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PROTEÇÃO CRUZADA OBTIDA EM
CAMUNDONGOS HUMANIZADOS
CEACAM1 CONTRA Neisseria
meningitidis
ANA CLARA BARBOSA ANTONELLI
ANGÉLICA DE LIMA DAS CHAGAS
BRUNA AMANDA DA CRUZ RATTIS
BRUNA LIMA PEROBELLI
CASSIO NAZARENO SILVA DA SILVA
CRIS HANNY PIRES ARAUJO
GISELLA MATTOS DA SILVA WHITE
GUSTAVO DO CARMO LEMES
IGOR DANIEL ALVES RIBEIRO
JOÃO LUCAS LIMA CALANDRINI DE AZEVEDO
JOÃO VICTOR BATALHA DE CARVALHO
Introdução
• Uso de modelos animais em pesquisas para o
tratamento de doenças humanas
• ↓utilização de pessoas para testes
• Dificuldade de tratamento -estágio avançado
da doença
Camundongos transgênicos
• Organismos artificialmente manipulados
• Introdução, modificação ou deleção de um gene
• Transmitida aos seus descendentes
• Podem ser classificados em diferentes tipos de
animais:
• Transgênicos por adição
• Modelos knockout (gene inativado)
• Modelos knockin (gene previamente modificado ou
substituído)
Introdução
Obtenção dos camundongos transgênicos
Ovos fertilizados
Microinjeção em
pronúcleos do DNA
modificado
Transferência de
embriões em fêmeas
pseudográvidas (fêmeas
recipientes)
Análise da atividade da
manipulação do gen nos
embriões
F0
F1
Camundongo selvagem
Teste da atividade de
transmissão e transgênese
T
Através da biopsia se
analisa o DNA para
identificação do animal
transgênico fundador
Fêmea doadora
superovulada
Introdução
BENAVIDES,FernandoJ;GUÉNET,Jean-Louis.ManualdeGenéticadeRoedoresdeLaboratorio,PrincipiosBásicosy
Aplicaciones.(2003).Cap.Latransgénesisylaclonaciónenlosroedoresdelaboratorio,p:227-262.
Camundongos humanizados
• Genes humanos
• Resposta imune igual ou muito semelhante a
dos seres humanos
Introdução
Promotor Transgene
Seqüência de secreção
Seqüência do vetor
Marcador
Origem de replicação
Meningite
Introdução
• Evolui em três etapas: nasofaríngea, septicêmica ou
meningococcêmica e meningítica
• Fase nasofaríngea : pouco sintomática .Os sinais gerais são:
febre, mal-estar, falta de apetite, náuseas e vômitos
• Fase septicêmica ou miningococcêmica: caracteriza-se pelo
aparecimento de febre, calafrios, dores musculares e
toxemia. Geralmente, aparecem lesões cutâneas
purpúricas.
• Fase meningítica: ocorre inflamação das meninges, com
fortes dores de cabeça, dores no pescoço e nas costas,
rigidez na nuca, confusão mental, etc.
Introdução
Neisseria meningitidis
• Bactéria
• Diplococo gram-negativo
• Classificada em sorogrupos de acordo com a
reatividade imunológica dos polissacarídeos
presentes na cápsula (A, B, C, Y e W-135)
• Sorogrupos B e C os principais no Brasil
• Compõe a microbiota das vias respiratórias
superiores
• 10% da população em geral carrega essa bactéria
em suas gargantas
Introdução
Introdução
• Vacinação – método mais viável
• Dificuldade no tratamento dos pacientes em
estágio avançado
• Portadores do Nme: montam uma boa
resposta imune humoral mas continuam
sendo colonizados
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
• Objetivos: Investigar as respostas
imunológicas e saídas para esse problema
COMO?
