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Gabarito – Caderno do Aluno                História                           3a série – Volume 1




 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

 IMPERIALISMOS, GOBINEAU E O RACISMO




Páginas 3-7
1. O processo de miscigenação e a pequena presença de europeus em nossa sociedade.
2. Grandes influências do pensamento evolucionista e eurocentrismo.
3. Gobineau diz que as fábricas estão nas mãos dos estrangeiros, enquanto os brasileiros
   controlam atividades econômicas mais “primitivas”.
4. a) Sim, o texto é muito claro nesse sentido. Se, para Gobineau, a “superioridade do
   homem branco” é uma realidade, um país mestiço, como o Brasil, certamente estaria
   fadado ao subdesenvolvimento.
   b) A inferioridade dos índios e africanos e a superioridade do homem branco europeu.
   c) Trata-se de um ponto de vista típico do século XIX, mas a ciência
   contemporânea já refutou todos os argumentos relacionados às diferenças étnicas
   entre os homens. Em outras palavras, as raças humanas são categorias inventadas
   pelo homem e servem, na maioria das vezes, à dominação e à discriminação.
   d) Houve um grande incentivo à emigração europeia para o Brasil, em boa parte
   justificada como uma possibilidade de “embranquecimento racial”.
5. a) Não, ele ironiza o “desenvolvimento” da humanidade. Segundo Almada
   Negreiros, o homem está cada vez mais “besta”.
   b) Gobineau reafirma a superioridade europeia por meio de um discurso tecnicista e
   econômico, enquanto Almada coloca em questão se tais avanços realmente nos
   afastam da condição selvagem. Oriente os alunos para a escolha de excertos que se
   mostrem coerentes com as visões dos autores.
6. As respostas precisam revelar um posicionamento individual, mas espera-se que envolvam
   elementos das discussões anteriores realizadas em sala de aula e que demonstrem ter
   compreendido as diferenças entre os autores. Você pode solicitar que os alunos elaborem
   conceituações distintas de civilização, considerando a visão de cada um dos autores.


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Páginas 7-9
1. a) Inglaterra: África do Sul, Basutolândia, Suazilândia, Bechuanalândia, Rodésia
   Meridional, Rodésia Setentrional, Niassalândia, Sudão Anglo-Egípcio, Egito,
   Nigéria, Serra Leoa, Costa do Ouro e Somalialândia (Britânica).
   b) França: Marrocos, Argélia, Tunísia, Trípoli (otomana), África Ocidental Francesa,
   Gâmbia, África Equatorial Francesa, Madagascar, Somalialândia (Francesa).
   c) Bélgica: Estado do Congo.
   d) Portugal: Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné Portuguesa, Cabo
   Verde.
2. São países que apresentam grandes conturbações políticas, na maior parte ligadas ao
   passado colonial, às emigrações, à fome e às disputas políticas.
3. A conferência criou fronteiras políticas que desestruturaram as disputas tribais das
   regiões afetadas, inserindo, em um mesmo Estado-nação, povos inimigos ou de
   etnias diferentes.




Páginas 9-10
1. a) O autor tenta caracterizar o “homem civilizado” por meio desses aspectos.
   b) A letra da música inferioriza os índios; pode-se perceber isso em uma passagem
   do texto na quinta estrofe: “Esses índios ignorantes não conseguirão nada de mim”.
   c) A música é irônica e ressalta o fim da humanidade, caso continue no mesmo
   caminho.




Páginas 10-11
1. a) O domínio europeu era justificado por meio da superioridade racial e econômica
   do europeu, que se autodenominava o responsável por levar a civilização a áreas
   remotas e menos desenvolvidas.
   b) Segundo o texto, os povos nativos detêm recursos e riquezas, mas desconhecem
   os benefícios de tais recursos e riquezas. Os europeus estariam “agindo para o bem

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   de todos”, em nome do “direito de viver da humanidade”, e aqueles que estão à
   margem desses direitos deveriam ser dominados.
   c) Os europeus estariam em uma etapa superior de desenvolvimento econômico e
   as riquezas de regiões menos desenvolvidas deveriam servir ao poder europeu.
2. Avalie o empenho dos alunos em recuperar os assuntos tratados nesta Situação de
   Aprendizagem, assim como em utilizar os conhecimentos aprendidos para antecipar
   conteúdos que serão tratados na Situação de Aprendizagem 4.




Páginas 11-13
1. a) A ordenação de seres humanos em uma escala evolutiva, influência do
   darwinismo social.
   b) Existem diversos grupos racistas e xenofóbicos que têm comportamento
   semelhante em relação a nordestinos, homossexuais, indígenas e outros grupos de
   brasileiros desassistidos, como os moradores de rua.
2. Alternativa c. O autor demonstra claras influências do pensamento evolucionista e
   racista do século XIX, como o darwinismo social.




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 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

 AS BOMBAS INTELIGENTES




Páginas 15-17
1. A tecnologia passou a ser um elemento de grande influência no desfecho das guerras.
2. Por causa da falta de regras, de costumes e pela dificuldade em lidar com um novo
   armamento, como o avião.
3. a) As guerras passaram a ser travadas entre nações, e não somente entre exércitos.
   b) Civis e militares eram alvos dos exércitos inimigos.
   c) Grandes blocos de aliados acrescentaram uma nova dimensão à guerra.
4. a) A impessoalidade da guerra, o distanciamento entre os combatentes gerado pela
   introdução da máquina, da tecnologia nos conflitos.
   b) De certa forma, a violência urbana atual incorpora um processo de
   impessoalidade semelhante ao descrito por Hobsbawm, em que as tecnologias
   distanciam vítimas e algozes, ao mesmo tempo em que levam ao agravamento da
   própria violência.




