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VI Seminário Desenvolvimento
                   Sustentável e a Reciclagem na
              Construção Civil - Materiais Reciclados e
IBRACON
                          suas Aplicações
                                                                             CT- 206
                                                                              MEIO
                    São Paulo 27 e 28 de outubro de 2003                    AMBIENTE


   METODOLOGIA DE CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE
            CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO


 ANGULO, Sérgio Cirelli (1); KAHN, Henrique (2); JOHN, Vanderley M. (3); ULSEN,
                                   Carina (4)

(1) Candidato a doutor. Departamento Eng. Civil/Escola Politécnica. Universidade de
    São Paulo. Cx. Postal 61548. São Paulo-SP. CEP 05424-970. E-mail:
    sergio.angulo@poli.usp.br
(2) Prof. Dr. Livre-docente. Engenharia de Minas e do Petróleo/Escola Politécnica.
    Universidade de São Paulo. E-mail: henrique.kahn@poli.usp.br
(3) Prof. Dr. Livre-docente. Departamento Eng. Civil/Escola Politécnica. Universidade
    de São Paulo. Cx. Postal 61548. São Paulo-SP. CEP 05424-970. E-mail:
    vanderley.john@poli.usp.br
(4) Graduanda em Engenharia de Minas e do Petróleo/Escola Politécnica.
    Universidade de São Paulo. E-mail: carina.ulsen@poli.usp.br


Palavras-chave: resíduos de construção e demolição, caracterização, instalações de
reciclagem, beneficiamento mineral.

RESUMO
Este artigo apresenta resultados preliminares do desenvolvimento de uma nova
metodologia de caracterização de resíduos de construção e demolição (RCD). Esta
metodologia permite a descrição das características físicas, químicas e mineralógicas
dos produtos obtidos pela reciclagem, sendo capaz de subsidiar a busca de novos
mercados, o projeto destas instalações e o planejamento de sistemas de controle da
qualidade. O estudo permitiu concluir que a metodologia desenvolvida tem sido
eficiente em descrever características relevantes dos agregados. Estes agregados
atendem grande parte dos requisitos químicos de matéria-prima cerâmica (vermelha e
revestimento). A composição química dos agregados oriundos de Itaquera e Vinhedo
independente da classificação de acordo com a cor foi similar. Ela variou apenas com
o tamanho das partículas do agregado. A ferramenta de separação por densidade em
um produto cuja composição química é bastante homogênea permite obter a
distribuição de massa específica aparente das partículas de forma eficiente. Os
resultados também demonstram que a classificação dos agregados de acordo com a
cor é, na melhor das hipóteses, imprecisa. Uma parcela significativa dos agregados
atende requisitos físicos exigidos para concretos estruturais comuns, inclusive o
requisito químico de teor de sulfatos.



                            Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
1. INTRODUÇÃO

1.1   Composição e geração de RCD
Os resíduos de construção e demolição (RCD), são constituídos em cerca de 90% da
m/m por frações de natureza mineral (concretos, argamassas, rochas naturais, solos e
cerâmicas), tanto no Brasil como na Europa (CARNEIRO et al., 2000; FERRAZ et al.,
2001; EC, 2000). Do ponto de vista químico, a composição estimada do RCD brasileiro,
em óxidos, seria majoritariamente sílica, seguido de alumina e óxido de cálcio (ANGULO
et al., 2002).

Os RCD são um dos responsáveis pelo esgotamento de áreas de aterros em cidades de
médio e grande porte, uma vez que eles correspondem a mais de 50% (m/m) dos
resíduos sólidos urbanos. No Brasil, estima-se que é gerado anualmente algo em torno de
68,5 x 106 t RCD. Além disso, eles são responsáveis por altos custos sócio-econômicos e
ambientais nestas cidades em função das deposições irregulares. Por exemplo, na cidade
de São Paulo, estes gastos são na ordem de R$ 45,0 x 106/ano para coleta-transporte-
deposição destes resíduos (PINTO, 1999; JOHN, 2000; EC, 2000; SCHNEIDER, 2002;
ANGULO et al., 2002).

Por outro lado, o setor da construção civil é um grande consumidor de recursos naturais
não-renováveis. Os agregados naturais estão entre os minerais mais consumidos no
Brasil (380,6 x 106 t/ano) e no mundo, além de impactos ambientais relevantes como
geração de áreas degradadas no entorno urbano e transporte intensivo. Na cidade de São
Paulo, estima-se que a distribuição de areia natural na Região Metropolitana de São
Paulo seja responsável por 1,35 milhões de viagens/ano (RANGEL et al., 1997;
WHITAKER, 2001).

Desta forma, a reciclagem de RCD é uma forma de aproximar o setor da sustentabilidade
através da redução dos impactos negativos dos seus resíduos nas cidades e da geração
de matéria-prima que pode ser substituída pela a natural, não-renovável.


1.2   Reciclagem de RCD
A reciclagem de RCD é, de forma simplificada, um beneficiamento mineral. O
beneficiamento mineral é um conjunto de operações unitárias com o objetivo de se obter
características específicas de uma matéria-prima como separação dos seus constituintes
minerais, adequação de tamanho, etc. Estas operações unitárias são classificadas em
quatro tipos: de redução, de classificação, de concentração e auxiliares (CHAVES, 1996;
SANT’AGOSTINHO; KAHN, 1997; LUZ et al., 1998).

As operações de redução, também conhecida como de cominuição, são utilizadas
normalmente para se adequar o tamanho das partículas para a utilização ou para as
operações subseqüentes. As operações de classificação separam as partículas pelo seu
tamanho através de peneiras e classificadores (WILSON, 1996; CHAVES, 1996; LUZ et
al., 1998).

As operações de concentração são empregadas quando existem várias espécies minerais
presentes em um minério e se tem por objetivo aumentar o teor de mineral útil. Esta
concentração pode ser realizada por diferentes propriedades físicas dos minerais como
densidade, cor, forma, propriedades elétricas, propriedades magnéticas, etc. Diversas

                               Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
operações unitárias podem ser utilizadas como catação, separação magnética, separação
em meio denso e flotação, dentre outros (CHAVES, 1996; LUZ et al., 1998; HANISCH,
1998).

No Brasil, grande parte das instalações de reciclagem de RCD mineral é gerida pelo setor
público com finalidade de produzir agregados que são utilizados em atividades de
pavimentação, porém ainda de forma incipiente. LEVY (2002) apresenta uma lista de 11
instalações de reciclagem nacionais de diferentes prefeituras.

A Tabela 1 mostra as operações unitárias tipicamente empregadas nas instalações de
reciclagem nacionais.

Tabela 1 Operações unitárias de beneficiamento através da reciclagem de RCD
    Instalações de       Operação    Operação de          Operação de          Auxiliares
    reciclagem           de          classificação        concentração
                         redução3
    Santo André –        Impacto     Peneira              Catação              Esteira
    piloto/SP            (10 t/h)    (12,7 mm)            (antes da redução)
    São Paulo            Impacto     Peneiras             Catação              Esteiras
    (Itaquera)/SP        (100 t/h)   (40, 20 e 4,8 mm)    (antes/após
                                                          redução)
                                                          Separação
                                                          magnética
    Vinhedo/SP           Mandíbula   Peneiras             Catação              Esteira
                         (62 t/h)    (12,7, 9,5 e 4,8     (antes da redução)   Sistema
                                     mm)                                       nebulizador
                                                                               (particulado)
    Londrina/PR          Impacto     Peneiras             Catação              Esteira
                                                          (antes da redução)
    Belo Horizonte       Impacto     nd                   Catação              Esteira
                 2
    (Estoril)/MG         (25 t/h)                         (antes da redução)
    Ribeirão             Impacto     nd                   Catação              Esteira
              1
    Preto/SP             (30 t/h)                         (antes da redução)   Sistema
                                                          Separação            nebulizador
                                                          magnética            (particulado)
1                    2               3
    ZORDAN (1997)/ PINTO (1999)/ Somente britagem

O mercado dos agregados naturais é vasto e mesmo que todo o RCD seja utilizado como
agregado, a participação no mercado total não seria superior a 20%. Entretanto, este
mercado está dividido em diversas aplicações: pavimentação, argamassas, concretos de
diferentes resistências, etc. O uso de agregados para atividades de pavimentação não é
suficiente para permitir a reciclagem completa dos resíduos, sendo necessário à utilização
em outras aplicações, em especial, argamassas e concretos, em função da grande
demanda (ANGULO et al., 2002). Ele também é relativamente pouco rentável.

