3. BIOGRAFIA:
• Azemiro de Souza, conhecido como Miro, nasceu em Bebedouro, no dia 17 de julho
de 1949. Filho de joalheiros. Mudou-se para São Paulo em 1968 e, no ano
seguinte, teve seu primeiro contato com a fotografia profissional. Ganhou do
fotógrafo José Daloia o apelido que usa até hoje e um emprego de laboratorista no
estúdio Alltype. Miro trabalhou com Daloia durante três anos, período em que
ascendeu de laboratorista à assistente e, depois, fotógrafo. Simultaneamente, foi
abastecendo seu vocabulário visual com as imagens das revistas Realidade e
Revista 70. É também nesse início de anos 70 que se aproxima do trabalho da
fotógrafa francesa Sarah Moon, que viria a ser uma das suas maiores influências.
• Em 1972, Miro se casa com Leda Senise. A relação dela com o teatro e o interesse
mútuo pelas artes influenciariam na formação estética do fotógrafo, inspirada no
cinema, no teatro e na pintura. No ano seguinte, começa a trilhar seu caminho solo
na publicidade. Começa ali uma série de trabalhos para a marca Lycra, considerados
um marco em sua carreira. Nesse mesmo ano, Miro e a esposa visitam Paris. Meses
depois, ele volta à cidade francesa, decidido a se estabelecer por lá. E inicia uma
série de encomendas para a revista Elle. O brasileiro também bate à porta do
fotógrafo Guy Bourdin, sua grande referência. O plano era mostrar seu portfolio e
pedir emprego como assistente. Considerando que o jovem fotógrafo teria mais a
ensinar do que a aprender em seu ateliê, Bourdin teria dito: “Você deve ser o melhor
fotógrafo do Brasil”.
• Depois de um ano, o casal está de volta a São Paulo, momento em que o mercado
brasileiro estava se consolidando. Coincidiu com o nascimento do primeiro filho
deles, o que os fez permanecerem na capital paulista. Em 1975, Miro vai para o
estúdio Fotoplano, onde forma parceria com os fotógrafos Dercílio e Luis Crispino,
este um assistente na época, e com quem trabalharia durante quatro anos. Para
Crispino, a experiência foi marcante.
• Miro é referência profissional, um excelente fotógrafo de publicidade e moda, com
capas e ensaios assinados para revistas como Playboy, Elle, Vip e Vogue. Uma das
características fortes da personalidade artística de Miro é o perfeccionismo.
4. • Em 1976, ele lançou seu único livro, Máscaras, uma série de retratos em preto e
branco de celebridades, como Juscelino Kubitschek, Elke Maravilha e Maysa. Em
1978, com o lançamento no Brasil. Entram os anos 90 e o fotógrafo segue em alta.
Nesse período, porém, sofre com a síndrome de pânico e dá início ao ensaio
Vanités, abandonado tão logo ele se recupera da crise. Em 1997, Miro dividia o
estúdio Souk com Freitas e Sidney Haddad. Ali produziu um ensaio para a Valisere
cuja modelo era uma Gisele Bündchen em início de carreira.
• As câmeras digitais entraram em cena e os fotógrafos estabelecidos passaram a
conviver com a pós-produção e uma crescente concorrência. O perfeccionista Miro
lutou para se adaptar. Introduziu a fotografia digital em seu cotidiano, num processo
que se consolidaria somente em 2007.
• Azemiro de Souza continua em plena atividade, em seu estúdio na Rua Turiassu,
zona oeste de São Paulo. Um profissional que conhece como poucos o mercado ao
qual se dedica, pois acompanhou seu desenvolvimento e o ajudou, com suas
imagens, a alcançar a maturidade.
• Em 35 anos de carreira, Miro foi um dos pioneiros em fotografia de moda no Brasil
com trabalhos em campanhas para a Lycra, Rhodia e editoriais de moda para as
revistas Cláudia, Marie Claire e Vogue. "Sempre fotografei pessoas que não tinham
muita cara de modelo", relembra Miro. Raul Cortez, Marília Pera, a cantora Maysa,
Clodovil e o ex-presidente Juscelino Kubitschek estão entre as personalidades que
posaram para as lentes do artista, assim como as tops Gisele Bündchen e Fernanda
Torres. ."Gisele sempre foi moleca como é até hoje. Lembro de umas fotos que
fizemos em Paraty, para a Marie Claire. Foi o terceiro editorial dela e a Gisele era
uma criança.“
• Consagrado no mercado publicitário.
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15. “Profissional excelente, impecável e perfeccionista em
suas fotografias, chegando a despertar sensações
através da expressividade captada por suas lentes em
algumas de suas criações.”