolvimento muito intenso com outra pessoa, em que intervém uma excitação fisiológica, um desejo sexual; ou o amor companheiro que entendido como um forte afeto sentido por um conjunto de pessoas com quem temos relações fortes: os nossos pais e familiares, amigos íntimos e outras pessoas muito próximas. Ao que se sabe, o desenvolvimento emocional dá-se imediatamente após o nascimento e percorre um longo percurso através de etapas determinadas pela idade e pela cultura, que caracterizam a evolução do ser humano (Bowlby, 1989). No entanto, existe também quem defenda que o amor é, à partida, uma crença emocional e, como qualquer crença, “pode ser mantida, alterada, dispensada, trocada, melhorada, piorada ou abolida. Nenhum dos seus constituintes é fixo por natureza.” (J. F. Costa, 1988). Por tudo o que já foi dito, é fácil de entender que a definição de palavras com conceitos abstratos não é fácil, embora seja necessária. A Intimidade e o Amor ao Longo dos tempos "Os homens são seres que vivem em relação. Alimentam-se tanto de carícias e de atenções como de pão. Privados de comunicação, sofrem. Aliás, o isolamento é a punição preferencial destinada aos prisioneiros rebeldes e também é utilizada como instrumento de tortura” (Isabelle Filiozat, In “A Inteligência do Coração”) Deixa-me ser a tua amiga, amor, a tua amiga só, já que não queres que pelo teu amor seja a melhor, a mais triste de todas as mulheres. (Florbela Espanca, In Sonetos) A intimidade e o amor são noções que, na minha opinião, estão estritamente relacionadas: não há intimidade sem amor, nem amor sem intimidade. Além disso, e como é sabido, ambas se conectam aquando de uma relação e, dando enfâse à citação de Isabelle Filiozat, é impossível os homens viverem sem ambas, uma vez que se tratam de seres sociáveis e, portanto, necessitam de estabelecer relações sejam elas da natureza que forem. O amor e a intimidade têm sido, seguramente, das temáticas literárias mais requisitadas, seja em que tempo for. É uma fonte inesgotável a que os escritores recorrem constantemente e abordam a cada momento, seja numa tentativa de definição, caracterização ou simplesmente para tentar entender os sentimentos em si. Tem servido em particular aos poetas, já que na poesia, tradicionalmente, prevalece, por excelência, a temática do amor ou do sofrimento amoroso. Amor e lirismo coabitam-na, dando-lhe uma caracterização de profunda sensibilidade. Essas combinações atingiram tal ponto que, ao senso comum, poesia é sinónimo de amor. O mesmo acontece com o romance. Na trajetória da literatura portuguesa, desde o seu início com o trovadorismo até à primeira década do século XXI, o amor poderá ser observado em posição de notório
  • 5. 5 relevo e com perfil mais ou menos delineado. A sua expressão ocupa um lugar privilegiado nas reflexões e emoções poéticas ainda que, por vezes, fingida. Na poesia e no romance, o amor, como de resto em outro contexto artístico e social, é considerado, por um lado, algo puro, idealizado, platónico, portanto intocável e inatingível, e assim foi concebido através dos tempos. E, por outro lado, a sua conceção não se dissocia dos prazeres e da satisfação na vida e felicidade em oposição à insatisfação e infelicidade que ele proporciona aos amantes. Esta forma de conceção do amor é tão antiga quanto o seu criador, o homem. A história do amor, já a partir da Bíblia, apresenta o universo do pensamento e das conceções feitas através dos tempos e, do mesmo modo, desde a Grécia antiga aos nossos dias, pensadores e poetas, sacerdotes e imperadores, bem como toda uma civilização, estão na base do que é um relacionamento amoroso entre os homens. Para Schleiermacher, o amor tende para fazer de dois em um; Schelling, foi considerado um dos filósofos mais românticos na época; para Platão o amor é uma apreciação da beleza das ideias abstratas e dos conceitos matemáticos. Já para Descartes o amor é uma emoção em que a alma é instada a juntar-se de bom grado a objetos que se lhe afigurem agradáveis. É o amor causa e efeito de ações que levam à felicidade ou à solidão, às diferentes atitudes em relação ao amor, aos sentimentos, às dores, às alegrias, etc. Por ele se vive e se morre. Em todos os momentos e épocas, a sua posição é a de absoluto senhor a que se submetem e se prendem quem quer que seja: pobres e ricos, vassalos e nobres, súbditos e reis. Contudo a definição do amor e a sua aplicação tem mudado muito através dos tempos. Antigamente os noivos, futuros marido e mulher, praticamente conheciam-se apenas no dia do casamento, pois tudo era tratado através de “negociações familiares”, conveniências, sem ter em conta os sentimentos das pessoas em questão o casamento, era sobretudo uma forma de melhorar as condições básicas de vida de pelo menos um dos indivíduos em questão, funcionando sempre desta forma como um contrato de interesses. Os anos 60 e 70 foram