O uso de agregados reciclados em concretos demanda uma grande confiabilidade nas
características dos agregados. Certamente o desenvolvimento deste mercado vai
requerer melhorias na gestão do processo de reciclagem, nas ferramentas de controle de
qualidade e na tecnologia de beneficiamento (ANGULO et al., 2002).

Os agregados são produtos de mineração de baixo valor agregado, sendo que 2/3 dos
custos são relativos às despesas de transporte (KULAIF, 2001). Como os RCD são

                                         Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
gerados dentro das cidades, pode existir uma grande vantagem competitiva dos
agregados reciclados com relação aos naturais. Entretanto, em ambos os casos, é
necessária produção em larga escala para que a operação seja lucrativa o que torna
muitas vezes a atividade incompatível com a necessidade de ocupação da malha urbana.

Este é mais um argumento a favor da exploração de outros empregos no qual o RCD
potencialmente tenha maior valor agregado, como matéria-primas para cerâmica de
revestimento e cimento. O uso do RCD como matéria-prima cerâmica (incluindo indústria
de cimento) tem sido objeto de investigação em países como Holanda, Japão e Espanha
desde 1998. Na Holanda, o mercado da reciclagem como agregados para atividades de
pavimentação irá saturar nos próximos anos (MULDER et al., 2003). Potencialmente, o
RCD brasileiro é mais adequado como matéria-prima para a indústria cerâmica segundo
os seus quesitos químicos (ANGULO et al, 2002).

No Brasil, os mercados das matérias-primas da indústria cerâmica, de forma isolada, não
são capazes de absorver integralmente o RCD. Mas, caso haja maior interesse
econômico e/ou ambiental, ele pode ser explorado. Uma parcela de 30% dos mercados
das matérias-primas de cerâmica vermelha, de cerâmica de revestimento e de cimento
poderia empregar algo em torno de 60% de todo o RCD (Figura 1).
                                            Louças
                                            Vidro
                  Matérias primas
                                            Revest.
                                    vermelha Cimento
                                       Cer




                                                       0       20        40         60        80
                                                           Consumo (milhões tpa)

Figura 1 Consumo brasileiro de matérias-primas cerâmicas (dados de TANNO, MOTTA,
2000)
A otimização da seqüência de operações unitárias de beneficiamento, a exploração de
novas utilizações e o controle da qualidade dependem de caracterização. A
caracterização tecnológica, na área da Engenharia Mineral, compreende o estudo de
matérias-primas minerais visando o seu aproveitamento econômico, seja em um estudo
dirigido ao seu beneficiamento mineral ou a adequação das especificações requeridas
para a sua utilização (SANT´AGOSTINHO; KAHN, 1997; CHAVES, 1996; LUZ et al.,
1998).
Assim, o objetivo deste artigo é apresentar resultados preliminares de uma nova
metodologia de caracterização dos RCD. Esta metodologia permite a descrição das

                                                           Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
características físicas, químicas e mineralógicas dos produtos obtidos pela reciclagem,
sendo capaz de subsidiar a busca de novos mercados, o projeto destas instalações e o
planejamento de sistemas de controle da qualidade.

2     METODOLOGIA

2.1   Amostragem
Foi realizada uma amostragem representativa dos produtos de duas instalações de
reciclagem que operam na região de São Paulo. A instalação de Vinhedo (SP) é
considerada de pequeno porte e a de São Paulo, situada no distrito de Itaquera, é de
grande porte. A instalação de Itaquera processava dois produtos: cinza (proveniente de
compostos à base de cimento) e vermelho (provenientes de resíduos cerâmicos, solos e
demais materiais combinados), enquanto que a de Vinhedo somente o produto vermelho.

A Figura 2 ilustra o procedimento de coleta. Pilhas alongadas foram construídas nas
instalações para cada tipo de produto através da coleta diária, em quatros períodos
regulares, no período de 20 dias. Quatro alíquotas de 65 kg (total de 260 kg) de cada
produto foram novamente homogeneizadas através de pilha em laboratório sendo que
uma alíquota (1/4) da pilha destinada aos ensaios de caracterização.

                                                                Coleta de amostras
          Atividades na instalação




                                                                                       3744 kg

                                                Pilha tipo C                         Pilha tipo V
                                                                    1872 kg                         1872 kg

                                               Produto tipo C                     Produto tipo V
                                                                     260 kg                             260 kg
              Atividades no laboratório




                                                 Pilha tipo C                        Pilha tipo V
                                                                     260 kg                         260 kg

                                          Redução produto tipo C              Redução produto tipo V
                                                                    65 kg                               65 kg


                                          Alíquota caracterização             Alíquota caracterização
                                                                    65 kg                               65 kg
                                          C igual a produto cinza e V igual a produto vermelho.
Figura 2 Obtenção de alíquota para ensaios de caracterização.

2.2   Classificação granulométrica e cominuição secundária
A classificação foi realizada por peneiramento em peneiras com aberturas de 25,4; 19,1;
12,7; 9,52; 4,76; 2,38; 1,19; 0,59; 0,297; 0,149 mm. Estas frações foram identificadas
como Tal Qual (TQ).



                                                      Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
A fração retida na peneira de abertura de malha 25,4 mm foi cominuída em laboratório em
britador de mandíbula (marca Furlan modelo BM 2010). A abertura da mandíbula foi
equivalente à dimensão máxima definida para Itaquera cinza e Vinhedo vermelho. A
mandíbula ficou toda fechada para Itaquera vermelho. As frações foram classificadas nas
mesmas peneiras e identificadas como Britado (B). Após a britagem, o produto foi
combinado com a fração da amostra original com menos de 25,4mm.


2.3    Análise química das frações granulométricas
As diversas frações granulométricas foram caracterizadas quanto a composição química.
A análise química quantitativa foi realizada por FRX (fluorescência de raios X) em amostra
fundida, com análise de teores dos onze óxidos de maior abundância, sendo eles: SiO2,
Fe2O3, Al2O3, CaO, MgO, Na2O, K2O, MnO, TiO2, P2O5, SO3. O equipamento empregado
foi espectrômetro Pan Panalytical Magix-Pro. Adicionalmente foi realizada a medida de
perda ao fogo.


2.4    Separação por líquidos densos
As frações granulométricas (> malha 4,8 mm) foram objeto de separações por líquidos
densos nas seguintes densidades de corte: 1,9 kg/dm3 com solução de cloreto de zinco
(ZnCl2) e água, e em 2,2 e 2,5 kg/dm³ com solução de bromofórmio e álcool etílico. Os
resultados de separação da fração miúda não serão apresentados neste trabalho por
razões de espaço, entretanto, eles fazem parte da metodologia.


2.5    Caracterização física dos produtos da separação
Os produtos da separação por líquidos densos foram caracterizados quanto a critérios
físicos de agregados como massa específica aparente e absorção de água, conforme
procedimentos da NBR 9937/87. Os resultados de caracterização química e mineralógica
também não serão apresentados neste trabalho por razões de espaço, entretanto, eles
fazem parte da metodologia, incluindo um estudo de composição de fases dos agregados
empregando diferentes métodos.

3     ANÁLISE DE RESULTADOS

3.1    Granulometria das frações
A granulometria dos produtos obtidos nas instalações de reciclagem de RCD pelas
operações de cominuição e classificação é adequada ao uso como agregados. A fração
graúda corresponde 50% do total (Figura 3). Desta forma, somente 50% da produção nas
instalações poderiam potencialmente ser utilizados como agregados para a produção de
concretos uma vez que o uso da fração miúda é restringido na especificação da RILEM
(RILEM RECOMMENDATION, 1994). Conclui-se que uma instalação de reciclagem de
RCD deve considerar necessariamente uma outra aplicação concomitantemente com esta
para ser eficiente do ponto de vista técnico e econômico.




