3. Características Gerais
O Racionalismo é uma corrente filosófica baseada nas operações
mentais para definir a viabilidade e efetividade das proposições
apresentadas.
4. Essa corrente filosófica surgiu como doutrina, para
realçar que tudo que existe é decorrente de uma
causa. Muito tempo depois, os filósofos racionalistas
adotaram a matemática como elemento para
expandir a ideia de razão e a explicação da
realidade.
6. O Racionalismo se tornou o centro do pensamento
liberal, que define caminhos para o interesse
comum social
7. O Racionalismo é a base da organização econômica
e social, induzindo à soluções racionais de
problemas econômicos com base em soluções
técnicas e eficazes.
9. O método científico é o método que estuda a
natureza.
Se constitui em um conjunto de regras criadas
por cientistas, que baseadas nessas é possível
se obter uma resultante satisfatória.
Essa teoria deve ser consistente com os fatos e
deve poder prever que em situações e
condições idênticas os resultados devem ser os
mesmos.
12. Esse método é baseado em uma operação mental,
ou seja, uma série de fatos ligados que
estabelecerá uma verdade universal ou um ponto
de referência com base do conhecimento de
alguns dados singulares.
Mas a premissa pode não ser verdadeira.
21. Os dualistas compreendem a existência como uma
oposição entre formas distintas. Como por exemplo
o bem e o mal, o consciente e o inconsciente, a luz
e as trevas, a matéria e o espírito, alma e corpo,
entre outras, as quais não podem ser reduzidas
umas às outras.
22. A corrente de pensamento dualista pressupõe a
diferença fundamental entre corpo e mente, por
mais que pareçam não ser diferentes um do outro à
nossa percepção sensorial.
23. René Descartes, defensor desta ideia, não confia no conhecimento revelado através
dos sentidos. Assim, para este filósofo há no mundo duas substâncias.
Da primeira esfera se destaca o universo do pensamento, da reflexão, da atividade
intelectual e da liberdade de agir;
da segunda, o plano da extensão, de tudo que está determinado de alguma forma,
e da atitude passiva.
26. No idealismo absoluto, o ser é reduzido à
consciência, assim mente e corpo seriam uma
mesma coisa.
27. O idealismo toma como ponto de partida para
a reflexão o sujeito, não o mundo exterior.
28. O idealismo metódico de Descartes é uma doutrina
racionalista que, colocando em dúvida todo o
conhecimento adquirido, parte da certeza do pensar
para deduzir.
29. O idealismo dogmático surge com George
Berkeley, que considera a realidade do mundo
exterior justificada somente pela sua existência na
mente divina ou na mente humana. Para ele, "ser é
ser percebido".
30. Immanuel Kant formula o idealismo
transcendental, no qual o objeto só existe através
de uma relação de conhecimento. Ele descobre,
portanto, o conhecimento dos objetos.
34. O monismo que reduz o corpo à mente, é
conhecido como imaterialismo, e foi
defendido por George Berkeley e pelos
behavioristas.
35. O monismo que reduz a mente ao corpo é
conhecido como materialismo, e foi e
continua sendo defendido por diversos
filósofos, psicólogos e cientistas cognitivos.
36. Isaac Newton
“Se fui capaz de ver mais longe, é porque me
apoiei em ombros de gigantes. ”
SIR ISAAC NEWTON
37. A potência de um Binômio
O binômio de Newton é o que permite escrever o polinômio na forma
canônica, correspondente à potência de um binômio.
38. Cálculo da integral e diferencial
O Cálculo Integral é o contrário do Cálculo Diferencial.
Assim como a adição está para a subtração, e a multiplicação para a divisão,
o Cálculo Integral está para o Diferencial.
Ou seja, se no Diferencial pegávamos um pequeno trecho e diferenciávamos,
no Cálculo Integral vamos INTEGRAR, somar, juntar, unir essas minúsculas
partes que são os diferenciais.
39.
40. Leis dos movimentos
1ª Lei de Newton (Princípio da INÉRCIA).
Quando num corpo não atua força alguma, ou
quando a resultante das forças que atuam é zero,
então sua velocidade tende, por inércia, a
permanecer constante
41. O corpo que está em movimento tende a permanecer assim como o corpo em
repouso tente a permanecer em repouso.
42. 2ª Lei de Newton (Princípio da MASSA).
