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A Imaginação Sociológica
em Sala de Aula.
Natalia Braga de Oliveira
Acadêmico: Sidney Ferreira da Silva
Incentivar os estudantes a olhar a vida cotidiana a partir dos pressupostos da
Sociologia, os desperta para a reflexão e elucidação do
cotidiano.
 Lei 11.684/2008, que instituiu a Sociologia e a Filosofia como disciplinas
obrigatórias no Ensino Médio.
 ,
 “Mills Alerta, a nossa consciência é moldada pela nossa vivência cotidiana; as
relações com vizinhos, família e amigos, constroem nosso olhar para a
realidade.
 Raramente conseguimos pautar nossas ações a partir de referências mais
amplas históricas e sociais; as relações entre “homem e sociedade” e
“biografia e história” não estão no centro de nossas preocupações habituais,
seguimos nos guiando pelo imediato e próximo”.
 Por outro lado, a tomada de consciência das influências sociais em nossas
rotinas faz, por diversas vezes, que tenhamos a sensação de que estamos
aprisionados a elas. Isto porque, as mudanças sociais se processam em um
ritmo cada vez mais rápido e tem nos afetado de forma virulenta; assim, não
nos sentimos capazes de escapar das mesmas.
 Wright Mills, dessa forma, conclama: O que precisam [...] é uma qualidade de
espírito que lhes ajude a usar a informação e desenvolver a razão, a fim se
perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode estar
acontecendo dentro deles mesmos. É essa qualidade, afirmo, que jornalistas
e professores, artistas e públicos, cientistas e editores estão começando a
esperar daquilo que poderemos chamar de imaginação sociológica. (MILLS,
1975, p.11).
 Os jovens e adolescentes do século XXI vivenciam essa realidade,
apresentando questionamentos e inseguranças em relação ao presente,
mas também à construção do futuro.
 O exercício da imaginação sociológica, nesse contexto, pode se apresentar
com uma eficaz ferramenta na construção de respostas a essa infinita gama de
perguntas; instrumentalizando os estudantes para estabelecerem uma conexão
entre o cenário social mais amplo e suas vidas particulares.
 A imaginação sociológica é um termo criado por Mills para designar aquilo que o pensador
acredita ser a melhor maneira para se “fazer” Sociologia.
 Representa a conexão entre os fenômenos para além da experiência individual com as
instituições com as quais as pessoas convivem.
 A primeira conquista da imaginação sociológica é o entendimento de que os seres
humanos só podem compreender sua existência e analisar seu futuro percebendo-se parte
de um determinado contexto social.
 Para compreender as modificações de muitos ambientes pessoais, temos a
necessidade de olharmos além deles. (MILLS, 1975, p.17).
 No âmbito dos valores, uma sociedade em constante mudança como a atual gera nos
indivíduos o sentimento de contradição entre os valores.
A Imaginação Sociológica
 A ciência social contribui, nesse aspecto, ao buscar definir quais são os elementos que
de fato produzem essa inquietação e apatia nos indivíduos; obviamente, conectando-as
às questões sociais.
Em defesa da Sociologia
 É comum a professores de todas as áreas ouvirem de seus alunos a famosa pergunta:
 “Por que estamos estudando isso?
 Uma excelente “arma” na defesa da Sociologia é apresentar os frutos da imaginação
sociológica.
 Tal como Mills, Giddens elabora sua defesa efatiza a relação da sociologia com o nosso
cotidiano em função de temas que a aproximam das inquietações pessoais –
urbanismo, crime, gênero, religião e poder.
 A habilidade da sociologia em estabelecer uma relação entre as questões individuais e
as estruturas sociais, desvenda o comportamento humano através da análise das
regularidades e padronizações as quais este se encontra submetido.
 Giddens destaca que o anseio pela explicação sociológica para o entendimento do
humano não se afigura hoje tal como Mills esperava que ocorresse.
