O documento discute as diferentes formas de alforria de escravos no Brasil entre os séculos 18 e 19. Havia mais alforrias nas regiões urbanas que beneficiavam categorias como mulheres, pardos e crioulos, em vez de homens e africanos. A alforria era essencialmente privada e o dono tinha o direito exclusivo de libertar ou não seu escravo.
2. Fonte: Fotos Museu Imperial/Ibram/Minc, Alberto Henschel/Coleção G. Ermakoff, Leibniz Institut Fur
Landerkunde, Anônimo/Instituto Moreira Salles, Marc Ferrez/Coleção e Gilberto Ferraz/Instituto Moreira Salles
10/03/2013
3. Os caminhos da alforria eram de grande diversidade, para os
“Escravos do Eito”, que tinham grande dificuldade para reunir
economia, conforme tipo de agricultura e organização do trabalho,
havia:
10/03/2013
4. Fonte: Fotos Museu Imperial/Ibram/Minc, Alberto Henschel/Coleção G. Ermakoff, Leibniz Institut Fur
Landerkunde, Anônimo/Instituto Moreira Salles, Marc Ferrez/Coleção e Gilberto Ferraz/Instituto Moreira Salles
10/03/2013
5. Cartas de Alforria (século XVIII e XIX): havia MAIS
ALFORRIAS NAS REGIÕES URBANAS, beneficiava certas
categorias de escravos como AS MULHERES, ao invés dos
homens, entre outra categoria mais favorecida eram também
os pardos, e enfim os crioulos em detrimento dos africanos.
Escravas negras de diferentes nações africanas no Brasil, Jean Baptiste Debret, 1830. http://beatriziozzi.blogspot.com.br/2011/06/as-imagens-de-
escravos-e-negros-livres.html 10/03/2013
6. A alforria era essencialmente
de COMPETÊNCIA PRIVADA,
nem o Estado nem a Igreja
intervinham, por ser objeto
de direito de propriedade,
tanto que quando o governo
havia prometido libertar os
escravos que lutassem na
guerra do Paraguai, causou-
se um grande protesto dos
senhores de escravos.
Vendedor de Rua, Christiano Júnior, Rio de Janeiro, 1865. http://beatriziozzi.blogspot.com.br/2011/06/as-
imagens-de-escravos-e-negros-livres.html 10/03/2013
7. Também se alforriavam os
escravos que
ENCONTRASSEM
GRANDES PEDRAS DE
DIAMANTE, acima de 20
quilates. Por fim era direito
exclusivo de o senhor
alforriar ou não seu
escravo. Quanto a alforria
na PIA BATISMAL a soma
nominal de 20 mil reis,
nunca passou para lei
escrita. Habitations de nègres (Casa de Negros), Johann Moritz Rugendas, 1822-1825, 17,4 x 25,7
http://beatriziozzi.blogspot.com.br/2011/06/as-imagens-de-escravos-e-negros-livres.html 10/03/2013
8. A ALFORRIA VINHA IMBRICADA em inúmeros aspectos como
situações de sentido prático, a se observar pelo período de recessão
econômica, que ocorrem muitas alforrias, por serem estas parecidas
com as VENDAS OU UMA FORMA DE VENDA.
Que nas cartas de alforria esta sempre APRESENTADA COMO UMA
DÁDIVA, premissa da generosidade e afeição pelo escravo,
referenciando os bons serviços e fidelidade, sempre reveladoras das
expectativas ideológicas, como o ato de mandar rezar missas aos seus
senhores, como condição de alforria de escravos por testamento.
DEVERES MORAIS COMPARTILHADOS CRIANDO UMA LIGAÇÃO
PERMANENTE ALÉM DA ALFORRIA, revelando uma expectativa de
transformar o escravo em cliente e agregado.
10/03/2013
9. Deve-se apreciar uma população de escravos vivendo dentro de um
sistema escravista, existindo, no início do século XIX, três formas de
trabalho dependente:
10/03/2013
10. Deve-se apreciar uma população de escravos vivendo dentro de um
sistema escravista, existindo, no início do século XIX, três formas de
trabalho dependente:
10/03/2013
11. Deve-se apreciar uma população de escravos vivendo dentro de um
sistema escravista, existindo, no início do século XIX, três formas de
trabalho dependente:
Desenvolvem, em certo padrão, cultura de subsistência ou de
mantimentos para o abastecimento das cidades. Chegando
alguns libertos até a enriquecer no campo NE se
transformaram em senhores de engenho. 10/03/2013
12. Punha-se, pelos dominantes, em movimento PROJETOS E
MECANISMOS IDEOLÓGICOS DE FIXAR OS LIBERTOS no
campo numa situação de dependência, ficavam próximos do
lugar onde foram escravizados, muito pela maior facilidade de
provar sua liberdade e ainda na comentada vadiação dos
libertos, COMO PARTE DA IDEOLOGIA ESCRAVISTA,
POREM ESSA RELUTÂNCIA NÃO DEVE SER APENAS UM
MITO.
10/03/2013
13. Ainda restavam os mecanismos de
COERÇÃO EXTRA-ECONÔMICOS,
compelindo-os a se ASSALARIAR,
tais como a pena de serem
recrutados para o SERVIÇO MILITAR
e mandados para o Rio Grande do
Sul.
A autora crê que a questão de não
era evitar salário, mas sim
GARANTIR MÃO DE OBRA PARA Foto da família Schoeder em 1897. O escravo “liberto” e sua filha à
DE FORMA SEGURA para esquerda. http://cruzaltino.blogspot.com.br/2011/02/como-era-
cruz-alta-do-final-do-seculo.html
GARANTIR A REPRODUÇÃO DO
PODER DE APROPRIAÇÃO
DIFERENCIAL.
10/03/2013