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Proteção a
espaços verdes
vive expansão
“Isso faz de
Campinas a
cidade com a
maior área
ambiental
tombada do
Estado de
São Paulo e
possivelmente,
também a
maior do Brasil.”
Historiadora da Coordenadoria Setorial
do Patrimônio Cultural (CSPC)
Condepacc tomba 147 bens naturais
DAISY RIBEIRO
MEIO AMBIENTE ||| PRESERVAÇÃO
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teresa@rac.com.br
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mônio Artístico e Cultural de
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nar cerca de 895,67 hectares
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“Isso faz de Campinas a cidade
com a maior área ambiental
tombada do Estado de São Pau-
lo e possivelmente, também, a
maior do Brasil”, diz a historia-
dora Daisy Ribeiro, da Coorde-
nadoria Setorial do Patrimônio
Cultural (CSPC).
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plinado, proibindo, por exem-
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bre a mata.
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aberto em 2003, para analisar
895,67 ha, ocorreu a pedido do
engenheiro agrônomo do Insti-
tuto Agronômico de Campinas
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dora Dionete Santin, do Núcleo
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cente do Município de Campi-
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zenda Santana (82,8ha), Mata
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las, florestas paludosas e matas
de várzeas protegidas, como o
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ciço D (40,92ha), Várzea próxi-
ma a Mata Sta. Genebra
(7,12ha), Recanto Yara (6,91ha),
Mata nativa de brejo Boldrini
(4,9ha) e Várzea à Montante
(3,5ha).
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tos estão a mata nativa do Bos-
que Chico Mendes, a mata ciliar
nativa do Parque Xangrilá e Lu-
ciamar, o conjunto de áreas ver-
des naturais, fragmentos de ma-
tas remanescentes incluídos os
parques e bosques que tem ve-
getação nativa, o arboreto da se-
de do Coral Pio XI, a mata da
margem esquerda do Ribeirão
Anhumas e a mata nativa da
Praça 10 do Condomínio Cami-
nhos de San Conrado.
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bens naturais em processo de
tombamento levam em conta
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preendimentos próximos, com-
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ca e estado de conservação, bio-
diversidade, associação a curso
d´água, tamanho, conexão com
outros fragmentos e solicitação
de entidades.
Henrique Hein
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
henrique.hein@rac.com.br
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do ontem pela Prefeitura de
Campinas com o plantio de
duas mudas de jequitibás-bran-
co nos jardins do Palácio dos Je-
quitibás. As novas árvores, plan-
tadas pelo prefeito Jonas Doni-
zette e pelo vice-prefeito Henri-
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que são símbolos da cidade,
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ainda com a participação de
um grupo de 180 alunos da Es-
cola Municipal de Educação In-
fantil (EMEF) Carmelina de
Castro Rinco , do Jardim Cristi-
na. Ao lado das crianças, o pre-
feito lembrou a importância de
valorizar a importância da da-
ta, que marca o início da Prima-
vera, que começa hoje em todo
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so, Jonas relembrou os dois
anos do microexplosão na cida-
de, ocorrida em junho de 2016
— fenômeno que só não foi
pior por conta da vegetação.
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das. Se não houvesse árvores
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te poderia ter sido muito pior”,
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bém para enfatizar a marca de
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em Campinas desde 2013,
quando assumiu a Prefeitura e
reativou o Viveiro Municipal
para produzir mudas. Antes de
tomar posse, o local permane-
ceu dez anos fechado. “Quanto
mais árvores nós plantamos,
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ças respiratórias, por exem-
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Sustentável, Rogério Menezes,
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nia. Ele contou que, além dos
dois novos jequitibás, outras 15
mil árvores foram plantadas on-
tem no Parque Dom Bosco, o
que ampliou o adensamento
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tal de 1 milhão de mudas ini-
ciais plantadas, cerca de 650
mil foram distribuídas em
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Secretaria de Serviços Públicos
e as outras 350 mil tiveram
plantio definido pela Secretaria
do Verde como compensações
ambientais em projetos desen-
volvidos em várias regiões.
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Segundo o secretário de Servi-
ços Públicos, Ernesto Paulella,
o Viveiro Municipal produz
atualmente cerca de 80 mil mu-
das por mês, entre plantas or-
namentais e árvores da flora na-
tiva, utilizadas nos espaços pú-
blicos. Além do benefício am-
biental, o trabalho no local tem
caráter socioeducativo e benefi-
cia 40 adolescentes da Associa-
ção de Pais e Amigos dos Ex-
cepcionais (Apae) e 30 reedu-
candos, que recebem bolsas-
auxílio por meio de convênios.