Quando a resultante das forças que atual em um corpo
é diferente de zero (existe resultante), então a
velocidade varia e o corpo tem aceleração.
43. 3ª Lei de Newton (Princípio da AÇÃO E REAÇÃO).
Quando um corpo A exerce uma força sobre o corpo B,
o corpo B exerce em A uma outra, de mesma
intensidade e direção, e de sentido contrário.
44. Se Michael exerce 20N de força na parede para se manter
apoiado, a parede exerce 20N de força para empurrar Michael.
45. Gravitação universal
Força Peso.
Todos os corpo se atraem com uma força, mesmo que seja desprezível.
Peso é a força gravitacional com que um planeta atrai um corpo.
47. Biografia
Cientista inglês, que foi um dos principais precursores do
Iluminismo, criou o binômio de Newton, e, fez ainda,
outras descobertas importantes para a ciência. Quatro de
suas principais descobertas foram realizadas em sua casa,
isto ocorreu no ano de 1665, período em que a
Universidade de Cambridge foi obrigada a fechar suas
portas por causa da peste que se alastrava por toda a
Europa. Na fazenda onde morava, o jovem e brilhante
estudante realizou descobertas que mudaram o rumo da
ciência: o teorema binomial, o cálculo, a lei da
gravitação.
48. Newton sempre esteve envolvido com questões filosóficas,
religiosas e teológicas e também com a alquimia e suas obras
mostravam claramente seu conhecimento a respeito destes
assuntos. Devido a sua modéstia, não foi fácil convencê-lo a
escrever o livro Principia, considerado uma das obras
científicas mais importantes do mundo.
Diante de todas as suas descobertas, que, sem sombra de
dúvida, contribuíram e também ampliaram os horizontes da
ciência, este cientista brilhante acreditava que ainda havia
muito a se descobrir. E, em 1727, morreu após uma vida de
grandes descobertas e realizações.
49.
50. Obras:
Principia (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural) -
1687.
Onde contém as leis de atração, mecânica e demonstração
sistemática
Opticks - 1704.
Apresentou a teoria das cores.
51. Contribuição Para a Filosofia
Newton é importante para a filosofia por fundamentar a
ciência que influenciará os pensadores iluministas.
Newton também fundamenta o uso do método indutivo
pela ciência. Nas leis científicas onde serão utilizados os
raciocínios que partem do particular ou singular para o
universal. É possível inferir de certas causas e
consequências que todas as causas parecidas ou iguais
terão as mesmas consequências.
52.
53. René Descartes
“Não há nada que dominemos inteiramente a
não ser os nossos pensamentos.”
René Descartes
54. Plano cartesiano
O plano cartesiano consiste em dois eixos perpendiculares, sendo o
horizontal chamado de eixo das abscissas e o vertical de eixo das
ordenadas.
O plano cartesiano foi desenvolvido por Descartes no intuito de
localizar pontos num determinado espaço.
As disposições dos eixos no plano formam quatro quadrantes.
55.
56. Dúvida
O método da dúvida se consiste de quatro regras básicas:
Verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca
do fenômeno ou coisa estudada;
Analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas
unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples;
Sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades
estudadas em um todo verdadeiro;
Enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a
fim de manter a ordem do pensamento.
57.
58. Obras:
Regras para a direção do espírito (1628)
Discurso sobre o método (1637)
Geometria (1637)
Meditações Metafísicas (1641)
59. Biografia:
René Descartes foi um importante filósofo, matemático e
físico francês do século XVII. Que fez estudos nas áreas da
Epistemologia e Metafísica. Descartes é considerado o
pioneiro no pensamento filosófico moderno.
Descartes nasceu na cidade de La Haye (França) em 31 de
março de 1596 e faleceu na cidade de Estocolmo (Suécia)
em 11 de fevereiro de 1650.
60.
61. Contribuição para a filosofia
Contribuiu para o racionalismo com o Plano Cartesiano.
“Penso logo existo”.
É considerado o filósofo que individualmente mais
contribuiu para o progresso das ciências exatas.
Fundador da filosofia moderna.
Estudos em Epistemologia e Metafísica.
64. Principais ideias
Como filósofo foi muito importante na defesa do uso do
método científico (empirismo). Defendia que a obtenção
dos fatos verdadeiros se dava através da observação e
experimentação (regulada pelo raciocínio lógico).
