1) O documento discute a importância da família na Bíblia, teologia e espiritualidade salesiana.
2) A Exortação Apostólica "Amoris Laetitia" do Papa Francisco é resumida, abordando temas como a crise da família moderna, o amor no casamento e a família como escola de vida.
3) Jesus é apresentado como modelo para as famílias através de Seu apoio e compaixão por famílias durante Sua vida.
3. Não é a primeira Estreia sobre a Família:
• A Estreia de 2003, do P. Pascual Chaves, teve como
título: “Façamos de cada família e de cada
comunidade, a Casa e Família da Comunhão”
• A Estreia de 2006, também do P. Pascual Chaves, teve
como título: “E Jesus ia crescendo em sabedoria,
tamanho e graça” (Lc 3,52).
• Foi um convite do Reitor-Mor a renovarmos o empenho em
favor da família por ocasião dos 150 anos da morte de Mamãe
Margarida.
A família é um tema muito relacionado à Espiritualidade
e à Missão Salesiana.
4. ESTREIA 2017: Somos Família! Cada Casa, uma Escola de Vida e Amor!
I PARTE:
SOMOS FAMÍLIA! E NASCEMOS COMO FAMÍLIA!
• Todos nós temos a intensa experiência pessoal
de que nascemos numa família e «nascemos
como família!» com sua beleza e as limitações.
• Família é uma realidade humana concreta onde
aprendemos a arte da Vida e do Amor.
• A família, é feita de rostos, de pessoas que amam,
conversam, compartilham, se sacrificam pelos outros e se
defendem reciprocamente!
1.1. A DIMENSÃO ANTROPOLÓGICA DA FAMÍLIA
5. ESTREIA 2017: Somos Família! Cada Casa, uma Escola de Vida e Amor!
• A família é o lugar de humanização;
• A família é o lugar onde nos TORNAMOS PESSOAS:
recebemos um nome, dignidade, crescemos, somos
educados, aprendemos a nos comunicar, amar, pedir
perdão, onde vivemos a experiência de intimidade...
• A família é a PRIMEIRA ESCOLA
para as crianças, o grupo de
pertença para os jovens e o
melhor abrigo para os idosos.
6. ESTREIA 2017: Somos Família! Cada Casa, uma Escola de Vida e Amor!
• A família também é o lugar (útero) no
qual o Filho de Deus realiza o seu
itinerário de Humanização...
• Também cada um de nós nascemos de
Deus! Ele nos formou desde o ventre
materno inseridos numa família.
1.2. DIMENSÃO TEOLÓGICA DA FAMÍLIA
A família é também uma realidade divina, um dom de Deus,
um Sinal do Deus trinitário – Deus é comunhão de Amor!
“... tu formaste meus rins, tu me teceste no
seio materno” (Salmo 139,13)
7. ESTREIA 2017: Somos Família! Cada Casa, uma Escola de Vida e Amor!
1.3. A DIMENSÃO SALESIANA DA FAMÍLIA
A Família é um VALOR SALESIANO, é um elemento muito importante da
Espiritualidade Juvenil Salesiana.
• Nós formamos na Igreja uma Família: Somos a Família Salesiana;
• Como elemento da Salesianidade temos o desafio do cuidado do
nosso Espírito de Família a ser vivido e compartilhado.
• Esta estreia é um convite para o
aprofundamento do significado e da
vivência do nosso Espírito de Família:
entre os grupos, nas comunidades
educativas, entre os jovens, com povo...
8. ESTREIA 2017: Somos Família! Cada Casa, uma Escola de Vida e Amor!
1.4. DIMENSÃO ECLESIAL DA FAMÍLIA
• A Igreja é uma família animada pela Fé em Jesus Cristo... A Igreja é
uma família formada por famílias;
• A família sempre foi objeto de atenção da Igreja, como fez Jesus
Cristo.
• Hoje o PAPA FRANCISCO convida toda a
Igreja a voltar seu olhar missionário e pastoral
para a realidade da família.
