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Várias Histórias 
Machado de Assis 
Profaª Josi Motta 
2014
Obra: Várias Histórias 
Autor: Machado de Assis 
Ano: 1896 
Escola: Realismo 
Gênero: Narrativo – contos 
Estrutura: 16 contos 
Narrador: 3ª pessoa na maioria das histórias, 
exceto em: Entre santos, Conto de escola e O 
enfermeiro, narrados em 1ª pessoa. 
Temas: Triângulo amoroso, impossibilidade 
humana diante da força do destino, vícios e 
virtudes, puberdade, vaidade, comportamento 
humano, consciência, futilidade, etc. 
Características: humor, ironia, crítica.
A cartomante 
•Ação: Rita foi ao cartomante, Camilo não acredita. 
• Apresentação posterior: os homens eram amigos. 
• Morte da mãe de Camilo: os dois mostraram-se 
grandes amigos dele. Vilela cuidou do enterro e do 
inventário; Rita tratou especialmente do coração, e 
ninguém o faria melhor. 
• Carta anônima para Camilo – menos visitas daí em 
diante. Rita procura cartomante. 
• Bilhete de Vilela a Camilo. Vem já! 
• Carroça impede seguir trajeto. 
• Para em frente à cartomante. Consulta. 
Alívio. Alto preço pago. 
• Chega na casa.
Entre Santos 
QUANDO EU ERA [1ª pessoa] capelão de S. 
Francisco de Paula (contava um padre velho) 
aconteceu-me uma aventura extraordinária. 
• Os santos haviam descido dos altares e 
estavam conversando entre eles, comentando 
os pedidos que os homens haviam feito 
durante o dia. 
• Caso da adúltera (luxúria) e do Sr. Sales: 
ganância.
Uns Braços 
• Inácio [15 anos] foi morar na casa de Borges, que 
vivia com a D. Severina [27]. O pai do menino 
pretendia que o filho aprendesse um ofício 
burocrático. 
• Dona Severina percebe que os seus braços são a 
causa da distração do rapaz e começa a tratá-lo 
melhor. 
• Num domingo, Inácio dormia e sonhava com D. 
Severina: a mulher vinha lhe beijar. Sonho 
realidade se misturam, uma vez que ela realmente 
beijou o rapaz [depois se arrepende. 
• Término: garoto vai embora, ela não se despede 
dele.
Um homem célebre 
•Senhor Pestana: compositor de polcas, sucesso 
dos saraus. Renúncia. Quer compor algo sério. 
Casa-se com uma cantora ‘tísica’, tuberculosa. 
• Nem a morte da esposa fornece-lhe a 
inspiração para a composição de um réquiem 
que ele contava executar para celebrar o 
primeiro ano do aniversário da morte da esposa. 
• Dois anos se passam desde a morte. 
• Procurado pelo seu editor, devido à 
necessidade financeira, aceita compor umas 
polcas.
A desejada das gentes 
• Diálogo: Narrador e um amigo. Assunto: 
Recordações da juventude: Quintília. Despertava 
paixão nos rapazes. Descartou várias propostas 
de casamento eram descartados. 
• Aposta: quem se casar com a moça. Narrador 
ou João Nóbrega? 
• A paixão pela moça afasta os dois amigos. 
• João Nóbrega, rejeitado, abandonou o Rio de 
Janeiro e mudou-se para o sertão da Bahia. 
Faleceu em menos de 4 anos.
• Morre pai do narrador e o tio de Quintília 
Aproximam-se. Narrador deseja conquistá-la, 
ela quer apenas amizade. 
• Narrador se declara e é rejeitado. Ela se afasta. 
• Quintília escreve ao narrador pedindo o 
retorno do amigo. Ele aceita. 
• Quintília adoece. 
• À beira da morte, dois dias antes 
de morrer ela se decide casar com 
o narrador. Este apenas lhe fez 
companhia até a hora fatal.
A causa secreta 
• Silêncio constrangedor entre os personagens. 
Narrador volta 2 anos no tempo. Compreenderemos. 
Garcia, um jovem estudante de medicina, viu 
Fortunato pela primeira vez na porta da Santa Casa e 
depois no teatro quando, na saída, o viu distribuir 
bengaladas aos cães que dormiam pelas calçadas. 
• Semanas depois, Garcia ouviu ruídos no andar de 
baixo. Ao descer, deparou com Fortunato, que 
socorria um homem que acabara de ser esfaqueado. 
• Com a chegada de um médico e de um subdelegado, 
Fortunato dá o seu depoimento e passa a auxiliar o 
médico e o estudante de medicina nos curativos da 
vítima.
• Fortunato visita a vítima nos dias seguintes. 
Quando a vítima melhora, desaparece. 
• A vítima vai visitá-lo para agradecer, mas é mal 
recebido por este, saindo humilhado. 
