SlideShare a Scribd company logo
1 of 42
Download to read offline
Universidade Salgado de Oliveira
Apoio:
Niterói – RJ / Brasil
04 a 06 de outubro de 2016
Sumário
Programação ......................................................................................................................................................3
SESSÃO COORDENADA 1: DITADURAS, MEMÓRIAS E EXÍLIOS........................................................4
SESSÃO COORDENADA 2: INTELECTUAIS E IDEIAS EM TRÂNSITO.................................................8
SESSÃO COORDENADA 3: TRÁFICO, ESCRAVIDÃO E MESTIÇAGENS ...........................................12
SESSÃO COORDENADA 4: RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE EM TRÂNSITO.......................................15
SESSÃO COORDENADA 5: E/IMIGRAÇÃO..............................................................................................17
SESSÃO COORDENADA 6: CIDADES E SEUS MOVIMENTOS.............................................................28
SESSÃO COORDENADA 7: GOVERNOS E PRÁTICAS POLÍTICAS......................................................32
SESSÃO COORDENADA 8: MOVIMENTOS SOCIAIS E SEUS DESDOBRAMENTOS........................35
SESSÃO COORDENADA 9: HISTÓRIA MILITAR E FRONTEIRAS .......................................................40
3
Programação
04/out 05/out 06/out
09:00h - Conferência de Abertura
(Sala UNIVERSO, 1º andar) 09:00h - Pôsters (Hall de entrada) 09:00h - Pôsters (Hall de entrada)
10:00h - Mesa 1 (Sala UNIVERSO,
1º andar) 10:00h - Mesa 2 (Museu do Ingá)
10:00h - Mesa 3 (Núcleo de Práticas
Jurídicas, 1º andar)
12:30 - Intervado para Almoço. 12:30 - Intervado para Almoço. 12:30 - Intervado para Almoço.
14:00h - Minicursos 14:00h - Sessões Coordenadas 14:00h - Sessões Coordenadas
Sessão 1 (Sala A)
Sessão 1 (Sala A)
Sessão 2 (Sala 705) Sessão 2 (Sala 705)
Sessão 4 (Sala 706) Sessão 3 (Lab de Observações)
Sessão 5A (Sala 701) Sessão 5A (Sala 701)
Sessão 5B (Sala 704) Sessão 5B (Sala 704)
Sessão 6 (Sala 703)
Sessão 7 (Sala 706)
Sessão 8 (Sala 702)
Sessão 9 (Sala de Observações)
15:30 - Coffee Break 15:30 - Coffee Break 15:30 - Coffee Break
Sessão 1 (Sala A)
Sessão 1 (Sala A)
Sessão 2 (Sala 705) Sessão 2 (Sala 705)
Sessão 4 (Sala 706) Sessão 3 (Lab de Observações)
Sessão 5A (Sala 701) Sessão 5A (Sala 701
Sessão 5B (Sala 704) Sessão 5B (Sala 704)
Sessão 6 (Sala 703)
Sessão 7 (Sala 706)
Sessão 8 (Sala 702)
Sessão 9 (Sala de Observações)
18:00h - Conferência de
Encerramento (Sala UNIVERSO)
14:00h - Minicursos (Salas 701 e 702)
16:00h - Minicursos (Salas 701 e 702)
Sessão 8 (Sala 702)
Sessão 6 (Sala 703)
Sessão 6 (Sala 703)
Sessão 8 (Sala 702)
4
SESSÃO COORDENADA 1: DITADURAS, MEMÓRIAS E EXÍLIOS
Maurício Parada (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
mparada@ig.com.br
Soledad Lastra (Universidad Nacional de La Plata)
lastra.soledad@gmail.com
5 de outubro, sala A, 7º andar (14:00 até 17:30)
SOBRE LAS IZQUIERDAS LATINOAMERICANAS Y SU RELACION CON EL DERECHO DE
ASILO DURANTE EL SIGLO XX
Cristina Mansilla Decesari
Investigadora independiente /Uruguay
tarresuy@yahoo.com
Las izquierdas latinoamericanas sufrieron en el Siglo XX, una tenaz persecución por parte de estamentos
gubernamentales. Suprimir la diferencia que amenazaba con corromper la imagen de sociedad construida por
los detentadores del poder se volvió tempranamente una política de estado. El destierro, la deportación, el
exilio se constituyeron en las formas principales de eliminar las disidencias. Las izquierdas del continente a
lo largo del siglo fueron variando su relación con el derecho de asilo. Los vaivenes de la misma con este
instrumento de protección en función de sus presupuestos ideológicos y sus estrategias es el objeto de este
artículo.
“I WALK DOWN PORTOBELLO ROAD... I’M ALIVE”: A COMUNIDADE DE EXÍLIO
BRASILEIRA EM LONDRES (1968-1972)
Leon Kaminski
Doutorando em História – UFF/Bolsista Capes
kaminski.historia@gmail.com
Após a Segunda Guerra Mundial, Londres sofreu diversas transformações. Passou de aristocrática à cidade
moderna, democrática e jovem: a Swinging London. Foi um dos centros da contracultura internacional,
atraindo pessoas do mundo inteiro, inclusive brasileiros que fugiam, forçada ou voluntariamente, do arbítrio
ditatorial. Neste trabalho, analisaremos a comunidade de exilados brasileiros em Londres, entre 1968 e 1972,
suas experiências e relações com o imaginário e práticas contraculturais. Relações essas que a diferenciavam
de comunidades exiliares brasileiras em outros países. Além de livros de memórias, utilizamos cartas, crônicas
e entrevistas publicadas na imprensa alternativa brasileira da época como fontes.
A MEMÓRIA SOBRE O EXÍLIO BRASILEIRO NA ARGÉLIA (1964-1979): CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
Débora Strieder Kreuz
Doutoranda em História – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
debora_kreuz@yahoo.com.br
O presente trabalho, fruto da inicial pesquisa sobre o exílio brasileiro na Argélia entre 1964 e 1979, busca
compreender e problematizar a experiência exilar enquanto parte das inúmeras vivências que compõe a vida
daqueles que militaram contra a ditadura, aspecto que muitas vezes é negligenciado pela historiografia.
Atentaremos para a forma como a memória sobre o período no país recém independente e na busca pela
construção de um socialismo sui generis é ressignificada e apresentada. Para a realização da proposta utiliza-
se como fontes obras de memória produzidas e entrevistas realizadas pela autora, amparadas
metodologicamente pelo que preconiza a História Oral.
5
O EXÍLIO DOS “INDESEJÁVEIS” E O RETORNO AO BRASIL: APONTAMENTOS DE
PESQUISA
Denise Felipe Ribeiro
Doutoranda pelo PPGH/UFF
df.ribeiro@gmail.com
Em 1979, em meios aos debates que eram travados acerca do projeto de anistia política, o regime ditatorial
estabeleceu uma série de procedimentos a serem adotados diante do retorno dos exilados e banidos. Além
desses procedimentos, uma lista de exilados “indesejáveis” foi definida. Estes, caso retornassem ao Brasil,
deveriam ser submetidos a procedimentos mais rígidos. Os “indesejáveis” representavam diferentes vertentes
das esquerdas do pré-1964. Procuraremos observar como ocorreu e quais foram as formas de resistência de
diferentes setores em relação ao retorno desses personagens ao Brasil e a sua reinserção na política nacional.
UNA EXPLORACIÓN DE LAS TENSIONES ENTRE LAS CATEGORÍAS ANALÍTICAS Y LA
MIRADA NATIVA EN TORNO A LA CONDICIÓN DE EXILIADO.
Ana Inés Seitz
CONICET/UNLP/UNS
anaiseitz@gmail.com
El presente trabajo procura, a través del estudio de una trayectoria individual, reflexionar sobre los modos en
que las definiciones sobre la condición del exilio se ponen en tensión con las maneras en que los emigrantes
políticos dan sentido a su experiencia. A partir del análisis de una historia de vida, la de un joven estudiante
secundario que de manera forzosa debe abandonar la Argentina a principios de 1977 -en el marco de la última
dictadura militar (1976/1983)-, y que actualmente no se define a sí mismo como exiliado, nos proponemos
reflexionar sobre las tensiones entre la mirada nativa y las categorías analíticas.
LAS DICTADURAS DEL CONO SUR Y LOS RETORNOS DE SUS EXILIADOS. LOS CASOS DE
BRASIL, CHILE Y ARGENTINA.
Dra. María Soledad Lastra
IDAES-UNSAM/ FAHCE-UNLP/ CONICET
lastra.soledad@gmail.com
Esta ponencia recorre cómo fueron los retornos del exilio durante las dictaduras del Cono Sur, concentrándose
en los casos de Chile, Brasil y Argentina de forma comparada. Se propone analizar cuáles fueron las respuestas
o medidas que tomaron los gobiernos dictatoriales / autoritarios ante la posibilidad de que regresaran sus
exiliados. A partir del análisis de las medidas legales desplegadas sobre los exiliados por las dictaduras de los
países mencionados, esta ponencia trabaja sobre la hipótesis de que los retornos fueron recursos y estrategias
políticas para canalizar conflictos internos y externos que fueron transitando los regímenes autoritarios de la
región.
6 de outubro, sala A, 7º andar (14:00 até 17:30)
LA CARRERA DE SOCIOLOGÍA DE LA UNIVERSIDAD DE CHILE DURANTE EL PROCESO
DE INTERVENCIÓN UNIVERSITARIA (1973-1989): UNA APROXIMACIÓN A PARTIR DE LOS
ARCHIVOS DE LAS CARRERA Y LOS DEL ARCHIVO ANDRÉS BELLO
Alina Donoso Oyarzún
Estudiante Doctorado en Estudios Interdisciplinarios sobre Pensamiento, Cultura y Sociedad (DEI-UV).
Universidad de Valparaíso.
alina.donoso@postgrado.uv.cl; alinadonoso@gmail.com
El estudio sistemático de la "universidad intervenida" chilena ha sido poco abordado. Empero, durante los
años ochenta esto fue analizado por Brunner y Garretón, quienes estudiaron la educación superior, la
universidad bajo la dictadura y los efectos en la sociología, siendo ésta prácticamente la única disciplina
analizada en este contexto. En los últimos años ha habido un renovado interés por estudiar esta problemática,
sobre todo, en la Universidad de Chile, debido al hallazgo de documentos administrativos de la época. Esta
ponencia tiene por objetivo estudiar la carrera de sociología a partir de los documentos y archivos
administrativos correspondientes a la misma.
6
PASTOR DOS BONS E DOS MAUS: O CARDEAL DOM EUGÊNIO SALES E A REDE DE
PROTEÇÃO CARIOCA AOS EXILADOS SUL AMERICANOS DURANTE AS DITADURAS DE
SEGURANÇA NACIONAL (1976 - 1982)
Walter Ângelo Fernandes Aló
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
waaflo@gmail.com
O presente artigo busca reconstituir a atuação “silenciosa” e ainda pouco conhecida do controvertido Cardeal
Dom Eugênio de Araújo Sales que, entre 1976 e 1982, no Rio de Janeiro, organizou e liderou, com seu
prestígio, uma rede de proteção e solidariedade que apoiou milhares de exilados sul americanos,
principalmente argentinos, fugidos do terror de suas respectivas ditaduras de segurança nacional.
Embora predomine ainda hoje uma visão historiográfica que situa Dom Eugênio como conservador na
doutrina católica e anticomunista, tentaremos demonstrar a valiosa contribuição do Cardeal na defesa dos
direitos humanos e na preservação de milhares de vidas naqueles tempos de arbítrio e violência política no
Cone Sul.
O CPAGB E A SEMANA DE SOLIDARIEDADE COM O POVO BRASILEIRO
Rodrigo Pezzonia
Doutorando USP/FAPESP
pezzonia@gmail.com
Em Portugal, após a Revolução dos Cravos, os brasileiros encontraram espaço de resistência e vivência em
um país onde a mesma língua e cultura embalaram os últimos anos de exílio. Em abril de 1977, sob a
organização do Comitê Pró-Amnistia Geral no Brasil, a Semana de Solidariedade com o Povo Brasileiro
demonstrou a relevância de Lisboa para com o combate à ditadura. Nesta Semana, opositores ao regime
brasileiro debateram sobre suas experiências de luta dentro e fora do país e promoveram as mais diversas
atividades culturais, tais como teatro, cinema e música foram utilizados como chamariz e peças de
compreensão e identificação com a cultura e política brasileira. Com nossa comunicação, pretendemos trazer
um pouco de luz a este relevante evento de combate à ditadura brasileira em terras estrangeiras.
DO BANIMENTO À LUTA PELA ANISTIA: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA ASSOCIAÇÃO DOS
ANISTIADOS POLÍTICOS E MILITARES DA AERONÁUTICA – GEUAR
Esther Itaborahy Costa
Doutoranda em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF
esther.icosta@yahoo.com.br
Aprovada há mais de três décadas, a Lei de Anistia é tida como um marco no processo de transição
democrática brasileira. Neste sentido, o objeto desta comunicação será a Associação dos Anistiados Políticos
Militares da Aeronáutica (GEUAr). A memória e as atuações dos atores sociais, mediadas pelo GEUAr,
ocupam lugar privilegiado nesta apresentação. Tendo como base empírica entrevistas com os membros do
GEUAr, buscamos compreender o processo de construção de suas memórias a respeito dos eventos ocorridos
no processo de desligamento da Aeronáutica, de suas lutas pela Anistia Política e no rearranjo que passaram
suas vidas desde então.
LOS MONOBLOCKS DE LA “REVOLUCIÓN ARGENTINA”: EL CASO DEL CONJUNTO
URBANO LUGANO I Y II (1966-1973)
Gabriela Gomes
Doctoranda en Historia por la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires
CONICET-UNGS /UBA
gabrieladaianagomes@gmail.com
En este trabajo, nos interesa dar cuenta el rol que jugó la política habitacional en la autodenominada
“Revolución Argentina” (1966-1973). Los militares pusieron en marcha la erradicación de los asentamientos
populares siguiendo los patrones de la arquitectura moderna, a la vez crearon grandes conjuntos habitacionales
como el Barrio Ejército de los Andes (1968-1978), destinados a la población marginal. “las casas del
7
Onganiato” se fueron convirtiendo en un instrumento destinado a normalizar los espacios cotidianos de los
sectores populares, “inculcando” nuevas formas de comportamiento y modos de habitar.
8
SESSÃO COORDENADA 2: INTELECTUAIS E IDEIAS EM TRÂNSITO
Ana Paula Barcelos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
anapaulabarcelos@gmail.com
Karoline Carula (Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
karolinecarula@yahoo.com.br
Maria Letícia Corrêa (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
leticiacorrea@globo.com
5 de outubro, sala 705, 7º andar (14:00 até 17:30)
FERREIRA DE ARAÚJO E GAZETA DE NOTÍCIAS NOS ANOS DE 1888 E 1889
George Luiz de Abreu Vidipó
Mestrando em História do Brasil da Universidade Salgado de Oliveira
historiavidipo@yahoo.com.br
Ferreira de Araújo, redator-chefe e proprietário do jornal Gazeta de Notícias, era médico por formação. Em
1875 fundou o jornal e se dedicou a ele em tempo integral. Sua riqueza e prestígio eram provenientes da
atividade jornalística.
O periódico, no último quartel do século XIX, foi um dos mais importantes do Rio de Janeiro. Marialva
Barbosa o classificou como um dos “Donos do Rio” devido a sua influência e poder.
Este artigo irá analisar o posicionamento de Ferreira de Araújo, na coluna “Cousas Politicas”, nos anos de
1888 e 1889, ano da Abolição e Proclamação da República.
UMA “EMPRESA ÚTIL, ELEVADA E PATRIÓTICA”: OS INTELECTUAIS E O MOVIMENTO
PELA ÓPERA NACIONAL NO RIO DE JANEIRO OITOCENTISTA
Avelino Romero Pereira
Professor de História da Música
(Instituto Villa-Lobos/UNIRIO)
romeroavelino@yahoo.com.br
Entre 1857 e 1863, a cena teatral no Rio de Janeiro foi agitada pela Ópera Nacional. Conforme as aspirações
civilizadoras e de nacionalização das artes acalentadas por intelectuais radicados na Corte, centrava-se na
encenação de espetáculos em língua portuguesa. A iniciativa coube a Araújo Porto-Alegre, então diretor da
Academia de Belas-Artes, e atrairia nomes como Francisco Manoel da Silva, Carlos Gomes, José de Alencar
e Machado de Assis. Pouco estudado pela historiografia musical, o projeto fracassaria em meio ao debate pela
imprensa e na Assembleia Nacional, entre a apreciação crítica dos espetáculos e as especulações sobre seu
financiamento e funcionamento.
MANOEL BOMFIM E A INSTRUÇÃO POPULAR COMO UM DIREITO DE TODOS
José Geraldo dos Santos
Mestrando em História – PPGH – UNIVERSO
geraldo.jgs@hotmail.com
Eduardo Silva dos Santos
Mestre em Educação – PPGEdu – UNIRIO
edaioros@hotmail.com
O presente trabalho tem como proposta analisar as obras literárias educacionais de Manoel Bomfim (1868-
1932), professor da Escola Normal do Distrito Federal e diretor do Pedagogium até o seu fechamento em
1919. Esse respeitado professor e autoridade educacional, foi um importante contra discurso ao negar a
cientificidade das teorias racialistas europeias e, foi mais além, ridicularizando os seus cultores no Brasil.
Bomfim criticou o egoísmo das classes dirigentes brasileiras e latino americanas que usaram a ciência
raciológica para manter grande parte do povo deste continente à margem da sociedade e do saber educacional.
9
O MAIS CÉLEBRE DE TODOS OS URUPÊS
Rodolfo Alves Pereira
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil da Universidade Salgado de Oliveira
prof.rodolfopereira@gmail.com
O presente trabalho analisará o processo de criação de um dos mais polêmicos personagens construídos por
Monteiro Lobato – o Jeca Tatu, descrito num artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo (1914).
Intitulado Urupês, o texto compara o Jeca ao fungo, um parasita que se alimentava de matéria morta extraída
dos troncos das árvores. Nossa investigação tentará descobrir quais motivações fizeram Lobato estabelecer tal
comparação entre duas formas de vida tão distintas e de onde teria vindo a ideia de tomar a expressão urupê
como título de seu artigo e depois de seu primeiro livro.
A RODA INTELECTUAL DA LIVRARIA JOSÉ OLYMPIO EDITORA E A CONSTRUÇÃO DE UM
PROJETO DE BRASIL
Ioneide Maria Piffano Brion de Souza
Doutoranda no Programa de Pós Graduação em História – UFJF
ioneide.piffano@gmail.com
O artigo busca apresentar uma das interpretações de Brasil: aquela orquestrada pela livraria José Olympio
editora e a roda intelectual que lá se instalou. Esta confluência deu continuidade a um debate que vinha desde
a Semana de Arte Moderna de 1922, sobre qual matriz regional expressaria a nacionalidade em construção no
Brasil. Foi a matriz nordestina, sob impulso da livraria José Olympio editora, que prevaleceu e foi
incorporando outras. Este artigo pretendeu abordar a relação entre os romancistas de 30 e a livraria José
Olympio para a formação de um retrato do que deveria ser o Brasil e os brasileiros.
O CONSTITUCIONALISMO HIPERFEDERALISTA E CONSERVADOR DE CAMPOS SALES
Wingler Alves Pereira
Universidade Federal Fluminense – Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional
(PPGDC/UFF)
wingler@gmail.com
A proposta consiste em apresentar o ideal do constitucionalismo de Campos Sales, Presidente da República
dos Estados Unidos do Brasil entre 1898 e 1902. Responsável pela idealização da Política dos Governadores,
da Política do Café Com Leite, e pela alteração da sistemática da Comissão de Verificação de Poderes da
Câmara dos Deputados, Campos Sales criou instituições políticas e constitucionais que definiram e marcaram
o establishment da República Velha até a Revolução de 1930. A proposta adota o marco teórico do pensamento
político e constitucional brasileiro, especialmente a partir dos estudos metodológicos do sociólogo e político
Alberto Guerreiro Ramos (1915-1982).
INTELECTUAIS E O DEBATE SOBRE O IBERISMO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
NACIONAL NO BRASIL.
Maria Emilia Prado.
Prof.ª Titular de História do Brasil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
emiprado@gmail.com
Para os intelectuais brasileiros, a questão da identidade nacional sempre se apresentou como um desafio e na
formulação de suas análises, a temática da manutenção/ruptura com o legado lusitano possui lugar destacado.
A adoção de medidas institucionais capazes de viabilizar a construção no Brasil do modelo político tido como
o da modernidade implicava na quebra dos modos tradicionais de construção do Estado e da sociedade.
O objetivo desta comunicação é analisar o modo como o conceito de identidade foi pensado por alguns
intelectuais a partir da valoração ou negação das raízes ibérias bem como através da busca por modelos de
sociedade e cultura.
10
6 de outubro, sala 705, 7º andar (14:00 até 17:30)
GUSTAVO BARROSO, O INTEGRALISMO E O “PROBLEMA JUDAICO”
Natalia dos Reis Cruz
Prof.ª Adjunto de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense
ndrc@globo.com
Este trabalho aborda o anti-semitismo no Brasil, na década de 30, analisando especificamente a doutrina anti-
semita de Gustavo Barroso, uma das lideranças mais proeminentes da Ação Integralista Brasileira (AIB),
movimento político e social de caráter fascista. Fazendo referência a um “problema judaico’’, Barroso tinha
uma postura abertamente racista, apesar de compartilhar com os demais lideres integralistas a negação do
racismo, em prol dos valores cristãos. Baseava sua rejeição aos judeus em uma Teoria das Raças, que
explicaria diversas fases da História da humanidade, e defendia uma Teoria da Conspiração judaica que
ajudaria a “legitimar’’ a solução do extermínio.
FASCISMO, CORPORATIVISMO E “AUTORITARISMO INSTRUMENTAL” NO PENSAMENTO
DE OLIVEIRA VIANNA
Fabio Gentile
Professor adjunto 3
Departamento de Ciências Sociais
Universidade Federal do Ceará (UFC)
fabio_gentile@ymail.com
O objetivo desse trabalho é fornecer novos elementos de reflexão sobre a complexa relação entre fascismo-
corporativismo e "autoritarismo instrumental" no pensamento de Oliveira Vianna, para explicar de forma mais
satisfatória como ele organizou na década de trinta sua apropriação do modelo corporativo fascista italiano
para organizar juridicamente o nacional desenvolvimentismo varguista.
FRANCISCO CAMPOS E O ESTADO NACIONAL: UM INTELECTUAL E SEU PENSAMENTO
POLÍTICO E SOCIAL
Nara Maria Carlos de Santana
Pós-Doutoranda CAPES-UFES; Professora de História do CEFET Petrópolis e professora do Mestrado em
Relações Étnico raciais do CEFET Maracanã
naramcs@gmail.com
O presente trabalho tem como objetivo analisar o papel de Francisco Campos, como intelectual e ideólogo do
Estado Novo e sua concepção de Estado Nacional. A proposta visa perceber os pontos do projeto relacionados
com a questão racial brasileira, presentes no pensamento social brasileiro desde o século XIX. Visto ser o
Estado Nacional Varguista, o recorte temporal privilegiado é o dos anos 30 e os principais conceitos são os de
nacionalismo e nação e sua congruência com a questão racial. Esta pesquisa caracteriza-se por ser uma
pesquisa qualitativa com uso de fontes secundárias e primárias e triangulação destas fontes.
VIRGÍLIO DE MELLO FRANCO: O INTELECTUAL NA CRISE DO ESTADO NOVO
Flavia Salles Ferro
Doutoranda no curso de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora.
flavia.sferro@gmail.com
Este trabalho tem como objetivo pensar a participação de Virgílio de Mello Franco no contexto de final do
Estado Novo e suas contribuições para a crise da ditadura de Getúlio Vargas. Franco foi idealizador, escritor
e signatário do Manifesto dos Mineiros, primeira manifestação pública de setores liberais contra o regime
vigente; foi palestrante na conferência de abertura do I Congresso Brasileiro de Escritores, evento que clamou
por liberdade de expressão e sufrágio universal, direto e secreto; foi fundador e primeiro secretário-geral da
União Democrática Nacional. Assim sendo, será discutida sua atuação como intelectual nos espaços da
sociedade civil e política.
11
RUBÉN DARÍO, INTELECTUAL DO MUNDO HISPÂNICO NO BRASIL
Cláudia Lorena Vouto da Fonseca
Universidade Federal de Pelotas-UFPel-Brasil/Universidad Nacional de Cuyo-UNCuyo-Argentina
fonseca.claudialorena@gmail.com
Rúben Darío, principal expoente do Modernismo Hispânico, e não apenas na América Latina, foi bem mais
que o aclamado e inovador poeta de seu tempo. Foi também o homem que pensou a circulação de ideias a
partir do contato direto entre autores, precursor na formação daquilo que hoje conhecemos por Redes
Intelectuais.
Porém, Rúben Darío, em sua prática de integração, não se limita ao mundo hispânico, o autor nicaraguense
põe o Brasil no mapa da América Latina, ao levar ate o país o fio com que teceu sua rede latinoamericanista.
Este trabalho busca destacar o papel fundamental de Ruben Dario nesse processo.
PROJETO EDITORIAL E REDES INTELECTUAIS EM LIBROS Y REVISTAS DE AMAUTA
Henrique Guimarães da Silva
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em História Social pela UFRJ
henriqueguimasilva@gmail.com
O objetivo do presente trabalho é investigar o papel da seção Libros y Revistas, complemento da revista
Amauta, como espaço articulador dentro do projeto editorial de seu diretor, José Carlos Mariátegui, para a
formação de redes intelectuais para a construção de uma nova orientação política e cultural para o continente
latino-americano. Por meio desta abordagem, abordaremos a concepção de imprensa para o intelectual
peruano, como espaço de “organização da cultura”, e os desdobramentos desta visão por meio da análise sobre
artigos, resenhas, divulgações literárias e periódicas, dentre outras formas de publicação que permitam
perceber a revista como uma “comunidade argumentativa”.
TEATRO E RESISTÊNCIA: BERTOLD BRECHT NO EXÍLIO (1933-1947)
Débora El-Jaick Andrade
professora Adjunto 3 de Teoria e Metodologia da História UFF (Campos dos Goytacazes)
debandrade.andrade54@gmail.com
Bertolt Brecht, poeta, dramaturgo, foi um dos intelectuais do entre guerras que durante a República de Weimar,
sintetizou os princípios do seu teatro épico. Todo o intenso desenvolvimento teatral do período foi
interrompido pela ascensão do Partido Nacional Socialista na Alemanha, determinando a emigração de muitos
intelectuais, dentre eles Brecht. No exílio desde 1933 até o final da Segunda Guerra, o escritor fez reflexões
sobre a condição de exilado e sobre a possibilidade de ocorrer uma revolução socialista na Alemanha. Em
suas peças teatrais do período, em particular, em Terror e Miséria no Terceiro Reich(1933-1938),escrito no
exílio na Dinamarca, encontramos interpretações sobre o nazismo e a resistência que procuramos analisar
neste artigo.
“A LITERATURA NÃO É A VIDA”: AS INTERLOCUÇÕES INTELECTUAIS DE TOMMASO
LANDOLFI (1908-1979) COMO FICCIONISTA E AUTOBIÓGRAFO.
Andréia Tamanini
Doutoranda no PPGHIS / UFRJ
andreia.tamanini@gmail.com
Tommaso Landolfi (1908-1979) é um daqueles grandes escritores pouco lidos, conhecidos, estudados. Nossa
proposta é buscar identificar algumas possibilidades de interação intelectual à qual possa se vincular a
literatura ladolfiana, de cunho marcadamente fantástico. O teor autobiográfico emerge de sua escritura de
forma sutil, mesmo em seus assim chamados "diários", não deixando, contudo, de dar subsídios para
concebermos uma interpretação para a construção narrativa de sua interação com o mundo: com o meio
intelectual do qual fazia parte, com o seu cotidiano, com as suas angústias, com a realidade que o cercava.
12
SESSÃO COORDENADA 3: TRÁFICO, ESCRAVIDÃO E MESTIÇAGENS
Jonis Freire (Universidade Federal Fluminense)
jonisfreire@yahoo.com.br
Jorge Prata Sousa (Universidade Salgado de Oliveira)
jpratadesousa@gmail.com
6 de outubro, sala Lab de Observações, 7º andar (14:00 às 15:30)
ESTRATÉGIAS DE LIBERDADE DE SUJEITOS ESCRAVIZADOS EM GOIÁS NO PRIMEIRO
QUARTEL DO OITOCENTOS.
Igor Fernandes de Alencar
Mestrando do PPGH/UFG
igor4p@gmail.com
As estratégias de liberdade desempenhadas por homens e mulheres escravizados não se resumem a resistência
marcada por fugas ou revoltas. A alforria tão almejada pelo escravizado no século XIX na capitania de Goiás
não cumpria o que de fato o mesmo esperava advindo das Cartas de Liberdades. Mesmo que o escravo
conseguisse seu registro de liberto, a situação de um ex-escravo não mudaria totalmente por cessar tal laço.
Intermediado por homens livres e libertos junto às redes de sociabilidade, a análise das alforrias nos dispõe
perceber o escravo enquanto negociador da liberdade, seja por meio de compra, condições ou gratuitamente.
LIBERTOS DA NAÇÃO: OS MEANDROS DE UMA LIBERDADE
João Batista Correa
Mestrando na UNIVERSO
jobacorrea@gmail.com
Temos por objetivo neste artigo, analisar os libertos da Imperial Fazenda de Santa Cruz após a liberdade destes
em 1871. Buscaremos compreender como foi a relação entre os libertos e os administradores que passaram
pela fazenda. Através de diversas fontes como periódicos, cartas de alforrias e relatórios, analisaremos
medidas que foram adotadas por parte da administração pública que afetaram os libertos. Temos como intuito
também, buscar indícios da permanência dos libertos da fazenda e destino deles após o ano de 1891.
A ESCRAVIDÃO AO GANHO NO RIO DE JANEIRO E EM BUENOS AIRES: UMA BREVE
HISTÓRIA COLONIAL COMPARADA DA “LIBERDADE” QUE VINHA DAS RUAS, 1808-1820
Alessandro Mendonça dos Reis
Mestrando em História do Brasil Universo/Universidade Salgado de Oliveira
alessandromendonca.reis@gmail.com
O presente artigo tem como objetivo fazer uma breve comparação entre a escravidão ao ganho nas cidades do
Rio de Janeiro e Buenos Aires. O trabalho deste tipo de escravo foi determinante para o desenvolvimento
econômico e social das duas cidades entre a segunda metade do século XVIII e as primeiras décadas do século
XIX. A partir do trabalho do escravo ao ganho foi possível se realizar diversas atividades braçais. Outro
aspecto pertinente neste processo diz respeito à importância do escravo ao ganho para as questões
comparativas que envolveram o tráfico, o trabalho nas ruas e as relações com o seu senhor.
O CONTROLE DA POPULAÇÃO CATIVA NAS CIDADES BRASILEIRAS
Caio da Silva Batista
Universiade Federal de Juiz de Fora – Programa de Pós-Graduação em História
caiodasilvabatista@gmail.com
O presente trabalho busca compreender como o poder local desenvolveu mecanismos de vigilância e controle
da população escrava nas cidades brasileiras do século XIX. Assim, essa pesquisa analisará como a Câmara
Municipal de Juiz de Fora, localizada na Zona da Mata de Minas Gerais, e o poder policial desenvolveram
formas de vigiar e controlar o “anda anda” dos escravos e coibir possíveis crimes e desordens que poderiam
ser promovidos por esses indivíduos. Além desses pontos o artigo busca demonstrar que os mecanismos de
13
controle falhavam com frequência, provocando a sensação de insegurança à população livre dos centros
urbanos brasileiros oitocentista.
6 de outubro, sala Lab de Observações, 7º andar (16:00 às 17:30)
O ENGENHO VELHO DOS JESUÍTAS E SUA COMUNIDADE POR MEIO DE SEUS LIVROS DE
BATISMOS – RIO DE JANEIRO, 1642 A 1759
Marcia Amantino
Universidade Salgado de Oliveira
marciaamantino@gmail.com
A comunicação tem por objetivo analisar os registros de batismos da Freguesia do Engenho Velho entre os
anos de 1642 a 1759 realizados pelos padres da Companhia de Jesus. Tais registros englobam a população
que vivia nos limites de seu engenho chamado de Engenho Velho, primeira estrutura agrária efetiva dos padres
na capitania do Rio de Janeiro e a que estava mais próxima da urbe. Embora a maioria dos assentos seja dos
filhos dos escravos do colégio, há também batizados de pessoas que podem ser livres e de escravos de outros
proprietários e a presença de variados tipos sociais de padrinhos e madrinhas, demonstrando a conformação
de uma comunidade bastante diversificada socialmente.
PERSPECTIVAS DE VIDA DO NEGRO E DO MESTIÇO NA FORMAÇÃO DA FREGUESIA DE
SÃO FRANCISCO DO GLÓRIA SEGUNDO A VISÃO DA IGREJA ENTRE 1861 E 1888
Luis Fernando Ribas Freitas
Mestrando em História do Brasil UNIVERSO (Niteroi/RJ)
luisfernando_dacruz@hotmail.com
A Zona da Mata mineira é uma região muito cara à historiografia em virtude de ter sua ocupação precipitado
em um momento de diversificação econômica. Concomitante a esse acontecimento adveio também a expansão
cafeeira, cujo modelo produtivo organizava-se a partir de moldes escravistas. O fluir dessa expansão encontrou
no surgimento de freguesias sua melhor forma. O presente trabalho busca, portanto, contribuir para a
compreensão de como participaram o negro e o mestiço na formação da Freguesia de São Francisco do Glória,
localizada nessa região. Tal estudo vale-se de uma análise dos registros paroquiais locais e de censos
demográficos da época.
SENHORES E ESCRAVOS: UM PERFIL ECONÔMICO E SOCIAL DA FREGUESIA SÃO PAULO
DO MURIAHÉ.
Beatriz Simão Gontijo Silva
Mestranda PPGHB- UNIVERSO
beatrizsgontijo@gmail.com
Vitória Fernanda Schettini
Doutora em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (UFRRJ/CPDA)
Universo-Niterói/Fasm/Unifaminas-Muriaé
vfschettini@yahoo.com.br
Compreender a riqueza de uma sociedade, bem como os laços parentais fictícios ou consanguíneos constitui
de fundamental importância para a compreensão da vida de senhores e escravos. A fim de aprofundar nesta
temática, teremos como objetivo nesta comunicação trazer à tona alguns estudos de caso de senhores que tem
seus escravos levados a pia batismal entre meados e final da escravidão na freguesia de São Paulo do Muriahé,
com foco especial para o perfil econômico e os apadrinhamentos efetuados por senhores aos escravos. Serão
utilizados como fontes principais os livros de batismos da Matriz São Paulo e inventários post-mortem.
ESCREVER EM PAÍS DOMINADO OU INVENTÁRIO DE UMA MELANCOLIA: MEMÓRIAS E
REPRESENTAÇÕES DA (PÓS)COLONIALIDADE EM OBRAS CARIBENHAS
Vanessa Massoni da Rocha
14
Professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas do Instituto de Letras da Universidade
Federal Fluminense
vanessamassonirocha@gmail.com
Esta comunicação pretende estudar as interfaces entre literatura e história no que tange os movimentos,
trânsitos e memórias da (pós)colonialidade caribenha de expressão francesa – mais precisamente as ilhas de
Martinica e Guadalupe. Trata-se de analisar a escrita memorialística da empreitada colonial e de seus
desdobramentos no seio das sociedades antilhanas a partir da análise de textos teóricos e ficcionais