• Uso de camundongo humanizado por
transgenia visando a colonização da
nasofaringe desses animais por Nme cuja
especificidade é dirigida para os humanos
Introdução
• Camundongos expressando a molécula de
adesão celular humana -CEACAM1
• Permitiu diferenciar a resposta envolvendo
anticorpos contra as distintas cepas de Nme e
as suas relações com a infecção pela mucosa
nasofaríngea
Introdução
Bactérias utilizadas
• 57 isolados de bactérias
• Sendo 43 da espécie Neisseria meningitidis
• 2 Neisseria gonorrhoeae
• 2 Neisseria lactamica
• 1 Neisseria cinerea
• 1 Neisseria flavenscens
• 1 Moraxella catatthalis
• 2 non-typeable Haemophilus influenzae
• 5 Escherichia coli
Materiais e métodos
Inóculos obtidos por
ressuspensão das
colônias em 1 ml de
PBS +1 mM MgCl
(PBS/Mg), ajustado
para 107 CFU/mL
Adicionou-se 32
mg/ml da
glicoproteína
"human holo-
transferrin"
Foi inoculado 10 µL (105
CFU) em camundongos
CEACAM1 humanizados de
seis semanas de idade por
via intranasal
*anestésico isoflurano
Materiais e métodos
Infecção intranasal
Infecção intranasal
• Monitoramento da resposta imune reinfecção
• Os camundongos receberam uma dose da cepa
de N.meningitidis (6 e 9 semanas de idade)
• Com doze semanas, cada camundongo foi
desafiado com um isolado diferente
• Eutanasiados em câmaras de CO2
Materiais e métodos
Coleta dos tecidos da mucosa e
submucosa- procura por N. meningitidis
associado a eles
Lavagem da traqueia com 500 µL de
PBS/Mg - obter o lavado nasal
Esfregaço da mucosa-ressuspendido em
500 µL de PBS/Mg
Materiais e métodos
Infecção intranasal
Materiais e métodos
• ELISA com células totais para a detecção de
imunoglobulinas específicas;
• Ensaio de anticorpos bactericidas séricos
(SBA);
• Werstern blotting para detecção da Opa e
PorA e PorB;
• Camundongos CEACAM1 humanizados
podem ser colonizados por cepas de
diferentes sorotipos de N. menigitidis ???
Resultados e discussões
• Recuperação N. menigitidis viáveis da cavidade nasal de
camundongos humanizados CEACAM1 após 3 dias da
inoculação com cepas de diferentes sorogrupos
Sorogrupo A
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Resultados e discussões
Sorogrupo C
Colonização de camundongos humanizados com
cepas de N. menigitidis do sorogrupo C
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Resultados e discussões
Sorogrupo B
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Resultados e discussões
Western Blot para detecção de proteína OPA em cepas de N.menigitidis.
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Proteína Opa não expressa em B16B6 – Uma cepa que apresentou
baixas taxas de colonização em camundongos CEACAM1 humanizados
• Anticorpos produzidos em uma infecção por
determinada cepa de N. menigitidis possui
reação cruzada para demais estirpes ???
Resultados e discussões
• determinar a reatividade cruzada de
anticorpos induzidos pelas cepas H44/76 ou
90/18311 para diferentes cepas
• as duas cepas inoculadas para indução de
anticorpos são bastante heterólogas.
Resultados e discussões
Demonstra-se que a colonização nasal por N. meningitidis em
camundongos CEACAM1 humanizados induz a produção de
anticorpos ( IgG ) específicos para a cepa inoculada.
Resultados e discussões
• Considerando relatos de seu potêncial imunogênico , como é a
expressão de Porinas A e Porinas B nas diferentes cepas de N.
meningitidis ?
Porina B ( Por B) é amplamente expressa em diferentes cepas
A expressão de Porina A ( Por A ) está concentrada entre as
cepas que apresentam maior homologia a H44/76
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Resultados e discussões
A proteína Opa é um antígeno importante
para ligação de anticorpos gerados contra
N. meningitidis ?
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Efeito da expressão da proteína Opa e cápsula em reação cruzada
H44/76∆opa :
Cepa modificada para
não expressar a
proteína Opa
MC58∆siaD:
Variedade mutante
para a capsúla
• A infecção intranasal de camundongos
humanizados CEACAM1 influencia na
colonização nasal posterior por outras cepas ?
6
Sem.
9
Sem.
