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A
os 27 anos, o jovem produtor goia-
no Igor Balestra tem planos ambi-
ciosos. Quer tornar a pecuária um
dos principais negócios da família, que tem
o pioneirismo no sangue. Seu avô, o advo-
gado e deputado federal Roberto Egídio
Balestra, e sua avó, Maria Elizabeth Jáco-
mo Balestra, começaram sua atividade em-
presarial cultivando apenas 60,5 hectares
de terra herdados por ela, nos anos 60, em
Inhumas, GO. Mais tarde, foram compran-
das glebas vizinhas, com o dinheiro obtido
com lavouras de arroz, feijão, milho e, pos-
teriormente, café. Na década de 80, Bales-
tra lançou dois projetos arrojados: a Cen-
trosuco, que visava estimular o plantio de
laranja na região para abastecer uma futura
indústria de suco, e a Centroálcool, segun-
da usina de etanol instalada em Goiás. A in-
dústria de suco não saiu do papel, mas fica-
ram os pomares. Já a usina permaneceu nas
mãos da família até 2012, quando foi ven-
dida para um grupo paulista.
Hoje, os Balestra exploram um mix de
negócios: 150.000 pés de laranja, lavou-
ras de milho, gado de corte, vacas leiteiras
(produção de 6.000 litros/dia) e 500 ha ar-
rendados para plantio de cana. As três últi-
mas atividades – laranja, leite e cana – fo-
ram, por muito tempo, a principal fonte de
renda do grupo, mas Igor acredita que a pe-
cuária de corte pode superá-las em futuro
próximo, desde que se intensifique desde a
cria até a terminação. O jovem administra-
dor decidiu colocar vacas de cria no rota-
cionado; inseminar exclusivamente fêmeas
em idade precoce a partir de 2020 e reduzir
o período de recria/engorda de 23 para 12
Mônica Costa
Edição: Maristela Franco
meses por meio da adubação de pastagens,
do “sequestro” de machos após a desma-
ma e da terminação em semiconfinamento.
Por ter controle de dados, ser aberto a tec-
nologias e conduzir um projeto inovador,
Igor foi escolhido para participar do Vitrine
Tecnológica DBO deste ano. Vamos acom-
panhá-lo por seis meses, registrando seus
acertos e erros, que fazem parte de todo
aprendizado.
Base do projeto – Das nove fazendas do
grupo, cinco têm áreas destinadas ao gado
de corte: Água Vermelha, Limeira, São Pe-
dro, Manacá e Boa Esperança, cujas pas-
tagens totalizam 773 hectares. Pequenas e
contíguas, essas fazendas foram visitadas
pela equipe de DBO em novembro passa-
do (veja mapa). Igor prefere classificá-las
de retiros, pois desempenham funções es-
pecíficas dentro de seu sistema de produ-
ção. A Água Vermelha foi destinada às va-
cas de cria e à recria de machos; a Limeira,
São Pedro e Manacá à recria de fêmeas e
a Boa Esperança à terminação de novilhos.
A Fazenda Capoeirão também possui 77 ha
de pastagens, mas como, nelas, está sendo
conduzido um projeto independente, essa
propriedade não será incluída no Vitrine.