                                Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
IT V                           graúdo                                 miúdo


              Produtos
                                    IT C                                 graúdo                           miúdo



                                   VI V                                  graúdo                           miúdo



                                                    0%       10%   20%      30%   40%   50%   60%   70%    80%    90% 100%

                                                                                    % em massa
Figura 3 Fração graúda e miúda dos produtos das instalações.


A Figura 4 mostra as distribuições granulométricas acumuladas dos produtos graúdos das
instalações. Os produtos TQ das instalações apresentam distribuições semelhantes
enquanto que a regulagem da mandíbula na cominuição secundária altera
significativamente a distribuição dos produtos B (curva IT V B). Uma regulagem de
abertura de mandíbula permite uma melhor adequação da distribuição dos produtos como
agregados graúdos para concretos.
                                                   100
                 Frequência acumulada abaixo (%)




                                                                   IT C TQ

                                                    80             IT C B

                                                                   IT V TQ
                                                    60             IT V B

                                                                   limite ABNT-B1
                                                    40
                                                                   VI V TQ

                                                                   VI V B
                                                    20


                                                     0
                                                         1                               10                           100
                                                                            Diâmetro de Partículas (mm)

Figura 4 Distribuições granulométricas dos produtos graúdos e especificação.

3.2   Analise química das frações
Do ponto de vista químico, os produtos obtidos pelas operações de cominuição e
classificação são compostos majoritariamente por sílica (60 a 85%) e outros óxidos como
Al2O3 e CaO. A fração passante em peneira de abertura de malha 0,15 mm é diferente
das demais. A variação da composição química pode ser observada entre a fração graúda
e miúda, não dependendo do tipo de produto ou da origem do resíduo da instalação
(Figura 5).




                                                                      Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
90                                                                                       20
                      85                                                                                       18         IT C




                                                                                         Teores de Al2O3 (%)
                      80                                                                                       16         IT V
 Teores de SiO2 (%)




                      75                                                                                       14         VI V

                      70                                                                                       12
                      65                                                                                       10
                      60                                                                                        8
                      55          IT C                                                                          6
                      50          IT V                                                                          4
                      45          VI V                                                                          2
                      40                                                                                        0
                           19,1 12,7    9,5   4,8   2,4   1,2   0,6   0,3   0,15 -0,15                              19,1 12,7    9,5   4,8   2,4   1,2   0,6   0,3   0,15 -0,15

                                 Tamanho da partícula (mm)                                                                Tamanho da partícula (mm)

                      20
                      18               IT C
                      16               IT V
 Teores de CaO (%)




                                       VI V
                      14
                      12
                      10
                       8
                       6
                       4
                       2
                       0
                           19,1 12,7    9,5   4,8   2,4   1,2   0,6   0,3   0,15 -0,15

                                 Tamanho da partícula (mm)

Figura 5 Resultado de análises químicas, em teor dos três principais óxidos, para as
diversas frações granulométricas.


Os resultados dos teores médios dos produtos foram confrontados com algumas
especificações químicas de matéria-prima da indústria cerâmica. As aplicações de melhor
conformidade frente às especificações foram matéria-prima de cerâmica vermelha e de
revestimento (Tabela 2).

A Tabela 3 mostra os teores médios de alguns óxidos de interesse para especificações de
agregados. O teor de sulfatos totais dos produtos é inferior ao teor limite de sulfatos
especificado pela RILEM. Esta especificação é utilizada para o uso de agregados graúdos
reciclados em concretos.




                                                                      Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
Tabela 2 Atendimento aos requisitos químicos de especificações de matérias-primas da
indústria cerâmica (AMORIN et al., 2000; CARDOSO et al., 1998). Células brancas significam
que o critério estabelecido foi atendido enquanto que células cinzas que não foi atendido.
                                                                                         Composição química – teores de óxidos (%)
Aplicações                                                              RCD
                                                                                   SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO Na2O K2O TiO2 SO3                      PF
Cerâmica vermelha IT C                                                             66,5 8,56 2,80 8,72 1,22 1,14 2,35 0,44 0,18                   8,36
(estruturais)     IT V                                                             66,9 9,34 3,16 7,34 1,15 0,88 2,36 0,46 0,14                   7,72
                  VI V                                                             69,5 9,81 3,14 5,98 1,07 0,68 1,99 0,51 0,27                   6,76
Cerâmica branca   IT C                                                             66,5 8,56 2,80 8,72 1,22 1,14 2,35 0,44 0,18                   8,36
(ball clays)      IT V                                                             66,9 9,34 3,16 7,34 1,15 0,88 2,36 0,46 0,14                   7,72
                  VI V                                                             69,5 9,81 3,14 5,98 1,07 0,68 1,99 0,51 0,27                   6,76
Cerâmica branca   IT C                                                             66,5 8,56 2,80 8,72 1,22 1,14 2,35 0,44 0,18                   8,36
(caulins)         IT V                                                             66,9 9,34 3,16 7,34 1,15 0,88 2,36 0,46 0,14                   7,72
                  VI V                                                             69,5 9,81 3,14 5,98 1,07 0,68 1,99 0,51 0,27                   6,76


Tabela 3 Teores médios de alguns óxidos totais para os agregados reciclados.
        Produtos                                                                          Teores médios dos óxidos (em %)
                                                                                          Fe2O3    MgO        Na2O      K2O               SO3
        Itaquera cinza                                                                    2,80     1,22       1,14      2,35              0,18
        Itaquera vermelho                                                                 3,16     1,15       0,88      2,36              0,14
        Vinhedo vermelho                                                                  3,14     1,07       0,68      1,99              0,27

3.3   Caracterização física dos produtos de separação
A Figura 6 mostra os resultados de massa específica aparente das frações
granulométricas submetidas a separação em líquidos densos. Os valores médios de
massa específica aparente (número em destaque) das frações encontram-se dentro dos
intervalos de pesos específicos definidos pela separação.
                                           2,2 < d <2,5 1,9 < d <2,2
             Faixa de separação (kg/dm³)




                                                                                           1,97




                                                                                                               2,20
                                           > 2.5




                                                                                                                                  2,61



                                                                       1,8   1,9    2,0      2,1   2,2   2,3   2,4    2,5   2,6     2,7     2,8

                                                                                    Massa específica aparente (kg/dm³)

Figura 6 Resultados de massa específica aparente das frações granulométricas submetidas
a separação em líquidos densos.


A Figura 7 apresenta a distribuição (m/m) da fração graúda em função do intervalo de
densidade medido pela separação por líquidos densos. Os resultados demonstram que
não houve diferença significativa entre a distribuição de massa nos intervalos de



                                                                                          Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
densidade do produto vermelho e cinza de Itaquera. A classificação dos agregados
graúdos como “cinza” e “vermelho” é pouco precisa.

Já a distribuição de massa do produto vermelho de Itaquera foi muito diferente da obtida
no produto vermelho de Vinhedo, uma vez que os agregados graúdos de Itaquera
apresentam maior participação de produtos de separação acima de 2,2 kg/dm³ enquanto
que os de Vinhedo apresentam maior participação de produtos de separação abaixo
deste valor.
                         Densidade do líquido (kg/dm³)
                                                         > 2,5
                                                         2.2 - 2.5
                                                         1.9 - 2.2




                                                                                          IT V     IT C
                                                         < 1,9




                                                                                          VI V

                                                                     0%   10%   20%    30%       40%      50%
                                                                      Massa da fração graúda (m/m)

Figura 7 Distribuição normalizada (m/m) da fração graúda em função dos produtos de
separação.


Como os produtos de RCD têm composição química, massa específica aparente e
absorção de água muito similares (Tabela 4 e 5), conclui-se que os agregados do produto
vermelho e cinza de Itaquera apresentam a mesmas características físicas quanto a
massa específica e absorção de água, inclusive de resistência mecânica. Já o produto
vermelho de Vinhedo possui maior concentração de produtos porosos e, portanto, de
menor resistência mecânica que o do produto vermelho de Itaquera. Desta forma, a
classificação do RCD de acordo com a cor foi pouco efetiva para estas propriedades.

Os produtos do intervalo de peso específico inferior a 1,9 kg/dm³ não devem ser utilizados
como agregado em razão da presença de resíduos não minerais, tais como plásticos,
materiais betuminosos, madeira, dentre outros.