• Tempos depois, estando Garcia já formado, 
reencontram-se. Fortunato o convida para um 
jantar no domingo, informando-lhe que está casado 
há quatro meses. 
• Garcia percebe que a esposa de Fortunato, Maria 
Luísa, tem medo dele. Ela se admira ao saber da 
história. 
• Garcia e Fortunato decidem abrir uma clínica.
• Na clínica, Fortunato desperta admiração de todos 
pelo empenho com que se dedica aos enfermos, 
mesmo aos que sofrem das moléstias mais graves. 
• Seu interesse se estende também à anatomia, e ele 
passa a dissecar animais em casa, para desespero de 
sua esposa. 
• Maria Luísa pede a Garcia que convença o marido a 
parar com as dissecações em casa, o que o médico 
consegue. 
• Garcia visita o casal. Desespero da mulher: 
Fortunato, segurava um rato pelo cordão e com uma 
tesoura amputava-lhe as patas e cauteri-zava as 
feridas nas chamas que se desprendiam de uma 
tigela com álcool.
• Fortunato acaba por matar o animal 
e dá uma desculpa. 
• A narrativa retorna à cena inicial. 
• Desfecho é dado pela doença e depois 
morte de Maria Luísa. Antes, porém, Garcia sente 
nascer o amor pela esposa de seu sócio. 
• Fortunato acompanha toda a agonia da esposa, 
procurando auxiliá-la sempre. Na noite do velório, 
Garcia não consegue reprimir o amor que sentia 
por ela e acaba por romper em prantos e 
lágrimas. 
“Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou 
tranquilo essa explosão de dor moral que foi 
longa, muito longa, deliciosamente longa.”
Trio em Lá Menor 
I ADAGIO CANTABILE 
• A avó e sua neta, Maria Regina. 
• Maria Regina amava dous homens ao mesmo 
tempo: Maciel (27) e Miranda (50) 
• A visita dos dois homens (que a namoravam de 
pouco) durou cerca de uma hora. Maria Regina 
conversou alegremente com eles, e tocou ao 
piano uma peça clássica, uma sonata, que fez a 
avó cochilar um pouco. No fim discutiram música. 
• Som da Sonata
II ALLEGRO MA NON TROPPO 
• Carruagem com Maria Rita derruba um menino. 
• Maciel socorre o ferido. 
• Ela leva o menino para casa. 
• Maria Rita passa a admirar Maciel. 
III ALLEGRO APPASSIONATO 
• As novidade de Maciel. Histórias. 
• Maria Regina: misto de admiração e fastio. 
• Decisão: Tratou de combinar os dous homens, o 
presente com o ausente, olhando para um, e 
escutando o outro de memória; recurso violento e 
doloroso, mas tão eficaz, que ela pôde contemplar 
por algum tempo uma criatura perfeita e única.”
• Eis que chega Miranda. Cinquenta anos, alto 
e seco. Fisionomia dura e gelada. Maciel sai. 
• Conversa: Vó, neta e Miranda. Assunto? O 
acidente. Frieza de Miranda. 
• Maria Rita fica a comparar os dois. Reflete. 
IV MINUETTO 
• Os dias passam. 
• Maciel e Miranda desconfiam. 
• Maria Rita percebeu que tudo estava 
acabado. 
• Tinha lido de manhã, em uma notícia. 
• Sonata.
Adão e Eva 
• Senhora de engenho, na Bahia, Leonor. 
• À mesa, anuncia aos convidados: certo doce. 
• Um dos convidados logo quis saber o que era. A 
dona da casa o chama de curioso. “Quem é mais 
curioso, homem ou mulher?” “A perda do paraíso é 
responsabilidade de quem: Adão ou Eva? “ 
• As senhoras diziam que a Adão, os homens que a 
Eva, menos o juiz-de-fora, que não dizia nada, e Frei 
Bento, carmelita. 
• O tal convidado, juiz-de-fora, chamado Veloso, diz 
• Criação do mundo foi ideia do Diabo, mas para 
cada criação do Diabo, Deus realizou também uma 
criação. O Diabo criou as trevas, Deus fez a luz.
• O Diabo criou o homem e a mulher, mas foi 
Deus que lhes atribuiu uma alma e os transportou 
para o Paraíso 
• O Diabo, como não poderia entrar no Paraíso, 
para lá enviou a serpente, com a missão de levar 
ao casal à tentação. Adão e Eva resistem à 
tentação. Deus, feliz, mandou-os direto para os 
céus. 
• Ele estende o prato que D. Leonor lhe servisse 
mais doce...
O enfermeiro 
• Narrador personagem: Procópio José Gomes 
Valongo, à beira da morte, conta uma passagem 
importante de sua vida. 
• Agosto de 59: Procópio vai ser enfermeiro no 
interior. Péssimas informações sobre o paciente, 
Coronel Felisberto. 