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Não recuperação de Bactérias após de 3
dias de inoculação em animais
préviamente infectados
Resultados e
discussões
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Níveis de anticorpos específicos para cepa
90/18311 durante o curso da infecção
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Títulos de anticorpos específicos para diferentes cepas
Resultados e discussões
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
• Como é a atividade de Anticorpos Bactericidas
Séricos (SBA ) em camundongos infectados
com diferentes cepas ?
• Qual a influência do crescimento bacteriano
em um meio com níveis limitantes de Ferro ?
Resultados e discussões
Fonte: JOHSWICH et al., 2014
Resultados e discussões
Obrigado!!
• BENAVIDES, Fernando J; GUÉNET, Jean-Louis. Manual de Genética de Roedores de Laboratorio,
Principios Básicos y Aplicaciones. (2003). Cap. La transgénesis y la clonación en los roedores de
laboratorio, p: 227-262.
• JOHSWICH et al. Sterilizing elicited by Neisseria meningitidis carriage shows broader protection
than predicted by serum antibody cross-reactivity in CEACAM1-humanized mice. Infection and
Immunity. American Society for Microbiology, 2014.
• MCENERY, Regina. Boletim sobre a pesquisa de vacinas contra a aids. VAX, v.10,n. 5, 2012.
• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index. php/o-
ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/659-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-
z/meningites/11336-descricao-da-doenca. Acessado: 16. Nov 2014.
• MORALES, Marcelo M.. Métodos alternativos à utilização de animais em pesquisa científica: mito
ou realidade?. Cienc. Cult., São Paulo, v. 60, n. 2, 2008 . Disponível em:
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252008000200015&lng=en&nrm=iso>. Acessado: 16 Nov. 2014.
• NEVES, Silvânia M.P. Manual de Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório do
Biotério de Produção e Experimentação da FCF-IQ/USP. São Paulo FCF-IQ/USP, 2013.
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  • 1. PROTEÇÃO CRUZADA OBTIDA EM CAMUNDONGOS HUMANIZADOS CEACAM1 CONTRA Neisseria meningitidis ANA CLARA BARBOSA ANTONELLI ANGÉLICA DE LIMA DAS CHAGAS BRUNA AMANDA DA CRUZ RATTIS BRUNA LIMA PEROBELLI CASSIO NAZARENO SILVA DA SILVA CRIS HANNY PIRES ARAUJO GISELLA MATTOS DA SILVA WHITE GUSTAVO DO CARMO LEMES IGOR DANIEL ALVES RIBEIRO JOÃO LUCAS LIMA CALANDRINI DE AZEVEDO JOÃO VICTOR BATALHA DE CARVALHO
  • 2. Introdução • Uso de modelos animais em pesquisas para o tratamento de doenças humanas • ↓utilização de pessoas para testes • Dificuldade de tratamento -estágio avançado da doença
  • 3. Camundongos transgênicos • Organismos artificialmente manipulados • Introdução, modificação ou deleção de um gene • Transmitida aos seus descendentes • Podem ser classificados em diferentes tipos de animais: • Transgênicos por adição • Modelos knockout (gene inativado) • Modelos knockin (gene previamente modificado ou substituído) Introdução
  • 4. Obtenção dos camundongos transgênicos Ovos fertilizados Microinjeção em pronúcleos do DNA modificado Transferência de embriões em fêmeas pseudográvidas (fêmeas recipientes) Análise da atividade da manipulação do gen nos embriões F0 F1 Camundongo selvagem Teste da atividade de transmissão e transgênese T Através da biopsia se analisa o DNA para identificação do animal transgênico fundador Fêmea doadora superovulada Introdução BENAVIDES,FernandoJ;GUÉNET,Jean-Louis.ManualdeGenéticadeRoedoresdeLaboratorio,PrincipiosBásicosy Aplicaciones.(2003).Cap.Latransgénesisylaclonaciónenlosroedoresdelaboratorio,p:227-262.
  • 5. Camundongos humanizados • Genes humanos • Resposta imune igual ou muito semelhante a dos seres humanos Introdução Promotor Transgene Seqüência de secreção Seqüência do vetor Marcador Origem de replicação
  • 6.