Os produtos de separação por meio denso contidos no intervalo de peso específico 1,9 <
d < 2,2 kg/dm³ não atendem a especificação da RILEM para uso dos agregados graúdos
em concretos estruturais comuns (resistência mecânica até 50/60 MPa) quanto ao critério
massa específica aparente (Tabela 4) e absorção de água (Tabela 5), quando presentes
em teores superiores à 57%.




                                                                      Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
Tabela 4 Resultados de massa específica aparente para os produtos da separação
       Produtos                        1,9 < d < 2,2            2,2 < d < 2,5                  d > 2,5
                                    IT V VI V IT C           IT V VI V IT C           IT V     VI V      IT C
       -25,4+19,1 mm                1,99 1,93 2,03           2,14 2,27 2,34           2,62     2,61      2,60
       -19,1+12,7 mm                2,02 1,90 1,99           2,12 2,24 2,18           nd       2,62      2,59
       -12,7+9,5 mm                 1,98 1,83 1,93           2,12 2,15 2,15           2,59     2,67      2,63
       -9,5+4,8 mm                  1,88 1,96 1,95           2,15 2,09 2,11           2,60     2,58      2,60
       Média                        1,90 1,97 1,97           2,19 2,13 2,19           2,61     2,62      2,61
       Desvio-padrão                0,05 0,06 0,04           0,08 0,01 0,10           0,02     0,04      0,02
O texto em cinza indica o não atendimento dos valores frente às especificações de uso como agregados graúdos reciclados
em concretos sem limite de resistência mecânica.

Tabela 5 Resultados de absorção de água para os produtos da separação
    Produtos                         1,9 < d < 2,2                2,2 < d < 2,5                  d > 2,5
                                 IT V    VI V IT C         IT V      VI V     IT C      IT V     VI V      IT C
    -25,4+19,1 mm                7,1     11,6 7,9          3,8       7,1      4,3       0,7      0,9       1,3
    -19,1+12,7 mm                6,4     11,8 9,2          3,9       7,4      6,9       nd       0,6       1,4
    -12,7+9,5 mm                 6,5     14,7 10,3         5,5       8,2      6,4       1,1      0,3       1,0
    -9,5+4,8 mm                  10,5 9,4       10,5       7,0       7,6      7,4       1,3      1,3       1,1
    Média                        7,6     11,9 9,5          5,0       7,6      6,2       1,0      0,8       1,2
    Desvio-padrão                2,0     2,2    1,2        1,5       0,5      1,4       0,3      0,4       0,2
O texto em cinza indica o não atendimento dos valores frente às especificações de uso como agregados graúdos reciclados
em concretos sem limite de resistência mecânica.


Os demais intervalos de pesos específicos superior a 2,2 kg/dm³ são potencialmente
adequados para uso como agregados graúdos em concretos estruturais comuns. Cerca
de 70% da massa dos agregados produzidos em Itaquera e 50 % dos agregados
produzidos em Vinhedo tem esta característica. Assim a inclusão de equipamento na
instalação para realizar separação por densidade permitiria obter agregados de melhor
qualidade do ponto de vista mecânico, viabilizando aplicações de maior valor agregado.

4    CONCLUSÕES
A metodologia desenvolvida tem se revelado eficiente em descrever em detalhe as
características relevantes dos agregados reciclados. Os agregados de RCD atendem
grande parte dos requisitos químicos como matéria-prima cerâmica (vermelha e de
revestimento). A composição química dos agregados oriundos de Itaquera e Vinhedo foi
similar e foi independente da classificação de acordo com a cor, variando apenas em
função do tamanho das partículas. Além disso, a ferramenta de separação por densidade
em um produto cuja composição química é bastante homogênea permite obter a
distribuição de massa específica aparente das partículas de forma eficiente.

Os resultados de distribuição de massa através da separação em líquidos densos e de
caracterização físico-química demonstram de maneira objetiva que a classificação dos
agregados de acordo com a cor é, na melhor das hipóteses, imprecisa.

Os resultados da separação por densidade nas amostras representativas de duas
instalações de reciclagem brasileiras demonstram que uma fração significativa dos
produtos atenderia requisitos físicos e poderiam ser utilizados em concretos estruturais
comuns, desde que atendam os requisitos químicos.




                                           Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
Estudo de desempenho mecânico com os produtos da separação por líquidos densos
está sendo realizado, com o objetivo de comprovar a eficiência na produção de concretos
estruturais comuns.

Quanto aos requisitos químicos, os teores de sulfatos totais medidos nos produtos foram
inferiores ao limite especificado pela proposta de normalização internacional para sulfatos
solúveis, permitindo sugerir a viabilidade da utilização em concretos estruturais comuns
desde que a instalação de reciclagem seja capaz de “classificar” os produtos de acordo
com a densidade. Para analisar objetivamente esta possibilidade será realizado um
estudo simulando um lay-out de instalação incluindo concentração por jigagem.

5   AGRADECIMENTOS
Este projeto é financiado pela FINEP, dentro do programa HABITARE e com recursos do
Fundo Verde e Amarelo, pela FAPESP e pelo CNPq. Os autores gostariam de agradecer
a Prefeitura de São Paulo (Sr. Dan Moche Schneider e funcionários) , a empresa
NORTEC (Sr. Artur Granato e funcionários), a Prefeitura de Vinhedo (Sr. Geraldo, Sr.
Henrique e demais funcionários) e os laboratórios LCT, LTM e CPqDCC da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo.

6   REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIN et al. Reciclagem de rejeitos de cerâmica vermelha e da construção civil para
obtenção de aglomerantes alternativos. Cerâmica Industrial. v.5. n. 4. 2000. p. 35-46.

ANGULO, S.C. et al . V.M. Desenvolvimento de novos mercados para a reciclagem
massiva de RCD. In: V Seminário de Desenvolvimento sustentável e a reciclagem na
construção civil. IBRACON CT-206/IPEN. São Paulo. 2002. p. 293-308.

CARNEIRO, A.P. et al. Caracterização do entulho de Salvador visando a produção de
agregado reciclado. In: VIII Encontro nacional de tecnologia do ambiente construído, 7.
Salvador, 2000. Anais. Salvador, ANTAC, 2000.

CARDOSO, S.R.F et al. Caracterização e propriedades de alguns caulins e argilas usados
em cerâmica branca no estado de São Paulo: parte I e II. Cerâmica Industrial. v.3. n. 3,
n. 4. 1998.

LUZ, A.B. et al. Tratamento de minérios. 2a edição. CETEM/CNPq/MCT. Rio de janeiro.
1998. 676 p.

CHAVES, A.P. Teoria e prática do tratamento de minérios. São Paulo: Signus Editora.
1996.

EC (EUROPEAN COMMISSION). Management of construction and demolition waste.
Working document 1. DG ENV E.3. 2000.
http://europa.eu.int/comm/enterprise/environment/index_home/waste_management/constr
_dem_waste_000404.pdf . Acessado em setembro/2002.

FERRAZ, G. R. et al. Estações de classificação e transbordo na cidade de São Paulo. In:
IV Seminário de Desenvolvimento sustentável e a reciclagem na construção civil.
IBRACON CT-206/IPEN. São Paulo. 2001. p.75-86.


                                 Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
HANISCH, J. Current developments in the sorting of building waste. Aufbereitungs-
technik 39. n. 10. (1998).

JOHN, V.M. Reciclagem de resíduos na construção civil – contribuição à
metodologia de pesquisa e desenvolvimento. Tese (livre docência) – Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000. 102p.

KULAIF, Y. Análise dos mercados de matérias-primas minerais: estudo de caso da
indústria e pedras britadas do estado de SP. Tese (doutorado) – Escola Politécnica,
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2001. 144 p.

LEVY, S.M. Contribuição ao estudo da durebilidade de concretos produzidos com
resíduos de concreto e alvenaria. São Paulo. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica,
Universidade de São Paulo. 2002. 194 p.

MULDER, E. et al. Closed materials cycles for concrete and masonry, as part of an
integrated process for the reuse of the total flow of C&D waste. In: Fifth international
conference on the environmental and technical implications with alternative materials. San
Sebastian, Espanha. junho, 2003. p. 219-229.