Ele destacou que enquanto
a Organização das Nações Uni-
das (ONU) preconiza cerca de
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verde por habitante, Campinas
já soma o número muito supe-
rior de 80 metros quadrados
por habitante. Paulella estima
que a cidade possua atualmen-
te cerca de 2 milhões de árvo-
res consideradas adultas.
O vice-prefeito, Henrique
Magalhães Teixeira, lembrou a
evolução no selo ambiental de
Município VerdeAzul. Em
2012, a cidade ocupava a 231º
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lo. Seis anos depois, ocupa a 1ª
colocação.
Sugestões de pautas, críticas e elogios:
cidades@rac.com.br ou
pelos telefones 3772-8221 e 3772-8003
Atendimento ao assinante:
3736-3200 ou pelo
e-mail saa@rac.com.br
Editores: Carlãozinho Lemes, Hélio Paschoal, Marcelo Pereira e Marco Antonio Martins Chefe de reportagem: Ricardo Fernandes
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Entre as áreas estão fragmentos de florestas, matas de brejo, cerrado e parques de Campinas
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Processo foi aberto
em 2003 a pedido do
Instituto Agronômico
O
tombamento de
áreas verdes em
Campinas ao longo
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visando a preservação já
mostram pontos positivos
em relação ao aumento de
áreas de mata desses bens.
Segundo técnicos da
Coordenadoria Setorial do
Patrimônio Cultural, a
inserção dos bens de
interesse do Condepacc no
programa Quantum Gis
(Sistema de Informação
Geográfica) da Prefeitura de
Campinas, mostra um
incremento da área ao
longo do tempo.
Um exemplo é a mata de
São Martinho/Boldrini que
de 2002 até 2017 houve um
aumento significativo em
termos de área e densidade
de espécies. Na Mata
Santa Elisa no I Instituto
Agronômico de Campinas
(IAC) foi notado um
aumento de 50% tendo em
vista a não utilização de sua
área envoltória para
experimentos e também ao
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A proteção institucional por
meio do tombamento
mostrou também uma
dinâmica variada no
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A Mata da Fazenda Santana,
por exemplo, sofreu uma
redução na face leste, mas
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nordeste. Os fragmentos
Grota Horta (1,25ha),
Fazenda Recanto A(2,1ha)
e B (2,7ha) se tornaram o
Parque Natural Municipal
da Mata com 35 ha
incluindo as matas ciliares,
unindo-os.
A mesma coisa ocorreu na
mata da Granja Bela
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Bela Aliança. Este
fragmento de mata tinha,
em 1998 área de 12,83 ha e
pelo levantamento
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empreendimento em 2016,
ela chegou a 22,9 ha, um
aumento de 78% na área da
mata. (MTC/AAN)
ESPAÇOS
Grupo com 180 alunos da Escola Municipal Carmelina de Castro Rinco acompanhou o ato na manhã de ontem
A4 CORREIO POPULARA4 Campinas, sábado, 22 de setembro de 2018

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Correio Popular

  • 1. Proteção a espaços verdes vive expansão “Isso faz de Campinas a cidade com a maior área ambiental tombada do Estado de São Paulo e possivelmente, também a maior do Brasil.” Historiadora da Coordenadoria Setorial do Patrimônio Cultural (CSPC) Condepacc tomba 147 bens naturais DAISY RIBEIRO MEIO AMBIENTE ||| PRESERVAÇÃO Maria Teresa Costa DA AGÊNCIA ANHANGUERA teresa@rac.com.br O Conselho de Defesa do Patri- mônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc) tomou uma decisão histórica, na tenta- tiva de salvar o pouco que ainda resta de áreas verdes naturais na cidade: aprovou o tomba- mento de 147 bens naturais, en- tre eles fragmentos de florestas, matas de brejo, cerrado e par- ques. A decisão conclui um pro- cesso aberto há 15 anos para tor- nar cerca de 895,67 hectares (ha) de matas patrimônio da ci- dade. Com a conclusão do tom- bamento, Campinas passou a ter 1.616,9 ha protegidos como patrimônio natural, o equivalen- te a 1.616 campos de futebol. Assim, a cidade chega a 172 áreas protegidas como bens na- turais, que