- Propôs a classificação das ciências em três grupos:
Ciência da Imaginação (poesia), Ciência da Memória
(História) e Ciência da Razão (Filosofia).
Julgava os sentidos os fundadores da ideia.
65.
66. Biografia
Francis Bacon foi um importante filósofo inglês dos
séculos XVI e XVII. Foi também político e estadista e
ensaísta. É considerado um dos fundadores da Ciência
Moderna.
Francis Bacon nasceu na cidade de Londres (Inglaterra) em
22 de janeiro de 1561.
Foi eleito para a Câmara dos Comuns Inglesa em 1584.
Durante o reinado de Jaime I, atuou como procurador-
geral, fiscal-geral, guarda do selo e grande chanceler.
67. Obras:
Novum organum
Instauratio magna
Elementos das leis comuns da Inglaterra
Casos de traição
Ensaios
68. Contribuição para filosofia
Considerado o pai do Empirismo por ter formulado os fundamentos dos
métodos de análise e pesquisa da ciência moderna.
Para ele a verdadeira ciência é a ciência das causas e seu método é
conhecido como racionalista experimental.
Afirma que: "O empírico se assemelham à formiga, pois se preocupa
em acumular e depois comer a sua comida. O dogmático é como a
aranha que tece sua teia com material extraído de si mesmo, da sua
própria substância. A abelha faz o melhor caminho, pois tira a matéria
das flores do campo e então por uma arte própria, trabalha e digere
essa matéria".
71. Fundamentos da Mecânica
Criou alguns fundamentos da mecânica
baseado em máquinas simples como
alavancas, plano inclinado e etc.
72. Telescópio
Construiu um telescópio muito melhor que os existentes e
explorou os céus como nunca fora feito antes.
Além de estudar as constelações Plêiades, Órion, Câncer e
a Via Láctea, descobriu as montanhas lunares, as manchas
solares, o planeta Saturno, os satélites de Júpiter e as
fases de Vênus.
76. Heliocentrismo
Acreditava no heliocentrismo que afirmava: A terra gira em torno do
Sol.
Por apoiar esse pensamento foi acusado de herege. Condenado, foi
obrigado a assinar um decreto do Tribunal da Inquisição, onde
declarava que o sistema heliocêntrico era apenas uma hipótese.
Contudo, em 1632, ele voltou a defender o sistema heliocêntrico e
deu continuidade aos seus estudos.
77.
78. Obras
As descobertas astronômicas foram publicadas no livro
"Siderus Nuntius" ("Mensageiro das Estrelas"), em 1610.
Istoria e Dimostrazione Intorno Alle Macchie Solari
Dialogo Sopre i due Massimi Sistemi del Mondo (1632)
Discorsi e Dismonstrazioni Matematiche Intorno Duo
Nuove Scienze
79. Biografia:
Grande Físico, Matemático e Astrônomo, Galileu Galilei
nasceu na Itália no ano de 1564.
Durante sua juventude ele escreveu obras sobre Dante e
Tasso. Ainda nesta fase, fez a descoberta da lei dos corpos
e enunciou o princípio da Inércia.
Foi um dos principais representantes do Renascimento
Científico dos séculos XVI e XVII.
80. Galileu Galilei registra a presença de mares,
crateras e montanhas na Lua. Publica "História
das Manchas e Acidentes do Sol" em 1613.
Descobre os quatro satélites de Júpiter – prova de
que alguns astros são capazes de orbitar em torno
de outros.
Observa que Vênus tem as mesmas fases da Lua e
conclui que o planeta, como a Terra, também
orbita ao redor do Sol. Em 1614 foi acusado de
heresia e em 1616 foi proibido de ensinar e
defender sua teoria.
81. Em 1632, defendeu o sistema heliocêntrico na
obra "Diálogo" sobre os Dois Máximos Sistemas do
Mundo: o Ptolemaico e o Copérnico. Em 1633, foi
condenado, pela inquisição, a prisão domiciliar
permanente em sua casa de campo em Arcetri, no
sul de Florença, Itália. Foi obrigado a renegar suas
descobertas.
Morreu cego em sua casa em Arcetri, no dia 8 de
janeiro de 1642. Em 1922 a igreja reconheceu o
erro cometido.
