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Pr. Andre Luiz
Foi dito na primeira lição que as tábuas da Lei possuem 4
mandamentos em uma tábua e 6 em outra e que os quatro primeiros se
referem ao relacionamento do homem com Deus, e os outros seis dizem
respeito ao relacionamento com nossos semelhantes. O quarto
mandamento se coloca, em termos de relacionamento vertical e
horizontal, nos dois planos, é uma ponte que liga os mandamentos
teológicos com os mandamentos éticos. Ele possui caráter social e
humanitário e também função religiosa. Muitas são as controvérsias em
torno deste mandamento, e todas se referem à sua interpretação. O
quarto mandamento será melhor entendido quando analisarmos o
propósito para o qual ele foi dado.
Shabat (hebraico ‫שבת‬, shabāt, "descanso/inatividade"), é o nome
dado ao dia de descanso semanal no judaísmo, simbolizando o sétimo dia em
Gênesis, após os seis dias de Criação. A palavra hebraica ‫שבת‬, shabāt, tem
relação com o verbo ‫שבת‬, shavāt, que significa "cessar", "parar". Apesar de ser
vista quase universalmente como "descanso" ou um "período de descanso",
uma tradução mais literal seria "cessação", com a implicação de "parar o
trabalho". Portanto, Shabat é o dia de cessação do trabalho; enquanto que
descanso é implícito, mas não é uma denotação da palavra em si. O Pr Esequias
Soares, em obra já citada anteriormente, sobre o sábado, diz o seguinte: “O
sábado e a semana tiveram a sua origem em Deus. A divisão hebdomadária
(adj. Semanal; que se realiza, acontece ou surge a cada semana; que se refere à
semana, observação nossa.)do tempo aparece desde os dias pré-diluvianos e no
período patriarcal (Gn 7.4, 10, 12; 29.27, 28). Mas a semana na Mesopotâmia
seguia as fases da lua, por isso nem sempre o sábado coincidia com o sétimo
dia. A semana dos egípcios era de dez dias. Aqui está a base do sábado
institucional e do sábado legal.”Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma
Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 61-62.. O sentido de Shabat aqui é cessar,
logo é sinonimo de cessar de criar indicando a obra concluída e não um período
de ociosidade, pois segundo se infere dos textos de Is 40.28 e Jo 5.17, Deus não
descansa, Ele continua ativo sustentando todas as coisas (Hb 1.3)]
Dada a explicação do subtópico anterior, acrescento que Jesus
também assentou-se à destra de Deus depois de concluir a obra da redenção (Hb
8.1; 10.12). Ainda na obra suprareferenciada, do Pr Esequias Soares, ele afirma
que “A expressão ‘acabado no sétimo dia’ parece indicar que houve mais alguma
atividade de Deus na criação nesse dia. É o que pensam muitos expositores da
atualidade. Deus terminou a sua obra no dia sexto – segundo a Septuaginta e o
Pentateuco Samaritano”.]
A base institucional e legal do sábado foi a celebração de Deus no sétimo dia,
após a criação. O Criador abençoou e santificou esse dia.
Deus abençoou e santificou o sétimo dia como um repouso contínuo, a
dispensação da inocência, interrompido por causa do pecado. Agostinho de
Hipona lembra que não houve tarde no dia sétimo, pois Deus o santificou para
que ele permanecesse para sempre: "Ora o sétimo dia não tem crepúsculo. Não
possui ocaso porque Vós o santificastes para permanecer eternamente"
[Confissões, Livro XIII.36). Adão e Eva viveram esse repouso durante a inocência
até a Queda: "Foi o princípio e o tipo de repouso ao que a criação, depois que
caiu da comunhão com Deus pelo pecado do homem, recebeu a promessa de
que uma vez mais seria restaurada pela redenção, em sua consumação final"
(KEIL & DELITZSCH, tomo 1, 2008, p. 41). O sábado da criação aponta para o
descanso de Deus para o mundo inteiro no fim dos tempos: "Portanto, resta
ainda um repouso para o povo de Deus" (Hb 4.9). O sábado legal não foi
instituído aqui. Isso só aconteceu com a promulgação da lei. O sétimo dia é o
fundamento da guarda do sábado dada aos israelitas, visto que este dia foi
santificado desde o princípio do mundo. O sábado institucional é para toda a
humanidade e por isso Deus o santificou antes de estabelecê-lo como
mandamento para Israel. "A santificação do sábado institui uma ordem para a
humanidade segundo a qual o tempo é dividido em tempo e tempo sagrado...
Por santificar o sétimo dia, Deus instituiu uma polaridade entre o dia a dia e o
solene, entre dias de trabalho e dias de descanso, a qual deveria ser
determinante para a existência humana" (WESTERMANN, 1994, p. 171).
Solano Portela escreve em seu artigo ‘O Quarto Mandamento’, o
seguinte: “Em nossas bíblias o quarto mandamento está redigido assim –
"Lembra-te do dia de sábado para o santificar...". A palavra que foi traduzida
"sábado", é a palavra hebraica shabat, que quer dizer descanso. É correto,
portanto, entendermos o mandamento como "... lembra-te do dia de descanso
para o santificar". Esse "dia de descanso" era o sétimo dia no Antigo
Testamento, ou seja, o nosso "sábado". No Novo Testamento, logo na igreja
primitiva, vemos o dia de ressurreição de Cristo marcando o dia de adoração e
descanso. Isso é: o domingo passa a ser o nosso "dia de descanso". Os apóstolos
acataram esse dia como apropriado à celebração da vitória de Jesus sobre a
morte (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10).
O Pr Esequias Soares comenta o seguinte: “O sétimo dia da criação
não era mandamento, mas revela a necessidade natural do descanso de toda
natureza, homem, animal, máquina, agricultura. O repouso noturno de cada
dia não é suficiente para isso. Deus abençoou e santificou esse dia não somente
para comemorar a obra da criação, mas para que nesse dia todos cessem o
trabalho tendo em vista o descanso físico e mental e também o culto de
adoração a Deus. É importante que todos os seres humanos possam refletir que
o universo foi criado por um Deus pessoal, Todo-poderoso, sábio e
transcendente, que planejou todas as coisas que foram criadas. Parece que esse
dia foi logo esquecido pelo gênero humano, mas há resquício dele em muitos
povos da antiguidade.” Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 63-65
O sábado institucional se refere à necessidade de um período de descanso para
a Criação e para o homem.