Para entender o sistema de exploração
pecuária montado pelos Balestra, DBO fez
um giro completo pelas fazendas, começan-
do pela Água Vermelha, onde se concentra
a cria. São 376 ha de pastagens extensivas,
hoje abrigando 440 vacas paridas ou a pa-
rir, e quatro módulos de pastejo intensivo
totalizando 61,3 ha, que alojam 277 fême-
as também com bezerros ao pé. O primeiro
e segundo módulos são formados com bra-
quiarão. Medem 12,3 e 13,9 ha respectiva-
mente, sendo subdivididos em nove e 12 pi-
Projeto goiano mostra que é possível intensificar da cria à terminação com bom
manejo de pastagens e protocolos nutricionais específicos
Nutrição “customizada”
otimiza desempenho
Igor Balestra
Trato deixa garrotes mansos
como animais de estimação
MônicaCosta
Parte integrante da Revista DBO
edição de fevereiro - 2017
Nossoobjetivo
•	 Lançado por DBO em setembro de
2011, o Projeto Vitrine Tecnológica re-
torna em 2017 com fôlego total, abor-
dando um tema extremamente relevan-
te para a pecuária de corte brasileira: a
nutrição SOB MEDIDA. Como em edi-
ções anteriores – a primeira, sobre re-
forma de pastagens, e a segunda, sobre
inseminação artificial em tempo fixo -,
acompanharemos, mês a mês, in loco,
a rotina produtiva de uma empresa de
gado de corte, com o objetivo de apre-
sentar a nossos leitores tecnologias de
ponta, que permitem elevar a produção
de carne por hectare e, consequente-
mente, a rentabilidade do produtor.
•	 Com duração de seis meses, esta edi-
ção do Vitrine terá parceria da DSM/Tor-
tuga e focalizará o projeto de intensifica-
ção da Pecuária Balestra, conduzido pelo
jovem administrador Igor Jácomo Bales-
tra Abreu de Lima, em cinco das nove fa-
zendas da família, localizadas nos muni-
cípios de Inhumas e Brazabrantes, a 48
km da capital Goiânia. Igor se impôs o
desafio de intensificar desde a cria até a
terminação. Por ter porte médio (773 ha
de pastagens), o empreendimento pode
servir de referência para centenas de ou-
tros produtores que fazem ciclo comple-
to e querem melhorar sua produtividade.
•	 DBO fará visitas regulares às fazen-
das para registrar os resultados econô-
micos do projeto, além de descrever seu
sistema de manejo e protocolos nutricio-
nais. Estes foram formulados com base
no conceito de “nutrição SOB MEDIDA”,
que consiste em monitorar os teores de
proteína e energia do capim, corrigindo
eventuais carências por meio de suple-
mentos específicos, respeitando-se as
demandas dos animais, tanto para ga-
nho de peso (machos), quanto para fins
reprodutivos (fêmeas). Participe envian-
do suas dúvidas, críticas e sugestões.
Confira também fotos e material extra
no Portal DBO.
quetes cada. Os outros dois são de tanzânia
(17,8 ha e 17,3 ha, respectivamente, fracio-
nados em 15 piquetes cada).
Por serem compridos, os módulos ga-
nharam duas áreas de lazer, equipadas com
bebedouros artificiais, cochos para vacas
e creep feeding para suplementação espe-
cífica dos bezerros. A área intensificada
compreende 14% das pastagens da fazen-
da, mas sustenta 38% do plantel de vacas
paridas nas águas (lotação de 5,15 UA/ha).
Nesta propriedade, também ficam as insta-
lações construídas para recria dos machos
em sistema de “sequestro”, durante os cin-
co meses de seca subsequentes à desmama
(junho a outubro). Os animais ficam reclu-
sos, como em um confinamento, receben-
do, no cocho, uma dieta de crescimento na
proporção de 2,3% do peso vivo em ma-
téria seca, visando ganho diário de 600 g/
cab/dia.
Foco em precocidade – A recria das fê-
meas é feita nas Fazendas Limeira, São Pe-
dro e Manacá, que, juntas, têm 183,6 ha de
pastos extensivos e 43 ha de intensivos. São
três módulos de rotacionado. Os dois pri-
meiros medem 9,7 e 11,3 ha, sendo subdi-
vididos em 10 piquetes cada, onde “rodam”
lotes de 87 a 88 novilhas. O terceiro mó-
dulo, de mombaça, é um pouco maior (22
ha fracionados em sete piquetes) e permi-
te abrigar 160 novilhas. Na seca, as bezer-
ras ficam nos pastos extensivos, recebendo
proteinado, e nas águas vão para os módu-
los de pastejo rotativo, com direito a suple-
mentação proteico-energética.