86. Biografia:
Baruch (Benedictus, em latim) Spinoza era de família
judia de origem portuguesa. Seu pai era um comerciante
abastado. Criado dentro do judaísmo, Baruch estudou a
Bíblia Sagrada e o Talmude, o livro dos ensinamentos
rabínicos.
Entre os anos de 1654 e 1656, dirigiu os negócios de sua
família, mas, em junho desse ano, foi acusado de heresia
e excomungado, tendo de abandonar a comunidade
judaica.
Mudou-se, então, para Leyden e depois para Haia, onde
passou a viver de seu trabalho como polidor de lentes.
87. Em 1633, Spinoza publicou "Princípios da
Filosofia de Descartes", obra expositiva dirigida
a um jovem discípulo. Certamente já
trabalhava, nessa época, na sua "Ética", obra-
prima que só seria publicada postumamente.
Vivendo num período em que os princípios de
tolerância da sociedade holandesa estavam
ameaçados, Spinoza preferiu trabalhar no seu
"Tratado Teológico-político". Essa obra foi
publicada anonimamente em 1670, causando
escândalo.
88. Em 1673, foi convidado pelo rei Luís 2o a permanecer
na França, recebendo uma pensão. Uma cátedra para
lecionar na Universidade de Heidelberg lhe foi
oferecida e também recusada. Spinoza preferiu a
independência para elaborar sua obra. Levou uma
vida sóbria, limitada por sua saúde frágil e faleceu em
1677, aos 44 anos.
Em sua obra mais importante, "Ética", o filósofo
demonstrou, à maneira dos geômetras, a
inteligibilidade de Deus. Segundo ele, espírito e
matéria seriam apenas dois atributos da substância
única, divina, de infinitos atributos. O pensamento de
Baruch Spinoza exerce ainda hoje considerável
influência.
90. Jansenismo
O homem não pode salvar a si próprio.
Após o pecado original, o homem só pode somente esperar
a graça de Deus, concedida a um pequeno número de
eleitos, dom absolutamente gratuito como prova da
soberana liberdade divina.
92. Vácuo e Pressão Atmosférica
Com as pesquisas no vácuo e com a pressão atmosférica
ele desenvolveu uma teoria chama Teorema de Pascal:
Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada
se distribui integralmente e igualmente em todas as direções
e sentidos.
94. Obras:
Traité du triangle arithmétique (1654) – matemática.
Les Provinciales (1656-1657)- filosófico-religioso.
Traité de l'équilibre des liqueurs (1663) – física.
“Dedicatória a Monsenhor Chanceler Acerca da Nova
Máquina Inventada pelo Senhor Blaise Pascal “(1645).
“Generatio Conisectionum” (1648).
“Oração para o Bom Uso das Doenças" (1659).
95. Biografia
Pascal teve uma boa educação, baseada em sólidos
princípios morais, concomitante ao ensino da história e
filosofia.
Prodígio, aos 11 anos escreveu um tratado sobre os sons,
baseado nas suas experiências.
Aos 17, inventou a “máquina aritmética”, que evoluiria
para a máquina de calcular.
Sua trajetória na ciência se deu, em boa parte, nos
estudos do cálculo e das ciências.
96. Ampliou a teoria de Torricelli sobre a pressão
atmosférica, criou ramos da matemática como a
geometria projetiva e a teoria probabilística e
desenvolveu estudos sobre o cálculo infinitesimal.
Aos 30 anos, Pascal passou a se interessar por
questões religiosas, principalmente ligadas aos
milagres, depois da cura da sua sobrinha de uma
doença considerada incurável.
Pascal envolveu-se com o jansenismo, uma corrente
de pensamento que difundia a ideia de que a razão
era a “mãe das heresias”. Passou a ter uma vida
reclusa, cultivando sempre a contemplação religiosa.
Morreu aos 39 anos de idade, mas teve uma vida
intelectual fértil no pouco tempo que viveu.
97. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Século das Luzes ou Iluminismo foi um movimento intelectual que
aconteceu no século XVIII na Europa, conhecido por ter sido uma
época de grandes desenvolvimentos, no campo das ideias, da ciência,
da arte e da cultura.
98. O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e
os burgueses tinham interesses em comum, como por
exemplo, ideias contrárias ao antigo regime e suas
implantações. Também suprime toda a história da civilização
objetivando encontrar suas respostas na origem dos seres, o
ser humano em seu estado natural. Consegue esta vertente
filosófica, através dos grandes nomes da filosofia, tais como:
Kant, Rousseau, Montesquieu, Locke, Beccaria, Voltaire,
dentre outros, a penetrar em toda a vida social da época,
culminando com a Revolução Francesa.
