2. O QUE É SINTAXE?
É a parte da gramática que estuda as
relações entre as palavras dentro de uma
frase.
O QUE DEVEMOS APRENDER?
• Termo isolado
A gramática tradicional convencionou que os termos da oração são
classificados em:
• Sujeito e PredicadoEssenciais
• Complementos verbais, Comp. Nominal e Agente da
PassivaIntegrantes
• Adj. Adnominal, Adj. Adverbial e ApostoAcessórios
Vocativo
3. FRASE – É todo enunciado linguístico (palavra ou conjunto de
palavras) que possui sentido completo. Independe de extensão e
deve terminar com pausa bem definida expressa pelos sinais de
pontuação . ; ! ? ...
Ex.: Final de ano, início de tormento. Fogo!
ORAÇÃO – É todo enunciado que se organiza ao redor de um verbo ou
locução verbal.
Ex.: Tudo começa com o pagamento da dívida.
OBSERVAÇÃO: O verbo pode estar elíptico (não aparece)
Ex.: O filme fez tanto sucesso quanto (fez) a novela.
SUJEITO
É o termo que pratica uma ação;
É o termo que sofre uma ação;
É o termo sobre o qual declaramos ou dizemos algo.
Exemplos: Jéssica estudou muito.
Vanessa foi maltratada.
Geize é uma ótima aluna.
4. NÚCLEO DO SUJEITO
Quando o sujeito é formado por mais de uma palavra, há sempre uma de
maior importância semântica, designando o ser sobre o qual de declara
algo. A essa palavra damos o nome de núcleo do sujeito.
Ex.: Os jovens adoraram a iniciativa.
TIPOS DE SUJEITO
Determinados
Simples: Possui apenas um núcleo
Ex.: A menina sorriu.
Composto: Dois ou mais núcleos.
Ex.: Romeu e Julieta morreram do mal de amor.
5. TIPOS DE SUJEITO
Indeterminado
Conceito: Quando não se pode ou não se quer identificar.
1ª ocorrência: Verbo na 3ª do plural sem haver sujeito expresso no
contexto.
Ex.: Telefonaram para você.
2ª ocorrência: Verbo na 3ª do plural + índice de indeterminação do
sujeito “se”.
Ex.: Precisa-se de digitadores.
6. QUANDO A PARTÍCULA “SE” É APASSIVADORA
Basta verificar as duas condições:
1. Verbo transitivo direto flexionado na terceira pessoa do singular ou
plural;
2. Possibilidade de transformação para a voz passiva analítica.
Ex.: Quebrou-se a vidraça.
Venderam-se carros.
ORAÇÃO SEM SUJEITO
Temos oração sem sujeito quando a informação veiculada pelo
predicado centra-se num verbo impessoal. Portanto, não há relação
sujeito/verbo.
1. VERBOS QUE EXPRIMEM FENÔMENOS DA NATUREZA (chover, ventar,
anoitecer, amanhecer, relampejar, trovejar, nevar, etc.)
Ex.: Choveu torrencialmente em Mato Grosso.
EXCEÇÃO: Se o verbo que exprime fenômeno natural for empregado no
sentido figurado, então haverá sujeito.
Ex.: Choveram reclamações contra aquela empresa.
7. 2. VERBOS FAZER, SER, ESTAR, NA INDICAÇÃO DE TEMPO CRONOLÓGICO
OU CLIMA:
Ex.: Faz dois anos que ele saiu.
É uma hora.
Está frio.
3. O VERBO HAVER NO SENTIDO DE EXISTIR OU INDICANDO TEMPO
TRANSCORRIDO.
Ex.: Há muitos alunos na sala.
Há dois meses que não vejo Maria.
ATENÇÃO !
O verbo existir não é impessoal. Sendo assim, ele possuirá sujeito expresso
na oração.
Ex.: Existiam quatro pessoas interessadas na vaga.
ATENÇÃO !
O verbo existir não é impessoal. Sendo assim, ele possuirá sujeito expresso
na oração.
Ex.: Existiam quatro pessoas interessadas na vaga.
8. PREDICAÇÃO VERBAL
Trata do modo pelo qual os verbos formam o predicado, isto é, se
exigem ou não complementos.
Quanto a predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos e
de ligação.
Predicação Verbal
Intransitivo
Transitivo direto
Transitivo indireto
Transitivo direto e indireto
Verbo de ligação
Intransitivo
O menino chorou.
Hoje o tempo voa, amor.
Transitivo Direto
O menino agrediu o padrasto.
Ele estudava, com grande interesse, a nossa proposta.
9. Transitivo Indireto
Ninguém mais se preocupa com a leitura dos clássicos.
