O documento discute a crescente sexualização da mídia e seus possíveis efeitos negativos, especialmente na exposição de crianças e adolescentes. A exposição excessiva a conteúdo sexual na mídia pode reforçar estereótipos prejudiciais sobre gênero e normalizar a violência contra a mulher. Além disso, pode levar à insatisfação corporal e problemas de saúde mental devido à busca por padrões de beleza irreais propagados pela mídia.
3. “é a humanidade que impõe seus assuntos
na mídia ou são os grandes gatekeepers que
ditam a moda? O fato é que nunca houve
tanta exposição, ou superexposição, de sexo
na mídia. Existe sexualização em todos os
lugares, partindo da novela das oito até os
cadernos de política.”
O que dá audiência é a chave para a
mídia, assuntos banalizados através dos
meios de comunicação são o alvo para
chamar telespectadores, e agora é a vez do
sexo.
4. “Cada ser humano possui um
padrão de comportamento e
resposta aos estímulos
externos, como diz McLuhan. O
nível de resposta depende de
quais ferramentas sensoriais cada
meio de comunicação de massa
possui para cativar o receptor.
Assim, nessa linha de
raciocínio, uma mensagem
construída com conteúdo
determinado e força de
divulgação suficiente com poder
sensorial estimulante pode
desencadear uma reação por
parte dos receptores.”
5. Um estudo divulgado nesta
sexta-feira afirma que a
exposição de crianças e
adolescentes a conteúdo
sexual na mídia vem
reforçando a ideia da
mulher como objeto de
desejo e alvo de violência
doméstica.
6. A sexualidade também leva a busca do
corpo perfeito, sexy, as “gostosas e
gostosos” da tv, o que vai da
sexualidade a violência, tanto mulheres
quanto homens são levados pela mídia
a buscar um ideal de aparência física
"fora da realidade”, o que resulta em
“insatisfação com o próprio corpo, um
reconhecido fator de risco para a
autoestima, para depressão e distúrbios
alimentares.
7.
8. O relatório Sexualização dos Jovens, da psicóloga
Linda Papadopoulos, encomendado pelo Ministério
do Interior britânico, diz que os jovens estão cada
vez mais expostos a conteúdo relacionado à
sexualidade por meio de revistas, televisão, internet
e aparelhos de celular, sem que os pais consigam
controlar isso.
Segundo ela, esse conteúdo está “legitimando a
ideia de que as mulheres existem para serem
usadas e de que os homens existem para usá-las”.
Nesse contexto, a pesquisadora entende que a
posição da mulher como alvo de violência
doméstica acaba virando comum e até aceitável.