Este documento resume uma edição de um jornal escolar contendo as seguintes informações principais:
1) Relata sobre o primeiro seminário realizado sobre o papel da mulher e violência contra a mulher na sociedade.
2) Comenta sobre o destaque de um projeto da escola em uma feira de ciências.
3) Descreve uma manifestação de estudantes, professores e funcionários contra a terceirização dos funcionários.
1. PÁGINAS DO EOB
Oficina Jornal Escolar – EOB – Euclides da Cunha - BA - Ano III– Ago - 2016—4° edição —Tiragem: 300 exemplares
I SEMINÁRIO (IN) FORMEI SEMINÁRIO (IN) FORMEI SEMINÁRIO (IN) FORME---SE: MU-SE: MU-SE: MU-
LHER: HISTÓRIA, CONQUISTAS ELHER: HISTÓRIA, CONQUISTAS ELHER: HISTÓRIA, CONQUISTAS E
DESAFIOSDESAFIOSDESAFIOS
Aconteceu no EOB o primeiro evento cujo tema trouxe
reflexões sobre o papel da mulher e a permanência da violên-
cia contra a mulher na sociedade brasileira. Saiba mais na p.7.
FECIBA: EOB em 3° lugar
A Oficina de Iniciação Científica e
Pesquisa em Ciências da Natureza do
PROEMI—EOB, obteve destaque na Feira
de Ciências da Bahia. (P. 7.)
Manifestação parou a escola e movimentou o centro da
cidade. Confira notícia completa na p. 8.
EOB VAI ÀS RUAS
Acesse nossa Fanpage e mantenha-se informado (a): <https://www.facebook.com/P%C3%A1ginas-do-EOB-384093085045784/?fref=ts>
Você pediu e o Páginas do EOB traz
para você os resultados da enquete
sobre sexo e sexualidade. Saiba o
que os estudantes pensam sobre
esse tema. Confira na p. 3.
SexualidadeSexualidade
8 Nome do Jornal
Este é o lugar ideal para descrever seu produto ou
serviço de maneira rápida e eficiente.
Texto do
TítuloTexto do Subtítulo da Barra Lateral
Na astrologia, não somente o sig-
no define quem você é, mas tam-
bém o horário de nascimento, o
elemento e o planeta regente.
Saiba o que significam:
ASCENDENTE – Primeira Impres-
são
SOL – Personalidade Geral
LUA – Pensamentos Interiores/
Sentimentos
MERCÚRIO – Como você fala/
com se comunica com os outros
VÊNUS - Como age em um rela-
cionamento
MARTE – Como lidamos com a
raiva/desejo sexual
Frase que define cada
signo:
ÁRIES (21/03-20/04): ‘’Medo? Fogo não
sente medo.”
TOURO (21/04-20/05): “É saber que ciú-
mes é uma forma de proteção para cora-
ções grandes demais.”
GÊMEOS( 21/05-20/06): “É o plural do
próprio singular.”
CÂNCER(21/06-21/07): “Quem é mais
sentimental que eu?”
LEÂO(22/07-23/08): “É quem coloca a
mão no fogo por amor.”
VIRGEM(23/08-22/09): “É artista que pin-
ta em detalhes, mas sabe que nem só de
detalhes se faz vida.”
LIBRA(23/09-22/10): “Filhos da justiça. O
amor sempre pesa mais na balança da
vida.”
ESCORPIÃO(23/10-21/11): “É ser vene-
noso e cura ao mesmo tempo. ”
SAGITÁRIO(22/12-20/01): “Aventureiro,
filho do mundo, amante do próprio amor,
parceiro do crime perfeito.”
CAPRICÓRIO(22/12-20/01): “Dificuldade
é combustível. Sonho é objetivo.”
AQUÁRIO(21/01-18/02): “É simplificar o
complicado e complicar o simples. É in-
ventar muito por medo de destruir tudo.”
PEIXES(20/02-20/03): “É ter os pés num
rio, a cabeça no céu e o coração nadando
por aí. (não me pergunte onde)”.