• A família precisa de especiais cuidados
pastorais. É lugar do primeiro anúncio sobre a
pessoa de Jesus Cristo e seu Reino...
• Como FS somos chamados a fazer uma “releitura” da Carta do Papa
“Amoris Leatitia” – sobre amor na Família.
9. II PARTE:
SÍNTESE DO CONTEÚDO DA EXORTAÇÃO
APOSTÓLICA “AMORIS LEATITIA”
ESTREIA 2017: Somos Família! Cada Casa, uma Escola de Vida e Amor!
• O conteúdo dessa carta do Papa Francisco é muito
importante para toda a Igreja, para nós FS e também
para toda a sociedade;
• Trata de um tema social de fundamental importância para
todas as sociedades e governos; é um tema complexo!
• O conteúdo do documento não é abstrato, reflete sobre a família
concreta para dizer-lhe uma palavra de encorajamento e de esperança;
• O texto tem nove (9) capítulos onde o Papa nos apresenta diversas
dimensões da família: social, bíblica, teológica, moral e pastoral.
10. ESTREIA 2017: Somos Família! Cada Casa, uma Escola de Vida e Amor!
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA
PÓS-SINODAL
AMORIS LAETITIA
(A Alegria do
Amor)
APRESENTAÇÃO SINTÉTICA
DA
12. • Alegria do amor vivido na família é também o
júbilo da igreja.
• Apesar da situação de crise pela qual passa hoje,
as novas gerações acreditam na família.
• A família é uma realidade muito complexa, ampla
tem diversos aspectos: religiosos, políticos,
culturais, econômicos, jurídicos.
• A família é uma realidade poliédrica!
• A EXORTAÇÃO APOSTÓLICA recolhe contribuições de dois sínodos sobre
a família e aborda, com diferentes estilos, diversos temas;
• É preciso aprofundar os diversos temas... Somos chamados a cuidar da vida
das famílias... a família não é problema, mas uma oportunidade.
13. • A família aparece abundantemente na Sagrada Escritura, que fala de
gerações, de história de amor, de crises familiares, de violência familiar.
• Desde as primeiras páginas até o livro do Apocalipse, a realidade da
família aparece.
O Salmo 128 (127) nos propõe alguns temas interessantes:
“Feliz quem teme o Senhor e segue seus caminhos. Viverás do trabalho de tuas mãos, comerás
feliz e satisfeito. Tua esposa será como uma vinha fecunda no interior de tua casa; teus filhos
como brotos de oliveira ao redor de tua mesa. Assim será abençoado o homem que teme o
Senhor. O Senhor te abençoe! Possas ver Jerusalém feliz todos os dias de tua vida; e veja os
filhos de teus filhos. Paz sobre Israel”(Sl128/127,1-6).
14. a) Os esposos estão no centro da Família
• No centro do Salmo encontramos o casal formado pelo pai e a mãe,
com toda a sua história de amor. Isto vai ao encontro das origens:
“Deus criou o ser humano à sua imagem; à sua imagem Deus o criou,
homem e mulher ele os criou” (Gn 1,27).
• O casal que ama e gera vida, é capaz de manifestar Deus criador e
Salvador. O amor fecundo é símbolo das realidades íntimas de Deus;
• Deus no seu mistério mais íntimo não é solidão, mas uma família.
Este amor na família divina é o Espírito Santo.
b) O Salmo fala também dos filhos
• A expressão “brotos de Oliveira” nos fala de
energia e vitalidade: os pais são os
alicerces da família, os filhos mestres e
catequistas dos filhos;
15. c) O salmo 128 também fala de sofrimento na família;
• O sofrimento é uma realidade presente na família desde as suas origens: Caim
mata Abel e depois surgem outros conflitos; na família dos patriarcas Abraão, Isaac
e Jacó, Davi, Salomão, Tobias.. Em sua doença, Jó desabafa dizendo:
• “Meus irmãos me abandonam, e meus parentes me tratam como
estranho... meus familiares me esqueceram... A minha mulher tem nojo do
meu hálito, e os meus irmãos têm nojo do meu cheiro... pessoas mais
íntimas têm horror de mim...” (Jó 19,13-19).
