1. Brasil – a maior potência da América Latina de joelhos.
Como cidadão brasileiro estou indignado com a situação econômica do Brasil.
O Brasil, líder natural na América Latina, pelo tamanho de seu PIB, pela
pujança de sua economia, pela liderança em muitos produtos agrícolas e pelos
recursos naturais que possui está de joelhos.
O número de miseráveis aumentou consideralmente nos últimos anos,
empresas tradicionais quebraram ou entraram em recuperação judicial, milhões
de desempregados, inflação aumentando e dólar subindo.
Praticamente todas as principais revistas de negócios do Brasil e jornais
especializados não param de publicar o caos na economia brasileira. Sem falar
nas publicações internacionais como a The Economist que sempre tem
matérias apocalípticas sobre o destino de nossa economia.
A única coisa que o governo soube fazer ou falar até agora foi de aumentar a
carga tributária e retorno da CPMF. Sem falar em tentar aumentar o imposto de
importação do aço que poderia prejudicar vários setores da economia que
dependem do aço importado como é o caso da indústria automotiva, linha
branca e linha amarela.
Felizmente o imposto de importação do aço ainda não foi aumentado. De
qualquer forma ainda paira no ar essa péssima possibilidade.
Na Argentina, com a administração do Presidente Macri a economia argentina
esta aos poucos se recuperando, provando que governos populistas são
verdadeiros tumores que não agregam nada.
2. O Governo do Presidente Macri tem feito o contrário do que estamos fazendo.
Ao invés de aumentarem os impostos, eles estão diminuindo a carga tributária
de muitos setores da econômia argentina.
Precisamos de menos impostos e pouca intervenção do governo na econômia
brasileira. O governo deve administrar as áreas para que foi eleito como
educação, que diga-se de passagem é uma vergonha, saúde, outra aberração
no Brasil e segurança que não temos há muitos anos.
Interessante notar que muitos políticos brasileiros tem segurança particular, a
educação dos filhos acontece em escolas privadas e quando estão doentes se
internam em hospitais privados quando não viajam para se tratarem no
exterior.
Os Estados Unidos é um exemplo a ser seguido. Apesar de criticas de parte do
povo americano ao Presidente Barack Obama, é fácil constatar que a
economia esta aos poucos se recuperando.
A classe média americana é mais de 80% da população, a carga tributária é
justa, para abrir ou fechar uma empresa é um processo simples.
Temos que seguir bons exemplos e certamente os Estados Unidos nos dão
uma lição de democracia.
O Brasil está anos luz do desenvolvimento norte americano. O povo americano
sabe o significado da palavra cidadania.
Na América Latina, México, Paraguai, Uruguai, Argentina, Colômbia, Chile e
Equador estão crescendo em média mais que 2,5% a 3% ao ano.
3. Temos que nos perguntar se queremos um Brasil justo, com crianças nas
escolas, sem essa violência crescente e com saúde para todos, ou um pais
mostrando números recordes de violência, saúde falida e uma educação que
não forma verdadeiros cidadãos.
Muitos brasileiros têm optado como saída o aeroporto, mas essa não é a
verdadeira solução.
Temos que exigir das autoridades, da “sociedade organizada” das federações
de comércio e indústria, dos magistrados, da OAB, enfim, que se tomem
providências contra o que estamos vivenciando na econômia brasileira.
A Operação Lava Jato está limpando uma pequena parte dessa corrupção,
mas ainda tem muito trabalho a ser feito.
Devemos refletir e agir. As mudanças são necessárias e devemos começar
agora ou teremos a maior potencia da America Latina eternamente de joelhos.
Antonio Carlos Rosset Filho
Presidente da Cämara Oficial de Comercio e Industria Brasil Russia –
www.brasil-russia.com.br
Foi Diretor Comercial da Hyundai Corporation e Gerente Comercial da
Samsung C & T.