2. SRPA
• O tempo de permanência nesta sala, irá variar
de acordo com o tipo de anestesia,
procedimento cirúrgico e quadro clínico do
paciente, de 01 a 06 horas.
3. Pós-operatório
É a terceira fase da experiência cirúrgica.
Subdividido em:
• Recuperação pós-anestésica;
• Pós operatório imediato;
• Pós-operatório mediato.
4. Sala de Recuperação Pós-Anestésica -SRPA
1. Paciente deverá recuperar a consciência e
estabilizar os sinais vitais ;
2. Prevenção e assistência imediata das
intercorrências;
5. Objetivos da Assistência de Enfermagem
Implementar cuidados até que o paciente:
• Tenha se recuperado dos efeitos da
anestesia;
• Tenha retomado suas funções motoras e
sensoriais*;
• Esteja orientado;
• Esteja com SSVV estáveis;
• Não demonstre sinais de hemorragia,
náusea ou vômito.
6. Assistência de Enfermagem na SRPA
• Competência técnica da equipe (Enf. e Téc);
• Cuidados que almejem o restabelecimento do
equilíbrio fisiológico com o menor índice de
complicação possível;
• Sistematização da Assistência de Enfermagem na
SRPA – grandes etapas
1. Recebimento do plantão (informações passadas pelo
anestesista);
2. Avaliação do ABC;
3. Avaliação global do paciente (base para prescrição
individualizada).
7. 1. Recebimento de Plantão na SRPA
• Anestesiologista/Enfermeiro –> Enfermeiro
• Identificação e caracterização do paciente;
• Classificação ASA;
• Doenças preexistentes, condição clínica prévia;
alergias;
• Técnica anestésica e tipo de cirurgia;
• Perda hídrica/sanguínea;
• Complicações cirúrgicas;
• Drogas em uso, dispositivos e curativos.
8. 2. Avaliação do ABC
(Airway, Breathing, Circulation)
• A
– Permeabilidade das vias aéreas
– Administração de O2
– Oximetria
• B
– Incursões respiratórias (FR, profundidade,
murmúrios)
• C
– Monitorização eletrocardiográfica
– Avaliação da FC e do ritmo
9. 3. Avaliação Global do Paciente
• Cefalopodálica
• Avaliação dos principais sistemas orgânicos
– Respiratório (FR, ritmo, ausculta, Sat. O2)
– Cardiovascular (FC, ritmo, PA, Temp., cor da pele, pulsos
periféricos)
– Neurológico (nível de consciência, movimentação)
– Renal (BH e avaliação de dispositivos de infusão e
drenagem)
+ Avaliação do sítio cirúrgico
• Registro criterioso na Ficha de Recuperação
Anestésica
10. Escala de Aldrete e Kroulik
Avaliação da possibilidade de Alta da SRPA
• Aplicação:
– 1ª hora (a cada 15’)
– 2ª hora (a cada 30’)
– 3ª hora em diante (a cada hora)
11. Escala de Aldrete e Kroulik
Atividade
muscular*
(Mov. voluntária)
Movimenta os 4 membros 2
Movimenta 2 membros 1
Não mov os membros voluntariamente ou sob comando 0
Respiração
(1min)
É capaz de respirar profundamente ou tossir livremente 2
Apresenta dispnéia ou limitação da respiração 1
Faz apnéia 0
Circulação
(PA)
PA em 20% do nível pré-anestésico 2
PA em 20 – 49% do nível anestésico 1
PA em 50% do nível anestésico 0
Consciência
(Chamar pelo nome,
sem tocar)
Lúcido e orientado no tempo e espaço 2
Desperta, se solicitado 1
Não responde 0
Saturação de O2
(Oximetria)
É capaz de manter sat de O2> 92% em ar ambiente 2
Necessita de O2 para manter sat > 90% 1
Saturação < 90% mesmo com O2 0
12. Escala Aldrete e Kroulik
Avaliação da possibilidade de Alta da SRPA
Pontuação 8 a 10 – alta possível, juntamente com a
avaliação criteriosa de:
- Ausência de retenção urinária, náuseas e vômitos,
sangramento ativo da ferida cirúrgica; de queixas
álgicas ou manutenção da dor sob controle;
- Estabilidade de sinais vitais;
- Presença de sensibilidade cutânea e força muscular.