O menino nunca desistiria do brinquedo novo.
Verbo Transitivo Direto e Indireto
Ele lê contos de fadas para os filhos.
A escola ofereceu novas vagas aos alunos.
Verbo de Ligação
É todo verbo cuja única função é ligar o sujeito a um estado,
característica ou modo de ser (predicativo).
Ex.: Antigamente as ruas eram mais limpas.
Meu amigo parecia triste.
Normalmente são verbos de ligação: estar, parecer, permanecer, ficar,
virar, continuar, andar, viver, etc..
TERMOS INTEGRANTES
São termos integrantes da oração: complementos verbais - objeto direto e
objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva.
10. Complementos Verbais
Objeto Direto: Complemento que se liga a um verbo sem
preposição obrigatória.
Ex.: “Solto a voz nas estradas”.
Objeto Indireto: Complemento que se liga a um verbo por meio
de uma preposição obrigatória.
Ex.: “O país necessita de investimentos na educação”.
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS E COMPLEMENTOS
VERBAIS
Com verbos bitransitivos, ocorre, na mesma construção, objeto direto
e objeto indireto, ambos completando o sentido do verbo.
Ex.: Oferecemos uma medalha ao primeiro colocado.
11. COMPLEMENTO NOMINAL
Termo que completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou
advérbio;
Sempre vem introduzido por preposição.
SUBSTANTIVO
Ex.: O povo tinha necessidade de alimentos.
ADJETIVO
Ex.: Este remédio é prejudicial ao organismo.
O remédio lhe era prejudicial.
ADVÉRBIO
Ex.: Falou favoravelmente ao réu.
AGENTE DA PASSIVA
Termo que se refere a um verbo na voz passiva;
Sempre vem introduzido por preposição;
Indica o elemento que executa a ação.
Ex.: A cidade estava cercada de inimigos.
O bandido foi preso pelo policial.
12. TERMOS ACESSÓRIOS
São termos que vão trazer pormenores, detalhes e particularizar os nomes.
ADJUNTO ADNOMINAL – Refere-se a um substantivo com função de
caracterizá-lo. As palavras que funcionam como Ajunto Adnominal sempre
concordam em gênero e número com o sujeito a que se referem.
Ex.: Aqueles dois meninos estudiosos saíram.
DIFERENÇA ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO
NOMINAL
1. Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a adjetivo ou
advérbio, será, sem dúvida, complemento nominal.
Ex.: Era favorável ao divórcio.
Depôs favoravelmente ao réu.
2. Quando o termo introduzido por preposição estiver ligado a um
substantivo, reflita sobre o sentido ativo ou passivo desse termo. Se
ativo, será adjunto adnominal.
Ex.: A resposta do aluno foi satisfatória. (A. ADNOMINAL)
A resposta ao aluno foi satisfatória. (C. NOMINAL)
13. ADJUNTO ADVERBIAL
Termo da oração que se liga a um verbo, com ou sem preposição, a fim de
indicar uma circunstância qualquer ou intensificar o sentido de um verbo
Ex.: O professor ensinou bem.
Os estudantes leram o livro na biblioteca.
O adjunto também pode ligar-se a adjetivos ou advérbios, intensificando o
sentido de ambos.
Ex.: Lindalva é muito bonita.
Natália fala muito bem.
Adjunto Adverbial
Ex.: Eles vão viajar amanhã.
Eles viajam muito.
O iate foi vendido por cinco milhões de dólares.
Observação: É quase impossível enumerar todos os tipos de adjunto
adverbial. Deve-se aceitar toda classificação que demonstre
compreensão clara da circunstância expressa pelo mesmo.
14. APOSTO
O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resumo o conteúdo
de outro termo.
Ex.: Nossa terra, o Brasil, carece de políticas sociais sérias.
APOSTO – CLASSIFICAÇÃO
EXPLICATIVO:
Ex.: A ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e
com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.
ENUMERATIVO:
Ex.: Minhas reivindicações são muitas: trabalho, saúde, educação e
moradia.
ESPECIFICATIVO
Ex.: A digitadora do curso Perfect body fitness total control é muito distraída.
VOCATIVO
Termo isolado da oração;
Serve para invocar, chamar, interpelar um ouvinte.
Ex.: “oh, insensato destino, pra que...”
Obs.: pode vir no início, meio ou no fim da frase e deve sempre ser separado por vírgulas.
15. As orações coordenadas são independentes sintaticamente. Não
exercem nenhuma função sintática em relação a outra dentro do
período.
Ex: Eu lhe trouxe o livro, / mas você não o leu.
suj. OI VTDI OD suj. Adj. OD VTD
Adv.
