SlideShare a Scribd company logo
1 of 17
centercenterEscola Superior Agrária de Viseu<br />Ano de 2010<br />Higiene e Sanidade Animal II<br />2º Ano Enfermagem Veterinária<br />Dirofilaria Immitis<br />Pedro Nuno Peixoto de Carvalho<br />Nº 1637<br />Resumo<br />Dirofilaria immitis, agente da dirofilariase canina, é um parasita importante independentemente do estudo, Veterinário ou Humano. Os vectores naturais são os Culex pipiens, Aedes albopictus e Anopheles. O objectivo deste trabalho é dar a conhecer o que é a Dirofilaria immitis, e responder a perguntas tais como: onde ocorre, como se transmite, quais os sinais clínicos, como diagnosticar e principalmente como prevenir.<br />centercenter<br />AbstractDirofilaria immitis, the agent dirofilariase canine, is an important parasite independently if the study is Vet or Human. The natural vectors are Culex pipiens, Aedes albopictus and Anopheles. The purpose of this study is to know what Dirofilaria immitis is, and answer questions such as where it occurs, how it is transmitted, which clinical signs, how to diagnose, and especially how to prevent it.<br />Índice geral<br />Capa<br />Resumo<br />Índice geral<br />Índice de figuras<br />Introdução<br />Taxonomia<br />Distribuição geográfica <br />Predisposição e raças<br />Morfologia<br />Vectores<br />Ciclo de vida <br />Epidemiologia<br />Prevenção<br />Conclusão<br />Bibliografia<br />Índice de figuras<br />Imagem nº 1- Distribuição da Dirofilaria immitis na Europa<br />Imagem nº2 - Culex pipiens<br />Imagem nº 3 - Ciclo de vida Dirofilaria immitis (www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Filariasis_il.htm)<br />rightbottom<br /> Introdução<br />As doenças parasitárias que são transmitidas por mosquitos ocorrem cada vez mais devido às alterações das condições climáticas e á movimentação dos animais entre zonas endémicas e não endémicas.<br />A dirofilariose é uma das doenças transmitida por mosquitos e tem um carácter patogénico nos canídeos, felídeos sendo por vezes zoonótica.<br />A Dirofilaria immitis é o nemátodo responsável pela dirofilariose, também conhecido como parasita do coração, este poderá infectar cães, gatos e também o Homem. Um determinado tipo de mosquito é o responsável pela transmissão da forma larval para o cão. Essas larvas migram através da pele e da musculatura, penetrando nos vasos sanguíneos e alojando-se na artéria pulmonar, ventrículo direito e veia cava. A patologia dependerá sempre do grau de infestação.<br />rightbottom<br />Taxonomia<br />FiloNematelmintesClasseNematodaSubclasseSercenenteaSuperfamíliaFilaruideaFamíliaFilariidaeGéneroDirofilariaEspécieDirofilaria immitis<br />rightbottom<br />Distribuição geográfica<br />Figura nº1<br />A distribuição mundial da dirofilariose encontra-se nas zonas de clima tropical e subtropical América do norte e do sul, Austrália, África, Japão Ásia e Europa.<br />Na Europa as zonas mais afectadas são Portugal, Espanha, sul de fraca, Itália, Grécia e Turquia. A prevalência de canídeos infectados varia entre 1% em França, 2% em Espanha, 6-25% em Itália e 14% em Portugal [1] mas tem havido um número crescente de casos em zonas como Áustria, Alerightbottommanha e Holanda. Em Portugal a dirofilariose distribui-se na zona sul com uma prevalência que varia entre 12% no Algarve, 16.5% no Alentejo e 16.7% no Ribatejo oeste, no centro e norte é bastante inferior. Na região da madeira a prevalência ronda os 30% [1], [2].<br /> De uma maneira geral, a Bacia Mediterrânica é consideravelmente afectada.<br /> <br />Predisposição e raças<br />Nos cães há uma predisposição sexual, isto é, os machos costumam ser infectados com maior frequência do que as fêmeas. Mas as fêmeas de porte grande e médio são afectadas com maior frequência do que as de pequeno porte.<br />As raças com maior predisposição são os Boxers, Pastor alemão, Pointer inglês, Setter e os Retrievers.<br />Morfologia<br />Dirofilaria immitis é um nematelminte de cor branco delgado e pode medir mais de 30cm de comprimento. Os machos distinguem-se das fêmeas pelo seu tamanho, que é mais pequeno, e porque a sua extremidade rightbottomposterior termina em espiral. Nas fêmeas a vulva encontra-se atrás do esófago e a sua extremidade caudal é arredondada não estando enrolada em espiral. O ânus tanto no macho como na fêmea está em posição subterminal [4]. As fêmeas são Vivíparas e eliminam para a circulação sanguínea larvas de que se dá o nome de microfilárias.<br />Vectores<br />Para que o ciclo de vida seja completo, a Dirofilaria immitis necessita de mosquitos do género: <br />Culex pipiens, Aedes albopictus e Anopheles<br />Figura nº2 (Culex pipiens)<br />rightbottom<br />Ciclo de vida <br />Figura nº 3 Ciclo de vida Dirofilaria immitis<br />rightbottom<br />O ciclo biológico de Dirofilária immitis (Figura 3) é relativamente longo, 6,5 meses pós-infecção, em comparação com o de outros nemátodes. As larvas passam por cinco estádios, desenvolvendo-se tanto no hospedeiro intermediário, que é o vector, como no hospedeiro definitivo vertebrado. O mosquito hematófago fêmea fica infectado quando ingere uma refeição de sangue num cão microfilarémico. As microfilárias desenvolvem-se até ao terceiro estádio larvar (L3) nos túbulos de Malpigui e depois migram para a cabeça e aparelho bucal do vector. O tempo necessário para o desenvolvimento das microfilárias está dependente da temperatura. A larva L3, sexualmente diferenciada, na hemolinfa do mosquito é depositada na pele do hospedeiro vertebrado e penetra no local da inoculação assim que o insecto acaba a refeição. No hospedeiro vertebrado, as microfilárias penetram através da solução de continuidade provocada pelo mosquito e realizam uma migração subcutânea em direcção ao tórax. Aqui, passam do estádio larvar L3 para o estádio larvar L4. Ao fim de 50-60 dias sofrem a quarta e última muda para L5 ou adultos imaturos. Ao fim de, aproximadamente, 2 meses pós-infecção, os vermes alcançam a sua maturidade sexual. Se ambos os sexos estão presentes, infecções pré-patentes (microfilárias em circulação) ocorrem geralmente entre 7 a 9 meses pós-infecção.