• Nos Evangelhos há muitos dramas familiares... Nesses
dramas familiares, também Jesus se fez presente!
d) O Salmo também fala do trabalho na família
• “viverás do trabalho de tuas mãos, comerás feliz e
satisfeito”.
• É o desafio da sustentabilidade econômica: hoje
muitas famílias vivem o drama do desemprego!
• A família na Bíblia não é abstrata: tem crises, sofrimentos, tribulações,
fragilidades, dores, gritos...
16. • No capítulo II o papa Francisco nos apresenta um vasto panorama dos
problemas e desafios que atualmente atingem as famílias.
• Vivemos atualmente num contexto de profundas mudanças culturais,
estruturais, organizacionais que atingem naturalmente a família.
Alguns fenômenos que tocam profundamente a
família:
• o individualismo, as tensões internas, o stress, a
diminuição do número de matrimônios, a
convivência sem aspecto legal...
17. • a solidão, o narcisismo, a sexualidade
vivida comercialmente, a comercialização
do corpo, as separações, o divórcio, a
queda demográfica, a mentalidade
antinatalista;
• as novas configurações de famílias,
o avanço da biotecnologia, a revolução sexual, a esterilização (feminina
e masculina), o aborto, o enfraquecimento da prática religiosa;
• a pobreza, a falta de habitação digna, a carência de políticas adequadas
voltadas para a família, a precariedade no trabalho;
• O bem da família é decisivo para o bem do mundo e da igreja (N. 31)...
• Por isso... a família deve ocupar o centro da atenção missionária da Igreja
(N.58).
18. • Jesus recupera e realiza plenamente o projeto de vida do Pai em relação ao
matrimônio: recupera o dom do matrimônio; repropõe a indissolubilidade,
restaura o projeto original de Deus sobre o matrimônio (cf. Mt 19,3-8);
• O exemplo de Jesus é paradigmático para a igreja: ele iniciou sua vida pública
(Caná da Galiléia), com num banquete de núpcias (cf. Jo 2,1-11);
• Jesus compartilhou momentos frequentes de amizade com a família de Lázaro
e suas irmãs (cf. Lc 10,3-8); com a família de Pedro (cf. Mt 8,1-);
Jesus ouviu o pranto de pais, restituindo a vida aos seus filhos (cf. Mc 5,41; Lc7,14-15).
• JESUS E AS FAMÍLIAS: Jesus olhou para as mulheres e os
homens do seu tempo: encontrou-os com amor e ternura,
acompanhou seus passos com verdade, paciência e misericórdia
anunciando-lhes o Reino de Deus;
19. a) O sacramento do matrimônio: é sinal do amor de Cristo
para com a sua Igreja; uma aliança de amor selada com seu sangue
na cruz; o matrimônio representa a aliança do filho de Deus com a
natureza humana;
• Os casais são chamados a responder ao dom de Deus com
esforço, criatividade, perseverança, luta diária, oração...
• Somente fixando o olhar em Cristo se supera as situações
difíceis... Os pastores são chamados a dar acolher,
dar atenção, escutar, dialogar, discernir e orientar os
casais...
b) A Família é o lugar da transmissão da vida: o matrimônio é uma
comunidade de vida; está ordenado para a fecundidade; afamília protege
a vida em todas as suas fases...
c) A família e o lugar da educação dos filhos: a família é o lugar do desafio
educativo; os pais são responsáveis pela promoção da educação integral dos
seus filhos; a educação é um dever gravíssimo e direito primário dos Pais.
20. IV CAPÍTULO:
O AMOR NO MATRIMÔNIO (N. 89-164)
• Neste IV capítulo, o Papa apresenta uma visão teológica do Amor
no matrimônio e na família comentando o hino do amor:
“O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso,
não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de
inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se
irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça,
mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,4-7).
O amor é traduzido em atitudes de paciência, serviço, solidariedade,
compreensão, respeito, perdão, despredimento, amabilidade,
comunicação (diálogo), apoio, esperança...
