1. SALVADOR SÁBADO 5/10/2013 OPINIÃO A3
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ÚTEIS R$ 4,00, DOMINGOS: R$ 5,00.
CAU GOMEZ
V
ira e mexe são publicadas críticas
aos órgãos de controle que discipli-
nam atividades produtivas. Bate-se
duramente no Ministério Público, Tribunal
de Justiça, órgãos ambientais, e a acusação
é sempre a mesma: “Estão prejudicando o
desenvolvimento da cidade, afugentando
investidores, colocando em riscos milhares
de empregos, travando o progresso”.
Mas será que o outro lado faz a sua parte?
Por que será que as grandes obras são ques-
tionadas na Justiça ou paralisadas por ela?
Será que, na hora de propor um projeto, os
empreendedores cumprem o passo-a-passo
exigido pela legislação? Entregam todos os
documentos solicitados? Os estudos e aná-
lises para identificar riscos e evitar aci-
dentes são realmente feitos? Os requisitos
legais, como as audiências públicas para
dar transparência e ouvir as demandas da
população, são cumpridos? Os conselhos
municipais e estaduais são consultados? E
depois de tudo pronto, as observações
apontadas nas licenças são atendidas?
Será que realmente a culpa por tudo estar
sendo “travado” é de quem está fiscalizan-
do o cumprimento das leis ou as coisas
tendem a ser feitas desobedecendo às con-
dições mínimas de segurança que mini-
mizariam impactos socioambientais? Será
que se tudo fosse feito da maneira correta,
com cumprimento de normas e princípios
que foram elaborados pensando na pro-
teção dos direitos coletivos, tantos proble-
mas ocorreriam?
Será que não está na hora de se questionar
esse modelo de desenvolvimento a qualquer
custo imposto às cidades pelas empreiteiras,
desrespeitando muitas vezes os critérios so-
cioambientais previstos na legislação?
Por outro lado, as dificuldades estruturais da
grande maioria dos órgãos ambientais são um
fato. Cortes no orçamento, precárias condições
de trabalho, falta de técnicos, veículos para fis-
calização, gasolina e tantas outras coisas tornam
difícil atender à demanda do mercado sem que
haja atrasos na concessão das licenças. Se os
governos investissem para corrigir essa situação,
evitariam que continuassem a ocorrer estes
atrasos – que também prejudicam o País.
Letícia Belém
Jornalista
leticiabelem@gmail.com
C
omeçou a primavera! Mês das flores, céu
azul, clima ameno. Não vou falar das
flores, mas sim de uma praga, a erva de
passarinho, que está ameaçando mortalmente
as árvores mais antigas que ainda restam em
Salvador. Se você não identifica essa pestinha,
veja sua imagem no google.
Seu esquisito nome científico parece querer
indicar sua malevolidade: Struthantus flexi-
caulis. É uma parasita destruidora, diversa das
maravilhosas orquídeas e bromélias, que man-
têm relação simbiótica sem prejudicar as hos-
pedeiras. As parasitas, pelo contrário, fincam
suas raízes dentro do caule da árvore, levando-a
à morte por inanição.
São os passarinhos que comem suas se-
mentinhas, espalhando-as pelas árvores
com suas fezes. Os ramos desta espécie de
trepadeira cobrem as copas e galhos das
árvores como se fossem uma renda mor-
tífera: as folhas da árvore desaparecem, os
galhos secam e a coitada hospedeira morre.
As ervas de passarinho estão espalhadas
por todo lado: você pode identificá-las na
copa das mangueiras da Faculdade de Di-
reito da Ufba, no estacionamento do
ex-Baiano de Tênis, no Campo Grande.
Está nas mãos do responsável pelos parques
e jardins de Salvador salvar a vida de um
centenário pé de cajá ao lado da Santa Casa de
Misericórdia, lastimavelmente coberto por esta
mortífera parasita. Trata-se de uma das últimas
árvores monumentais de nosso desértico Cen-
tro Histórico. Com certeza essa cajazeira já era
adulta quando a Sé da Bahia foi demolida
(1933). Ainda há tempo de salvar esse patri-
mônio histórico através de uma operação ci-
rúrgica imediata para voltar a frutificar na
próxima primavera.
É viável, sim, a erradicação da erva de pas-
sarinho, arrancando-se seus ramos e, nos casos
mais agressivos, deve-se raspar o tronco e po-
dar os galhos secos da hospedeira para es-
timular a renovação das extremidades.
Agrônomos e ecologistas: unam-se para sal-
var nossa última cajazeira histórica de Salvador,
caso contrário seus dias estão contados para cair
morta por cima de sua vizinha Cruz Caída...
