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   CASO CLÍNICO

Paciente, V.F.A.C., sexo masculino, 45 anos, trabalha em um escritório, numa
empresa multinacional. Chegou ao consultório, com queixa de fortes dores na
coluna lombar, acompanhado muitas vezes de uma forte parestesia no mesmo
local. Após avaliar o paciente e com o relato do caso os sintomas do mesmo
levou a suspeita de uma hérnia discal na região lombar. Numa escala de dor, a
mesma foi considera como 7, sendo 0 para nenhuma dor e 10 para dor
insuportável, os sintomas persistem a cerca de 6 meses, sendo que no começo
os sintomas eram bem raros de aparecer e de certa forma não o incomodava o
bastante para ir procurar ajuda fisioterapêutica, porém a um mês os sintomas
estariam piorando gradativamente, impossibilitando o V.F.A.C. de exercer
funções diárias como, trabalhar (já que seu trabalho exigi um longo período de
tempo em sedestração), subir as escadas de sua casa, andar ou ficar de pé por
muito tempo. Foi perceptível na avaliação um aumento exacerbado da curva
lordótica da região lombar (hiperlordose não estruturada). Na avaliação de
Anamnese do paciente, o mesmo relatou sobre o fato de ter casos de hérnia
discal em familiares, mãe, avó materna e avôs paternos. Foram solicitados então
exames de radiografia e tomografia e com os exames em mãos, foi confirmada
a suspeita de uma hérnia discal em L4-L5.

       HÉRNIA DISCAL

1.0 Definição:

A hérnia de disco é uma alteração que pode acometer qualquer parte da coluna
vertebral, porém sendo mais frequente na região lombar. A composição do disco
intervertebral é responsável pela hidratação do núcleo e pela distribuição das
pressões uniformes sobre o anel. Com a diminuição dos componentes hídricos
do disco, ocorre um aumento da pressão sobre as fibras anulares que se tornam
suscetíveis a rupturas (BARROS FILHO ET AL, 2003). Para que ocorra
efetivamente a hérnia discal, é necessário que previamente ocorra uma
deterioração do disco por microtraumatismos de repetição ou se as fibras do
anel fibroso já estiverem em processo de degeneração (KAPANDJI, 2000).
Causada por uma lesão dos discos da coluna vertebral, a hérnia discal é a saída
do líquido pulposo, por uma fissura no seu anel fibroso. E essa extrusão pode
provocar uma compressão das raízes nervosas, correspondentes a hérnia e
essa compressão das raízes, que irão provocar os mais variados sintomas.

2.0 Causa:

A coluna é centro de equilíbrio musculoesquelético do ser humano e por isso
que muitas lesões são decorrentes de um desalinhamento dessa estrutura, ou
seja, má postura. Fatores genéticos têm um papel muito mais forte na
degeneração       do    disco    do    que    se   suspeitava   anteriormente.
Outros fatores também podem contribuir para o surgimento da hérnia de disco,
tais como permanecer por longos períodos na posição sentada com o tronco
inclinado à frente, carregar objetos pesados com os braços estendidos na frente
do corpo, sofrer exposição à vibração por períodos prolongados como dirigir por
diversas horas, e a combinação da exposição à vibração com o ato repetido de
levantar peso. As profissões que exigem uma posição com o tronco em inclinado
anterior, sem o devido apoio para o tronco, tem mais facilidade em desenvolver
uma lesão discal.

O sedentarismo é uma causa de grande relevância, visto que com a diminuição
da força dos músculos estabilizadores da coluna (transverso do abdômen e
multífidos) pelo desuso, esses músculos perdem a sua função de proteção. Os
músculos estabilizadores são responsáveis por dissipar as forças de cargas
compressivas que incidem sobre a coluna durante a sustentação do tronco,
como também evitam o cisalhamento entre vértebras (movimentos além do
fisiológico). Com mais compressão e tensão sobre disco temos mais chance de
adquirir uma doença degenerativa no disco.

Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar
estão:

    o   Trabalho físico pesado;
    o   Postura de trabalho estática;
    o   Inclinar e girar o tronco frequentemente;
    o   Levantar, empurrar e puxar;
    o   Trabalho repetitivo;
    o   Vibrações;
    o   Fatores Psicológicos e Psicossociais.

Relacionando a V.F.A.C., por trabalhar em um escritório e passar a maior parte
do seu dia sentado e ser um indivíduo sedentário foram fatores de risco que o
colocaram predisposto a doença que o acometeu.