marcados pelas “revoluções feministas”, com mudanças ao nível das atitudes em relação ao amor e às diferenças dos géneros. O amor constitui-se num processo que acompanha o ser humano desde a sua conceção, mas a sua compreensão depende das relações de intimidade que se mantém com os outros e, consequentemente, das experiências que a pessoa pode ter frente ao fenómeno. O processo do amor, como emoção social, pode favorecer a felicidade e a satisfação com a vida do ser humano, sendo que este um processo lento e gradual. Compreende uma série de aprendizagens, ações e interpretações para a capacidade de desenvolvimento da intimidade que, invariavelmente, os seres humanos constroem conjuntamente. É necessária uma afeição à pessoa, aos seus hábitos, à sua personalidade e até às suas rotinas. Daí, pode-se concluir o quanto foi complexo definir o amor ao longo dos tempos. No que concerne ao estudo científico do amor, só a partir dos anos 60 é que se começou a desenvolver, pois o amor e o romance eram considerados objetos de estudo do domínio do romance e não da ciência. A intimidade e o amor por períodos históricos Pré-história (1600000 a.C. – 4000 a.C.) Para a etologia, ciência que estuda as origens dos comportamentos dos seres humanos e animais, a troca de recursos trazidos pelo homem para garantir a alimentação, o abrigo e a proteção da mulher e dos filhos de ambos, determinaria que, esta, em contrapartida, disponibilizaria o seu corpo, com exclusividade, à disposição do mesmo. Ou seja, desta forma, estabelecia relações íntimas e amorosas apenas com aquele que se preocupacava com ela.
  • 6. 6 Antiguidade Clássica (4000 a.C – 476 d.C) Desde as primeiras civilizações letradas como o Egipto, a China, a Grécia ou Roma há diversos relatos e registros explícitos que apontam conhecerem-se manifestações culturais que expressavam as vicissitudes da intimidade e do amor. Egipto - há aproximadamente 1500 anos a.C., retratam-se em papiros os remotos cânticos amorosos. Ainda, no Antigo Egipto, o amor já era retratado como um esmagamento do eu, e, portanto, semelhante a uma espécie de doença. China - os primeiros poemas de amor foram compostos durante a Primeira Dinastia Shang (séculos XVIII-XII a.C.). Grécia – surpreendentemente, os homens gregos geralmente não nutriam amor por mulheres. Independentemente disso, o amor para eles era uma temática muito importante para sua filosofia. Idade Média (476 d.C. - 1453) Com o aparecimento do Cristianismo, a noção de amor é acentuadamente influenciada sob dois aspetos: por um lado, é entendido como uma relação ou um tipo de relação que se devem estender a todas as pessoas consideradas “próximas”; por outro lado, é como que se tratasse de um mandamento, já que o povo cristão se propõe a transformar a vida na Terra e a criar uma comunidade onde todos os homens sejam irmãos: o reino de Deus. Assim, o amor é evidenciado e apontado como uma realidade absoluta e primordial. Desta forma, o casamento era uma instituição que visava a estabilidade de uma sociedade, e desempenhava apenas a função da reprodução, união e manutenção de riquezas, dando, assim, continuidade à criação. A partir do momento em que o amor aparece no casamento, esses suportes, como a reprodução e união de riquezas foram afastados para um segundo plano, ameaçando toda essa organização social. Renascimento e Idade Moderna (1453 - 1789) Durante este período, a nobreza enriquece e, assim, torna-se mais liberal perante os filhos. O medo de desperdiçar as fortunas devido ao grande número de filhos vai começando a desaparecer e as famílias começam a permitir o casamento dos filhos que não quisessem seguir a carreira eclesiástica; Posteriormente, e uma vez firmado o amor romântico, como forma de conduta emocional na Europa, foram atendidos os anseios de autonomia e felicidade pessoais para a classe burguesa, legitimando-a no poder. Idade Contemporânea (1789 – até aos dias de hoje) Ao observarmos a linha temporal dos acontecimentos, notamos que, a conceção de intimidade e amor se alterou muito ao longo dos anos e apontar as razões para tal ter acontecido é simples: existiram revoluções no passado que fizeram com que a mentalidade da população no geral sofresse alterações e, posteriormente, adotasse as novas teorias, ideais e inovações. Exemplos concretos de revoluções de mentalidades que afetaram as relações e as conceção de sentimentos como a intimidade e o amor foram o movimento romântico que influenciou, não só as letras e as artes como a vida em sociedade, no geral; as teorias de Freud que falaram abertamente de temas como a sexualidade que, ainda hoje, são considerados tabu; e, obviamente que o desenvolvimento tanto de meios de comunicação, como de vias de comunicação, vieram encurtar distâncias e fazer com que as relações não se tornassem tão sérias, o que influencia e facilita as relações à distância e, portanto, as traições, os divórcios e o decrescente número de casamentos anuais. Além destes fatores já apontados, queria referir mais um, que à partida pode até não fazer muito sentido, mas no fundo, faz todo o sentido: à conversa com um senhor de já alguma idade sobre o tema do trabalho proposto em que perguntei, ingenuamente, o que mais alterou as relações do passado para o presente, o