“Quase todos os produtos fornecidos ao
rebanho são feitos na própria fazenda, com
base em análise foliar das pastagens e sob
Mapa das fazendas
Área total das nove fazendas (ha) 2.497
Pés de laranja plantados 150.000
Produção de leite (l/dia) 6.000
Área arrendada para cana (ha) 500
Área total de pastagens (ha) 773
Área do projeto de corte (ha) 696
Rebanho total (cab) 1.526
Plantel de matrizes (cab) 717
Machos em terminação (cab) 308
Perfil do Grupo
Balestra
1 Fazenda Água
Vermelha
2 Fazenda Manacá
3 Fazenda Limeira
4 Fazenda
São Pedro
5 Fazenda Boa
Esperança
Inhumas
Goiânia
5
1
2
3
4
Parte integrante da Revista DBO
edição de fevereiro - 2017
A	 DBO março 2015
medida para cada categoria, variando con-
forme o período do ano”, explica o zootec-
nista Gabriel Morais, técnico da DSM/Tor-
tuga. Nas águas, os pastos extensivos das
Fazendas Limeira, São Pedro e Manacá
abrigam vacas de descarte ou bois magros
adquiridos de terceiros, porém com baixa
lotação, para que sobre forragem para as no-
vilhas consumirem no perío­do de estiagem.
Já os machos, após o “sequestro” na Fa-
zenda Água Vermelha, vão para a Boa Es-
perança, onde são terminados a pasto, com
suplementação no cocho. O nível de forne-
cimento varia conforme o peso dos animais
e a qualidade do capim. Essa propriedade
possui 32 ha de mombaça, divididos em
12 piquetes de 2,6 ha cada, que atualmente
alojam 308 garrotes. Trata-se de uma área
plana, de solos já corrigidos e adubados,
o que garante alta produção de forragem e
lotação superior a 6 UA/ha nas águas. Se-
gundo Igor, nem todas os pastos
do projeto podem ser intensifi-
cados. “A laranja e a cana ocu-
param as áreas mais planas, em-
purrando o gado de corte para as
mais íngremes. Ainda podemos
intensificar algumas glebas, mas
isso será feito de forma grada-
tiva, conforme a necessidade”,
explica o produtor, que preten-
de estabilizar o plantel em 1.200
matrizes (800 vacas e 400 novi-
lhas precoces), visando à produ-
ção de 800 bezerros(as)/ano.
Evolução gradativa – O sistema de
produção descrito demorou quatro anos
para ser montado e conta com análises fi-
nanceiras detalhadas, que serão apresen-
tadas nos próximos capítulos. Igor adora
planilhas. Formado em administração de
empresas, ele assumiu a gestão da Pecu-
ária Balestra em 2013, após a venda da
Centroálcool, da qual era diretor comer-
cial. “Eu não entendia nada de gado, mas
estava disposto a aprender. Fiz cursos,
pesquisei muito em sites de pecuária e re-
vistas especializadas; conversei com pro-
dutores e consultores”, relembra o jovem.
Logo descobriu que o plantel Nelore PO
– criado em 1995 por seu avô e depois ge-
renciado por sua tia Tereza Balestra, dire-
tora-presidente do grupo – havia cresci-
do sem muito planejamento, pois o foco
principal da administração estava na la-
ranja.
“Tínhamos estação de monta desde
2006 e produzíamos tourinhos Nelore e
bezerros cruzados com bom valor agrega-
do, mas nossa receita era pequena. Faltava
escala, controle de custos e um bom pla-
no de negócios”, relembra. Para reverter
esse quadro negativo, Igor pediu ajuda ao
agrônomo Aliomar Gabriel da Silva, ex-
-presidente da Embrapa Pecuária Sudeste,
que prestava consultoria à família na área
de leite. “Ele sugeriu intensificar as pas-
tagens, modificando o sistema de paste-
jo e fazendo adubação nitrogenada”. En-
frentando resistência até dos funcionários
da fazenda, que achavam tudo isso mui-
to complicado, Igor começou a dividir os
pastos e tomou duas outras medidas im-
portantes: fazer terminação dos machos e
abandonar o cruzamento industrial.