O apóstolo Paulo, judeu, doutor da Lei e guardador do sábado, em
Gálatas 3.17, escreve que a Lei só veio 430 anos (depois de Abraão), sendo
assim, o sábado só passou a ser instruído e guardado pelos hebreus após a saída
do Egito e isso pode ser conferido a partir do capítulo 16 de Êxodo que mostra
claramente as primeiras instruções sobre o dia judaico.]
O sábado legal é exclusividade dos israelitas e nenhum povo da terra
recebeu tal responsabilidade, nem mesmo a Igreja (Êx 31.13- 17). A adoração
no tabemáculo acontecia semanalmente e isso justifica a instrução da lei do
sábado na presente seção que aborda a ordem do culto e demais serviços no
tabemáculo. O tema do sábado havia sido tratado por ocasião do maná (Êx
16.23-30) e no quarto mandamento (Êx 20.8-11); no entanto, Javé retoma o
assunto aqui para que o presente preceito seja observado de maneira
apropriada. A observância do sábado legal é perpétua, sob pena de morte
para quem violar (vv. 14-6) e isso por se tratar de um sinal entre Javé e Israel
(Êx 31.13, 17). Não é mandamento para todos os povos nem para a Igreja. É o
segundo sinal para os israelitas, que já tinham a circuncisão como primeiro
sinal desse concerto (Gn 17.10-14). Ao longo dos séculos, os judeus trataram
esses dois preceitos com a mesma atenção. O Decálogo registrado em
Deuteronômio apresenta o sábado como memorial da saída dos israelitas do
Egito: "Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR,
teu Deus, te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o SENHOR,
teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado" (Dt 5.15). O sábado
legal é mandamento exclusivo para o povo de Israel. Esequias Soares. Os Dez
Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 68-69
O quarto mandamento é o mais longo do Decálogo e difere dos três
primeiros, cuja formulação é negativa. O versículo 8 introduz o mandamento
positivo que impõe a obrigação de santificar o sábado, e o versículo 9 fala sobre
a obrigação de trabalhar seis dias. Isso se repete no sistema mosaico (Êx23.12;
31.13-17; 34.21; Lv 23.3), mas aqui aparece também a formulação negativa.
Quando Moisés no seu discurso em Deuteronômio repete o Decálogo substitui o
verbo hebraico usado para "lembrar" zãchor,n "recordar, lembrar", por outro,
"guardar", shãmôr,72 "guardar, cuidar, vigiar", quando diz: "Guarda o dia de
sábado" (Dt 5.12). Os dois verbos estão no infinitivo absoluto, que tem função
de um forte imperativo, bastante comum em leis e mais próximo de um futuro
cominatório, ameaçador. O propósito do uso deste verbo "lembrar" aqui em
Êxodo é manter o sábado como dia santo. Isso mostra que o povo já conhecia
esse dia, mas parece que a sua observância não era levada a sério antes da
revelação do Sinai. As palavras "como te ordenou o SENHOR, teu Deus" (Dt
5.12b) não aparecem em Êxodo e são uma referência ao Sinai, quando a lei foi
promulgada, visto que Moisés está relatando um fato acontecido no passado.
Fica evidente que houve um sábado antes da promulgação da lei. Muitos
acreditam que o verbo "lembrar" se refere ao relato do maná no deserto (Êx
16.22-30). Isto fica claro pelo fato de que "a maneira incidental em que a
matéria é introduzida e a repreensão do Senhor pela desobediência do povo
sugerem que o sábado já era previamente conhecido" (TENNEY, vol. 5, 2008, p. 267).
O sábado legal é um dia de descanso, introduzido na cultura do povo judeu por
meio da Lei.
Os quatro evangelhos registram os conflitos entre Jesus e os
fariseus sobre a interpretação do sábado.
A instituição do sábado legal no Decálogo tinha o propósito duplo,
social e espiritual, de cessar os trabalhos a cada seis dias de labor para dar
descanso aos seres humanos e aos animais e dedicar um dia inteiro para
adoração a Deus: 8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 Seis dias
trabalharás e farás toda a tua obra, 10 mas o sétimo dia é o sábado do
SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a
tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu
estrangeiro que está dentro das tuas portas. 11 Porque em seis dias fez o
SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou;
portanto, abençoou o SENHOR o dia do sábado e o santificou (Êx 20.8-11).
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD.
pag. 66.]
A oposição crescente ao ministério de Jesus pelos líderes religiosos
encontra sua expressão total na observância do sábado, a instituição mais
sagrada entre os judeus. Em Mt 12.3, Jesus apoia a ação de seus discípulos
através de seu apelo ao exemplo de Deus (1Sm 21.1-6), verificando que as
regulamentações normais do sábado podem precisar render-se às necessidades
humanas. A necessidade humana tem precedência em uma rigorosa
interpretação da Lei, que deixa escapar seu propósito mais amplo. Jesus
reivindica sua divindade em Mt 12.6-8, logo, como Senhor do sábado, ele
poderia fazer o que bem entendesse com o mesmo!]
A cerimônia da circuncisão acontecia cortando a pele que
cobre a cabeça do órgão genital masculino.
Seu significado era bem mais profundo do que simplesmente
um corte visível na carne. A circuncisão mostrava que aquela
criança fazia parte da aliança de Deus feita com o povo de
Israel. É claro que não era apenas o corte na carne que fazia
com que a criança, e mais tarde o adulto, fosse alguém que
andava na presença de Deus. Era necessário obediência às
leis do Senhor para que, efetivamente, a circuncisão tivesse
realmente valor.
O Centro Apologético Cristão de Pesquisas, citando a Bíblia
Apologética, escreve sobre João – 7.21-24: “Frequentemente Jesus enfrentava
polêmica com os judeus por causa do sábado. Os judeus eram ferrenhos
guardadores do sábado e sempre estavam discutindo com Jesus sobre o
assunto.
O que é admirável no texto é Jesus afirmar que a guarda do sábado fica
subordinada à circuncisão. Uma criança que devesse ser circuncidada no oitavo
dia do seu nascimento (Gn 17.10; Lv 12.3; Jo. 7:21-24) para que a Lei não
ficasse invalidada, colocava a guarda do dia em posição inferior à circuncisão.