Páginas 17-18
1. a) Determinações norte-americanas para o desfecho da Primeira Guerra Mundial,
   que sugeriam uma série de medidas de busca de um suposto equilíbrio entre as
   nações envolvidas no conflito.
   b) O tratado de paz que humilha a Alemanha por meio de uma série de medidas
   drásticas, como a limitação das tropas do país, a cobrança de indenizações pesadas e
   a retirada de uma série de territórios do domínio alemão.
2. Acreditava-se que resoluções como o Tratado de Versalhes e os Catorze Pontos de
   Wilson diminuiriam as rivalidades e o clima belicoso da época.


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Página 18

            Bloco da Tríplice Entente                      Bloco da Tríplice Aliança

   Inglaterra                                     Alemanha

   França                                         Itália

   Rússia                                         Império Austro-Húngaro




Páginas 19-20
   Os textos devem contemplar alguns argumentos utilizados na discussão desenvolvida
na proposição da atividade (como o distanciamento entre inimigos gerado pela guerra
aérea) e valorizar posicionamentos pacifistas. Cabe também nesta questão contra-
argumentar      colocações    chauvinistas,     generalistas     e   maniqueístas   acerca     do
posicionamento bélico norte-americano; nesse sentido, valorize críticas bem construídas
e com forte argumentação histórica. Priorize os textos que conseguirem buscar
explicações econômicas ou estratégicas na construção dos Estados Unidos como uma
nação beligerante, assim como aqueles que apresentarem as contradições no discurso de
Donald Rumsfeld: as bombas são inteligentes, mas e os homens que as utilizam?




Páginas 20-22
1. a) A Convenção foi assinada logo após a Primeira Guerra Mundial, conflito no qual
   foram utilizadas armas químicas em larga escala.
   b) As armas químicas e biológicas não são facilmente controladas, podendo
   dizimar pessoas não envolvidas nos conflitos, ou mesmo causar doenças que podem
   atingir várias gerações. Além disso, esse tipo de arma afeta também o meio
   ambiente.
2. Alternativa d. As trincheiras incentivaram a criação de novos artefatos bélicos e o
   desenvolvimento de armamentos ainda mais eficazes.



                                                                                                 5
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 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

 A REVOLUÇÃO RUSSA E O TRABALHO




Páginas 24-25
1. O autor descreve trabalhadores marcados pela rotina do campo e pelas horas de
   trabalho. As “entranhas da Rússia”, como relata o autor, faz referência direta à
   Revolução de Outubro e ao envolvimento massivo de trabalhadores.
2. Os trabalhadores, em geral, viviam sob péssimas condições, e os camponeses eram
   submetidos a situações de trabalho penosas, guerras constantes e invernos rigorosos.
   A Revolução de Outubro de 1917 teve uma grande participação de trabalhadores, que
   lutavam pela melhoria das condições sociais, de trabalho e de vida, de modo geral,
   motivados pelas propostas políticas do socialismo.
3. O Domingo Sangrento, ocorrido em janeiro de 1905 em São Petersburgo, foi
   consequência de uma série de manifestações da população russa para protestar contra
   as condições deploráveis de vida e as inúmeras guerras. As tropas do czar reprimiram
   violentamente a ação dos manifestantes, alimentando um forte sentimento
   anticzarista e gerando novos protestos populares por toda a Rússia.
4. A nobreza russa concentrava a propriedade das terras e cultivava laços com a cultura
   europeia ocidental, principalmente a francesa.




Páginas 25-27
1. Espera-se que os alunos sejam capazes de relacionar o texto de Gorki à situação de
   pessoas no Brasil cujas condições de trabalho são degradantes em centros urbanos e no
   campo. No entanto, os alunos precisam ser específicos ao justificar suas respostas e citar
   exemplos próximos de seu cotidiano. Existem regiões no Brasil e no mundo em que há
   exploração no trabalho; a esse respeito há uma grande quantidade de fotos e relatos em


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   jornais, revistas, na internet, e em livros didáticos de disciplinas como História,
   Geografia e Filosofia. Avalie a disposição dos alunos para pesquisar nessas fontes.
2. Os alunos podem citar algumas das determinações da Consolidação das Leis
   Trabalhistas (CLT), os direitos como férias, folga semanal, licença-maternidade etc.
3. É possível perceber o recuo de direitos trabalhistas adquiridos principalmente nos
   anos 1930 e 1940, que encontraram, nas últimas duas décadas, forte oposição do
   sistema patronal, com a intenção de “flexibilizar” tais direitos. Os alunos precisam
   refletir sobre exemplos próximos, como de parentes, amigos ou até deles mesmos,
   para justificar a sua resposta.
4. A “flexibilização do trabalho” refere-se às mudanças e alterações dos direitos
   trabalhistas. “Flexibilizar”, em tal contexto, pode significar uma alteração da legislação
   vigente, que envolva novos acordos entre empregados e empregadores, por meio dos
   quais seriam restringidos os direitos adquiridos na legislação trabalhista.
5. Diminuíram-se as pressões socialistas para a concessão de direitos trabalhistas no
   mundo todo. Segundo especialistas, com o fim da União Soviética, depois da Queda
   do Muro de Berlim, em 1989, sinalizou-se uma possível hegemonia capitalista, o que
   afastou alguns trabalhadores dos ideais socialistas.
6. O fechamento da atividade deve ser realizado sobre este último item. Você pode
   comentar os projetos dos alunos e questioná-los sobre os valores construídos em
   cima de conceitos como riqueza, consumo, esbanjamento, realização profissional,
   mas também abordar as várias formas de trabalho à distância que serão criadas,
   propiciadas pelo avanço da tecnologia da informação nestes próximos dez anos.