“Estávamos perdendo o capital gené-
tico das matrizes Nelore, pois as melho-
res fêmeas emprenhavam de
Angus, restando apenas o fun-
do para reposição”, explica o
produtor. Ele também parou
de registrar as progênies Nelo-
re e se associou ao Paint, Pro-
grama de Melhoramento Gené-
tico para Bovinos de Corte, da
CRV Lagoa. Hoje produz 30
tourinhos com certificado es-
pecial de identificação e pro-
dução (CEIP) por ano. Os ma-
chos restantes são engordados
para abate. Até o ano passado,
Conquistas e metas da Pecuária Balestra
Indicadores 2013 2017 2020
% geral de prenhez 73 79 70*
Peso à desmama (kg) 184 197 210
Taxa de desfrute (%) – 40 65
Lotação (UA/ha/ano) 1,2 1,9 3
Produção de @/ha** 13,88 170,00 170,00
Receita R$/ha 334,93 661,34 1.200
* Diminuição do índice em função da estação de monta de 90 dias e inseminação apenas de novilhas precoces. **Considera
apenas o ciclo de recria/engorda
1o 2o
Vacas paridas em pastos rotacionados da
Fazenda Água Vermelha
Novilhas precoces de 13 meses, na Fazenda
Limeira: foco em precocidade.
Setores do Projeto
FotosMônicaCosta
Parte integrante da Revista DBO
edição de fevereiro - 2017
Igor terminava-os em confinamentos da
região, pagando diárias, mas, nesta safra,
todos sairão direto da Fazenda Boa Espe-
rança para o frigorífico, pesando 18@ aos
18 meses. Devido à suplementação contí-
nua (sob medida), os garrotes ficam mui-
to mansos, como se vê na foto de abertu-
ra desta reportagem. Parecem animais de
estimação.
Mito desfeito – A primeira fazenda a ser
intensificada por Igor foi a Água Verme-
lha, que teve parte dos pastos reformados,
adubados e subdivididos. “Muitos acha-
ram loucura colocar lotes de vacas no ro-
tacionado. Diziam que elas não iriam em-
prenhar”, relembra o produtor. Esse mito
caiu por terra como se verá no próximo
capítulo do Vitrine Tecnológica. Confor-
me foram surgindo resultados positivos, a
família decidiu montar módulos de rota-
cionado também nas fazendas de recria/
engorda. “Sem isso, nenhuma evolução
seria possível”, assegura o jovem admi-
nistrador. Hoje, 100% das fêmeas são fer-
tilizadas com sêmen de touros Nelore de
alta performance para precocidade (sem
repasse), pois, como já foi dito, até 2020,
a empresa pretende manter no rebanho
apenas novilhas que emprenhem precoce-
mente (14-17 meses).
O objetivo dessa medida é produzir
mais bezerros por vaca e encurtar o ciclo
produtivo em um ano, liberando áreas para
outras categorias. O encurtamento do ciclo
dos machos, “sequestrados” na primeira
seca pós-desmama e engordados em pas-
tos intensivos durante as águas, com ter-
minação em semiconfinamento, faz parte
da mesma estratégia. Trata-se de um pla-
no audacioso. Para viabilizá-lo, Igor conta
com a ajuda do técnico da DSM/Tortuga,
Gabriel Morais. “Trocamos ideias o tempo
todo, em busca de soluções para os desa-
fios diários, que não são poucos, pois Igor
estabeleceu metas arrojadas. Nosso traba-
lho é ajudá-lo a atingi-las”, explica Mo-
rais, que também monitora a qualidade nu-
tricional das pastagens. “Essa interação é
essencial. Não temos fornecedores, mas
parceiros”, garante Igor.	 n
3o
“Sequestro” dos machos pós-desmama:
permite recria acelerada.
Novilhos em terminação no rotacionado
para abate com 18 meses
Parceria afinada
O técnico da
DSM, Gabriel
Moraes (à dir.),
acompanha o
projeto de perto.