PINTO, T.P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da
construção urbana. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
São Paulo, 1999. 189p.

RANGEL, A. S. et al. A exploração de areia na RMSP. In: Padrão de concorrência e
competitividade da indústria de materiais de construção. São Paulo: Singular, 1997. p.89-
102.

RILEM RECOMMENDATION. Specification for concrete with recycled aggregates.
Materials and Structures. n.27, p.557-9, 1994.

SANT´AGOSTINHO, L.M; KAHN, H.. Metodologia para Caracterização Tecnológica de
Matérias Primas Minerais. Boletim Técnico (PMI/69) – Escola Politécnica, Universidade
de São Paulo. São Paulo. 1997. 29p.

SCHNEIDER, D. M. Transporte de resíduos de construção e demolição na cidade de São
Paulo. Exame de qualificação (Mestrado) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de
São Paulo. São Paulo, 2002. 22p.

TANNO, L.C.;MOTTA, J.F.M. Panorama setorial – Minerais industriais. Cerâmica
Industrial, v.5, n.3, maio/junho. 2000. p.37-40.

WILSON, J. Recycling Construction and Demolition Waste. Quarry Management.
London. 1996.

WHITAKER, W. Técnicas de preparação de areia para uso na construção civil. São
Paulo. 2001. 153 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São
Paulo.




                                Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
ZORDAN, S.E. A utilização do entulho como agregado, na confecção do concreto.
Campinas. 1997. 140p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia Civil,
UNICAMP.




                           Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente

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Art metodologia de caracterização de resíduos de construção e demolição