Páginas 27-28
a) Político envolvido na proclamação da Revolução de Fevereiro, exerceu o cargo de
   primeiro-ministro e foi derrubado pela Revolução Bolchevique de Outubro.
b) Último czar russo, renunciou ao poder com a onda revolucionária de 1917 e foi
   executado, com sua família, durante a Guerra Civil (1918).
c) Uma das principais lideranças da Revolução de Outubro de 1917, influenciou
   fortemente o pensamento socialista do século XX. Morreu durante o processo
   revolucionário, em 1924.


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d) Uma das principais lideranças da Revolução Russa, foi responsável pela organização
   do Exército Vermelho. Participou ativamente da construção ideológica do socialismo
   no século XX. Durante o processo de sucessão de Lenin, morto em 1924, foi derrotado
   por Stalin, para mais tarde ser assassinado, em agosto de1940, na Cidade do México.
e) Uma das principais lideranças do Partido Comunista da União Soviética, após a
   morte de Lenin liderou o país com grande centralização de poder.




Página 29
   Observe o envolvimento do grupo no trabalho, principalmente em relação às fontes,
à datação das fotos e à organização da apresentação, que pode ser feita por meio de
trabalho impresso ou painéis.




Páginas 29-30
1. a) A Revolução Russa incentivou o movimento operário no mundo todo, proporcio-
   nando desde acaloradas discussões sobre o processo revolucionário até a proliferação da
   bibliografia que sustentou a revolução (textos de Marx e Engels, Lenin, Gorki, Tolstoi
   passaram a ser publicados no mundo todo). Por outro lado, a burguesia passou a
   combater de maneira mais ostensiva e organizada a difusão do bolchevismo no mundo.
   b) Havia uma proposta de expansão da revolução, sustentada pela ala trotskista – a
   URSS seria o primeiro passo de uma revolução sem fronteiras. Contudo, havia
   também uma proposta de revolução concentrada, defendida pela ala stalinista, que se
   tornou vitoriosa a partir de 1924, após a morte de Lenin.




Página 30
1. Alternativa e. A Igreja Ortodoxa foi expulsa da União Soviética, dado o caráter ateu
   do regime instalado, e também pela aproximação que havia entre a nobreza da Rússia
   pré-revolucionária e a Igreja Ortodoxa.



                                                                                           8
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 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

 NAZISMO E RACISMO




Páginas 33-35
1. O documento estabelece parâmetros que objetivavam garantir a pureza da raça, o nacio-
   nalismo e o crescimento da Alemanha Nazista. A lei propunha a segregação de judeus.
2. A lei proíbe, entre judeus e alemães, o casamento, como também relações sexuais
   extraconjugais. Judeus não poderiam empregar cidadãs alemãs com idade inferior a
   45 anos, hastear a bandeira do Reich e nem mesmo portar as suas cores.
3. a) A proibição da união entre pessoas de “sangue alemão” e judeus procurava
   garantir a “pureza” da raça, ou do sangue. Em última instância, evitar a miscigenação
   era visto como uma forma de preservar a honra alemã.
   b) Nesta questão, pode-se destacar a inadequação da subordinação de uma cidadã alemã
   a um judeu, chamando-se a atenção para os princípios de superioridade racial alemã.
   c) Proibir o uso dos símbolos nacionais era uma forma de negar-lhes a cidadania e
   a “honra” de pertencer à nação alemã.


Ampliação de conhecimentos
Páginas 35-37
1. a) Nacionalismo: o nacionalismo não tem uma conceituação uníssona, e depende de
   uma contextualização. É interessante destacar, no decorrer da discussão do excerto de
   Hannah Arendt, o caráter reacional do nacionalismo alemão. Ele é produto da sua
   formação territorial – considerando-se a Guerra Franco-Prussiana e a unificação tardia
   do seu território (1871), como também as humilhações causadas pela ocupação
   estrangeira após a Primeira Guerra Mundial –, como substituição à falta de clareza das
   fronteiras históricas e geográficas, pela qual passava a Alemanha naquele momento. O
   apelo a um passado comum a todos os povos que formaram a Alemanha levava à
   glorificação do passado germânico e ao racismo como um fator de coesão nacional.