• No oitavo dia lá, o paciente começa a maltratá-lo e 
humilhá-lo, como havia feito com os enfermeiros 
anteriores. Bengaladas. Discussões, injúrias e 
seguiam por dias. 
• O dinheiro ganho era guardado visando voltar à 
Corte. No fim de 3 meses estava farto, queria ir 
embora. Coronel convence-o a ficar.
• Coronel cada vez mais perto da morte. Faz 
testamento. 
• Decidiu sair dentro de 1 mês. 
• Noite de 24/08/1859: Coronel rejeita prato de 
mingau e joga na parede. Às 23h vai para o quarto. 
Às 24h, Procópio devia acordá-lo, mas estando no 
quarto do doente, pegara no sono lendo um 
romance. 
• É acordado aos gritos pelo velho, que lhe atira uma 
moringa. Atingiu a face de Procópio. O enfermeiro, 
furioso, luta com o Coronel e mata-o. 
• Deixa o quarto. Fantasma da culpa. 
• Pela manhã, manda comunicar o falecimento do 
Coronel Felisberto.
• Calmamente Procópio prepara o corpo do 
defunto escondendo as marcas que estavam no 
pescoço do Coronel. 
• Medo de ser descoberto. Angústia. As demais 
pessoas acreditam que é sinal de afeto pelo 
defunto. Atormentado, retorna à Corte. Lá, as 
pessoas também interpretam o jeito do homem 
como sinal de amizade ao falecido. 
• Dias depois, a notícia: o Coronel Felisberto havia 
feito um testamento e deixado toda sua fortuna 
para Procópio José Gomes Valongo. 
• Primeiro achou que fosse uma armadilha. 
Percebe não ter sentido a hipótese.
• Retorna à Vila. Pânico. Pensa em desistir, mas as 
pessoas desconfiariam. Pensa em doar aos pobres. 
Muda de ideia. 
• Aos poucos a consciência ameniza a culpa: coronel 
já estava velho e doente. Incidente poderia ser 
coincidência, poderia ele ter morrido aquela noite 
(sem agressão do enfermeiro) Procópio faz algumas 
doações à igreja e à Santa Casa e manda erguer um 
túmulo ao Coronel. Em seguida, retorna ao Rio de 
Janeiro. 
• Por fim, Procópio pensa que 
Logo o coronel morreria, 
acontecesse ou não aquela 
fatalidade.
O diplomata 
• Casa de João Viegas e D. Adelaide. 
• Alguns amigos se divertem na noite de São João. 
• Um deles é Sr. Rangel, conhecido como 
“diplomático”, dada a sua polidez, solteiro (41) 
• Sonhos. Cá fora, porém, todas as suas proezas 
eram fábulas. Na realidade, era pacato e discreto. 
• Aguarda o momento ideal para entregar à moça 
uma carta para Joaninha (19), filha dos donos da 
casa, declarando-se. Já teve duas ou três ocasiões 
boas, mas vai sempre espaçando; a noite é tão 
comprida! 
•Chega um convidado a muito esperado, Calisto, 
trazendo com ele um rapaz chamado Queirós.
• Queirós, jovem e bonito, atrai olhares de Joaninha. 
• Teso na cadeira, o Rangel estava atônito. Donde 
vinha esse furacão? 
• Todos pedem que Rangel ‘puxe’ o brinde. Ele vê o 
clima entre Joaninha e Queirós. Perde a linha. 
Confunde-se. Usa frases já ditas em outros discursos. 
• Queirós se pronuncia. Pede brinde também a D. 
Adelaide. Grandes aplausos para esta lembrança. 
• Após a ceia, Rangel convida Joaninha para jogarem 
cartas. 
• Vê Joaninha e Queirós se despedindo. Ligação. 
• Otelo? 
• Seis meses depois, Rangel será testemunha no 
casamento entre Joaninha e Queirós.
Mariana 
Capítulo I 
• Que será feito de Mariana? 
• Após dezoito anos vivendo na Europa, Evaristo, 
agora com 53 anos, retorna ao Rio. 
• Teve desejo de vê-la. Soube que vivia e morava na 
mesma casa em que a deixou, rua do Engenho Velho; 
mas não aparecia há alguns meses, por causa do 
marido, Xavier, que estava mal, parece que à morte. 
Capítulo II 
• Procura Mariana. Enquanto aguarda, Evaristo olha 
retrato dela parede. 
• Recorda-se do passado: tempo passado em sua 
companhia, dos amores, do ciúme que teve de Xavier.
• Segundo a moça dizia, o tempo havia dissolvido o 
amor pelo marido. 
•Mariana o recebe sem entusiasmo algum, 
deixando-o confuso com tal indiferença. 
Capítulo III 
• O marido de Mariana morre. Ela sofre 
muitíssimo, o que confunde a cabeça de Evaristo. 
• Evaristo encontra Mariana na rua. Cumprimenta-a, 
mas ela não corresponde. 