notadamente do martinicano Patrick Chamoiseau e da guadalupense Simone Schwarz-Bart. Neste sentido, o
fazer literário coteja o fazer histórico no âmbito da (re)constituição da identidade nacional e da valorização
dos fazeres e saberes locais. Chamoiseau denuncia as agruras de Escrever em país dominado (1997) e
reconhece a arte ficcional como espaço criativo de resistência diante da dominação silenciosa imposta pela
departamentalização dos territórios caribenhos. Schwarz-Bart ressalta a escravidão e as mestiçagens oriundas
do colonialismo na obra (1972) Pluie et vent sur Télumée Miracle (A ilha da chuva e do vento, em tradução
de Estela dos Santos Abreu, 1986).
15
SESSÃO COORDENADA 4: RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE EM TRÂNSITO
Carlos Engemann (Universidade Salgado de Oliveira)
carlos.engemann@gmail.com
Marcelo Timotheo (Universidade Salgado de Oliveira)
marcelotimotheo@uol.com.br
5 de outubro, sala 706, 7º andar (14:00 até 15:30)
DESTINO: BAHIA. CRISTÃS-NOVAS ENTRE TRÂNSITO E FRONTEIRA (SÉC. XVIII)
Ademir Schetini Júnior
Mestrando em História na Universidade Federal Fluminense
schetinijr@yahoo.com.br
A comunicação tem como objetivo reconstruir caminhos trilhados por um grupo de mulheres oriundas da
Península Ibérica até serem presas na Bahia em inícios do século XVIII. A categoria social de cristãs-novas à
qual estiveram inseridas possibilitou-lhes mobilidades ultramarinas, ora voluntárias, ora induzidas, porém
incessantes. A condição diaspórica também incitou aos cristãos-novos a criação de redes comerciais
(WACHTEL) que os fazia correr mundo, danificadas no transcurso da ação do Tribunal da Fé, sendo tal
especificidade atinente ao grupo estudado.
A RELAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO NO PERÍODO POMBALINO: ELEMENTOS DE
ANÁLISE A PARTIR DE VISITAÇÕES ECLESIÁSTICAS NA FREGUESIA DA SANTÍSSIMA
TRINDADE DA VILA DE MACACU – 1727 A 1795.
Vinicius Maia Cardoso
Professor na Graduação em História da UNIVERSO (Presencial e EaD).
gestor.historia@ead.universo.edu.br / maia-vinicius@hotmail.com
O artigo trata das relações entre Igreja e Estado no período pombalino na freguesia da Santíssima Trindade
(Macacu), capitania do Rio de Janeiro (1727/1795), com base no “Livro das Pastorais e Capítulos de Visita
da Freguesia da Santíssima Trindade”. Por meio de visitas eclesiásticas busco perceber o cotidiano das práticas
religiosas e outros aspectos relacionais como base para análise do impacto de políticas do Estado português
no período. Através de distintas escalas de observação buscarei identificar dimensões relacionais
imperceptíveis na macro escala, fazendo estudo parcial de como distintos agentes sociais e instituições se
interrelacionam no microcosmo social dessa mesma freguesia.
JOSÉ LOURENÇO E O SÍTIO CALDEIRÃO: DÁDIVA PARA OS POBRES E ENTRAVE PARA AS
ELITES
Ubirajara Sampaio Bragança
Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO – Niterói
pr.ubirajarabraganca@yahoo.com.br
O sítio Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, Crato, CE, tornou-se conhecido por ser uma comunidade
autossuficiente. Seus moradores trabalhavam em mutirões e tudo que se produzia no sítio era repartido entre
eles de forma equitativa. Sob a liderança do beato José Lourenço essa comunidade durou cerca de 10 anos
(1926-1936) até a interrupção de suas atividades por ordens do governo. Segundo as autoridades, as relações
de produção e consumo no sítio Caldeirão tendiam para o comunismo, e mais, temiam que o sítio se
transformasse em uma nova Canudos. Com a destruição do sítio, muitos que ali residiam fugiram para a Serra
do Araripe, mas não se livraram das perseguições. Há suspeitas de que cerca de 700 pessoas morreram na
repressão.
16
5 de outubro, sala 706, 7º andar (16:00 até 17:30)
O SIONISMO COMO FUNDAMENTAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL E A IDENTIDADE
JUDAICA-SIONISTA-ISRAELENSE: IDEOLOGIA LAICA OU TEOLOGIA NACIONAL? –
1967/1987.
Cláudio Márcio Lima Prado
PPGHB/UNIVERSO
claudiomlp72@gmail.com
O debate sobre o caráter e a natureza do sionismo enquanto elemento central na política/ação do Estado de
Israel assume grande importância: por trás da retórica secular e da ideologia laica estaria, na realidade, um
“mito teológico nacional” que consagrou a visão de “missão”, de “concretização da promessa”, de realização
do antigo sonho de retorno à Palestina pelos judeus. O objeto deste trabalho é demonstrar como, a partir da
Guerra dos Seis Dias até a Primeira Intifada, se processou uma série de permutações decisivas nessas/dessas
identidades que se confrontavam, que colidiam com alguns princípios do sionismo laico e nacionalizaram
premissas religiosas/teológicas na sociedade israelense.
MEMORIAL DE SÃO SEBASTIÃO: ALCEU AMOROSO LIMA E O RIO DE JANEIRO
Marcelo Timotheo da Costa
PPGH/UNIVERSO
marcelotimotheo@uol.com.br
A presente comunicação pretende traçar determinada “geografia da memória”, aquela relativa a Alceu
Amoroso Lima (1893-1983) e o Rio de Janeiro, sua cidade natal. Para tanto, serão identificados e analisados
locais no Rio de Janeiro associados à trajetória vital desse intelectual católico. “Lugares de memória” – como
as várias residências de Amoroso Lima, o Mosteiro de São Bento, o Centro D. Vital, a Academia Brasileira
de Letras, a Universidade do Brasil e a Pontifícia Universidade Católica – que resumem dado itinerário
existencial. Pretende-se, assim, iluminando o trânsito amorosiano na praça pública, expor seus câmbios e
permanências nos cenários carioca, nacional e eclesial.
IMIGRANTES BRASILEIROS EM PORTUGAL: CARTOGRAFIA DE FAMÍLIAS
MISSIONÁRIAS
Maria Rita de Cássia Sales Régis
Mestranda em Psicologia Social UFRRJ (2016)
profmariarita.s@gmail.com
Maria Cristina Dadalto
Doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
mcdadalto@gmail.com
Analisa um grupo de imigrantes que emerge em Portugal a partir dos anos de 1990: de famílias missionárias
brasileiras. Busca entender a estratégia adotada por estas famílias para atrair e envolver outros imigrantes.
Fundamenta-se no método cartográfico, baseando-se nas histórias de vida. Visa compreender como as famílias
são direcionadas e mantidas nas missões, atendendo ao princípio do verbo: IDE e fazei discípulos. Objetiva,
identificar a origem, estratégias de inserção, integração e inclusão. Considera que tanto a experiência de vida
quanto a experiência pré-refletida do método cartográfico, corrobora a inseparabilidade dos resultados ainda
que as famílias missionárias originem-se de distintas congregações.
17
SESSÃO COORDENADA 5: E/IMIGRAÇÃO
DIA 05 DE OUTUBRO
SESSÃO COORDENADA A
SALA 701, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30)
Érica Sarmiento (PPGH – Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
erisarmiento@gmail.com
Patricia Flier (Universidad Nacional de La Plata)
pflier@hotmail.com
Mesa 1A – Práticas Associativas
O ASSOCIATIVISMO ÉTNICO: A COLETIVIDADE ESPANHOLA NO RIO DE JANEIRO
Miriam Barros Dias da Silva
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em História do Brasil
da Universidade Salgado de Oliveira.
barros.miriam@yahoo.com.br
Quando se fala em associações étnicas é notório que estas construíram importantes redes de solidariedade,
que, a priori, serviram para orientar e ajudar o imigrante na sociedade receptora. Mas, além de prestar este
auxílio e orientação, muitas associações desempenharam um importante papel político tanto na sociedade de
origem quanto na de recepção. E foi por causa do posicionamento político de alguns dos seus sócios, que
algumas associações étnicas espanholas -como o Centro Galego- foram fechadas durante a Era Vargas (1930-
1945). O que se pretende é identificar os problemas políticos enfrentados pela comunidade espanhola no Rio
de Janeiro durante o governo de Getúlio Vargas.
PORTUGUESES DE DOIS CORAÇÕES: ASSOCIATIVISMO E MANUTENÇÃO DAS
TRADIÇÕES MADEIRENSES NO BRASIL
Nelly de Freitas
Pós-doutoranda em História (PUC/SP – FAPESP)
nellydefreitas@hotmail.com
Em 2010, existia no Brasil, 255 associações portuguesas. Estas são “lugares de memórias” onde os imigrantes
podem praticar seus rituais, afirmar publicamente o pertencimento à comunidade e reforçar suas relações intra
e intergrupais. Entendemos melhor a multiplicidade dessas associações ao considerar que a cultura portuguesa
é uma cultura de fronteira na qual os traços culturais locais e regionais são mais expressivos do que os
nacionais. Nesse contexto, propomos apresentar duas associações madeirenses, uma já extinta, a casa Ilha da
Madeira do Rio de Janeiro e outra ainda ativa, a Casa Ilha da Madeira de São Paulo apoiando-nos em jornais
da época e nas memórias de imigrantes.
CENTRO VASCO EUSKO ALKARTASUNA DE S. PAULO – A PRESENÇA DE UMA DIÁSPORA
E SUAS MEMÓRIAS
Dolores Martin Rodriguez Corner
LEER – Laboratório de Estudos Etnicidade – Racismo – Discriminação São Paulo / LABIMI – UERJ.
doloresmartin@terra.com.br
Este artigo aborda a diáspora basca especialmente à São Paulo, numa análise qualitativa, voltada as
manifestações culturais, a música, a dança e a refinada gastronomia. Terminada a Guerra Civil Espanhola a
ascensão de Franco proibia o uso de qualquer idioma seja basco, catalão ou galego, permitindo somente a
comunicação no idioma castelhano. Neste contexto, fugindo as perseguições impostas, milhares de bascos
emigraram a vários destinos, onde pudessem manter seus costumes em países de acolhida.
18
Mesa 2A – A Grande Imigração e suas questões
OMISSÃO? SOBRE ALGUMAS QUEIXAS DE UM IMIGRANTE SÍRIO EM ICONHA (1921)
Maria Cristina Dadalto
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
mcdadalto@gmail.com
Adilson Silva Santos
Doutorando em História (UFES/IFES)
adilsonsilvasantos8@gmail.com
Esta comunicação visa analisar os desdobramentos da reclamação do imigrante sírio, Jorge Arão, residente
em Iconha, Espírito Santo, ao Secretário de Interior, sobre o fato de que diversas queixas suas foram ignoradas
pelo delegado de polícia. Atendendo à recomendação do Secretário Estadual, por sua vez, o delegado oficiou
o sírio para que apresentasse suas queixas, bem como os culpados ou pistas deles. A conclusão do inquérito é
bastante elucidativa de como essas questões eram tratadas pela polícia, porque o delegado sequer intimou as
testemunhas citadas pelo sírio em seu depoimento. A principal hipótese dessa omissão deve-se ao fato de
tratar-se de um imigrante estigmatizado.
O FLUXO MIGRATÓRIO ENTRE SÃO PAULO E BUENOS AIRES: DESLOCAMENTOS,
NACIONALIDADES E MOTIVAÇÕES (1890-1930)
André Luiz Lanza
Doutorando. Programa de Pós-graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – FFLCH/USP.
alanza@fearp.usp.br
Entre 1870 e 1930, aproximadamente 11 milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil e na Argentina com
destino, principalmente, para o estado de São Paulo e a província de Buenos Aires. Essa imigração tinha como
principal objetivo suprir a necessidade de braços para o setor agroexportador. No mesmo período, cerca da
metade dos imigrantes retornaram às suas pátrias ou re-emigraram para outros destinos. Fontes relevantes
revelaram a existência de um fluxo migratório contínuo e anual entre os portos de Santos e Buenos Aires no
período. O objetivo deste artigo é analisar quais os fatores que, segundo as fontes consultadas, influenciavam
o fluxo migratório entre as regiões e buscar constatar se estes realmente condiziam com a realidade vigente.
SÃO CRISTÓVÃO-RJ, UM BAIRRO LUSITANO: CONSIDERAÇÕES SOBRE O BAIRRO E SUA
ATRATIVIDADE PARA OS PORTUGUESES NO PERÍODO DA GRANDE IMIGRAÇÃO.
Tiago Lopes da Silva
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História – PPGH/UERJ.
ts.vasco@gmail.com
Durante os séculos XIX e XX, o Rio de Janeiro foi destino de grande fluxo de imigrantes portugueses. Uma
vez no Rio, tal grupo se fez notar por sua presença em áreas de atuação como o comércio e por sua forma de
se integrar a cidade, nesse sentido o bairro de São Cristóvão se apresenta como lugar de destaque da ocupação
urbana dos portugueses.
A proposta deste trabalho é de forma breve tratar os motivos que permitem o bairro ser considerado um polo
de atração/presença de portugueses, tendo em vista a influência de diferentes fatores sobre o bairro.
Mesa 3A – Exclusão, imaginários e comemorações
TURISTA OU INDESEJÁVEL? O ESTADO NOVO E A CONSTRUÇÃO DO TURISMO
BRASILEIRO
Valéria Lima Guimarães
Professora Adjunta do Departamento de Turismo da Universidade Federal Fluminense
valeria@turismo.uff.br
19
O turismo é um dos fenômenos sociais mais importantes do mundo, responsável por intensas mobilidades que
geram significativos impactos sociais, econômicos e culturais especialmente nas comunidades receptoras. A
sua história ainda é pouco conhecida, porém bastante significativa para a compreensão de uma sociedade.
Neste trabalho será discutido o processo de construção do turismo brasileiro no período do Estado Novo,
destacando-se os imaginários que cercam o turista internacional e as políticas de seleção de entrada no
território, que valorizavam o “verdadeiro” turista e reprimiam os indesejáveis, política ou economicamente
suspeitos, rotulados de “falsos turistas”, apontando-se também suas formas de resistência.
ESCOLARIZACIÓN DE ALUMNADO INMIGRANTE EN EL SISTEMA EDUCATIVO CHILENO:
PRÁCTICAS DE DISCRIMINACIÓN Y EXCLUSIÓN SOCIAL
Susan Sanhueza Henríquez
Centro de Estudios Migratorios e Interculturales,
Universidad Católica del Maule, Chile
ssanhueza@ucm.cl
Karla Morales
Centro de Estudios Migratorios e Interculturales
Universidad Católica del Maule, Chile
kmorales@ucm.cl
Miguel Friz Carrillo
Universidad del Bío-Bío, Chile
mfriz@ubiobio.cl
Las cifras del Ministerio de Educación de Chile (2014) señalan que de los 3.506.363 estudiantes que tiene el
sistema escolar chileno, 17.794 son inmigrantes. Este fenómeno impone al sistema educativo chileno una serie
de desafíos, los que por un lado se relacionan con la capacidad de los centros escolares para acoger y brindar
condiciones adecuadas para que los alumnos inmigrantes se desenvuelvan en un ambiente distinto del que
provienen y, por otro lado, demanda una serie de elementos vinculados con la capacidad de administrar los
aspectos relacionados con la convivencia entre alumnado chileno y extranjero. En este contexto, el trabajo
tiene como objetivo analizar la situación de alumnado inmigrante en el sistema escolar chileno. Para lograr
este objetivo, se analiza el marco político-normativo de acceso de inmigrantes al sistema escolar
contrastándolo con literatura especializada sobre procesos de integración escolar y, particularmente, con
investigaciones relativas a prácticas discriminación y exclusión en educación. Los resultados plantean una
serie de desafíos al sistema educativo chileno y Latinoamericano, por ejemplo, una política de acceso a la
educación garantizada por el Estado, el reconocimiento de identificadores culturales (lengua, religión, otros)
en el currículo oficial, la incorporación de las familias en la tarea educativa de sus hijos y planes de acogida
que favorezcan la convivencia escolar entre chilenos y extranjeros.
AS COMEMORAÇÕES DOS IMIGRANTES JAPONESES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: OS
USOS POLÍTICOS DO PASSADO GARANTINDO INTERESSES PRESENTES
Mariléia Franco Marinho Inoue
Pós-doutoranda do Laboratório de Imigração da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
marileiainoue@gmail.com
A partir da discussão das comemorações japonesas no Estado do Rio de Janeiro verificamos que o ato de
celebrar, como memória coletiva é também projetar significados para sua apreensão no presente e no futuro.
Eventos marcantes refletem a interconexão entre memória e história, com elementos míticos. Nos dois países,
Brasil e Japão, industriais, comerciantes e o poder público se unem para enaltecer o progresso material e o
“espírito empreendedor” dos bravos protagonistas japoneses do passado e do presente, criando assim um
ambiente propício para que as relações comerciais continuem se realizando e perdurem.
SESSÃO COORDENADA B
SALA 704, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30)
20
Lená Medeiros de Menezes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
lenamenezes@hotmail.com
Renata Siuda-Ambroziak (Universidade de Varsóvia)
renata.siuda-ambroziak@uw.edu.pl
Angela Roberti (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
angelaroberti@uol.com.br
Mesa 1B – Imigração no Oitocentos: território e discursos
OLHOS AZUIS SOBRE O COCAR: IMIGRAÇÃO, MEMÓRIA E TERRITÓRIO INDÍGENA (1850-
1880)
Liliane Moreira Brignol
Mestre no Programa de Pós-graduação em História da UFF
lilianembrignol@gmail.com
O trabalho aborda as relações entre imigrantes alemães, suas memórias imagéticas e o povo indígena botocudo
(atuais Xokleng de Santa Catarina), em especial a disputa de um mesmo território para diferentes etnias. No
período da fundação da colônia Blumenau o contraste de culturas cria um lugar de conflitos e arranjos culturais
que permeiam interesses da política nacional de imigração. Analisar as relações étnicas no século XIX permite
revisitar o passado, as construções de visualidades que se estabelecem no além-mar e as fronteiras do hoje.
JOAQUIM NABUCO E SEU DISCURSO SOBRE A IMIGRAÇÃO CHINESA
Kamila Czepula
Mestranda do programa de pós-graduação em História UNESP/Assis.
chinalquim@gmail.com
A possibilidade de uma imigração chinesa suscitou intensos debates ao longo da década de 1870, tanto no
Parlamento brasileiro, como na imprensa. Em meio a este debate, o jovem deputado Joaquim Nabuco destacar-
se-ia por um posicionamento controverso: contrário a escravidão, e defensor resoluto das populações afro-
brasileiras, ele repetiria, contudo, um discurso eurocêntrico e exclusivista no que tocava a imigração de
populações asiáticas. Temeroso do ‘contágio amarelo’, suas afirmações incorporavam observações racistas
contra os chineses, revelando um aspecto pouco conhecido de sua obra. Nesse sentido, a presente comunicação
pretende analisar os argumentos utilizados por Nabuco entre os anos de 1878 – 1879 para combater a
implantação da imigração chinesa no país, bem como, a repercussão do seu discurso na sociedade oitocentista.
OS IMIGRANTES INDESEJÁVEIS NO DISCURSO DA SOCIEDADE CENTRAL DE
IMMIGRAÇÃO.
Sergio Luiz Monteiro Mesquita.
Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro.
smesq@uol.com.br
Este trabalho relaciona-se a uma associação de membros da elite brasileira, criada para fomentar a imigração
para o Brasil imperial: a Sociedade Central de Immigração, que existiu entre 1883 e 1891, no Rio de Janeiro.
Essa entidade filia-se à corrente dos partidários da imigração para realizar uma colonização em pequenas
propriedades rurais. Entre suas posturas, encontra-se a definição de um tipo de imigrante ideal para povoar o
Brasil, e, no reverso de tal escolha, os imigrantes indesejáveis. Nosso enfoque encontra-se na representação
operada pelo discurso da SCI acerca desses imigrantes, sob critérios raciais e políticos.
Mesa 2B – Imigração no Oitocentos: território, mundo do trabalho e redes de sociabilidade
EMIGRANTES ESPAÑOLES EN VERACRUZ: EL CASO DE JALAPA DE LA FERIA (SIGLOS
XVIII-XIX)
Jesús Turiso Sebastián
Universidad Veracruzana, México
21
jturiso@gmail.com
El presente trabajo se basa en la investigación que venimos desarrollando acerca de la de los emigrantes de
una región específica de la cornisa cantábrica que va desde Galicia hasta el País Vasco, incluyendo Burgos y
su montaña, la Rioja y Navarra y que se instalaron en Jalapa de la Feria en los siglos XVIII-XIX, a propósito
de la sociabilidad que se fue cimentado entre la comunidad de emigrantes, sustentada en la reciprocidad del
paisanaje.
MIGRAÇÃO, TERRITÓRIO E TRADIÇÃO: O KOCHKÃSE COMO PATRIMÔNIO CULTURAL
IMATERIAL DO VALE DO ITAJAÍ (SC)
Marilda Checcucci Gonçalves da Silva
Doutorado em Desenvolvimento Regional da FURB
marildacheccucci@hotmail.com
O artigo resulta de pesquisa que teve como objetivo o Inventário do Kochkäse, como Patrimônio Cultural
Imaterial do Vale do Itajaí (SC), com base na metodologia do IPHAN. Trata-se de queijo produzido por
agricultores de origem alemã trazido na forma de um habitus (BOURDIEU, 1989) em 1850, com o processo
de colonização, iniciado com a fundação da Colônia Blumenau. O Kochkäse vem enfrentando problemas com
sua comercialização por ser produzido com leite cru devido a parâmetros proveniente de legislação da grande
indústria. Os resultados evidenciaram a importância do Kochkäse para a identidade do grupo, geração de renda
e segurança alimentar.
“PRECISA-SE DE UMA CRIADA ESTRANGEIRA”: AS/OS CRIADAS/OS EUROPEIAS/US NOS
ANÚNCIOS DE JORNAIS.
Natália Batista Peçanha
Doutoranda do PPGH/UFRRJ; bolsista Capes.
nataliahist@hotmail.com
Quando falamos em serviço doméstico a imagem que nos vêm à mente é da mulher negra. Todavia, tal imagem
encobre as realidades vivenciadas por homens, mulheres, negros, brancos, pardos e também estrangeiros, que
a partir da segunda metade do século XIX se avolumavam na cidade. E, é justamente a presença dos
estrangeiros, ou melhor, dos europeus, no serviço doméstico carioca que nos interessa na presente pesquisa.
Visto que é necessário ampliarmos a inserção de homens e mulheres europeus/ias no mundo do trabalho
carioca, para além dos cafezais, do comércio, das indústrias.
Mesa 3B – Imigração e Gênero
FEMINIZACIÓN DE LAS MIGRACIONES EN AMÉRICA LATINA: EL CASO DE CHILE
Grawen Ojeda
Centro de Estudios Migratorios e Interculturales
Universidad Católica del Maule
grawenojeda@gmail.com
Rodrigo Arellano
Centro de Estudios Migratorios e Interculturales
Universidad Católica del Maule
rarellano@ucm.cl
La feminización de la migración abre nuevos espacios dentro de la familia y de la sociedad, flexibiliza la
división sexual del trabajo y transforma los modelos de género. La experiencia ha demostrado que los roles
de género esperados en la sociedad receptora difieren de los que acostumbran a desarrollar las mujeres y
hombres en las sociedades de procedencia y pertenencia. Esta circunstancia puede provocar conflicto en el
marco de las relaciones interpersonales y generar cambios en el sentido de modificar y/o reconstruir
determinados valores y roles de género que afectan las relaciones familiares. En este contexto, la investigación
tiene como objetivo analizar discursos de identidad, discriminación y vulnerabilidad a través de historias de
vidas de mujeres migrantes.
22
Las historias de vida han resultado una herramienta valiosa para conocer distinciones conceptuales como la
auto-identificación y la identidad cultural de las mujeres, situaciones de comunicación intercultural movida
por distintos actos de habla (locucionario, perlocucionario, ilocucionario). Las experiencias de discriminación
han sido narradas en primera persona alcanzando un potencial interpretativo y colocando a las participantes
en situación de enfrentar el mundo exterior a partir de sus propias habilidades yrecursos, así como mecanismos
de apoyo para su movilización cuando ha sido objeto de vulneración de derechos.
Los resultados evidencian experiencias de discriminación asociadas a un discurso social hegemónico que las
ignora y niega sus derechos (laborales, reproductivos, cívicos, entre otros). Las distintas formas de
discriminación tienen efectos sobre la identidad colectiva y en la conformación de sus identidades
individuales. En este sentido, las historias de vida nos han permitido conocer cómo la identidad de género es
inseparable de la construcción de la identidad cultural.
A partir del estudio aportamos elementos de discusión para el desarrollo de políticas públicas que resguarden
los derechos de mujeres visibilizando temáticas de género en la agenda política.
MERCADOS NOSTÁLGICOS DE LOS ARENALENSES EN EL NORTE. MUJERES Y LA
TRANSMISIÓN DE SABER A LAS SIGUIENTES GENERACIONES
Eduardo Saldívar Rosales
Universidad de Guadalajara
elarenaljalhijosausentes@gmail.com
El presente trabajo obedece a un proyecto de intervención cultural con la comunidad de El Arenal, Jalisco,
México, que radican en el Estado de California, Estados Unidos
Es un trabajo en redes y nuevas tecnologías las cuales coadyuvaron a realizar eventos culturales en espacios
transnacionales en Norte América. En específico norte y sur de California.
Se contemplaron elementos de identidad de la comunidad de El Arenal, Jalisco, para recrear la vida
sociocultural y con ello facilite la cohesión social transfronteriza.
A TRANSNACIONALIZAÇÃO DA GUERRA: VIOLÊNCIA SEXUAL E DESLOCAMENTOS
FORÇADOS NO CONFLITO ARMADO COLOMBIANO.
Ana Taisa da Silva Falcão
Doutoranda em História Social pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS-UFRJ)
taisafalcao@gmail.com
Um dos elementos político-militares mais paradoxais da história contemporânea da América Latina é o
conflito armado colombiano; sua extensão temporal, suas implicações geopolíticas, seus processos de
resistência e, certamente, sua constante produção de múltiplas formas violência contra a população civil.
Compreender um conflito que data de inícios do século passado e se estende ao presente século requer um
esforço historiográfico e sociológico bastante comprometido com a memória histórica. O que o propomos aqui
é um exercício de reflexão sobre os impactos da violência de gênero como 1) arma de guerra; e 2) como
elemento motivador de deslocamentos forçados femininos transfronteiriços.
DIA 06 DE OUTUBRO
SESSÃO COORDENADA A
SALA 701, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30)
Érica Sarmiento (PPGH – Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
erisarmiento@gmail.com
Patricia Flier (Universidad Nacional de La Plata)
pflier@hotmail.com
23
Mesa 4A – Imigração e Cinema
LA DIFICULTAD DE REPRESENTAR UNA INMIGRACIÓN INVISIBLE: LOS VASCOS EN EL
CINE DE ESTADOS UNIDOS.
Oscar Alvarez Gila
Profesor Titular (Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea)
oscar.alvarez@ehu.eus
El objetivo de esta comunicación es presentar los problemas derivados de la dificultad de representar un grupo
inmigratorio numéricamente reducido y, por lo tanto, hasta cierto punto “invisible”, en un contesto de una
sociedad receptora de inmigraciones masivas. Tomaremos como ejemplo el cine de los EEUU y la
representación de la inmigración vasca. Partiendo de una descripción del modo en que evoluciona la
representación del inmigrante vasco hasta la consolidación de un cierto estereotipo más o menos fijado en el
tercer cuarto del siglo XX, incidiremos en las fuentes que alimentan y retroalimentan la formación de los
elementos constituentes de dicho estereotipo, tomando en consideración una cuestión capital: que la mayoría
de los que participaban en la comunicación audiovisual por medio del cine, tanto del lado de los creadores
como de los espectadores, tenían poca o ninguna experiencia personal de conocimiento del grupo inmigrante
descrito.
O MUNDO NATIVO DO OUTRO E SUAS POÉTICAS: ENTRE O CINEMA E A HISTORIA
Juliano Gonçalves da Silva
Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Historia da UERJ
julianogds73@gmail.com
O artigo a ser apresentado é parte da pesquisa de doutorado em que realizo um estudo sobre a imagem do
personagem indígena no cinema latino-americano recente. Nele analiso os filmes argentinos Jauja (Lisandro
Alonso, 2014) e Bolívia (Adrián Caetano, 2001) para pensar até onde as continuidades e rupturas em suas
diferenciações continuam existindo ou não para os imigrantes “ilegais” retratados. Pretendo com este paralelo
através das analises fílmicas refletir sobre o que a historia nos conta sobre esses “outros” indígenas,
contrapondo os dias de hoje na America Latina, seus enredos e os personagens de uma Europa dita
“civilizada”.
CINEMA BRASILEIRO E IMIGRAÇÃO NO BRASIL: PROCESSOS E REPRESENTAÇÕES
Sylvia Nemer
UERJ-PPGH-LABIMI
nemer.sylvia@gmail.com
A temática da imigração entra na pauta do cinema brasileiro no contexto da oposição à ditadura militar quando
um olhar diferenciado sobre a figura do imigrante começa a se manifestar na cinematografia nacional na qual
surgem obras importantes interessadas em desconstruir mitos envolvendo os processos migratórios no Brasil.
Refletir sobre as representações destes processos é o objetivo do presente trabalho cuja filmografia selecionada
aborda a história da imigração no Brasil em quatro contextos distintos: entre meados do século XIX e início
do século XX; no período do entre guerras e da Segunda Guerra Mundial; entre os anos 1980 e 1990; no
contexto atual.
Mesa 5A – Questões e discussões acerca das migrações, exílio e refúgio
VOZES DA DIÁSPORA: UM ESTUDO SOBRE OS REFUGIADOS DA REVOLUÇÃO MAOÍSTA
NO BRASIL
Priscila d’Almeida Manfrinati
Diversitas FFLCH-USP
priscilamanfrinati@gmail.com
Resumo: O artigo a ser apresentado articula as conclusões parciais de minha pesquisa de mestrado e, partir
dele, pretendo discutir aspectos políticos e culturais do fluxo de refugiados da China para diversas partes do
mundo a partir da Revolução Maoísta. A ascensão do nacionalismo defensivo fez com que milhares de pessoas
24
fossem consideradas indesejáveis no país e, após muitas passarem por campos de refugiados, encontraram um
novo local para construir a vida. A comunidade macaense do Rio de Janeiro e de São Paulo constitui parte
desse fluxo, chamado de Segunda Diáspora Macaense, e é considerada aqui como fonte primária em suas
práticas associativas e sua dupla ausência.
O EXÍLIO EM “OS EMIGRANTES”, DE W. G. SEBALD
Mariana Machado Rodrigues e Silva Martins
UFRJ, mestranda do Programa de Pós-Graduação em História Social
marianamrsmartins@hotmail.com
Os Emigrantes (1992), do autor alemão W. G. Sebald, trata de indivíduos física, psicológica e/ou
emocionalmente exilados. Forçados a emigrarem de seus locais de origem em decorrência das ações nazistas
na Europa nos anos que antecederam a eclosão da Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra em si, os
personagens retratados sofrem uma melancolia existencial que marca permanentemente as suas vidas. O
próprio autor, nascido em 1944, sofreu as consequências do imediato pós-Guerra. Devido a uma incessante
angústia e sensação de não-pertencimento, emigrou para a Inglaterra, onde viveu pelo resto da vida – fato que
marca toda a sua produção ficcional.
DISCUSIONES EPISTEMOLÓGICAS ENTRE MIGRACIÓN Y POSTCOLONIALIDAD
Ilsa Mendoza
Centro de Estudios Migratorios e Interculturales
Universidad Católica del Maule, Chile
2004.mendoza@gmail.com
Susan Sanhueza Henríquez
Centro de Estudios Migratorios e Interculturales
Universidad Católica del Maule, Chile
ssanhueza@ucm.cl
Carmen Norambuena
Universidad Santiago de Chile
carmen.norambuena@usach.cl
El estudio tiene como objetivo analizar la relación entre la epistemología indígena y el sujeto de la migración,
el inmigrante. En este sentido, nuestra hipótesis investigativa apunta a que el silenciamiento del colonialismo
eurocentrista hacia las epistemologías indígenas se puede extender por analogía al inmigrante, por su posición
de marginalidad e inferioridad ante la sociedad receptora, como lo ha estado el indígena respecto de la
epistemología eurocentrista. El tema es abordado desde una postura poscolonial, evidenciando cómo la
epistemología eurocentrista no sólo reduce o acalla a las epistemologías indígenas, sino que también lo hace,
con el modo en que el inmigrante -en particular en Chile- desarrolla y construye su forma de conocer y
concebir la realidad, es decir, también silencia su episteme. Las principales conclusiones de nuestra
investigación son que en esta universalidad del conocimiento, el sistema educativo ha funcionado
sistemáticamente como perpetuador y reproductor del pensamiento eurocéntrico al imponer la cultura del
grupo mayoritario. De este modo, el sistema educativo produce un proceso de asimilación más que de
integración cultural, por lo cual debiera plantearse una educación pluricultural, que considere la coexistencia
de diversas culturas en concordancia con las sociedades actuales, en donde puedan coexistir e interrelacionarse
diversas culturas manteniendo la identidad cultural de cada una de ellas, solo así la educación podrá sumarse
a la modernidad.
LA IMAGEN CHILENA DE LA “NUEVA INMIGRACIÓN” Y LOS DELITOS QUE AFECTAN LA
SEGURIDAD SOCIAL. 2010-2015
Guillermo Bravo Acevedo
Academia Nacional de Estudios Políticos y Estratégicos
gbravo@anepe.cl
25
En la actualidad, las migraciones internacionales se pueden describir como causa y consecuencia de la
globalización, lo que implica que en este contexto existe una serie de factores que podrían caracterizar las
migraciones como una amenaza para la seguridad de las sociedades receptoras.
En el caso de Chile, las migraciones americanas regionales han configurado una “nueva inmigración”
transformado al país en sociedad receptora. Sin embargo, la sociedad ha sido testigo de un aumento de delitos
de connotación social vinculados a los migrantes.
Esta ponencia trata los vínculos que asocian la “nueva inmigración” con aquellos delitos que afectan la
seguridad social.
SESSÃO COORDENADA B
