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Lê atentamente o poema que se segue. De seguida, responde às questões formuladas.

Como quando
do mar tempestuoso
Como quando do mar tempestuoso
o marinheiro, lasso1 e trabalhado2,
de um naufrágio cruel já salvo a nado,
só o ouvir falar nele o faz medroso,
e jura que, em que veja bonançoso3
o violento mar e sossegado,
não entra nele mais, mas vai, forçado
pelo muito interesse cobiçoso4;
assi, Senhora, eu, que da tormenta5
de vossa vista fujo, por salvar-me,
jurando de não mais em outra ver-me:
minh’alma, que de vós nunca se ausenta,
dá-me por preço ver-vos, faz tornar-me
donde fugi tão perto de perder-me.
Luís de Camões, Lírica Completa, II, IN-CM
1. lasso: cansado.
2. trabalhado: maltratado.
3. bonançoso: calmo, sossegado.
4. cobiçoso: ambicioso.
5. tormenta: tempestade.

I
1. Este poema apresenta uma estrutura bipartida.
1.1. Delimita as duas partes lógicas que o compõem.
1.2. Explicita o valor contextual da locução subordinativa que marca essa divisão.
2. Atenta nas duas primeiras estrofes.
2.1. Identifica o sentimento do marinheiro em relação ao mar.
2.2. Indica a decisão tomada pelo marinheiro expressa na segunda quadra.
2.3. Assinala a passagem em que se dá conta das razões do incumprimento da jura
do marinheiro.

| Ficha de avaliação n.° 3 |
5
10
120 pontos
10
10
10
20
10
| Ficha de avaliação n.° 3 | 25
fotocopiável

P– Entre Margens, 10.° ano – Caderno do Professor fotocopiável
3. Relê, agora, os dois tercetos.
3.1. Identifica o recurso através do qual se identifica o interlocutor do sujeito lírico.
3.2. O excerto “(…) da tormenta / de vossa vista fujo, por salvar-me,” (vv. 9-10), significa:
a. “ausento-me da vossa presença a fim de me salvar”;
b. “fujo da tormenta para me aconchegar sob o vosso olhar”;
c. “ausento-me da tormenta porque o vosso olhar me salva”.
3.3. Explica, por palavras tuas, o sentido do verso 11.
4. Num breve resumo do assunto do poema, faz corresponder os elementos da primeira
parte da comparação aos da segunda.
5. Analisa o poema sob o ponto de vista formal (esquema estrófico, métrica e rima).
II
Selecciona uma das duas propostas, assinalando a respectiva alínea na tua
folha de prova:
A. Recordando que “a autobiografia é um género narrativo em prosa em que o
autor real, que é simultaneamente o narrador e a personagem principal, relata
retrospectivamente a sua vida”, elabora, num texto com cerca de cento e vinte
palavras, devidamente estruturado, a tua autobiografia (real ou imaginada).
B. Pensa na tua vida durante alguns momentos e selecciona um episódio muito bom
ou muito mau. Depois, em forma de diário, relata esse episódio num texto que
tenha entre cem e cento e vinte palavras.
Não te esqueças que deves usar o discurso na 1.a pessoa e prestar especial
atenção aos tempos verbais usados e à articulação lógica das diferentes
ideias.




1.1. A primeira parte é constituída pelas quadras e a segunda
pelos tercetos.
1.2. A locução subordinativa “Como (v. 1) … assi (v. 9)” estabelece
uma comparação.
2.1. Na primeira quadra, o marinheiro manifesta medo em relação
ao mar (Cf. v. 4).
2.2. Na segunda quadra dá-se conta de que o marinheiro
“jura” não voltar ao mar nem mesmo quando este estiver
calmo (Cf. vv. 5-7).
2.3. Trata-se dos versos 7 e 8: “(…) mas vai, forçado/pelo
muito interesse cobiçoso”. Através da conjunção coordenativa
adversativa “mas”, evidencia-se que a ambição é
mais forte do que o medo do marinheiro, pois obriga-o a
voltar ao mar.
3.1. O interlocutor do sujeito lírico é identificado através de
uma apóstrofe: “Senhora,” (v. 9).
3.2. a. “ausento-me da vossa presença a fim de me salvar”.
3.3. No verso 11, o sujeito poético afirma ter-se comprometido
a não repetir os erros do passado, isto é, a fugir da sua
amada para não voltar a perder-se.
4. Ao marinheiro do primeiro termo de comparação corresponde
o eu lírico; no segundo, a vista da amada é comparada
à tempestade. Uma vez que a sua contemplação (da
tempestade/da amada) provoca medo, a fuga é a única
salvação. Ambos (marinheiro e eu lírico) prometem não
voltar a cair noutra, não resistindo, porém, e repetindo o
mesmo erro.
5. O poema é um soneto e, portanto, é constituído por duas
quadras e dois tercetos. Quanto à métrica, a medida do
verso é o decassílabo. O esquema rimático é abba abba
cde cde, isto é, a rima é emparelhada e interpolada nas
quadras e interpolada nos tercetos.