correspondem a 80% das áreas remanescentes. “Isso faz de Campinas a cidade com a maior área ambiental tombada do Estado de São Pau- lo e possivelmente, também, a maior do Brasil”, diz a historia- dora Daisy Ribeiro, da Coorde- nadoria Setorial do Patrimônio Cultural (CSPC). O tombamento é um meca- nismo político para exigir que o entorno do bem tombado – fai- xa de até 300 metros – seja disci- plinado, proibindo, por exem- plo, a construção de prédios que podem incidir sombra so- bre a mata. O estudo de tombamento aberto em 2003, para analisar 895,67 ha, ocorreu a pedido do engenheiro agrônomo do Insti- tuto Agronômico de Campinas (IAC) Luiz Mathes e da pesquisa- dora Dionete Santin, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambien- tais (Nepam) da Unicamp. As áreas que entram em estudo de preservação foram identificadas por Dionete em sua tese de dou- torado (A Vegetação Remanes- cente do Município de Campi- nas: Mapeamento e Levanta- mento Florístico Visando a Con- servação), defendida em 1999. Até o tombamento decidido na semana passada, Campinas possuía 631,65 ha de florestas protegidas, caso da Mata Santa Genebra (241ha), Mata Ribeirão Cachoeira (221ha), Mata da Fa- zenda Santana (82,8ha), Mata da fazenda São Vicente (72,7ha) e Mata da Fazenda Santa Elisa- IAC (14,15ha). Também havia mais 189,95 ha de matas higrófi- las, florestas paludosas e matas de várzeas protegidas, como o Complexo Rio das Pedras (83ha), Maciço C (43,59ha), Ma- ciço D (40,92ha), Várzea próxi- ma a Mata Sta. Genebra (7,12ha), Recanto Yara (6,91ha), Mata nativa de brejo Boldrini (4,9ha) e Várzea à Montante (3,5ha). Entre os novos tombamen- tos estão a mata nativa do Bos- que Chico Mendes, a mata ciliar nativa do Parque Xangrilá e Lu- ciamar, o conjunto de áreas ver- des naturais, fragmentos de ma- tas remanescentes incluídos os parques e bosques que tem ve- getação nativa, o arboreto da se- de do Coral Pio XI, a mata da margem esquerda do Ribeirão Anhumas e a mata nativa da Praça 10 do Condomínio Cami- nhos de San Conrado. Os critérios de análise de bens naturais em processo de tombamento levam em conta risco de perda, degradação, em- preendimentos próximos, com- posição paisagística, característi- ca e estado de conservação, bio- diversidade, associação a curso d´água, tamanho, conexão com outros fragmentos e solicitação de entidades. Henrique Hein DA AGÊNCIA ANHANGUERA henrique.hein@rac.com.br O Dia da Árvore foi comemora- do ontem pela Prefeitura de Campinas com o plantio de duas mudas de jequitibás-bran- co nos jardins do Palácio dos Je- quitibás. As novas árvores, plan- tadas pelo prefeito Jonas Doni- zette e pelo vice-prefeito Henri- que Magalhães Teixeira, am- bos do PSB, fazem companhia aos três jequitibás-rosa adultos que são símbolos da cidade, um deles com cerca de 400 anos. A ação de ontem, contou ainda com a participação de um grupo de 180 alunos da Es- cola Municipal de Educação In- fantil (EMEF) Carmelina de Castro Rinco , do Jardim Cristi- na. Ao lado das crianças, o pre- feito lembrou a importância de valorizar a importância da da- ta, que marca o início da Prima- vera, que começa hoje em todo Hemisfério Sul. Em seu discur- so, Jonas relembrou os dois anos do microexplosão na cida- de, ocorrida em junho de 2016 — fenômeno que só não foi pior por conta da vegetação. “As árvores protegem nossas vi- das. Se não houvesse árvores como barreira para o vento for- te poderia ter sido muito pior”, avaliou. O prefeito aproveitou tam- bém para enfatizar a marca de 1 milhão de árvores plantadas em Campinas desde 2013, quando assumiu a Prefeitura e reativou o Viveiro Municipal para produzir mudas. Antes de tomar posse, o local permane- ceu dez anos fechado. “Quanto mais árvores nós plantamos, mais nós cuidamos da saúde das pessoas e evitamos doen- ças respiratórias, por exem- plo”, disse o prefeito, ao desta- car a qualidade de vida propor- cionada pelas áreas verdes. O secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, também participou da cerimo- nia. Ele