SALA 704, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30)
Lená Medeiros de Menezes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
lenamenezes@hotmail.com
Renata Siuda-Ambroziak (Universidade de Varsóvia)
renata.siuda-ambroziak@uw.edu.pl
Angela Roberti (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
angelaroberti@uol.com.br
Mesa 4B – Processos de integração e identidades
RECONFIGURANDO RELACIONES: PROCESOS DE INTEGRACIÓN INTERNA DE LOS
ESTUDIANTES DE LA UNIVERSIDAD FEDERAL DE INTEGRACIÓN LATINOAMERICANA.
Víctor Pacheco Garrido
Mestrando do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-americanos, Universidade
Federal da Integração Latino-americana
vpachecogarrido@gmail.com
Con un modelo integrador de 50 por ciento de brasileros y 50 por ciento de extranjeros latinoamericanos, la
Universidad Federal de Integración Latinoamericana es una institución innovadora al atraer a sus aulas a miles
de estudiantes hispanohablantes de América Latina hasta Foz de Iguaçu. La interacción entre estos estudiantes
ha cambiado prejuicios por entendimiento y ha adoptado un lenguaje común de tono conciliador y en pro de
la integración latinoamericana, remeciendo esta militarizada ciudad de frontera. Por medio de una etnografía,
se pretende explorar las relaciones entre estudiantes y su lucha contra la xenofobia y por crear una nueva
identidad.
A COMUNIDADE SENEGALESA DE CAXIAS DO SUL E A PERCEPÇÃO DE UMA NOVA
IDENTIDADE PARA OS IMIGRANTES AFRICANOS
Cristine Fortes Lia
Universidade de Caxias do Sul – UCS
cflia@ucs.br
Jéssica Pereira da Costa
Universidade de Caxias do Sul – UCS
jpcosta1@ucs.br
A cidade de Caxias do Sul, na serra gaúcha, tem sua história caracterizada pelo processo de imigração italiana
do século XIX. A população e a cultura caxiense apresentam “apelo” às representações europeias, bem como,
a tradição católica. Com o século XXI, um grande número de imigrantes senegaleses passaram e/ou se
instalaram em Caxias do Sul e estes, africanos e muçulmanos, trouxeram uma série de especificidades
culturais. A recepção a estes passou e passa por diferentes fases em um interessante processo de
ressignificação da identidade africana e muçulmana dos mesmos. Este estudo ocupa-se da análise das
26
estratégias de negociação de identidade cultural promovida pela comunidade senegalesa e dos diferentes
discursos de representação do outro construídos na referida cidade.
“DEUS ENTENDE SÓ EM POLONÊS” – RELIGIÃO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOS
IMIGRANTES E DESCENDENTES DOS POLONESES NO BRASIL.
Renata Siuda-Ambroziak
Instituto das Américas e Europa, CESLA, Universidade de Varsóvia
renata.siuda-ambroziak@uw.edu.pl
Religião sempre constitui um dos fatores mais fortes na construção e preservação da identidade podendo,
especialmente na situação das migrações, facilitar os processos da inserção no novo meio social e cultural ou
dificultá-los. Na comunicação, baseando-se nas teorias sociológicas da aculturação dos imigrantes nas
sociedades multiculturais, a autora mostra, aproveitando o exemplo dos imigrantes poloneses do século XIX
e dos seus descendentes no Brasil contemporâneo, a importância da religião na relação dialética entre os
imigrantes e a sociedade receptora.
Mesa 5B – Migrações internas e transformações sociourbanas
TORNAR-SE VALPARAISENSE, UM EXERCÍCIO PARA O DEVIR
Eliete Barbosa de Brito Silva
Universidade Federal de Goiás
elietebarbosa1@hotmail.com
Nelton Moreira Souza
Universidade Federal de Pelotas
moreirasouza48@gmail.com
Entender as relações identitárias e simbólicas estabelecidas entre os moradores de Valparaíso de Goiás-GO e
o Distrito Federal, eis a que nos propomos. Valparaíso de Goiás tem sua gênese no movimento migratório
para a construção de Brasília. A capital do país continua a atrair pessoas que para aí se deslocam e não
conseguem estabelecer-se. O destino desses sujeitos são os municípios goianos da Área Metropolitana de
Brasília-AMB, dentre eles Valparaíso de Goiás. É comum essas pessoas deixarem a cidade de moradia muito
cedo e somente retornar à noite. As relações apontadas promovem uma aparente dificuldade para que se
estabeleça entre os moradores da cidade o senso de pertencimento à mesma.
UM OLHAR SOBRE A MIGRAÇÃO BAIANA NO MUNCÍPIO DE BRUSQUE/SC
Josely Cristiane Rosa Trevisol
FURB/SC
jo.cris.rosa@mail.com
Marilda Checcucci Gonçalves da Silva
FURB/SC
marildacheccucci@hotmail.com
Este artigo sintetiza informações iniciais da análise do fluxo migratório da Bahia para o Município de
Brusque/SC. A problemática da pesquisa está em apresentar o migrante baiano, apontando para a análise da
capacidade dos migrantes em circular, construir e apropriar-se de espaços, produzindo territórios e identidades
sociais. Trata-se de uma pesquisa etnográfica delineada por conversas informais e entrevistas com baianos
residentes em Brusque. Os resultados iniciais da pesquisa indicam um processo social de redes migratórias da
Bahia para Brusque e os dilemas vivenciados pelos migrantes são apontados em desafios: o desafio de sair,
de chegar e de ser aceito.
27
MEMÓRIAS DE MIGRANTES SOBRE TRANSFORMAÇÕES SÓCIO URBANAS EM
ARACRUZ/ES: PARAÍSO OU TÁRTARO
Maria Rita de Cássia Sales Régis
Mestranda em Psicologia Social UFRRJ (2016)
profmariarita.s@gmail.com
Ronald Clay dos Santos Ericeira
Doutor em Sociologia e Antropologia UFRJ (2009)
Doutor em Psicologia Social UERJ (2010)
Neste estudo, pretende-se identificar as transformações sociourbanas nos bairros Coqueiral de Aracruz e Barra
do Riacho, ambos situados em Aracruz, município do Norte do Estado do Espírito Santo/ES. Examina-se tais
transformações à luz da análise psicossocial. Partiremos das memórias dos recordadores, a fim de desvelar o
mito fundador dos bairros, motivos e influências com análise comparativa destas transformações no período
temporal de 1970 – 2010. A pesquisa permeará metodologicamente aspectos qualitativos por possibilitar
discernir motivos, progressão e relações grupais. O levantamento e análise de dados insere-se na Psicologia
Social, sustentando-se na Teoria das Migrações e Campo de Estudo da Memória Social.
28
SESSÃO COORDENADA 6: CIDADES E SEUS MOVIMENTOS
SALA 703, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30)
André Nunes de Azevedo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
andazi@bol.com.br
Marieta Pinheiro de Carvalho (Universidade Salgado de Oliveira)
marietacarvalho@gmail.com
Dia 05 de outubro
ENTRE O URBANO E O RURAL DA VILA DE SÃO JOSÉ DEL REI: ANÁLISE DAS INTERAÇÕES
ECONÔMICAS ENTRE AS MINAS E OS CURRAIS (1740 – 1808)
Marcelo do Nascimento Gambi
Doutorando em História, UFF
marcelongambi@yahoo.com.br
Este trabalho objetiva analisar o espaço urbano na Capitania de Minas Gerais. Como recorte espacial de estudo
visamos abordar a vila de São José Del Rei e as suas relações com as freguesias rurais que se expandiram a
oeste, por meio da expansão das fronteiras nas regiões compreendidas como os sertões. Nosso recorte temporal
será centrado na segunda metade do século XVIII, período em que ocorreram a dinamização dos espaços
econômicos e o aumento das interações entre as áreas conceituadas como as minas e os currais. Portanto,
buscar-se-á demonstrar a influência existente da área urbana neste espaço em transformação.
MIGUEL JOÃO MEYER E A OPÇÃO PELA AMÉRICA PORTUGUESA
Denilson Muniz de Oliveira.
Universidade Salgado de Oliveira.
denilson_muniz@yahoo.com.br
A proposta deste trabalho é a compreensão dos mecanismos onde Miguel João Meyer exerceu a atividade de
escrivão por mais de duas décadas, explicando a gênese do surgimento e o desenvolvimento da instituição
alfandegária, impulsionada pelo crescimento do comércio e da importância política e econômica do Rio de
Janeiro.
Demonstraremos o quanto este empreendimento profissional foi responsável por sua travessia do Atlântico,
para fixar residência no Rio de Janeiro, em busca de melhores oportunidades que as existentes em Portugal
para uma pessoa de sua condição social, sem títulos de nobreza e desejoso de ascensão social tão importante
quanto desejável em uma sociedade hermética como a sociedade de corte.
Enfim, reconhecer os fatores que foram responsáveis por sua transferência de Portugal para ingressar na
função de escrivão da mesa-grande da Alfândega do Rio de Janeiro.
CARREGADORES E CESTEIROS: O UNIVERSO DOS TRABALHADORES URBANOS NO RIO
DE JANEIRO DA BELLE EPOQUE
Vitor Leandro de Souza
Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura, PUC – RIO.
vitorleandro@id.uff.br
Esta comunicação tem por objetivo compreender a importância dos trabalhadores envolvidos na tarefa de
carregar mercadorias e produtos diversos pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro na virada dos séculos XIX e
XX. A partir das reportagens dos periódicos de grande circulação na cidade, e das representações imagéticas
desses sujeitos publicadas nas revistas ilustradas e realizados por fotógrafos, buscaremos construir uma
identidade comum e ao mesmo plural para os envolvidos nesse ofício informal e por vezes “invisível”,
entretanto, extremamente fundamental para a circulação de mercadorias. Nesse sentido, apesar de pertencem
a uma categoria de trabalhadores que, em sua maioria não tem sua experiência social construída na esfera da
luta organizada, e assim muitas vezes não serem vistos como objetos de historicização, buscaremos reconstruir
algumas das dimensões da cultura de trabalho desses carregadores.
29
É FOGO – ASPECTOS DO COTIDIANO DO RIO DE JANEIRO E A AÇÃO DOS BOMBEIROS NO
INÍCIO DO SÉCULO XX
Afonso Henrique Sant Ana Bastos
Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO
afonso_bastos_30@hotmail.com
A chegada do século XX representa o momento de mudanças para República no Brasil. Este momento
apresenta desafios nada modestos à sociedade brasileira, que terá que modificar padrões econômicos,
estabelecer políticas sócio-estruturais, e investir na transformação do Brasil em espaço atrativo e significante
para o capital estrangeiro, que trará com ele a modificação sócio-econômica. Neste contexto encontra-se o
Corpo de Bombeiros do Rio, em franca transformação técnica e institucional. As mudanças pelas quais o Rio
de Janeiro passa, em sua reurbanização, alteram o cotidiano da cidade e dos Bombeiros, estabelecendo a
necessidade de uma dupla adaptação: cidade e instituição.
SANITARISMO, SAÚDE E INTERVENÇÃO PÚBLICA: A CIDADE DE MURIAÉ A PARTIR DO
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO SANITÁRIA, 1921
Edilane Aparecida Fraga.
Mestre em História do Brasil - UNIVERSO.
edilane-fraga@hotmail.com
O trabalho propõe identificar em que condições sanitárias se encontrava a cidade de Muriaé, Minas Gerais,
através da análise do Relatório de Inspeção Sanitária feito por um engenheiro em 1921 como exigência do
posto de profilaxia rural instalado na cidade, sendo elaborado através de visitas as 760 casas de Muriaé
descrevendo individualmente suas características estruturais e sanitárias, além das condições dos seus
respectivos quintais. O objetivo é compreender a partir do documento, quais as deficiências sanitárias
existentes em Muriaé no seu conjunto de casas, ruas e bairros, revelando implicações para a saúde da
população e para o desenvolvimento do município.
NA IMPRENSA CARIOCA, A AUTO-INSITUIÇÃO DOS SUBÚRBIOS DO RIO DE JANEIRO
ENTRE 1910 E 1914
Jane Trajano Ferreira Gois
Mestre – UNIVERSO/ Colégio Pedro II
janenay2002@yahoo.com.br
Durante o governo Hermes da Fonseca, entre os anos 1910 e 1914, foram publicadas as reclamações dos
moradores dos subúrbios cariocas, principalmente, aqueles dos distritos de Engenho Novo e Inhaúma, nas
páginas do jornal Correio da Manhã. A partir da seção “Reclamações” deste jornal, será feita uma análise do
conteúdo, utilizando como referência o conceito de auto-instituição de Cornelius Castoriadis, buscando
compreender as ações daqueles moradores dos subúrbios, utilizando a imprensa como instrumento de pressão
e voz.
ARQUÉTIPOS SUBURBANOS: A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES NOS ARREBALDES DA
CIDADE DO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XX
Rafael Mattoso
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo (PROURB) da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
rafaelmattoso@yahoo.com.br
Acreditamos que todo espaço urbano constitui-se de um conjunto de localizações que são produzidas através
do trabalho humano, onde as classes sociais lutam pelas mudanças, assim como pelo controle da produção
neste espaço desigual. Assim, este trabalho tem como objetivo aproximar-se, por meio da História da Cidade,
da investigação da vida social e das experiências cotidianas de um grande número de moradores dos arrabaldes
da cidade do Rio de Janeiro.
Buscando promover uma analise mais detalhada dos particulares mecanismos de habitação e sociabilidade no
cotidiano de parte dos agentes sociais que edificaram suas moradias nos bairros suburbanos, entre 1900 e
1950.
30
ESQUINAS, CALLES Y PLAZAS: OCUPACIÓN DE ESPACIOS POR EL MOVIMIENTO DE
DIVERSIDAD SEXUAL EN SAN SALVADOR, EL SALVADOR
Amaral Palevi Gómez Arévalo
Rede O Istmo
amaral.palevi@gmail.com
De las esquinas a las cuales estaban confinadas las travestis en la década 1960, hasta la realización una
multitudinaria marcha por la diversidad sexual desde 1997, la ocupación de espacios en la ciudad de San
Salvador es una muestra del proceso de organización social y la incidencia política que el movimiento de
diversidad sexual ha realizado desde la década de 1990. ¿Qué historia existe? ¿Qué dificultades? ¿Qué
victorias? Son algunas de las preguntas que movilizan la presentación de este trabajo cuyo objetivo es describir
la ocupación de espacios en San Salvador por parte del Movimiento de Diversidad Sexual.
Dia 06 de outubro
DA MEMÓRIA À NOSTALGIA: A FALTA DO LUGAR ONDE (NÃO MAIS) HABITA O POETA.
Andréia Tamanini
Doutoranda no PPGHIS / UFRJ
andreia.tamanini@gmail.com
Para os antigos, era a memória que intermediava a conexão não apenas com os deuses e os antepassados, mas
consigo mesmos. No entanto o esquecimento permitia à alma retomar corpo e ganhar vida novamente. E todo
caminho da existência seria a experiência do "desesquecimento" da alma - a aletheia. A nostalgia,
diferentemente, dizia do desejo de retorno a um longe que evoca falta, tal a cicatriz na coxa de Ulisses.
Sugerimos que o apagamento, da paisagem carioca, da casa onde habitou nosso "mais ilustre" poeta substituiu
a criação de um lugar de memória por um "lugar de nostalgia" na cidade.
DEL MITO DE LA HOSPITALIDAD A LA REGLAMENTACIÓN DE LA INTERCULTURALIDAD
Leticia Calderón Chelius
Instituto Mora
lcalderon@mora.edu.mx
La Ciudad de México ha refrendado durante décadas un discurso de ser la entidad de hospitalidad y
recibimiento solidario de extranjeros por excelencia. Ciertamente, la ciudad y el país como tal, han
experimentado momentos en que la solidaridad hacia algunos grupos de inmigrantes fue un sello que quedó
plasmado en la historia patria. Este texto busca revisar esta trayectoria política y sus impactos a través del
análisis de la ley de interculturalidad que se aprobó en la Ciudad de México en 2011, que es el nuevo marco
de interacción hacia las comunidades de extranjeros que radican en ella.
DESENVOLVIMENTO E INJUSTIÇA AMBIENTAL DISTRITO DE SÃO JOAQUIM, MUNICÍPIO
DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES: A POPULAÇÃO INVISIBILIZADA COM VOZ
Tauã Lima Verdan Rangel
Bolsista CAPES. Doutorando vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da
Universidade Federal Fluminense
taua_verdan2@hotmail.com
A busca pelo desenvolvimento tem ganhado, nas últimas décadas, a pauta das discussões e reflexões,
sobretudo em razão do esgotamento e exaurimento dos recursos naturais. Em um cenário de achatamento da
população, sobretudo aquela como “vulnerável”, condicionada em comunidades carentes e bolsões de
pobreza, diretamente afetada pelos passivos produzidos, constrói-se um ideário de justiça ambiental.
Justamente, o presente debruça-se, ambicionando explicitar, a partir do exame da situação retratada no Distrito
Industrial de São Joaquim, em Cachoeiro de Itapemirim-ES, um cenário “propício” para o agravamento da
injustiça socioambiental, aguçando os passivos socioambientais a serem suportados pelas populações
diretamente afetadas pelo empreendimento.
31
SEGURANÇA NO TRÂNSITO: APRENDENDO E VIVENDO
Edilson Carlos Kordel
DER – PMPG
edilsonkordel@seed.pr,gov.br
Maria Aparecida Carbonar
DER – PMPG
amcarbonar@bol.com.br
A segurança do pedestre é o objetivo de nosso trabalho na Escola Prática Educativa de Trânsito criada em
1975, em Curitiba, no Paraná, pioneira no Brasil, direcionada aos alunos do 5ºano, consistindo em aulas
expositivas teóricas e práticas abordando o comportamento e segurança no trânsito, mediando e
compartilhando conhecimentos de mobilidade humana sustentável e segura com o curso aprendendo e
Vivendo” numa parceria entre Estado (DER), Município (docentes) e Polícia Rodoviária. Após o estudo da
cartilha, os alunos vivenciam na prática os valores que tornam o trânsito mais seguro para todos. Hoje, a EPET
se encontra em cinco municípios.
AZNIA, GORILLA CITY E OUTRAS REPRESENTAÇÕES DA ÁFRICA NOS QUADRINHOS DE
SUPER-HERÓIS
Savio Queiroz Lima
Mestrando da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO
savio_roz@yahoo.com.br
O presente trabalho pretende iniciar um mapeamento de histórias em quadrinhos do mainstream que possuem
personagens africanos e representações de sociedades, culturas, geografia, entre outros elementos, do
continente africano. Representações da África e de personagens africanos são parte dos universos ficcionais
onde narrativas são produzidas nas duas mais bem sucedidas editoras do mercado de histórias em quadrinhos
de super-heróis: a DC Comics e a Marvel Comics. Como as duas editoras narram suas histórias em quadrinhos
em mundo verossímil baseado na realidade espacial e temporal de seus consumidores, o continente africano é
parte de suas geografias e está repleto de cidades, personagens e histórias.
ENTRE O PELOURINHO E O BAIRRO DA LIBERDADE: CRENÇAS E RELIGIOSIDADES
Debora Simões de Souza Mendel
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFRJ/MN).
debora.simoes.ss@gmail.com
No dia 4 de dezembro, na cidade de Salvador, milhares de pessoas festejam Santa Bárbara, as ruas enfeitadas
nas cores vermelha e/ou branca sandam a santa do dia. O objetivo principal do trabalho é analisar as relações
entre a festa que acontece no Centro Histórico e a que ocorre no Bairro da Liberdade. Salientando as
especificidades desses espaços tão diversos e suas transformações e dialogando com teóricos da cidade. A
festa é entendida como espaço de atuação de diferentes grupos que, em suas interações e conflitos, fazem-na
acontecer e dão sentidos a festa e a cidade. Outra discussão é a cidade e as políticas patrimoniais.
32
SESSÃO COORDENADA 7: GOVERNOS E PRÁTICAS POLÍTICAS
6 DE OUTUBRO, SALA 706, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30)
Vivian Zampa (Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da
Silveira)
vivianzampa@hotmail.com
A FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO NACIONAL E SUA REPERCUSSÃO EM SÃO LOURENÇO
DOS ÍNDIOS (1835 – 1845)
Agla Santos André
Universidade Salgado de Oliveira –Niterói (UNIVERSO)
agla_santos@yahoo.com.br
Resumo: As agitações políticas das primeiras décadas do século XIX e o desejo de inserção gradativa do
Império do Brasil no rol das nações modernas, continuaram a ser temas recorrentes nas primeiras décadas do
período Regencial, e despertaram nos representantes governamentais o anseio de promover a formação de
uma “grandiosa” população nacional. Partindo deste princípio, apresento as estratégias políticas da Regência
e do Segundo Reinado na tentativa de alavancar e controlar a formação da população nacional, por meio dos
ensaios estatísticos em prol de um processo civilizatório buscando destacar estas execuções num estudo de
caso: o Aldeamento de São Lourenço.
A INFLUÊNCIA DO PODER POLÍTICO DOS COMERCIANTES E PROPRIETÁRIOS DE
TERRAS DO PORTO DAS CAIXAS E DO NORTE FLUMINENSE NA CONSTRUÇÃO DO CANAL
CAMPOS-MACAÉ/PORTO DAS CAIXAS (1837-1872)
Mirian Cristina Siqueira de Cristo.
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, curso de Mestrado em História do Brasil, Universidade
Salgado de Oliveira/Niterói, RJ.
mirian.de.cristo.1978@gmail.com
O artigo analisa a influência política da elite agrária escravocrata do Norte Fluminense e dos comerciantes do
Porto das Caixas, no recôncavo da Baía de Guanabara, especialmente a do Sr. Joaquim José Rodrigues Torres
(Visconde de Itaboraí) e de sua família, na construção do Canal Campos-Macaé/Porto das Caixas. Também
analisa a manutenção do poder político junto ao Império, através de alianças matrimoniais entre os grandes
proprietários de terras, a manipulação da execução de obras públicas para o favorecimento dos comerciantes,
fazendeiros do Norte Fluminense e do Porto das Caixas e as manobras realizadas para salvar comércio do
mesmo local.
A GUERRA CIVIL DE 1932 E O CASO DO DISTRITO FEDERAL: AMPLIANDO HORIZONTES.
Felipe Castanho Ribeiro
Programa de Pós-Graduação da Universidade Salgado de Oliveira (Mestrando)
fe.castanho@gmail.com
O presente estudo revisita a guerra Constitucionalista de 1932 sobre o prisma do Distrito Federal. Sendo assim,
parte-se do pressuposto de que o grosso da produção historiográfica sobre a guerra de 1932 possuí ênfase no
estado de São Paulo e, trata-se na sua grande maioria de obras memorialísticas. Propõe-se então, a análise
historiográfica existente sobre o tema. Em seguida pretende-se dialogar algumas obras precípuas sobre o tema
com fontes históricas produzidas a partir da ótica do Distrito Federal. Com esta dialética compreende-se que
o movimento de oposição ao Governo Provisório em 1932 fora além do estado de São Paulo.
O AEROCLUBE DO BRASIL E A POLÍTICA DE INCENTIVO À AVIAÇÃO NO GOVERNO DE
GETÚLIO VARGAS (1937-1945)
Rejane de Souza Fontes
33
Pós-Doutoranda do Programa de Pós-graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul – PUCRS. Especialista em Regulação da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC
rejane.fontes@anac.gov.br
Claudia Musa Fay
Profª. Drª. do Programa de Pós-graduação em História e da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS
cmusafay@pucrs.br
A falta de pilotos no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial levou o governo de Getúlio Vargas a realizar
a Campanha Nacional de Aviação (CNA), cuja participação do Aeroclube do Brasil foi determinante para a
expansão da aviação brasileira. Com visível apoio do Governo Vargas, durante o Estado Novo (1937-1945),
vários aeroclubes foram criados e a formação de pilotos superou as expectativas. Esta comunicação analisa a
atuação do Aeroclube do Brasil não somente na história da aviação, mas no cenário nacional do pós-guerra,
revelando os interesses estratégicos de um governo e o papel da aviação nos desígnios da política nacional.
“MODERNIDADE” CARIOCA (1920-1930): OS “ERRANTES” E A ESCOLA
Manoela do Nascimento Morgado
Aluna de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação -PPGE da Universidade Federal do Rio
de Janeiro – UFRJ
manoelamorgadoufrj@bol.com.br
O trabalho problematiza a concepção de governo que se tentou empenhar na cidade do Rio de Janeiro (1920-
1930). A tentativa de “modernização” objetivava uma mudança estrutural na urbe e também reordenar os
costumes da população. A escola é a principal ferramenta nesse “projeto”, porque ela promoveria uma reforma
no espírito público. Contudo, um grupo caracterizado como “errantes” interfere na cidade e nos
estabelecimentos de ensino através de ações criminais. Algo que aponta para o entrelaçamento entre escola e
a cidade e coloca em cheque os “padrões de modernidade” tencionados para o período.
ESCOLA PARQUE PRIMÁRIO COMPLEMENTAR: A MEMÓRIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE
ENSINO DO GOVERNO DE JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA, NA ZONA DA MATA
MINEIRA.
Claudia Maria Moura de Castro Amaral
Universidade Salgado de Oliveira – Niterói (RJ)
claudiacastroamaral@gmail.com
O trabalho apresenta resultados da pesquisa relacionada à Escola Parque Primário Complementar, criada no
governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira, no município de Leopoldina, localizado na Zona da Mata
Mineira. A pesquisa analisa documentos e relatos de ex-alunos, ex-professores e ex-funcionários da escola e
entrevistas aos cidadãos do município e da região, objetivando verificar as impressões dessa instituição que
ficaram registradas na memória dos cidadãos leopoldinenses, a articulação política que tornou possível a
instalação da Escola no município, mesmo competindo com outros municípios da região, além das razões do
fechamento da Escola no início de 1970.
CONTRADIÇÕES DA POLÍTICA DO GOVERNO JÂNIO QUADROS EM 1961
Alberto Dias Mendes
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Política da UERJ
mendesad@yahoo.com.br
O governo Jânio Quadros caracterizou-se por grandes contradições. As políticas endógenas contrastam com a
Política Externa Independente. Eleito Presidente do Brasil, renuncia com apenas sete meses de mandato. As
proposições de "austeridade administrativa" para "varrer" a corrupção e de aproximação comercial com os
países socialistas resultam em reações da sociedade civil nas suas diferentes matrizes ideológicas.
Pretendemos discutir essas tramas políticas e como foram recepcionadas pelos movimentos sociais, a partir
das leituras dos jornais da época.
34
UBIRAJARA MUNIZ: PREFEITO CASSADO COM O GOLPE DE 1964
Alex Sandro Amaral Rodrigues
Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO- Niterói
alexsandroarodrigues@hotmail.com.br
No final dos anos de 1950 e na primeira metade da década de 1960, o Brasil viveu um período de grande
agitação política, que terminou com o golpe civil-militar de 1964 e teve como pano de fundo um ambiente em
que se discutia a implantação do projeto reformista de Goulart. Esse trabalho tem por objetivo estudar como
o interior vivenciou esse momento. Através da história-política de Cachoeiras de Macacu, cidade localizada
no interior do Estado do Rio de Janeiro, demonstro como essa agitação política chegou ao interior do país. A
partir da personagem do Sr. Ubirajara Muniz, que teve o mandato de prefeito dessa cidade cassado com o
golpe de 1964, que mostro como as discussões que marcaram o ambiente pré-64 não se limitaram às grandes
capitais brasileiras.
35
SESSÃO COORDENADA 8: MOVIMENTOS SOCIAIS E SEUS
DESDOBRAMENTOS
SALA 702, 7º ANDAR
Alexandre Belmonte (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
alexbelmonte@gmail.com
Carla Peñaloza (Universidad de Chile)
carlamilar73@gmail.com
5 de outubro (14:00 até 17:30)
A UNIFICAÇÃO ITALIANA VISTA DO IMPÉRIO DO BRASIL: A ATUAÇÃO DOS ITALIANOS
NO RIO DE JANEIRO
Alexandre Belmonte
Professor de História da América da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
alexbelmonte@gmail.com
Os italianos residentes no Brasil foram ativos participantes dos movimentos sociais que caracterizam o século
XX, sobretudo pelo viés sindicalista e anarquista. Entretanto, muito antes disso, na década de 1850, um grupo
de italianos residente no Rio de Janeiro militava, em solo brasileiro, em favor da unificação italiana do outro
lado do Atlântico. Era um grupo constituído de profissionais liberais (médicos, professores, jornalistas,
artistas) que, reunindo-se em solo brasileiro, agremiavam-se em associações e jornais, e panfletavam,
abertamente, em prol das tropas de Garibaldi. Este artigo pretende dar visibilidade a esse grupo de itálicos,
abordando seu sentimento de identidade, a despeito dos regionalismos que dividiam a Itália da época, bem
como suas estratégias de organização.
ANTIMILITARISMO ÁCRATA, DEBATES Y CONFRONTACIONES ANTE LA PRIMERA
GUERRA MUNDIAL.
Manzoni Gisela Paola
CONICET- UNLP- IdIHCS- CINIG
giyitan@yahoo.com.ar
La Primera Guerra Mundial o Gran Guerra como sus contemporáneos la conocieron causo ecos en los lugares
más recónditos del planeta, independientemente de cómo se vieron afectadas las personas o los grupo, todos
debieron tomar postura sobre ella. El movimiento Anarquismo con una gran tradición antimilitarista, también
se vio afectado por los efectos ideológicos de este conflicto.
En este trabajo indagaremos como la primera guerra mundial dividió al movimiento ácrata y como este debate
político teórico repercutió en los distintos ámbitos donde la idea libertaria estaba arraigada, trataremos
especialmente el caso de la Argentina.
DOIS LADOS DE UMA MESMA MOEDA – O RACIONALISMO DO ESTADO E DOS
ANARQUISTAS
Barbara Cristina Soares Pessanha
Aluna de mestrado do PPGH da UERJ
bc.spessanha@gmail.com
De início, podemos pensar na distância enorme presente nas práticas do Estado brasileiro ao empreender uma
grande reforma urbana, conhecida como Pereira Passos, que buscou uma modernização urbanística da cidade
do Rio de Janeiro, com as ideias defendidas pelo movimento Anarquista, que defende a ausência de um Estado,
e a formação de uma sociedade libertária, mas diferente da visão simplificada acerca desta doutrina, onde a
palavra desordem seria sinônimo de Anarquia, estes defendem que no anarquismo quem governa é a Razão.
Pretendemos, analisar o discurso do Racionalismo presente nestes dois projetos, que estavam em campos
opostos no Rio de Janeiro no início do século XX.
36
VISÕES DO JORNAL O PAIZ SOBRE A GREVE GERAL E A INSURREIÇÃO ANARQUISTA DE
1918
Bruno de Lino Mendes
Mestrando em História da UNIVERSO
blmendes@hotmail.com
Esta comunicação tem como objetivo demonstrar a visão do jornal O Paiz sobre a greve geral e a Insurreição
Anarquista de 1918, na cidade do Rio de Janeiro. Primeiramente, será analisada a Greve Geral e a Insurreição
Anarquista de 1918, que ocorreram no mesmo dia (18 de novembro). Após analisar estes movimentos,
demonstraremos como dos dois estavam ligados e as estratégias do jornal O Paiz para ligar os grevistas aos
insurretos.
CONFLICTO OBRERO Y MOVIMIENTOS SOCIALES: EL CASO DEL MOVIMIENTO DE
DESOCUPADOS EN ARGENTINA (1993-2003)
Pablo Ariel Becher
Universidad Nacional del Sur (Argentina)- Colectivo de Estudios e Investigaciones Sociales (CEISO)
pablobecher@hotmail.com
En el marco del modelo hegemónico neoliberal en la Argentina durante el período 1990- 2003 surgieron
distintas experiencias y organizaciones de resistencia que enfrentaron ese proceso y pretendieron generar
alternativas políticas concretas. En relación a ello, este trabajo analiza las diversas manifestaciones de acción
colectiva de la clase obrera comparando esas expresiones generales con los hechos específicos provocados
por los movimientos de desocupados. De esta forma se investiga las relaciones y correlaciones de fuerzas
entre distintas clases y fracciones sociales, sus cambios políticos y los significados culturales a partir de los
procesos de enfrentamiento social.
O(S) MOVIMENTO(S) GREVISTA(S) NA DÉCADA DE 1990 NOS DISCURSOS DOS DEPUTADOS
FEDERAIS PETISTAS: NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
Glauber Eduardo Ribeiro Cruz
Universidade Federal de Minas Gerais
glaubereduardo@uol.com.br
O objetivo do texto é apresentar como os deputados federais do Partido dos Trabalhadores na década de 1990
consolidaram uma relação com o movimento grevista baseada na negociação e no conflito. Para isso, as fontes
principais são os discursos disponibilizados nos sites da Câmara dos Deputados. Na perspectiva metodológica,
o discurso é concebido como o instante privilegiado para a ação política, em meio aos fatos e aos
acontecimentos quanto também, por meio de valores sociais construídos e defendidos. Esses discursos revelam
especificidades das bandeiras políticas e dos atores políticos do PT diante de questão fundamental para os
trabalhadores brasileiros.
UMA ANÁLISE SOBRE A ATUAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO DURANTE
O ANO DE 1977.
Welton de Abreu Oliveira
Universidade Salgado de Oliveira
wabreuoliveira@hotmail.com
O presente trabalho analisa a atuação do movimento estudantil no decorrer do ano de 1977, com o objetivo de
compreender como as reivindicações dos estudantes contribuíram para a redemocratização do país. Acredita-
se que as manifestações foram sendo ampliadas durante todo o ano, deixando de lado a pauta sobre a situação
do ensino superior e da educação pública para adotarem questões sobre a política brasileira. Por conseguinte,
o movimento estudantil se tornou um dos primeiros movimentos sociais a retornar às ruas, depois do ato
institucional nº 5, com a intenção de derrubar o governo militar e restaurar a democracia no Brasil.
Ditaduras, exílios e memórias na América Latina
Ditaduras, exílios e memórias na América Latina
Ditaduras, exílios e memórias na América Latina
Ditaduras, exílios e memórias na América Latina
Ditaduras, exílios e memórias na América Latina
Ditaduras, exílios e memórias na América Latina