21. Nesse IV Capítulo o Papa fala também da relação
entre o matrimônio e a Vida Consagrada
• O amor se expressa de diversos modos e estilos de vida, de acordo com
as vocações;
• As pessoas que não se casam, consagram sua vida a serviço de Cristo e
de seus irmãos (cf. 1Cor 7,7);
• Não há superioridade e nem inferioridade entre o
matrimônio e o celibato;
• As duas vocações são
complementares e se enriquecem
reciprocamente!
• As pessoas celibatárias são convidadas a viver a sua dedicação
ao Reino de Deus com generosidade e disponibilidade.
22. V CAPÍTULO:
O AMOR QUE SE TORNA FECUNDO (N.165 -198)
O amor sempre está aberto para acolher uma nova vida, o amor sempre dá vida; a
família é o lugar da geração, mas também do acolhimento da vida; Cada nova vida,
chega como um presente de Deus;
Os esposos devem ter a liberdade inviolável na responsabilidade da procriação;
Se uma criança chega em circunstâncias não desejadas, os pais e a família devem
fazer o possível para aceitá-la como dom de Deus e assumir a responsabilidade de
acolhê-la com magnanimidade e carinho;
A cada mulher grávida quero pedir afetuosamente: cuide da sua alegria, que nada lhe tire a alegria
interior da maternidade, tua criança merece a tua alegria!
“Tu me teceste no seio de minha mãe” (Salmo
139,13); “Antes que te formasse no seio de tua
mãe, eu te conhecia e antes de saíres do ventre
materno, eu te consagrei” (Jr 1,5).
23. Respeitar a dignidade de uma criança significa afirmar a
sua necessidade e o seu direito natural de ter um pai e
de ter uma mãe;
Juntos, pai e mãe ensinam o valor da reciprocidade, do
encontro de seres diferentes, cada um contribui com sua
própria identidade;
CRISE DA PATERNIDADE: hoje sentimos a ausência dos pais,
enfraquecimento da presença materna, crise da paternidade;
A crise da paternidade se manifesta de diversos modos: na ausência, na
atitude de pai-patrão, no autoritarismo, na prepotência, na dispersão...
É muito importante que o pai esteja próximo à esposa para compartilhar com ela:
alegrias, dificuldades e esperança, acompanhando o crescimento dos filhos...
Amor de pai e de mãe
Toda criança tem direito de receber o amor de uma mãe e de um pai; ambos
necessários para seu amadurecimento íntegro e harmonioso;
24. A família alargada
A maternidade não é uma realidade exclusivamente biológica, mas
se expressa de diversas maneiras, como por exemplo: no ato da
adoção – adotar é um ato de amor, na abertura indo ao encontro
dos abandonados, na luta pela justiça, na manifestação de
solidariedade para com os pobres...
Desta forma, a fecundidade do amor se alarga!
A mística do Sacramento do matrimônio tem uma
dimensão social;
Participam do amor da família: os pais, tios,
primos, vizinhos, sogro, sogra, parentes dos
cônjuges...
25. VI CAPÍTULO:
ALGUMAS PERSPECTIVAS PASTORAIS (N. 199-258)
É preciso uma evangelização que denuncie os desafios e condicionamentos culturais,
sociais, políticos e econômicos da atualidade; deve-se apresentar valores!
A contribuição da Igreja para com a família passa pela pastoral familiar:
A pastoral familiar deve organizar itinerários e cursos em preparação ao matrimônio
considerando as situações emergenciais, a necessidade da orientação espiritual e de
orientação nos sacramentos;
É preciso promover a formação mais adequada dos seminaristas,
presbíteros, diáconos, religiosos, catequistas e ministros para que possam
tratar os problemas complexos atuais da família;
A pastoral familiar precisa formar agentes leigos, psicopedagogos... É
importante a assessoria de médicos da família, assistentes sociais,
advogados de menores e de famílias; acolher a contribuição da psicologia,
da sociologia, da sexologia, do aconselhamento de profissionais...
