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Dicas de como redigir uma boa redação
1. DICAS DE COMO REDIGIR UMA BOA REDAÇÃO
Tema e problema
Um texto argumentativo implica sempre, inicialmente, um tema e um problema. Sobre um tema
como o futebol, por exemplo, podemos colocar uma porção de problemas: o calendário dos
campeonatos regionais, a escolha dos jogadores para a Seleção brasileira ou a violência em
campo. Ao escrever um texto argumentativo sobre esse tema, o autor não pode misturar vários
problemas. Escolhe um deles, geralmente, e o desenvolve. É interessante observar que é sempre
mais fácil, no momento em que se planeja uma redação argumentativa, explicitar o problema por
meio de uma pergunta. Diante de um tema geral como o futebol, podemos colocar o problema da
violência sob a forma da seguinte pergunta: De que maneira poderia ser contida a violência dos
jogadores, nas partidas de futebol?
Hipótese, tese e argumentação
As partes restantes da macroestrutura do texto argumentativo são: hipótese, tese e argumentação.
As hipóteses são as possíveis respostas que podemos dar como solução para um dado problema.
Diante do problema anterior exposto, poderíamos colocar, a título de exemplo, algumas hipóteses
como:
Hipótese 1
A violência poderia ser contida se os árbitros fossem mais rigorosos na condução das partidas.
Hipótese 2
A violência poderia ser contida se os atos violentos praticados fossem caracterizados,
juridicamente, como lesões corporais.
Hipótese 3
A violência poderia ser contida se os próprios clubes, por meio de seus técnicos, procurassem
conscientizar os jogadores a não serem violentos.
O passo seguinte, depois de se estabelecerem as hipóteses, é escolher a melhor delas, que passa
a ser batizada, depois da escolha, com o nome de tese. É importante esclarecer que não existe
hipótese correta ou incorreta. O que existe é uma hipótese melhor e outras hipóteses piores.
Escolhida a hipótese (agora chamada de tese), devemos construir a argumentação. Geralmente, a
argumentação se faz atacando as hipóteses rejeitadas e defendendo a escolhida, ou seja, a tese.
Daí também a expressão defesa de tese.
Suponhamos que a hipótese escolhida como tese tenha sido a primeira, a de que a violência pode
ser contida com um maior rigor da arbitragem. Podemos citar as demais hipóteses para, em
seguida, derrubá-las. Poderíamos dizer que levar um incidente de futebol para a esfera jurídica
(hipótese 2) seria burocratizar ainda mais o futebol, com resultados duvidosos, uma vez que os
diretores dos clubes tudo fariam para influenciar o julgamento, etc. Poderíamos dizer, contra a
terceira hipótese, que técnico nenhum, no momento em que vê em perigo seu cargo, hesita em
ordenar a um zagueiro que pare a jogada do adversário, mesmo à custa de uma ação desleal. A
favor da primeira hipótese, poderíamos dizer que se trata, simplesmente, de fazer cumprir as leis
do próprio futebol e que a expulsão sumária do jogador desleal, além de diminuir drasticamente o
nível de violência, faria desse esporte uma festa realmente bonita em que predominaria a arte, a
técnica, e não a truculência.
Como vemos, a construção prévia de um esquema, levando em conta as partes da macroestrutura
da argumentação e a execução desse esquema, levará a um grau de coerência textual bastante
grande.