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Aplicação de geossintéticos em obras de disposição
de resíduos
Workshop técnico sobre contenção de encostas ganha notoriedade na
quarta edição da Brazil Road Expo
RevistaFUNDAÇÕES&OBRASGEOTÉCNICASwww.rudders.com.brAno4–Nº44–Maiode2014
Ano 4
Nº 44
R$ 27,00
Maio de 2014
www.rudders.com.br
72 • FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS
geossintéticos
APLICAÇÃODEGEOSSINTÉTICOSEM
ATERRORODOVIÁRIOULTRALEVENA
APROXIMAÇÃODEVIADUTO
Desde 1971 quando foi desenvolvido o primeiro Geossinté-
tico Não Tecido Brasileiro surgiram suas aplicações em rodo-
vias. Geossintéticos têm diversas funções em obras rodoviá-
rias, tais como: reforço de pavimento, drenagem de rodovia,
controle de erosão de taludes, adensamento de solos moles
e aterros de aproximação de viadutos. Com a evolução na
produção dos vários produtos geossintéticos,a segurança na
compra de um material de qualidade é imprescindível.Atual-
menteéfeitoumcontroledequalidadeindustrialquepropor-
ciona produtos capazes de atender solicitações hidráulicas e
mecânicas necessárias na maioria dos projetos, permitindo a
realização de obras com menor custo e maior segurança.A fa-
cilidade de instalação também chama a atenção do mercado,
substituindo produtos e métodos construtivos tradicionais e
diminuindo o tempo de realização das obras.
É muito comum atualmente a execução de aterros rodo-
viários no Brasil com a utilização de geossintéticos (geo-
têxteis, geogrelhas, geocélulas, georredes, geomembranas,
geocompostos drenantes etc.),em conjunto com materiais
tradicionais (solo, argila, areia, brita, entre outros), porém o
método utilizado para a construção de aterros ultraleves,
que contam com a utilização de EPS (Blocos de Poliestire-
no Expandido), ainda é recente no Brasil. Trata-se de uma
técnica utilizada e bem difundida há cerca de 30 anos na
Europa e na Ásia que tem tudo para ganhar destaque em
território nacional.
A execução de aterros com EPS é indicada para locais onde
há predominância de solos moles, ou seja, onde o solo de
fundação é de baixa resistência e/ou baixa capacidade por-
tante. Essa técnica deve ser executada em conjunto com al-
Proteção superficial e lateral do aterro de EPS com geomembrana de PEAD e lona especial de PEAD
Fotos:ArquivoProfissionaldaRoma
FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS • 73
Hersio Antonio Ranzani Júnior é formado inicialmente
em Engenharia Química pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie em 1976. Em 1978 concluiu a graduação em En-
genharia de Segurança do Trabalho pela Escola Superior
de Química Oswaldo Cruz. Em 1982 formou-se no Curso de
Especialização em Geossintéticos nos Estados Unidos. Em
1986 concluiu a graduação em Engenharia Civil pelo Instituto
Mauá deTecnologia.Em 1989 concluiu a graduação em Enge-
nharia Têxtil pela FEI (Fundação Educacional Inaciana Padre
Sabóia de Medeiros), antiga Faculdade de Engenharia Indus-
trial. Posteriormente concluiu duas pós-graduações em Ad-
ministração de Empresas e Marketing Industrial. Já em 2013
concluiu uma pós-graduação em Teologia. Atua no mercado
de geossintéticos há 40 anos. Atualmente trabalha como
gerente de Engenharia & Desenvolvimento de Produtos da
empresaTecelagem ROMA Ltda.no apoio técnico e desenvol-
vimento de projetos com geossintéticos.
O CTG é formado por empresas fabricantes de geos­
sintéticos no Brasil associadas à ABINT (Associação Bra­
sileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos).
Dentro do grupo estão empresas produtoras nacionais,
utilizando diversos polímeros como PP (Polipropileno),
PET (Poliéster), PE (Polietileno) e PVC (Policloreto de Vini­
la). As empresas que atualmente compõe o CTG são: Bidim,
Braskem, Cipatex, Huesker, Maccaferri, Ober, Santa Fé, San­
suy e Roma.
guns geossintéticos tradicionais, tais como: geomembrana
de PEAD (Polietileno de Alta Densidade), lona especial de
PEAD, geotubos e geotêxteis, para a proteção dos blocos
de EPS contra umidade e produtos químicos (derivados de
petróleo que podem atacar o EPS), proporcionando maior
proteção e vida útil à obra.