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   b) Construção de um novo mundo: os nazistas encaravam a construção de um novo
   mundo sob a égide da superioridade racial alemã, promovendo a “limpeza étnica” e a
   purificação da humanidade. O nazismo buscava a construção de um mundo “belo”
   para o povo alemão; como suas opiniões sobre o “belo” estavam fortemente
   embasadas em um conceito clássico de arte, as vanguardas artísticas deveriam ser
   exterminadas. Assim, da mesma forma, pessoas com alguma lesão física e
   deficiência aparente ou mental deveriam ser eliminadas.
   c) Superioridade do povo alemão: a ideologia nazista defendia que a raça alemã era
   descendente dos povos nórdicos e arianos, a “raça dominante” durante séculos.
   Assim, o povo alemão precisaria ser defendido, porque era superior às demais raças,
   tanto física quanto intelectualmente. A principal medida, nessa direção, foi a
   manutenção da pureza da raça, em nome da qual foram tomadas algumas precauções,
   tais como:
   •    a valorização dos casamentos entre arianos;
   •    a proibição de casamentos entre arianos e não arianos;
   •    a esterilização ou extermínio de portadores de deficiências físicas e mentais;
   •    o extermínio de raças consideradas “impuras”.
   d) Racismo: podemos definir o racismo xenofóbico nazista como a fobia/aversão
   àqueles que não integravam o arianismo nazista ou ainda àqueles considerados
   inferiores, como judeus e homossexuais. Fruto das teorias imperialistas estudadas na
   Situação de Aprendizagem 1, a “superioridade do homem branco em relação a outros
   povos”, de Gobineau, foi enfatizada por Hitler no contexto alemão pós-Primeira
   Guerra, criando um ambiente xenofóbico muito forte para conquista de simpatizantes.
   e) Antissemitismo: o antissemitismo tem várias explicações e origens. Podemos
   considerar o termo como a ideologia étnica e social de aversão aos judeus. O termo
   “semita” significa os filhos de Sem, um dos filhos de Noé. No entanto, “antissemita”
   refere-se a judeus, já que a sua origem refere-se à expressão alemã “judenhass”, que
   significa “ódio aos judeus”. Se levarmos em conta o sentido etimológico do termo
   como referência, a expressão “antissemita” é equivocada, já que os árabes também
   são semitas. Explique aos alunos esse significado etimológico, mas ressalte o sentido
   assimilado coletivamente no âmbito do senso comum.
   Para Hannah Arendt, podemos identificar a atuação política e econômica dos judeus
   por meio de empréstimos e aplicações financeiras desde a Idade Média, quando eles


                                                                                           10
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   financiavam a nobreza europeia, recebiam títulos (os judeus da corte) e não atuavam
   como uma burguesia de empreendimentos autônomos. Em vez disso, na
   Modernidade, financiaram os Estados absolutistas e mercantilistas, aproveitavam sua
   transnacionalidade para negociar com diversos reinos – o que chega a constituir um
   paradoxo: um grupo sem Estado vivia de empréstimos para Estados. A burguesia, em
   desenvolvimento paralelo, passou a ligar os judeus à nobreza e às monarquias, seja
   pelos títulos recebidos, seja pelo envolvimento financeiro. Não à toa, os iluministas
   normalmente criticavam os judeus por seu relacionamento com o antigo regime, e no
   período de desenvolvimento imperialista do século XIX, a grande capacidade
   financeira dos Estados passou a atrair o capital burguês; o capital judeu passou,
   então, a operar em outras esferas, como a baixa burguesia.
   Os partidos antissemitas surgiram como uma oposição à organização política de
   alguns Estados europeus no século XIX. Eles buscavam uma causa supranacional e
   tinham inclusive apoio de grupos de camponeses (contrários aos judeus da corte que
   possuíam terras) e da baixa burguesia, os quais estavam sujeitos às taxas das
   agremiações financeiras judaicas.
2. Vale ressaltar o antimarxismo, o antiliberalismo e o “espaço vital” defendidos pela
   ideologia nazista – e que não foram evidenciados nos exercícios anteriores.
   Militarismo, idealismo e autoritarismo também devem ser destacados.
3. Os nazistas foram condenados no Julgamento de Nuremberg (1946) pela extrema
   violência e desrespeito aos valores humanos. O Holocausto é considerado um dos
   maiores crimes contra os direitos humanos, e a atuação dos nazistas revelou os
   limites da intolerância e do nacionalismo xenofóbico. Oriente a reflexão dos alunos
   no sentido de estabelecer uma crítica da ideologia e dos atos nazistas e da violação
   dos direitos humanos como uma prática recorrente em prol dos ideais arianos.




Página 37
   Solicite aos alunos para que privilegiem a diversidade de fontes e de informações ao
elaborar sínteses autorais. Se houver disponibilidade de tempo, você pode formar
grupos para que os alunos socializem as informações pesquisadas, podendo assim
complementar seus registros pessoais com os dados pesquisados pelos colegas.


                                                                                         11
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   Os panfletos do grupo Rosa Branca continham manifestações contrárias à guerra e ao
antissemitismo nazista. Neles, Hitler é apontado como o responsável pela inserção da
Alemanha em uma época de intolerância e conflitos injustificáveis.




Páginas 37-38
   Na lista de filmes levantada pelos alunos podem figurar, entre outros:
• A lista de Schindler (Schindler’s list). Direção: Steven Spielberg. EUA, 1993. 195
   min. 12 anos.
• O pianista (The pianist). Direção: Roman Polanski. Alemanha/França/Reino Unido,
   2002. 148 min. 14 anos.




Página 38
1. O poder do operariado, com o avanço do socialismo após a Revolução Russa na
   Europa, gerou uma forte onda de reação da direita burguesa, temerária de uma
   revolução social que destruísse as instituições capitalistas.
2. O pensamento da direita radical pós-Primeira Guerra foi fortemente embasado no
   antimarxismo, antiliberalismo, intervencionismo estatal, centralização de poder e
   militarização. Existiram diversas variações influenciadas pelo contexto regional e
   questões locais, mas, por outro lado, elas tinham por base o pensamento fascista italiano.