More Related Content

What's hot

Historia da america, josé miguel arias neto
Historia da america, josé miguel arias netoHistoria da america, josé miguel arias neto
Historia da america, josé miguel arias netoVlademir Luft
 
Pensamento social brasileiro
Pensamento social brasileiro Pensamento social brasileiro
Pensamento social brasileiro Luciene Medina
 
Caderno do Aluno História 7 série vol 2 2014-2017
Caderno do Aluno História 7 série vol 2 2014-2017Caderno do Aluno História 7 série vol 2 2014-2017
Caderno do Aluno História 7 série vol 2 2014-2017Diogo Santos
 
A História do Negro no Jornal
A História do Negro no Jornal A História do Negro no Jornal
A História do Negro no Jornal ContinenteAfrica
 
Paper de dimas brasileiro veras na anpuh
Paper de dimas brasileiro veras na anpuhPaper de dimas brasileiro veras na anpuh
Paper de dimas brasileiro veras na anpuhcitacoesdosprojetos
 
Exercícios conceito de história primeiro ano
Exercícios conceito de história  primeiro anoExercícios conceito de história  primeiro ano
Exercícios conceito de história primeiro anojacoanderle
 
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920Carlos Sant'Anna
 
Fronteira revisitado
Fronteira revisitadoFronteira revisitado
Fronteira revisitadoajr_tyler
 
Coleo Histria do Tempo Presente - Volume II.pdf
Coleo Histria do Tempo Presente - Volume II.pdfColeo Histria do Tempo Presente - Volume II.pdf
Coleo Histria do Tempo Presente - Volume II.pdfCarolineSilveiraBaue1
 
Raça", sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma compara...
Raça", sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma compara...Raça", sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma compara...
Raça", sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma compara...Geraa Ufms
 
A questão agraria no pensamento político e social brasileiro
A questão agraria no pensamento político e social brasileiroA questão agraria no pensamento político e social brasileiro
A questão agraria no pensamento político e social brasileiroJoelson Gonçalves de Carvalho
 
Capítulo 9 Sociologia
Capítulo 9 SociologiaCapítulo 9 Sociologia
Capítulo 9 SociologiaMiro Santos
 
Dissertação de mestrado em História unirio fabricio gomes
Dissertação de mestrado em História unirio   fabricio gomesDissertação de mestrado em História unirio   fabricio gomes
Dissertação de mestrado em História unirio fabricio gomesFabrício Gomes
 

What's hot (19)

Historia da america, josé miguel arias neto
Historia da america, josé miguel arias netoHistoria da america, josé miguel arias neto
Historia da america, josé miguel arias neto
 
Pensamento social brasileiro
Pensamento social brasileiro Pensamento social brasileiro
Pensamento social brasileiro
 
Caderno do Aluno História 7 série vol 2 2014-2017
Caderno do Aluno História 7 série vol 2 2014-2017Caderno do Aluno História 7 série vol 2 2014-2017
Caderno do Aluno História 7 série vol 2 2014-2017
 
racismo e_anti_racismo
racismo e_anti_racismoracismo e_anti_racismo
racismo e_anti_racismo
 
Oracy nogueira
Oracy nogueiraOracy nogueira
Oracy nogueira
 
A História do Negro no Jornal
A História do Negro no Jornal A História do Negro no Jornal
A História do Negro no Jornal
 
3041776
30417763041776
3041776
 
Paper de dimas brasileiro veras na anpuh
Paper de dimas brasileiro veras na anpuhPaper de dimas brasileiro veras na anpuh
Paper de dimas brasileiro veras na anpuh
 
Capítulo 9 do livro de Sociologia
Capítulo 9 do livro de Sociologia Capítulo 9 do livro de Sociologia
Capítulo 9 do livro de Sociologia
 
Exercícios conceito de história primeiro ano
Exercícios conceito de história  primeiro anoExercícios conceito de história  primeiro ano
Exercícios conceito de história primeiro ano
 
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920
 
Fronteira revisitado
Fronteira revisitadoFronteira revisitado
Fronteira revisitado
 
Artigo 2
Artigo 2Artigo 2
Artigo 2
 
1805 5307-1-pb
1805 5307-1-pb1805 5307-1-pb
1805 5307-1-pb
 
Coleo Histria do Tempo Presente - Volume II.pdf
Coleo Histria do Tempo Presente - Volume II.pdfColeo Histria do Tempo Presente - Volume II.pdf
Coleo Histria do Tempo Presente - Volume II.pdf
 
Raça", sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma compara...
Raça", sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma compara...Raça", sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma compara...
Raça", sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma compara...
 
A questão agraria no pensamento político e social brasileiro
A questão agraria no pensamento político e social brasileiroA questão agraria no pensamento político e social brasileiro
A questão agraria no pensamento político e social brasileiro
 
Capítulo 9 Sociologia
Capítulo 9 SociologiaCapítulo 9 Sociologia
Capítulo 9 Sociologia
 
Dissertação de mestrado em História unirio fabricio gomes
Dissertação de mestrado em História unirio   fabricio gomesDissertação de mestrado em História unirio   fabricio gomes
Dissertação de mestrado em História unirio fabricio gomes
 

Viewers also liked

Open knowledge brasil | inovaday
Open knowledge brasil | inovadayOpen knowledge brasil | inovaday
Open knowledge brasil | inovadayCetem
 
Portfólio sites
Portfólio sitesPortfólio sites
Portfólio siteswil
 
Lib h3lp pidgin info session for staff
Lib h3lp pidgin info session for staffLib h3lp pidgin info session for staff
Lib h3lp pidgin info session for staffElizabeth Brown
 
كتاب المتلازمة الأيضية للدكتور موسى العنزي
كتاب المتلازمة الأيضية للدكتور موسى العنزيكتاب المتلازمة الأيضية للدكتور موسى العنزي
كتاب المتلازمة الأيضية للدكتور موسى العنزيد. موسى العنزي
 
Марина Львовна Москвина
Марина Львовна МосквинаМарина Львовна Москвина
Марина Львовна Москвинаnebula_orion
 
Lista dos Postos de Turismo no Alentejo
Lista dos Postos de Turismo no AlentejoLista dos Postos de Turismo no Alentejo
Lista dos Postos de Turismo no Alentejoturismo_alentejo
 
Inteligência 360º
Inteligência 360ºInteligência 360º
Inteligência 360ºFred Pacheco
 
Servidor De Correo En Fedora
Servidor De Correo En FedoraServidor De Correo En Fedora
Servidor De Correo En FedoraStiven Marin
 
DESTAK – Lisboa – 15.05.2008
DESTAK – Lisboa – 15.05.2008DESTAK – Lisboa – 15.05.2008
DESTAK – Lisboa – 15.05.2008MANCHETE
 
раздел 1 cовременные воспитательные технологии_неверова
раздел 1 cовременные воспитательные технологии_неверовараздел 1 cовременные воспитательные технологии_неверова
раздел 1 cовременные воспитательные технологии_невероваТатьяна Плохотник
 
Knowledge alliances for better R&D
Knowledge alliances for better R&DKnowledge alliances for better R&D
Knowledge alliances for better R&DVLC/CAMPUS
 

Viewers also liked (20)

Open knowledge brasil | inovaday
Open knowledge brasil | inovadayOpen knowledge brasil | inovaday
Open knowledge brasil | inovaday
 
Portfólio sites
Portfólio sitesPortfólio sites
Portfólio sites
 
César borges 1999 2002
César borges 1999 2002César borges 1999 2002
César borges 1999 2002
 
Lib h3lp pidgin info session for staff
Lib h3lp pidgin info session for staffLib h3lp pidgin info session for staff
Lib h3lp pidgin info session for staff
 
TiCs UniBoyaca
TiCs  UniBoyacaTiCs  UniBoyaca
TiCs UniBoyaca
 
Diz Jornal 158
Diz Jornal 158Diz Jornal 158
Diz Jornal 158
 
كتاب المتلازمة الأيضية للدكتور موسى العنزي
كتاب المتلازمة الأيضية للدكتور موسى العنزيكتاب المتلازمة الأيضية للدكتور موسى العنزي
كتاب المتلازمة الأيضية للدكتور موسى العنزي
 
Марина Львовна Москвина
Марина Львовна МосквинаМарина Львовна Москвина
Марина Львовна Москвина
 
CIP Journal 1
CIP Journal 1CIP Journal 1
CIP Journal 1
 
Elemento ancora
Elemento ancoraElemento ancora
Elemento ancora
 
Lista dos Postos de Turismo no Alentejo
Lista dos Postos de Turismo no AlentejoLista dos Postos de Turismo no Alentejo
Lista dos Postos de Turismo no Alentejo
 
SciFinder - Apresentação
SciFinder - ApresentaçãoSciFinder - Apresentação
SciFinder - Apresentação
 
Inteligência 360º
Inteligência 360ºInteligência 360º
Inteligência 360º
 
Panel 7 Fernando Vásquez Redlees
Panel 7 Fernando Vásquez RedleesPanel 7 Fernando Vásquez Redlees
Panel 7 Fernando Vásquez Redlees
 
Servidor De Correo En Fedora
Servidor De Correo En FedoraServidor De Correo En Fedora
Servidor De Correo En Fedora
 
DESTAK – Lisboa – 15.05.2008
DESTAK – Lisboa – 15.05.2008DESTAK – Lisboa – 15.05.2008
DESTAK – Lisboa – 15.05.2008
 
раздел 1 cовременные воспитательные технологии_неверова
раздел 1 cовременные воспитательные технологии_неверовараздел 1 cовременные воспитательные технологии_неверова
раздел 1 cовременные воспитательные технологии_неверова
 
Processo Eletrônico e Hipertexto
Processo Eletrônico e HipertextoProcesso Eletrônico e Hipertexto
Processo Eletrônico e Hipertexto
 