Elas se dividem em:
coordenadas assindéticas (quando não há ocorrência de conjunção).
coordenadas sindéticas (quando há presença de conjunções
coordenativas). As coordenadas sindéticas são reconhecidas e
classificadas através das conjunções coordenativas: aditiva,
alternativa, adversativa, conclusiva e explicativa.
Orações Coordenadas
16. 1-Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e,
nem, (não somente)... como também. Exemplos:
O professor não somente elaborou exercícios/ como também uma
extensa prova.
Fui à biblioteca/ e peguei os livros.
Estudo inglês / e pratico natação.
Tipos de Orações
Coordenadas Sindéticas
2- Adversativa: ideia de contraste, oposição. Principais conjunções
usadas: mas, contudo, entretanto, porém. Exemplos:
O professor elaborou um exercício simples,/ mas a prova foi bastante
complexa.
Fui ao cinema ontem, / entretanto não o vi.
Ela não era uma aluna tão aplicada,/ contudo passou no vestibular.
17. 3- Alternativa: ideia de alternância, exclusão. Principais conjunções
usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou. Exemplos:
•Ou o professor elabora o exercício/ ou desiste de aplicar a prova.
•Ou você se dedica aos estudos, / ou não irá bem na prova.
•Ora ela ria, / ora ela chorava.
4- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão. Principais conjunções
usadas: portanto, assim, logo... Exemplos:
O professor não elaborou a prova,/ assim não poderá aplicá-la na data
planejada.
Está muito frio, / portanto porei o casaco de lã.
Penso, / logo existo. (R. Descartes).
5- Explicativa: ideia de explicação, motivo. Principais conjunções
usadas: pois, porque. Exemplos:
O professor não elaborou a prova,/ porque ficou doente.
Não foi ao trabalho / pois estava doente.
Seja rápido, / pois estou atrasado!
18. A oração subordinada (termo sintático) é a parte de um enunciado
que não tem sentido próprio, mas precisa de uma oração que a
subordine, que seja a principal. Exemplos:
• Eu disse / que o livro estava aqui.
suj. VTD função de objeto direto
Três são os tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e
adverbiais.
Oração Subordinada
As orações subordinadas substantivas podem ser:
Subjetiva: funciona como sujeito do verbo da oração principal. O verbo
da oração principal se apresenta sempre na terceira pessoa do
singular e nessa não há sujeito, o sujeito é a oração
subordinada. Exemplos:
• É necessário/ que se estabeleça regras nesta empresa
função de sujeito
• É preciso/ que o grupo melhore.
Verbo de Ligação + predicat. + O. S. S. Subjetiva
19. • Foi confirmado/ que o exame deu positivo
Voz passiva O. S. S. Subjetiva
Objetiva direta: exerce a função de objeto direto do verbo da oração
principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, sem
auxílio de preposição, indicando o alvo sobre o qual recai a ação
desse verbo. Exemplos:
• Quero saber/ como você chegou aqui.
função de objeto direto
• Nós queremos/ que você fique
Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta
• Os alunos pediram/ que a prova fosse adiada
Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta
Objetiva indireta: funciona como objeto indireto do verbo da oração
principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, com
auxílio de preposição, indicando o alvo do processo
verbal. Exemplos:
20. • Mariana lembrou-se/ de que Manoel chegaria mais tarde.
Função de objeto indireto
• As crianças gostam/ de que esteja tudo tranquilo.
Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta
• A mulher precisa/ de que alguém a ajude.
Sujeito + VTI + O. S. S. Obj. Indireta
Completiva nominal: funciona como complemento nominal de um
nome da oração principal. Está sempre ligada a um nome da
oração principal através de preposição. Exemplos:
• Tenho certeza/ de que não há esperanças.
função de complemento nominal
• Tenho vontade/ de que aconteça algo inesperado.
Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal
• Toda criança tem necessidade/ de que alguém a ame.
Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.
21. Predicativa: funciona como predicado do sujeito da oração principal.
Está sempre ligada ao sujeito da oração principal através de verbo de
ligação. Exemplos:
• Minha vontade é/ que encontres o teu caminho.
função de predicativo do sujeito
• A dúvida é/ se você virá.
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa
• A verdade é/ que você não virá.
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa
Apositiva: funciona como aposto de um nome da oração principal. Está
sempre ligada a um nome da oração principal, sem o uso de
preposição e sem mediação de verbo de ligação. Exemplos:
• Faço apenas um pedido:/ que você nunca abandone os seus
princípios. função de aposto
• Toda a família tem o mesmo objetivo:/ que eu passe no vestibular
Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva
22. Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um
adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Há dois tipos de
orações adjetivas: as restritivas e as explicativas. A subordinada
adjetiva sempre vem com pronome relativo: que (qual, o qual, qual,
as quais, os quais), cujo, onde (aonde).