O reforço da Antropologia
 Os debates metodológicos da Antropologia também nos permitem acrescentar
ingredientes a esta receita.
 O exercício de “transformar o exótico em familiar e o familiar em exótico”
proposto por Roberto Da Matta é um eficiente caminho para despertar a
imaginação sociológica.
 A primeira parte da proposta se constitui na avaliação de nossos sistemas
culturais através do olhar para o “outro”.
 Desse modo, ao buscarmos compreender outras realidades, possamos
entender a nós mesmos pelos contrastes que se apresentam, relativizando os
nossos próprios costumes.
 Nesse debate a contribuição do antropólogo Gilberto Velho atenta para o fato
de que nem sempre conhecemos ou entendemos aquilo que tomamos por
particular ou familiar.
 Em uma sociedade complexa como a nossa, onde coexistem diferentes
grupos culturais; não é possível afirmar que o cotidiano seja de fato algo que
conhecemos.
 O Movimento Passe Livre traz para rua a máxima de Wright Mills, de
transformar um problema pessoal de pegar ônibus lotado e pagar caro por
isso, em um assunto público, da necessidade de se rever a política de
transporte da capital paulista.
 Ao olhar sociologicamente este movimento, podemos dizer que Wright Mills com certeza
estaria feliz com esta experiência, ao saber que hoje os “homens comuns” sabem bem
que seus problemas não são apenas pessoais, traduzindo-os em lutas e
movimentos por direitos coletivos.
A vida é um parágrafo único. A dinâmica da leitura é impressionante – da primeira palavra à última
o tempo passa com tanta rapidez que não percebemos, e quando damos conta já é tarde demais.
O que fizemos evaporou como o éter, o que deixamos de fazer agora não tem a menor
importância. As poucas boas lembranças que ficaram atormentam a alma pela insistência da
recordação, perdem o valor e não servem como referência.
Augusto Avlis
Obrigado!
Sidney Ferreira da Silva
Itacarambi-MG

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  • 1. A Imaginação Sociológica em Sala de Aula. Natalia Braga de Oliveira Acadêmico: Sidney Ferreira da Silva
  • 2. Incentivar os estudantes a olhar a vida cotidiana a partir dos pressupostos da Sociologia, os desperta para a reflexão e elucidação do cotidiano.  Lei 11.684/2008, que instituiu a Sociologia e a Filosofia como disciplinas obrigatórias no Ensino Médio.  ,
  • 3.
  • 4.  “Mills Alerta, a nossa consciência é moldada pela nossa vivência cotidiana; as relações com vizinhos, família e amigos, constroem nosso olhar para a realidade.  Raramente conseguimos pautar nossas ações a partir de referências mais amplas históricas e sociais; as relações entre “homem e sociedade” e “biografia e história” não estão no centro de nossas preocupações habituais, seguimos nos guiando pelo imediato e próximo”.
  • 5.  Por outro lado, a tomada de consciência das influências sociais em nossas rotinas faz, por diversas vezes, que tenhamos a sensação de que estamos aprisionados a elas. Isto porque, as mudanças sociais se processam em um ritmo cada vez mais rápido e tem nos afetado de forma virulenta; assim, não nos sentimos capazes de escapar das mesmas.  Wright Mills, dessa forma, conclama: O que precisam [...] é uma qualidade de espírito que lhes ajude a usar a informação e desenvolver a razão, a fim se perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode estar acontecendo dentro deles mesmos. É essa qualidade, afirmo, que jornalistas e professores, artistas e públicos, cientistas e editores estão começando a esperar daquilo que poderemos chamar de imaginação sociológica. (MILLS, 1975, p.11).
  • 6.  Os jovens e adolescentes do século XXI vivenciam essa realidade, apresentando questionamentos e inseguranças em relação ao presente, mas também à construção do futuro.  O exercício da imaginação sociológica, nesse contexto, pode se apresentar com uma eficaz ferramenta na construção de respostas a essa infinita gama de perguntas; instrumentalizando os estudantes para estabelecerem uma conexão entre o cenário social mais amplo e suas vidas particulares.