contou que, além dos dois novos jequitibás, outras 15 mil árvores foram plantadas on- tem no Parque Dom Bosco, o que ampliou o adensamento da vegetação na região. Do to- tal de 1 milhão de mudas ini- ciais plantadas, cerca de 650 mil foram distribuídas em áreas públicas por equipes da Secretaria de Serviços Públicos e as outras 350 mil tiveram plantio definido pela Secretaria do Verde como compensações ambientais em projetos desen- volvidos em várias regiões. Números positivos Segundo o secretário de Servi- ços Públicos, Ernesto Paulella, o Viveiro Municipal produz atualmente cerca de 80 mil mu- das por mês, entre plantas or- namentais e árvores da flora na- tiva, utilizadas nos espaços pú- blicos. Além do benefício am- biental, o trabalho no local tem caráter socioeducativo e benefi- cia 40 adolescentes da Associa- ção de Pais e Amigos dos Ex- cepcionais (Apae) e 30 reedu- candos, que recebem bolsas- auxílio por meio de convênios. Ele destacou que enquanto a Organização das Nações Uni- das (ONU) preconiza cerca de 12 metros quadrados de área verde por habitante, Campinas já soma o número muito supe- rior de 80 metros quadrados por habitante. Paulella estima que a cidade possua atualmen- te cerca de 2 milhões de árvo- res consideradas adultas. O vice-prefeito, Henrique Magalhães Teixeira, lembrou a evolução no selo ambiental de Município VerdeAzul. Em 2012, a cidade ocupava a 231º posição no Estado de São Pau- lo. Seis anos depois, ocupa a 1ª colocação. Sugestões de pautas, críticas e elogios: cidades@rac.com.br ou pelos telefones 3772-8221 e 3772-8003 Atendimento ao assinante: 3736-3200 ou pelo e-mail saa@rac.com.br Editores: Carlãozinho Lemes, Hélio Paschoal, Marcelo Pereira e Marco Antonio Martins Chefe de reportagem: Ricardo Fernandes Bosque Chico Mendes integra os locais que passam agora a contar com as garantias oficiais de perenidade Mata ciliar nativa do Parque Xangrilá também foi beneficiada pela medida de proteção do órgão municipal Sob o olhar atento dos pequenos, prefeito homenageia data simbólica 172 Jonas planta dois jequitibás-branco na frente do Paço São patrimônios ambientais DIA DA ÁRVORE ||| CELEBRAÇÃO Cidades Entre as áreas estão fragmentos de florestas, matas de brejo, cerrado e parques de Campinas Luiz Granzotto/Divulgação/PMC Fotos: Leandro Torres/AAN Cedoc/RAC Processo foi aberto em 2003 a pedido do Instituto Agronômico O tombamento de áreas verdes em Campinas ao longo dos anos e os estudos visando a preservação já mostram pontos positivos em relação ao aumento de áreas de mata desses bens. Segundo técnicos da Coordenadoria Setorial do Patrimônio Cultural, a inserção dos bens de interesse do Condepacc no programa Quantum Gis (Sistema de Informação Geográfica) da Prefeitura de Campinas, mostra um incremento da área ao longo do tempo. Um exemplo é a mata de São Martinho/Boldrini que de 2002 até 2017 houve um aumento significativo em termos de área e densidade de espécies. Na Mata Santa Elisa no I Instituto Agronômico de Campinas (IAC) foi notado um aumento de 50% tendo em vista a não utilização de sua área envoltória para experimentos e também ao plantio de espécies nativas ao seu redor. A proteção institucional por meio do tombamento mostrou também uma dinâmica variada no comportamento das matas. A Mata da Fazenda Santana, por exemplo, sofreu uma redução na face leste, mas houve aumento na face nordeste. Os fragmentos Grota Horta (1,25ha), Fazenda Recanto A(2,1ha) e B (2,7ha) se tornaram o Parque Natural Municipal da Mata com 35 ha incluindo as matas ciliares, unindo-os. A mesma coisa ocorreu na mata da Granja Bela Aliança, onde foi aprovado o Loteamento Residencial Bela Aliança. Este fragmento de mata tinha, em 1998 área de 12,83 ha e pelo levantamento topográfico do empreendimento em 2016, ela chegou a 22,9 ha, um aumento de 78% na área da mata. (MTC/AAN) ESPAÇOS Grupo com 180 alunos da Escola Municipal Carmelina de Castro Rinco acompanhou o ato na manhã de ontem A4 CORREIO POPULARA4 Campinas, sábado, 22 de setembro de 2018