Se a circuncisão é de valor secundário, inexpressivo, e nenhum cristão hoje a
pratica, como terá a guarda do sábado como preceito? Ellen Gould White
ensinava que a guarda do sábado implicava em salvação. O ensino de Jesus
sobre o sábado é diferente, Ele é Senhor do Sábado”. http://www.cacp.org.br/o-sabado-e-
a-circuncisao/]
O sábado representava o selo da aliança mosaica (Êx 20.10; Êx 23.12; 31.15; Dt 5.15; Is 56.4-6);
O sábado foi separado como santo (Êx 16.23-29; 20.10-11; 31.17);
Era um sinal entre Deus e seu povo “Israel” (Êx 31.13; Lv 26.14-16; Ez 20.12,20);
Esse dia foi ordenado por Deus para que os filhos de Israel lembrassem da libertação do Egito (Dt
5.15);
Era associado a festas solenes, especialmente aquelas em dia de lua cheia (Am 8.5; Os 2.13; Is
1.13);
Era um sinal de lealdade entre Israel e Yahweh (Is 56.2; Ez 20.12,21);
Era um dia de deleites e felicidades, não um dia de obrigações infelizes (Nm 10.10; Is 58.13; Os
2.11);
Era para beneficiar aos pobres e escravos (Êx 23.12; 20.10; Dt 5.14-15).
“A observância do sábado nos dias do ministério terreno de Jesus
havia se tornado externa e formal. As autoridades religiosas de Israel haviam
criado muitas restrições e estabeleceram regras meticulosas. A Mishnah,
antiga literatura religiosa dos judeus, nos tratados Shabbat e Erub, registra
minúcias de como o sábado deve ser observado. A tradição dos anciãos criou
39 proibições concernentes ao sábado. Por essa razão, o Senhor Jesus entrou
diversas vezes em conflito com os escribas e fariseus. Uma delas aconteceu
quando ele defende os seus discípulos por colherem espigas no sábado (Mt
12.1-5). 1 Naquele tempo, passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus
discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comer. 2 E os fariseus,
vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito
fazer num sábado. 3 Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi,
quando teve fome, ele e os que com ele estavam? 4 Como entrou na Casa de
Deus e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que
com ele estavam, mas só aos sacerdotes? (Mt 12.1-4). A passagem paralela
aparece em Marcos 2.23-26 e Lucas 6.1-4. Em todas elas, o Senhor Jesus
mencionou um trecho do Antigo Testamento em que Davi comeu o pão da
proposição na casa do sacerdote Abiatar, quando estava sob a perseguição de
Saul (1 Sm 21.6). Assim, ele colocou a guarda do sábado na mesma categoria
do preceito cerimonial. A lei proibia que estranhos comessem do pão sagrado
da proposição, o qual era restrito aos sacerdotes (Êx 29.33; Lv 22.10). Jesus foi
além e disse que os sacerdotes no templo podiam violar o sábado e ficar sem
culpa (Mt 12.5). Um mandamento moral é obrigatório por sua própria
natureza. Não existe concessão para preceitos morais; aqui, a vida está acima
do sábado. Em outra ocasião, o Senhor Jesus torna a considerar o sábado um
preceito cerimonial com base na própria lei de Moisés. Ele nem precisou
reivindicar a sua autoridade de Filho de Deus e Messias, ao lembrar às
autoridades religiosas que a circuncisão de uma criança pode ser feita num dia
de sábado. A lei prescreve que o menino deve ser circuncidado no oitavo dia de
seu nascimento (Lv 12.3). Jesus disse que a circuncisão pode ser feita mesmo
quando o oitavo dia coincide com sábado (Jo 7.22, 23). Jesus declarou: "O
sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado"
(Mc 2.27). Muitos comparam essas palavras a uma frase do Talmude creditada
ao rabi Simeon ben Menasya, cerca de 180 d.C.: "O sábado foi dado a vocês,
não vocês entregues a ele". A interpretação judaica diz respeito à permissão da
quebra do sábado em casos especiais, como a vida em perigo. Mas o que Jesus
disse significa que os seres humanos não foram criados para observar o
sábado, mas que o sábado foi criado para o benefício humano. Ele não disse
que o sábado foi feito por causa dos judeus ou de Israel, mas por causa de
todos os seres humanos. O sábado legal, do Decálogo, foi dado a Israel como
sinal entre Javé e os israelitas (Êx 31.13, 17; Dt 5.15; Ez 20.12). Aqui, o Senhor
Jesus se refere ao sábado institucional que Deus estabeleceu para o bem-estar
e gozo de todos os seres humanos, e isto está acima de observância meticulosa
do sábado”. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 69-71.
A frase "Assim, o Filho do Homem até do sábado é senhor" (Mc 2.28)
e as passagens paralelas (Mt 12.8; Lc 6.5) são disputadas pelos expositores do
Novo Testamento. Há duas linhas principais de interpretação: a) a autoridade
sobre o sábado foi conferida aos seres humanos, e b) trata-se do próprio Senhor
Jesus. A primeira nos parece menos aceitável porque Deus nunca delegou
autoridade sem limites aos humanos e, também, porque a expressão grega ho
huios tou anthrõpos, "o Filho do Homem", no singular, é título messiânico e não
relativo a humanos. Está claro que Jesus se referia a si mesmo. Esta é a melhor
interpretação. Ele revelou seu poder e sua autoridade sobre as enfermidades,
sobre a natureza, sobre todos os poderes das trevas, sobre a morte e o inferno;
assim, nada mais natural ser mesmo o Senhor do sábado. O sábado veio de
Javé e somente ele tem autoridade sobre a instituição. Então, não há outro no
universo investido de tamanha autoridade, senão o Filho de Deus. Mais uma
vez, o Senhor Jesus Cristo apresenta o profeta Oseias como autoridade para
fundamentar seu ensino (Mt 12.7; Os 6,6). Ele acrescentou ainda que é "lícito
fazer bem nos sábados" (Mt 12.12). Isso o próprio Jesus o fez (Mc 3.1-5; Lc
13.10- 13; 14.1-6; Jo 5.8-18; 9.6, 7, 16), e nós também devemos fazer o bem,
não importa qual seja o dia da semana. Como o sábado do relato da criação,
não é regra legal opressiva; é chamado de sábado institucional que se
transferiu para o domingo por causa da ressurreição de Jesus, mas não como
mandamento. Assim, como nada há no Novo Testamento que indique a sua
observância, isso por si só mostra que o quarto mandamento não é um preceito
moral. Esta interpretação é corroborada pelo fato de nem Jesus nem os
apóstolos ensinarem a guarda do sábado. O sábado não foi mencionado
quando Jesus citou os mandamentos para o moço rico (Mt 19.17-19). Toda a lei
se resume no amor a Deus e ao próximo (Mt 7.12; 22.40; Mc 12.31; Rm 13.10).