<br />rightbottom<br />Epidemiologia <br />Os hospedeiros intermediários ou vectores da dirofilariose são mosquitos da família Culicidae, com aproximadamente 70 espécies dos géneros Aedes, Anopheles, e Culex receptivas à infecção pelo parasita, ainda que a capacidade de transmissão tenha sido demonstrada em menos de 12 espécies. Para que o mosquito seja considerado um vector, deve suportar o desenvolvimento do parasita até ao estádio larvar L3 (infectante). A mera presença dos estádios L1/L2 (não infectantes) no mosquito não implica, necessariamente, competência vectorial.<br />Em Portugal, as espécies transmissoras de D. immitis mais frequentes são Culex theieleri, Culex pipiens, Aedes caspius e Anopheles atroparvus (Araújo, 1996). A população canina que apresenta maior risco é aquela qrightbottomue está submetida à maior exposição aos artrópodes vectores, tais como os cães não controlados sanitariamente em zonas rurais, os que não possuem abrigo permanente, os de caça, pastoreio, competição ao ar livre e os que são transportados para locais em que a infecção é endémica. O sexo e a raça podem estar associados à prevalência de infecção nos cães na medida em que condicionam a aptidão e a exposição. Animais do sexo masculino apresentam maior probabilidade de infecção do que as fêmeas, isto poderá ser devido ao facto de estes animais serem mais utilizados na defesa exterior de propriedades.<br />A idade é também um importante factor de risco, determinado pelo tempo de exposição em áreas em que a doença é endémica. Assim sendo, cães idosos têm uma maior prevalência de infecção por Dirofilaria do que cães mais novos.<br />As condições climáticas ditam a ocorrência sazonal da infecção. A taxa de maturação de Dirofilária immitis para o estádio larvar L3 no mosquito vector, depende, de facto, sobretudo da temperatura ambiente, sendo que existe um limiar de, aproximadamente, 14º C abaixo do qual o seu desenvolvimento não vai ocorrer. No interior do hospedeiro intermediário, a larva é mais tolerante ao frio do que o próprio mosquito. Consequentemente, quando a temperrightbottomatura ambiente está abaixo do limiar, a maturação larvar estará temporariamente suspensa até que haja um aumento da temperatura. <br />As temperaturas de Verão (principalmente nos meses de Julho e Agosto no hemisfério Norte) são as mais propícias para a transmissão de Dirofilaria. O aquecimento global tem vindo a estender o período de risco de transmissão da dirofilariose e a manter a elevada incidência desta doença.<br />Prevenção<br />A prevenção pode ser feita para a protecção contra a picada do mosquito transmissor da dirofilariose (Culex pipiens pipiens). Existem no mercado coleiras que contém Deltametrina, um ectoparasiticida extremamente seguro, que para além de proteger os cães dos mosquitos transmissores da dirofilariose, com elevados níveis de eficácia, protege-os também  das picadas dos flebótomos transmissores da Leishmaniose Canina e dos parasitas externos, artrópodes. <br />Este principio activo, a deltametrina, é libertado de uma forma regular e continuada, permitindo uma protecção semestral contras os mosquitos.rightbottomA dirofilariose tem tratamento. Os métodos de tratamento existentes actualmente são prolongados e implicam um acompanhamento frequente e regular por parte do médico veterinário.<br />Existem outras formas de prevenção como comprimidos  ou  injecções, que devem ser iniciados com alguma antecedência em relação ao início da época anual de actividade dos mosquitos transmissores da dirofilariose. Estes tratamentos têm como objectivo a eliminação das formas larvares da Dirofilaria transmitidas pelos mosquitos, evitando que estas evoluam para parasitas adultos. Ou seja, estes tratamentos profilácticos não evitam que os mosquitos piquem nos cães. <br />Conclusão<br />A prevenção é a solução mais forte para podermos travar o desenvolvimento de estes e outros tipos de parasitas que rodeiam e afectam os nossos animais e directa ou indirectamente afecta a sociedade. <br /> <br />Bibliografia<br /><1>Pereira da Fonseca IM, Carvalho LM, Carvalho SP, Carvalho Varela M (1991) “Prevalência da dirofilariose na população canina Portuguesa. I. detecção de Microfilarias Sanguineas” In Veterinaria Tecnica <br /><2> Genchi C, Rinaldi L, Cascone C, Mortarino M, Gringoli G (2005). “Is heartworm desiase realy spreading in Europe?” In Veterinary Parasitology<br /><3> Trootti et al.,1996; Bautista et al.,1998<br />rightbottom<br />rightbottom<br />
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis
 dirofilaria immitis