1.1. A primeira parte é constituída pelas quadras e a segunda
pelos tercetos.
1.2. A locução subordinativa “Como (v. 1) … assi (v. 9)” estabelece
uma comparação.
2.1. Na primeira quadra, o marinheiro manifesta medo em relação
ao mar (Cf. v. 4).
2.2. Na segunda quadra dá-se conta de que o marinheiro
“jura” não voltar ao mar nem mesmo quando este estiver
calmo (Cf. vv. 5-7).
2.3. Trata-se dos versos 7 e 8: “(…) mas vai, forçado/pelo
muito interesse cobiçoso”. Através da conjunção coordenativa
adversativa “mas”, evidencia-se que a ambição é
mais forte do que o medo do marinheiro, pois obriga-o a
voltar ao mar.
3.1. O interlocutor do sujeito lírico é identificado através de
uma apóstrofe: “Senhora,” (v. 9).
3.2. a. “ausento-me da vossa presença a fim de me salvar”.
3.3. No verso 11, o sujeito poético afirma ter-se comprometido
a não repetir os erros do passado, isto é, a fugir da sua
amada para não voltar a perder-se.
4. Ao marinheiro do primeiro termo de comparação corresponde
o eu lírico; no segundo, a vista da amada é comparada
à tempestade. Uma vez que a sua contemplação (da
tempestade/da amada) provoca medo, a fuga é a única
salvação. Ambos (marinheiro e eu lírico) prometem não
voltar a cair noutra, não resistindo, porém, e repetindo o
mesmo erro.
5. O poema é um soneto e, portanto, é constituído por duas
quadras e dois tercetos. Quanto à métrica, a medida do
verso é o decassílabo. O esquema rimático é abba abba
cde cde, isto é, a rima é emparelhada e interpolada nas
quadras e interpolada nos tercetos.




6. Nas duas composições apresentadas, o sujeito poético reflecte sobre dois
momentos
da sua vida.
6.1. Identifica-os.
6.2. Caracteriza o estado de espírito do sujeito lírico nos momentos mencionados.
6.3. Transcreve dos textos as expressões que comprovam que a felicidade passada
não foi total.
7. Identifica, nos dois textos, o/s responsável/eis pela tristeza do eu lírico.
8. No TEXTO A, surge a referência a Babilónia e a Sião. Comenta o recurso a estes
topónimos, tendo em conta a globalidade da mensagem transmitida pelo poema.
9. Explica por palavras tuas os seguintes versos do TEXTO A: “e minhas cousas
ausentes/
se fizeram tão presentes/como se nunca passaram.” (vv. 13-15).
10. Explicita o significado do seguinte verso do TEXTO B, tendo em conta a
mensagem
global do poema: “cantava, mas já era ao som dos ferros.” (v. 11).
11. Explica a importância do último terceto do TEXTO B para a compreensão global
do
poema.
12. Identifica, no TEXTO B, uma antítese e uma personificação, explicando a sua ex
pres -
sividade.
13. Faz corresponder a cada segmento textual da coluna A um único elemento da
coluna
B, de modo a obteres uma afirmação adequada ao sentido dos textos.
1. Com “Chorei/as lembranças de Sião/e
quanto nela passei.” (TEXTO A – vv. 3-5),
2. Em “… todo o bem passado/não é gosto,
mas é mágoa” (TEXTO A – vv. 19-20),
3. Em “Ali vi o maior bem” (TEXTO A –
v. 26),
4. Com os versos “É tão triste este meu
presente estado/que o passado, por ledo,
estou julgando.” (TEXTO B – vv. 7-8),
5. Com a frase “De quem me queixarei, que
tudo mente?” (TEXTO B – v. 12),
a. o enunciador utiliza um elemento deíctico
com valor locativo.
b. o enunciador refere uma acção passada que
precede uma outra também passada.
c. o enunciador indica uma consequência.
d. o enunciador expressa uma oposição.
e. o enunciador não espera a obtenção de uma
resposta, apesar de se tratar de uma questão.
f. o enunciador apresenta o conteúdo da frase
como uma possibilidade.
g. o enunciador estabelece uma conexão aditiva.
h. o enunciador faz uma interrogação para a qual
espera uma resposta afirmativa ou negativa. Expressões 10