Devido ao grande fluxo de veículos, principalmente nos
finais de semana, na região de Itatiba (SP), surgiu a ne-
cessidade da construção de um complexo viário, facili-
tando o escoamento de veículos no Trevo do Caxambú.
Assim, o Consórcio Corredor Dom Pedro I – Rota das
Bandeiras (empresa do Grupo Odebrecht), iniciou esta
obra em 2013.
A região que compreende o Trevo do Caxambú é predo-
minantemente composta por solo mole, o que propiciou
a utilização de blocos de EPS em conjunto com materiais
geossintéticos. A primeira etapa de execução do aterro de
aproximação do viaduto foi a regularização do solo de su-
perfície com uma camada de material granular (areia), não
superior a 0,10 cm.
Neste trabalho, os blocos de EPS de 23 kg por m³ foram en-
caixados um a um, formando oito camadas de blocos so-
brepostos em curva,de acordo com o traçado de projeto da
rodovia.A cada duas camadas de blocos de EPS,foram insta-
lados tubos drenos envolvidos por um geotêxtil não tecido
para facilitar a drenagem dos taludes.
As laterais do aterro de aproximação foram protegidas por
uma lona especial de PEAD, seguidas por uma camada de
solo-cimento e finalizadas com concreto projetado. A pro-
teção lateral desse aterro de EPS foi composta basicamen-
te por quatro camadas a saber: 1) lona especial de PEAD,
2) Solo-cimento (com 6% de cimento), 3) Tela Metálica e
4) Concreto Projetado (25 MPa). Posteriormente, os taludes
poderão ser cobertos com grama integrando o sistema ao
meio ambiente.
Para a proteção superior dos blocos de EPS, foi utilizada
uma geomembrana de PEAD de 1,0 mm de espessura, e
sobre ela foi construída uma laje de concreto e finalmente
o pavimento asfáltico. A lona especial e a geomembrana
de PEAD utilizadas na proteção lateral e superior dos blo-
cos de EPS foram fundamentais para garantir a proteção e
a durabilidade necessária deste aterro após a construção
do pavimento.
A Concessionária Rota das Bandeiras é uma empresa da
Odebrecht TransPort, investidora e operadora no Brasil em
negócios relacionados à mobilidade urbana, rodovias, siste-
mas integrados de logística e aeroportos.
Vista aérea do Trevo do Caxambú com a obra concluída Vista lateral do aterro de aproximação de viaduto com EPS

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  • 1. Aplicação de geossintéticos em obras de disposição de resíduos Workshop técnico sobre contenção de encostas ganha notoriedade na quarta edição da Brazil Road Expo RevistaFUNDAÇÕES&OBRASGEOTÉCNICASwww.rudders.com.brAno4–Nº44–Maiode2014 Ano 4 Nº 44 R$ 27,00 Maio de 2014 www.rudders.com.br
  • 2. 72 • FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS geossintéticos APLICAÇÃODEGEOSSINTÉTICOSEM ATERRORODOVIÁRIOULTRALEVENA APROXIMAÇÃODEVIADUTO Desde 1971 quando foi desenvolvido o primeiro Geossinté- tico Não Tecido Brasileiro surgiram suas aplicações em rodo- vias. Geossintéticos têm diversas funções em obras rodoviá- rias, tais como: reforço de pavimento, drenagem de rodovia, controle de erosão de taludes, adensamento de solos moles e aterros de aproximação de viadutos. Com a evolução na produção dos vários produtos geossintéticos,a segurança na compra de um material de qualidade é imprescindível.Atual- menteéfeitoumcontroledequalidadeindustrialquepropor- ciona produtos capazes de atender solicitações hidráulicas e mecânicas necessárias na maioria dos projetos, permitindo a realização de obras com menor custo e maior segurança.A fa- cilidade de instalação também chama a atenção do mercado, substituindo produtos e métodos construtivos tradicionais e diminuindo o tempo de realização das obras. É muito comum atualmente a execução de aterros rodo- viários no Brasil com a utilização de geossintéticos (geo- têxteis, geogrelhas, geocélulas, georredes, geomembranas, geocompostos drenantes etc.),em conjunto com materiais tradicionais (solo, argila, areia, brita, entre outros), porém o método utilizado para a construção de aterros ultraleves, que contam com a utilização de EPS (Blocos de Poliestire- no Expandido), ainda é recente no Brasil. Trata-se de uma técnica utilizada e bem difundida há cerca de 30 anos na Europa e na Ásia que tem tudo para ganhar destaque em território nacional. A execução de aterros com EPS é indicada para locais onde há predominância de solos moles, ou seja, onde o solo de fundação é de baixa resistência e/ou baixa capacidade por- tante. Essa técnica deve ser executada em conjunto com al- Proteção superficial e lateral do aterro de EPS com geomembrana de PEAD e lona especial de PEAD Fotos:ArquivoProfissionaldaRoma