13. Índice de Steward
(Pediatria – crianças de 0 a 12anos)
Vias Aéreas
Tosse ou chora 2
Respira facilmente / apresenta boa manutenção 1
Requer manutenção 0
Consciência
Está desperto 2
Responde a estímulos verbais ou táteis 1
Não responde 0
Movimentação
Mov os membros intencionalmente 2
Faz mov não-intencionais 1
Não se movimenta 0
Alta possível quando a criança estiver mais acordada, chamando pelos pais,
com SSVV normais, aquecida e sem dor.
14. Escala de Ramsay – grau de sedação
Ramsay Avaliação
1 Acordado, ansioso, agitado, inquieto
2 Acordado, cooperativo, aceitando a ventilação,
orientado e tranquilo
3 Dormindo, desperta com estímulo tátil/verbal,
responsivo a comandos
4 Dormindo, desperta com estímulo verbal vigoroso ou
leve toque na glabela
5 Dormindo, desperta apenas com estímulo doloroso
6 Sem resposta ao estímulo doloroso
16. Escala de Coma de Glasgow - ECG
• É a escala utilizada para avaliação do nível de
consciência e para avaliação inicial e contínua
após trauma crânio encefálico.
• É de grande valor no prognóstico e previsão
de eventuais sequelas.
17. Abertura Ocular
Espontânea 4
Ao comando verbal 3
Ao estímulo doloroso 2
Nenhuma resposta 1
Resposta Motora
Obedece a comandos 6
Localiza a dor 5
Flexão inespecífica (retirada) 4
Flexão hipertônica (decortica) 3
Extensão Hipertônica (descerebra) 2
Sem resposta 1
Resposta Verbal
Consciente e orientado (fala coerente) 5
Desorientado e conversando 4
Resposta inapropriada 3
Gemido (sons incompressíveis) 2
Sem resposta 1
Escala de Coma de Glasgow - ECG
19. Pontuação
• Pontuação possível: 3 a 15
3 = coma profundo (85% de morte encefálica)
8 = indicativo de IOT
15 = consciente
• Classificação do trauma crânio encefálico
(ATLS,2005):
3 – 8 = grave
9 -13 = moderado
14 – 15 = leve
20. Balanço Hídrico - BH
• É o controle sobre infusões x eliminações
• O peso corporal tornou-se uma medida bastante
importante porque as alterações AGUDAS refletem
aumentos ou diminuições na água total do
organismo
• A água total do organismo representa de 60 a 70%
do peso corporal
21. Pacientes que necessitam de BH
• Pacientes em uso de nutrição parenteral e
enteral;
• Paciente grave em UTI;
• PO de grandes cirurgias , principalmente dos
sistemas geniturinário, digestivo e respiratório;
• Pacientes portadores de enfermidades
cardíacas, renais, edemas , ascite...
• Pacientes com restrição hídrica, etc.
22. Cálculo do Balanço Hídrico
As perdas de um BH típico de 24 horas em um
paciente adulto são:
• 1500 ml pela diurese,
• 200ml pela evacuação,
• 100-200ml pela sudorese;
*Perdas insensíveis (nem sempre consideradas)
– 300-400 ml através da pele
– 300 ml por meio da respiração
23. Cálculo do Balanço Hídrico
BH = LA – LE – PI
LA = Líquidos administrados
LE = Líquidos eliminados
PI = Perdas insensíveis* Em geral (500 a 1000ml)
Métodos para estimar as perdas insensíveis
PI = peso x 10
PI = 0,5 x peso x nº horas
Perdas insensíveis: suor, diarreia, febre, exsudato.
Tax ≥ 38°, acrescentar + 150 ml para cada grau de elevação, nas
perdas insensíveis.
CONSIDERAR ESTE MÉTODO PARA A PROVA
24. Referências
SOBECC. Centro de Material e Esterilização, Centro Cirúrgico,
Recuperação Anestésica. 6 ed. São Paulo: SOBECC, 2013.
DISPONIBILIZADO NO SGI
NETTO, et al. Análise dos registros referentes ao balanço hídrico
em unidade de terapia intensiva. Rev enferm UFPE, v. 9, n. 1,
p.448-456, 2015.
DISPONIBILIZADO NO SGI
CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde
e função humanas. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006, p. 901-31.