26. A preparação dos noivos ao matrimônio
É preciso ajudar os jovens a descobrir o valor e a riqueza do matrimônio através do
processo de preparação dos noivos.
É preciso renovar o anúncio do querígma: trata-se de iniciação ao sacramento do
matrimônio; é importante promover as famílias missionárias;
É importante recorrer aos recursos da pastoral popular: dia dos namorados (São
Valentim); é preciso criatividade dos pastores;
A preparação ao matrimônio não pode ser um simples curso; mas o verdadeiro
processo de formação de conscientização ampla.
Os noivos precisam ser conduzidos no processo de preparação para assumirem o
matrimônio como vocação;
A pastoral pré-matrimonial deve ser uma pastoral do vínculo, oferendo ajuda aos
noivos em vista do amadurecimento no amor, para superar momentos duros; eles
precisam de orientação psicológica.
27. O preparação dos noivos ao matrimônio não deve se reduzir a um
curso, mas deve ser um processo de formação ajudando os jovens a:
• descobrir o valor e a riqueza do matrimônio.. através do processo de preparação
dos noivos em diversos aspectos: teológico, litúrgico, pedagógico...
• renovar o anúncio do querígma: trata-se de iniciação
ao sacramento do matrimônio; é importante promover as famílias
missionárias;
• A Pastoral familiar deve promover o
acompanhamento dos primeiros anos de vida
matrimonial para não caírem ilusão de que já está
tudo pronto, sem fazer caminho de crescimento...
Promova-se a paternidade e maternidade responsável...
É importante estimular a Espiritualidade Familiar através da oração, da
Eucaristia, da orientação espiritual, dos retiros, da leitura Orante da Palavra de
Deus...
28. VII CAPÍTULO:
REFORÇAR A EDUCAÇÃO DOS FILHOS (N. 259-290)
• A FORMAÇÃO ÉTICA DOS FILHOS: cabe aos pais a
promoção da formação ética dos seus filhos. A formação
moral não pode ser delegada a outros; Faz parte da
educação moral o desenvolvimento de hábitos bons...
Educar a vontade, cuidar das dependências afetivas,
estimular a vivência dos valores humanos...
• A EDUCAÇÃO SEXUAL: deve ajudar os jovens a aceitar o próprio
corpo de modo que a pessoa não precisa cancelar a diferença sexual
porque já não sabe confrontar-se consigo mesma;
Ser masculino e feminino não é uma questão puramente biológica ou genética,
para isso concorre uma multiplicidade de elementos... a diferenciação sexual (ser
masculino e ou feminino) é uma obra de Deus.
29. A FORMAÇÃO RELIGIOSA - Os pais são
transmissores da Fé: catequistas!
• Eles têm também a responsabilidade da
transmissão da fé para seus filhos; a família deve
continuar a ser o lugar onde se ensina a perceber
as razões e a beleza da fé;
• A transmissão da fé pressupõe que os pais vivam
uma experiência real de confiança em Deus, que
o procuram e precisam Dele.
Os pais são responsáveis pela transmissão da fé a seus filhos:
“cada pai há de contar a seus filhos teus gestos de amor
sempre fiel” (Isaías 38,19);
30. VIII CAPÍTULO:
ACOMPANHAR, DISCERNIR E INTEGRAR A FRAGILIDADE
(N. 291-312)
A igreja deve acompanhar: no processo de acompanhamento das
famílias, infundindo nelas a confiança e a esperança... Mas há também
famílias feridas, e por isso muitas vezes, o trabalho da igreja é semelhante
ao de um hospital de campanha;
• É preciso usar a “lei da gradualidade”
(processos) na ação pastoral; é preciso uma
pastoral animada por uma atitude paciente,
misericordiosa, encorajadora, dialogante...
• Hoje muitos preferem a simples convivência
por causa da mentalidade geral...
É preciso acompanhá-los com paciência e delicadeza
como fez Jesus com a mulher samaritana!
31. Por isso é preciso discernimento de situações
• Aos pastores cabe o discernimento das várias
situações; Ninguém deve ser condenado...