  • 3. FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS • 73 Hersio Antonio Ranzani Júnior é formado inicialmente em Engenharia Química pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1976. Em 1978 concluiu a graduação em En- genharia de Segurança do Trabalho pela Escola Superior de Química Oswaldo Cruz. Em 1982 formou-se no Curso de Especialização em Geossintéticos nos Estados Unidos. Em 1986 concluiu a graduação em Engenharia Civil pelo Instituto Mauá deTecnologia.Em 1989 concluiu a graduação em Enge- nharia Têxtil pela FEI (Fundação Educacional Inaciana Padre Sabóia de Medeiros), antiga Faculdade de Engenharia Indus- trial. Posteriormente concluiu duas pós-graduações em Ad- ministração de Empresas e Marketing Industrial. Já em 2013 concluiu uma pós-graduação em Teologia. Atua no mercado de geossintéticos há 40 anos. Atualmente trabalha como gerente de Engenharia & Desenvolvimento de Produtos da empresaTecelagem ROMA Ltda.no apoio técnico e desenvol- vimento de projetos com geossintéticos. O CTG é formado por empresas fabricantes de geos­ sintéticos no Brasil associadas à ABINT (Associação Bra­ sileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos). Dentro do grupo estão empresas produtoras nacionais, utilizando diversos polímeros como PP (Polipropileno), PET (Poliéster), PE (Polietileno) e PVC (Policloreto de Vini­ la). As empresas que atualmente compõe o CTG são: Bidim, Braskem, Cipatex, Huesker, Maccaferri, Ober, Santa Fé, San­ suy e Roma. guns geossintéticos tradicionais, tais como: geomembrana de PEAD (Polietileno de Alta Densidade), lona especial de PEAD, geotubos e geotêxteis, para a proteção dos blocos de EPS contra umidade e produtos químicos (derivados de petróleo que podem atacar o EPS), proporcionando maior proteção e vida útil à obra. Devido ao grande fluxo de veículos, principalmente nos finais de semana, na região de Itatiba (SP), surgiu a ne- cessidade da construção de um complexo viário, facili- tando o escoamento de veículos no Trevo do Caxambú. Assim, o Consórcio Corredor Dom Pedro I – Rota das Bandeiras (empresa do Grupo Odebrecht), iniciou esta obra em 2013. A região que compreende o Trevo do Caxambú é predo- minantemente composta por solo mole, o que propiciou a utilização de blocos de EPS em conjunto com materiais geossintéticos. A primeira etapa de execução do aterro de aproximação do viaduto foi a regularização do solo de su- perfície com uma camada de material granular (areia), não superior a 0,10 cm. Neste trabalho, os blocos de EPS de 23 kg por m³ foram en- caixados um a um, formando oito camadas de blocos so- brepostos em curva,de acordo com o traçado de projeto da rodovia.A cada duas camadas de blocos de EPS,foram insta- lados tubos drenos envolvidos por um geotêxtil não tecido para facilitar a drenagem dos taludes. As laterais do aterro de aproximação foram protegidas por uma lona especial de PEAD, seguidas por uma camada de solo-cimento e finalizadas com concreto projetado. A pro- teção lateral desse aterro de EPS foi composta basicamen- te por quatro camadas a saber: 1) lona especial de PEAD, 2) Solo-cimento (com 6% de cimento), 3) Tela Metálica e 4) Concreto Projetado (25 MPa). Posteriormente, os taludes poderão ser cobertos com grama integrando o sistema ao meio ambiente. Para a proteção superior dos blocos de EPS, foi utilizada uma geomembrana de PEAD de 1,0 mm de espessura, e sobre ela foi construída uma laje de concreto e finalmente o pavimento asfáltico. A lona especial e a geomembrana de PEAD utilizadas na proteção lateral e superior dos blo- cos de EPS foram fundamentais para garantir a proteção e a durabilidade necessária deste aterro após a construção do pavimento. A Concessionária Rota das Bandeiras é uma empresa da Odebrecht TransPort, investidora e operadora no Brasil em negócios relacionados à mobilidade urbana, rodovias, siste- mas integrados de logística e aeroportos. Vista aérea do Trevo do Caxambú com a obra concluída Vista lateral do aterro de aproximação de viaduto com EPS