LUIZ MOTT ESCREVE NO SÁBADO, QUINZENALMENTE
Luiz Mott
Professor titular de Antropologia da Ufba
luizmott@oi.com.br
S
e Deus existe e espero que sim, dando um
sentido à aventura da nossa humana con-
dição, a mulher é, sem dúvida, a sua mais
sublime criação. Tenho razões para desconfiar
do relato bíblico no capítulo da Gênese, Eva
saindo da costela de Adão. O Deus do meu
coração não daria munição para os machos de
plantão cometerem, através dos séculos, tanta
violência e perversidade contra o adorável ser
feminino. Jamais Jesus abençoaria o rei David
quando este mandou, para a linha de frente de
batalha, o marido da mulher que cobiçava.
Desde o tempo das cavernas, o macho
protetor tem usado da força física para
obter saciedade sexual de toda e qualquer
mulher, como uma fatalidade oriunda do
primado masculino. Entram e saem séculos
e as mulheres têm pago caro o preço pela
beleza de suas formas e pela impotência
física diante do macho agressor. Este, mui-
tas vezes, homossexual reprimido, que bate
em mulher porque deseja outro homem e
pune sua incapacidade de assumir-se.
Seja como for, é tempo de afirmar a Lei
Maria da Penha, incitando as mulheres a
denunciar maus tratos de qualquer natu-
reza, por homens falidos de afeto e in-
capazes de amar. É verdade que num tempo
sem utopias e sem sonhos de fraternidade,
as mulheres contemporâneas têm prestado
um desserviço à causa feminista quando
vendem seus corpos e cospem no pudor.
Concursos de beleza não passam de patéticos
conluios entre a “mídia” e o poder machista
para consolidar a beleza física como atributo
maior, beleza esta que se destinará à venda nos
mercados da paixão. O casamento monogâ-
mico burguês, velho artifício para manter, co-
mo até hoje, famílias sob o controle do estado
começa a fazer água.
Vêm aí novos relacionamentos e um novo
tempo de mulheres libertas e donas do seus
próprios corpos, os quais nem pai, nem
marido, nem irmão, nem amigo têm o di-
reito de tocar o dedo sem consentimento.
Vem aí um novo tempo onde os sexos opos-
tos se aproximarão, sonhos nos olhos e
flores na mãos.
WALTER QUEIROZ ESCREVE SÁBADO, QUINZENALMENTE
Walter Queiroz Jr.
Advogado, poeta, compositor, membro da
Confraria dos Saberes
waljunior44@hotmail.com
EDITORIAL
Impasse
americano
EmNovaYork,aliberdaderepresentadapor
umaestátuaestáfechadaparamilharesde
turistas de todo o mundo. Cerca de 800 mil
funcionários de serviços não essenciais do
governo dos EUA ficam sem trabalhar por
tempo indeterminado. Outros trabalharão
nos serviços essenciais sem garantia de re-
cebimento de salários, incluídos mais de
milhãodeex-combatentesdasmuitasguer-
ras em que o país participou.
Tudo aconteceu porque o Congresso e o
presidente Barack Obama não consegui-
ram chegar a um acordo para financiar os
gastos públicos governamentais de curto
prazo. O tempo esgotou-se à meia-noite de
segunda-feiraeacausamaioraestimulara
oposição republicana é a reforma do sis-
tema de saúde, proposta por Obama, apro-
vada pelas duas casas e que começou a
vigorar junto com a confusão atual.
A última vez que esse tipo de impasse
ocorreu foi durante a presidência de Bill
Clinton, há 17 anos. Trata-se de recurso pre-
visto pela democracia mais antiga e sólida
do mundo moderno, que em mais de dois
séculos não conheceu um golpe militar. A
oposiçãodominaumadascasas,aCâmara,
e não concorda com as ideias de Obama
sobre o sistema de saúde. O governo do-
minaoSenadoecomeçaarealizaramaior
inclusão de pobres na saúde dos EUA.
Chegamos ao impasse: os republicanos
maisradicaisforamderrotadosnopassado
na questão dos planos de saúde. Voltaram
mais fortes e agora dominam. É uma po-
sição ideológica exacerbada, não aceita e
não quer acordo. Na outra ponta, os prazos
e a pouca margem de manobra para o
governo negociar.
É uma situação política. O próximo con-
fronto tem prazo: a elevação do limite do
endividamento dos EUA. O tema sai das
fronteiras internas e chega ao exterior, pois
pode afetar as relações econômicas inter-
nacionais da maior potência mundial. En-
fraquecer a economia dos EUA neste mo-
mento é ruim para o mundo.
A aposta principal passa por um enten-
dimento de nível superior, que proteja o
estado, não o governo. Mesmo que saiba-
mos que, lá como cá, politicagem há.
“O comércio está refém dessa greve [dos
bancários]” GERALDO CORDEIRO, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de
Salvador, ao manifestar esperança de que ela acabe a tempo de reduzir as perdas no Dia das Crianças
De quem é mesmo
a responsabilidade?
S.O.S. cajazeira
da Sé!
Flores
nas mãos