• Ele acaba retornando a Paris. 
• - Cousas de teatro, disse Evaristo ao autor, para 
consolá-lo. Há peças que caem. Há outras que 
ficam no repertório.
Conto de escola 
• Narrador em 1ª pessoa: relembra infância, as 
sovas do pai e a escola. 
• Um dia chega atrasado (foi por causa das sovas). 
Consegue entrar antes do professor Pilar. 
• O mestre passa aos alunos a tarefa do dia e se 
põe a ler os jornais. 
• A situação política é grave: 1840: golpe da 
maioridade de D. Pedro. 
• Enquanto isso, Raimundo, filho do professor, 
propõe: daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto 
da lição de sintaxe. 
• Outro aluno, Curvelo, ouve a conversa. 
• Aceita a proposta.
• Pipa no céu: devaneios. 
• Voz do mestre: Realidade. 
• Curvelo na mesa do mestre. 
• Professor chama Curvelo e o filho. 
• Atira a moeda pela janela. 
• Palmatória. 
• Narrador deseja vingar-se de Curvelo, bater. 
• Curvelo some ao término da aula. 
• No dia seguinte, vai mais cedo à escola: quer 
encontrar a mo-edinha. 
• No meio do caminho: batalhão de fuzileiros e 
resolve seguir a batida do tambor, esquecendo-se 
da escola.
Um apólogo 
• A agulha, arrogante, conta vantagem de sua 
vida, menosprezando a linha. 
• A linha não respondia nada; ia andando. Buraco 
aberto pela agulha era logo enchido por ela, 
silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e 
não está para ouvir palavras loucas. 
• Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A 
costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a 
agulha espetada no corpinho, para dar algum 
ponto necessário. 
•- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no 
corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da 
elegância? [...]
• Parece que a agulha não disse nada; mas um 
alfinete, de cabeça grande e não menor 
experiência, murmurou à pobre agulha: 
• - Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir 
caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, 
enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze 
como eu, que não abro caminho para ninguém. 
Onde me espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de 
melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - 
Também eu tenho servido de agulha a muita 
linha ordinária!
D. Paula 
• Presença ilustre da tia: Dona Paula (que raramente 
desce da Tijuca). 
• Venancinha, a sobrinha, chora copiosamente: briga 
com o marido, Conrado. Ciúme da esposa com Vasco. 
Falou em separação. 
• D. Paula conversa com Conrado para amenizar a 
situação. Propôs levar Venancinha com ela, para 
colocar juízo na sobrinha. A esposa passaria 2 meses 
na Tijuca. 
• D. Paula teve uma vertigem. Vasco Maria Portela era 
filho de um diplomata homônimo com quem ela 
mantivera uma relação adúltera. 
• As duas mulheres seguem para a casa na Tijuca.
• 2 semanas depois, Conrado vem visitá-las. Vai 
perdoar as esposa, mas insinua certo desprezo 
por ela, o que deixa Venancinha com muito 
medo de perder o marido. 
• No dia seguinte, passeio e Venancinha 
esconde-se de um jovem que por ali passa. 
•D. Paula tudo compreende: o rapaz se parece 
muito com o pai: lembra o passado, seus 
amores. As lembranças são vagas. Usa as 
emoções presentes da sobrinha para tentar 
reviver as emoções do passado. 
• Na noite seguinte, Venancinha confidencia à 
tia o flerte vivido.
Viver 
• Fim dos tempos. Ahasverus: medita, depois 
sonha. Vai declinando o dia. 
• Ahasverus é o último dos homens e se despede 
da Terra, “lugar de mui-ta miséria e pouca 
diversão”. 
• Espanto, ainda ouve uma voz: Prometeu ainda 
resiste. 
• Ahasverus conta sua história: Por ter ofendido a 
Cristo, foi condenado a vagar sem destino pela 
Terra. 
• Amaldiçoa Prometeu, por ter roubado o fogo 
sagrado dos deuses e que sugere a vida nos seres 
humanos = criador da raça humana.
• O último dos homens deseja castigar Prometeu 
acorrentado-o a uma rocha, uma águia lhe 
devoraria o fígado. Hércules, entretanto, o livrou 
desse tormento. 
• Ahasverus acorrenta Prometeu novamente à 
rocha, mas este lhe diz que o judeu será o seu 
novo Hércules. 
• Prometeu diz então a Ahasverus as maravilhas 
que estão por vir: o último dos homens será o rei 
de uma nova raça; raça esta que não conhecerá 
nem 
a dor nem o desespero. Fascinado pelas 
promessas, o judeu o liberta.
O Cônego ou a metafísica do estilo 
• Matias, cônego muito atarefado, aceita a missão de 
escrever sermão para cerimônia pública. 
• Começa. Ausência de um adjetivo plenamente 
adequado a um substantivo interrompe sua 
composição. 