O apóstolo Paulo omitiu o quarto mandamento (Rm 13.9). Ele considerava
retrocesso espiritual guardar dias, meses e anos (G1 4.10, 11). Os primeiros
cristãos eram judeus de origem e era natural para eles observar os serviços da
sinagoga; ainda hoje, muitos judeus que são convertidos à fé cristã preferem
não abrir mão de sua identidade judaica, principalmente aqueles que residem
em Israel. É mais uma questão cultural. Paulo via o sábado e os preceitos
dietéticos, o kashrut, como mera opção pessoal. E, mesmo não havendo prova
de que o apóstolo distinguisse preceitos morais e cerimoniais, aqui ele coloca o
sábado e o kashrut na mesma categoria (Rm 14.1-6). Segundo Paulo, o antigo
concerto foi abolido (2 Co 3.7-14) , incluindo o sábado (Os 2.11). De fato, isso já
era anunciado desde o Antigo Testamento (Jr 31.31-34). Paulo disse que Jesus
riscou na cruz "a cédula que era contra nós nas suas ordenanças" (Cl 2.14). O
substantivo grego para "cédula" é cheirgraphon, um hapax legomenon,
literalmente, "escrito à mão”. É um documento escrito à mão usado aqui
metaforicamente. O termo aparece na literatura grega extrabíblica com vários
significados: "lei mosaica, obrigação escrita, contrato (ROBINSON, 2012, p.
984); "registro de uma conta financeira, conta, registro de dívida" (LOUW &
NIDA, 2013, pp. 352, 353). É um certificado de dívida, uma nota promissória. A
ordenança, ou dogma, significa "decreto, ordenança, edito", um termo usado
também em referencia à lei de Moisés (Ef 2.15). É esse o sentido aqui, pois Jesus
disse que a lei nos acusa (Jo 5.45). O pensamento paulino revela o aspecto
condenatório da lei mosaica (Dt 27.26; 1 Co 15.56; Gl 3.10) e também o padrão
divino para a vida humana (Rm 7.13, 14). A acusação da lei contra nós foi
cancelada na cruz do Calvário, e aí o apóstolo inclui o sábado. O apóstolo
emprega os dois termos "cédula" e "ordenança" metaforicamente para dizer
que fomos perdoados e estamos livres de legalismo: "Portanto, ninguém vos
julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua
nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de
Cristo" (Cl 2.16, 17). Com exceção do sangue (At 15.20, 28), as restrições
dietéticas de Levítico foram removidas, pois Deus purificou os animais
cerimonialmente imundos (At 10.12-15). Nenhum alimento é imundo por si
mesmo (Rm 14.14, 20; 1 Tm 4.3, 4). O que contamina o ser humano é o que sai
dele, não o que entra (Mt 15.11-20). O sábado cerimonial é um termo para
designar os festivais de Israel que englobam as festas anuais, mensais e
semanais (1 Cr 23.31; 2 Cr 2.4; 8.13; 31.3; Ez 45.17). O sábado cerimonial já está
incluído na expressão "dias de festa". Assim, a "lua nova", refere-se à festa
mensal e a expressão "dos sábados" diz respeito aos sábados semanais. O novo
concerto nos isenta de todas essas coisas. Paulo parece empregar uma
linguagem platônica no tocante ao mundo real e ao mundo das ideias no v. 17.
A sombra é temporária e identifica com imperfeição o objeto que a projetou,
sendo portanto inferior a ele. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em
Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 71-74.]
Em o Novo Testamento, Jesus é o Senhor do sábado e somente Ele tem
autoridade sobre esta instituição.
O sábado legal do Decálogo foi estabelecido para Israel se lembrar da
escravidão no Egito (Dt 5.15). Há certa analogia com o sábado cristão, o
domingo, que, sem precisar de imposição legal, passou a ser o dia de adoração
cristã coletiva em memória à ressurreição de Cristo que ocorreu num domingo
(Mc 16.1-6; Lc24.1-6). Éosábado institucional. Isso está claro em três passagens
do Novo Testamento: "No primeiro dia da semana, ajuntando os discípulos para
o partir do pão" (At 20.7). Era um domingo, "talvez 24 de abril de 57 d.C.",
segundo F. F. Bruce (apud STOTT, 1994, p. 360). O "partir do pão" é um termo
usado para a Ceia do Senhor (At 2.42; 1 Co 10.16; 11.20-26). Segundo o autor
citado, essa passagem "é a evidência inequívoca mais primitiva que temos da
prática cristã de reunir-se para a adoração nesse dia". Isso se confirma mais
adiante no Novo Testamento: "No primeiro dia da semana, cada um de vós
ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se
não façam as coletas quando eu chegar" (1 Co 16.2). Temos aqui outra prova de
que o primeiro dia da semana era o dia de culto regular. O apóstolo
recomendou que nessas reuniões se levantasse uma coleta para socorrer os
irmãos pobres de Jerusalém. O apóstolo João foi arrebatado no dia do Senhor:
Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma
grande voz, como de trombeta" (Ap 1.10). A expressão dia do Senhor" não é
escatológica, pois a construção grega aqui, en tê kyriakê hêmera, se refere ao
domingo. Versões católicas como Figueiredo, Matos Soares e a Bíblia do
Peregrino empregam "num dia de domingo" para traduzir a referida frase. Esta
tradução é aceitável porque está de acordo com o contexto bíblico e histórico. A
palavra kyriakê significa "domingo" ainda hoje na Grécia. O termo "domingo",
literalmente quer dizer, "dia do senhor , do latim, dominus, "senhor", e dies,
"dia". Inácio de Antioquia usa a mesma frase grega do apóstolo João em
Apocalipse, para indicar o primeiro dia da semana: "Aqueles que viviam na
antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o
sábado, mas o dia do Senho em que a nossa vida se levantou por meio dele e da
sua morte" (Magnésios 9-1, Coleção Patrística 1, Padres Apostólicos). Inácio foi
o terceiro bispo de Antioquia e conheceu os apóstolos Paulo e João. Preso em
110 no reinado de Trajano, foi levado a Roma e atirado às feras. Trata-se de
alguém da segunda geração dos apóstolos. Outra razão que confirma essa
interpretação é o fato de a Septuaginta usar uma forma diferente para o "dia
do Senhor escatológico, hêmera tou kyriou ou hêmera kyriou. E o mesmo
acontece nas cinco vezes que a frase aparece no Novo Testamento grego (At
2.20; 1 Co 5.5; 2 Co 1.14; 1 Ts 5.2; 2 Pe 3.10). Os primeiros pais da Igreja
mostram que nos três primeiros séculos da história da Igreja o domingo
continuava sendo o dia de reunião dos cristãos. Além de Inácio de Antioquia,
isso pode ser ainda visto na Epístola de Barnabé (que não era o Barnabé citado
do Novo Testamento). Trata-se de um documento da primeira metade do século
2, que declara: "Eis por que celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual
Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus"
(Epístola de Barnabé, 15.9). Herdamos dos dias apostólicos essa prática que foi
perpetuada pelo tempo. Os preceitos cerimoniais não desobrigam os seres
humanos de cultuarem a Deus, mas estes não precisam de rituais e nem lhes é