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Gênero lírico no enem
 

Soneto Camões

  • 1. Lê atentamente o poema que se segue. De seguida, responde às questões formuladas. Como quando do mar tempestuoso Como quando do mar tempestuoso o marinheiro, lasso1 e trabalhado2, de um naufrágio cruel já salvo a nado, só o ouvir falar nele o faz medroso, e jura que, em que veja bonançoso3 o violento mar e sossegado, não entra nele mais, mas vai, forçado pelo muito interesse cobiçoso4; assi, Senhora, eu, que da tormenta5 de vossa vista fujo, por salvar-me, jurando de não mais em outra ver-me: minh’alma, que de vós nunca se ausenta, dá-me por preço ver-vos, faz tornar-me donde fugi tão perto de perder-me. Luís de Camões, Lírica Completa, II, IN-CM 1. lasso: cansado. 2. trabalhado: maltratado. 3. bonançoso: calmo, sossegado. 4. cobiçoso: ambicioso. 5. tormenta: tempestade. I 1. Este poema apresenta uma estrutura bipartida. 1.1. Delimita as duas partes lógicas que o compõem. 1.2. Explicita o valor contextual da locução subordinativa que marca essa divisão. 2. Atenta nas duas primeiras estrofes. 2.1. Identifica o sentimento do marinheiro em relação ao mar. 2.2. Indica a decisão tomada pelo marinheiro expressa na segunda quadra. 2.3. Assinala a passagem em que se dá conta das razões do incumprimento da jura do marinheiro. | Ficha de avaliação n.° 3 | 5 10 120 pontos 10 10 10 20 10 | Ficha de avaliação n.° 3 | 25 fotocopiável P– Entre Margens, 10.° ano – Caderno do Professor fotocopiável 3. Relê, agora, os dois tercetos. 3.1. Identifica o recurso através do qual se identifica o interlocutor do sujeito lírico. 3.2. O excerto “(…) da tormenta / de vossa vista fujo, por salvar-me,” (vv. 9-10), significa: a. “ausento-me da vossa presença a fim de me salvar”; b. “fujo da tormenta para me aconchegar sob o vosso olhar”; c. “ausento-me da tormenta porque o vosso olhar me salva”. 3.3. Explica, por palavras tuas, o sentido do verso 11. 4. Num breve resumo do assunto do poema, faz corresponder os elementos da primeira parte da comparação aos da segunda. 5. Analisa o poema sob o ponto de vista formal (esquema estrófico, métrica e rima). II Selecciona uma das duas propostas, assinalando a respectiva alínea na tua folha de prova: A. Recordando que “a autobiografia é um género narrativo em prosa em que o autor real, que é simultaneamente o narrador e a personagem principal, relata retrospectivamente a sua vida”, elabora, num texto com cerca de cento e vinte palavras, devidamente estruturado, a tua autobiografia (real ou imaginada). B. Pensa na tua vida durante alguns momentos e selecciona um episódio muito bom ou muito mau. Depois, em forma de diário, relata esse episódio num texto que tenha entre cem e cento e vinte palavras. Não te esqueças que deves usar o discurso na 1.a pessoa e prestar especial
  • 2. atenção aos tempos verbais usados e à articulação lógica das diferentes ideias. 1.1. A primeira parte é constituída pelas quadras e a segunda pelos tercetos. 1.2. A locução subordinativa “Como (v. 1) … assi (v. 9)” estabelece uma comparação. 2.1. Na primeira quadra, o marinheiro manifesta medo em relação ao mar (Cf. v. 4). 2.2. Na segunda quadra dá-se conta de que o marinheiro “jura” não voltar ao mar nem mesmo quando este estiver calmo (Cf. vv. 5-7). 2.3. Trata-se dos versos 7 e 8: “(…) mas vai, forçado/pelo muito interesse cobiçoso”. Através da conjunção coordenativa adversativa “mas”, evidencia-se que a ambição é mais forte do que o medo do marinheiro, pois obriga-o a voltar ao mar. 3.1. O interlocutor do sujeito lírico é identificado através de uma apóstrofe: “Senhora,” (v. 9). 3.2. a. “ausento-me da vossa presença a fim de me salvar”. 