4o
Agora que você tem uma visão geral do
projeto da Pecuária Balestra, acompanhe sua
descrição por setores. Na próxima edição,
será focalizada a cria. Acompanharemos
o processo de IATF, o manejo das vacas
no rotacionado e o protocolo nutricional
específico para essa categoria. Até março.

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Nutrição 'customizada' otimiza desempenho na pecuária goiana

  • 1. A os 27 anos, o jovem produtor goia- no Igor Balestra tem planos ambi- ciosos. Quer tornar a pecuária um dos principais negócios da família, que tem o pioneirismo no sangue. Seu avô, o advo- gado e deputado federal Roberto Egídio Balestra, e sua avó, Maria Elizabeth Jáco- mo Balestra, começaram sua atividade em- presarial cultivando apenas 60,5 hectares de terra herdados por ela, nos anos 60, em Inhumas, GO. Mais tarde, foram compran- das glebas vizinhas, com o dinheiro obtido com lavouras de arroz, feijão, milho e, pos- teriormente, café. Na década de 80, Bales- tra lançou dois projetos arrojados: a Cen- trosuco, que visava estimular o plantio de laranja na região para abastecer uma futura indústria de suco, e a Centroálcool, segun- da usina de etanol instalada em Goiás. A in- dústria de suco não saiu do papel, mas fica- ram os pomares. Já a usina permaneceu nas mãos da família até 2012, quando foi ven- dida para um grupo paulista. Hoje, os Balestra exploram um mix de negócios: 150.000 pés de laranja, lavou- ras de milho, gado de corte, vacas leiteiras (produção de 6.000 litros/dia) e 500 ha ar- rendados para plantio de cana. As três últi- mas atividades – laranja, leite e cana – fo- ram, por muito tempo, a principal fonte de renda do grupo, mas Igor acredita que a pe- cuária de corte pode superá-las em futuro próximo, desde que se intensifique desde a cria até a terminação. O jovem administra- dor decidiu colocar vacas de cria no rota- cionado; inseminar exclusivamente fêmeas em idade precoce a partir de 2020 e reduzir o período de recria/engorda de 23 para 12 Mônica Costa Edição: Maristela Franco meses por meio da adubação de pastagens, do “sequestro” de machos após a desma- ma e da terminação em semiconfinamento. Por ter controle de dados, ser aberto a tec- nologias e conduzir um projeto inovador, Igor foi escolhido para participar do Vitrine Tecnológica DBO deste ano. Vamos acom- panhá-lo por seis meses, registrando seus acertos e erros, que fazem parte de todo aprendizado. Base do projeto – Das nove fazendas do grupo, cinco têm áreas destinadas ao gado de corte: Água Vermelha, Limeira, São Pe- dro, Manacá e Boa Esperança, cujas pas- tagens totalizam 773 hectares. Pequenas e contíguas, essas fazendas foram visitadas pela equipe de DBO em novembro passa- do (veja mapa). Igor prefere classificá-las de retiros, pois desempenham funções es- pecíficas dentro de seu sistema de produ- ção. A Água Vermelha foi destinada às va- cas de cria e à recria de machos; a Limeira, São Pedro e Manacá à recria de fêmeas e a Boa Esperança à terminação de novilhos. A Fazenda Capoeirão também possui 77 ha de pastagens, mas como, nelas, está sendo conduzido um projeto independente, essa propriedade não será incluída no Vitrine. Para entender o sistema de exploração pecuária montado pelos Balestra, DBO fez um giro completo pelas fazendas, começan- do pela Água Vermelha, onde se concentra a cria. São 376 ha de pastagens extensivas, hoje abrigando 440 vacas paridas ou a pa- rir, e quatro módulos de pastejo intensivo totalizando 61,3 ha, que alojam 277 fême- as também com bezerros ao pé. O primeiro e segundo módulos são formados com bra- quiarão. Medem 12,3 e 13,9 ha respectiva- mente, sendo subdivididos em nove e 12 pi- Projeto goiano mostra que é possível intensificar da cria à terminação com bom manejo de pastagens e protocolos nutricionais específicos Nutrição “customizada” otimiza desempenho Igor Balestra Trato deixa garrotes mansos como animais de estimação MônicaCosta Parte integrante da Revista DBO edição de fevereiro - 2017