  • 7.  A imaginação sociológica é um termo criado por Mills para designar aquilo que o pensador acredita ser a melhor maneira para se “fazer” Sociologia.  Representa a conexão entre os fenômenos para além da experiência individual com as instituições com as quais as pessoas convivem.  A primeira conquista da imaginação sociológica é o entendimento de que os seres humanos só podem compreender sua existência e analisar seu futuro percebendo-se parte de um determinado contexto social.  Para compreender as modificações de muitos ambientes pessoais, temos a necessidade de olharmos além deles. (MILLS, 1975, p.17).  No âmbito dos valores, uma sociedade em constante mudança como a atual gera nos indivíduos o sentimento de contradição entre os valores. A Imaginação Sociológica
  • 8.  A ciência social contribui, nesse aspecto, ao buscar definir quais são os elementos que de fato produzem essa inquietação e apatia nos indivíduos; obviamente, conectando-as às questões sociais.
  • 9. Em defesa da Sociologia  É comum a professores de todas as áreas ouvirem de seus alunos a famosa pergunta:  “Por que estamos estudando isso?  Uma excelente “arma” na defesa da Sociologia é apresentar os frutos da imaginação sociológica.
  • 10.  Tal como Mills, Giddens elabora sua defesa efatiza a relação da sociologia com o nosso cotidiano em função de temas que a aproximam das inquietações pessoais – urbanismo, crime, gênero, religião e poder.  A habilidade da sociologia em estabelecer uma relação entre as questões individuais e as estruturas sociais, desvenda o comportamento humano através da análise das regularidades e padronizações as quais este se encontra submetido.  Giddens destaca que o anseio pela explicação sociológica para o entendimento do humano não se afigura hoje tal como Mills esperava que ocorresse.
  • 11. O reforço da Antropologia  Os debates metodológicos da Antropologia também nos permitem acrescentar ingredientes a esta receita.  O exercício de “transformar o exótico em familiar e o familiar em exótico” proposto por Roberto Da Matta é um eficiente caminho para despertar a imaginação sociológica.  A primeira parte da proposta se constitui na avaliação de nossos sistemas culturais através do olhar para o “outro”.  Desse modo, ao buscarmos compreender outras realidades, possamos entender a nós mesmos pelos contrastes que se apresentam, relativizando os nossos próprios costumes.
  • 12.  Nesse debate a contribuição do antropólogo Gilberto Velho atenta para o fato de que nem sempre conhecemos ou entendemos aquilo que tomamos por particular ou familiar.  Em uma sociedade complexa como a nossa, onde coexistem diferentes grupos culturais; não é possível afirmar que o cotidiano seja de fato algo que conhecemos.
  • 13.  O Movimento Passe Livre traz para rua a máxima de Wright Mills, de transformar um problema pessoal de pegar ônibus lotado e pagar caro por isso, em um assunto público, da necessidade de se rever a política de transporte da capital paulista.
  • 14.
  • 15.  Ao olhar sociologicamente este movimento, podemos dizer que Wright Mills com certeza estaria feliz com esta experiência, ao saber que hoje os “homens comuns” sabem bem que seus problemas não são apenas pessoais, traduzindo-os em lutas e movimentos por direitos coletivos.
  • 16. A vida é um parágrafo único. A dinâmica da leitura é impressionante – da primeira palavra à última o tempo passa com tanta rapidez que não percebemos, e quando damos conta já é tarde demais. O que fizemos evaporou como o éter, o que deixamos de fazer agora não tem a menor importância. As poucas boas lembranças que ficaram atormentam a alma pela insistência da recordação, perdem o valor e não servem como referência. Augusto Avlis
  • 17. Obrigado! Sidney Ferreira da Silva Itacarambi-MG