3.3. No verso 11, o sujeito poético afirma ter-se comprometido a não repetir os erros do passado, isto é, a fugir da sua amada para não voltar a perder-se. 4. Ao marinheiro do primeiro termo de comparação corresponde o eu lírico; no segundo, a vista da amada é comparada à tempestade. Uma vez que a sua contemplação (da tempestade/da amada) provoca medo, a fuga é a única salvação. Ambos (marinheiro e eu lírico) prometem não voltar a cair noutra, não resistindo, porém, e repetindo o mesmo erro. 5. O poema é um soneto e, portanto, é constituído por duas quadras e dois tercetos. Quanto à métrica, a medida do verso é o decassílabo. O esquema rimático é abba abba cde cde, isto é, a rima é emparelhada e interpolada nas quadras e interpolada nos tercetos. 1.1. A primeira parte é constituída pelas quadras e a segunda pelos tercetos. 1.2. A locução subordinativa “Como (v. 1) … assi (v. 9)” estabelece uma comparação. 2.1. Na primeira quadra, o marinheiro manifesta medo em relação ao mar (Cf. v. 4). 2.2. Na segunda quadra dá-se conta de que o marinheiro “jura” não voltar ao mar nem mesmo quando este estiver calmo (Cf. vv. 5-7).
  • 3. 2.3. Trata-se dos versos 7 e 8: “(…) mas vai, forçado/pelo muito interesse cobiçoso”. Através da conjunção coordenativa adversativa “mas”, evidencia-se que a ambição é mais forte do que o medo do marinheiro, pois obriga-o a voltar ao mar. 3.1. O interlocutor do sujeito lírico é identificado através de uma apóstrofe: “Senhora,” (v. 9). 3.2. a. “ausento-me da vossa presença a fim de me salvar”. 3.3. No verso 11, o sujeito poético afirma ter-se comprometido a não repetir os erros do passado, isto é, a fugir da sua amada para não voltar a perder-se. 4. Ao marinheiro do primeiro termo de comparação corresponde o eu lírico; no segundo, a vista da amada é comparada à tempestade. Uma vez que a sua contemplação (da tempestade/da amada) provoca medo, a fuga é a única salvação. Ambos (marinheiro e eu lírico) prometem não voltar a cair noutra, não resistindo, porém, e repetindo o mesmo erro. 5. O poema é um soneto e, portanto, é constituído por duas quadras e dois tercetos. Quanto à métrica, a medida do verso é o decassílabo. O esquema rimático é abba abba cde cde, isto é, a rima é emparelhada e interpolada nas quadras e interpolada nos tercetos. 6. Nas duas composições apresentadas, o sujeito poético reflecte sobre dois momentos da sua vida. 6.1. Identifica-os. 6.2. Caracteriza o estado de espírito do sujeito lírico nos momentos mencionados. 6.3. Transcreve dos textos as expressões que comprovam que a felicidade passada não foi total. 7. Identifica, nos dois textos, o/s responsável/eis pela tristeza do eu lírico. 8. No TEXTO A, surge a referência a Babilónia e a Sião. Comenta o recurso a estes topónimos, tendo em conta a globalidade da mensagem transmitida pelo poema. 9. Explica por palavras tuas os seguintes versos do TEXTO A: “e minhas cousas ausentes/ se fizeram tão presentes/como se nunca passaram.” (vv. 13-15). 10. Explicita o significado do seguinte verso do TEXTO B, tendo em conta a mensagem global do poema: “cantava, mas já era ao som dos ferros.” (v. 11). 11. Explica a importância do último terceto do TEXTO B para a compreensão global do poema. 12. Identifica, no TEXTO B, uma antítese e uma personificação, explicando a sua ex pres - sividade. 13. Faz corresponder a cada segmento textual da coluna A um único elemento da coluna B, de modo a obteres uma afirmação adequada ao sentido dos textos. 1. Com “Chorei/as lembranças de Sião/e quanto nela passei.” (TEXTO A – vv. 3-5), 2. Em “… todo o bem passado/não é gosto, mas é mágoa” (TEXTO A – vv. 19-20), 3. Em “Ali vi o maior bem” (TEXTO A – v. 26), 4. Com os versos “É tão triste este meu
  • 4. presente estado/que o passado, por ledo, estou julgando.” (TEXTO B – vv. 7-8), 5. Com a frase “De quem me queixarei, que tudo mente?” (TEXTO B – v. 12), a. o enunciador utiliza um elemento deíctico com valor locativo. b. o enunciador refere uma acção passada que precede uma outra também passada. c. o enunciador indica uma consequência. d. o enunciador expressa uma oposição. e. o enunciador não espera a obtenção de uma resposta, apesar de se tratar de uma questão. f. o enunciador apresenta o conteúdo da frase como uma possibilidade. g. o enunciador estabelece uma conexão aditiva. h. o enunciador faz uma interrogação para a qual espera uma resposta afirmativa ou negativa. Expressões 10