  • 2. Nossoobjetivo • Lançado por DBO em setembro de 2011, o Projeto Vitrine Tecnológica re- torna em 2017 com fôlego total, abor- dando um tema extremamente relevan- te para a pecuária de corte brasileira: a nutrição SOB MEDIDA. Como em edi- ções anteriores – a primeira, sobre re- forma de pastagens, e a segunda, sobre inseminação artificial em tempo fixo -, acompanharemos, mês a mês, in loco, a rotina produtiva de uma empresa de gado de corte, com o objetivo de apre- sentar a nossos leitores tecnologias de ponta, que permitem elevar a produção de carne por hectare e, consequente- mente, a rentabilidade do produtor. • Com duração de seis meses, esta edi- ção do Vitrine terá parceria da DSM/Tor- tuga e focalizará o projeto de intensifica- ção da Pecuária Balestra, conduzido pelo jovem administrador Igor Jácomo Bales- tra Abreu de Lima, em cinco das nove fa- zendas da família, localizadas nos muni- cípios de Inhumas e Brazabrantes, a 48 km da capital Goiânia. Igor se impôs o desafio de intensificar desde a cria até a terminação. Por ter porte médio (773 ha de pastagens), o empreendimento pode servir de referência para centenas de ou- tros produtores que fazem ciclo comple- to e querem melhorar sua produtividade. • DBO fará visitas regulares às fazen- das para registrar os resultados econô- micos do projeto, além de descrever seu sistema de manejo e protocolos nutricio- nais. Estes foram formulados com base no conceito de “nutrição SOB MEDIDA”, que consiste em monitorar os teores de proteína e energia do capim, corrigindo eventuais carências por meio de suple- mentos específicos, respeitando-se as demandas dos animais, tanto para ga- nho de peso (machos), quanto para fins reprodutivos (fêmeas). Participe envian- do suas dúvidas, críticas e sugestões. Confira também fotos e material extra no Portal DBO. quetes cada. Os outros dois são de tanzânia (17,8 ha e 17,3 ha, respectivamente, fracio- nados em 15 piquetes cada). Por serem compridos, os módulos ga- nharam duas áreas de lazer, equipadas com bebedouros artificiais, cochos para vacas e creep feeding para suplementação espe- cífica dos bezerros. A área intensificada compreende 14% das pastagens da fazen- da, mas sustenta 38% do plantel de vacas paridas nas águas (lotação de 5,15 UA/ha). Nesta propriedade, também ficam as insta- lações construídas para recria dos machos em sistema de “sequestro”, durante os cin- co meses de seca subsequentes à desmama (junho a outubro). Os animais ficam reclu- sos, como em um confinamento, receben- do, no cocho, uma dieta de crescimento na proporção de 2,3% do peso vivo em ma- téria seca, visando ganho diário de 600 g/ cab/dia. Foco em precocidade – A recria das fê- meas é feita nas Fazendas Limeira, São Pe- dro e Manacá, que, juntas, têm 183,6 ha de pastos extensivos e 43 ha de intensivos. São três módulos de rotacionado. Os dois pri- meiros medem 9,7 e 11,3 ha, sendo subdi- vididos em 10 piquetes cada, onde “rodam” lotes de 87 a 88 novilhas. O terceiro mó- dulo, de mombaça, é um pouco maior (22 ha fracionados em sete piquetes) e permi- te abrigar 160 novilhas. Na seca, as bezer- ras ficam nos pastos extensivos, recebendo proteinado, e nas águas vão para os módu- los de pastejo rotativo, com direito