Чемпионат по тэк для ВУЗов
Чемпионат по тэк для ВУЗовЧемпионат по тэк для ВУЗов
Чемпионат по тэк для ВУЗов
 
Knowledge alliances for better R&D
Knowledge alliances for better R&DKnowledge alliances for better R&D
Knowledge alliances for better R&D
 

Similar to Ditaduras, exílios e memórias na América Latina

HistoriaVainfas_3_MP_0105P18043_PNLD2018.pdf
HistoriaVainfas_3_MP_0105P18043_PNLD2018.pdfHistoriaVainfas_3_MP_0105P18043_PNLD2018.pdf
HistoriaVainfas_3_MP_0105P18043_PNLD2018.pdfAdrianaCarvalhoRibei
 
EBOOK CHILE - TERRITORIO(S), GÉNERO, TRABAJO y POLÍTICAS PÚBLICAS EN AMÉRICA...
EBOOK CHILE - TERRITORIO(S), GÉNERO, TRABAJO y  POLÍTICAS PÚBLICAS EN AMÉRICA...EBOOK CHILE - TERRITORIO(S), GÉNERO, TRABAJO y  POLÍTICAS PÚBLICAS EN AMÉRICA...
EBOOK CHILE - TERRITORIO(S), GÉNERO, TRABAJO y POLÍTICAS PÚBLICAS EN AMÉRICA...Luiz Guilherme Leite Amaral
 
Dissertação de andré luiz rodrigues de rossi mattos na unesp em 2013
Dissertação de andré luiz rodrigues de rossi mattos na unesp em 2013Dissertação de andré luiz rodrigues de rossi mattos na unesp em 2013
Dissertação de andré luiz rodrigues de rossi mattos na unesp em 2013citacoesdosprojetosdeotavioluizmachado
 
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufop
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufopArtigo de josé vieira da cruz em revista ufop
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufopcitacoesdosprojetos
 
Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptx
Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptxApresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptx
Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptxJOOLUIZDASILVALOPES
 
A filosofia política moderna de hobbes a marx atilio a-boron
A filosofia política moderna de hobbes a marx   atilio a-boronA filosofia política moderna de hobbes a marx   atilio a-boron
A filosofia política moderna de hobbes a marx atilio a-boronGilcimar Kruger
 
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II Alogoinhas - Bahia
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II  Alogoinhas - BahiaCaderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II  Alogoinhas - Bahia
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II Alogoinhas - BahiaFrancemberg Teixeira Reis
 
América Contemporânea 1º Semestre De 2010
América Contemporânea 1º Semestre De 2010América Contemporânea 1º Semestre De 2010
América Contemporânea 1º Semestre De 2010alexbuzeli
 
Dissertação de daniel cantinelli sevillano usp
Dissertação de daniel cantinelli sevillano uspDissertação de daniel cantinelli sevillano usp
Dissertação de daniel cantinelli sevillano uspcitacoesdosprojetos
 
Ufc livro nuestra américa no século xxi
Ufc    livro nuestra  américa no século xxiUfc    livro nuestra  américa no século xxi
Ufc livro nuestra américa no século xxiNatália Ilka
 
Elementos do pensamento decolonial no ordenamento jurídico latino-americano
Elementos do pensamento decolonial no ordenamento jurídico latino-americanoElementos do pensamento decolonial no ordenamento jurídico latino-americano
Elementos do pensamento decolonial no ordenamento jurídico latino-americanoFelipe Labruna
 
Projeto brasilidade identidade e autoestima final
Projeto brasilidade identidade e autoestima finalProjeto brasilidade identidade e autoestima final
Projeto brasilidade identidade e autoestima finalLuis Nassif
 
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasil
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasilAntropologia da religião 5 - antropologia no brasil
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasilSalomao Lucio Dos Santos
 
E-imigração em debate: novas abordagens na contemporaneidade
E-imigração em debate: novas abordagens na contemporaneidadeE-imigração em debate: novas abordagens na contemporaneidade
E-imigração em debate: novas abordagens na contemporaneidadeAcrópole - História & Educação
 
Prova n2 antropologia e cultura brasileira
Prova n2 antropologia e cultura brasileiraProva n2 antropologia e cultura brasileira
Prova n2 antropologia e cultura brasileiraJéssica Kulhavy
 

Similar to Ditaduras, exílios e memórias na América Latina (20)

HistoriaVainfas_3_MP_0105P18043_PNLD2018.pdf
HistoriaVainfas_3_MP_0105P18043_PNLD2018.pdfHistoriaVainfas_3_MP_0105P18043_PNLD2018.pdf
HistoriaVainfas_3_MP_0105P18043_PNLD2018.pdf
 
EBOOK CHILE - TERRITORIO(S), GÉNERO, TRABAJO y POLÍTICAS PÚBLICAS EN AMÉRICA...
EBOOK CHILE - TERRITORIO(S), GÉNERO, TRABAJO y  POLÍTICAS PÚBLICAS EN AMÉRICA...EBOOK CHILE - TERRITORIO(S), GÉNERO, TRABAJO y  POLÍTICAS PÚBLICAS EN AMÉRICA...
EBOOK CHILE - TERRITORIO(S), GÉNERO, TRABAJO y POLÍTICAS PÚBLICAS EN AMÉRICA...
 
Dissertação de andré luiz rodrigues de rossi mattos na unesp em 2013
Dissertação de andré luiz rodrigues de rossi mattos na unesp em 2013Dissertação de andré luiz rodrigues de rossi mattos na unesp em 2013
Dissertação de andré luiz rodrigues de rossi mattos na unesp em 2013
 
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufop
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufopArtigo de josé vieira da cruz em revista ufop
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufop
 
Capítulo 4 - Antropologia Brasileira
Capítulo 4 - Antropologia BrasileiraCapítulo 4 - Antropologia Brasileira
Capítulo 4 - Antropologia Brasileira
 
Dissertação de daniel cantinelli sevillano usp 2010
Dissertação de daniel cantinelli sevillano usp 2010Dissertação de daniel cantinelli sevillano usp 2010
Dissertação de daniel cantinelli sevillano usp 2010
 
Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptx
Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptxApresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptx
Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptx
 
A filosofia política moderna de hobbes a marx atilio a-boron
A filosofia política moderna de hobbes a marx   atilio a-boronA filosofia política moderna de hobbes a marx   atilio a-boron
A filosofia política moderna de hobbes a marx atilio a-boron
 
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II Alogoinhas - Bahia
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II  Alogoinhas - BahiaCaderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II  Alogoinhas - Bahia
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II Alogoinhas - Bahia
 
América Contemporânea 1º Semestre De 2010
América Contemporânea 1º Semestre De 2010América Contemporânea 1º Semestre De 2010
América Contemporânea 1º Semestre De 2010
 
Dissertação de daniel cantinelli sevillano usp
Dissertação de daniel cantinelli sevillano uspDissertação de daniel cantinelli sevillano usp
Dissertação de daniel cantinelli sevillano usp
 
Ufc livro nuestra américa no século xxi
Ufc    livro nuestra  américa no século xxiUfc    livro nuestra  américa no século xxi
Ufc livro nuestra américa no século xxi
 
Artigo de josé vieira da cruz na revista ufop 2009
Artigo de josé vieira da cruz na revista ufop 2009Artigo de josé vieira da cruz na revista ufop 2009
Artigo de josé vieira da cruz na revista ufop 2009
 
Elementos do pensamento decolonial no ordenamento jurídico latino-americano
Elementos do pensamento decolonial no ordenamento jurídico latino-americanoElementos do pensamento decolonial no ordenamento jurídico latino-americano
Elementos do pensamento decolonial no ordenamento jurídico latino-americano
 
Projeto brasilidade identidade e autoestima final
Projeto brasilidade identidade e autoestima finalProjeto brasilidade identidade e autoestima final
Projeto brasilidade identidade e autoestima final
 
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasil
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasilAntropologia da religião 5 - antropologia no brasil
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasil
 
Antropologia
AntropologiaAntropologia
Antropologia
 
Sociologia 7
Sociologia 7Sociologia 7
Sociologia 7
 
E-imigração em debate: novas abordagens na contemporaneidade
E-imigração em debate: novas abordagens na contemporaneidadeE-imigração em debate: novas abordagens na contemporaneidade
E-imigração em debate: novas abordagens na contemporaneidade
 
Prova n2 antropologia e cultura brasileira
Prova n2 antropologia e cultura brasileiraProva n2 antropologia e cultura brasileira
Prova n2 antropologia e cultura brasileira
 

More from Acrópole - História & Educação

More from Acrópole - História & Educação (20)

Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
REVISÃO 3º ANO ENSINO MÉDIO
REVISÃO 3º ANO ENSINO MÉDIOREVISÃO 3º ANO ENSINO MÉDIO
REVISÃO 3º ANO ENSINO MÉDIO
 
AVALIAÇÃO INDEPENDÊNCIA E I REINADO NO BRASIL
AVALIAÇÃO INDEPENDÊNCIA E I REINADO NO BRASILAVALIAÇÃO INDEPENDÊNCIA E I REINADO NO BRASIL
AVALIAÇÃO INDEPENDÊNCIA E I REINADO NO BRASIL
 
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA EJA
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA EJAAVALIAÇÃO DE HISTÓRIA EJA
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA EJA
 
AVALIAÇÃO HISTÓRIA ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDO
AVALIAÇÃO HISTÓRIA  ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDOAVALIAÇÃO HISTÓRIA  ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDO
AVALIAÇÃO HISTÓRIA ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDO
 
A Formação dos Estados Nacionais Europeus
A Formação dos Estados Nacionais EuropeusA Formação dos Estados Nacionais Europeus
A Formação dos Estados Nacionais Europeus
 
Prova de História 7º Ano - Renascimento Cultural
Prova de História 7º Ano  - Renascimento CulturalProva de História 7º Ano  - Renascimento Cultural
Prova de História 7º Ano - Renascimento Cultural
 
Prova de História: Revolução Inglesa
Prova de História: Revolução InglesaProva de História: Revolução Inglesa
Prova de História: Revolução Inglesa
 
Exercícios sobre as ideologias do século XIX
Exercícios sobre as ideologias do século XIXExercícios sobre as ideologias do século XIX
Exercícios sobre as ideologias do século XIX
 
Teste de História: absolutismo e mercantilismo
Teste de História: absolutismo e mercantilismoTeste de História: absolutismo e mercantilismo
Teste de História: absolutismo e mercantilismo
 
AVALIAÇÃO INDEPENDÊNCIA DOS EUA
AVALIAÇÃO INDEPENDÊNCIA DOS EUAAVALIAÇÃO INDEPENDÊNCIA DOS EUA
AVALIAÇÃO INDEPENDÊNCIA DOS EUA
 
TESTE- ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO
TESTE- ABSOLUTISMO E MERCANTILISMOTESTE- ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO
TESTE- ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO
 
Avaliação República Democrática no Brasil
Avaliação República Democrática no Brasil Avaliação República Democrática no Brasil
Avaliação República Democrática no Brasil
 
AVALIAÇÃO HISTÓRIA REVOLUÇÕES SOCIALISTAS
AVALIAÇÃO HISTÓRIA REVOLUÇÕES SOCIALISTASAVALIAÇÃO HISTÓRIA REVOLUÇÕES SOCIALISTAS
AVALIAÇÃO HISTÓRIA REVOLUÇÕES SOCIALISTAS
 
AVALIAÇÃO 1º ANO ENSINO MÉDIO - BAIXA IDADE MÉDIA
AVALIAÇÃO 1º ANO ENSINO MÉDIO - BAIXA IDADE MÉDIAAVALIAÇÃO 1º ANO ENSINO MÉDIO - BAIXA IDADE MÉDIA
AVALIAÇÃO 1º ANO ENSINO MÉDIO - BAIXA IDADE MÉDIA
 
AVALIAÇÃO ESTADOS MODERNOS
AVALIAÇÃO ESTADOS MODERNOSAVALIAÇÃO ESTADOS MODERNOS
AVALIAÇÃO ESTADOS MODERNOS
 
AVALIAÇÃO 6º ANO - Roma Antiga
AVALIAÇÃO 6º ANO - Roma AntigaAVALIAÇÃO 6º ANO - Roma Antiga
AVALIAÇÃO 6º ANO - Roma Antiga
 
Panfleto de Educação Fiscal
Panfleto de Educação FiscalPanfleto de Educação Fiscal
Panfleto de Educação Fiscal
 
Avaliação de História
Avaliação de HistóriaAvaliação de História
Avaliação de História
 
QUESTÕES DE VESTIBULAR: INDEPENDÊNCIA NAS AMÉRICAS
QUESTÕES DE VESTIBULAR: INDEPENDÊNCIA NAS AMÉRICASQUESTÕES DE VESTIBULAR: INDEPENDÊNCIA NAS AMÉRICAS
QUESTÕES DE VESTIBULAR: INDEPENDÊNCIA NAS AMÉRICAS
 