• NARRADOR CONVERSA COM O LEITOR: convida o 
leitor a entrar na mente do cônego. 
• Na mente do padre: observar movimentação 
interna e externa. A inspiração. Narrador constrói 
explicações para o ato da criação. Silogismo: 
argumento formado de três proposições; a maior, a 
menor (premissas) e a conclusão deduzida da maior, 
por intermédio da menor.
• Sugere: processo de criação pode ser motivado por 
um desejo sexual inconsciente. 
• Caminho difícil e intrincado das palavras pela cabeça 
do padre. 
• CONVERSA COM O LEITOR. 
• O cônego se levanta, olha pela janela, volta ao texto, 
sorri de suas próprias ideias, até que, finalmente, 
encontra a palavra desejada. 
• Estremece. O rosto ilumina-se. A pena cheia de 
comoção e respeito completa o substantivo com o 
adjetivo. Sílvia caminhará agora ao pé de Sílvio, no 
sermão que o cônego vai pregar um dia destes, e irão 
juntinhos ao prelo, se ele coligir os seus escritos, o 
que não se sabe.

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Várias histórias

  • 1. Várias Histórias Machado de Assis Profaª Josi Motta 2014
  • 2. Obra: Várias Histórias Autor: Machado de Assis Ano: 1896 Escola: Realismo Gênero: Narrativo – contos Estrutura: 16 contos Narrador: 3ª pessoa na maioria das histórias, exceto em: Entre santos, Conto de escola e O enfermeiro, narrados em 1ª pessoa. Temas: Triângulo amoroso, impossibilidade humana diante da força do destino, vícios e virtudes, puberdade, vaidade, comportamento humano, consciência, futilidade, etc. Características: humor, ironia, crítica.
  • 3. A cartomante •Ação: Rita foi ao cartomante, Camilo não acredita. • Apresentação posterior: os homens eram amigos. • Morte da mãe de Camilo: os dois mostraram-se grandes amigos dele. Vilela cuidou do enterro e do inventário; Rita tratou especialmente do coração, e ninguém o faria melhor. • Carta anônima para Camilo – menos visitas daí em diante. Rita procura cartomante. • Bilhete de Vilela a Camilo. Vem já! • Carroça impede seguir trajeto. • Para em frente à cartomante. Consulta. Alívio. Alto preço pago. • Chega na casa.
  • 4.
  • 5. Entre Santos QUANDO EU ERA [1ª pessoa] capelão de S. Francisco de Paula (contava um padre velho) aconteceu-me uma aventura extraordinária. • Os santos haviam descido dos altares e estavam conversando entre eles, comentando os pedidos que os homens haviam feito durante o dia. • Caso da adúltera (luxúria) e do Sr. Sales: ganância.
  • 6. Uns Braços • Inácio [15 anos] foi morar na casa de Borges, que vivia com a D. Severina [27]. O pai do menino pretendia que o filho aprendesse um ofício burocrático. • Dona Severina percebe que os seus braços são a causa da distração do rapaz e começa a tratá-lo melhor. • Num domingo, Inácio dormia e sonhava com D. Severina: a mulher vinha lhe beijar. Sonho realidade se misturam, uma vez que ela realmente beijou o rapaz [depois se arrepende. • Término: garoto vai embora, ela não se despede dele.
  • 7. Um homem célebre •Senhor Pestana: compositor de polcas, sucesso dos saraus. Renúncia. Quer compor algo sério. Casa-se com uma cantora ‘tísica’, tuberculosa. • Nem a morte da esposa fornece-lhe a inspiração para a composição de um réquiem que ele contava executar para celebrar o primeiro ano do aniversário da morte da esposa. • Dois anos se passam desde a morte. • Procurado pelo seu editor, devido à necessidade financeira, aceita compor umas polcas.
  • 8. A desejada das gentes • Diálogo: Narrador e um amigo. Assunto: Recordações da juventude: Quintília. Despertava paixão nos rapazes. Descartou várias propostas de casamento eram descartados. • Aposta: quem se casar com a moça. Narrador ou João Nóbrega? • A paixão pela moça afasta os dois amigos. • João Nóbrega, rejeitado, abandonou o Rio de Janeiro e mudou-se para o sertão da Bahia. Faleceu em menos de 4 anos.
  • 9. • Morre pai do narrador e o tio de Quintília Aproximam-se. Narrador deseja conquistá-la, ela quer apenas amizade. • Narrador se declara e é rejeitado. Ela se afasta. • Quintília escreve ao narrador pedindo o retorno do amigo. Ele aceita. • Quintília adoece. • À beira da morte, dois dias antes de morrer ela se decide casar com o narrador. Este apenas lhe fez companhia até a hora fatal.