a suple- mentação proteico-energética. “Quase todos os produtos fornecidos ao rebanho são feitos na própria fazenda, com base em análise foliar das pastagens e sob Mapa das fazendas Área total das nove fazendas (ha) 2.497 Pés de laranja plantados 150.000 Produção de leite (l/dia) 6.000 Área arrendada para cana (ha) 500 Área total de pastagens (ha) 773 Área do projeto de corte (ha) 696 Rebanho total (cab) 1.526 Plantel de matrizes (cab) 717 Machos em terminação (cab) 308 Perfil do Grupo Balestra 1 Fazenda Água Vermelha 2 Fazenda Manacá 3 Fazenda Limeira 4 Fazenda São Pedro 5 Fazenda Boa Esperança Inhumas Goiânia 5 1 2 3 4 Parte integrante da Revista DBO edição de fevereiro - 2017
  • 3. A DBO março 2015 medida para cada categoria, variando con- forme o período do ano”, explica o zootec- nista Gabriel Morais, técnico da DSM/Tor- tuga. Nas águas, os pastos extensivos das Fazendas Limeira, São Pedro e Manacá abrigam vacas de descarte ou bois magros adquiridos de terceiros, porém com baixa lotação, para que sobre forragem para as no- vilhas consumirem no perío­do de estiagem. Já os machos, após o “sequestro” na Fa- zenda Água Vermelha, vão para a Boa Es- perança, onde são terminados a pasto, com suplementação no cocho. O nível de forne- cimento varia conforme o peso dos animais e a qualidade do capim. Essa propriedade possui 32 ha de mombaça, divididos em 12 piquetes de 2,6 ha cada, que atualmente alojam 308 garrotes. Trata-se de uma área plana, de solos já corrigidos e adubados, o que garante alta produção de forragem e lotação superior a 6 UA/ha nas águas. Se- gundo Igor, nem todas os pastos do projeto podem ser intensifi- cados. “A laranja e a cana ocu- param as áreas mais planas, em- purrando o gado de corte para as mais íngremes. Ainda podemos intensificar algumas glebas, mas isso será feito de forma grada- tiva, conforme a necessidade”, explica o produtor, que preten- de estabilizar o plantel em 1.200 matrizes (800 vacas e 400 novi- lhas precoces), visando à produ- ção de 800 bezerros(as)/ano. Evolução gradativa – O sistema de produção descrito demorou quatro anos para ser montado e conta com análises fi- nanceiras detalhadas, que serão apresen- tadas nos próximos capítulos. Igor adora planilhas. Formado em administração de empresas, ele assumiu a gestão da Pecu- ária Balestra em 2013, após a venda da Centroálcool, da qual era diretor comer- cial. “Eu não entendia nada de gado, mas estava disposto a aprender. Fiz cursos, pesquisei muito em sites de pecuária e re- vistas especializadas; conversei com pro- dutores e consultores”, relembra o jovem. Logo descobriu que o plantel Nelore PO – criado em 1995 por seu avô e depois ge- renciado por sua tia Tereza Balestra, dire- tora-presidente do grupo – havia cresci- do sem muito planejamento, pois o foco principal da administração estava na la- ranja. “Tínhamos estação de monta desde 2006 e produzíamos tourinhos Nelore e bezerros cruzados com bom valor agrega- do, mas nossa receita era pequena. Faltava escala, controle de custos e um bom pla- no de negócios”, relembra. Para reverter esse quadro negativo, Igor pediu ajuda ao agrônomo Aliomar Gabriel da Silva, ex- -presidente da Embrapa Pecuária Sudeste, que prestava consultoria à família na área de leite. “Ele sugeriu intensificar as pas- tagens, modificando o sistema de paste- jo e fazendo adubação nitrogenada”. En- frentando resistência até dos funcionários da fazenda, que achavam tudo isso mui- to complicado, Igor começou a dividir os pastos e tomou duas outras medidas im- portantes: fazer terminação dos machos e abandonar o cruzamento industrial. “Estávamos