Ditaduras, exílios e memórias na América Latina

  • 1. Universidade Salgado de Oliveira Apoio: Niterói – RJ / Brasil 04 a 06 de outubro de 2016
  • 2. Sumário Programação ......................................................................................................................................................3 SESSÃO COORDENADA 1: DITADURAS, MEMÓRIAS E EXÍLIOS........................................................4 SESSÃO COORDENADA 2: INTELECTUAIS E IDEIAS EM TRÂNSITO.................................................8 SESSÃO COORDENADA 3: TRÁFICO, ESCRAVIDÃO E MESTIÇAGENS ...........................................12 SESSÃO COORDENADA 4: RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE EM TRÂNSITO.......................................15 SESSÃO COORDENADA 5: E/IMIGRAÇÃO..............................................................................................17 SESSÃO COORDENADA 6: CIDADES E SEUS MOVIMENTOS.............................................................28 SESSÃO COORDENADA 7: GOVERNOS E PRÁTICAS POLÍTICAS......................................................32 SESSÃO COORDENADA 8: MOVIMENTOS SOCIAIS E SEUS DESDOBRAMENTOS........................35 SESSÃO COORDENADA 9: HISTÓRIA MILITAR E FRONTEIRAS .......................................................40
  • 3. 3 Programação 04/out 05/out 06/out 09:00h - Conferência de Abertura (Sala UNIVERSO, 1º andar) 09:00h - Pôsters (Hall de entrada) 09:00h - Pôsters (Hall de entrada) 10:00h - Mesa 1 (Sala UNIVERSO, 1º andar) 10:00h - Mesa 2 (Museu do Ingá) 10:00h - Mesa 3 (Núcleo de Práticas Jurídicas, 1º andar) 12:30 - Intervado para Almoço. 12:30 - Intervado para Almoço. 12:30 - Intervado para Almoço. 14:00h - Minicursos 14:00h - Sessões Coordenadas 14:00h - Sessões Coordenadas Sessão 1 (Sala A) Sessão 1 (Sala A) Sessão 2 (Sala 705) Sessão 2 (Sala 705) Sessão 4 (Sala 706) Sessão 3 (Lab de Observações) Sessão 5A (Sala 701) Sessão 5A (Sala 701) Sessão 5B (Sala 704) Sessão 5B (Sala 704) Sessão 6 (Sala 703) Sessão 7 (Sala 706) Sessão 8 (Sala 702) Sessão 9 (Sala de Observações) 15:30 - Coffee Break 15:30 - Coffee Break 15:30 - Coffee Break Sessão 1 (Sala A) Sessão 1 (Sala A) Sessão 2 (Sala 705) Sessão 2 (Sala 705) Sessão 4 (Sala 706) Sessão 3 (Lab de Observações) Sessão 5A (Sala 701) Sessão 5A (Sala 701 Sessão 5B (Sala 704) Sessão 5B (Sala 704) Sessão 6 (Sala 703) Sessão 7 (Sala 706) Sessão 8 (Sala 702) Sessão 9 (Sala de Observações) 18:00h - Conferência de Encerramento (Sala UNIVERSO) 14:00h - Minicursos (Salas 701 e 702) 16:00h - Minicursos (Salas 701 e 702) Sessão 8 (Sala 702) Sessão 6 (Sala 703) Sessão 6 (Sala 703) Sessão 8 (Sala 702)
  • 4. 4 SESSÃO COORDENADA 1: DITADURAS, MEMÓRIAS E EXÍLIOS Maurício Parada (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) mparada@ig.com.br Soledad Lastra (Universidad Nacional de La Plata) lastra.soledad@gmail.com 5 de outubro, sala A, 7º andar (14:00 até 17:30) SOBRE LAS IZQUIERDAS LATINOAMERICANAS Y SU RELACION CON EL DERECHO DE ASILO DURANTE EL SIGLO XX Cristina Mansilla Decesari Investigadora independiente /Uruguay tarresuy@yahoo.com Las izquierdas latinoamericanas sufrieron en el Siglo XX, una tenaz persecución por parte de estamentos gubernamentales. Suprimir la diferencia que amenazaba con corromper la imagen de sociedad construida por los detentadores del poder se volvió tempranamente una política de estado. El destierro, la deportación, el exilio se constituyeron en las formas principales de eliminar las disidencias. Las izquierdas del continente a lo largo del siglo fueron variando su relación con el derecho de asilo. Los vaivenes de la misma con este instrumento de protección en función de sus presupuestos ideológicos y sus estrategias es el objeto de este artículo. “I WALK DOWN PORTOBELLO ROAD... I’M ALIVE”: A COMUNIDADE DE EXÍLIO BRASILEIRA EM LONDRES (1968-1972) Leon Kaminski Doutorando em História – UFF/Bolsista Capes kaminski.historia@gmail.com Após a Segunda Guerra Mundial, Londres sofreu diversas transformações. Passou de aristocrática à cidade moderna, democrática e jovem: a Swinging London. Foi um dos centros da contracultura internacional, atraindo pessoas do mundo inteiro, inclusive brasileiros que fugiam, forçada ou voluntariamente, do arbítrio ditatorial. Neste trabalho, analisaremos a comunidade de exilados brasileiros em Londres, entre 1968 e 1972, suas experiências e relações com o imaginário e práticas contraculturais. Relações essas que a diferenciavam de comunidades exiliares brasileiras em outros países. Além de livros de memórias, utilizamos cartas, crônicas e entrevistas publicadas na imprensa alternativa brasileira da época como fontes. A MEMÓRIA SOBRE O EXÍLIO BRASILEIRO NA ARGÉLIA (1964-1979): CONSIDERAÇÕES INICIAIS Débora Strieder Kreuz Doutoranda em História – Universidade Federal do Rio Grande do Sul debora_kreuz@yahoo.com.br O presente trabalho, fruto da inicial pesquisa sobre o exílio brasileiro na Argélia entre 1964 e 1979, busca compreender e problematizar a experiência exilar enquanto parte das inúmeras vivências que compõe a vida daqueles que militaram contra a ditadura, aspecto que muitas vezes é negligenciado pela historiografia. Atentaremos para a forma como a memória sobre o período no país recém independente e na busca pela construção de um socialismo sui generis é ressignificada e apresentada. Para a realização da proposta utiliza- se como fontes obras de memória produzidas e entrevistas realizadas pela autora, amparadas metodologicamente pelo que preconiza a História Oral.
  • 5. 5 O EXÍLIO DOS “INDESEJÁVEIS” E O RETORNO AO BRASIL: APONTAMENTOS DE PESQUISA Denise Felipe Ribeiro Doutoranda pelo PPGH/UFF df.ribeiro@gmail.com Em 1979, em meios aos debates que eram travados acerca do projeto de anistia política, o regime ditatorial estabeleceu uma série de procedimentos a serem adotados diante do retorno dos exilados e banidos. Além desses procedimentos, uma lista de exilados “indesejáveis” foi definida. Estes, caso retornassem ao Brasil, deveriam ser submetidos a procedimentos mais rígidos. Os “indesejáveis” representavam diferentes vertentes das esquerdas do pré-1964. Procuraremos observar como ocorreu e quais foram as formas de resistência de diferentes setores em relação ao retorno desses personagens ao Brasil e a sua reinserção na política nacional. UNA EXPLORACIÓN DE LAS TENSIONES ENTRE LAS CATEGORÍAS ANALÍTICAS Y LA MIRADA NATIVA EN TORNO A LA CONDICIÓN DE EXILIADO. Ana Inés Seitz CONICET/UNLP/UNS anaiseitz@gmail.com El presente trabajo procura, a través del estudio de una trayectoria individual, reflexionar sobre los modos en que las definiciones sobre la condición del exilio se ponen en tensión con las maneras en que los emigrantes políticos dan sentido a su experiencia. A partir del análisis de una historia de vida, la de un joven estudiante secundario que de manera forzosa debe abandonar la Argentina a principios de 1977 -en el marco de la última dictadura militar (1976/1983)-, y que actualmente no se define a sí mismo como exiliado, nos proponemos reflexionar sobre las tensiones entre la mirada nativa y las categorías analíticas. LAS DICTADURAS DEL CONO SUR Y LOS RETORNOS DE SUS EXILIADOS. LOS CASOS DE BRASIL, CHILE Y ARGENTINA. Dra. María Soledad Lastra IDAES-UNSAM/ FAHCE-UNLP/ CONICET lastra.soledad@gmail.com Esta ponencia recorre cómo fueron los retornos del exilio durante las dictaduras del Cono Sur, concentrándose en los casos de Chile, Brasil y Argentina de forma comparada. Se propone analizar cuáles fueron las respuestas o medidas que tomaron los gobiernos dictatoriales / autoritarios ante la posibilidad de que regresaran sus exiliados. A partir del análisis de las medidas legales desplegadas sobre los exiliados por las dictaduras de los países mencionados, esta ponencia trabaja sobre la hipótesis de que los retornos fueron recursos y estrategias políticas para canalizar conflictos internos y externos que fueron transitando los regímenes autoritarios de la región. 6 de outubro, sala A, 7º andar (14:00 até 17:30) LA CARRERA DE SOCIOLOGÍA DE LA UNIVERSIDAD DE CHILE DURANTE EL PROCESO DE INTERVENCIÓN UNIVERSITARIA (1973-1989): UNA APROXIMACIÓN A PARTIR DE LOS ARCHIVOS DE LAS CARRERA Y LOS DEL ARCHIVO ANDRÉS BELLO Alina Donoso Oyarzún Estudiante Doctorado en Estudios Interdisciplinarios sobre Pensamiento, Cultura y Sociedad (DEI-UV). Universidad de Valparaíso. alina.donoso@postgrado.uv.cl; alinadonoso@gmail.com El estudio sistemático de la "universidad intervenida" chilena ha sido poco abordado. Empero, durante los años ochenta esto fue analizado por Brunner y Garretón, quienes estudiaron la educación superior, la universidad bajo la dictadura y los efectos en la sociología, siendo ésta prácticamente la única disciplina analizada en este contexto. En los últimos años ha habido un renovado interés por estudiar esta problemática, sobre todo, en la Universidad de Chile, debido al hallazgo de documentos administrativos de la época. Esta ponencia tiene por objetivo estudiar la carrera de sociología a partir de los documentos y archivos administrativos correspondientes a la misma.
  • 6. 6 PASTOR DOS BONS E DOS MAUS: O CARDEAL DOM EUGÊNIO SALES E A REDE DE PROTEÇÃO CARIOCA AOS EXILADOS SUL AMERICANOS DURANTE AS DITADURAS DE SEGURANÇA NACIONAL (1976 - 1982) Walter Ângelo Fernandes Aló Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ waaflo@gmail.com O presente artigo busca reconstituir a atuação “silenciosa” e ainda pouco conhecida do controvertido Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales que, entre 1976 e 1982, no Rio de Janeiro, organizou e liderou, com seu prestígio, uma rede de proteção e solidariedade que apoiou milhares de exilados sul americanos, principalmente argentinos, fugidos do terror de suas respectivas ditaduras de segurança nacional. Embora predomine ainda hoje uma visão historiográfica que situa Dom Eugênio como conservador na doutrina católica e anticomunista, tentaremos demonstrar a valiosa contribuição do Cardeal na defesa dos direitos humanos e na preservação de milhares de vidas naqueles tempos de arbítrio e violência política no Cone Sul. O CPAGB E A SEMANA DE SOLIDARIEDADE COM O POVO BRASILEIRO Rodrigo Pezzonia Doutorando USP/FAPESP pezzonia@gmail.com Em Portugal, após a Revolução dos Cravos, os brasileiros encontraram espaço de resistência e vivência em um país onde a mesma língua e cultura embalaram os últimos anos de exílio. Em abril de 1977, sob a organização do Comitê Pró-Amnistia Geral no Brasil, a Semana de Solidariedade com o Povo Brasileiro demonstrou a relevância de Lisboa para com o combate à ditadura. Nesta Semana, opositores ao regime brasileiro debateram sobre suas experiências de luta dentro e fora do país e promoveram as mais diversas atividades culturais, tais como teatro, cinema e música foram utilizados como chamariz e peças de compreensão e identificação com a cultura e política brasileira. Com nossa comunicação, pretendemos trazer um pouco de luz a este relevante evento de combate à ditadura brasileira em terras estrangeiras. DO BANIMENTO À LUTA PELA ANISTIA: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA ASSOCIAÇÃO DOS ANISTIADOS POLÍTICOS E MILITARES DA AERONÁUTICA – GEUAR Esther Itaborahy Costa Doutoranda em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF esther.icosta@yahoo.com.br Aprovada há mais de três décadas, a Lei de Anistia é tida como um marco no processo de transição democrática brasileira. Neste sentido, o objeto desta comunicação será a Associação dos Anistiados Políticos Militares da Aeronáutica (GEUAr). A memória e as atuações dos atores sociais, mediadas pelo GEUAr, ocupam lugar privilegiado nesta apresentação. Tendo como base empírica entrevistas com os membros do GEUAr, buscamos compreender o processo de construção de suas memórias a respeito dos eventos ocorridos no processo de desligamento da Aeronáutica, de suas lutas pela Anistia Política e no rearranjo que passaram suas vidas desde então. LOS MONOBLOCKS DE LA “REVOLUCIÓN ARGENTINA”: EL CASO DEL CONJUNTO URBANO LUGANO I Y II (1966-1973) Gabriela Gomes Doctoranda en Historia por la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires CONICET-UNGS /UBA gabrieladaianagomes@gmail.com En este trabajo, nos interesa dar cuenta el rol que jugó la política habitacional en la autodenominada “Revolución Argentina” (1966-1973). Los militares pusieron en marcha la erradicación de los asentamientos populares siguiendo los patrones de la arquitectura moderna, a la vez crearon grandes conjuntos habitacionales como el Barrio Ejército de los Andes (1968-1978), destinados a la población marginal. “las casas del
  • 7. 7 Onganiato” se fueron convirtiendo en un instrumento destinado a normalizar los espacios cotidianos de los sectores populares, “inculcando” nuevas formas de comportamiento y modos de habitar.
  • 8. 8 SESSÃO COORDENADA 2: INTELECTUAIS E IDEIAS EM TRÂNSITO Ana Paula Barcelos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) anapaulabarcelos@gmail.com Karoline Carula (Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro) karolinecarula@yahoo.com.br Maria Letícia Corrêa (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) leticiacorrea@globo.com 5 de outubro, sala 705, 7º andar (14:00 até 17:30) FERREIRA DE ARAÚJO E GAZETA DE NOTÍCIAS NOS ANOS DE 1888 E 1889 George Luiz de Abreu Vidipó Mestrando em História do Brasil da Universidade Salgado de Oliveira historiavidipo@yahoo.com.br Ferreira de Araújo, redator-chefe e proprietário do jornal Gazeta de Notícias, era médico por formação. Em 1875 fundou o jornal e se dedicou a ele em tempo integral. Sua riqueza e prestígio eram provenientes da atividade jornalística. O periódico, no último quartel do século XIX, foi um dos mais importantes do Rio de Janeiro. Marialva Barbosa o classificou como um dos “Donos do Rio” devido a sua influência e poder. Este artigo irá analisar o posicionamento de Ferreira de Araújo, na coluna “Cousas Politicas”, nos anos de 1888 e 1889, ano da Abolição e Proclamação da República. UMA “EMPRESA ÚTIL, ELEVADA E PATRIÓTICA”: OS INTELECTUAIS E O MOVIMENTO PELA ÓPERA NACIONAL NO RIO DE JANEIRO OITOCENTISTA Avelino Romero Pereira Professor de História da Música (Instituto Villa-Lobos/UNIRIO) romeroavelino@yahoo.com.br Entre 1857 e 1863, a cena teatral no Rio de Janeiro foi agitada pela Ópera Nacional. Conforme as aspirações civilizadoras e de nacionalização das artes acalentadas por intelectuais radicados na Corte, centrava-se na encenação de espetáculos em língua portuguesa. A iniciativa coube a Araújo Porto-Alegre, então diretor da Academia de Belas-Artes, e atrairia nomes como Francisco Manoel da Silva, Carlos Gomes, José de Alencar e Machado de Assis. Pouco estudado pela historiografia musical, o projeto fracassaria em meio ao debate pela imprensa e na Assembleia Nacional, entre a apreciação crítica dos espetáculos e as especulações sobre seu financiamento e funcionamento. MANOEL BOMFIM E A INSTRUÇÃO POPULAR COMO UM DIREITO DE TODOS José Geraldo dos Santos Mestrando em História – PPGH – UNIVERSO geraldo.jgs@hotmail.com Eduardo Silva dos Santos Mestre em Educação – PPGEdu – UNIRIO edaioros@hotmail.com O presente trabalho tem como proposta analisar as obras literárias educacionais de Manoel Bomfim (1868- 1932), professor da Escola Normal do Distrito Federal e diretor do Pedagogium até o seu fechamento em 1919. Esse respeitado professor e autoridade educacional, foi um importante contra discurso ao negar a cientificidade das teorias racialistas europeias e, foi mais além, ridicularizando os seus cultores no Brasil. Bomfim criticou o egoísmo das classes dirigentes brasileiras e latino americanas que usaram a ciência raciológica para manter grande parte do povo deste continente à margem da sociedade e do saber educacional.
  • 9. 9 O MAIS CÉLEBRE DE TODOS OS URUPÊS Rodolfo Alves Pereira Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil da Universidade Salgado de Oliveira prof.rodolfopereira@gmail.com O presente trabalho analisará o processo de criação de um dos mais polêmicos personagens construídos por Monteiro Lobato – o Jeca Tatu, descrito num artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo (1914). Intitulado Urupês, o texto compara o Jeca ao fungo, um parasita que se alimentava de matéria morta extraída dos troncos das árvores. Nossa investigação tentará descobrir quais motivações fizeram Lobato estabelecer tal comparação entre duas formas de vida tão distintas e de onde teria vindo a ideia de tomar a expressão urupê como título de seu artigo e depois de seu primeiro livro. A RODA INTELECTUAL DA LIVRARIA JOSÉ OLYMPIO EDITORA E A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DE BRASIL Ioneide Maria Piffano Brion de Souza Doutoranda no Programa de Pós Graduação em História – UFJF ioneide.piffano@gmail.com O artigo busca apresentar uma das interpretações de Brasil: aquela orquestrada pela livraria José Olympio editora e a roda intelectual que lá se instalou. Esta confluência deu continuidade a um debate que vinha desde a Semana de Arte Moderna de 1922, sobre qual matriz regional expressaria a nacionalidade em construção no Brasil. Foi a matriz nordestina, sob impulso da livraria José Olympio editora, que prevaleceu e foi incorporando outras. Este artigo pretendeu abordar a relação entre os romancistas de 30 e a livraria José Olympio para a formação de um retrato do que deveria ser o Brasil e os brasileiros. O CONSTITUCIONALISMO HIPERFEDERALISTA E CONSERVADOR DE CAMPOS SALES Wingler Alves Pereira Universidade Federal Fluminense – Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional (PPGDC/UFF) wingler@gmail.com A proposta consiste em apresentar o ideal do constitucionalismo de Campos Sales, Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil entre 1898 e 1902. Responsável pela idealização da Política dos Governadores, da Política do Café Com Leite, e pela alteração da sistemática da Comissão de Verificação de Poderes da Câmara dos Deputados, Campos Sales criou instituições políticas e constitucionais que definiram e marcaram o establishment da República Velha até a Revolução de 1930. A proposta adota o marco teórico do pensamento político e constitucional brasileiro, especialmente a partir dos estudos metodológicos do sociólogo e político Alberto Guerreiro Ramos (1915-1982). INTELECTUAIS E O DEBATE SOBRE O IBERISMO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL NO BRASIL. Maria Emilia Prado. Prof.ª Titular de História do Brasil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro emiprado@gmail.com Para os intelectuais brasileiros, a questão da identidade nacional sempre se apresentou como um desafio e na formulação de suas análises, a temática da manutenção/ruptura com o legado lusitano possui lugar destacado. A adoção de medidas institucionais capazes de viabilizar a construção no Brasil do modelo político tido como o da modernidade implicava na quebra dos modos tradicionais de construção do Estado e da sociedade. O objetivo desta comunicação é analisar o modo como o conceito de identidade foi pensado por alguns intelectuais a partir da valoração ou negação das raízes ibérias bem como através da busca por modelos de sociedade e cultura.
  • 10. 10 6 de outubro, sala 705, 7º andar (14:00 até 17:30) GUSTAVO BARROSO, O INTEGRALISMO E O “PROBLEMA JUDAICO” Natalia dos Reis Cruz Prof.ª Adjunto de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense ndrc@globo.com Este trabalho aborda o anti-semitismo no Brasil, na década de 30, analisando especificamente a doutrina anti- semita de Gustavo Barroso, uma das lideranças mais proeminentes da Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento político e social de caráter fascista. Fazendo referência a um “problema judaico’’, Barroso tinha uma postura abertamente racista, apesar de compartilhar com os demais lideres integralistas a negação do racismo, em prol dos valores cristãos. Baseava sua rejeição aos judeus em uma Teoria das Raças, que explicaria diversas fases da História da humanidade, e defendia uma Teoria da Conspiração judaica que ajudaria a “legitimar’’ a solução do extermínio. FASCISMO, CORPORATIVISMO E “AUTORITARISMO INSTRUMENTAL” NO PENSAMENTO DE OLIVEIRA VIANNA Fabio Gentile Professor adjunto 3 Departamento de Ciências Sociais Universidade Federal do Ceará (UFC) fabio_gentile@ymail.com O objetivo desse trabalho é fornecer novos elementos de reflexão sobre a complexa relação entre fascismo- corporativismo e "autoritarismo instrumental" no pensamento de Oliveira Vianna, para explicar de forma mais satisfatória como ele organizou na década de trinta sua apropriação do modelo corporativo fascista italiano para organizar juridicamente o nacional desenvolvimentismo varguista. FRANCISCO CAMPOS E O ESTADO NACIONAL: UM INTELECTUAL E SEU PENSAMENTO POLÍTICO E SOCIAL Nara Maria Carlos de Santana Pós-Doutoranda CAPES-UFES; Professora de História do CEFET Petrópolis e professora do Mestrado em Relações Étnico raciais do CEFET Maracanã naramcs@gmail.com O presente trabalho tem como objetivo analisar o papel de Francisco Campos, como intelectual e ideólogo do Estado Novo e sua concepção de Estado Nacional. A proposta visa perceber os pontos do projeto relacionados com a questão racial brasileira, presentes no pensamento social brasileiro desde o século XIX. Visto ser o Estado Nacional Varguista, o recorte temporal privilegiado é o dos anos 30 e os principais conceitos são os de nacionalismo e nação e sua congruência com a questão racial. Esta pesquisa caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa com uso de fontes secundárias e primárias e triangulação destas fontes. VIRGÍLIO DE MELLO FRANCO: O INTELECTUAL NA CRISE DO ESTADO NOVO Flavia Salles Ferro Doutoranda no curso de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora. flavia.sferro@gmail.com Este trabalho tem como objetivo pensar a participação de Virgílio de Mello Franco no contexto de final do Estado Novo e suas contribuições para a crise da ditadura de Getúlio Vargas. Franco foi idealizador, escritor e signatário do Manifesto dos Mineiros, primeira manifestação pública de setores liberais contra o regime vigente; foi palestrante na conferência de abertura do I Congresso Brasileiro de Escritores, evento que clamou por liberdade de expressão e sufrágio universal, direto e secreto; foi fundador e primeiro secretário-geral da União Democrática Nacional. Assim sendo, será discutida sua atuação como intelectual nos espaços da sociedade civil e política.
  • 11. 11 RUBÉN DARÍO, INTELECTUAL DO MUNDO HISPÂNICO NO BRASIL Cláudia Lorena Vouto da Fonseca Universidade Federal de Pelotas-UFPel-Brasil/Universidad Nacional de Cuyo-UNCuyo-Argentina fonseca.claudialorena@gmail.com Rúben Darío, principal expoente do Modernismo Hispânico, e não apenas na América Latina, foi bem mais que o aclamado e inovador poeta de seu tempo. Foi também o homem que pensou a circulação de ideias a partir do contato direto entre autores, precursor na formação daquilo que hoje conhecemos por Redes Intelectuais. Porém, Rúben Darío, em sua prática de integração, não se limita ao mundo hispânico, o autor nicaraguense põe o Brasil no mapa da América Latina, ao levar ate o país o fio com que teceu sua rede latinoamericanista. Este trabalho busca destacar o papel fundamental de Ruben Dario nesse processo. PROJETO EDITORIAL E REDES INTELECTUAIS EM LIBROS Y REVISTAS DE AMAUTA Henrique Guimarães da Silva Mestrando no Programa de Pós-Graduação em História Social pela UFRJ henriqueguimasilva@gmail.com O objetivo do presente trabalho é investigar o papel da seção Libros y Revistas, complemento da revista Amauta, como espaço articulador dentro do projeto editorial de seu diretor, José Carlos Mariátegui, para a formação de redes intelectuais para a construção de uma nova orientação política e cultural para o continente latino-americano. Por meio desta abordagem, abordaremos a concepção de imprensa para o intelectual peruano, como espaço de “organização da cultura”, e os desdobramentos desta visão por meio da análise sobre artigos, resenhas, divulgações literárias e periódicas, dentre outras formas de publicação que permitam perceber a revista como uma “comunidade argumentativa”. TEATRO E RESISTÊNCIA: BERTOLD BRECHT NO EXÍLIO (1933-1947) Débora El-Jaick Andrade professora Adjunto 3 de Teoria e Metodologia da História UFF (Campos dos Goytacazes) debandrade.andrade54@gmail.com Bertolt Brecht, poeta, dramaturgo, foi um dos intelectuais do entre guerras que durante a República de Weimar, sintetizou os princípios do seu teatro épico. Todo o intenso desenvolvimento teatral do período foi interrompido pela ascensão do Partido Nacional Socialista na Alemanha, determinando a emigração de muitos intelectuais, dentre eles Brecht. No exílio desde 1933 até o final da Segunda Guerra, o escritor fez reflexões sobre a condição de exilado e sobre a possibilidade de ocorrer uma revolução socialista na Alemanha. Em suas peças teatrais do período, em particular, em Terror e Miséria no Terceiro Reich(1933-1938),escrito no exílio na Dinamarca, encontramos interpretações sobre o nazismo e a resistência que procuramos analisar neste artigo. “A LITERATURA NÃO É A VIDA”: AS INTERLOCUÇÕES INTELECTUAIS DE TOMMASO LANDOLFI (1908-1979) COMO FICCIONISTA E AUTOBIÓGRAFO. Andréia Tamanini Doutoranda no PPGHIS / UFRJ andreia.tamanini@gmail.com Tommaso Landolfi (1908-1979) é um daqueles grandes escritores pouco lidos, conhecidos, estudados. Nossa proposta é buscar identificar algumas possibilidades de interação intelectual à qual possa se vincular a literatura ladolfiana, de cunho marcadamente fantástico. O teor autobiográfico emerge de sua escritura de forma sutil, mesmo em seus assim chamados "diários", não deixando, contudo, de dar subsídios para concebermos uma interpretação para a construção narrativa de sua interação com o mundo: com o meio intelectual do qual fazia parte, com o seu cotidiano, com as suas angústias, com a realidade que o cercava.
  • 12. 12 SESSÃO COORDENADA 3: TRÁFICO, ESCRAVIDÃO E MESTIÇAGENS Jonis Freire (Universidade Federal Fluminense) jonisfreire@yahoo.com.br Jorge Prata Sousa (Universidade Salgado de Oliveira) jpratadesousa@gmail.com 6 de outubro, sala Lab de Observações, 7º andar (14:00 às 15:30) ESTRATÉGIAS DE LIBERDADE DE SUJEITOS ESCRAVIZADOS EM GOIÁS NO PRIMEIRO QUARTEL DO OITOCENTOS. Igor Fernandes de Alencar Mestrando do PPGH/UFG igor4p@gmail.com As estratégias de liberdade desempenhadas por homens e mulheres escravizados não se resumem a resistência marcada por fugas ou revoltas. A alforria tão almejada pelo escravizado no século XIX na capitania de Goiás não cumpria o que de fato o mesmo esperava advindo das Cartas de Liberdades. Mesmo que o escravo conseguisse seu registro de liberto, a situação de um ex-escravo não mudaria totalmente por cessar tal laço. Intermediado por homens livres e libertos junto às redes de sociabilidade, a análise das alforrias nos dispõe perceber o escravo enquanto negociador da liberdade, seja por meio de compra, condições ou gratuitamente. LIBERTOS DA NAÇÃO: OS MEANDROS DE UMA LIBERDADE João Batista Correa Mestrando na UNIVERSO jobacorrea@gmail.com Temos por objetivo neste artigo, analisar os libertos da Imperial Fazenda de Santa Cruz após a liberdade destes em 1871. Buscaremos compreender como foi a relação entre os libertos e os administradores que passaram pela fazenda. Através de diversas fontes como periódicos, cartas de alforrias e relatórios, analisaremos medidas que foram adotadas por parte da administração pública que afetaram os libertos. Temos como intuito também, buscar indícios da permanência dos libertos da fazenda e destino deles após o ano de 1891. A ESCRAVIDÃO AO GANHO NO RIO DE JANEIRO E EM BUENOS AIRES: UMA BREVE HISTÓRIA COLONIAL COMPARADA DA “LIBERDADE” QUE VINHA DAS RUAS, 1808-1820 Alessandro Mendonça dos Reis Mestrando em História do Brasil Universo/Universidade Salgado de Oliveira alessandromendonca.reis@gmail.com O presente artigo tem como objetivo fazer uma breve comparação entre a escravidão ao ganho nas cidades do Rio de Janeiro e Buenos Aires. O trabalho deste tipo de escravo foi determinante para o desenvolvimento econômico e social das duas cidades entre a segunda metade do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX. A partir do trabalho do escravo ao ganho foi possível se realizar diversas atividades braçais. Outro aspecto pertinente neste processo diz respeito à importância do escravo ao ganho para as questões comparativas que envolveram o tráfico, o trabalho nas ruas e as relações com o seu senhor. O CONTROLE DA POPULAÇÃO CATIVA NAS CIDADES BRASILEIRAS Caio da Silva Batista Universiade Federal de Juiz de Fora – Programa de Pós-Graduação em História caiodasilvabatista@gmail.com O presente trabalho busca compreender como o poder local desenvolveu mecanismos de vigilância e controle da população escrava nas cidades brasileiras do século XIX. Assim, essa pesquisa analisará como a Câmara Municipal de Juiz de Fora, localizada na Zona da Mata de Minas Gerais, e o poder policial desenvolveram formas de vigiar e controlar o “anda anda” dos escravos e coibir possíveis crimes e desordens que poderiam ser promovidos por esses indivíduos. Além desses pontos o artigo busca demonstrar que os mecanismos de
  • 13. 13 controle falhavam com frequência, provocando a sensação de insegurança à população livre dos centros urbanos brasileiros oitocentista. 6 de outubro, sala Lab de Observações, 7º andar (16:00 às 17:30) O ENGENHO VELHO DOS JESUÍTAS E SUA COMUNIDADE POR MEIO DE SEUS LIVROS DE BATISMOS – RIO DE JANEIRO, 1642 A 1759 Marcia Amantino Universidade Salgado de Oliveira marciaamantino@gmail.com A comunicação tem por objetivo analisar os registros de batismos da Freguesia do Engenho Velho entre os anos de 1642 a 1759 realizados pelos padres da Companhia de Jesus. Tais registros englobam a população que vivia nos limites de seu engenho chamado de Engenho Velho, primeira estrutura agrária efetiva dos padres na capitania do Rio de Janeiro e a que estava mais próxima da urbe. Embora a maioria dos assentos seja dos filhos dos escravos do colégio, há também batizados de pessoas que podem ser livres e de escravos de outros proprietários e a presença de variados tipos sociais de padrinhos e madrinhas, demonstrando a conformação de uma comunidade bastante diversificada socialmente. PERSPECTIVAS DE VIDA DO NEGRO E DO MESTIÇO NA FORMAÇÃO DA FREGUESIA DE SÃO FRANCISCO DO GLÓRIA SEGUNDO A VISÃO DA IGREJA ENTRE 1861 E 1888 Luis Fernando Ribas Freitas Mestrando em História do Brasil UNIVERSO (Niteroi/RJ) luisfernando_dacruz@hotmail.com A Zona da Mata mineira é uma região muito cara à historiografia em virtude de ter sua ocupação precipitado em um momento de diversificação econômica. Concomitante a esse acontecimento adveio também a expansão cafeeira, cujo modelo produtivo organizava-se a partir de moldes escravistas. O fluir dessa expansão encontrou no surgimento de freguesias sua melhor forma. O presente trabalho busca, portanto, contribuir para a compreensão de como participaram o negro e o mestiço na formação da Freguesia de São Francisco do Glória, localizada nessa região. Tal estudo vale-se de uma análise dos registros paroquiais locais e de censos demográficos da época. SENHORES E ESCRAVOS: UM PERFIL ECONÔMICO E SOCIAL DA FREGUESIA SÃO PAULO DO MURIAHÉ. Beatriz Simão Gontijo Silva Mestranda PPGHB- UNIVERSO beatrizsgontijo@gmail.com Vitória Fernanda Schettini Doutora em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (UFRRJ/CPDA) Universo-Niterói/Fasm/Unifaminas-Muriaé vfschettini@yahoo.com.br Compreender a riqueza de uma sociedade, bem como os laços parentais fictícios ou consanguíneos constitui de fundamental importância para a compreensão da vida de senhores e escravos. A fim de aprofundar nesta temática, teremos como objetivo nesta comunicação trazer à tona alguns estudos de caso de senhores que tem seus escravos levados a pia batismal entre meados e final da escravidão na freguesia de São Paulo do Muriahé, com foco especial para o perfil econômico e os apadrinhamentos efetuados por senhores aos escravos. Serão utilizados como fontes principais os livros de batismos da Matriz São Paulo e inventários post-mortem. ESCREVER EM PAÍS DOMINADO OU INVENTÁRIO DE UMA MELANCOLIA: MEMÓRIAS E REPRESENTAÇÕES DA (PÓS)COLONIALIDADE EM OBRAS CARIBENHAS Vanessa Massoni da Rocha