Oração Subordinada Adjetiva (O.S.)
O. S. Adjetivas Restritivas: funcionam como adjuntos adnominais e
servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada
por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo ou pronome ao qual
se refere. Exemplos:
• Você é um dos poucos alunos/ que eu conheço.
Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva
• Eles são um dos casais/ que falaram conosco ontem.
Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva
• Os idosos que gostam de dançar/ se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.
23. O. S. Adjetivas Explicativas: ao contrário das restritivas, são quase
sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características
ao ser que designam. Sua função é explicar, e funciona
estruturalmente como um aposto explicativo. Exemplos:
• Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu.
Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI
• Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD
• Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv.
Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na
oração principal, funcionando como adjunto adverbial. São introduzidas
pelas conjunções subordinativas e classificadas de acordo com as
circunstâncias que exprimem. Podem ser: causais, comparativas,
concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais,
proporcionais,temporais, locativas e modais.
Orações Subordinadas Adverbiais (O.S.)
24. 1-Causal - indica a causa da consequência expressa na oração
principal. Exemplos:
Todos se opuseram a ele, porque não concordavam com suas ideias
A cidade foi alagada porque o rio transbordou
2-Condicional - indica a condição para que a ação da oração principal
aconteça. Exemplos:
Se houvesse opiniões contrárias, o acordo seria desfeito
Caso você não estude, ficará muito ansioso para a prova
Tipos de Orações Subordinadas Adverbiais (O.S.)
3-Temporal - marca o momento em que a ação da oração principal
acontece. Exemplos:
Priscila chegou em casa quando amanheceu
Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha casa.
25. 4-Proporcional - indica ações que acontecem proporcionalmente a
algo expresso na oração principal. Exemplos:
Quanto mais você fumar, mais grave ficará sua doença.
Quanto menos trabalho, menos vontade tenho de trabalhar.
5-Final - indica a finalidade da ação expressa na oração principal.
Exemplos:
O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem.
Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.
6-Conformativa - indica que a ação da oração principal ocorre em
conformidade com aquilo ali expresso. Exemplos:
Os jogadores procederam segundo o técnico lhes ordenara.
Como eu havia te falado, a prova não estava fácil.
7-Consecutiva - indica a consequência da ação (causa) expressa na
oração principal. Exemplos:
Suas dívidas eram tantas que vivia nervoso.
Comecei o dia tão mal que não consegui me concentrar no trabalho.
26. 8-Concessiva - indica uma concessão (concede uma ideia oposta
daquela expressa na oração principal). Exemplos:
Embora a prova estivesse fácil, demorei bastante para terminar.
Mesmo tendo sido cuidadosamente planejado, ocorreram vários
imprevistos.
09- Modal - Indicam um modo expresso na oração principal. Exemplos:
Chegou em casa sem fazer nenhum barulho.
A criança distraia-se com o desenho animado.
10- Locativa - Indica um lugar que está expresso na oração principal.
Exemplos:
Quero visitar a escola onde estudei.
Você vai morar na casa onde há um belo jardim.
11-Comparativa - estabelece comparação entre as duas orações
(para evitar a repetição, é comum a omissão do verbo em uma
delas). Exemplos:
Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro.
Ele tem estudado como um obstinado (estuda).
29. Concordância do verbo com o sujeito simples
a) Regra Geral
O verbo concordará com o sujeito em número (singular e
plural) e pessoa (1ª, 2ª e 3ª), mesmo que este venha
deslocado.
Ex1.: Nós nunca discordamos de você.
sujeito na 1ª
pessoa do
plural
verbo na 1ª
pessoa do plural
.
1. Sujeito simples é aquele que
possui um único núcleo,isto é,
uma única palavra principal.
2. O núcleo do sujeito nunca é
determinado por preposição
(de, em, com etc...)
30. Concordância do verbo com o
sujeito composto
Quando o sujeito composto estiver posicionado antes do verbo , este
ficará no plural.
Ex.: O ônibus e o caminhão deslizaram na pista.
sujeito composto antes
do verbo
verbo no plural
Observação: O verbo pode ficar no singular principalmente em dois casos:
quando os núcleos são sinônimos e quando formam uma enumeração
gradativa.
Ex.1: A paz e a tranqüilidade reinava (reinavam) naquele lugar.
Ex.2: A angústia, a inquietação, o desespero o dominou (dominaram).
Sujeito composto é
aquele que apresenta
dois ou mais núcleos.
31. Quando o verbo for constituído por pessoas gramaticais diferentes, ele ficará no
plural.