  • 8. • Evolui em três etapas: nasofaríngea, septicêmica ou meningococcêmica e meningítica • Fase nasofaríngea : pouco sintomática .Os sinais gerais são: febre, mal-estar, falta de apetite, náuseas e vômitos • Fase septicêmica ou miningococcêmica: caracteriza-se pelo aparecimento de febre, calafrios, dores musculares e toxemia. Geralmente, aparecem lesões cutâneas purpúricas. • Fase meningítica: ocorre inflamação das meninges, com fortes dores de cabeça, dores no pescoço e nas costas, rigidez na nuca, confusão mental, etc. Introdução
  • 9. Neisseria meningitidis • Bactéria • Diplococo gram-negativo • Classificada em sorogrupos de acordo com a reatividade imunológica dos polissacarídeos presentes na cápsula (A, B, C, Y e W-135) • Sorogrupos B e C os principais no Brasil • Compõe a microbiota das vias respiratórias superiores • 10% da população em geral carrega essa bactéria em suas gargantas Introdução
  • 10. Introdução • Vacinação – método mais viável • Dificuldade no tratamento dos pacientes em estágio avançado • Portadores do Nme: montam uma boa resposta imune humoral mas continuam sendo colonizados O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
  • 11. O QUE ESTÁ ACONTECENDO? • Objetivos: Investigar as respostas imunológicas e saídas para esse problema COMO? • Uso de camundongo humanizado por transgenia visando a colonização da nasofaringe desses animais por Nme cuja especificidade é dirigida para os humanos Introdução
  • 12. • Camundongos expressando a molécula de adesão celular humana -CEACAM1 • Permitiu diferenciar a resposta envolvendo anticorpos contra as distintas cepas de Nme e as suas relações com a infecção pela mucosa nasofaríngea Introdução
  • 13. Bactérias utilizadas • 57 isolados de bactérias • Sendo 43 da espécie Neisseria meningitidis • 2 Neisseria gonorrhoeae • 2 Neisseria lactamica • 1 Neisseria cinerea • 1 Neisseria flavenscens • 1 Moraxella catatthalis • 2 non-typeable Haemophilus influenzae • 5 Escherichia coli Materiais e métodos
  • 14. Inóculos obtidos por ressuspensão das colônias em 1 ml de PBS +1 mM MgCl (PBS/Mg), ajustado para 107 CFU/mL Adicionou-se 32 mg/ml da glicoproteína "human holo- transferrin" Foi inoculado 10 µL (105 CFU) em camundongos CEACAM1 humanizados de seis semanas de idade por via intranasal *anestésico isoflurano Materiais e métodos Infecção intranasal
  • 15. Infecção intranasal • Monitoramento da resposta imune reinfecção • Os camundongos receberam uma dose da cepa de N.meningitidis (6 e 9 semanas de idade) • Com doze semanas, cada camundongo foi desafiado com um isolado diferente • Eutanasiados em câmaras de CO2 Materiais e métodos
  • 16. Coleta dos tecidos da mucosa e submucosa- procura por N. meningitidis associado a eles Lavagem da traqueia com 500 µL de PBS/Mg - obter o lavado nasal Esfregaço da mucosa-ressuspendido em 500 µL de PBS/Mg Materiais e métodos Infecção intranasal
  • 17. Materiais e métodos • ELISA com células totais para a detecção de imunoglobulinas específicas; • Ensaio de anticorpos bactericidas séricos (SBA); • Werstern blotting para detecção da Opa e PorA e PorB;
  • 18. • Camundongos CEACAM1 humanizados podem ser colonizados por cepas de diferentes sorotipos de N. menigitidis ??? Resultados e discussões
  • 19. • Recuperação N. menigitidis viáveis da cavidade nasal de camundongos humanizados CEACAM1 após 3 dias da inoculação com cepas de diferentes sorogrupos Sorogrupo A Fonte: JOHSWICH et al., 2014 Resultados e discussões
  • 20. Sorogrupo C Colonização de camundongos humanizados com cepas de N. menigitidis do sorogrupo C Fonte: JOHSWICH et al., 2014 Resultados e discussões
  • 21. Sorogrupo B Fonte: JOHSWICH et al., 2014 Resultados e discussões
  • 22. Western Blot para detecção de proteína OPA em cepas de N.menigitidis. Fonte: JOHSWICH et al., 2014 Proteína Opa não expressa em B16B6 – Uma cepa que apresentou baixas taxas de colonização em camundongos CEACAM1 humanizados
  • 23. • Anticorpos produzidos em uma infecção por determinada cepa de N. menigitidis possui reação cruzada para demais estirpes ??? Resultados e discussões
  • 24. • determinar a reatividade cruzada de anticorpos induzidos pelas cepas H44/76 ou 90/18311 para diferentes cepas • as duas cepas inoculadas para indução de anticorpos são bastante heterólogas. Resultados e discussões
  • 25.