exigido irem a Jerusalém. Da mesma forma, o sábado não precisa ser o sétimo
dia da semana. Os adventistas do sétimo estão equivocados quando afirmam
que o imperador Constantino substituiu o sábado pelo domingo, e sua doutrina
não tem sustentação bíblica. É um erro teológico e histórico. Esequias Soares. Os Dez
Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 74-76
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Lição 06 - Santificarás o sábado

  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Foi dito na primeira lição que as tábuas da Lei possuem 4 mandamentos em uma tábua e 6 em outra e que os quatro primeiros se referem ao relacionamento do homem com Deus, e os outros seis dizem respeito ao relacionamento com nossos semelhantes. O quarto mandamento se coloca, em termos de relacionamento vertical e horizontal, nos dois planos, é uma ponte que liga os mandamentos teológicos com os mandamentos éticos. Ele possui caráter social e humanitário e também função religiosa. Muitas são as controvérsias em torno deste mandamento, e todas se referem à sua interpretação. O quarto mandamento será melhor entendido quando analisarmos o propósito para o qual ele foi dado.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Shabat (hebraico ‫שבת‬, shabāt, "descanso/inatividade"), é o nome dado ao dia de descanso semanal no judaísmo, simbolizando o sétimo dia em Gênesis, após os seis dias de Criação. A palavra hebraica ‫שבת‬, shabāt, tem relação com o verbo ‫שבת‬, shavāt, que significa "cessar", "parar". Apesar de ser vista quase universalmente como "descanso" ou um "período de descanso", uma tradução mais literal seria "cessação", com a implicação de "parar o trabalho". Portanto, Shabat é o dia de cessação do trabalho; enquanto que descanso é implícito, mas não é uma denotação da palavra em si. O Pr Esequias Soares, em obra já citada anteriormente, sobre o sábado, diz o seguinte: “O sábado e a semana tiveram a sua origem em Deus. A divisão hebdomadária (adj. Semanal; que se realiza, acontece ou surge a cada semana; que se refere à semana, observação nossa.)do tempo aparece desde os dias pré-diluvianos e no período patriarcal (Gn 7.4, 10, 12; 29.27, 28). Mas a semana na Mesopotâmia seguia as fases da lua, por isso nem sempre o sábado coincidia com o sétimo dia. A semana dos egípcios era de dez dias. Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal.”Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 61-62.. O sentido de Shabat aqui é cessar, logo é sinonimo de cessar de criar indicando a obra concluída e não um período de ociosidade, pois segundo se infere dos textos de Is 40.28 e Jo 5.17, Deus não descansa, Ele continua ativo sustentando todas as coisas (Hb 1.3)]
  • 14.
  • 15. Dada a explicação do subtópico anterior, acrescento que Jesus também assentou-se à destra de Deus depois de concluir a obra da redenção (Hb 8.1; 10.12). Ainda na obra suprareferenciada, do Pr Esequias Soares, ele afirma que “A expressão ‘acabado no sétimo dia’ parece indicar que houve mais alguma atividade de Deus na criação nesse dia. É o que pensam muitos expositores da atualidade. Deus terminou a sua obra no dia sexto – segundo a Septuaginta e o Pentateuco Samaritano”.]
  • 16. A base institucional e legal do sábado foi a celebração de Deus no sétimo dia, após a criação. O Criador abençoou e santificou esse dia.
  • 17. Deus abençoou e santificou o sétimo dia como um repouso contínuo, a dispensação da inocência, interrompido por causa do pecado. Agostinho de Hipona lembra que não houve tarde no dia sétimo, pois Deus o santificou para que ele permanecesse para sempre: "Ora o sétimo dia não tem crepúsculo. Não possui ocaso porque Vós o santificastes para permanecer eternamente" [Confissões, Livro XIII.36). Adão e Eva viveram esse repouso durante a inocência até a Queda: "Foi o princípio e o tipo de repouso ao que a criação, depois que caiu da comunhão com Deus pelo pecado do homem, recebeu a promessa de que uma vez mais seria restaurada pela redenção, em sua consumação final" (KEIL & DELITZSCH, tomo 1, 2008, p. 41). O sábado da criação aponta para o descanso de Deus para o mundo inteiro no fim dos tempos: "Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus" (Hb 4.9). O sábado legal não foi instituído aqui. Isso só aconteceu com a promulgação da lei. O sétimo dia é o fundamento da guarda do sábado dada aos israelitas, visto que este dia foi santificado desde o princípio do mundo. O sábado institucional é para toda a humanidade e por isso Deus o santificou antes de estabelecê-lo como mandamento para Israel. "A santificação do sábado institui uma ordem para a humanidade segundo a qual o tempo é dividido em tempo e tempo sagrado... Por santificar o sétimo dia, Deus instituiu uma polaridade entre o dia a dia e o solene, entre dias de trabalho e dias de descanso, a qual deveria ser determinante para a existência humana" (WESTERMANN, 1994, p. 171).
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Solano Portela escreve em seu artigo ‘O Quarto Mandamento’, o seguinte: “Em nossas bíblias o quarto mandamento está redigido assim – "Lembra-te do dia de sábado para o santificar...". A palavra que foi traduzida "sábado", é a palavra hebraica shabat, que quer dizer descanso. É correto, portanto, entendermos o mandamento como "... lembra-te do dia de descanso para o santificar". Esse "dia de descanso" era o sétimo dia no Antigo Testamento, ou seja, o nosso "sábado". No Novo Testamento, logo na igreja primitiva, vemos o dia de ressurreição de Cristo marcando o dia de adoração e descanso. Isso é: o domingo passa a ser o nosso "dia de descanso". Os apóstolos acataram esse dia como apropriado à celebração da vitória de Jesus sobre a morte (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10).
  • 22.
  • 23. O Pr Esequias Soares comenta o seguinte: “O sétimo dia da criação não era mandamento, mas revela a necessidade natural do descanso de toda natureza, homem, animal, máquina, agricultura. O repouso noturno de cada dia não é suficiente para isso. Deus abençoou e santificou esse dia não somente para comemorar a obra da criação, mas para que nesse dia todos cessem o trabalho tendo em vista o descanso físico e mental e também o culto de adoração a Deus. É importante que todos os seres humanos possam refletir que o universo foi criado por um Deus pessoal, Todo-poderoso, sábio e transcendente, que planejou todas as coisas que foram criadas. Parece que esse dia foi logo esquecido pelo gênero humano, mas há resquício dele em muitos povos da antiguidade.” Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 63-65
  • 24. O sábado institucional se refere à necessidade de um período de descanso para a Criação e para o homem.