Se a 1ª pessoa (eu, nós) faz parte do sujeito, o verbo ficará na 1ª pessoa do
plural (nós).
Ex.: Você, sua prima e eu iremos ao cinema.
verbo na 1ª pessoa
do plural (nós)
sujeito formado por
pessoas gramaticais
diferentes, com a presença
da 1ª pessoa (eu)
32. Concordância dos verbos Impessoais
a) Verbo Haver
É impessoal quando empregado com o sentido de “existir” ou “acontecer”.
Ex.1: Havia muitos alunos na sala de aula.
3ª pessoa do
singular
Não é sujeito,
é objeto direto
Ex.2: Aqui nunca houve brigas antes.
3ª pessoa do
singular
Não é sujeito,
é objeto direto
Em locuções verbais, o verbo
haver transmite a impessoalidade
para o outro verbo (verbo
auxiliar), que também fica no
singular.
Ex.: Deve haver vinte pessoas na
sala.
33. Observações:
O verbo haver com sentido de existir é impessoal, entretanto o
verbo existir, não é impessoal, ele concorda normalmente com o sujeito ao
qual se refere.
Ex.: Antigamente havia poucas escolas particulares.
Antigamente existiam poucas escolas particulares.
3ª pessoa do
singular
Não é sujeito,
é objeto direto
sujeito plural3ª pessoa do
plural
Antigamente deviam existir poucas escolas particulares.
3ª pessoa do plural
sujeito plural
34. Verbo haver como auxiliar de outro verbo
Quando haver funciona como auxiliar de outro verbo, deve
concordar normalmente com seu sujeito.
Ex.: Os professores já haviam entrado, quando ele chegou
Sujeito
3ªpessoa do
plural
Verbo na 3ª pessoa do
plural
35. Verbo Fazer
O verbo fazer é impessoal quando empregado na indicação de
tempo transcorrido (ou a transcorrer). Nesses casos, como ele não tem
sujeito fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Já faz muitos anos que não a vejo.
3ª pessoa do
singular
Não é sujeito,
é objeto direto
Observação:
Nas locuções verbais, o verbo fazer, como todo verbo impessoal,
transmite o singular para o auxiliar.
Ex.: Já deve fazer muitos anos que não a vejo.
3ª pessoa do
singular
Não é sujeito,
é objeto direto.
36. Verbo Ser indicando horas e distância
Quando indicar horas, distância e datas, o verbo ser concordará
com o predicativo. Nesse caso ele é impessoal, ou seja, não apresenta
sujeito.
Ex.: É uma hora.
São três horas.
Daqui até a fazenda é um quilômetro.
Daqui até o sítio são dez quilômetros.
Observação:
Nas indicações referentes a dia do mês, o verbo admite duas construções.
Ex.: Hoje é dia dez de julho.
Hoje são dez de julho.
37. Verbo + pronome se
1. Os verbos transitivos diretos ou os transitivos diretos e indiretos,
quando apassivados pelo pronome se, concordam com o sujeito.
Ex.1: Vendem-se carros e terrenos a prazo.
verbo transitivo
direto
sujeito no plural
Observe que, se passarmos essa frase para a voz passiva analítica,
a concordância do verbo com o sujeito ficará bem clara, veja:
Carros e terrenos são vendidos a prazo.
Sujeito no plural Verbo na 3ª pessoa
do plural
pronome apassivador
38. Concordância Nominal - Regra geral
O meu amigo é maravilhoso.
As minhas duas amigas são maravilhosas.
substantivo
pronome
adjetivo
artigo
numeral
39.
40. É necessário – É bom – É ótimo
a) Sujeito não determinado =
invariável
Saudade é bom.
b) Sujeito determinado = variável
A saudade é ótima para recordar.
Maçã é ótimo para os dentes
Esta maçã é ótima.
41. É permitido / É proibido
Não determinado = invariável
É permitido entrada.
É proibido gorjeta.
Determinado = variável
É permitida a entrada
É proibida a gorjeta.
42. Anexo – concorda com o substantivo a que se refere.
Seguem anexas ao relatório todas as cópias do contrato.
Vão anexos às cartas os documentos solicitados.
43. O homem deve agradecer , dizendo obrigado.
A mulher deve agradecer, dizendo obrigada.
A expressão obrigado/obrigada vem de “Eu lhe estou
muito obrigado/obrigada pelo favor que me fez .
“Eles disseram obrigados ao garçom“.
"Elas disseram obrigadas ao garçom“.
"Ele disse um obrigado ao garçom“.
"Ela disse um obrigado ao garçom“.
45. Bebi meia taça de vinho e fiquei
meio bêbada.
Bebi meio copo de cerveja.