Imagem do pintor
Delacroix expressando
seu sentido da
Revolução Francesa.
99. Em suma, foi uma época em que houve uma reforma
no modo de pensar das pessoas, cuja mesmas lutaram
a favor e desenvolveram uma sociedade - europeia -
melhor com o uso da razão e contra o Antigo Regime.
100. Materialismo e Empirismo
O materialismo pode ser explicado como a ciência dos corpos:
Corpos físicos: corpos naturais estudados pela filosofia na
natureza;
Corpos artificiais: o Estado e as suas instituições, estudados
pela filosofia política.
Percebe-se que neste contexto tudo pode ser explicado com o
corpo, elemento material e independente do pensamento, e o
movimento que pode ser determinado pelas ciências exatas.
Trata-se de uma concepção materialista e mecanicista da
realidade.
101. ÉTICA E POLÍTICA
Ideias que também surgiram neste período, que falava sobre política
como as de Montesquieu, que dizia que o governo deveria se dividir
em 3 poderes: o executivo, o legislativo e o judiciário. Tais ideias que
são usadas hoje em dia e que serviu de molde para a organização do
sistema político das nações modernas.
Montesquieu
102. Rosseau, no campo da ética e da política, dizia que as
leis devem ser uma expressão do povo, e que a única
forma de governo possível seria a democracia absoluta.
Também dizia que o Homem é bom naturalmente,
embora esteja sempre sob o jugo da vida em sociedade,
a qual o predispõe à depravação. O bem-estar dele seria
o único móvel das ações humanas e, da mesma, em
determinados momentos o interesse comum poderia
fazer o indivíduo contar com a assistência de seus
semelhantes. Por outro lado, em outros momentos, a
concorrência faria com que todos desconfiassem de
todos.
Dessa forma, seria preciso definir a questão da
igualdade entre todos, do comprometimento entre
todos. Se por um lado a vontade individual diria
respeito à vontade particular, a vontade do cidadão
(daquele que vive em sociedade e tem consciência
disso) deveria ser coletiva, deveria haver um interesse
no bem comum.
Jean-Jacques Rousseau
103. Tomas Hobbes, no plano ético, prega que o bem é aquilo
que desejamos alcançar, assim como o mal é aquilo que não
desejamos. Isso se explica pois na concepção hobbesiana o
valor fundamental do indivíduo é a conservação da vida, ou
seja, a evolução de si mesmo.
Porém, se o bem e o mal são relativos a cada ser, um
possível problema a ser enfrentado é o conflito que que
seria gerado na convivência das pessoas.
Tomas Hobbes
104. A resolução para esse problema é dado por Hobbes nas obras
O Leviatã e Do cidadão, nos quais um sistema de poder
absoluto é apresentado como um meio de manter a ordem na
sociedade, evitando o conflito e a destruição mútua da
população.
Em O Leviatã, Hobbes compara o Estado a um ser monstruoso
criado para por fim na anarquia e ao caos nas relações
humanas. Esse nome é derivado de um ser citado no livro
bíblico de Jó.
O leviatã:
105. CRÍTICA AO ABSOLUTISMO
Como os reis da época dizem que o seu poder vinha de
Deus, o poder divino, alguns filósofos começaram a
contestar tal ideia, como por exemplo John Locke, que
negava a origem do poder divino. Ele diz que o poder do
rei é baseado no consentimento dos cidadãos, em outras
palavras, de certa forma, o rei só tinha tal poder porque
o povo deixava em seu uso.
Tais ideias resultaram em tamanha abrangência, que - por
exemplo na França com a Revolução Francesa -, o povo
tomo as rédeas contra o Absolutismo.
John Locke
106. CONTRATO SOCIAL
Para Rosseau, o homem nascera livre,
mas a sociedade e tudo ao seu redor o
corrompera. Sendo assim, o homem
sempre foi acorrentado por fatores
determinados, como até mesmo seus
desejos mundanos e o seu modo de vida
alienado, coisa que distanciou da sua
própria natureza que é ser livre.
Jean- Jacques Rousseau
107. E então Rosseau se colocava em pauta: como preservar a liberdade
natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-
estar da vida em sociedade?