Páginas 38-39
1. Alternativa b. As teorias racistas do século XIX influenciaram grupos de esquerda e
   de direita nas décadas de 1920 e 1930 na Europa.
2. Alternativa b. Os regimes totalitários incentivaram a produção cultural para realizar
   propaganda do regime e buscar a adesão das massas ao movimento.




                                                                                             12

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  • 1. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 IMPERIALISMOS, GOBINEAU E O RACISMO Páginas 3-7 1. O processo de miscigenação e a pequena presença de europeus em nossa sociedade. 2. Grandes influências do pensamento evolucionista e eurocentrismo. 3. Gobineau diz que as fábricas estão nas mãos dos estrangeiros, enquanto os brasileiros controlam atividades econômicas mais “primitivas”. 4. a) Sim, o texto é muito claro nesse sentido. Se, para Gobineau, a “superioridade do homem branco” é uma realidade, um país mestiço, como o Brasil, certamente estaria fadado ao subdesenvolvimento. b) A inferioridade dos índios e africanos e a superioridade do homem branco europeu. c) Trata-se de um ponto de vista típico do século XIX, mas a ciência contemporânea já refutou todos os argumentos relacionados às diferenças étnicas entre os homens. Em outras palavras, as raças humanas são categorias inventadas pelo homem e servem, na maioria das vezes, à dominação e à discriminação. d) Houve um grande incentivo à emigração europeia para o Brasil, em boa parte justificada como uma possibilidade de “embranquecimento racial”. 5. a) Não, ele ironiza o “desenvolvimento” da humanidade. Segundo Almada Negreiros, o homem está cada vez mais “besta”. b) Gobineau reafirma a superioridade europeia por meio de um discurso tecnicista e econômico, enquanto Almada coloca em questão se tais avanços realmente nos afastam da condição selvagem. Oriente os alunos para a escolha de excertos que se mostrem coerentes com as visões dos autores. 6. As respostas precisam revelar um posicionamento individual, mas espera-se que envolvam elementos das discussões anteriores realizadas em sala de aula e que demonstrem ter compreendido as diferenças entre os autores. Você pode solicitar que os alunos elaborem conceituações distintas de civilização, considerando a visão de cada um dos autores. 1
  • 2. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 Páginas 7-9 1. a) Inglaterra: África do Sul, Basutolândia, Suazilândia, Bechuanalândia, Rodésia Meridional, Rodésia Setentrional, Niassalândia, Sudão Anglo-Egípcio, Egito, Nigéria, Serra Leoa, Costa do Ouro e Somalialândia (Britânica). b) França: Marrocos, Argélia, Tunísia, Trípoli (otomana), África Ocidental Francesa, Gâmbia, África Equatorial Francesa, Madagascar, Somalialândia (Francesa). c) Bélgica: Estado do Congo. d) Portugal: Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné Portuguesa, Cabo Verde. 2. São países que apresentam grandes conturbações políticas, na maior parte ligadas ao passado colonial, às emigrações, à fome e às disputas políticas. 3. A conferência criou fronteiras políticas que desestruturaram as disputas tribais das regiões afetadas, inserindo, em um mesmo Estado-nação, povos inimigos ou de etnias diferentes. Páginas 9-10 1. a) O autor tenta caracterizar o “homem civilizado” por meio desses aspectos. b) A letra da música inferioriza os índios; pode-se perceber isso em uma passagem do texto na quinta estrofe: “Esses índios ignorantes não conseguirão nada de mim”. c) A música é irônica e ressalta o fim da humanidade, caso continue no mesmo caminho. Páginas 10-11 1. a) O domínio europeu era justificado por meio da superioridade racial e econômica do europeu, que se autodenominava o responsável por levar a civilização a áreas remotas e menos desenvolvidas. b) Segundo o texto, os povos nativos detêm recursos e riquezas, mas desconhecem os benefícios de tais recursos e riquezas. Os europeus estariam “agindo para o bem 2
  • 3. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 de todos”, em nome do “direito de viver da humanidade”, e aqueles que estão à margem desses direitos deveriam ser dominados. c) Os europeus estariam em uma etapa superior de desenvolvimento econômico e as riquezas de regiões menos desenvolvidas deveriam servir ao poder europeu. 2. Avalie o empenho dos alunos em recuperar os assuntos tratados nesta Situação de Aprendizagem, assim como em utilizar os conhecimentos aprendidos para antecipar conteúdos que serão tratados na Situação de Aprendizagem 4. Páginas 11-13 1. a) A ordenação de seres humanos em uma escala evolutiva, influência do darwinismo social. b) Existem diversos grupos racistas e xenofóbicos que têm comportamento semelhante em relação a nordestinos, homossexuais, indígenas e outros grupos de brasileiros desassistidos, como os moradores de rua. 2. Alternativa c. O autor demonstra claras influências do pensamento evolucionista e racista do século XIX, como o darwinismo social. 3