46. Bastante / Bastantes
- advérbio – é invariável
Bastante
- pronome indefinido – é variável
Naquela ocasião, os jovens estavam bastante íntimos.
As mulheres falam bastante.
Em Indaiatuba, surgiram bastantes novidades.
Compramos bastantes livros.
bastante = muito - invariável
bastantes = muitos,muitas - variável
47. Caro - Barato - Longe
como advérbio – invariável
como adjetivo ou pronome adjetivo – variável
Exemplos
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco.(advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
"Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas."
(Cecília Meireles) (advérbio)
"Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília
Meireles). (adjetivo)
48. Só – sós – a sós
A sós – é invariável.
Advérbio (somente,
apenas) – invariável
Adjetivo (sozinho) – é
variável.
A sós...
Como duas gaivotas
Na solidão do céu,
Em pleno mar,
[...]
Era só dizer sem palavras
deixar a emoção falar mas
quando eu percebi
já estava te beijando ...
Eu vivo só e aprecio a
solidão.
Elas não vivem sós, vivem
com os pais.
49. Exemplos:
Aquele aluno é o menos inteligente da turma.
Aquela aluna é a menos inteligente da turma.
Quero menos feijão, por favor.
Quero menos comida, por favor.
Quanto é cinco menos três?
Posso fazer as roupas de todas as crianças, menos as suas.
Já temos muita comida. Tragam o menos possível.
ATENÇÃO!!!
A palavra menos é um advérbio, portanto invariável ,
tem sua origem na palavra em latim minus e é uma palavra
muitíssimo utilizada no português.
50. O grama A grama
s.m.Unidade de massa (abrev.:g)
S.f. capim,relva; nome genérico
de plantas rasteiras.
Ex.: Quero duzentos gramas
de muçarela , por favor.
Ex.: A grama ficou
verdinha com a chuva
51.
52. Regência nominal
A regência nominal estuda os casos em que nomes
(substantivos, adjetivos e advérbios) exigem uma outra palavra para
completar-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o
seu complemento é estabelecida por uma preposição.
Alguns nomes e as preposições que mais comumente eles exigem
adepto a
alheio a
ansioso para, por, de
apto a, para
aversão a, por
feliz de, por, em, com
favorável a
imune a, de
contente com, por, de
indiferente a
inofensivo a, para
junto a, de, com
próximo a, de
referente a
simpatia a, por
tendência a, para
paralelo a
relativo a
53. Mais nomes e as preposições que comumente eles exigem
acessível, adequado, desfavorável, equivalente, insensível, - a
capaz, incapaz, digno, indigno, passível, contemporâneo - de
amoroso, compatível, cruel, cuidadoso, descontente - com
entendido, indeciso, lento, morador, hábil - em
inútil, incapaz, bom - para
responsável - por
Regência verbal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
o verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido).
Ex.: Isto pertence a todos.
termo regente termo regido
54. Agradar
a) No sentido de fazer carinho, é transitivo direto.
Ex.: A mulher agradava o filhinho.
VTD OD
b) No sentido de contentar, satisfazer, é transitivo indireto (exige
objeto indireto com a preposição a).
Ex.: O desempenho do time agradou ao técnico.
VTI OI
Aspirar
a) No sentido de respirar, sorver (perfume, ar), é transitivo direto.
b) No sentido de pretender/ desejar, é transitivo indireto (exige
objeto indireto com a preposição a).
Ex.: Os jovens aspiram ao sucesso profissional.
VTI OI
Ex.: Ele aspirou um gás venenoso.
VTD OD
55. a) No sentido de ver, é transitivo indireto (exige objeto indireto
com a preposição a).
Ex.: Todos assistiram ao jogo da seleção.
VTI OIObservação:
Usado nesse sentido, assistir não aceita lhe, lhes, como objeto indireto; por
isso, quando necessário, você deverá trocá-lo por a ele, a ela, a eles, a elas.
Ex.: Você assistiu ao jogo? Sim, eu assisti a ele.
Assistir
c) No sentido de pertencer/caber, é transitivo indireto (exige objeto
indireto com a preposição a).
Ex.: O direito de criticar assiste aos cidadãos.
VTI OI
b) No sentido de prestar assistência/ajudar, é transitivo direto.
Ex.: A enfermeira assistia os acidentados.
VTD OD
56. Esses dois verbos não mudam de sentido, mas podem ser
transitivos diretos ou indiretos.
a) São transitivos diretos quando NÃO são pronominais, isto é,
quando NÃO estão acompanhados de pronome oblíquo (me, te,
se, nos, etc.).
Ex.: Eu lembrei seu aniversário. Jamais esqueceremos esse dia.
VTD OD VTD OD
Esses são fatos que ela já esqueceu.
