O concurso "Cachaça com Ciência" irá selecionar as melhores cachaças produzidas no Estado de São Paulo em 15 de setembro na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) em Jaú. O evento avaliará as cachaças em quatro categorias para reconhecer os melhores produtos e ajudar produtores a melhorar a qualidade. A região de Bauru tem vários produtores tradicionais de cachaça que poderão participar do concurso.
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Concurso escolherá a melhor cachaça
1. BAURU, domingo, 13 de agosto de 2017 17
Concurso escolherá a melhor cachaça
Evento daAgência Paulista deTecnologia dosAgronegócios (APTA) vai analisar qual é a melhor bebida em 15 de setembro,na fazenda experimental de Jaú
Francisco José Almeida Prado de Castro Valente, da fazenda Mandaguahy, onde tem um alambique
Aurélio Alonso
O
evento era para ser re-
gional, mas se trans-
formou em estadual.
Os produtores de cachaça
vão poder participar do Con-
curso “Cachaça com Ciên-
cia”, marcado para 15 de se-
tembro, em Jaú, na Agência
Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (APTA).
A intenção é reconhecer
as melhores cachaças pro-
duzidas em todo o Estado
e indicar aos produtores o
que eles estão acertando ou
errando no processo de pro-
dução da bebida.
Aregião de Bauru tem vá-
rios produtores tradicionais
de cachaça em Pederneiras,
Lençóis Paulista, Iacanga,
Jaú entre outros municípios.
A zootecnista Gabriela
Aferri, responsável pela Uni-
dade de Pesquisa e Desen-
volvimento (UPD) de Jaú da
APTA, conta que a ideia sur-
giu meio de brincadeira em
conversa com produtores e
ganhou destaque no IV En-
AURÉLIO ALONSO
As cachaças serão avaliadas por um júri em quatro categorias
Garrafas de cachaça
que são testadas
na Unidade de
Tecnologia de Jaú
80 anos
Fazenda experimental
de Jaú é uma
unidade de pesquisa
de variedades e de
aperfeiçoamento
genético de cana-
de-açúcar que foi
instalada em 1937
contro DNA Desenvolvendo
Nosso Agronegócio, que será
realizado na sede da fazenda,
onde desenvolve pesquisas
de variedades de cana. A an-
tiga estação experimental de
Jaú vai completar 80 anos e o
encontro serve também para
marcar o aniversário dessa
unidade do governo estadual.
“Essas informações po-
derão ajudar os produtores
a fazer uma cachaça de boa
qualidade. Além disso, será
uma oportunidade para que
eles divulguem seus produ-
tos. Alguns produtores che-
gam a relatar que a procura
pela cachaça cresceu em até
30% após conquistarem me-
dalhas em concursos”, afir-
ma Gabriela Aferri.
Na UPD tem laboratório
e um pequeno alambique
onde são feitos experimen-
tos para melhorar a qualida-
de do produto.
As cachaças serão avalia-
das nas categorias descansa-
da, envelhecida, premium e
extra premium. Os produto-
res das três melhores cacha-
ças de cada categoria recebe-
rão um troféu de premiação.
Todos os participantes rece-
berão certificados.
O produtor de cachaça do
Engenho Bessi, Irineu José
Bessi, de Pederneiras, apro-
va a ideia. Ele já participou
de evento semelhante em
Araraquara. “Em Jaú é mais
perto. Isso ajuda a gente
aprimorar o produto”, conta.
Há 25 anos, produzindo
cachaça, o alambique locali-
zado às margens da rodovia
Bauru-Jaú tem um espaço
aberto à visitação de segun-
da a domingo. Bessi produz
diferentes sabores.
O advogado Francisco
José Almeida Prado de Cas-
tro Valente, da fazenda Man-
daguahy de Jaú que está em
atividade deste 1858, não vai
participar do concurso porque
ajuda na organização do en-
contro, mas ele já venceu em
2008 um concurso da Unesp
de Araraquara na categoria
cachaça de alambique enve-
lhecida. Na opinião dele, é
importante esse tipo de con-
curso, porque é um atestado
de qualidade do produto. Leia
mais nas páginas 18 e 19.
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