  • 7. 7 senhor respondeu calma e determinadamente “o materialismo”. Passei dias a tentar entender o que pretendia ele dizer, e quando finalmente o voltei a ver, perguntei, descaradamente, o que queria ele dizer com aquilo; a resposta não podia ter feito mais sentido: apesar de todas as ideias que me tinham ocorrido, depois desta última conversa sobre a intimidade e o amor ao longo do tempo, não me restaram mais dúvidas, o materialismo é a grande causa da “decadência” e da própria banalidade habitual com que os sentimentos e emoções são tratados, ou melhores, desrespeitados atualmente. Passo a explicar, utilizando a resposta que me foi dada à questão inicial: “Antigamente as pessoas amavam as coisas e usavam as coisas, os objetos… Hoje? Hoje as pessoas amam as ditas coisas e objetos e usam as pessoas.”, da mensagem que me quis passar não me restam dúvidas: vivemos numa sociedade altamente consumista e materialista, que dá mais valor àquilo que pode comprar do que aquilo que pode conquistar; a facilidade de aquisição de produtos supérfluos corrompe o interior dos seres humanos, apodera-se deles e destrói as relações que estes criam ao longo de uma vida inteira por uma simples razão, a importância que se dá às coisas. Pelo que, desta forma, a questão fica em aberto, caminharemos para um mundo de relações íntimas e amorosas ideias ou para a destruição por completo de laços com pessoas para dar lugar à sua substituição por seres inanimados? Na minha opinião, o ser humano hoje mais do que nunca, deveria importar-se mais com aqueles que tem, do que com aquilo que possuí. Conclusão Muito sinceramente, o tema deste trabalho sempre foi do meu agrado, embora desde logo soubesse que informações além das ideias básicas que temos ou das que nos poderiam ser transmitidas oralmente, poucas mais teríamos, já que o tema não é muito comentado. Porém, mesmo assim, procurei falar não daquilo que já todos nós sabemos, acerca das manifestações públicas de afetos, por exemplo, e ir mais além. De facto, olhando neste momento para trás não tenho a certeza de ter atingindo os objetivos a que me propus, mas se aprender alguma coisa sobre a relação entre a intimidade e o amor passado/presente é também considerado um objetivo, não tenho qualquer dúvida de que este trabalho de facto me foi útil e que não só aprendi com ele, como também cresci a nível de ideias e opiniões sobre o tema. Sem qualquer margem de dúvida, a possibilidade de diálogo com outras gerações sobre o tema foi o melhor de todo o trabalho, porque é muito fácil olhar para o passado e julgar os comportamentos alheios, difícil e mesmo entende-los e ter a capacidade de nos colocar na situação das gerações passadas. Porém, e em contrapartida, continuo a achar que amor que é amor, ou intimidade que é intimidade, continua a sê-lo, independentemente dos avanços ou recuos que haja na tecnologia. Tudo o que é verdadeiro dura e prevalece acima de tudo e todos.
  • 8. 8 Bibliografia Barros, J. (2002). Psicologia da Família. Lisboa: Universidade Aberta. Bonnassie, P. (1985). Dicionário de História Medieval. (J. G M. Fagundes, trad.). Lisboa: publicações Dom Quixote. Costa, E., (1999). Novos encontros de amor – Amizade, amor e sexualidade na Adolescência. 2.a ed. Porto: Ambar.. Davidoff, L. L. (1983). Introdução à psicologia. Duby, G. (1990). Idade Média, idade dos homens do amor e outros ensaios. (J. Batista Neto, trad.). Duby, G. & Ariès, P. (1990). História da vida privada, 2: da Europa feudal à Renascença. Gandillac, M. (1990). O amor na Idade Média. Em A. Novaes (Org.). O Desejo. (pp. 197 – 208). Grimal, P. (1991). Amor em Roma. (H. F. Feist, trad). Pinto, Conceição, 1961- Intimidade em adolescentes de diferentes grupos étnicos. (Teses; 25) Webgrafia http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1041 www.thiagodealmeida.com.br http://pt.wikipedia.org/wiki/Intimidade http://psicob.blogspot.pt/2009/02/importancia-das-relacoes-de-intimidade.html http://pt.scribd.com/doc/13239510/Dossier-Psicologia-Intimidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Amor http://groups.ist.utl.pt/unidades/tutorado/files/Intimidade.pdf http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/2790/1/ulfp037550_tm_tese.pdf http://brasiscomi.blogspot.pt/2013/01/as-relacoes-amorosas-e-o-tempo.html http://mulher.sapo.pt/amor-sexo/cronicas/relacoes-afectivas-do-seculo-x-1079536.html http://projetocrisalida.ning.com/events/o-futuro-do-amor-relacoes http://cinemaehistoria.cineblog.com.br/69875/As-relacoes-amorosas-ao-longo-do-tempo/