Segundo ele, isso seria possível através de um contrato social, por meio
do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da
vontade coletiva.
Mas com cautela, pois mesmo com a assistência de seu semelhante, o
homem, em certos momentos, poderia causar sentimentos que
acarretariam em situações desagradáveis, como concorrência, etc.
Então, o desejo deveria ser coletivo, se por um lado a vontade individual
diria respeito à vontade particular, a vontade do cidadão deveria ser
coletiva, deveria haver um interesse no bem comum.
Dia 25 de Abril - Dia da Liberdade (Portugal)
108. Daí a importância do contrato social, pois os
homens, depois de terem perdido sua liberdade
natural (quando o coração ainda não havia
corrompido, existindo uma piedade natural),
necessitariam ganhar em troca a liberdade civil,
sendo tal contrato um mecanismo para isso.
O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva
deste contrato, isto é, agente do processo de
elaboração das leis e de cumprimento destas,
compreendendo que obedecer a lei que se escreve
para si mesmo seria um ato de liberdade. Logo, o
povo seria soberano e não o rei, e a sua soberania
seria condição para a sua libertação e a volta para
a sua liberdade natural.
109. LIBERDADE E IGUALDADE
Em questões de liberdade, é de uso o tão aclamado
liberalismo, que é o reconhecimento da liberdade como
um direito natural do homem. Essa liberdade se exerceria
nos níveis político, econômico e intelectual, o que levava
os iluministas a condenar o absolutismo, o intervencionis-
mo e a intolerância. Mas não se tratava de uma liberdade
absoluta, sendo limitada pelos valores morais e pelo res-
peito aos direitos dos demais integrantes do corpo social.
110. A IGUALDADE DOS HOMENS PERANTE A LEI
Dentro desse raciocínio, a lei não poderia privilegiar alguém
com base em seu nascimento ou condição social. Todavia, a
igualdade defendida pelos iluministas era apenas civil (ou
jurídica), não se estendendo ao plano econômico; e também
não eliminava o menosprezo que a burguesia sentia em relação
às classes populares. Em suma, a igualdade do homem de
acordo com a lei.
111. CONSTITUIÇÃO E DIREITOS
Os princípios discutidos pelos pensadores iluministas no século XIX
orientaram a formação de muitos Estados modernos, inclusive o Brasil.
Seus princípios levaram a criações de muitas constituições ao redor do
mundo - inclusive a nossa -, e que é de uso até então. Como exemplo de
um artigo da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE
1988, que leva como fardo as ideias apresentadas na época iluminista:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade...
112. Sobre direitos, dentro do que já foi dito no
liberalismo e também há no naturalismo, o
homem possui direitos naturais e direitos
dentro do grupo social. Estes deveriam ser
obrigatoriamente respeitado pelo Estado.
113. DEMOCRACIA
A respeito da democracia, como dito por Rosseau no “O
Contrato Social”, onde ele defende a concepção de que a
democracia baseava-se na vontade da maioria, isto é, na
soberania do povo, que se manifestava pelo voto.
Os governos eleitos, portanto, deveriam refletir e seguir
essa vontade geral. Este exemplo de Rosseau explica
basicamente o ideal de democracia dentro da época do
Iluminismo, pois fartos do Antigo Regime, a sociedade da
época precisava expor suas ideias e vontades e
transformar [a sociedade em questão] em algo
totalmente democrático e justo, levando o uso da razão.
114. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E
DO CIDADÃO
Em 1789 o povo de França levou a cabo a
abolição da monarquia absoluta e o
estabelecimento da primeira República Francesa.
Somente seis semanas depois do assalto à
Bastilha, e apenas três semanas depois da
abolição do feudalismo, a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão foi adotada
pela Assembleia Constituinte Nacional como o
primeiro passo para o escrito de uma
constituição para a República da França.
115. A Declaração proclama que todos os
cidadãos devem ter garantidos os direitos de
“liberdade, propriedade, segurança, e
resistência à opressão”. Isto argumenta que
a necessidade da lei provém do fato que “…
o exercício dos direitos naturais de cada
homem tem só aquelas fronteiras que
asseguram a outros membros da sociedade o
desfrutar destes mesmos direitos”. Portanto,
a Declaração vê a lei como “uma expressão
da vontade geral”, que tem a intenção de
promover esta igualdade de direitos e proibir
“só ações prejudiciais para a sociedade”.