  • 26. Demonstra-se que a colonização nasal por N. meningitidis em camundongos CEACAM1 humanizados induz a produção de anticorpos ( IgG ) específicos para a cepa inoculada. Resultados e discussões
  • 27. • Considerando relatos de seu potêncial imunogênico , como é a expressão de Porinas A e Porinas B nas diferentes cepas de N. meningitidis ? Porina B ( Por B) é amplamente expressa em diferentes cepas A expressão de Porina A ( Por A ) está concentrada entre as cepas que apresentam maior homologia a H44/76 Fonte: JOHSWICH et al., 2014 Resultados e discussões
  • 28. A proteína Opa é um antígeno importante para ligação de anticorpos gerados contra N. meningitidis ? Fonte: JOHSWICH et al., 2014 Efeito da expressão da proteína Opa e cápsula em reação cruzada H44/76∆opa : Cepa modificada para não expressar a proteína Opa MC58∆siaD: Variedade mutante para a capsúla
  • 29. • A infecção intranasal de camundongos humanizados CEACAM1 influencia na colonização nasal posterior por outras cepas ? 6 Sem. 9 Sem. Fonte: JOHSWICH et al., 2014
  • 30. Não recuperação de Bactérias após de 3 dias de inoculação em animais préviamente infectados Resultados e discussões Fonte: JOHSWICH et al., 2014
  • 31. Níveis de anticorpos específicos para cepa 90/18311 durante o curso da infecção Fonte: JOHSWICH et al., 2014
  • 32. Títulos de anticorpos específicos para diferentes cepas Resultados e discussões Fonte: JOHSWICH et al., 2014
  • 33. • Como é a atividade de Anticorpos Bactericidas Séricos (SBA ) em camundongos infectados com diferentes cepas ? • Qual a influência do crescimento bacteriano em um meio com níveis limitantes de Ferro ? Resultados e discussões
  • 34. Fonte: JOHSWICH et al., 2014 Resultados e discussões
  • 36. • BENAVIDES, Fernando J; GUÉNET, Jean-Louis. Manual de Genética de Roedores de Laboratorio, Principios Básicos y Aplicaciones. (2003). Cap. La transgénesis y la clonación en los roedores de laboratorio, p: 227-262. • JOHSWICH et al. Sterilizing elicited by Neisseria meningitidis carriage shows broader protection than predicted by serum antibody cross-reactivity in CEACAM1-humanized mice. Infection and Immunity. American Society for Microbiology, 2014. • MCENERY, Regina. Boletim sobre a pesquisa de vacinas contra a aids. VAX, v.10,n. 5, 2012. • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index. php/o- ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/659-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a- z/meningites/11336-descricao-da-doenca. Acessado: 16. Nov 2014. • MORALES, Marcelo M.. Métodos alternativos à utilização de animais em pesquisa científica: mito ou realidade?. Cienc. Cult., São Paulo, v. 60, n. 2, 2008 . Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009- 67252008000200015&lng=en&nrm=iso>. Acessado: 16 Nov. 2014. • NEVES, Silvânia M.P. Manual de Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório do Biotério de Produção e Experimentação da FCF-IQ/USP. São Paulo FCF-IQ/USP, 2013. Referências