  • 10. A causa secreta • Silêncio constrangedor entre os personagens. Narrador volta 2 anos no tempo. Compreenderemos. Garcia, um jovem estudante de medicina, viu Fortunato pela primeira vez na porta da Santa Casa e depois no teatro quando, na saída, o viu distribuir bengaladas aos cães que dormiam pelas calçadas. • Semanas depois, Garcia ouviu ruídos no andar de baixo. Ao descer, deparou com Fortunato, que socorria um homem que acabara de ser esfaqueado. • Com a chegada de um médico e de um subdelegado, Fortunato dá o seu depoimento e passa a auxiliar o médico e o estudante de medicina nos curativos da vítima.
  • 11. • Fortunato visita a vítima nos dias seguintes. Quando a vítima melhora, desaparece. • A vítima vai visitá-lo para agradecer, mas é mal recebido por este, saindo humilhado. • Tempos depois, estando Garcia já formado, reencontram-se. Fortunato o convida para um jantar no domingo, informando-lhe que está casado há quatro meses. • Garcia percebe que a esposa de Fortunato, Maria Luísa, tem medo dele. Ela se admira ao saber da história. • Garcia e Fortunato decidem abrir uma clínica.
  • 12. • Na clínica, Fortunato desperta admiração de todos pelo empenho com que se dedica aos enfermos, mesmo aos que sofrem das moléstias mais graves. • Seu interesse se estende também à anatomia, e ele passa a dissecar animais em casa, para desespero de sua esposa. • Maria Luísa pede a Garcia que convença o marido a parar com as dissecações em casa, o que o médico consegue. • Garcia visita o casal. Desespero da mulher: Fortunato, segurava um rato pelo cordão e com uma tesoura amputava-lhe as patas e cauteri-zava as feridas nas chamas que se desprendiam de uma tigela com álcool.
  • 13. • Fortunato acaba por matar o animal e dá uma desculpa. • A narrativa retorna à cena inicial. • Desfecho é dado pela doença e depois morte de Maria Luísa. Antes, porém, Garcia sente nascer o amor pela esposa de seu sócio. • Fortunato acompanha toda a agonia da esposa, procurando auxiliá-la sempre. Na noite do velório, Garcia não consegue reprimir o amor que sentia por ela e acaba por romper em prantos e lágrimas. “Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.”
  • 14. Trio em Lá Menor I ADAGIO CANTABILE • A avó e sua neta, Maria Regina. • Maria Regina amava dous homens ao mesmo tempo: Maciel (27) e Miranda (50) • A visita dos dois homens (que a namoravam de pouco) durou cerca de uma hora. Maria Regina conversou alegremente com eles, e tocou ao piano uma peça clássica, uma sonata, que fez a avó cochilar um pouco. No fim discutiram música. • Som da Sonata
  • 15. II ALLEGRO MA NON TROPPO • Carruagem com Maria Rita derruba um menino. • Maciel socorre o ferido. • Ela leva o menino para casa. • Maria Rita passa a admirar Maciel. III ALLEGRO APPASSIONATO • As novidade de Maciel. Histórias. • Maria Regina: misto de admiração e fastio. • Decisão: Tratou de combinar os dous homens, o presente com o ausente, olhando para um, e escutando o outro de memória; recurso violento e doloroso, mas tão eficaz, que ela pôde contemplar por algum tempo uma criatura perfeita e única.”
  • 16. • Eis que chega Miranda. Cinquenta anos, alto e seco. Fisionomia dura e gelada. Maciel sai. • Conversa: Vó, neta e Miranda. Assunto? O acidente. Frieza de Miranda. • Maria Rita fica a comparar os dois. Reflete. IV MINUETTO • Os dias passam. • Maciel e Miranda desconfiam. • Maria Rita percebeu que tudo estava acabado. • Tinha lido de manhã, em uma notícia. • Sonata.
  • 17. Adão e Eva • Senhora de engenho, na Bahia, Leonor. • À mesa, anuncia aos convidados: certo doce. • Um dos convidados logo quis saber o que era. A dona da casa o chama de curioso. “Quem é mais curioso, homem ou mulher?” “A perda do paraíso é responsabilidade de quem: Adão ou Eva? “ • As senhoras diziam que a Adão, os homens que a Eva, menos o juiz-de-fora, que não dizia nada, e Frei Bento, carmelita. • O tal convidado, juiz-de-fora, chamado Veloso, diz • Criação do mundo foi ideia do Diabo, mas para cada criação do Diabo, Deus realizou também uma criação. O Diabo criou as trevas, Deus fez a luz.
  • 18. • O Diabo criou o homem e a mulher, mas foi Deus que lhes atribuiu uma alma e os transportou para o Paraíso • O Diabo, como não poderia entrar no Paraíso, para lá enviou a serpente, com a missão de levar ao casal à tentação. Adão e Eva resistem à tentação. Deus, feliz, mandou-os direto para os céus. • Ele estende o prato que D. Leonor lhe servisse mais doce...