  • 1. VI Seminário Desenvolvimento Sustentável e a Reciclagem na Construção Civil - Materiais Reciclados e IBRACON suas Aplicações CT- 206 MEIO São Paulo 27 e 28 de outubro de 2003 AMBIENTE METODOLOGIA DE CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO ANGULO, Sérgio Cirelli (1); KAHN, Henrique (2); JOHN, Vanderley M. (3); ULSEN, Carina (4) (1) Candidato a doutor. Departamento Eng. Civil/Escola Politécnica. Universidade de São Paulo. Cx. Postal 61548. São Paulo-SP. CEP 05424-970. E-mail: sergio.angulo@poli.usp.br (2) Prof. Dr. Livre-docente. Engenharia de Minas e do Petróleo/Escola Politécnica. Universidade de São Paulo. E-mail: henrique.kahn@poli.usp.br (3) Prof. Dr. Livre-docente. Departamento Eng. Civil/Escola Politécnica. Universidade de São Paulo. Cx. Postal 61548. São Paulo-SP. CEP 05424-970. E-mail: vanderley.john@poli.usp.br (4) Graduanda em Engenharia de Minas e do Petróleo/Escola Politécnica. Universidade de São Paulo. E-mail: carina.ulsen@poli.usp.br Palavras-chave: resíduos de construção e demolição, caracterização, instalações de reciclagem, beneficiamento mineral. RESUMO Este artigo apresenta resultados preliminares do desenvolvimento de uma nova metodologia de caracterização de resíduos de construção e demolição (RCD). Esta metodologia permite a descrição das características físicas, químicas e mineralógicas dos produtos obtidos pela reciclagem, sendo capaz de subsidiar a busca de novos mercados, o projeto destas instalações e o planejamento de sistemas de controle da qualidade. O estudo permitiu concluir que a metodologia desenvolvida tem sido eficiente em descrever características relevantes dos agregados. Estes agregados atendem grande parte dos requisitos químicos de matéria-prima cerâmica (vermelha e revestimento). A composição química dos agregados oriundos de Itaquera e Vinhedo independente da classificação de acordo com a cor foi similar. Ela variou apenas com o tamanho das partículas do agregado. A ferramenta de separação por densidade em um produto cuja composição química é bastante homogênea permite obter a distribuição de massa específica aparente das partículas de forma eficiente. Os resultados também demonstram que a classificação dos agregados de acordo com a cor é, na melhor das hipóteses, imprecisa. Uma parcela significativa dos agregados atende requisitos físicos exigidos para concretos estruturais comuns, inclusive o requisito químico de teor de sulfatos. Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 2. 1. INTRODUÇÃO 1.1 Composição e geração de RCD Os resíduos de construção e demolição (RCD), são constituídos em cerca de 90% da m/m por frações de natureza mineral (concretos, argamassas, rochas naturais, solos e cerâmicas), tanto no Brasil como na Europa (CARNEIRO et al., 2000; FERRAZ et al., 2001; EC, 2000). Do ponto de vista químico, a composição estimada do RCD brasileiro, em óxidos, seria majoritariamente sílica, seguido de alumina e óxido de cálcio (ANGULO et al., 2002). Os RCD são um dos responsáveis pelo esgotamento de áreas de aterros em cidades de médio e grande porte, uma vez que eles correspondem a mais de 50% (m/m) dos resíduos sólidos urbanos. No Brasil, estima-se que é gerado anualmente algo em torno de 68,5 x 106 t RCD. Além disso, eles são responsáveis por altos custos sócio-econômicos e ambientais nestas cidades em função das deposições irregulares. Por exemplo, na cidade de São Paulo, estes gastos são na ordem de R$ 45,0 x 106/ano para coleta-transporte- deposição destes resíduos (PINTO, 1999; JOHN, 2000; EC, 2000; SCHNEIDER, 2002; ANGULO et al., 2002). Por outro lado, o setor da construção civil é um grande consumidor de recursos naturais não-renováveis. Os agregados naturais estão entre os minerais mais consumidos no Brasil (380,6 x 106 t/ano) e no mundo, além de impactos ambientais relevantes como geração de áreas degradadas no entorno urbano e transporte intensivo. Na cidade de São Paulo, estima-se que a distribuição de areia natural na Região Metropolitana de São Paulo seja responsável por 1,35 milhões de viagens/ano (RANGEL et al., 1997; WHITAKER, 2001). Desta forma, a reciclagem de RCD é uma forma de aproximar o setor da sustentabilidade através da redução dos impactos negativos dos seus resíduos nas cidades e da geração de matéria-prima que pode ser substituída pela a natural, não-renovável. 1.2 Reciclagem de RCD A reciclagem de RCD é, de forma simplificada, um beneficiamento mineral. O beneficiamento mineral é um conjunto de operações unitárias com o objetivo de se obter características específicas de uma matéria-prima como separação dos seus constituintes minerais, adequação de tamanho, etc. Estas operações unitárias são classificadas em quatro tipos: de redução, de classificação, de concentração e auxiliares (CHAVES, 1996; SANT’AGOSTINHO; KAHN, 1997; LUZ et al., 1998). As operações de redução, também conhecida como de cominuição, são utilizadas normalmente para se adequar o tamanho das partículas para a utilização ou para as operações subseqüentes. As operações de classificação separam as partículas pelo seu tamanho através de peneiras e classificadores (WILSON, 1996; CHAVES, 1996; LUZ et al., 1998). As operações de concentração são empregadas quando existem várias espécies minerais presentes em um minério e se tem por objetivo aumentar o teor de mineral útil. Esta concentração pode ser realizada por diferentes propriedades físicas dos minerais como densidade, cor, forma, propriedades elétricas, propriedades magnéticas, etc. Diversas Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 3. operações unitárias podem ser utilizadas como catação, separação magnética, separação em meio denso e flotação, dentre outros (CHAVES, 1996; LUZ et al., 1998; HANISCH, 1998). No Brasil, grande parte das instalações de reciclagem de RCD mineral é gerida pelo setor público com finalidade de produzir agregados que são utilizados em atividades de pavimentação, porém ainda de forma incipiente. LEVY (2002) apresenta uma lista de 11 instalações de reciclagem nacionais de diferentes prefeituras. A Tabela 1 mostra as operações unitárias tipicamente empregadas nas instalações de reciclagem nacionais. Tabela 1 Operações unitárias de beneficiamento através da reciclagem de RCD Instalações de Operação Operação de Operação de Auxiliares reciclagem de classificação concentração redução3 Santo André – Impacto Peneira Catação Esteira piloto/SP (10 t/h) (12,7 mm) (antes da redução) São Paulo Impacto Peneiras Catação Esteiras (Itaquera)/SP (100 t/h) (40, 20 e 4,8 mm) (antes/após redução) Separação magnética Vinhedo/SP Mandíbula Peneiras Catação Esteira (62 t/h) (12,7, 9,5 e 4,8 (antes da redução) Sistema mm) nebulizador (particulado) Londrina/PR Impacto Peneiras Catação Esteira (antes da redução) Belo Horizonte Impacto nd Catação Esteira 2 (Estoril)/MG (25 t/h) (antes da redução) Ribeirão Impacto nd Catação Esteira 1 Preto/SP (30 t/h) (antes da redução) Sistema Separação nebulizador magnética (particulado) 1 2 3 ZORDAN (1997)/ PINTO (1999)/ Somente britagem O mercado dos agregados naturais é vasto e mesmo que todo o RCD seja utilizado como agregado, a participação no mercado total não seria superior a 20%. Entretanto, este mercado está dividido em diversas aplicações: pavimentação, argamassas, concretos de diferentes resistências, etc. O uso de agregados para atividades de pavimentação não é suficiente para permitir a reciclagem completa dos resíduos, sendo necessário à utilização em outras aplicações, em especial, argamassas e concretos, em função da grande demanda (ANGULO et al., 2002). Ele também é relativamente pouco rentável. O uso de agregados reciclados em concretos demanda uma grande confiabilidade nas características dos agregados. Certamente o desenvolvimento deste mercado vai requerer melhorias na gestão do processo de reciclagem, nas ferramentas de controle de qualidade e na tecnologia de beneficiamento (ANGULO et al., 2002). Os agregados são produtos de mineração de baixo valor agregado, sendo que 2/3 dos custos são relativos às despesas de transporte (KULAIF, 2001). Como os RCD são Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 4. gerados dentro das cidades, pode existir uma grande vantagem competitiva dos agregados reciclados com relação aos naturais. Entretanto, em ambos os casos, é necessária produção em larga escala para que a operação seja lucrativa o que torna muitas vezes a atividade incompatível com a necessidade de ocupação da malha urbana. Este é mais um argumento a favor da exploração de outros empregos no qual o RCD potencialmente tenha maior valor agregado, como matéria-primas para cerâmica de revestimento e cimento. O uso do RCD como matéria-prima cerâmica (incluindo indústria de cimento) tem sido objeto de investigação em países como Holanda, Japão e Espanha desde 1998. Na Holanda, o mercado da reciclagem como agregados para atividades de pavimentação irá saturar nos próximos anos (MULDER et al., 2003). Potencialmente, o RCD brasileiro é mais adequado como matéria-prima para a indústria cerâmica segundo os seus quesitos químicos (ANGULO et al, 2002). No Brasil, os mercados das matérias-primas da indústria cerâmica, de forma isolada, não são capazes de absorver integralmente o RCD. Mas, caso haja maior interesse econômico e/ou ambiental, ele pode ser explorado. Uma parcela de 30% dos mercados das matérias-primas de cerâmica vermelha, de cerâmica de revestimento e de cimento poderia empregar algo em torno de 60% de todo o RCD (Figura 1). Louças Vidro Matérias primas Revest. vermelha Cimento Cer 0 20 40 60 80 Consumo (milhões tpa) Figura 1 Consumo brasileiro de matérias-primas cerâmicas (dados de TANNO, MOTTA, 2000) A otimização da seqüência de operações unitárias de beneficiamento, a exploração de novas utilizações e o controle da qualidade dependem de caracterização. A caracterização tecnológica, na área da Engenharia Mineral, compreende o estudo de matérias-primas minerais visando o seu aproveitamento econômico, seja em um estudo dirigido ao seu beneficiamento mineral ou a adequação das especificações requeridas para a sua utilização (SANT´AGOSTINHO; KAHN, 1997; CHAVES, 1996; LUZ et al., 1998). Assim, o objetivo deste artigo é apresentar resultados preliminares de uma nova metodologia de caracterização dos RCD. Esta metodologia permite a descrição das Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 5. características físicas, químicas e mineralógicas dos produtos obtidos pela reciclagem, sendo capaz de subsidiar a busca de novos mercados, o projeto destas instalações e o planejamento de sistemas de controle da qualidade. 