Somos chamados ao usar a pedagogia divina.
• A lógica do acompanhamento requer integração
dos casais na vida da comunidade; é necessário
distinguir casos;
• A “lei da gradualidade” é uma proposta de S. João Paulo II (na Carta
Familiaris Consortio, 34) e nos diz que o ser humano que tem consciência,
conhece e ama é capaz de cumprir o bem moral, seguindo etapas de
crescimento, ou seja, fazendo processo!
Aos sacerdotes cabe acolher, acompanhar, discernir e compreender o
grau de responsabilidade que não é igual para todos...
Jesus e mulher adúltera
Jo 8,1-11
32. IX CAPÍTULO:
A ESPIRITUALIDADE CONJUGAL E FAMILIAR (N. 313-325)
• O Senhor habita a família real e concreta com seus sofrimentos, lutas,
alegrias e propósitos... Sua presença gera fortalecimento dos vínculos
familiares;
• O amor, que brota da fé, gera autenticidade e ao mesmo tempo
comunhão, perdão, reconciliação...
• A espiritualidade matrimonial é uma espiritualidade
do vínculo habitado pelo amor divino... Assim a
vida familiar se torna caminho de santificação...
• Quando a família se concentra em Cristo, Ele a unifica e
a ilumina com seus problemas e sofrimentos; assim, se
evita a ruptura. A oração em família é um meio
privilegiado para exprimir e reforçar a fé Pascal!
33. • Cada família deve
viver constantemente
este estímulo:
▪ avancemos famílias!
▪ continuemos a caminhar...
▪ não percamos a esperança por causa dos nossos limites...
▪ não renunciemos a procura da plenitude do amor e nem a
comunhão que nos foi prometida!
Uma palavra de otimismo e Esperança:
34. III PARTE DA ESTREIA:
A NOSSA CONTRIBUIÇÃO EDUCATIVO-
PASTORAL.3.1. PROXIMIDADE:
A realidade da família é complexa; mas para ajudar
precisamos nos aproximar das situações complexas e
difíceis:
• Das famílias fragmentadas;
• Da famílias estruturadas e crentes, que passam a ser
exceções em muitos contextos;
• Da famílias em que há feridas graves;
• Das famílias em que há egoísmos que criam fraturas...
• Das famílias com a situação em os filhos são “reféns das discórdias”
(Papa Francisco)...
35. Atitudes importantes:
▪ EMPATIA diante da dor das famílias. Há situações existenciais nas
quais devemos ajudar a construir relações, curar feridas, auxiliar a
abandonar temores... «não se quebrará o caniço rachado» (cf. Mt 12,20; Is 42,3)
▪ OTIMISMO: AJUDAR A RECONHECER que ainda há muita coisa boa
e muita generosidade nessas vidas.
▪ PERDÃO: estimular a compreensão, o perdão e a misericórdia. Todos
têm direito ao perdão e todos têm possibilidade de perdoar para
construir a família e reconstruir-se;
▪ GRATUIDADE: enriquecer os outros com a
doação pessoal. A gratuidade é o ponto de
partida para construir família;
▪ FUTURO: estimular anseio pela totalidade,
plenitude estimulando a Vida Espiritual... Ela
ajuda a construir e restaurar...
36. 3.2. A FAMÍLIA É UMA ESCOLA DE VIDA
• Dom Bosco em sua infância viveu um duro
drama de família: pobreza, morte do pai,
conflito com seu irmão Antônio, saída de casa,
dificuldades do estudo...
• A atitude de sua mãe, Mamãe Margarida, foi
fundamental, foi referência educativa e de fé!
• Ainda hoje acontece a SUPERAÇÃO:
• Quando os pais assumem as próprias responsabilidades educativas;
• Quando se tem uma comunicação intrafamiliar intensa e amorosa;
• Quando se educa exigindo dos filhos responsabilidades éticas concretas;
• Quando se educa para a vida no cotidiano familiar, refletindo sobre direitos,
deveres e respeito recíproco.