  • 19. O enfermeiro • Narrador personagem: Procópio José Gomes Valongo, à beira da morte, conta uma passagem importante de sua vida. • Agosto de 59: Procópio vai ser enfermeiro no interior. Péssimas informações sobre o paciente, Coronel Felisberto. • No oitavo dia lá, o paciente começa a maltratá-lo e humilhá-lo, como havia feito com os enfermeiros anteriores. Bengaladas. Discussões, injúrias e seguiam por dias. • O dinheiro ganho era guardado visando voltar à Corte. No fim de 3 meses estava farto, queria ir embora. Coronel convence-o a ficar.
  • 20. • Coronel cada vez mais perto da morte. Faz testamento. • Decidiu sair dentro de 1 mês. • Noite de 24/08/1859: Coronel rejeita prato de mingau e joga na parede. Às 23h vai para o quarto. Às 24h, Procópio devia acordá-lo, mas estando no quarto do doente, pegara no sono lendo um romance. • É acordado aos gritos pelo velho, que lhe atira uma moringa. Atingiu a face de Procópio. O enfermeiro, furioso, luta com o Coronel e mata-o. • Deixa o quarto. Fantasma da culpa. • Pela manhã, manda comunicar o falecimento do Coronel Felisberto.
  • 21. • Calmamente Procópio prepara o corpo do defunto escondendo as marcas que estavam no pescoço do Coronel. • Medo de ser descoberto. Angústia. As demais pessoas acreditam que é sinal de afeto pelo defunto. Atormentado, retorna à Corte. Lá, as pessoas também interpretam o jeito do homem como sinal de amizade ao falecido. • Dias depois, a notícia: o Coronel Felisberto havia feito um testamento e deixado toda sua fortuna para Procópio José Gomes Valongo. • Primeiro achou que fosse uma armadilha. Percebe não ter sentido a hipótese.
  • 22. • Retorna à Vila. Pânico. Pensa em desistir, mas as pessoas desconfiariam. Pensa em doar aos pobres. Muda de ideia. • Aos poucos a consciência ameniza a culpa: coronel já estava velho e doente. Incidente poderia ser coincidência, poderia ele ter morrido aquela noite (sem agressão do enfermeiro) Procópio faz algumas doações à igreja e à Santa Casa e manda erguer um túmulo ao Coronel. Em seguida, retorna ao Rio de Janeiro. • Por fim, Procópio pensa que Logo o coronel morreria, acontecesse ou não aquela fatalidade.
  • 23. O diplomata • Casa de João Viegas e D. Adelaide. • Alguns amigos se divertem na noite de São João. • Um deles é Sr. Rangel, conhecido como “diplomático”, dada a sua polidez, solteiro (41) • Sonhos. Cá fora, porém, todas as suas proezas eram fábulas. Na realidade, era pacato e discreto. • Aguarda o momento ideal para entregar à moça uma carta para Joaninha (19), filha dos donos da casa, declarando-se. Já teve duas ou três ocasiões boas, mas vai sempre espaçando; a noite é tão comprida! •Chega um convidado a muito esperado, Calisto, trazendo com ele um rapaz chamado Queirós.
  • 24. • Queirós, jovem e bonito, atrai olhares de Joaninha. • Teso na cadeira, o Rangel estava atônito. Donde vinha esse furacão? • Todos pedem que Rangel ‘puxe’ o brinde. Ele vê o clima entre Joaninha e Queirós. Perde a linha. Confunde-se. Usa frases já ditas em outros discursos. • Queirós se pronuncia. Pede brinde também a D. Adelaide. Grandes aplausos para esta lembrança. • Após a ceia, Rangel convida Joaninha para jogarem cartas. • Vê Joaninha e Queirós se despedindo. Ligação. • Otelo? • Seis meses depois, Rangel será testemunha no casamento entre Joaninha e Queirós.
  • 25. Mariana Capítulo I • Que será feito de Mariana? • Após dezoito anos vivendo na Europa, Evaristo, agora com 53 anos, retorna ao Rio. • Teve desejo de vê-la. Soube que vivia e morava na mesma casa em que a deixou, rua do Engenho Velho; mas não aparecia há alguns meses, por causa do marido, Xavier, que estava mal, parece que à morte. Capítulo II • Procura Mariana. Enquanto aguarda, Evaristo olha retrato dela parede. • Recorda-se do passado: tempo passado em sua companhia, dos amores, do ciúme que teve de Xavier.
  • 26. • Segundo a moça dizia, o tempo havia dissolvido o amor pelo marido. •Mariana o recebe sem entusiasmo algum, deixando-o confuso com tal indiferença. Capítulo III • O marido de Mariana morre. Ela sofre muitíssimo, o que confunde a cabeça de Evaristo. • Evaristo encontra Mariana na rua. Cumprimenta-a, mas ela não corresponde. • Ele acaba retornando a Paris. • - Cousas de teatro, disse Evaristo ao autor, para consolá-lo. Há peças que caem. Há outras que ficam no repertório.