116. JOHN LOCKE
Considerado um dos mais importantes pensadores da doutrina
liberal, John Locke nasceu em 1632, na cidade de Wrington,
Somerset, região sudoeste da Inglaterra. Quando começou a se
interessar por assuntos políticos, Locke inicialmente defendeu
a necessidade de uma estrutura de governo centralizada que
impedisse a desordem no interior da sociedade. Sua visão
conservadora e autoritária se estendia também ao campo da
religiosidade, no momento em que ele acreditava que o
monarca deveria interferir nas opções religiosas de seus
súditos. Contudo, seu interesse pelo campo da filosofia
modificou paulatinamente suas opiniões.
117. Um dos pontos fundamentais de seu pensamento
político se transformou sensivelmente quando o
intelectual passou a questionar a legitimidade do
direito divino dos reis. A obra que essencialmente
trata desse assunto é intitulada “Dois Tratados
sobre o Governo” e foi publicada nos finais do
século XVII. Em suas concepções, Locke defendia o
estabelecimento de práticas políticas que não
fossem contra as leis naturais do mundo.
118. Interessado em refletir sobre o processo de obtenção
do conhecimento e a importância da educação para o
indivíduo, Locke foi claro defensor do poder
transformador das instituições de ensino. De acordo
com seus ensaios, o homem nascia sem dominar
nenhuma forma de conhecimento e, somente com o
passar dos anos, teria a capacidade de acumulá-lo.
A partir dessa premissa é que o autor britânico
acreditava que as mazelas eram socialmente
produzidas e poderiam ser superadas pelo homem. O
reconhecimento do legado de Locke ocorreu quando
ele ainda era vivo. Ele faleceu em 1704, na cidade de
Oates, Inglaterra.
119. TOMAS HOBBES
Considerado como um dos teóricos do poder absolutista em vigor
na Idade Moderna, Thomas Hobbes viveu entre 1588 e 1679. Para
Hobbes, o Estado deveria ser a instituição fundamental para
regular as relações humanas, dado o caráter da condição natural
dos homens que os impele à busca do atendimento de seus desejos
de qualquer maneira, a qualquer preço, de forma violenta,
egoísta, isto é, movida por paixões. Afirmava que os homens não
tiram prazer algum da companhia uns dos outros quando não
existe um poder capaz de manter a todos em respeito, pois cada
um pretende que seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que
ele atribui a si próprio.
Dessa forma, tal situação seria propícia para uma luta de todos
contra todos pelo desejo do reconhecimento, pela busca da
preservação da vida e da realização daquilo que o homem (juiz de
suas ações) deseja. Deste ponto de vista surgiria a famosa
expressão de Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.
120. A paz somente seria possível quando todos renunciassem a
liberdade que têm sobre si mesmos. Hobbes discorre sobre as
formas de contratos e pactos possíveis em sua obra Leviatã,
apontando ser o Estado o resultado do “pacto” feito entre os
homens para, simultaneamente, todos abdicarem de sua
“liberdade total”, do estado de natureza, consentindo a
concentração deste poder nas mãos de um governante soberano.
Seria necessária a criação artificial da sociedade política,
administrada pelo Estado, estabelecendo-se uma ordem moral para
a brutalidade social primitiva.
121. JEAN-JAQUES ROUSSEAU
Jean-Jaques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 —
Ermenonville, 2 de Julho de 1778) foi outro pensador que,
para a época, tinha algumas opiniões de caráter mais radical.
Contrário a uma vida luxuosa ele afirmou que a propriedade
privada originava a desigualdade entre os homens. Em sua
obra “Discurso sobre a origem e o fundamento da
desigualdade entre os homens”, Rousseau defendeu que o
homem era corrompido pela sociedade e que a soberania
popular e a simplicidade deveriam ser princípios básicos na
ascensão de uma sociedade mais justa e igualitária. No texto
“Contrato Social”, defendia o princípio no qual a vontade
geral dos homens promoveria instituições mais justas.
122. VOLTAIRE
Voltaire (Paris, 21 de novembro de 1694 — Paris, 30 de maio
de 1778), atacando ferozmente a Igreja e o clero, ele
acreditava que Deus não seria conhecido pelos dogmas
religiosos.