37. ▪ Quando há espaço de vida capaz de promover relações reais de
diálogo, de reciprocidade plena, na verdade e com respeito à pessoa
e aos processos;
▪ Quando a família é uma experiência de Amor, e não o lugar onde se
impõe o peso da lei, mas onde se aprende a amar com gratuidade;
Quando a família é escola de vida, oferece Amor que orienta,
corrige, previne, ajuda, cura e, enfim, salva.
▪ Quando a família é escola de vida e prepara para
a vida mediante valores como a liberdade e
responsabilidade, a autonomia e solidariedade; o
cuidado de si mesmo e busca do bem de todos; a
competitividade sadia e capacidade de perdão; a
disponibilidade para a comunicação, a escuta e o
silêncio respeitoso;
38. 3.3. Missão da Pastoral Salesiana é ACOMPANHAR
Como FS somos desafiados a Acompanhar as Famílias!
▪ Os pais, os esposos que estão à frente da própria família...
▪ Os filhos, especialmente os que estão nas nossas casas e
frequentam as atividades e serviços de nossas obras...
▪ Os jovens que estão amadurecendo um projeto de vida para o
matrimônio e formar uma família...
Isto requer algumas decisões da nossa
pastoral:
3.3.1. Considerar como prioridade
educativo-pastoral a atenção às
Famílias.
39. 3.3.2. Acompanhamento como serviço prioritário
• Acompanhamento dos pais e dos cônjuges que o aceitem;
• Acompanhamento dos jovens nas presenças salesianas do mundo,
especialmente diante de situações familiares e pessoais difíceis.
• Acompanhamento vocacional dos jovens
que manifestam concretamente o desejo de
amadurecer o projeto pessoal de vida no
matrimônio;
Acompanhamento que se traduz em proposta de
espiritualidade e de fé como sentido da vida,
nas mais diversas realidades da família
40. 3.3.3. Participação no caminho de reflexão
eclesial
- Dando maior atenção à realidade familiar e à
prioridade da misericórdia como valor essencial
do Evangelho;
- Refletindo sobre a nossa praxe educativa e
pastoral.
3.3.4. Discernimento pessoal e pastoral
• Não buscar nem esperar respostas unívocas diante de situações
tão diversas que estão longe do ideal cristão.
3.3.5. Ajudar as famílias a criarem e educarem com o afeto
• Temos a pedagogia do coração, o nosso sistema educativo (‘preventivo’).
41. 3.3.6. Ajudar aos pais na educação sexual
de seus filho e filhas
- Incentivar uma educação ao Amor.
3.3.7. Ajudar na redescoberta do
matrimônio sacramental como ‘vocação’,
fruto de discernimento (como em qualquer
vocação), e também caminho de santidade.
3.3.8. Promover nas famílias o aumento do sentido da alegria do
Amor.
3.3.9. Ajudar as famílias, com liberdade, a conhecer e amar a Deus.
42. 3.3.10. Promover a educação ecológica na família
• Educar para a percepção do valor da Criação;
• Apesar da pobreza gerada, não se pode descuidar
da harmonia.
3.3.11. Algumas ações concretas da Família
Salesiana em relação às famílias...
• fazer do mundo uma casa como um grande pátio
familiar, de amigos, de tirocínio de vida, de
encontro com Deus;
• levar a termo o nosso empenho como Família
Salesiana neste movimento de revitalização
eclesial;
43. Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de
comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas
igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de
violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado,
seja rapidamente consolado e curado.
Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do
carácter sagrado e inviolável da família e da sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica. Amém!
(Papa Francisco – Ano da Misericórdia, 19 de março de 2016).
CONCLUSÃO:
ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA
Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o
esplendor do verdadeiro amor e, confiantes, a vós
nos consagramos.
44. Obrigado!
Deus abençoe nossas Famílias!
RESUMO E EDIÇÃO:
Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira) – SDB
Email: birasdb@yahoo.com.br
• Coordenador da Comissão Nacional da Pastoral Juvenil
SDB
• Coordenador Inspetorial da Pastoral Juvenil e
Vocacional
www.isma.org.br