2 METODOLOGIA 2.1 Amostragem Foi realizada uma amostragem representativa dos produtos de duas instalações de reciclagem que operam na região de São Paulo. A instalação de Vinhedo (SP) é considerada de pequeno porte e a de São Paulo, situada no distrito de Itaquera, é de grande porte. A instalação de Itaquera processava dois produtos: cinza (proveniente de compostos à base de cimento) e vermelho (provenientes de resíduos cerâmicos, solos e demais materiais combinados), enquanto que a de Vinhedo somente o produto vermelho. A Figura 2 ilustra o procedimento de coleta. Pilhas alongadas foram construídas nas instalações para cada tipo de produto através da coleta diária, em quatros períodos regulares, no período de 20 dias. Quatro alíquotas de 65 kg (total de 260 kg) de cada produto foram novamente homogeneizadas através de pilha em laboratório sendo que uma alíquota (1/4) da pilha destinada aos ensaios de caracterização. Coleta de amostras Atividades na instalação 3744 kg Pilha tipo C Pilha tipo V 1872 kg 1872 kg Produto tipo C Produto tipo V 260 kg 260 kg Atividades no laboratório Pilha tipo C Pilha tipo V 260 kg 260 kg Redução produto tipo C Redução produto tipo V 65 kg 65 kg Alíquota caracterização Alíquota caracterização 65 kg 65 kg C igual a produto cinza e V igual a produto vermelho. Figura 2 Obtenção de alíquota para ensaios de caracterização. 2.2 Classificação granulométrica e cominuição secundária A classificação foi realizada por peneiramento em peneiras com aberturas de 25,4; 19,1; 12,7; 9,52; 4,76; 2,38; 1,19; 0,59; 0,297; 0,149 mm. Estas frações foram identificadas como Tal Qual (TQ). Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 6. A fração retida na peneira de abertura de malha 25,4 mm foi cominuída em laboratório em britador de mandíbula (marca Furlan modelo BM 2010). A abertura da mandíbula foi equivalente à dimensão máxima definida para Itaquera cinza e Vinhedo vermelho. A mandíbula ficou toda fechada para Itaquera vermelho. As frações foram classificadas nas mesmas peneiras e identificadas como Britado (B). Após a britagem, o produto foi combinado com a fração da amostra original com menos de 25,4mm. 2.3 Análise química das frações granulométricas As diversas frações granulométricas foram caracterizadas quanto a composição química. A análise química quantitativa foi realizada por FRX (fluorescência de raios X) em amostra fundida, com análise de teores dos onze óxidos de maior abundância, sendo eles: SiO2, Fe2O3, Al2O3, CaO, MgO, Na2O, K2O, MnO, TiO2, P2O5, SO3. O equipamento empregado foi espectrômetro Pan Panalytical Magix-Pro. Adicionalmente foi realizada a medida de perda ao fogo. 2.4 Separação por líquidos densos As frações granulométricas (> malha 4,8 mm) foram objeto de separações por líquidos densos nas seguintes densidades de corte: 1,9 kg/dm3 com solução de cloreto de zinco (ZnCl2) e água, e em 2,2 e 2,5 kg/dm³ com solução de bromofórmio e álcool etílico. Os resultados de separação da fração miúda não serão apresentados neste trabalho por razões de espaço, entretanto, eles fazem parte da metodologia. 2.5 Caracterização física dos produtos da separação Os produtos da separação por líquidos densos foram caracterizados quanto a critérios físicos de agregados como massa específica aparente e absorção de água, conforme procedimentos da NBR 9937/87. Os resultados de caracterização química e mineralógica também não serão apresentados neste trabalho por razões de espaço, entretanto, eles fazem parte da metodologia, incluindo um estudo de composição de fases dos agregados empregando diferentes métodos. 3 ANÁLISE DE RESULTADOS 3.1 Granulometria das frações A granulometria dos produtos obtidos nas instalações de reciclagem de RCD pelas operações de cominuição e classificação é adequada ao uso como agregados. A fração graúda corresponde 50% do total (Figura 3). Desta forma, somente 50% da produção nas instalações poderiam potencialmente ser utilizados como agregados para a produção de concretos uma vez que o uso da fração miúda é restringido na especificação da RILEM (RILEM RECOMMENDATION, 1994). Conclui-se que uma instalação de reciclagem de RCD deve considerar necessariamente uma outra aplicação concomitantemente com esta para ser eficiente do ponto de vista técnico e econômico. Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 7. IT V graúdo miúdo Produtos IT C graúdo miúdo VI V graúdo miúdo 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% % em massa Figura 3 Fração graúda e miúda dos produtos das instalações. A Figura 4 mostra as distribuições granulométricas acumuladas dos produtos graúdos das instalações. Os produtos TQ das instalações apresentam distribuições semelhantes enquanto que a regulagem da mandíbula na cominuição secundária altera significativamente a distribuição dos produtos B (curva IT V B). Uma regulagem de abertura de mandíbula permite uma melhor adequação da distribuição dos produtos como agregados graúdos para concretos. 100 Frequência acumulada abaixo (%) IT C TQ 80 IT C B IT V TQ 60 IT V B limite ABNT-B1 40 VI V TQ VI V B 20 0 1 10 100 Diâmetro de Partículas (mm) Figura 4 Distribuições granulométricas dos produtos graúdos e especificação. 3.2 Analise química das frações Do ponto de vista químico, os produtos obtidos pelas operações de cominuição e classificação são compostos majoritariamente por sílica (60 a 85%) e outros óxidos como Al2O3 e CaO. A fração passante em peneira de abertura de malha 0,15 mm é diferente das demais. A variação da composição química pode ser observada entre a fração graúda e miúda, não dependendo do tipo de produto ou da origem do resíduo da instalação (Figura 5). Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 8. 90 20 85 18 IT C Teores de Al2O3 (%) 80 16 IT V Teores de SiO2 (%) 75 14 VI V 70 12 65 10 60 8 55 IT C 6 50 IT V 4 45 VI V 2 40 0 19,1 12,7 9,5 4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15 -0,15 19,1 12,7 9,5 4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15 -0,15 Tamanho da partícula (mm) Tamanho da partícula (mm) 20 18 IT C 16 IT V Teores de CaO (%) VI V 14 12 10 8 6 4 2 0 19,1 12,7 9,5 4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15 -0,15 Tamanho da partícula (mm) Figura 5 Resultado de análises químicas, em teor dos três principais óxidos, para as diversas frações granulométricas. Os resultados dos teores médios dos produtos foram confrontados com algumas especificações químicas de matéria-prima da indústria cerâmica. As aplicações de melhor conformidade frente às especificações foram matéria-prima de cerâmica vermelha e de revestimento (Tabela 2). A Tabela 3 mostra os teores médios de alguns óxidos de interesse para especificações de agregados. O teor de sulfatos totais dos produtos é inferior ao teor limite de sulfatos especificado pela RILEM. Esta especificação é utilizada para o uso de agregados graúdos reciclados em concretos. Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 9. Tabela 2 Atendimento aos requisitos químicos de especificações de matérias-primas da indústria cerâmica (AMORIN et al., 2000; CARDOSO et al., 1998). Células brancas significam que o critério estabelecido foi atendido enquanto que células cinzas que não foi atendido. Composição química – teores de óxidos (%) Aplicações RCD SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO Na2O K2O TiO2 SO3 PF Cerâmica vermelha IT C 66,5 8,56 2,80 8,72 1,22 1,14 2,35 0,44 0,18 8,36 (estruturais) IT V 66,9 9,34 3,16 7,34 1,15 0,88 2,36 0,46 0,14 7,72 VI V 69,5 9,81 3,14 5,98 1,07 0,68 1,99 0,51 0,27 6,76 Cerâmica branca IT C 66,5 8,56 2,80 8,72 1,22 1,14 2,35 0,44 0,18 8,36 (ball clays) IT V 66,9 9,34 3,16 7,34 1,15 0,88 2,36 0,46 0,14 7,72 VI V 69,5 9,81 3,14 5,98 1,07 0,68 1,99 0,51 0,27 6,76 Cerâmica branca IT C 66,5 8,56 2,80 8,72 1,22 1,14 2,35 0,44 0,18 8,36 (caulins) IT V 66,9 9,34 3,16 7,34 1,15 0,88 2,36 0,46 0,14 7,72 VI V 69,5 9,81 3,14 5,98 1,07 0,68 1,99 0,51 0,27 6,76 Tabela 3 Teores médios de alguns óxidos totais para os agregados reciclados. Produtos Teores médios dos óxidos (em %) Fe2O3 MgO Na2O K2O SO3 Itaquera cinza 2,80 1,22 1,14 2,35 0,18 Itaquera vermelho 3,16 1,15 0,88 2,36 0,14 Vinhedo vermelho 3,14 1,07 0,68 1,99 0,27 3.3 Caracterização física dos produtos de separação A Figura 6 mostra os resultados de massa específica aparente das frações granulométricas submetidas a separação em líquidos densos. Os valores médios de massa específica aparente (número em destaque) das frações encontram-se dentro dos intervalos de pesos específicos definidos pela separação. 