  • 4. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 AS BOMBAS INTELIGENTES Páginas 15-17 1. A tecnologia passou a ser um elemento de grande influência no desfecho das guerras. 2. Por causa da falta de regras, de costumes e pela dificuldade em lidar com um novo armamento, como o avião. 3. a) As guerras passaram a ser travadas entre nações, e não somente entre exércitos. b) Civis e militares eram alvos dos exércitos inimigos. c) Grandes blocos de aliados acrescentaram uma nova dimensão à guerra. 4. a) A impessoalidade da guerra, o distanciamento entre os combatentes gerado pela introdução da máquina, da tecnologia nos conflitos. b) De certa forma, a violência urbana atual incorpora um processo de impessoalidade semelhante ao descrito por Hobsbawm, em que as tecnologias distanciam vítimas e algozes, ao mesmo tempo em que levam ao agravamento da própria violência. Páginas 17-18 1. a) Determinações norte-americanas para o desfecho da Primeira Guerra Mundial, que sugeriam uma série de medidas de busca de um suposto equilíbrio entre as nações envolvidas no conflito. b) O tratado de paz que humilha a Alemanha por meio de uma série de medidas drásticas, como a limitação das tropas do país, a cobrança de indenizações pesadas e a retirada de uma série de territórios do domínio alemão. 2. Acreditava-se que resoluções como o Tratado de Versalhes e os Catorze Pontos de Wilson diminuiriam as rivalidades e o clima belicoso da época. 4
  • 5. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 Página 18 Bloco da Tríplice Entente Bloco da Tríplice Aliança Inglaterra Alemanha França Itália Rússia Império Austro-Húngaro Páginas 19-20 Os textos devem contemplar alguns argumentos utilizados na discussão desenvolvida na proposição da atividade (como o distanciamento entre inimigos gerado pela guerra aérea) e valorizar posicionamentos pacifistas. Cabe também nesta questão contra- argumentar colocações chauvinistas, generalistas e maniqueístas acerca do posicionamento bélico norte-americano; nesse sentido, valorize críticas bem construídas e com forte argumentação histórica. Priorize os textos que conseguirem buscar explicações econômicas ou estratégicas na construção dos Estados Unidos como uma nação beligerante, assim como aqueles que apresentarem as contradições no discurso de Donald Rumsfeld: as bombas são inteligentes, mas e os homens que as utilizam? Páginas 20-22 1. a) A Convenção foi assinada logo após a Primeira Guerra Mundial, conflito no qual foram utilizadas armas químicas em larga escala. b) As armas químicas e biológicas não são facilmente controladas, podendo dizimar pessoas não envolvidas nos conflitos, ou mesmo causar doenças que podem atingir várias gerações. Além disso, esse tipo de arma afeta também o meio ambiente. 2. Alternativa d. As trincheiras incentivaram a criação de novos artefatos bélicos e o desenvolvimento de armamentos ainda mais eficazes. 5
  • 6. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 A REVOLUÇÃO RUSSA E O TRABALHO Páginas 24-25 1. O autor descreve trabalhadores marcados pela rotina do campo e pelas horas de trabalho. As “entranhas da Rússia”, como relata o autor, faz referência direta à Revolução de Outubro e ao envolvimento massivo de trabalhadores. 2. Os trabalhadores, em geral, viviam sob péssimas condições, e os camponeses eram submetidos a situações de trabalho penosas, guerras constantes e invernos rigorosos. A Revolução de Outubro de 1917 teve uma grande participação de trabalhadores, que lutavam pela melhoria das condições sociais, de trabalho e de vida, de modo geral, motivados pelas propostas políticas do socialismo. 3. O Domingo Sangrento, ocorrido em janeiro de 1905 em São Petersburgo, foi consequência de uma série de manifestações da população russa para protestar contra as condições deploráveis de vida e as inúmeras guerras. As tropas do czar reprimiram violentamente a ação dos manifestantes, alimentando um forte sentimento anticzarista e gerando novos protestos populares por toda a Rússia. 4. A nobreza russa concentrava a propriedade das terras e cultivava laços com a cultura europeia ocidental, principalmente a francesa. Páginas 25-27 1. Espera-se que os alunos sejam capazes de relacionar o texto de Gorki à situação de pessoas no Brasil cujas condições de trabalho são degradantes em centros urbanos e no campo. No entanto, os alunos precisam ser específicos ao justificar suas respostas e citar exemplos próximos de seu cotidiano. Existem regiões no Brasil e no mundo em que há exploração no trabalho; a esse respeito há uma grande quantidade de fotos e relatos em 6
  • 7. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 jornais, revistas, na internet, e em livros didáticos de disciplinas como História, Geografia e Filosofia. Avalie a disposição dos alunos para pesquisar nessas fontes. 2. Os alunos podem citar algumas das determinações da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), os direitos como férias, folga semanal, licença-maternidade etc. 3. É possível perceber o recuo de direitos trabalhistas adquiridos principalmente nos anos 1930 e 1940, que encontraram, nas últimas duas décadas, forte oposição do sistema patronal, com a intenção de “flexibilizar” tais direitos. Os alunos precisam refletir sobre exemplos próximos, como de parentes, amigos ou até deles mesmos, para justificar a sua resposta. 4. A “flexibilização do trabalho” refere-se às mudanças e alterações dos direitos trabalhistas. “Flexibilizar”, em tal contexto, pode significar uma alteração da legislação vigente, que envolva novos acordos entre empregados e empregadores, por meio dos quais seriam restringidos os direitos adquiridos na legislação trabalhista. 5. Diminuíram-se as pressões socialistas para a concessão de direitos trabalhistas no mundo todo. Segundo especialistas, com o fim da União Soviética, depois da Queda do Muro de Berlim, em 1989, sinalizou-se uma possível hegemonia capitalista, o que afastou alguns trabalhadores dos ideais socialistas. 