Texto extraído do site:
João Doederlein
VOCE SABIA?
Aconteceu no dia 14 de julho, no colégio estadual Educandário
Oliveira Brito, a manifestação contra a terceirização dos funcio-
nários públicos.
Alunos, professores e funcionários se reuniram na frente do
colégio, carregando faixas e cartazes com frases demonstrando
sua insatisfação.
Com uma pequena caminhada entre a praça Duque de Caxias,
alunos saíram com seu grito de guerra, chamando a atenção de
pessoas que andavam na rua e de grande parte do comercio
local, para o problema enfrentado.
Tudo isso foi devido a indignação da escola, por falta da efetiva-
ção dos pagamentos dos funcionários pelas empresas terceiri-
zados. Andreza Aleixo e Laylla Carolayne
EOB VAI ÀS RUAS
No país em que vivemos
É lamentável a situação
É gente sofrendo por toda parte
Vivendo de ilusão
Nossa política está errada
Uma roubalheira danada
E, sem maneiras para evitar
Vamos pra rua protestar!
Professores não recebem
Como vão ensinar?
E nessa roubalheira danada
As crianças ficam sem estudar
Professores e alunos
Falta muita harmonia
Havendo sempre desentendimento
Pelo comportamento de hoje em dia
Não há mais maneira para acabar com a
corrupção
Até parece que já vem
no sangue da nação
Presidenta é afastada
Por golpe contra a nação.
Solange e Nayara, 1° F, Matutino
Cordel da Corrupção
VEJA MAIS:
Editorial ....................... 2
(In) forme-se .............. 7
Enquete ....................... 3
Novos tempos ............. 2
Eu fui estuprada ......... 2
Coletivo ....................... 6
EOB vai às ruas ............ 8
Cordel da corrupção ... 8
Horóscopo .................. 8
FECIBA ....................... 7
Meu pesadelo ............. 4
Game of Thrones ........ 4
Palestra na UNEB ........ 6
EOB no Face ................ 6
Mostra de teatro ......... 5
Olimpíadas .................. 5
II caminhada ................ 5
Veja mais:
Fotos: Páginas do EOB
2. 7 Nome do Jornal
projeto.
No dia 31 de março, a oficina de Jornal escolar –
Paginas do EOB, promoveu o I seminário (In)forme-se,
uma palestra para conscientização da comunidade a res-
peito da violência contra a mulher. No auditório do colé-
gio, palestraram a professora Andressa de Oliveira,
Especialista em Educação, Contemporaneidade E Novas
Tecnologias (UNIVASF), cujo teor da fala contemplou a
questão histórica do dia internacional da mulher, além de
tratar sobre as lutas e conquistas através dos séculos.
Em seguida a psicóloga Especialista em Saúde Pu-
blica, Andrea Noles, abordou a visão da psicologia, a
violência contra a mulher e os tipos de violência.
Dando continuidade, Rubenilson Campos, Bacharel em
Direito e analista judiciário abordou o tema dos direitos
da mulher na legislação. Por fim, a ultima palestrante,
Gabriela Santos Barbosa, Mestre em Educação e Cul-
tura em Territórios Semiáridos (UNEB), tratou da cultura
e os padrões de beleza impostos à mulher. Ao fim do
evento, a professora ministrante da oficina e coordenado-
ra do seminário, Anny Karine Machado, discursou acer-
ca do empoderamento feminino e do movimento feminis-
ta. O momento cultural foi realizado pela performance da
música Pretty Hurts de Beyonce feita por Nathan Luny
e apresentação musical com Melissa Bonfim, além de
sorteios de vários brindes.