       ÓRTESE – COLETE DE WILLIAMS

O Colete de Williams é usado em pacientes que possuem hiperlordose não
estruturada e visa uma postura mais adequada. Colete é feito de duralumínio,
courvin, lona e velcro. Como coadjuvante no tratamento o colete vai ajudar ao
paciente a reestabelecer uma melhor postura. No caso de V.F.A.C. na avaliação
foi identificado uma hiperlordose o que ajudou a formação da hérnia em L4-L5.
Portanto ao desmontar esse esquema de retração de cadeias musculares,
teremos muitos ganhos para a melhora do paciente.



1.0 Objetivos

Os objetivos ao prescrever essa órtese é diminuir a hiperlordose e também
realinhar a postura do paciente, já que o mesmo se encontra com uma hérnia
discal, também devido a uma postura inadequada e estática, durante todo o dia,
se mantendo em sedestração, o que trouxe um desalinhamento postural,
juntamente com a retração da cadeia posterior, trazendo um esquema de
hiperlordose, com a órtese ele irá realinhar sua postura e estabilizar a coluna
lombar (L4-L5), e com esse rearranjo, vamos diminuir a carga sobre os discos
vertebrais.
   CONCLUSÃO

O Colete de Williams não vai sozinho ao paciente ter a sua melhora, o colete
está ali para ajudar seja na melhora das algias, como ajuda também no
tratamento do paciente já que o mesmo reduz a hiperlordose e também ajuda
na melhoria da postura do mesmo. Então conclui-se que o colete de williams
está ali, como um coadjuvante no tratamento, auxiliando para mais rápido,
obtermos os resultados esperados.




Referências:
Artigo: Condutas Terapêuticas na Hérnia de Disco Lombar – Autora, Pires,
Elaine G. Fisioterapeuta, Especialista em Anatomia e Biomecânica do aparelho
locomotor – FRASCE
ITCVERTEBRAL
Artigo: Atuação Fisioterapêutica Preventiva nos Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho – Autores, Santos, A.P.A.; Santos, D.Q.; Santos,
G.G.; Venceslau, G F.; Zimmermann, I.D.; Mascarenhas, M.C.*; Vasconcelos,
M.S.A.** – * Acadêmicas do curso de Fisioterapia da Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública, ** Coordenadora e Orientadora do Núcleo de
Pesquisas em Fisioterapia e Saúde.