  • 14. 14 Professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense vanessamassonirocha@gmail.com Esta comunicação pretende estudar as interfaces entre literatura e história no que tange os movimentos, trânsitos e memórias da (pós)colonialidade caribenha de expressão francesa – mais precisamente as ilhas de Martinica e Guadalupe. Trata-se de analisar a escrita memorialística da empreitada colonial e de seus desdobramentos no seio das sociedades antilhanas a partir da análise de textos teóricos e ficcionais notadamente do martinicano Patrick Chamoiseau e da guadalupense Simone Schwarz-Bart. Neste sentido, o fazer literário coteja o fazer histórico no âmbito da (re)constituição da identidade nacional e da valorização dos fazeres e saberes locais. Chamoiseau denuncia as agruras de Escrever em país dominado (1997) e reconhece a arte ficcional como espaço criativo de resistência diante da dominação silenciosa imposta pela departamentalização dos territórios caribenhos. Schwarz-Bart ressalta a escravidão e as mestiçagens oriundas do colonialismo na obra (1972) Pluie et vent sur Télumée Miracle (A ilha da chuva e do vento, em tradução de Estela dos Santos Abreu, 1986).
  • 15. 15 SESSÃO COORDENADA 4: RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE EM TRÂNSITO Carlos Engemann (Universidade Salgado de Oliveira) carlos.engemann@gmail.com Marcelo Timotheo (Universidade Salgado de Oliveira) marcelotimotheo@uol.com.br 5 de outubro, sala 706, 7º andar (14:00 até 15:30) DESTINO: BAHIA. CRISTÃS-NOVAS ENTRE TRÂNSITO E FRONTEIRA (SÉC. XVIII) Ademir Schetini Júnior Mestrando em História na Universidade Federal Fluminense schetinijr@yahoo.com.br A comunicação tem como objetivo reconstruir caminhos trilhados por um grupo de mulheres oriundas da Península Ibérica até serem presas na Bahia em inícios do século XVIII. A categoria social de cristãs-novas à qual estiveram inseridas possibilitou-lhes mobilidades ultramarinas, ora voluntárias, ora induzidas, porém incessantes. A condição diaspórica também incitou aos cristãos-novos a criação de redes comerciais (WACHTEL) que os fazia correr mundo, danificadas no transcurso da ação do Tribunal da Fé, sendo tal especificidade atinente ao grupo estudado. A RELAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO NO PERÍODO POMBALINO: ELEMENTOS DE ANÁLISE A PARTIR DE VISITAÇÕES ECLESIÁSTICAS NA FREGUESIA DA SANTÍSSIMA TRINDADE DA VILA DE MACACU – 1727 A 1795. Vinicius Maia Cardoso Professor na Graduação em História da UNIVERSO (Presencial e EaD). gestor.historia@ead.universo.edu.br / maia-vinicius@hotmail.com O artigo trata das relações entre Igreja e Estado no período pombalino na freguesia da Santíssima Trindade (Macacu), capitania do Rio de Janeiro (1727/1795), com base no “Livro das Pastorais e Capítulos de Visita da Freguesia da Santíssima Trindade”. Por meio de visitas eclesiásticas busco perceber o cotidiano das práticas religiosas e outros aspectos relacionais como base para análise do impacto de políticas do Estado português no período. Através de distintas escalas de observação buscarei identificar dimensões relacionais imperceptíveis na macro escala, fazendo estudo parcial de como distintos agentes sociais e instituições se interrelacionam no microcosmo social dessa mesma freguesia. JOSÉ LOURENÇO E O SÍTIO CALDEIRÃO: DÁDIVA PARA OS POBRES E ENTRAVE PARA AS ELITES Ubirajara Sampaio Bragança Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO – Niterói pr.ubirajarabraganca@yahoo.com.br O sítio Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, Crato, CE, tornou-se conhecido por ser uma comunidade autossuficiente. Seus moradores trabalhavam em mutirões e tudo que se produzia no sítio era repartido entre eles de forma equitativa. Sob a liderança do beato José Lourenço essa comunidade durou cerca de 10 anos (1926-1936) até a interrupção de suas atividades por ordens do governo. Segundo as autoridades, as relações de produção e consumo no sítio Caldeirão tendiam para o comunismo, e mais, temiam que o sítio se transformasse em uma nova Canudos. Com a destruição do sítio, muitos que ali residiam fugiram para a Serra do Araripe, mas não se livraram das perseguições. Há suspeitas de que cerca de 700 pessoas morreram na repressão.
  • 16. 16 5 de outubro, sala 706, 7º andar (16:00 até 17:30) O SIONISMO COMO FUNDAMENTAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL E A IDENTIDADE JUDAICA-SIONISTA-ISRAELENSE: IDEOLOGIA LAICA OU TEOLOGIA NACIONAL? – 1967/1987. Cláudio Márcio Lima Prado PPGHB/UNIVERSO claudiomlp72@gmail.com O debate sobre o caráter e a natureza do sionismo enquanto elemento central na política/ação do Estado de Israel assume grande importância: por trás da retórica secular e da ideologia laica estaria, na realidade, um “mito teológico nacional” que consagrou a visão de “missão”, de “concretização da promessa”, de realização do antigo sonho de retorno à Palestina pelos judeus. O objeto deste trabalho é demonstrar como, a partir da Guerra dos Seis Dias até a Primeira Intifada, se processou uma série de permutações decisivas nessas/dessas identidades que se confrontavam, que colidiam com alguns princípios do sionismo laico e nacionalizaram premissas religiosas/teológicas na sociedade israelense. MEMORIAL DE SÃO SEBASTIÃO: ALCEU AMOROSO LIMA E O RIO DE JANEIRO Marcelo Timotheo da Costa PPGH/UNIVERSO marcelotimotheo@uol.com.br A presente comunicação pretende traçar determinada “geografia da memória”, aquela relativa a Alceu Amoroso Lima (1893-1983) e o Rio de Janeiro, sua cidade natal. Para tanto, serão identificados e analisados locais no Rio de Janeiro associados à trajetória vital desse intelectual católico. “Lugares de memória” – como as várias residências de Amoroso Lima, o Mosteiro de São Bento, o Centro D. Vital, a Academia Brasileira de Letras, a Universidade do Brasil e a Pontifícia Universidade Católica – que resumem dado itinerário existencial. Pretende-se, assim, iluminando o trânsito amorosiano na praça pública, expor seus câmbios e permanências nos cenários carioca, nacional e eclesial. IMIGRANTES BRASILEIROS EM PORTUGAL: CARTOGRAFIA DE FAMÍLIAS MISSIONÁRIAS Maria Rita de Cássia Sales Régis Mestranda em Psicologia Social UFRRJ (2016) profmariarita.s@gmail.com Maria Cristina Dadalto Doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) mcdadalto@gmail.com Analisa um grupo de imigrantes que emerge em Portugal a partir dos anos de 1990: de famílias missionárias brasileiras. Busca entender a estratégia adotada por estas famílias para atrair e envolver outros imigrantes. Fundamenta-se no método cartográfico, baseando-se nas histórias de vida. Visa compreender como as famílias são direcionadas e mantidas nas missões, atendendo ao princípio do verbo: IDE e fazei discípulos. Objetiva, identificar a origem, estratégias de inserção, integração e inclusão. Considera que tanto a experiência de vida quanto a experiência pré-refletida do método cartográfico, corrobora a inseparabilidade dos resultados ainda que as famílias missionárias originem-se de distintas congregações.
  • 17. 17 SESSÃO COORDENADA 5: E/IMIGRAÇÃO DIA 05 DE OUTUBRO SESSÃO COORDENADA A SALA 701, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30) Érica Sarmiento (PPGH – Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro) erisarmiento@gmail.com Patricia Flier (Universidad Nacional de La Plata) pflier@hotmail.com Mesa 1A – Práticas Associativas O ASSOCIATIVISMO ÉTNICO: A COLETIVIDADE ESPANHOLA NO RIO DE JANEIRO Miriam Barros Dias da Silva Mestranda no Programa de Pós-Graduação em História do Brasil da Universidade Salgado de Oliveira. barros.miriam@yahoo.com.br Quando se fala em associações étnicas é notório que estas construíram importantes redes de solidariedade, que, a priori, serviram para orientar e ajudar o imigrante na sociedade receptora. Mas, além de prestar este auxílio e orientação, muitas associações desempenharam um importante papel político tanto na sociedade de origem quanto na de recepção. E foi por causa do posicionamento político de alguns dos seus sócios, que algumas associações étnicas espanholas -como o Centro Galego- foram fechadas durante a Era Vargas (1930- 1945). O que se pretende é identificar os problemas políticos enfrentados pela comunidade espanhola no Rio de Janeiro durante o governo de Getúlio Vargas. PORTUGUESES DE DOIS CORAÇÕES: ASSOCIATIVISMO E MANUTENÇÃO DAS TRADIÇÕES MADEIRENSES NO BRASIL Nelly de Freitas Pós-doutoranda em História (PUC/SP – FAPESP) nellydefreitas@hotmail.com Em 2010, existia no Brasil, 255 associações portuguesas. Estas são “lugares de memórias” onde os imigrantes podem praticar seus rituais, afirmar publicamente o pertencimento à comunidade e reforçar suas relações intra e intergrupais. Entendemos melhor a multiplicidade dessas associações ao considerar que a cultura portuguesa é uma cultura de fronteira na qual os traços culturais locais e regionais são mais expressivos do que os nacionais. Nesse contexto, propomos apresentar duas associações madeirenses, uma já extinta, a casa Ilha da Madeira do Rio de Janeiro e outra ainda ativa, a Casa Ilha da Madeira de São Paulo apoiando-nos em jornais da época e nas memórias de imigrantes. CENTRO VASCO EUSKO ALKARTASUNA DE S. PAULO – A PRESENÇA DE UMA DIÁSPORA E SUAS MEMÓRIAS Dolores Martin Rodriguez Corner LEER – Laboratório de Estudos Etnicidade – Racismo – Discriminação São Paulo / LABIMI – UERJ. doloresmartin@terra.com.br Este artigo aborda a diáspora basca especialmente à São Paulo, numa análise qualitativa, voltada as manifestações culturais, a música, a dança e a refinada gastronomia. Terminada a Guerra Civil Espanhola a ascensão de Franco proibia o uso de qualquer idioma seja basco, catalão ou galego, permitindo somente a comunicação no idioma castelhano. Neste contexto, fugindo as perseguições impostas, milhares de bascos emigraram a vários destinos, onde pudessem manter seus costumes em países de acolhida.
  • 18. 18 Mesa 2A – A Grande Imigração e suas questões OMISSÃO? SOBRE ALGUMAS QUEIXAS DE UM IMIGRANTE SÍRIO EM ICONHA (1921) Maria Cristina Dadalto Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) mcdadalto@gmail.com Adilson Silva Santos Doutorando em História (UFES/IFES) adilsonsilvasantos8@gmail.com Esta comunicação visa analisar os desdobramentos da reclamação do imigrante sírio, Jorge Arão, residente em Iconha, Espírito Santo, ao Secretário de Interior, sobre o fato de que diversas queixas suas foram ignoradas pelo delegado de polícia. Atendendo à recomendação do Secretário Estadual, por sua vez, o delegado oficiou o sírio para que apresentasse suas queixas, bem como os culpados ou pistas deles. A conclusão do inquérito é bastante elucidativa de como essas questões eram tratadas pela polícia, porque o delegado sequer intimou as testemunhas citadas pelo sírio em seu depoimento. A principal hipótese dessa omissão deve-se ao fato de tratar-se de um imigrante estigmatizado. O FLUXO MIGRATÓRIO ENTRE SÃO PAULO E BUENOS AIRES: DESLOCAMENTOS, NACIONALIDADES E MOTIVAÇÕES (1890-1930) André Luiz Lanza Doutorando. Programa de Pós-graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – FFLCH/USP. alanza@fearp.usp.br Entre 1870 e 1930, aproximadamente 11 milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil e na Argentina com destino, principalmente, para o estado de São Paulo e a província de Buenos Aires. Essa imigração tinha como principal objetivo suprir a necessidade de braços para o setor agroexportador. No mesmo período, cerca da metade dos imigrantes retornaram às suas pátrias ou re-emigraram para outros destinos. Fontes relevantes revelaram a existência de um fluxo migratório contínuo e anual entre os portos de Santos e Buenos Aires no período. O objetivo deste artigo é analisar quais os fatores que, segundo as fontes consultadas, influenciavam o fluxo migratório entre as regiões e buscar constatar se estes realmente condiziam com a realidade vigente. SÃO CRISTÓVÃO-RJ, UM BAIRRO LUSITANO: CONSIDERAÇÕES SOBRE O BAIRRO E SUA ATRATIVIDADE PARA OS PORTUGUESES NO PERÍODO DA GRANDE IMIGRAÇÃO. Tiago Lopes da Silva Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História – PPGH/UERJ. ts.vasco@gmail.com Durante os séculos XIX e XX, o Rio de Janeiro foi destino de grande fluxo de imigrantes portugueses. Uma vez no Rio, tal grupo se fez notar por sua presença em áreas de atuação como o comércio e por sua forma de se integrar a cidade, nesse sentido o bairro de São Cristóvão se apresenta como lugar de destaque da ocupação urbana dos portugueses. A proposta deste trabalho é de forma breve tratar os motivos que permitem o bairro ser considerado um polo de atração/presença de portugueses, tendo em vista a influência de diferentes fatores sobre o bairro. Mesa 3A – Exclusão, imaginários e comemorações TURISTA OU INDESEJÁVEL? O ESTADO NOVO E A CONSTRUÇÃO DO TURISMO BRASILEIRO Valéria Lima Guimarães Professora Adjunta do Departamento de Turismo da Universidade Federal Fluminense valeria@turismo.uff.br
  • 19. 19 O turismo é um dos fenômenos sociais mais importantes do mundo, responsável por intensas mobilidades que geram significativos impactos sociais, econômicos e culturais especialmente nas comunidades receptoras. A sua história ainda é pouco conhecida, porém bastante significativa para a compreensão de uma sociedade. Neste trabalho será discutido o processo de construção do turismo brasileiro no período do Estado Novo, destacando-se os imaginários que cercam o turista internacional e as políticas de seleção de entrada no território, que valorizavam o “verdadeiro” turista e reprimiam os indesejáveis, política ou economicamente suspeitos, rotulados de “falsos turistas”, apontando-se também suas formas de resistência. ESCOLARIZACIÓN DE ALUMNADO INMIGRANTE EN EL SISTEMA EDUCATIVO CHILENO: PRÁCTICAS DE DISCRIMINACIÓN Y EXCLUSIÓN SOCIAL Susan Sanhueza Henríquez Centro de Estudios Migratorios e Interculturales, Universidad Católica del Maule, Chile ssanhueza@ucm.cl Karla Morales Centro de Estudios Migratorios e Interculturales Universidad Católica del Maule, Chile kmorales@ucm.cl Miguel Friz Carrillo Universidad del Bío-Bío, Chile mfriz@ubiobio.cl Las cifras del Ministerio de Educación de Chile (2014) señalan que de los 3.506.363 estudiantes que tiene el sistema escolar chileno, 17.794 son inmigrantes. Este fenómeno impone al sistema educativo chileno una serie de desafíos, los que por un lado se relacionan con la capacidad de los centros escolares para acoger y brindar condiciones adecuadas para que los alumnos inmigrantes se desenvuelvan en un ambiente distinto del que provienen y, por otro lado, demanda una serie de elementos vinculados con la capacidad de administrar los aspectos relacionados con la convivencia entre alumnado chileno y extranjero. En este contexto, el trabajo tiene como objetivo analizar la situación de alumnado inmigrante en el sistema escolar chileno. Para lograr este objetivo, se analiza el marco político-normativo de acceso de inmigrantes al sistema escolar contrastándolo con literatura especializada sobre procesos de integración escolar y, particularmente, con investigaciones relativas a prácticas discriminación y exclusión en educación. Los resultados plantean una serie de desafíos al sistema educativo chileno y Latinoamericano, por ejemplo, una política de acceso a la educación garantizada por el Estado, el reconocimiento de identificadores culturales (lengua, religión, otros) en el currículo oficial, la incorporación de las familias en la tarea educativa de sus hijos y planes de acogida que favorezcan la convivencia escolar entre chilenos y extranjeros. AS COMEMORAÇÕES DOS IMIGRANTES JAPONESES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: OS USOS POLÍTICOS DO PASSADO GARANTINDO INTERESSES PRESENTES Mariléia Franco Marinho Inoue Pós-doutoranda do Laboratório de Imigração da Universidade do Estado do Rio de Janeiro marileiainoue@gmail.com A partir da discussão das comemorações japonesas no Estado do Rio de Janeiro verificamos que o ato de celebrar, como memória coletiva é também projetar significados para sua apreensão no presente e no futuro. Eventos marcantes refletem a interconexão entre memória e história, com elementos míticos. Nos dois países, Brasil e Japão, industriais, comerciantes e o poder público se unem para enaltecer o progresso material e o “espírito empreendedor” dos bravos protagonistas japoneses do passado e do presente, criando assim um ambiente propício para que as relações comerciais continuem se realizando e perdurem. SESSÃO COORDENADA B SALA 704, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30)
  • 20. 20 Lená Medeiros de Menezes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) lenamenezes@hotmail.com Renata Siuda-Ambroziak (Universidade de Varsóvia) renata.siuda-ambroziak@uw.edu.pl Angela Roberti (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) angelaroberti@uol.com.br Mesa 1B – Imigração no Oitocentos: território e discursos OLHOS AZUIS SOBRE O COCAR: IMIGRAÇÃO, MEMÓRIA E TERRITÓRIO INDÍGENA (1850- 1880) Liliane Moreira Brignol Mestre no Programa de Pós-graduação em História da UFF lilianembrignol@gmail.com O trabalho aborda as relações entre imigrantes alemães, suas memórias imagéticas e o povo indígena botocudo (atuais Xokleng de Santa Catarina), em especial a disputa de um mesmo território para diferentes etnias. No período da fundação da colônia Blumenau o contraste de culturas cria um lugar de conflitos e arranjos culturais que permeiam interesses da política nacional de imigração. Analisar as relações étnicas no século XIX permite revisitar o passado, as construções de visualidades que se estabelecem no além-mar e as fronteiras do hoje. JOAQUIM NABUCO E SEU DISCURSO SOBRE A IMIGRAÇÃO CHINESA Kamila Czepula Mestranda do programa de pós-graduação em História UNESP/Assis. chinalquim@gmail.com A possibilidade de uma imigração chinesa suscitou intensos debates ao longo da década de 1870, tanto no Parlamento brasileiro, como na imprensa. Em meio a este debate, o jovem deputado Joaquim Nabuco destacar- se-ia por um posicionamento controverso: contrário a escravidão, e defensor resoluto das populações afro- brasileiras, ele repetiria, contudo, um discurso eurocêntrico e exclusivista no que tocava a imigração de populações asiáticas. Temeroso do ‘contágio amarelo’, suas afirmações incorporavam observações racistas contra os chineses, revelando um aspecto pouco conhecido de sua obra. Nesse sentido, a presente comunicação pretende analisar os argumentos utilizados por Nabuco entre os anos de 1878 – 1879 para combater a implantação da imigração chinesa no país, bem como, a repercussão do seu discurso na sociedade oitocentista. OS IMIGRANTES INDESEJÁVEIS NO DISCURSO DA SOCIEDADE CENTRAL DE IMMIGRAÇÃO. Sergio Luiz Monteiro Mesquita. Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. smesq@uol.com.br Este trabalho relaciona-se a uma associação de membros da elite brasileira, criada para fomentar a imigração para o Brasil imperial: a Sociedade Central de Immigração, que existiu entre 1883 e 1891, no Rio de Janeiro. Essa entidade filia-se à corrente dos partidários da imigração para realizar uma colonização em pequenas propriedades rurais. Entre suas posturas, encontra-se a definição de um tipo de imigrante ideal para povoar o Brasil, e, no reverso de tal escolha, os imigrantes indesejáveis. Nosso enfoque encontra-se na representação operada pelo discurso da SCI acerca desses imigrantes, sob critérios raciais e políticos. Mesa 2B – Imigração no Oitocentos: território, mundo do trabalho e redes de sociabilidade EMIGRANTES ESPAÑOLES EN VERACRUZ: EL CASO DE JALAPA DE LA FERIA (SIGLOS XVIII-XIX) Jesús Turiso Sebastián Universidad Veracruzana, México
  • 21. 21 jturiso@gmail.com El presente trabajo se basa en la investigación que venimos desarrollando acerca de la de los emigrantes de una región específica de la cornisa cantábrica que va desde Galicia hasta el País Vasco, incluyendo Burgos y su montaña, la Rioja y Navarra y que se instalaron en Jalapa de la Feria en los siglos XVIII-XIX, a propósito de la sociabilidad que se fue cimentado entre la comunidad de emigrantes, sustentada en la reciprocidad del paisanaje. MIGRAÇÃO, TERRITÓRIO E TRADIÇÃO: O KOCHKÃSE COMO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO VALE DO ITAJAÍ (SC) Marilda Checcucci Gonçalves da Silva Doutorado em Desenvolvimento Regional da FURB marildacheccucci@hotmail.com O artigo resulta de pesquisa que teve como objetivo o Inventário do Kochkäse, como Patrimônio Cultural Imaterial do Vale do Itajaí (SC), com base na metodologia do IPHAN. Trata-se de queijo produzido por agricultores de origem alemã trazido na forma de um habitus (BOURDIEU, 1989) em 1850, com o processo de colonização, iniciado com a fundação da Colônia Blumenau. O Kochkäse vem enfrentando problemas com sua comercialização por ser produzido com leite cru devido a parâmetros proveniente de legislação da grande indústria. Os resultados evidenciaram a importância do Kochkäse para a identidade do grupo, geração de renda e segurança alimentar. “PRECISA-SE DE UMA CRIADA ESTRANGEIRA”: AS/OS CRIADAS/OS EUROPEIAS/US NOS ANÚNCIOS DE JORNAIS. Natália Batista Peçanha Doutoranda do PPGH/UFRRJ; bolsista Capes. nataliahist@hotmail.com Quando falamos em serviço doméstico a imagem que nos vêm à mente é da mulher negra. Todavia, tal imagem encobre as realidades vivenciadas por homens, mulheres, negros, brancos, pardos e também estrangeiros, que a partir da segunda metade do século XIX se avolumavam na cidade. E, é justamente a presença dos estrangeiros, ou melhor, dos europeus, no serviço doméstico carioca que nos interessa na presente pesquisa. Visto que é necessário ampliarmos a inserção de homens e mulheres europeus/ias no mundo do trabalho carioca, para além dos cafezais, do comércio, das indústrias. Mesa 3B – Imigração e Gênero FEMINIZACIÓN DE LAS MIGRACIONES EN AMÉRICA LATINA: EL CASO DE CHILE Grawen Ojeda Centro de Estudios Migratorios e Interculturales Universidad Católica del Maule grawenojeda@gmail.com Rodrigo Arellano Centro de Estudios Migratorios e Interculturales Universidad Católica del Maule rarellano@ucm.cl La feminización de la migración abre nuevos espacios dentro de la familia y de la sociedad, flexibiliza la división sexual del trabajo y transforma los modelos de género. La experiencia ha demostrado que los roles de género esperados en la sociedad receptora difieren de los que acostumbran a desarrollar las mujeres y hombres en las sociedades de procedencia y pertenencia. Esta circunstancia puede provocar conflicto en el marco de las relaciones interpersonales y generar cambios en el sentido de modificar y/o reconstruir determinados valores y roles de género que afectan las relaciones familiares. En este contexto, la investigación tiene como objetivo analizar discursos de identidad, discriminación y vulnerabilidad a través de historias de vidas de mujeres migrantes.
  • 22. 22 Las historias de vida han resultado una herramienta valiosa para conocer distinciones conceptuales como la auto-identificación y la identidad cultural de las mujeres, situaciones de comunicación intercultural movida por distintos actos de habla (locucionario, perlocucionario, ilocucionario). Las experiencias de discriminación han sido narradas en primera persona alcanzando un potencial interpretativo y colocando a las participantes en situación de enfrentar el mundo exterior a partir de sus propias habilidades yrecursos, así como mecanismos de apoyo para su movilización cuando ha sido objeto de vulneración de derechos. Los resultados evidencian experiencias de discriminación asociadas a un discurso social hegemónico que las ignora y niega sus derechos (laborales, reproductivos, cívicos, entre otros). Las distintas formas de discriminación tienen efectos sobre la identidad colectiva y en la conformación de sus identidades individuales. En este sentido, las historias de vida nos han permitido conocer cómo la identidad de género es inseparable de la construcción de la identidad cultural. A partir del estudio aportamos elementos de discusión para el desarrollo de políticas públicas que resguarden los derechos de mujeres visibilizando temáticas de género en la agenda política. MERCADOS NOSTÁLGICOS DE LOS ARENALENSES EN EL NORTE. MUJERES Y LA TRANSMISIÓN DE SABER A LAS SIGUIENTES GENERACIONES Eduardo Saldívar Rosales Universidad de Guadalajara elarenaljalhijosausentes@gmail.com El presente trabajo obedece a un proyecto de intervención cultural con la comunidad de El Arenal, Jalisco, México, que radican en el Estado de California, Estados Unidos Es un trabajo en redes y nuevas tecnologías las cuales coadyuvaron a realizar eventos culturales en espacios transnacionales en Norte América. En específico norte y sur de California. Se contemplaron elementos de identidad de la comunidad de El Arenal, Jalisco, para recrear la vida sociocultural y con ello facilite la cohesión social transfronteriza. A TRANSNACIONALIZAÇÃO DA GUERRA: VIOLÊNCIA SEXUAL E DESLOCAMENTOS FORÇADOS NO CONFLITO ARMADO COLOMBIANO. Ana Taisa da Silva Falcão Doutoranda em História Social pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS-UFRJ) taisafalcao@gmail.com Um dos elementos político-militares mais paradoxais da história contemporânea da América Latina é o conflito armado colombiano; sua extensão temporal, suas implicações geopolíticas, seus processos de resistência e, certamente, sua constante produção de múltiplas formas violência contra a população civil. Compreender um conflito que data de inícios do século passado e se estende ao presente século requer um esforço historiográfico e sociológico bastante comprometido com a memória histórica. O que o propomos aqui é um exercício de reflexão sobre os impactos da violência de gênero como 1) arma de guerra; e 2) como elemento motivador de deslocamentos forçados femininos transfronteiriços. DIA 06 DE OUTUBRO SESSÃO COORDENADA A SALA 701, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30) Érica Sarmiento (PPGH – Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro) erisarmiento@gmail.com Patricia Flier (Universidad Nacional de La Plata) pflier@hotmail.com
  • 23. 23 Mesa 4A – Imigração e Cinema LA DIFICULTAD DE REPRESENTAR UNA INMIGRACIÓN INVISIBLE: LOS VASCOS EN EL CINE DE ESTADOS UNIDOS. Oscar Alvarez Gila Profesor Titular (Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea) oscar.alvarez@ehu.eus El objetivo de esta comunicación es presentar los problemas derivados de la dificultad de representar un grupo inmigratorio numéricamente reducido y, por lo tanto, hasta cierto punto “invisible”, en un contesto de una sociedad receptora de inmigraciones masivas. Tomaremos como ejemplo el cine de los EEUU y la representación de la inmigración vasca. Partiendo de una descripción del modo en que evoluciona la representación del inmigrante vasco hasta la consolidación de un cierto estereotipo más o menos fijado en el tercer cuarto del siglo XX, incidiremos en las fuentes que alimentan y retroalimentan la formación de los elementos constituentes de dicho estereotipo, tomando en consideración una cuestión capital: que la mayoría de los que participaban en la comunicación audiovisual por medio del cine, tanto del lado de los creadores como de los espectadores, tenían poca o ninguna experiencia personal de conocimiento del grupo inmigrante descrito. O MUNDO NATIVO DO OUTRO E SUAS POÉTICAS: ENTRE O CINEMA E A HISTORIA Juliano Gonçalves da Silva Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Historia da UERJ julianogds73@gmail.com O artigo a ser apresentado é parte da pesquisa de doutorado em que realizo um estudo sobre a imagem do personagem indígena no cinema latino-americano recente. Nele analiso os filmes argentinos Jauja (Lisandro Alonso, 2014) e Bolívia (Adrián Caetano, 2001) para pensar até onde as continuidades e rupturas em suas diferenciações continuam existindo ou não para os imigrantes “ilegais” retratados. Pretendo com este paralelo através das analises fílmicas refletir sobre o que a historia nos conta sobre esses “outros” indígenas, contrapondo os dias de hoje na America Latina, seus enredos e os personagens de uma Europa dita “civilizada”. CINEMA BRASILEIRO E IMIGRAÇÃO NO BRASIL: PROCESSOS E REPRESENTAÇÕES Sylvia Nemer UERJ-PPGH-LABIMI nemer.sylvia@gmail.com A temática da imigração entra na pauta do cinema brasileiro no contexto da oposição à ditadura militar quando um olhar diferenciado sobre a figura do imigrante começa a se manifestar na cinematografia nacional na qual surgem obras importantes interessadas em desconstruir mitos envolvendo os processos migratórios no Brasil. Refletir sobre as representações destes processos é o objetivo do presente trabalho cuja filmografia selecionada aborda a história da imigração no Brasil em quatro contextos distintos: entre meados do século XIX e início do século XX; no período do entre guerras e da Segunda Guerra Mundial; entre os anos 1980 e 1990; no contexto atual. Mesa 5A – Questões e discussões acerca das migrações, exílio e refúgio VOZES DA DIÁSPORA: UM ESTUDO SOBRE OS REFUGIADOS DA REVOLUÇÃO MAOÍSTA NO BRASIL Priscila d’Almeida Manfrinati Diversitas FFLCH-USP priscilamanfrinati@gmail.com Resumo: O artigo a ser apresentado articula as conclusões parciais de minha pesquisa de mestrado e, partir dele, pretendo discutir aspectos políticos e culturais do fluxo de refugiados da China para diversas partes do mundo a partir da Revolução Maoísta. A ascensão do nacionalismo defensivo fez com que milhares de pessoas
  • 24. 24 fossem consideradas indesejáveis no país e, após muitas passarem por campos de refugiados, encontraram um novo local para construir a vida. A comunidade macaense do Rio de Janeiro e de São Paulo constitui parte desse fluxo, chamado de Segunda Diáspora Macaense, e é considerada aqui como fonte primária em suas práticas associativas e sua dupla ausência. O EXÍLIO EM “OS EMIGRANTES”, DE W. G. SEBALD Mariana Machado Rodrigues e Silva Martins UFRJ, mestranda do Programa de Pós-Graduação em História Social marianamrsmartins@hotmail.com Os Emigrantes (1992), do autor alemão W. G. Sebald, trata de indivíduos física, psicológica e/ou emocionalmente exilados. Forçados a emigrarem de seus locais de origem em decorrência das ações nazistas na Europa nos anos que antecederam a eclosão da Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra em si, os personagens retratados sofrem uma melancolia existencial que marca permanentemente as suas vidas. O próprio autor, nascido em 1944, sofreu as consequências do imediato pós-Guerra. Devido a uma incessante angústia e sensação de não-pertencimento, emigrou para a Inglaterra, onde viveu pelo resto da vida – fato que marca toda a sua produção ficcional. DISCUSIONES EPISTEMOLÓGICAS ENTRE MIGRACIÓN Y POSTCOLONIALIDAD Ilsa Mendoza Centro de Estudios Migratorios e Interculturales Universidad Católica del Maule, Chile 2004.mendoza@gmail.com Susan Sanhueza Henríquez Centro de Estudios Migratorios e Interculturales Universidad Católica del Maule, Chile ssanhueza@ucm.cl Carmen Norambuena Universidad Santiago de Chile carmen.norambuena@usach.cl El estudio tiene como objetivo analizar la relación entre la epistemología indígena y el sujeto de la migración, el inmigrante. En este sentido, nuestra hipótesis investigativa apunta a que el silenciamiento del colonialismo eurocentrista hacia las epistemologías indígenas se puede extender por analogía al inmigrante, por su posición de marginalidad e inferioridad ante la sociedad receptora, como lo ha estado el indígena respecto de la epistemología eurocentrista. El tema es abordado desde una postura poscolonial, evidenciando cómo la epistemología eurocentrista no sólo reduce o acalla a las epistemologías indígenas, sino que también lo hace, con el modo en que el inmigrante -en particular en Chile- desarrolla y construye su forma de conocer y concebir la realidad, es decir, también silencia su episteme. Las principales conclusiones de nuestra investigación son que en esta universalidad del conocimiento, el sistema educativo ha funcionado sistemáticamente como perpetuador y reproductor del pensamiento eurocéntrico al imponer la cultura del grupo mayoritario. De este modo, el sistema educativo produce un proceso de asimilación más que de integración cultural, por lo cual debiera plantearse una educación pluricultural, que considere la coexistencia de diversas culturas en concordancia con las sociedades actuales, en donde puedan coexistir e interrelacionarse diversas culturas manteniendo la identidad cultural de cada una de ellas, solo así la educación podrá sumarse a la modernidad. LA IMAGEN CHILENA DE LA “NUEVA INMIGRACIÓN” Y LOS DELITOS QUE AFECTAN LA SEGURIDAD SOCIAL. 2010-2015 Guillermo Bravo Acevedo Academia Nacional de Estudios Políticos y Estratégicos gbravo@anepe.cl