  • 27. Conto de escola • Narrador em 1ª pessoa: relembra infância, as sovas do pai e a escola. • Um dia chega atrasado (foi por causa das sovas). Consegue entrar antes do professor Pilar. • O mestre passa aos alunos a tarefa do dia e se põe a ler os jornais. • A situação política é grave: 1840: golpe da maioridade de D. Pedro. • Enquanto isso, Raimundo, filho do professor, propõe: daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de sintaxe. • Outro aluno, Curvelo, ouve a conversa. • Aceita a proposta.
  • 28. • Pipa no céu: devaneios. • Voz do mestre: Realidade. • Curvelo na mesa do mestre. • Professor chama Curvelo e o filho. • Atira a moeda pela janela. • Palmatória. • Narrador deseja vingar-se de Curvelo, bater. • Curvelo some ao término da aula. • No dia seguinte, vai mais cedo à escola: quer encontrar a mo-edinha. • No meio do caminho: batalhão de fuzileiros e resolve seguir a batida do tambor, esquecendo-se da escola.
  • 29. Um apólogo • A agulha, arrogante, conta vantagem de sua vida, menosprezando a linha. • A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. • Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. •- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? [...]
  • 30. • Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: • - Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
  • 31. D. Paula • Presença ilustre da tia: Dona Paula (que raramente desce da Tijuca). • Venancinha, a sobrinha, chora copiosamente: briga com o marido, Conrado. Ciúme da esposa com Vasco. Falou em separação. • D. Paula conversa com Conrado para amenizar a situação. Propôs levar Venancinha com ela, para colocar juízo na sobrinha. A esposa passaria 2 meses na Tijuca. • D. Paula teve uma vertigem. Vasco Maria Portela era filho de um diplomata homônimo com quem ela mantivera uma relação adúltera. • As duas mulheres seguem para a casa na Tijuca.
  • 32. • 2 semanas depois, Conrado vem visitá-las. Vai perdoar as esposa, mas insinua certo desprezo por ela, o que deixa Venancinha com muito medo de perder o marido. • No dia seguinte, passeio e Venancinha esconde-se de um jovem que por ali passa. •D. Paula tudo compreende: o rapaz se parece muito com o pai: lembra o passado, seus amores. As lembranças são vagas. Usa as emoções presentes da sobrinha para tentar reviver as emoções do passado. • Na noite seguinte, Venancinha confidencia à tia o flerte vivido.
  • 33. Viver • Fim dos tempos. Ahasverus: medita, depois sonha. Vai declinando o dia. • Ahasverus é o último dos homens e se despede da Terra, “lugar de mui-ta miséria e pouca diversão”. • Espanto, ainda ouve uma voz: Prometeu ainda resiste. • Ahasverus conta sua história: Por ter ofendido a Cristo, foi condenado a vagar sem destino pela Terra. • Amaldiçoa Prometeu, por ter roubado o fogo sagrado dos deuses e que sugere a vida nos seres humanos = criador da raça humana.
  • 34. • O último dos homens deseja castigar Prometeu acorrentado-o a uma rocha, uma águia lhe devoraria o fígado. Hércules, entretanto, o livrou desse tormento. • Ahasverus acorrenta Prometeu novamente à rocha, mas este lhe diz que o judeu será o seu novo Hércules. • Prometeu diz então a Ahasverus as maravilhas que estão por vir: o último dos homens será o rei de uma nova raça; raça esta que não conhecerá nem a dor nem o desespero. Fascinado pelas promessas, o judeu o liberta.
  • 35. O Cônego ou a metafísica do estilo • Matias, cônego muito atarefado, aceita a missão de escrever sermão para cerimônia pública. • Começa. Ausência de um adjetivo plenamente adequado a um substantivo interrompe sua composição. • NARRADOR CONVERSA COM O LEITOR: convida o leitor a entrar na mente do cônego. • Na mente do padre: observar movimentação interna e externa. A inspiração. Narrador constrói explicações para o ato da criação. Silogismo: argumento formado de três proposições; a maior, a menor (premissas) e a conclusão deduzida da maior, por intermédio da menor.
  • 36. • Sugere: processo de criação pode ser motivado por um desejo sexual inconsciente. • Caminho difícil e intrincado das palavras pela cabeça do padre. • CONVERSA COM O LEITOR. • O cônego se levanta, olha pela janela, volta ao texto, sorri de suas próprias ideias, até que, finalmente, encontra a palavra desejada. • Estremece. O rosto ilumina-se. A pena cheia de comoção e respeito completa o substantivo com o adjetivo. Sílvia caminhará agora ao pé de Sílvio, no sermão que o cônego vai pregar um dia destes, e irão juntinhos ao prelo, se ele coligir os seus escritos, o que não se sabe.