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  • 1. CASO CLÍNICO Paciente, V.F.A.C., sexo masculino, 45 anos, trabalha em um escritório, numa empresa multinacional. Chegou ao consultório, com queixa de fortes dores na coluna lombar, acompanhado muitas vezes de uma forte parestesia no mesmo local. Após avaliar o paciente e com o relato do caso os sintomas do mesmo levou a suspeita de uma hérnia discal na região lombar. Numa escala de dor, a mesma foi considera como 7, sendo 0 para nenhuma dor e 10 para dor insuportável, os sintomas persistem a cerca de 6 meses, sendo que no começo os sintomas eram bem raros de aparecer e de certa forma não o incomodava o bastante para ir procurar ajuda fisioterapêutica, porém a um mês os sintomas estariam piorando gradativamente, impossibilitando o V.F.A.C. de exercer funções diárias como, trabalhar (já que seu trabalho exigi um longo período de tempo em sedestração), subir as escadas de sua casa, andar ou ficar de pé por muito tempo. Foi perceptível na avaliação um aumento exacerbado da curva lordótica da região lombar (hiperlordose não estruturada). Na avaliação de Anamnese do paciente, o mesmo relatou sobre o fato de ter casos de hérnia discal em familiares, mãe, avó materna e avôs paternos. Foram solicitados então exames de radiografia e tomografia e com os exames em mãos, foi confirmada a suspeita de uma hérnia discal em L4-L5.  HÉRNIA DISCAL 1.0 Definição: A hérnia de disco é uma alteração que pode acometer qualquer parte da coluna vertebral, porém sendo mais frequente na região lombar. A composição do disco intervertebral é responsável pela hidratação do núcleo e pela distribuição das pressões uniformes sobre o anel. Com a diminuição dos componentes hídricos do disco, ocorre um aumento da pressão sobre as fibras anulares que se tornam suscetíveis a rupturas (BARROS FILHO ET AL, 2003). Para que ocorra efetivamente a hérnia discal, é necessário que previamente ocorra uma deterioração do disco por microtraumatismos de repetição ou se as fibras do anel fibroso já estiverem em processo de degeneração (KAPANDJI, 2000). Causada por uma lesão dos discos da coluna vertebral, a hérnia discal é a saída do líquido pulposo, por uma fissura no seu anel fibroso. E essa extrusão pode provocar uma compressão das raízes nervosas, correspondentes a hérnia e essa compressão das raízes, que irão provocar os mais variados sintomas. 2.0 Causa: A coluna é centro de equilíbrio musculoesquelético do ser humano e por isso que muitas lesões são decorrentes de um desalinhamento dessa estrutura, ou seja, má postura. Fatores genéticos têm um papel muito mais forte na degeneração do disco do que se suspeitava anteriormente. Outros fatores também podem contribuir para o surgimento da hérnia de disco, tais como permanecer por longos períodos na posição sentada com o tronco inclinado à frente, carregar objetos pesados com os braços estendidos na frente do corpo, sofrer exposição à vibração por períodos prolongados como dirigir por diversas horas, e a combinação da exposição à vibração com o ato repetido de
  • 2. levantar peso. As profissões que exigem uma posição com o tronco em inclinado anterior, sem o devido apoio para o tronco, tem mais facilidade em desenvolver uma lesão discal. O sedentarismo é uma causa de grande relevância, visto que com a diminuição da força dos músculos estabilizadores da coluna (transverso do abdômen e multífidos) pelo desuso, esses músculos perdem a sua função de proteção. Os músculos estabilizadores são responsáveis por dissipar as forças de cargas compressivas que incidem sobre a coluna durante a sustentação do tronco, como também evitam o cisalhamento entre vértebras (movimentos além do fisiológico). Com mais compressão e tensão sobre disco temos mais chance de adquirir uma doença degenerativa no disco. Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão: o Trabalho físico pesado; o Postura de trabalho estática; o Inclinar e girar o tronco frequentemente; o Levantar, empurrar e puxar; o Trabalho repetitivo; o Vibrações; o Fatores Psicológicos e Psicossociais. Relacionando a V.F.A.C., por trabalhar em um escritório e passar a maior parte do seu dia sentado e ser um indivíduo sedentário foram fatores de risco que o colocaram predisposto a doença que o acometeu.  ÓRTESE – COLETE DE WILLIAMS O Colete de Williams é usado em pacientes que possuem hiperlordose não estruturada e visa uma postura mais adequada. Colete é feito de duralumínio, courvin, lona e velcro. Como coadjuvante no tratamento o colete vai ajudar ao paciente a reestabelecer uma melhor postura. No caso de V.F.A.C. na avaliação foi identificado uma hiperlordose o que ajudou a formação da hérnia em L4-L5. Portanto ao desmontar esse esquema de retração de cadeias musculares, teremos muitos ganhos para a melhora do paciente. 1.0 Objetivos Os objetivos ao prescrever essa órtese é diminuir a hiperlordose e também realinhar a postura do paciente, já que o mesmo se encontra com uma hérnia discal, também devido a uma postura inadequada e estática, durante todo o dia, se mantendo em sedestração, o que trouxe um desalinhamento postural, juntamente com a retração da cadeia posterior, trazendo um esquema de hiperlordose, com a órtese ele irá realinhar sua postura e estabilizar a coluna lombar (L4-L5), e com esse rearranjo, vamos diminuir a carga sobre os discos vertebrais.
  • 3. CONCLUSÃO O Colete de Williams não vai sozinho ao paciente ter a sua melhora, o colete está ali para ajudar seja na melhora das algias, como ajuda também no tratamento do paciente já que o mesmo reduz a hiperlordose e também ajuda na melhoria da postura do mesmo. Então conclui-se que o colete de williams está ali, como um coadjuvante no tratamento, auxiliando para mais rápido, obtermos os resultados esperados. Referências: Artigo: Condutas Terapêuticas na Hérnia de Disco Lombar – Autora, Pires, Elaine G. Fisioterapeuta, Especialista em Anatomia e Biomecânica do aparelho locomotor – FRASCE ITCVERTEBRAL Artigo: Atuação Fisioterapêutica Preventiva nos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – Autores, Santos, A.P.A.; Santos, D.Q.; Santos, G.G.; Venceslau, G F.; Zimmermann, I.D.; Mascarenhas, M.C.*; Vasconcelos, M.S.A.** – * Acadêmicas do curso de Fisioterapia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, ** Coordenadora e Orientadora do Núcleo de Pesquisas em Fisioterapia e Saúde.