6. O fechamento da atividade deve ser realizado sobre este último item. Você pode comentar os projetos dos alunos e questioná-los sobre os valores construídos em cima de conceitos como riqueza, consumo, esbanjamento, realização profissional, mas também abordar as várias formas de trabalho à distância que serão criadas, propiciadas pelo avanço da tecnologia da informação nestes próximos dez anos. Páginas 27-28 a) Político envolvido na proclamação da Revolução de Fevereiro, exerceu o cargo de primeiro-ministro e foi derrubado pela Revolução Bolchevique de Outubro. b) Último czar russo, renunciou ao poder com a onda revolucionária de 1917 e foi executado, com sua família, durante a Guerra Civil (1918). c) Uma das principais lideranças da Revolução de Outubro de 1917, influenciou fortemente o pensamento socialista do século XX. Morreu durante o processo revolucionário, em 1924. 7
  • 8. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 d) Uma das principais lideranças da Revolução Russa, foi responsável pela organização do Exército Vermelho. Participou ativamente da construção ideológica do socialismo no século XX. Durante o processo de sucessão de Lenin, morto em 1924, foi derrotado por Stalin, para mais tarde ser assassinado, em agosto de1940, na Cidade do México. e) Uma das principais lideranças do Partido Comunista da União Soviética, após a morte de Lenin liderou o país com grande centralização de poder. Página 29 Observe o envolvimento do grupo no trabalho, principalmente em relação às fontes, à datação das fotos e à organização da apresentação, que pode ser feita por meio de trabalho impresso ou painéis. Páginas 29-30 1. a) A Revolução Russa incentivou o movimento operário no mundo todo, proporcio- nando desde acaloradas discussões sobre o processo revolucionário até a proliferação da bibliografia que sustentou a revolução (textos de Marx e Engels, Lenin, Gorki, Tolstoi passaram a ser publicados no mundo todo). Por outro lado, a burguesia passou a combater de maneira mais ostensiva e organizada a difusão do bolchevismo no mundo. b) Havia uma proposta de expansão da revolução, sustentada pela ala trotskista – a URSS seria o primeiro passo de uma revolução sem fronteiras. Contudo, havia também uma proposta de revolução concentrada, defendida pela ala stalinista, que se tornou vitoriosa a partir de 1924, após a morte de Lenin. Página 30 1. Alternativa e. A Igreja Ortodoxa foi expulsa da União Soviética, dado o caráter ateu do regime instalado, e também pela aproximação que havia entre a nobreza da Rússia pré-revolucionária e a Igreja Ortodoxa. 8
  • 9. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 NAZISMO E RACISMO Páginas 33-35 1. O documento estabelece parâmetros que objetivavam garantir a pureza da raça, o nacio- nalismo e o crescimento da Alemanha Nazista. A lei propunha a segregação de judeus. 2. A lei proíbe, entre judeus e alemães, o casamento, como também relações sexuais extraconjugais. Judeus não poderiam empregar cidadãs alemãs com idade inferior a 45 anos, hastear a bandeira do Reich e nem mesmo portar as suas cores. 3. a) A proibição da união entre pessoas de “sangue alemão” e judeus procurava garantir a “pureza” da raça, ou do sangue. Em última instância, evitar a miscigenação era visto como uma forma de preservar a honra alemã. b) Nesta questão, pode-se destacar a inadequação da subordinação de uma cidadã alemã a um judeu, chamando-se a atenção para os princípios de superioridade racial alemã. c) Proibir o uso dos símbolos nacionais era uma forma de negar-lhes a cidadania e a “honra” de pertencer à nação alemã. Ampliação de conhecimentos Páginas 35-37 1. a) Nacionalismo: o nacionalismo não tem uma conceituação uníssona, e depende de uma contextualização. É interessante destacar, no decorrer da discussão do excerto de Hannah Arendt, o caráter reacional do nacionalismo alemão. Ele é produto da sua formação territorial – considerando-se a Guerra Franco-Prussiana e a unificação tardia do seu território (1871), como também as humilhações causadas pela ocupação estrangeira após a Primeira Guerra Mundial –, como substituição à falta de clareza das fronteiras históricas e geográficas, pela qual passava a Alemanha naquele momento. O apelo a um passado comum a todos os povos que formaram a Alemanha levava à glorificação do passado germânico e ao racismo como um fator de coesão nacional. 9
  • 10. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 b) Construção de um novo mundo: os nazistas encaravam a construção de um novo mundo sob a égide da superioridade racial alemã, promovendo a “limpeza étnica” e a purificação da humanidade. O nazismo buscava a construção de um mundo “belo” para o povo alemão; como suas opiniões sobre o “belo” estavam fortemente embasadas em um conceito clássico de arte, as vanguardas artísticas deveriam ser exterminadas. Assim, da mesma forma, pessoas com alguma lesão física e deficiência aparente ou mental deveriam ser eliminadas. c) Superioridade do povo alemão: a ideologia nazista defendia que a raça alemã era descendente dos povos nórdicos e arianos, a “raça dominante” durante séculos. Assim, o povo alemão precisaria ser defendido, porque era superior às demais raças, tanto física quanto intelectualmente. A principal