Somente os homens dotados de razão e liberdade seriam
capazes de conhecer as vontades e desígnios divinos. Em seu
livro “Cartas Inglesas”, criticou as instituições religiosas e a
existência de hábitos feudais ainda presentes na sociedade
europeia. Mesmo sendo um grande crítico, Voltaire não
defendia a revolução como instrumento de mudança. A seu
ver, as monarquias dotadas de princípios racionalizantes
poderiam renovar suas práticas e ações.
123. MONTESQUIEU
Publicando em 1721 a obra “Cartas Persas”, o barão de Montesquieu
(castelo de La Brède, próximo a Bordéus, 18 de Janeiro de 1689 —
Paris, 10 de Fevereiro de 1755) realizou uma crítica sistemática ao
autoritarismo político e aos costumes de diversas instituições
europeias. No ano de 1748, discutiu as formas de governo fazendo
uma análise da monarquia inglesa no livro “O Espírito das Leis”. Na
mesma obra pregava que os poderes deveriam ser divididos entre
Executivo, Legislativo e Judiciário.
O rei deveria ser um mero executor das ações tomadas pelos poderes
a serem intuídos nessa forma de governo. Além disso, acreditava que
uma Constituição deveria ser redigida como lei máxima dos
governantes e da sociedade.
124. David Hume
David Hume (1711 –1776) foi um filósofo, historiador e ensaísta escocês
que se tornou célebre por seu empirismo radical e seu ceticismo
filosófico.
Hume verifica em primeiro lugar que o homem possui por um lado
impressões e por outro ideias. Por impressão, ele entende a sensação
imediata da realidade exterior. Por ideia entende a recordação dessa
sensação.
Podemos dizer que a impressão sensível é o original e a ideia ou
recordação é a cópia pálida.
David Hume
125. Já o raciocínio dedutivo , segundo Hume,
pode ser explicado da seguinte forma: as
sensações captadas pelos sentidos de forma
repetida levam a crer que aquilo que já
ocorreu tornará a ocorrer, sem nenhum
fundamento lógico. Isto ocorre graças a
crenças e hábitos adquiridos pelo ser.
Por exemplo, amanhã cremos que o sol
nascerá, não em termos lógicos, mas pelo
hábito de que a cada novo dia o sol nasce.
126. Immanuel Kant
Immanuel Kant nasceu no dia 22 de abril de 1724, em Königsberg, Prússia.
Era filho de um negociante de origem escocesa e considerado o pai da
filosofia crítica.
As questões que deveriam ser respondidas na filosofia, na concepção de
Kant eram: O que posso saber? Como devo agir? O que posso esperar? E o
que é o ser humano?
Para responder, ele baseou-se nas ideias de Hume, instituindo o que ficou
conhecido como o tribunal da razão. Kant, iluminado, subordina a religião
à razão em seu texto Religião nos limites da simples razão.
Outras reflexões de Immanuel se tratam de estética, presente na Crítica
do Juízo.
Immanuel
Kant
127. Segundo Kant existem dois tipos de conhecimentos:
Empírico: refere-se a dados coletados pelos sentidos, ou seja, que posterior a
experiência.
Puro: não depende do sentido, sendo anterior a experiência, ou seja,
depende da racionalidade. Um exemplo é a concepção de que duas linhas
paralelas não se cruzam. O conhecimento puro conduz a juízos universais e
necessários, classificados por Kant em:
Juízo analítico: o predicado está incluído no sujeito, como na frase “o
triângulo tem três lados”.
Juízo sintético: o predicado necessita ser exposto, como na frase “ o menino
é alto”. Por mais que o conceito de menino seja analisado, não extrairemos
dele o predicado é alto.
Kant também caracterizou um termo chamado priori para designar as
situações onde são acrescentadas informações ao sujeito, mas sem a
limitação da experiência, como por exemplo “Duas linhas paralelas jamais se
cruzam”. A priori é a razão pela qual a física e matemática trabalham.
O conhecimento, segundo Kant, é o resultado da interação entre o sujeito e
o objeto conhecido. Só conhecemos as coisas tal como as percebemos, em
nossas estruturas mentais. Desse modo a filosofia Kantiana superou as
diferenças entre o empirismo e o racionalismo, edificando um tese na qual o
conhecimento seria uma junção destas duas teses: a sensibilidade nos oferece
dados do objeto, e o entendimento determina as condições nas quais o objeto
é pensado.