  • 25. O apóstolo Paulo, judeu, doutor da Lei e guardador do sábado, em Gálatas 3.17, escreve que a Lei só veio 430 anos (depois de Abraão), sendo assim, o sábado só passou a ser instruído e guardado pelos hebreus após a saída do Egito e isso pode ser conferido a partir do capítulo 16 de Êxodo que mostra claramente as primeiras instruções sobre o dia judaico.]
  • 26.
  • 27.
  • 28. O sábado legal é exclusividade dos israelitas e nenhum povo da terra recebeu tal responsabilidade, nem mesmo a Igreja (Êx 31.13- 17). A adoração no tabemáculo acontecia semanalmente e isso justifica a instrução da lei do sábado na presente seção que aborda a ordem do culto e demais serviços no tabemáculo. O tema do sábado havia sido tratado por ocasião do maná (Êx 16.23-30) e no quarto mandamento (Êx 20.8-11); no entanto, Javé retoma o assunto aqui para que o presente preceito seja observado de maneira apropriada. A observância do sábado legal é perpétua, sob pena de morte para quem violar (vv. 14-6) e isso por se tratar de um sinal entre Javé e Israel (Êx 31.13, 17). Não é mandamento para todos os povos nem para a Igreja. É o segundo sinal para os israelitas, que já tinham a circuncisão como primeiro sinal desse concerto (Gn 17.10-14). Ao longo dos séculos, os judeus trataram esses dois preceitos com a mesma atenção. O Decálogo registrado em Deuteronômio apresenta o sábado como memorial da saída dos israelitas do Egito: "Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado" (Dt 5.15). O sábado legal é mandamento exclusivo para o povo de Israel. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 68-69
  • 29.
  • 30. O quarto mandamento é o mais longo do Decálogo e difere dos três primeiros, cuja formulação é negativa. O versículo 8 introduz o mandamento positivo que impõe a obrigação de santificar o sábado, e o versículo 9 fala sobre a obrigação de trabalhar seis dias. Isso se repete no sistema mosaico (Êx23.12; 31.13-17; 34.21; Lv 23.3), mas aqui aparece também a formulação negativa. Quando Moisés no seu discurso em Deuteronômio repete o Decálogo substitui o verbo hebraico usado para "lembrar" zãchor,n "recordar, lembrar", por outro, "guardar", shãmôr,72 "guardar, cuidar, vigiar", quando diz: "Guarda o dia de sábado" (Dt 5.12). Os dois verbos estão no infinitivo absoluto, que tem função de um forte imperativo, bastante comum em leis e mais próximo de um futuro cominatório, ameaçador. O propósito do uso deste verbo "lembrar" aqui em Êxodo é manter o sábado como dia santo. Isso mostra que o povo já conhecia esse dia, mas parece que a sua observância não era levada a sério antes da revelação do Sinai. As palavras "como te ordenou o SENHOR, teu Deus" (Dt 5.12b) não aparecem em Êxodo e são uma referência ao Sinai, quando a lei foi promulgada, visto que Moisés está relatando um fato acontecido no passado. Fica evidente que houve um sábado antes da promulgação da lei. Muitos acreditam que o verbo "lembrar" se refere ao relato do maná no deserto (Êx 16.22-30). Isto fica claro pelo fato de que "a maneira incidental em que a matéria é introduzida e a repreensão do Senhor pela desobediência do povo sugerem que o sábado já era previamente conhecido" (TENNEY, vol. 5, 2008, p. 267).
  • 31. O sábado legal é um dia de descanso, introduzido na cultura do povo judeu por meio da Lei. Os quatro evangelhos registram os conflitos entre Jesus e os fariseus sobre a interpretação do sábado.
  • 32. A instituição do sábado legal no Decálogo tinha o propósito duplo, social e espiritual, de cessar os trabalhos a cada seis dias de labor para dar descanso aos seres humanos e aos animais e dedicar um dia inteiro para adoração a Deus: 8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, 10 mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. 11 Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o SENHOR o dia do sábado e o santificou (Êx 20.8-11). Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 66.]
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36. A oposição crescente ao ministério de Jesus pelos líderes religiosos encontra sua expressão total na observância do sábado, a instituição mais sagrada entre os judeus. Em Mt 12.3, Jesus apoia a ação de seus discípulos através de seu apelo ao exemplo de Deus (1Sm 21.1-6), verificando que as regulamentações normais do sábado podem precisar render-se às necessidades humanas. A necessidade humana tem precedência em uma rigorosa interpretação da Lei, que deixa escapar seu propósito mais amplo. Jesus reivindica sua divindade em Mt 12.6-8, logo, como Senhor do sábado, ele poderia fazer o que bem entendesse com o mesmo!]
  • 37. A cerimônia da circuncisão acontecia cortando a pele que cobre a cabeça do órgão genital masculino. Seu significado era bem mais profundo do que simplesmente um corte visível na carne. A circuncisão mostrava que aquela criança fazia parte da aliança de Deus feita com o povo de Israel. É claro que não era apenas o corte na carne que fazia com que a criança, e mais tarde o adulto, fosse alguém que andava na presença de Deus. Era necessário obediência às leis do Senhor para que, efetivamente, a circuncisão tivesse realmente valor.
  • 38. O Centro Apologético Cristão de Pesquisas, citando a Bíblia Apologética, escreve sobre João – 7.21-24: “Frequentemente Jesus enfrentava polêmica com os judeus por causa do sábado. Os judeus eram ferrenhos guardadores do sábado e sempre estavam discutindo com Jesus sobre o assunto. O que é admirável no texto é Jesus afirmar que a guarda do sábado fica subordinada à circuncisão. Uma criança que devesse ser circuncidada no oitavo dia do seu nascimento (Gn 17.10; Lv 12.3; Jo. 7:21-24) para que a Lei não ficasse invalidada, colocava a guarda do dia em posição inferior à circuncisão. Se a circuncisão é de valor secundário, inexpressivo, e nenhum cristão hoje a pratica, como terá a guarda do sábado como preceito? Ellen Gould White ensinava que a guarda do sábado implicava em salvação. O ensino de Jesus sobre o sábado é diferente, Ele é Senhor do Sábado”. http://www.cacp.org.br/o-sabado-e- a-circuncisao/]
  • 39.