perdendo o capital gené- tico das matrizes Nelore, pois as melho- res fêmeas emprenhavam de Angus, restando apenas o fun- do para reposição”, explica o produtor. Ele também parou de registrar as progênies Nelo- re e se associou ao Paint, Pro- grama de Melhoramento Gené- tico para Bovinos de Corte, da CRV Lagoa. Hoje produz 30 tourinhos com certificado es- pecial de identificação e pro- dução (CEIP) por ano. Os ma- chos restantes são engordados para abate. Até o ano passado, Conquistas e metas da Pecuária Balestra Indicadores 2013 2017 2020 % geral de prenhez 73 79 70* Peso à desmama (kg) 184 197 210 Taxa de desfrute (%) – 40 65 Lotação (UA/ha/ano) 1,2 1,9 3 Produção de @/ha** 13,88 170,00 170,00 Receita R$/ha 334,93 661,34 1.200 * Diminuição do índice em função da estação de monta de 90 dias e inseminação apenas de novilhas precoces. **Considera apenas o ciclo de recria/engorda 1o 2o Vacas paridas em pastos rotacionados da Fazenda Água Vermelha Novilhas precoces de 13 meses, na Fazenda Limeira: foco em precocidade. Setores do Projeto FotosMônicaCosta Parte integrante da Revista DBO edição de fevereiro - 2017
  • 4. Igor terminava-os em confinamentos da região, pagando diárias, mas, nesta safra, todos sairão direto da Fazenda Boa Espe- rança para o frigorífico, pesando 18@ aos 18 meses. Devido à suplementação contí- nua (sob medida), os garrotes ficam mui- to mansos, como se vê na foto de abertu- ra desta reportagem. Parecem animais de estimação. Mito desfeito – A primeira fazenda a ser intensificada por Igor foi a Água Verme- lha, que teve parte dos pastos reformados, adubados e subdivididos. “Muitos acha- ram loucura colocar lotes de vacas no ro- tacionado. Diziam que elas não iriam em- prenhar”, relembra o produtor. Esse mito caiu por terra como se verá no próximo capítulo do Vitrine Tecnológica. Confor- me foram surgindo resultados positivos, a família decidiu montar módulos de rota- cionado também nas fazendas de recria/ engorda. “Sem isso, nenhuma evolução seria possível”, assegura o jovem admi- nistrador. Hoje, 100% das fêmeas são fer- tilizadas com sêmen de touros Nelore de alta performance para precocidade (sem repasse), pois, como já foi dito, até 2020, a empresa pretende manter no rebanho apenas novilhas que emprenhem precoce- mente (14-17 meses). O objetivo dessa medida é produzir mais bezerros por vaca e encurtar o ciclo produtivo em um ano, liberando áreas para outras categorias. O encurtamento do ciclo dos machos, “sequestrados” na primeira seca pós-desmama e engordados em pas- tos intensivos durante as águas, com ter- minação em semiconfinamento, faz parte da mesma estratégia. Trata-se de um pla- no audacioso. Para viabilizá-lo, Igor conta com a ajuda do técnico da DSM/Tortuga, Gabriel Morais. “Trocamos ideias o tempo todo, em busca de soluções para os desa- fios diários, que não são poucos, pois Igor estabeleceu metas arrojadas. Nosso traba- lho é ajudá-lo a atingi-las”, explica Mo- rais, que também monitora a qualidade nu- tricional das pastagens. “Essa interação é essencial. Não temos fornecedores, mas parceiros”, garante Igor. n 3o “Sequestro” dos machos pós-desmama: permite recria acelerada. Novilhos em terminação no rotacionado para abate com 18 meses Parceria afinada O técnico da DSM, Gabriel Moraes (à dir.), acompanha o projeto de perto. 4o Agora que você tem uma visão geral do projeto da Pecuária Balestra, acompanhe sua descrição por setores. Na próxima edição, será focalizada a cria. Acompanharemos o processo de IATF, o manejo das vacas no rotacionado e o protocolo nutricional específico para essa categoria. Até março.