Larissa Carvalho, 3° B, matutino
I SEMINÁRIO (IN) FORME-SE: MULHER: HISTÓRIA,
CONQUISTAS E DESAFIOS
A oficina do PROEMI, coordenada pela professora Poliana Guimarães, propôs uma série de projetos
de pesquisa. Dentre cinco projetos, três foram selecionados para participar da FECIBA—Feira de ciências da
Bahia. Forma eles: Cultivo de hortaliças em hortas suspensas com diferentes substratos—Celio Dantas
e Ogerlan da silva; Artesanato em couro de Euclides da Cunha—BA de Alicia Souza, Cecilia Souza e Joi-
ce Teixeira e Acompanhamento do projeto Arara Azul em Euclides da Cunha e Canudos—BA, de An-
dré Felipe, Everton Wesley e Jorge Luiz. Este ultimo ficou em 3° lugar na áreas de ciências biológicas e foi
premiado com uma viagem à Fortaleza para divulgação do projeto na EXPOMILSET—Brasil, Movimento In-
ternacional para atividades e lazer em ciências e tecnologia, o eu rendeu o credenciamento para a participa-
ção na ESI 2017—Expo Sciencie International.
Joice Teixeira, 2° A, vespertino.
FECIBA—EOB em 3°lugar
Nome do Jornal 2
Cheguei exatamente ás 18h32PM. Abri
a porta fazendo força com o meu ombro. Ela
estava emperrada desde da semana passada,
quando prometi que a consertaria.
Joguei a minha maleta no canto
esquerdo da sala, retirei meus sapatos, deixan-
do-lhes perto da porta. Lentamente puxei pelos
braços até as mãos meu velho e quente casaco.
Virei para o lado e vi que o jantar já se encon-
trava na mesa, me direcionei ao banheiro. Tirei
a roupa, abri o chuveiro e senti que a água
estava na temperatura que eu gostava, me
sequei e fui até o quarto. A roupa como todas
as noites após o trabalho estava sobre a cama
e os chinelos em cima do tapete. Vesti-me e
calcei meus belos chinelos azuis, no lugar que
se encontrava a roupa, deixei a toalha um pou-
co molhada, sobre o tapete pingos d’água que
do meu cabelo caiam.
Quando fui até a cozinha o cheiro da
comida me atraia loucamente, logo me sentei a
mesa e comi. Como sempre nas Quartas-Feiras,
o meu jogo estava gravado. Enquanto assistia,
peguei uma cerveja que foi estendida em mi-
nha mão. No terceiro gole e aos 27 minutos do
1° tempo, os visitantes abriram um 1X0 contra
o meu time. Depois de alguns palavrões e duas
cervejas, meu time empatou. E finalmente,
após um prato de “tira-gosto” e mais três cer-
vejas, o meu time virou. Contei os segundos
para o fim do jogo, e quando finalmente minha
boca pronunciou o “zero”, joguei as mãos para
cima. Acabei derrubando a minha última cerve-
ja ao chão. Ri bastante, estava muito feliz para
ter outra reação.
Subi ao andar de cima, baguncei todo
o guarda-roupa procurando por minha bandei-
ra, quando percebi que ela estava aberta e
passada na cômoda ao lado da cama. Com um
sorriso de orelha a orelha fui estende-la na
varanda. Quando desci vi que a bagunça que eu
tinha feito não se encontrava mais lá. E a tevê
estava desligada.
Peguei meu jornal do dia e me aco-
modei em minha poltrona. Depois de ler sobre
futebol e política, pulei as fofocas e assuntos de
novelas, me concentrando nos resultados das
loterias que eu jogava, e que por sinal eram
muitas. Foi então que vi entre a coluna de ho-
róscopo e culinária um pequeno texto. Se cha-
mava “A Troca” , era um texto de umas 15 li-
nhas, e que falava sobre a vida dos homens
socialmente. Trazia principalmente o abuso
sexual que eles sofriam constantemente, os
preconceitos enfrentados diariamente, tanto
em casa quanto no trabalho e como seus salá-
rios eram inferiores aos nossos. Fiquei um pou-
co abismada com aquilo, já que eu sendo a
mulher da casa, aos 35 anos, não me imagina-
ria sendo chamada de “sexo frágil”. Pensei em
meu marido, e como aquilo devia ser horrível e
desagradável.