  • 25. 25 En la actualidad, las migraciones internacionales se pueden describir como causa y consecuencia de la globalización, lo que implica que en este contexto existe una serie de factores que podrían caracterizar las migraciones como una amenaza para la seguridad de las sociedades receptoras. En el caso de Chile, las migraciones americanas regionales han configurado una “nueva inmigración” transformado al país en sociedad receptora. Sin embargo, la sociedad ha sido testigo de un aumento de delitos de connotación social vinculados a los migrantes. Esta ponencia trata los vínculos que asocian la “nueva inmigración” con aquellos delitos que afectan la seguridad social. SESSÃO COORDENADA B SALA 704, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30) Lená Medeiros de Menezes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) lenamenezes@hotmail.com Renata Siuda-Ambroziak (Universidade de Varsóvia) renata.siuda-ambroziak@uw.edu.pl Angela Roberti (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) angelaroberti@uol.com.br Mesa 4B – Processos de integração e identidades RECONFIGURANDO RELACIONES: PROCESOS DE INTEGRACIÓN INTERNA DE LOS ESTUDIANTES DE LA UNIVERSIDAD FEDERAL DE INTEGRACIÓN LATINOAMERICANA. Víctor Pacheco Garrido Mestrando do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-americanos, Universidade Federal da Integração Latino-americana vpachecogarrido@gmail.com Con un modelo integrador de 50 por ciento de brasileros y 50 por ciento de extranjeros latinoamericanos, la Universidad Federal de Integración Latinoamericana es una institución innovadora al atraer a sus aulas a miles de estudiantes hispanohablantes de América Latina hasta Foz de Iguaçu. La interacción entre estos estudiantes ha cambiado prejuicios por entendimiento y ha adoptado un lenguaje común de tono conciliador y en pro de la integración latinoamericana, remeciendo esta militarizada ciudad de frontera. Por medio de una etnografía, se pretende explorar las relaciones entre estudiantes y su lucha contra la xenofobia y por crear una nueva identidad. A COMUNIDADE SENEGALESA DE CAXIAS DO SUL E A PERCEPÇÃO DE UMA NOVA IDENTIDADE PARA OS IMIGRANTES AFRICANOS Cristine Fortes Lia Universidade de Caxias do Sul – UCS cflia@ucs.br Jéssica Pereira da Costa Universidade de Caxias do Sul – UCS jpcosta1@ucs.br A cidade de Caxias do Sul, na serra gaúcha, tem sua história caracterizada pelo processo de imigração italiana do século XIX. A população e a cultura caxiense apresentam “apelo” às representações europeias, bem como, a tradição católica. Com o século XXI, um grande número de imigrantes senegaleses passaram e/ou se instalaram em Caxias do Sul e estes, africanos e muçulmanos, trouxeram uma série de especificidades culturais. A recepção a estes passou e passa por diferentes fases em um interessante processo de ressignificação da identidade africana e muçulmana dos mesmos. Este estudo ocupa-se da análise das
  • 26. 26 estratégias de negociação de identidade cultural promovida pela comunidade senegalesa e dos diferentes discursos de representação do outro construídos na referida cidade. “DEUS ENTENDE SÓ EM POLONÊS” – RELIGIÃO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOS IMIGRANTES E DESCENDENTES DOS POLONESES NO BRASIL. Renata Siuda-Ambroziak Instituto das Américas e Europa, CESLA, Universidade de Varsóvia renata.siuda-ambroziak@uw.edu.pl Religião sempre constitui um dos fatores mais fortes na construção e preservação da identidade podendo, especialmente na situação das migrações, facilitar os processos da inserção no novo meio social e cultural ou dificultá-los. Na comunicação, baseando-se nas teorias sociológicas da aculturação dos imigrantes nas sociedades multiculturais, a autora mostra, aproveitando o exemplo dos imigrantes poloneses do século XIX e dos seus descendentes no Brasil contemporâneo, a importância da religião na relação dialética entre os imigrantes e a sociedade receptora. Mesa 5B – Migrações internas e transformações sociourbanas TORNAR-SE VALPARAISENSE, UM EXERCÍCIO PARA O DEVIR Eliete Barbosa de Brito Silva Universidade Federal de Goiás elietebarbosa1@hotmail.com Nelton Moreira Souza Universidade Federal de Pelotas moreirasouza48@gmail.com Entender as relações identitárias e simbólicas estabelecidas entre os moradores de Valparaíso de Goiás-GO e o Distrito Federal, eis a que nos propomos. Valparaíso de Goiás tem sua gênese no movimento migratório para a construção de Brasília. A capital do país continua a atrair pessoas que para aí se deslocam e não conseguem estabelecer-se. O destino desses sujeitos são os municípios goianos da Área Metropolitana de Brasília-AMB, dentre eles Valparaíso de Goiás. É comum essas pessoas deixarem a cidade de moradia muito cedo e somente retornar à noite. As relações apontadas promovem uma aparente dificuldade para que se estabeleça entre os moradores da cidade o senso de pertencimento à mesma. UM OLHAR SOBRE A MIGRAÇÃO BAIANA NO MUNCÍPIO DE BRUSQUE/SC Josely Cristiane Rosa Trevisol FURB/SC jo.cris.rosa@mail.com Marilda Checcucci Gonçalves da Silva FURB/SC marildacheccucci@hotmail.com Este artigo sintetiza informações iniciais da análise do fluxo migratório da Bahia para o Município de Brusque/SC. A problemática da pesquisa está em apresentar o migrante baiano, apontando para a análise da capacidade dos migrantes em circular, construir e apropriar-se de espaços, produzindo territórios e identidades sociais. Trata-se de uma pesquisa etnográfica delineada por conversas informais e entrevistas com baianos residentes em Brusque. Os resultados iniciais da pesquisa indicam um processo social de redes migratórias da Bahia para Brusque e os dilemas vivenciados pelos migrantes são apontados em desafios: o desafio de sair, de chegar e de ser aceito.
  • 27. 27 MEMÓRIAS DE MIGRANTES SOBRE TRANSFORMAÇÕES SÓCIO URBANAS EM ARACRUZ/ES: PARAÍSO OU TÁRTARO Maria Rita de Cássia Sales Régis Mestranda em Psicologia Social UFRRJ (2016) profmariarita.s@gmail.com Ronald Clay dos Santos Ericeira Doutor em Sociologia e Antropologia UFRJ (2009) Doutor em Psicologia Social UERJ (2010) Neste estudo, pretende-se identificar as transformações sociourbanas nos bairros Coqueiral de Aracruz e Barra do Riacho, ambos situados em Aracruz, município do Norte do Estado do Espírito Santo/ES. Examina-se tais transformações à luz da análise psicossocial. Partiremos das memórias dos recordadores, a fim de desvelar o mito fundador dos bairros, motivos e influências com análise comparativa destas transformações no período temporal de 1970 – 2010. A pesquisa permeará metodologicamente aspectos qualitativos por possibilitar discernir motivos, progressão e relações grupais. O levantamento e análise de dados insere-se na Psicologia Social, sustentando-se na Teoria das Migrações e Campo de Estudo da Memória Social.
  • 28. 28 SESSÃO COORDENADA 6: CIDADES E SEUS MOVIMENTOS SALA 703, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30) André Nunes de Azevedo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) andazi@bol.com.br Marieta Pinheiro de Carvalho (Universidade Salgado de Oliveira) marietacarvalho@gmail.com Dia 05 de outubro ENTRE O URBANO E O RURAL DA VILA DE SÃO JOSÉ DEL REI: ANÁLISE DAS INTERAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE AS MINAS E OS CURRAIS (1740 – 1808) Marcelo do Nascimento Gambi Doutorando em História, UFF marcelongambi@yahoo.com.br Este trabalho objetiva analisar o espaço urbano na Capitania de Minas Gerais. Como recorte espacial de estudo visamos abordar a vila de São José Del Rei e as suas relações com as freguesias rurais que se expandiram a oeste, por meio da expansão das fronteiras nas regiões compreendidas como os sertões. Nosso recorte temporal será centrado na segunda metade do século XVIII, período em que ocorreram a dinamização dos espaços econômicos e o aumento das interações entre as áreas conceituadas como as minas e os currais. Portanto, buscar-se-á demonstrar a influência existente da área urbana neste espaço em transformação. MIGUEL JOÃO MEYER E A OPÇÃO PELA AMÉRICA PORTUGUESA Denilson Muniz de Oliveira. Universidade Salgado de Oliveira. denilson_muniz@yahoo.com.br A proposta deste trabalho é a compreensão dos mecanismos onde Miguel João Meyer exerceu a atividade de escrivão por mais de duas décadas, explicando a gênese do surgimento e o desenvolvimento da instituição alfandegária, impulsionada pelo crescimento do comércio e da importância política e econômica do Rio de Janeiro. Demonstraremos o quanto este empreendimento profissional foi responsável por sua travessia do Atlântico, para fixar residência no Rio de Janeiro, em busca de melhores oportunidades que as existentes em Portugal para uma pessoa de sua condição social, sem títulos de nobreza e desejoso de ascensão social tão importante quanto desejável em uma sociedade hermética como a sociedade de corte. Enfim, reconhecer os fatores que foram responsáveis por sua transferência de Portugal para ingressar na função de escrivão da mesa-grande da Alfândega do Rio de Janeiro. CARREGADORES E CESTEIROS: O UNIVERSO DOS TRABALHADORES URBANOS NO RIO DE JANEIRO DA BELLE EPOQUE Vitor Leandro de Souza Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura, PUC – RIO. vitorleandro@id.uff.br Esta comunicação tem por objetivo compreender a importância dos trabalhadores envolvidos na tarefa de carregar mercadorias e produtos diversos pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro na virada dos séculos XIX e XX. A partir das reportagens dos periódicos de grande circulação na cidade, e das representações imagéticas desses sujeitos publicadas nas revistas ilustradas e realizados por fotógrafos, buscaremos construir uma identidade comum e ao mesmo plural para os envolvidos nesse ofício informal e por vezes “invisível”, entretanto, extremamente fundamental para a circulação de mercadorias. Nesse sentido, apesar de pertencem a uma categoria de trabalhadores que, em sua maioria não tem sua experiência social construída na esfera da luta organizada, e assim muitas vezes não serem vistos como objetos de historicização, buscaremos reconstruir algumas das dimensões da cultura de trabalho desses carregadores.
  • 29. 29 É FOGO – ASPECTOS DO COTIDIANO DO RIO DE JANEIRO E A AÇÃO DOS BOMBEIROS NO INÍCIO DO SÉCULO XX Afonso Henrique Sant Ana Bastos Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO afonso_bastos_30@hotmail.com A chegada do século XX representa o momento de mudanças para República no Brasil. Este momento apresenta desafios nada modestos à sociedade brasileira, que terá que modificar padrões econômicos, estabelecer políticas sócio-estruturais, e investir na transformação do Brasil em espaço atrativo e significante para o capital estrangeiro, que trará com ele a modificação sócio-econômica. Neste contexto encontra-se o Corpo de Bombeiros do Rio, em franca transformação técnica e institucional. As mudanças pelas quais o Rio de Janeiro passa, em sua reurbanização, alteram o cotidiano da cidade e dos Bombeiros, estabelecendo a necessidade de uma dupla adaptação: cidade e instituição. SANITARISMO, SAÚDE E INTERVENÇÃO PÚBLICA: A CIDADE DE MURIAÉ A PARTIR DO RELATÓRIO DE INSPEÇÃO SANITÁRIA, 1921 Edilane Aparecida Fraga. Mestre em História do Brasil - UNIVERSO. edilane-fraga@hotmail.com O trabalho propõe identificar em que condições sanitárias se encontrava a cidade de Muriaé, Minas Gerais, através da análise do Relatório de Inspeção Sanitária feito por um engenheiro em 1921 como exigência do posto de profilaxia rural instalado na cidade, sendo elaborado através de visitas as 760 casas de Muriaé descrevendo individualmente suas características estruturais e sanitárias, além das condições dos seus respectivos quintais. O objetivo é compreender a partir do documento, quais as deficiências sanitárias existentes em Muriaé no seu conjunto de casas, ruas e bairros, revelando implicações para a saúde da população e para o desenvolvimento do município. NA IMPRENSA CARIOCA, A AUTO-INSITUIÇÃO DOS SUBÚRBIOS DO RIO DE JANEIRO ENTRE 1910 E 1914 Jane Trajano Ferreira Gois Mestre – UNIVERSO/ Colégio Pedro II janenay2002@yahoo.com.br Durante o governo Hermes da Fonseca, entre os anos 1910 e 1914, foram publicadas as reclamações dos moradores dos subúrbios cariocas, principalmente, aqueles dos distritos de Engenho Novo e Inhaúma, nas páginas do jornal Correio da Manhã. A partir da seção “Reclamações” deste jornal, será feita uma análise do conteúdo, utilizando como referência o conceito de auto-instituição de Cornelius Castoriadis, buscando compreender as ações daqueles moradores dos subúrbios, utilizando a imprensa como instrumento de pressão e voz. ARQUÉTIPOS SUBURBANOS: A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES NOS ARREBALDES DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XX Rafael Mattoso Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo (PROURB) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. rafaelmattoso@yahoo.com.br Acreditamos que todo espaço urbano constitui-se de um conjunto de localizações que são produzidas através do trabalho humano, onde as classes sociais lutam pelas mudanças, assim como pelo controle da produção neste espaço desigual. Assim, este trabalho tem como objetivo aproximar-se, por meio da História da Cidade, da investigação da vida social e das experiências cotidianas de um grande número de moradores dos arrabaldes da cidade do Rio de Janeiro. Buscando promover uma analise mais detalhada dos particulares mecanismos de habitação e sociabilidade no cotidiano de parte dos agentes sociais que edificaram suas moradias nos bairros suburbanos, entre 1900 e 1950.
  • 30. 30 ESQUINAS, CALLES Y PLAZAS: OCUPACIÓN DE ESPACIOS POR EL MOVIMIENTO DE DIVERSIDAD SEXUAL EN SAN SALVADOR, EL SALVADOR Amaral Palevi Gómez Arévalo Rede O Istmo amaral.palevi@gmail.com De las esquinas a las cuales estaban confinadas las travestis en la década 1960, hasta la realización una multitudinaria marcha por la diversidad sexual desde 1997, la ocupación de espacios en la ciudad de San Salvador es una muestra del proceso de organización social y la incidencia política que el movimiento de diversidad sexual ha realizado desde la década de 1990. ¿Qué historia existe? ¿Qué dificultades? ¿Qué victorias? Son algunas de las preguntas que movilizan la presentación de este trabajo cuyo objetivo es describir la ocupación de espacios en San Salvador por parte del Movimiento de Diversidad Sexual. Dia 06 de outubro DA MEMÓRIA À NOSTALGIA: A FALTA DO LUGAR ONDE (NÃO MAIS) HABITA O POETA. Andréia Tamanini Doutoranda no PPGHIS / UFRJ andreia.tamanini@gmail.com Para os antigos, era a memória que intermediava a conexão não apenas com os deuses e os antepassados, mas consigo mesmos. No entanto o esquecimento permitia à alma retomar corpo e ganhar vida novamente. E todo caminho da existência seria a experiência do "desesquecimento" da alma - a aletheia. A nostalgia, diferentemente, dizia do desejo de retorno a um longe que evoca falta, tal a cicatriz na coxa de Ulisses. Sugerimos que o apagamento, da paisagem carioca, da casa onde habitou nosso "mais ilustre" poeta substituiu a criação de um lugar de memória por um "lugar de nostalgia" na cidade. DEL MITO DE LA HOSPITALIDAD A LA REGLAMENTACIÓN DE LA INTERCULTURALIDAD Leticia Calderón Chelius Instituto Mora lcalderon@mora.edu.mx La Ciudad de México ha refrendado durante décadas un discurso de ser la entidad de hospitalidad y recibimiento solidario de extranjeros por excelencia. Ciertamente, la ciudad y el país como tal, han experimentado momentos en que la solidaridad hacia algunos grupos de inmigrantes fue un sello que quedó plasmado en la historia patria. Este texto busca revisar esta trayectoria política y sus impactos a través del análisis de la ley de interculturalidad que se aprobó en la Ciudad de México en 2011, que es el nuevo marco de interacción hacia las comunidades de extranjeros que radican en ella. DESENVOLVIMENTO E INJUSTIÇA AMBIENTAL DISTRITO DE SÃO JOAQUIM, MUNICÍPIO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES: A POPULAÇÃO INVISIBILIZADA COM VOZ Tauã Lima Verdan Rangel Bolsista CAPES. Doutorando vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense taua_verdan2@hotmail.com A busca pelo desenvolvimento tem ganhado, nas últimas décadas, a pauta das discussões e reflexões, sobretudo em razão do esgotamento e exaurimento dos recursos naturais. Em um cenário de achatamento da população, sobretudo aquela como “vulnerável”, condicionada em comunidades carentes e bolsões de pobreza, diretamente afetada pelos passivos produzidos, constrói-se um ideário de justiça ambiental. Justamente, o presente debruça-se, ambicionando explicitar, a partir do exame da situação retratada no Distrito Industrial de São Joaquim, em Cachoeiro de Itapemirim-ES, um cenário “propício” para o agravamento da injustiça socioambiental, aguçando os passivos socioambientais a serem suportados pelas populações diretamente afetadas pelo empreendimento.
  • 31. 31 SEGURANÇA NO TRÂNSITO: APRENDENDO E VIVENDO Edilson Carlos Kordel DER – PMPG edilsonkordel@seed.pr,gov.br Maria Aparecida Carbonar DER – PMPG amcarbonar@bol.com.br A segurança do pedestre é o objetivo de nosso trabalho na Escola Prática Educativa de Trânsito criada em 1975, em Curitiba, no Paraná, pioneira no Brasil, direcionada aos alunos do 5ºano, consistindo em aulas expositivas teóricas e práticas abordando o comportamento e segurança no trânsito, mediando e compartilhando conhecimentos de mobilidade humana sustentável e segura com o curso aprendendo e Vivendo” numa parceria entre Estado (DER), Município (docentes) e Polícia Rodoviária. Após o estudo da cartilha, os alunos vivenciam na prática os valores que tornam o trânsito mais seguro para todos. Hoje, a EPET se encontra em cinco municípios. AZNIA, GORILLA CITY E OUTRAS REPRESENTAÇÕES DA ÁFRICA NOS QUADRINHOS DE SUPER-HERÓIS Savio Queiroz Lima Mestrando da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO savio_roz@yahoo.com.br O presente trabalho pretende iniciar um mapeamento de histórias em quadrinhos do mainstream que possuem personagens africanos e representações de sociedades, culturas, geografia, entre outros elementos, do continente africano. Representações da África e de personagens africanos são parte dos universos ficcionais onde narrativas são produzidas nas duas mais bem sucedidas editoras do mercado de histórias em quadrinhos de super-heróis: a DC Comics e a Marvel Comics. Como as duas editoras narram suas histórias em quadrinhos em mundo verossímil baseado na realidade espacial e temporal de seus consumidores, o continente africano é parte de suas geografias e está repleto de cidades, personagens e histórias. ENTRE O PELOURINHO E O BAIRRO DA LIBERDADE: CRENÇAS E RELIGIOSIDADES Debora Simões de Souza Mendel Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFRJ/MN). debora.simoes.ss@gmail.com No dia 4 de dezembro, na cidade de Salvador, milhares de pessoas festejam Santa Bárbara, as ruas enfeitadas nas cores vermelha e/ou branca sandam a santa do dia. O objetivo principal do trabalho é analisar as relações entre a festa que acontece no Centro Histórico e a que ocorre no Bairro da Liberdade. Salientando as especificidades desses espaços tão diversos e suas transformações e dialogando com teóricos da cidade. A festa é entendida como espaço de atuação de diferentes grupos que, em suas interações e conflitos, fazem-na acontecer e dão sentidos a festa e a cidade. Outra discussão é a cidade e as políticas patrimoniais.
  • 32. 32 SESSÃO COORDENADA 7: GOVERNOS E PRÁTICAS POLÍTICAS 6 DE OUTUBRO, SALA 706, 7º ANDAR (14:00 ATÉ 17:30) Vivian Zampa (Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira) vivianzampa@hotmail.com A FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO NACIONAL E SUA REPERCUSSÃO EM SÃO LOURENÇO DOS ÍNDIOS (1835 – 1845) Agla Santos André Universidade Salgado de Oliveira –Niterói (UNIVERSO) agla_santos@yahoo.com.br Resumo: As agitações políticas das primeiras décadas do século XIX e o desejo de inserção gradativa do Império do Brasil no rol das nações modernas, continuaram a ser temas recorrentes nas primeiras décadas do período Regencial, e despertaram nos representantes governamentais o anseio de promover a formação de uma “grandiosa” população nacional. Partindo deste princípio, apresento as estratégias políticas da Regência e do Segundo Reinado na tentativa de alavancar e controlar a formação da população nacional, por meio dos ensaios estatísticos em prol de um processo civilizatório buscando destacar estas execuções num estudo de caso: o Aldeamento de São Lourenço. A INFLUÊNCIA DO PODER POLÍTICO DOS COMERCIANTES E PROPRIETÁRIOS DE TERRAS DO PORTO DAS CAIXAS E DO NORTE FLUMINENSE NA CONSTRUÇÃO DO CANAL CAMPOS-MACAÉ/PORTO DAS CAIXAS (1837-1872) Mirian Cristina Siqueira de Cristo. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, curso de Mestrado em História do Brasil, Universidade Salgado de Oliveira/Niterói, RJ. mirian.de.cristo.1978@gmail.com O artigo analisa a influência política da elite agrária escravocrata do Norte Fluminense e dos comerciantes do Porto das Caixas, no recôncavo da Baía de Guanabara, especialmente a do Sr. Joaquim José Rodrigues Torres (Visconde de Itaboraí) e de sua família, na construção do Canal Campos-Macaé/Porto das Caixas. Também analisa a manutenção do poder político junto ao Império, através de alianças matrimoniais entre os grandes proprietários de terras, a manipulação da execução de obras públicas para o favorecimento dos comerciantes, fazendeiros do Norte Fluminense e do Porto das Caixas e as manobras realizadas para salvar comércio do mesmo local. A GUERRA CIVIL DE 1932 E O CASO DO DISTRITO FEDERAL: AMPLIANDO HORIZONTES. Felipe Castanho Ribeiro Programa de Pós-Graduação da Universidade Salgado de Oliveira (Mestrando) fe.castanho@gmail.com O presente estudo revisita a guerra Constitucionalista de 1932 sobre o prisma do Distrito Federal. Sendo assim, parte-se do pressuposto de que o grosso da produção historiográfica sobre a guerra de 1932 possuí ênfase no estado de São Paulo e, trata-se na sua grande maioria de obras memorialísticas. Propõe-se então, a análise historiográfica existente sobre o tema. Em seguida pretende-se dialogar algumas obras precípuas sobre o tema com fontes históricas produzidas a partir da ótica do Distrito Federal. Com esta dialética compreende-se que o movimento de oposição ao Governo Provisório em 1932 fora além do estado de São Paulo. O AEROCLUBE DO BRASIL E A POLÍTICA DE INCENTIVO À AVIAÇÃO NO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS (1937-1945) Rejane de Souza Fontes
  • 33. 33 Pós-Doutoranda do Programa de Pós-graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Especialista em Regulação da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC rejane.fontes@anac.gov.br Claudia Musa Fay Profª. Drª. do Programa de Pós-graduação em História e da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS cmusafay@pucrs.br A falta de pilotos no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial levou o governo de Getúlio Vargas a realizar a Campanha Nacional de Aviação (CNA), cuja participação do Aeroclube do Brasil foi determinante para a expansão da aviação brasileira. Com visível apoio do Governo Vargas, durante o Estado Novo (1937-1945), vários aeroclubes foram criados e a formação de pilotos superou as expectativas. Esta comunicação analisa a atuação do Aeroclube do Brasil não somente na história da aviação, mas no cenário nacional do pós-guerra, revelando os interesses estratégicos de um governo e o papel da aviação nos desígnios da política nacional. “MODERNIDADE” CARIOCA (1920-1930): OS “ERRANTES” E A ESCOLA Manoela do Nascimento Morgado Aluna de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação -PPGE da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ manoelamorgadoufrj@bol.com.br O trabalho problematiza a concepção de governo que se tentou empenhar na cidade do Rio de Janeiro (1920- 1930). A tentativa de “modernização” objetivava uma mudança estrutural na urbe e também reordenar os costumes da população. A escola é a principal ferramenta nesse “projeto”, porque ela promoveria uma reforma no espírito público. Contudo, um grupo caracterizado como “errantes” interfere na cidade e nos estabelecimentos de ensino através de ações criminais. Algo que aponta para o entrelaçamento entre escola e a cidade e coloca em cheque os “padrões de modernidade” tencionados para o período. ESCOLA PARQUE PRIMÁRIO COMPLEMENTAR: A MEMÓRIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DO GOVERNO DE JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA, NA ZONA DA MATA MINEIRA. Claudia Maria Moura de Castro Amaral Universidade Salgado de Oliveira – Niterói (RJ) claudiacastroamaral@gmail.com O trabalho apresenta resultados da pesquisa relacionada à Escola Parque Primário Complementar, criada no governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira, no município de Leopoldina, localizado na Zona da Mata Mineira. A pesquisa analisa documentos e relatos de ex-alunos, ex-professores e ex-funcionários da escola e entrevistas aos cidadãos do município e da região, objetivando verificar as impressões dessa instituição que ficaram registradas na memória dos cidadãos leopoldinenses, a articulação política que tornou possível a instalação da Escola no município, mesmo competindo com outros municípios da região, além das razões do fechamento da Escola no início de 1970. CONTRADIÇÕES DA POLÍTICA DO GOVERNO JÂNIO QUADROS EM 1961 Alberto Dias Mendes Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Política da UERJ mendesad@yahoo.com.br O governo Jânio Quadros caracterizou-se por grandes contradições. As políticas endógenas contrastam com a Política Externa Independente. Eleito Presidente do Brasil, renuncia com apenas sete meses de mandato. As proposições de "austeridade administrativa" para "varrer" a corrupção e de aproximação comercial com os países socialistas resultam em reações da sociedade civil nas suas diferentes matrizes ideológicas. Pretendemos discutir essas tramas políticas e como foram recepcionadas pelos movimentos sociais, a partir das leituras dos jornais da época.
  • 34. 34 UBIRAJARA MUNIZ: PREFEITO CASSADO COM O GOLPE DE 1964 Alex Sandro Amaral Rodrigues Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO- Niterói alexsandroarodrigues@hotmail.com.br No final dos anos de 1950 e na primeira metade da década de 1960, o Brasil viveu um período de grande agitação política, que terminou com o golpe civil-militar de 1964 e teve como pano de fundo um ambiente em que se discutia a implantação do projeto reformista de Goulart. Esse trabalho tem por objetivo estudar como o interior vivenciou esse momento. Através da história-política de Cachoeiras de Macacu, cidade localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro, demonstro como essa agitação política chegou ao interior do país. A partir da personagem do Sr. Ubirajara Muniz, que teve o mandato de prefeito dessa cidade cassado com o golpe de 1964, que mostro como as discussões que marcaram o ambiente pré-64 não se limitaram às grandes capitais brasileiras.
  • 35. 35 SESSÃO COORDENADA 8: MOVIMENTOS SOCIAIS E SEUS DESDOBRAMENTOS SALA 702, 7º ANDAR Alexandre Belmonte (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) alexbelmonte@gmail.com Carla Peñaloza (Universidad de Chile) carlamilar73@gmail.com 5 de outubro (14:00 até 17:30) A UNIFICAÇÃO ITALIANA VISTA DO IMPÉRIO DO BRASIL: A ATUAÇÃO DOS ITALIANOS NO RIO DE JANEIRO Alexandre Belmonte Professor de História da América da Universidade do Estado do Rio de Janeiro alexbelmonte@gmail.com Os italianos residentes no Brasil foram ativos participantes dos movimentos sociais que caracterizam o século XX, sobretudo pelo viés sindicalista e anarquista. Entretanto, muito antes disso, na década de 1850, um grupo de italianos residente no Rio de Janeiro militava, em solo brasileiro, em favor da unificação italiana do outro lado do Atlântico. Era um grupo constituído de profissionais liberais (médicos, professores, jornalistas, artistas) que, reunindo-se em solo brasileiro, agremiavam-se em associações e jornais, e panfletavam, abertamente, em prol das tropas de Garibaldi. Este artigo pretende dar visibilidade a esse grupo de itálicos, abordando seu sentimento de identidade, a despeito dos regionalismos que dividiam a Itália da época, bem como suas estratégias de organização. ANTIMILITARISMO ÁCRATA, DEBATES Y CONFRONTACIONES ANTE LA PRIMERA GUERRA MUNDIAL. Manzoni Gisela Paola CONICET- UNLP- IdIHCS- CINIG giyitan@yahoo.com.ar La Primera Guerra Mundial o Gran Guerra como sus contemporáneos la conocieron causo ecos en los lugares más recónditos del planeta, independientemente de cómo se vieron afectadas las personas o los grupo, todos debieron tomar postura sobre ella. El movimiento Anarquismo con una gran tradición antimilitarista, también se vio afectado por los efectos ideológicos de este conflicto. En este trabajo indagaremos como la primera guerra mundial dividió al movimiento ácrata y como este debate político teórico repercutió en los distintos ámbitos donde la idea libertaria estaba arraigada, trataremos especialmente el caso de la Argentina. DOIS LADOS DE UMA MESMA MOEDA – O RACIONALISMO DO ESTADO E DOS ANARQUISTAS Barbara Cristina Soares Pessanha Aluna de mestrado do PPGH da UERJ bc.spessanha@gmail.com De início, podemos pensar na distância enorme presente nas práticas do Estado brasileiro ao empreender uma grande reforma urbana, conhecida como Pereira Passos, que buscou uma modernização urbanística da cidade do Rio de Janeiro, com as ideias defendidas pelo movimento Anarquista, que defende a ausência de um Estado, e a formação de uma sociedade libertária, mas diferente da visão simplificada acerca desta doutrina, onde a palavra desordem seria sinônimo de Anarquia, estes defendem que no anarquismo quem governa é a Razão. Pretendemos, analisar o discurso do Racionalismo presente nestes dois projetos, que estavam em campos opostos no Rio de Janeiro no início do século XX.
  • 36. 36 VISÕES DO JORNAL O PAIZ SOBRE A GREVE GERAL E A INSURREIÇÃO ANARQUISTA DE 1918 Bruno de Lino Mendes Mestrando em História da UNIVERSO blmendes@hotmail.com Esta comunicação tem como objetivo demonstrar a visão do jornal O Paiz sobre a greve geral e a Insurreição Anarquista de 1918, na cidade do Rio de Janeiro. Primeiramente, será analisada a Greve Geral e a Insurreição Anarquista de 1918, que ocorreram no mesmo dia (18 de novembro). Após analisar estes movimentos, demonstraremos como dos dois estavam ligados e as estratégias do jornal O Paiz para ligar os grevistas aos insurretos. CONFLICTO OBRERO Y MOVIMIENTOS SOCIALES: EL CASO DEL MOVIMIENTO DE DESOCUPADOS EN ARGENTINA (1993-2003) Pablo Ariel Becher Universidad Nacional del Sur (Argentina)- Colectivo de Estudios e Investigaciones Sociales (CEISO) pablobecher@hotmail.com En el marco del modelo hegemónico neoliberal en la Argentina durante el período 1990- 2003 surgieron distintas experiencias y organizaciones de resistencia que enfrentaron ese proceso y pretendieron generar alternativas políticas concretas. En relación a ello, este trabajo analiza las diversas manifestaciones de acción colectiva de la clase obrera comparando esas expresiones generales con los hechos específicos provocados por los movimientos de desocupados. De esta forma se investiga las relaciones y correlaciones de fuerzas entre distintas clases y fracciones sociales, sus cambios políticos y los significados culturales a partir de los procesos de enfrentamiento social. O(S) MOVIMENTO(S) GREVISTA(S) NA DÉCADA DE 1990 NOS DISCURSOS DOS DEPUTADOS FEDERAIS PETISTAS: NEGOCIAÇÃO E CONFLITO Glauber Eduardo Ribeiro Cruz Universidade Federal de Minas Gerais glaubereduardo@uol.com.br O objetivo do texto é apresentar como os deputados federais do Partido dos Trabalhadores na década de 1990 consolidaram uma relação com o movimento grevista baseada na negociação e no conflito. Para isso, as fontes principais são os discursos disponibilizados nos sites da Câmara dos Deputados. Na perspectiva metodológica, o discurso é concebido como o instante privilegiado para a ação política, em meio aos fatos e aos acontecimentos quanto também, por meio de valores sociais construídos e defendidos. Esses discursos revelam especificidades das bandeiras políticas e dos atores políticos do PT diante de questão fundamental para os trabalhadores brasileiros. UMA ANÁLISE SOBRE A ATUAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO DURANTE O ANO DE 1977. Welton de Abreu Oliveira Universidade Salgado de Oliveira wabreuoliveira@hotmail.com O presente trabalho analisa a atuação do movimento estudantil no decorrer do ano de 1977, com o objetivo de compreender como as reivindicações dos estudantes contribuíram para a redemocratização do país. Acredita- se que as manifestações foram sendo ampliadas durante todo o ano, deixando de lado a pauta sobre a situação do ensino superior e da educação pública para adotarem questões sobre a política brasileira. Por conseguinte, o movimento estudantil se tornou um dos primeiros movimentos sociais a retornar às ruas, depois do ato institucional nº 5, com a intenção de derrubar o governo militar e restaurar a democracia no Brasil.