  • 40. O sábado representava o selo da aliança mosaica (Êx 20.10; Êx 23.12; 31.15; Dt 5.15; Is 56.4-6); O sábado foi separado como santo (Êx 16.23-29; 20.10-11; 31.17); Era um sinal entre Deus e seu povo “Israel” (Êx 31.13; Lv 26.14-16; Ez 20.12,20); Esse dia foi ordenado por Deus para que os filhos de Israel lembrassem da libertação do Egito (Dt 5.15); Era associado a festas solenes, especialmente aquelas em dia de lua cheia (Am 8.5; Os 2.13; Is 1.13); Era um sinal de lealdade entre Israel e Yahweh (Is 56.2; Ez 20.12,21); Era um dia de deleites e felicidades, não um dia de obrigações infelizes (Nm 10.10; Is 58.13; Os 2.11); Era para beneficiar aos pobres e escravos (Êx 23.12; 20.10; Dt 5.14-15).
  • 41. “A observância do sábado nos dias do ministério terreno de Jesus havia se tornado externa e formal. As autoridades religiosas de Israel haviam criado muitas restrições e estabeleceram regras meticulosas. A Mishnah, antiga literatura religiosa dos judeus, nos tratados Shabbat e Erub, registra minúcias de como o sábado deve ser observado. A tradição dos anciãos criou 39 proibições concernentes ao sábado. Por essa razão, o Senhor Jesus entrou diversas vezes em conflito com os escribas e fariseus. Uma delas aconteceu quando ele defende os seus discípulos por colherem espigas no sábado (Mt 12.1-5). 1 Naquele tempo, passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comer. 2 E os fariseus, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado. 3 Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? 4 Como entrou na Casa de Deus e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes? (Mt 12.1-4). A passagem paralela aparece em Marcos 2.23-26 e Lucas 6.1-4. Em todas elas, o Senhor Jesus mencionou um trecho do Antigo Testamento em que Davi comeu o pão da proposição na casa do sacerdote Abiatar, quando estava sob a perseguição de Saul (1 Sm 21.6). Assim, ele colocou a guarda do sábado na mesma categoria do preceito cerimonial. A lei proibia que estranhos comessem do pão sagrado da proposição, o qual era restrito aos sacerdotes (Êx 29.33; Lv 22.10). Jesus foi
  • 42. além e disse que os sacerdotes no templo podiam violar o sábado e ficar sem culpa (Mt 12.5). Um mandamento moral é obrigatório por sua própria natureza. Não existe concessão para preceitos morais; aqui, a vida está acima do sábado. Em outra ocasião, o Senhor Jesus torna a considerar o sábado um preceito cerimonial com base na própria lei de Moisés. Ele nem precisou reivindicar a sua autoridade de Filho de Deus e Messias, ao lembrar às autoridades religiosas que a circuncisão de uma criança pode ser feita num dia de sábado. A lei prescreve que o menino deve ser circuncidado no oitavo dia de seu nascimento (Lv 12.3). Jesus disse que a circuncisão pode ser feita mesmo quando o oitavo dia coincide com sábado (Jo 7.22, 23). Jesus declarou: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado" (Mc 2.27). Muitos comparam essas palavras a uma frase do Talmude creditada ao rabi Simeon ben Menasya, cerca de 180 d.C.: "O sábado foi dado a vocês, não vocês entregues a ele". A interpretação judaica diz respeito à permissão da quebra do sábado em casos especiais, como a vida em perigo. Mas o que Jesus disse significa que os seres humanos não foram criados para observar o sábado, mas que o sábado foi criado para o benefício humano. Ele não disse que o sábado foi feito por causa dos judeus ou de Israel, mas por causa de todos os seres humanos. O sábado legal, do Decálogo, foi dado a Israel como sinal entre Javé e os israelitas (Êx 31.13, 17; Dt 5.15; Ez 20.12). Aqui, o Senhor Jesus se refere ao sábado institucional que Deus estabeleceu para o bem-estar e gozo de todos os seres humanos, e isto está acima de observância meticulosa do sábado”. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 69-71.
  • 43.
  • 44. A frase "Assim, o Filho do Homem até do sábado é senhor" (Mc 2.28) e as passagens paralelas (Mt 12.8; Lc 6.5) são disputadas pelos expositores do Novo Testamento. Há duas linhas principais de interpretação: a) a autoridade sobre o sábado foi conferida aos seres humanos, e b) trata-se do próprio Senhor Jesus. A primeira nos parece menos aceitável porque Deus nunca delegou autoridade sem limites aos humanos e, também, porque a expressão grega ho huios tou anthrõpos, "o Filho do Homem", no singular, é título messiânico e não relativo a humanos. Está claro que Jesus se referia a si mesmo. Esta é a melhor interpretação. Ele revelou seu poder e sua autoridade sobre as enfermidades, sobre a natureza, sobre todos os poderes das trevas, sobre a morte e o inferno; assim, nada mais natural ser mesmo o Senhor do sábado. O sábado veio de Javé e somente ele tem autoridade sobre a instituição. Então, não há outro no universo investido de tamanha autoridade, senão o Filho de Deus. Mais uma vez, o Senhor Jesus Cristo apresenta o profeta Oseias como autoridade para fundamentar seu ensino (Mt 12.7; Os 6,6). Ele acrescentou ainda que é "lícito fazer bem nos sábados" (Mt 12.12). Isso o próprio Jesus o fez (Mc 3.1-5; Lc 13.10- 13; 14.1-6; Jo 5.8-18; 9.6, 7, 16), e nós também devemos fazer o bem, não importa qual seja o dia da semana. Como o sábado do relato da criação, não é regra legal opressiva; é chamado de sábado institucional que se transferiu para o domingo por causa da ressurreição de Jesus, mas não como mandamento. Assim, como nada há no Novo Testamento que indique a sua