Me desloquei até a cozinha onde ele
se encontrava lavando a louça, dei-lhe um
abraço e pedi desculpas, (não tão sinceras) pela
bagunça na casa e a porta emperrada. Falei
também para ele continuar firme, e nunca se
abalar por ofensas feitas por pessoas que se
acham superiores a ele só pelo fato de serem
do sexo feminino. E com um leve tapa nas cos-
tas, dei os parabéns por ser tão forte, já que
não era tão fácil permanecer inabalável diante
de uma sociedade tão feminista.
Andreza Aleixo, 2° D, matutino
Eu fui estuprada hoje, quando pais ensinaram para seus filhos que
“menino é menino”.
Eu fui estuprada hoje, quando pais ensinaram para os filhos a asso-
biar e gritar “elogios” quando uma mulher passasse na rua.
Eu fui estuprada ontem, quando ouvi um homem dizer que não era
sua culpa, já que minha roupa era curta demais.
Eu fui estuprada ontem, quando um tio disse a um sobrinho que
toda mulher que bebe demais está “pedindo”.
Eu fui estuprada hoje quando saiu na revista que mulher que diz
“NÃO” está fazendo charme.
Eu fui estuprada hoje quando saiu na novela que um homem pode-
ria insistir mesmo quando EU dissesse NÃO.
Eu fui estuprada pelos pais que ensinam que “meninos são meni-
nos”, fui estuprada pela mídia que induz e pela gente que reproduz.
Eu fui estuprada por muita gente. Não saiu sangue, embora tivesse
doído. Não foi literal, embora pudesse ter sido.
Larissa Carvalho, 3° B, matutino
FUI ESTUPRADA!
EDITORIAL: O Páginas do EOB,
buscou nesta 4° edição interagir com
todo o coletivo escolar através de
indicações de temas para a publica-
ção no jornal, além de propor a sele-
ção de textos produzidos pelos estu-
dantes. O foco desta edição parte da
sensibilização proposta pelo nosso
1°evento de informação e formação
para a discussão de temas de rele-
vância social, com ênfase nas dis-
cussões que envolvem a permanên-
cia da violência contra a mulher.
Buscamos também ampliar a edição
para abarcar um quantitativo maior
de estudantes.
Foto: CARVALHO, Laris-
Foto: GUIMARÃES, Poliana.
3. 5
ACONTECEU:
A segunda amostra de teatro euclidense promovida pela companhia teatral Farrapos aconteceu entre os dias
24 e 26 de julho e ratificou o grande potencial para artes e cultura da região. Memória de Maria Domingas narra
a história de uma menina violentada por um soldado durante a guerra de Canudos. Tragédia, dor, sobrevivência
são temas presentes no espetáculo que foi vencedor do troféu Fátima Maria, que tem como protagonista uma
aluna do Educandário Oliveira Brito: Melissa Bonfim. A produção da Cia Teatral Foco foi dirigida por Carlos
Carneiro e ainda levou os troféus de trilha sonora, texto original, relevância social, melhor diretor e melhor atriz.
esporteesporteesporte
As Olimpíadas
Aconteceram no mês de agosto de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, os Jogos
Olímpicos. A abertura foi realizada no estádio do Maracanã, no dia 5 de Agosto e o seu encer-
ramento no mesmo, no dia 21 de agosto.
A Olimpíada contou com a participação de 205 nações e com um número aproxima-
do de 10.700 atletas. Os jogos Olímpicos de Verão trouxeram mais duas modalidades: Rúgbi
de Sete e Golfe. Formando assim, 42 modalidades com 306 provas, competidas em 37 are-
nas espalhadas pelo Rio de Janeiro.
A RIO 2016 usou como lema “Viva Sua Paixão”, e dois animados mascotes: Vinícius e
Tom. Os nomes foram justa homenagem a dois grandes compositores Brasileiros: Vinicius de
Morais e Tom Jobim
"Meu pesadelo”
Quando eu era mais novinha, entre os 6 e 7 anos,
eu amava brincar de casinha, de me arrumar, mas o que
eu mais gostava era de brincar com a minha boneca Lau-
rinha. Quando eu nasci, o meu pai morreu num acidente
de carro.