OD VTD
Esquecer e lembrar
b) São transitivos indiretos (exigem preposição de) quando usados
como verbos pronominais, isto é, acompanhados de pronome
oblíquo (me, te, se, nos, vos).
Ex.: Eu me lembrei de seu aniversário.
VTI OI
Jamais nos esqueceremos desse dia.
VTI OI
57. São sempre transitivos indiretos (exigem objeto indireto
com a preposição a).
Ex.: Você obedeceu ao regulamento.
VTI OI
Os operários desobedecerão às suas ordens.
VTI OI
Obedecer e desobedecer
Não mudam de sentido, mas podem ser transitivos diretos ou indiretos,
dependendo do tipo de objeto que apresentam.
a) São verbos transitivos indiretos (exigem a preposição a quando o
objeto refere-se a gente, pessoa).
Ex.: Nós pagamos ao vendedor.
Deus perdoa aos pecadores.
VTI OI
Pagar e perdoar
58. Exige dois objetos: um direto e um indireto (iniciado pela preposição a).
Esse verbo é, portanto, transitivo direto e indireto. Preferir alguma coisa a
outra coisa.
Ex.: Ele sempre preferiu o trabalho ao estudo.
VTDI OD OI
Preferir
Chegar - Ir
Há certos verbos que, no uso popular, funcionam com uma regência e, no
uso culto, com outra. Nesse caso, a Gramática propõe como correto
apenas o uso culto.
O verbo chegar e o verbo ir são intransitivos e exigem a preposição a
quando indicam lugar.
Uso popular: Eu cheguei em casa cedo. Uso culto: Eu cheguei a casa cedo.
Uso popular: Fui no jogo com meu pai. Uso culto: Fui ao jogo com meu pai.
59. Os sinais de pontuação são recursos próprios da língua escrita:
representam as pausas e entoações da linguagem oral. Com acentuada
característica subjetiva, a pontuação não possui critérios rígidos a serem
seguidos, mas requer atenção, porque qualquer deslize pode prejudicar a
clareza do texto.
60. Emprega-se, basicamente, para indicar o término de uma
frase declarativa, de um período simples ou composto.
Hoje haverá aula de português.
Faça o favor de me passar o caderno.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas,
por exemplo:
fev. = fevereiro; hab. = habitante; rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito
recebe o nome de ponto final.
O ponto (.)
61. É utilizado para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula,
praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou
aquelas que já apresentam separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre;
agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.
b) separar vários itens de uma enumeração:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino.
(Constituição da República Federativa do Brasil)
O Ponto-e-vírgula (;)
62. São empregados para:
•anunciar uma citação:
Lembrando um verso de Manuel Bandeira: “A vida
inteira que podia ter sido e que não foi.”
•um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir
Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.
•Para anunciar a fala do personagem.
E o pai perguntou:
– Aonde vai, garoto?
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de
exemplos, notas ou observações.
Dois Pontos (:)
63. É empregado para indicar uma pergunta direta, ainda
que esta não exija resposta:
Onde estarão as causas dos problemas sociais
brasileiros?
NOTA: Em perguntas indiretas, não é usado o ponto de
interrogação. As frases interrogativas indiretas supõem
a indagação, mas não começam com palavra
interrogativa, por isso, terminam com ponto final.
Quero saber o motivo da sua falta.
Ponto de interrogação (?)
64. É empregado para marcar o fim de qualquer
enunciado com entonação exclamativa, que
normalmente exprime admiração, surpresa, assombro,
indignação etc (7).
Vamos à luta!
Entrem na sala!
NOTA: O ponto de exclamação é também usado com
interjeições:
Oh!
Ah!
O Ponto de exclamação (!)
65. Marcando uma suspensão da frase, devido, muitas
vezes, a elementos de natureza emocional, são
empregadas:
•para indicar continuação de uma ação ou fato.
O balão foi subindo...
•para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
E eu que trabalhei tanto pensando que...
•para representar, na escrita, hesitações comuns da
língua falada.
Não quero sair porque... porque... eu não estou
com vontade.
Reticências (...)
66. Marca uma pequena pausa. É geralmente empregada
nos seguintes casos:
•nas datas, para separar nome de localidade;
Cabrobó, 28 de novembro de 2011.
•para indicar omissão de um termo (geralmente um
verbo)
Todos chegaram alegres e eu, muito triste.
(cheguei)
•para separar termos de mesma função sintática;
Havia portugueses, brasileiros, espanhóis e
italianos naquela festa.
A vírgula (,)
67. •para separar o vocativo:
Alunos, prestem atenção!
Estude muito, colega, para obter sucesso.
•para separar o aposto:
Cabrobó, a terra da cebola, é uma cidade
hospitaleira.