medida, nessa direção, foi a manutenção da pureza da raça, em nome da qual foram tomadas algumas precauções, tais como: • a valorização dos casamentos entre arianos; • a proibição de casamentos entre arianos e não arianos; • a esterilização ou extermínio de portadores de deficiências físicas e mentais; • o extermínio de raças consideradas “impuras”. d) Racismo: podemos definir o racismo xenofóbico nazista como a fobia/aversão àqueles que não integravam o arianismo nazista ou ainda àqueles considerados inferiores, como judeus e homossexuais. Fruto das teorias imperialistas estudadas na Situação de Aprendizagem 1, a “superioridade do homem branco em relação a outros povos”, de Gobineau, foi enfatizada por Hitler no contexto alemão pós-Primeira Guerra, criando um ambiente xenofóbico muito forte para conquista de simpatizantes. e) Antissemitismo: o antissemitismo tem várias explicações e origens. Podemos considerar o termo como a ideologia étnica e social de aversão aos judeus. O termo “semita” significa os filhos de Sem, um dos filhos de Noé. No entanto, “antissemita” refere-se a judeus, já que a sua origem refere-se à expressão alemã “judenhass”, que significa “ódio aos judeus”. Se levarmos em conta o sentido etimológico do termo como referência, a expressão “antissemita” é equivocada, já que os árabes também são semitas. Explique aos alunos esse significado etimológico, mas ressalte o sentido assimilado coletivamente no âmbito do senso comum. Para Hannah Arendt, podemos identificar a atuação política e econômica dos judeus por meio de empréstimos e aplicações financeiras desde a Idade Média, quando eles 10
  • 11. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 financiavam a nobreza europeia, recebiam títulos (os judeus da corte) e não atuavam como uma burguesia de empreendimentos autônomos. Em vez disso, na Modernidade, financiaram os Estados absolutistas e mercantilistas, aproveitavam sua transnacionalidade para negociar com diversos reinos – o que chega a constituir um paradoxo: um grupo sem Estado vivia de empréstimos para Estados. A burguesia, em desenvolvimento paralelo, passou a ligar os judeus à nobreza e às monarquias, seja pelos títulos recebidos, seja pelo envolvimento financeiro. Não à toa, os iluministas normalmente criticavam os judeus por seu relacionamento com o antigo regime, e no período de desenvolvimento imperialista do século XIX, a grande capacidade financeira dos Estados passou a atrair o capital burguês; o capital judeu passou, então, a operar em outras esferas, como a baixa burguesia. Os partidos antissemitas surgiram como uma oposição à organização política de alguns Estados europeus no século XIX. Eles buscavam uma causa supranacional e tinham inclusive apoio de grupos de camponeses (contrários aos judeus da corte que possuíam terras) e da baixa burguesia, os quais estavam sujeitos às taxas das agremiações financeiras judaicas. 2. Vale ressaltar o antimarxismo, o antiliberalismo e o “espaço vital” defendidos pela ideologia nazista – e que não foram evidenciados nos exercícios anteriores. Militarismo, idealismo e autoritarismo também devem ser destacados. 3. Os nazistas foram condenados no Julgamento de Nuremberg (1946) pela extrema violência e desrespeito aos valores humanos. O Holocausto é considerado um dos maiores crimes contra os direitos humanos, e a atuação dos nazistas revelou os limites da intolerância e do nacionalismo xenofóbico. Oriente a reflexão dos alunos no sentido de estabelecer uma crítica da ideologia e dos atos nazistas e da violação dos direitos humanos como uma prática recorrente em prol dos ideais arianos. Página 37 Solicite aos alunos para que privilegiem a diversidade de fontes e de informações ao elaborar sínteses autorais. Se houver disponibilidade de tempo, você pode formar grupos para que os alunos socializem as informações pesquisadas, podendo assim complementar seus registros pessoais com os dados pesquisados pelos colegas. 11
  • 12. Gabarito – Caderno do Aluno História 3a série – Volume 1 Os panfletos do grupo Rosa Branca continham manifestações contrárias à guerra e ao antissemitismo nazista. Neles, Hitler é apontado como o responsável pela inserção da Alemanha em uma época de intolerância e conflitos injustificáveis. Páginas 37-38 Na lista de filmes levantada pelos alunos podem figurar, entre outros: • A lista de Schindler (Schindler’s list). Direção: Steven Spielberg. EUA, 1993. 195 min. 12 anos. • O pianista (The pianist). Direção: Roman Polanski. Alemanha/França/Reino Unido, 2002. 148 min. 14 anos. Página 38 1. O poder do operariado, com o avanço do socialismo após a Revolução Russa na Europa, gerou uma forte onda de reação da direita burguesa, temerária de uma revolução social que destruísse as instituições capitalistas. 2. O pensamento da direita radical pós-Primeira Guerra foi fortemente embasado no antimarxismo, antiliberalismo, intervencionismo estatal, centralização de poder e militarização. Existiram diversas variações influenciadas pelo contexto regional e questões locais, mas, por outro lado, elas tinham por base o pensamento fascista italiano. Páginas 38-39 1. Alternativa b. As teorias racistas do século XIX influenciaram grupos de esquerda e de direita nas décadas de 1920 e 1930 na Europa. 2. Alternativa b. Os regimes totalitários incentivaram a produção cultural para realizar propaganda do regime e buscar a adesão das massas ao movimento. 12