  • 45. observância, isso por si só mostra que o quarto mandamento não é um preceito moral. Esta interpretação é corroborada pelo fato de nem Jesus nem os apóstolos ensinarem a guarda do sábado. O sábado não foi mencionado quando Jesus citou os mandamentos para o moço rico (Mt 19.17-19). Toda a lei se resume no amor a Deus e ao próximo (Mt 7.12; 22.40; Mc 12.31; Rm 13.10). O apóstolo Paulo omitiu o quarto mandamento (Rm 13.9). Ele considerava retrocesso espiritual guardar dias, meses e anos (G1 4.10, 11). Os primeiros cristãos eram judeus de origem e era natural para eles observar os serviços da sinagoga; ainda hoje, muitos judeus que são convertidos à fé cristã preferem não abrir mão de sua identidade judaica, principalmente aqueles que residem em Israel. É mais uma questão cultural. Paulo via o sábado e os preceitos dietéticos, o kashrut, como mera opção pessoal. E, mesmo não havendo prova de que o apóstolo distinguisse preceitos morais e cerimoniais, aqui ele coloca o sábado e o kashrut na mesma categoria (Rm 14.1-6). Segundo Paulo, o antigo concerto foi abolido (2 Co 3.7-14) , incluindo o sábado (Os 2.11). De fato, isso já era anunciado desde o Antigo Testamento (Jr 31.31-34). Paulo disse que Jesus riscou na cruz "a cédula que era contra nós nas suas ordenanças" (Cl 2.14). O substantivo grego para "cédula" é cheirgraphon, um hapax legomenon, literalmente, "escrito à mão”. É um documento escrito à mão usado aqui metaforicamente. O termo aparece na literatura grega extrabíblica com vários significados: "lei mosaica, obrigação escrita, contrato (ROBINSON, 2012, p. 984); "registro de uma conta financeira, conta, registro de dívida" (LOUW & NIDA, 2013, pp. 352, 353). É um certificado de dívida, uma nota promissória. A
  • 46. ordenança, ou dogma, significa "decreto, ordenança, edito", um termo usado também em referencia à lei de Moisés (Ef 2.15). É esse o sentido aqui, pois Jesus disse que a lei nos acusa (Jo 5.45). O pensamento paulino revela o aspecto condenatório da lei mosaica (Dt 27.26; 1 Co 15.56; Gl 3.10) e também o padrão divino para a vida humana (Rm 7.13, 14). A acusação da lei contra nós foi cancelada na cruz do Calvário, e aí o apóstolo inclui o sábado. O apóstolo emprega os dois termos "cédula" e "ordenança" metaforicamente para dizer que fomos perdoados e estamos livres de legalismo: "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo" (Cl 2.16, 17). Com exceção do sangue (At 15.20, 28), as restrições dietéticas de Levítico foram removidas, pois Deus purificou os animais cerimonialmente imundos (At 10.12-15). Nenhum alimento é imundo por si mesmo (Rm 14.14, 20; 1 Tm 4.3, 4). O que contamina o ser humano é o que sai dele, não o que entra (Mt 15.11-20). O sábado cerimonial é um termo para designar os festivais de Israel que englobam as festas anuais, mensais e semanais (1 Cr 23.31; 2 Cr 2.4; 8.13; 31.3; Ez 45.17). O sábado cerimonial já está incluído na expressão "dias de festa". Assim, a "lua nova", refere-se à festa mensal e a expressão "dos sábados" diz respeito aos sábados semanais. O novo concerto nos isenta de todas essas coisas. Paulo parece empregar uma linguagem platônica no tocante ao mundo real e ao mundo das ideias no v. 17. A sombra é temporária e identifica com imperfeição o objeto que a projetou, sendo portanto inferior a ele. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 71-74.]
  • 47. Em o Novo Testamento, Jesus é o Senhor do sábado e somente Ele tem autoridade sobre esta instituição.
  • 48. O sábado legal do Decálogo foi estabelecido para Israel se lembrar da escravidão no Egito (Dt 5.15). Há certa analogia com o sábado cristão, o domingo, que, sem precisar de imposição legal, passou a ser o dia de adoração cristã coletiva em memória à ressurreição de Cristo que ocorreu num domingo (Mc 16.1-6; Lc24.1-6). Éosábado institucional. Isso está claro em três passagens do Novo Testamento: "No primeiro dia da semana, ajuntando os discípulos para o partir do pão" (At 20.7). Era um domingo, "talvez 24 de abril de 57 d.C.", segundo F. F. Bruce (apud STOTT, 1994, p. 360). O "partir do pão" é um termo usado para a Ceia do Senhor (At 2.42; 1 Co 10.16; 11.20-26). Segundo o autor citado, essa passagem "é a evidência inequívoca mais primitiva que temos da prática cristã de reunir-se para a adoração nesse dia". Isso se confirma mais adiante no Novo Testamento: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar" (1 Co 16.2). Temos aqui outra prova de que o primeiro dia da semana era o dia de culto regular. O apóstolo recomendou que nessas reuniões se levantasse uma coleta para socorrer os irmãos pobres de Jerusalém. O apóstolo João foi arrebatado no dia do Senhor: Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta" (Ap 1.10). A expressão dia do Senhor" não é escatológica, pois a construção grega aqui, en tê kyriakê hêmera, se refere ao domingo. Versões católicas como Figueiredo, Matos Soares e a Bíblia do
  • 49. Peregrino empregam "num dia de domingo" para traduzir a referida frase. Esta tradução é aceitável porque está de acordo com o contexto bíblico e histórico. A palavra kyriakê significa "domingo" ainda hoje na Grécia. O termo "domingo", literalmente quer dizer, "dia do senhor , do latim, dominus, "senhor", e dies, "dia". Inácio de Antioquia usa a mesma frase grega do apóstolo João em Apocalipse, para indicar o primeiro dia da semana: "Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senho em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte" (Magnésios 9-1, Coleção Patrística 1, Padres Apostólicos). Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia e conheceu os apóstolos Paulo e João. Preso em 110 no reinado de Trajano, foi levado a Roma e atirado às feras. Trata-se de alguém da segunda geração dos apóstolos. Outra razão que confirma essa interpretação é o fato de a Septuaginta usar uma forma diferente para o "dia do Senhor escatológico, hêmera tou kyriou ou hêmera kyriou. E o mesmo acontece nas cinco vezes que a frase aparece no Novo Testamento grego (At 2.20; 1 Co 5.5; 2 Co 1.14; 1 Ts 5.2; 2 Pe 3.10). Os primeiros pais da Igreja mostram que nos três primeiros séculos da história da Igreja o domingo continuava sendo o dia de reunião dos cristãos. Além de Inácio de Antioquia, isso pode ser ainda visto na Epístola de Barnabé (que não era o Barnabé citado do Novo Testamento). Trata-se de um documento da primeira metade do século 2, que declara: "Eis por que celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus" (Epístola de Barnabé, 15.9). Herdamos dos dias apostólicos essa prática que foi
  • 50. perpetuada pelo tempo. Os preceitos cerimoniais não desobrigam os seres humanos de cultuarem a Deus, mas estes não precisam de rituais e nem lhes é exigido irem a Jerusalém. Da mesma forma, o sábado não precisa ser o sétimo dia da semana. Os adventistas do sétimo estão equivocados quando afirmam que o imperador Constantino substituiu o sábado pelo domingo, e sua doutrina não tem sustentação bíblica. É um erro teológico e histórico. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 74-76