2,2 < d <2,5 1,9 < d <2,2 Faixa de separação (kg/dm³) 1,97 2,20 > 2.5 2,61 1,8 1,9 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 Massa específica aparente (kg/dm³) Figura 6 Resultados de massa específica aparente das frações granulométricas submetidas a separação em líquidos densos. A Figura 7 apresenta a distribuição (m/m) da fração graúda em função do intervalo de densidade medido pela separação por líquidos densos. Os resultados demonstram que não houve diferença significativa entre a distribuição de massa nos intervalos de Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 10. densidade do produto vermelho e cinza de Itaquera. A classificação dos agregados graúdos como “cinza” e “vermelho” é pouco precisa. Já a distribuição de massa do produto vermelho de Itaquera foi muito diferente da obtida no produto vermelho de Vinhedo, uma vez que os agregados graúdos de Itaquera apresentam maior participação de produtos de separação acima de 2,2 kg/dm³ enquanto que os de Vinhedo apresentam maior participação de produtos de separação abaixo deste valor. Densidade do líquido (kg/dm³) > 2,5 2.2 - 2.5 1.9 - 2.2 IT V IT C < 1,9 VI V 0% 10% 20% 30% 40% 50% Massa da fração graúda (m/m) Figura 7 Distribuição normalizada (m/m) da fração graúda em função dos produtos de separação. Como os produtos de RCD têm composição química, massa específica aparente e absorção de água muito similares (Tabela 4 e 5), conclui-se que os agregados do produto vermelho e cinza de Itaquera apresentam a mesmas características físicas quanto a massa específica e absorção de água, inclusive de resistência mecânica. Já o produto vermelho de Vinhedo possui maior concentração de produtos porosos e, portanto, de menor resistência mecânica que o do produto vermelho de Itaquera. Desta forma, a classificação do RCD de acordo com a cor foi pouco efetiva para estas propriedades. Os produtos do intervalo de peso específico inferior a 1,9 kg/dm³ não devem ser utilizados como agregado em razão da presença de resíduos não minerais, tais como plásticos, materiais betuminosos, madeira, dentre outros. Os produtos de separação por meio denso contidos no intervalo de peso específico 1,9 < d < 2,2 kg/dm³ não atendem a especificação da RILEM para uso dos agregados graúdos em concretos estruturais comuns (resistência mecânica até 50/60 MPa) quanto ao critério massa específica aparente (Tabela 4) e absorção de água (Tabela 5), quando presentes em teores superiores à 57%. Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 11. Tabela 4 Resultados de massa específica aparente para os produtos da separação Produtos 1,9 < d < 2,2 2,2 < d < 2,5 d > 2,5 IT V VI V IT C IT V VI V IT C IT V VI V IT C -25,4+19,1 mm 1,99 1,93 2,03 2,14 2,27 2,34 2,62 2,61 2,60 -19,1+12,7 mm 2,02 1,90 1,99 2,12 2,24 2,18 nd 2,62 2,59 -12,7+9,5 mm 1,98 1,83 1,93 2,12 2,15 2,15 2,59 2,67 2,63 -9,5+4,8 mm 1,88 1,96 1,95 2,15 2,09 2,11 2,60 2,58 2,60 Média 1,90 1,97 1,97 2,19 2,13 2,19 2,61 2,62 2,61 Desvio-padrão 0,05 0,06 0,04 0,08 0,01 0,10 0,02 0,04 0,02 O texto em cinza indica o não atendimento dos valores frente às especificações de uso como agregados graúdos reciclados em concretos sem limite de resistência mecânica. Tabela 5 Resultados de absorção de água para os produtos da separação Produtos 1,9 < d < 2,2 2,2 < d < 2,5 d > 2,5 IT V VI V IT C IT V VI V IT C IT V VI V IT C -25,4+19,1 mm 7,1 11,6 7,9 3,8 7,1 4,3 0,7 0,9 1,3 -19,1+12,7 mm 6,4 11,8 9,2 3,9 7,4 6,9 nd 0,6 1,4 -12,7+9,5 mm 6,5 14,7 10,3 5,5 8,2 6,4 1,1 0,3 1,0 -9,5+4,8 mm 10,5 9,4 10,5 7,0 7,6 7,4 1,3 1,3 1,1 Média 7,6 11,9 9,5 5,0 7,6 6,2 1,0 0,8 1,2 Desvio-padrão 2,0 2,2 1,2 1,5 0,5 1,4 0,3 0,4 0,2 O texto em cinza indica o não atendimento dos valores frente às especificações de uso como agregados graúdos reciclados em concretos sem limite de resistência mecânica. Os demais intervalos de pesos específicos superior a 2,2 kg/dm³ são potencialmente adequados para uso como agregados graúdos em concretos estruturais comuns. Cerca de 70% da massa dos agregados produzidos em Itaquera e 50 % dos agregados produzidos em Vinhedo tem esta característica. Assim a inclusão de equipamento na instalação para realizar separação por densidade permitiria obter agregados de melhor qualidade do ponto de vista mecânico, viabilizando aplicações de maior valor agregado. 4 CONCLUSÕES A metodologia desenvolvida tem se revelado eficiente em descrever em detalhe as características relevantes dos agregados reciclados. Os agregados de RCD atendem grande parte dos requisitos químicos como matéria-prima cerâmica (vermelha e de revestimento). A composição química dos agregados oriundos de Itaquera e Vinhedo foi similar e foi independente da classificação de acordo com a cor, variando apenas em função do tamanho das partículas. Além disso, a ferramenta de separação por densidade em um produto cuja composição química é bastante homogênea permite obter a distribuição de massa específica aparente das partículas de forma eficiente. Os resultados de distribuição de massa através da separação em líquidos densos e de caracterização físico-química demonstram de maneira objetiva que a classificação dos agregados de acordo com a cor é, na melhor das hipóteses, imprecisa. Os resultados da separação por densidade nas amostras representativas de duas instalações de reciclagem brasileiras demonstram que uma fração significativa dos produtos atenderia requisitos físicos e poderiam ser utilizados em concretos estruturais comuns, desde que atendam os requisitos químicos. Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 12. Estudo de desempenho mecânico com os produtos da separação por líquidos densos está sendo realizado, com o objetivo de comprovar a eficiência na produção de concretos estruturais comuns. Quanto aos requisitos químicos, os teores de sulfatos totais medidos nos produtos foram inferiores ao limite especificado pela proposta de normalização internacional para sulfatos solúveis, permitindo sugerir a viabilidade da utilização em concretos estruturais comuns desde que a instalação de reciclagem seja capaz de “classificar” os produtos de acordo com a densidade. Para analisar objetivamente esta possibilidade será realizado um estudo simulando um lay-out de instalação incluindo concentração por jigagem. 5 AGRADECIMENTOS Este projeto é financiado pela FINEP, dentro do programa HABITARE e com recursos do Fundo Verde e Amarelo, pela FAPESP e pelo CNPq. Os autores gostariam de agradecer a Prefeitura de São Paulo (Sr. Dan Moche Schneider e funcionários) , a empresa NORTEC (Sr. Artur Granato e funcionários), a Prefeitura de Vinhedo (Sr. Geraldo, Sr. Henrique e demais funcionários) e os laboratórios LCT, LTM e CPqDCC da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMORIN et al. Reciclagem de rejeitos de cerâmica vermelha e da construção civil para obtenção de aglomerantes alternativos. Cerâmica Industrial. v.5. n. 4. 2000. p. 35-46. ANGULO, S.C. et al . V.M. Desenvolvimento de novos mercados para a reciclagem massiva de RCD. In: V Seminário de Desenvolvimento sustentável e a reciclagem na construção civil. IBRACON CT-206/IPEN. São Paulo. 2002. p. 293-308. CARNEIRO, A.P. et al. Caracterização do entulho de Salvador visando a produção de agregado reciclado. In: VIII Encontro nacional de tecnologia do ambiente construído, 7. Salvador, 2000. Anais. Salvador, ANTAC, 2000. CARDOSO, S.R.F et al. Caracterização e propriedades de alguns caulins e argilas usados em cerâmica branca no estado de São Paulo: parte I e II. Cerâmica Industrial. v.3. n. 3, n. 4. 1998. LUZ, A.B. et al. Tratamento de minérios. 2a edição. CETEM/CNPq/MCT. Rio de janeiro. 1998. 676 p. CHAVES, A.P. Teoria e prática do tratamento de minérios. São Paulo: Signus Editora. 1996. EC (EUROPEAN COMMISSION). Management of construction and demolition waste. Working document 1. DG ENV E.3. 2000. http://europa.eu.int/comm/enterprise/environment/index_home/waste_management/constr _dem_waste_000404.pdf . Acessado em setembro/2002. FERRAZ, G. R. et al. Estações de classificação e transbordo na cidade de São Paulo. In: IV Seminário de Desenvolvimento sustentável e a reciclagem na construção civil. IBRACON CT-206/IPEN. São Paulo. 2001. p.75-86. Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 13. HANISCH, J. Current developments in the sorting of building waste. Aufbereitungs- technik 39. n. 10. (1998). JOHN, V.M. Reciclagem de resíduos na construção civil – contribuição à metodologia de pesquisa e desenvolvimento. Tese (livre docência) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000. 102p. KULAIF, Y. Análise dos mercados de matérias-primas minerais: estudo de caso da indústria e pedras britadas do estado de SP. Tese (doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2001. 144 p. LEVY, S.M. Contribuição ao estudo da durebilidade de concretos produzidos com resíduos de concreto e alvenaria. São Paulo. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. 2002. 194 p. MULDER, E. et al. Closed materials cycles for concrete and masonry, as part of an integrated process for the reuse of the total flow of C&D waste. In: Fifth international conference on the environmental and technical implications with alternative materials. San Sebastian, Espanha. junho, 2003. p. 219-229. PINTO, T.P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção urbana. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1999. 189p. RANGEL, A. S. et al. A exploração de areia na RMSP. In: Padrão de concorrência e competitividade da indústria de materiais de construção. São Paulo: Singular, 1997. p.89- 102. RILEM RECOMMENDATION. Specification for concrete with recycled aggregates. Materials and Structures. n.27, p.557-9, 1994. SANT´AGOSTINHO, L.M; KAHN, H.. Metodologia para Caracterização Tecnológica de Matérias Primas Minerais. Boletim Técnico (PMI/69) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo. 1997. 29p. SCHNEIDER, D. M. Transporte de resíduos de construção e demolição na cidade de São Paulo. Exame de qualificação (Mestrado) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2002. 22p. TANNO, L.C.;MOTTA, J.F.M. Panorama setorial – Minerais industriais. Cerâmica Industrial, v.5, n.3, maio/junho. 2000. p.37-40. WILSON, J. Recycling Construction and Demolition Waste. Quarry Management. London. 1996. WHITAKER, W. Técnicas de preparação de areia para uso na construção civil. São Paulo. 2001. 153 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente
  • 14. ZORDAN, S.E. A utilização do entulho como agregado, na confecção do concreto. Campinas. 1997. 140p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP. Instituto Brasileiro do Concreto – CT 206 –Meio Ambiente