•para isolar palavras e expressões explicativas ou
retificativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor,
aliás, além disso, etc.):
Eles viajaram para a América do Norte, aliás,
para o Canadá.
68. CRASE
Regra prática
Para você saber se há crase antes de uma palavra feminina, troque essa
palavra por uma masculina correspondente e observe:
1. Se antes da palavra masculina aparecer ao(s), use crase
antes da feminina.
Ex.: Ela foi à feira ontem.
Ela foi ao mercado ontem.
2. Se antes da palavra masculina aparecer apenas a(s) ou o(s)
não use crase.
Ex.: Os jogadores visitaram a cidade.
Os jogadores visitaram o museu.
69. Casos em que ocorre crase
Nas locuções adverbiais femininas.
Ex.: O rapaz saiu à tarde e chegou à noite. (locução adverbial de tempo)
Ex.: Ele foi à feira e depois à lavanderia. (locução adverbial de lugar)
Ex.: O governador viajou às pressas. (locução adverbial de modo)
Observação:
Com as locuções adverbiais femininas de instrumento a crase é
facultativa.
Ex.: O pai saiu sem fechar a porta à chave.
O pai saiu sem fechar a porta a chave.
Ex.: O soldado foi ferido à baioneta.
O soldado foi ferido a baioneta.
70. Nas locuções prepositivas (formadas por a + palavra feminina + de)
Ex.: Meu amigo conseguiu ser aprovado à custa de muito esforço.
Ele saiu à procura de ajuda.
Nas locuções conjuntivas (formada por a + palavra feminina + que).
Ex.: A cidade se acalma, à medida que escurece.
À proporção que chovia, aumentavam os buracos na rua.
Observação:
Nas expressões à moda de, à maneira de, a palavra principal pode ficar oculta.
Então o à poderá ficar diante de palavra masculina, como no exemplo:
Ex: Usava cabelos à Luís XV. (à moda de Luís XV)
Casos em que a crase é facultativa
Antes de pronomes possessivos femininos (porque antes desse tipo de
pronome o artigo é facultativo).
Ex.: Ele se refere à minha mãe.
Ele se refere a minha mãe.
Antes de nomes de mulheres
Ex.: Eu me referi à Maria.
Eu me referi a Maria.
Depois da palavra até.
Ex.: Todos os alunos foram até à escola.
Todos os alunos foram até a escola.
71. Casos em que não ocorre crase
Antes de nomes masculinos (porque essas palavras não admitem o artigo a.
Ex.: Ele adora andar a cavalo, ela prefere andar a pé.
Antes de verbos (porque antes de verbos não aparece artigo)
Ex.: Assim que saíram, começaram a correr.
Antes de pronomes que não admitem artigo.
a) Pronomes pessoais (porque antes deles não se usa artigo)
Ex.: Todos se dirigiram a ela.
b) Pronomes de tratamento (porque antes deles não se usa artigo)
Ex.: Dirigi-me a Vossa Excelência para despedir-me.
Observação:
Os pronomes de tratamento dona, senhora e senhorita, pelo fato de
admitirem o artigo, admitem também a crase.
Ex.: Nada disse à senhora.
72. c) Antes de nome de cidade
Ex.: Fui a Curitiba visitar meus avós.
Cuidado: Fui à Curitiba de Dalton Trevisan. Nome de cidade especificada.
Observação:
Pode ocorrer a crase entre a preposição a e os pronomes relativos a qual e
as quais.
Ex.: Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.
Seria aquela a jovem à qual você se referia?
Quando o a (sem s) aparece antes de uma palavra no plural.
Ex.: Ele se dirigia a pessoas estranhas.
Em expressões com palavras repetidas
Ex.: O tanque se encheu gota a gota.
Antes de nomes de cidades (que não admitem o artigo feminino a), sem
especificativos
Ex.: Eles pretendem ir a Paris.
Observação:
Quando o nome da cidade apresenta um especificativo, ele passa a admitir
artigo e, nesse caso, pode ocorrer a crase, desde que o termo regente exija a
preposição a.
Ex.: Eles pretendem ir à fascinante Paris.
73.
74.
75.
76.
77.
78. Entende-se por figuras de linguagem o tipo de conteúdo ligado à
parte estilística da Gramática cujo objetivo seja a análise de casos
específicos de usos expressivos na Língua Portuguesa.
Comparação: é a comparação direta de qualificações entre seres, com o
uso do conectivo comparativo (como, assim como, bem como, tal qual,
etc.).
Exemplos:
O rapaz é forte como um touro.
Naquele domingo, trabalhou como um cavalo.
A Amazônia é como o pulmão do mundo.