Apos alguns anos, minha mãe conheceu um
homem, ele era bonzinho comigo, me trazia doces, era
gentil e parecia gostar de verdade da minha mãe, eles
logo foram morar juntos, dizia gostar de mim e eu tam-
bém gostava dele.
Um certo dia tudo mudou ! Começou a agir
diferente, não o reconheci. A minha mãe sempre saia as
tardes para fazer caminhada e em uma dessas caminha-
das, eu estava deitada no meu quarto quando ele pulou
em cima de mim ,me pegou pelos bracos, gritava comigo,
me falava coisas indecentes, pegava no meu corpo, to-
cava no meu cabelo, ele me levou ate a sala e foi lá onde
tudo começou e onde tudo terminou .No dia seguinte, ele
me olhou com frieza e só me disse uma coisa, “se você
contar alguma coisa para sua mãe, eu mato ela.”
Eu balancei a cabeça sem conseguir falar, quando
ele saiu eu chorei chorei muito, tentava me limpar, tenta-
va tirar de mim aquela pele que me cobria, mas eu não
consegui. Todas as vezes que minha mãe saia, o pe-
sadelo começava. Hoje posso ter 19 anos, mas nada vai
fazer eu esquecer tudo aquilo que me aconteceu.
Me arrependo muito por ter denunciado ele, não
me importo com o que ele fez e fazia comigo, mais sim o
que ele fez com a minha mãe. Quando eu o denunciei,
ele a matou a minha mãe, ele cumpriu a promessa .
Esssa dor foi a maior de todas, ele tirou tudo o que eu
tinha, a minha mae, a minha vida.
Luana Oliveira, 2° C, Vespertino.
O passeio teve como principal objetivo sensibilizar a comunidade
escolar para a relevância de exercícios físicos para a saúde
humana.
Os professores Paulo e Cilene incentivam a prática esportiva
II Caminhada e passeio ciclístico
Muitos se ressentem
hoje de como o passado, de
como os tempos de antiga-
mente eram melhores. Será
que para nós mulheres eram
melhores? Talvez falte a ju-
ventude um pouco de perspec-
tiva, um pouco de visão históri-
ca sobre o passado.
Pensemos na situação
da mulher há apenas 84 anos.
Nem cidadãs éramos, não po-
díamos votar. Superado esse
impasse embora sejamos mais
da metade do eleitorado, ocu-
pamos menos de 10% dos
candidatos (as) efetivamente
eleitos(as). Dentre 468 ho-
mens, temos 45 mulheres.
Apesar da violência
ainda ser alarmante. Feminis-
mo hoje é outro nome para
revolução, bastam visitar as
redes socais e ver como mui-
tas mulheres são rechaçadas
por dizerem-se feministas.
Contudo, essa revolução está
em pleno desenvolvimento no
cinema mundial e , em especi-
al na televisão norte-
americana.
Game of Thrones, uma
das series mais assistidas de
todos os tempos, nos seus últi-
mos episódios demonstra o
afinamento com as mudanças
sociais tão necessárias e com
a urgência de um empodera-
mento feminino. Outra palavra
para liberdade de ser e estar
mulher.
Se as mulheres de Ga-
me Of Thrones têm ascendido
às mais altas camadas do po-
der, em nosso cotidiano ainda
custa provar a uma menina
que ela não é culpada pela
violência que sofreu, que ela
pode ser e vestir o que quiser.
Ainda nos custa tomar as ré-
deas de nossa vida.
Talvez seja a hora de
inversões, da vida imitar a ar-
te, de nos inspirarmos na luta
contra o abuso, a escravidão e
a injustiça social empreendi-
das pela Daenerys Targaryen.
Talvez seja a hora de nos
opormos à opressão daqueles
que nos humilham e nos jul-
gam incapazes somente por
sermos mulheres, assim como
luta Yara Greygoy. Talvez seja
o momento de como Sansa
Stark levantarmos nossa voz
em alto e bom som para ser-
mos ouvidas. Sim! Temos algo
a dizer! E hoje o que dizemos
é: feminismo é outra palavra
para Igualdade.
Karine Machado
GAME OF THRONES E A REVOLUÇÃO FEMINISTA
4
Foto: MACHADO, Karine.
Foto: Cia. Farrapos.
CRÔNICAS
4. A enquete sobre sexo e sexualidade buscou fazer uma amostragem sobre o que pensam os estudan-
tes do EOB acerca de questões que envolvem o uso da caminha, o início da vida sexual, a homofobia, a
cultura do estupro e como o sexo é visto na escola e sociedade.
Os dados são alarmantes. Embora a camisinha seja considerada o método mais eficaz e seguro, 58%
consideram o seu uso dispensável porque incomoda ou tira o prazer. O que demonstra ausência de refle-
xões sobre os riscos das doenças sexualmente transmissíveis e de uma gravidez indesejada. Acerca do iní-
cio da vida sexual 52% considera que ela deve começar após os 16 anos ou somente depois do matrimônio.
17% consideram que não tem idade, fato que demonstra o desconhecimento do Estatuto da criança e do
adolescente—ECA , para o qual sexo com menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável.
No que concerne a homofobia 23% disseram que se sentiriam incomodado de conviver com um ami-
go gay contra 69% que não se importariam. Uns dos dados mais agravantes envolve o fato de 17% do pú-
blico considerar que a publicação de imagens de adolescentes nuas em cenas de sexo sem autorização é
culpa delas que se deixaram fotografar, o que nos remete a permanência de uma cultura do estupro, que
tende a culpabilizar a vítima pela violência sofrida. Nesse mesmo âmbito, 40% consideram que isso aconte-
ce porque o corpo da mulher é visto como mercadoria e 41% que são vítimas de um crime. Por fim, em
67% dos casos a escola e a sociedade em geral ainda trata o sexo como tabu. Essa superação é necessária
para que haja mudança e conscientização.
Equipe do Jornal Escolar
Enquete: Sexo e sexualidade
Anualmente o EOB participa de uma série de projetos
estruturais do Estado, dentre eles o Face—Festival de
canção anual estudantil, que nesta edição envolveu os
seguintes participantes: Celiane de Jesus, Ludimila de
Jesus e Xaiane Carolaine e Gabriela esta última
vencedora da melhor canção. Infelizmente, apesar das
belas apresentações, houve pouca divulgação e a
maioria da comunidade escolar não se fez presente.
EOB NO FACE
Foi fundado o primeiro coletivo feminista de Euclides da Cunha. O coletivo Maria Bonita é uma iniciativa
da professora Sther Andrade. A ideia surgiu a partir da necessidade de se trabalhar equidade de gênero nas
escolas e palta-se nos estudos de gênero e na necessidade de empoderamento feminino. Atualmente, conta
com cerca de 29 meninas. Nesse sentido, o EOB é pioneiro na inserção e no trabalho com a igualdade de
gênero nas escolas em Euclides da cunha.—BA.
Luana Oliveira, 2° C, Vespertino.
COLETIVO MARIA BONITA
O Páginas do EOB compareceu a palestra
realizada pelo professor Dr. Osmar Moreira
no dia 18 de agosto, cujo tema envolveu a
reforma do curso de Letras na UNEB, além
do lançamento de seus livros. A reforma
proposta envolve dupla habilitação no
curso de Letras em produção cultural
escrita criativa e editoração. Ou seja, o
profissional de Letras poderia, além de
lecionar optar por uma dessas áreas de
atuação profissional.
Equipe Páginas do EOB.
PALESTRA NA UNEB
A oficina de cinema tem promovido em seus encontros discussões de temas sociais, dentre eles os
que envolvem gênero e identidade sexual. Os filmes acima expõem a questão da identidade sexual na
infância. O CINEART promoverá a exibição deles nos dias 7 e 8 de outubro. Participem!
DISCUTINDO GÊNERO
36
Foto: ALEIXO, Andreza.
Foto: COSTA E SILVA, Fagner