More Related Content

What's hot

Aula 2 brucelose doencas em bovinos
Aula 2  brucelose doencas em bovinosAula 2  brucelose doencas em bovinos
Aula 2 brucelose doencas em bovinosIvaristo Americo
 
Doenças de suídeos OIE 2
Doenças de suídeos OIE 2Doenças de suídeos OIE 2
Doenças de suídeos OIE 2Marília Gomes
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosMarília Gomes
 
Rinite Atrófica dos Suínos
Rinite Atrófica dos SuínosRinite Atrófica dos Suínos
Rinite Atrófica dos SuínosVitória Gusmão
 
[Palestra] Daniel Rodrigues: Gestão da sanidade na bovinocultura de corte: cu...
[Palestra] Daniel Rodrigues: Gestão da sanidade na bovinocultura de corte: cu...[Palestra] Daniel Rodrigues: Gestão da sanidade na bovinocultura de corte: cu...
[Palestra] Daniel Rodrigues: Gestão da sanidade na bovinocultura de corte: cu...AgroTalento
 
Biosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesBiosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesMarília Gomes
 
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e GatosProtocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e GatosLeonora Mello
 
Toxemia da gestação em ovinos
Toxemia da gestação em ovinosToxemia da gestação em ovinos
Toxemia da gestação em ovinosDayenne Herrera
 

What's hot (20)

Aula 2 brucelose doencas em bovinos
Aula 2  brucelose doencas em bovinosAula 2  brucelose doencas em bovinos
Aula 2 brucelose doencas em bovinos
 
Doenças de suídeos OIE 2
Doenças de suídeos OIE 2Doenças de suídeos OIE 2
Doenças de suídeos OIE 2
 
Sistema Complemento
Sistema ComplementoSistema Complemento
Sistema Complemento
 
Biossegurança.ppt
 Biossegurança.ppt  Biossegurança.ppt
Biossegurança.ppt
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 
Rinite Atrófica dos Suínos
Rinite Atrófica dos SuínosRinite Atrófica dos Suínos
Rinite Atrófica dos Suínos
 
Melhoramento genetico (brazil)
Melhoramento genetico (brazil)Melhoramento genetico (brazil)
Melhoramento genetico (brazil)
 
Diarreia viral bovina
Diarreia viral bovinaDiarreia viral bovina
Diarreia viral bovina
 
[Palestra] Daniel Rodrigues: Gestão da sanidade na bovinocultura de corte: cu...
[Palestra] Daniel Rodrigues: Gestão da sanidade na bovinocultura de corte: cu...[Palestra] Daniel Rodrigues: Gestão da sanidade na bovinocultura de corte: cu...
[Palestra] Daniel Rodrigues: Gestão da sanidade na bovinocultura de corte: cu...
 
Biosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesBiosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e aves
 
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e GatosProtocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
Protocolos de Vacinação e Vermifugação em Cães e Gatos
 
Febre aftosa
Febre aftosaFebre aftosa
Febre aftosa
 
Ancilostomideos
AncilostomideosAncilostomideos
Ancilostomideos
 
Cocos Gram positivos
Cocos Gram positivosCocos Gram positivos
Cocos Gram positivos
 
Toxemia da gestação em ovinos
Toxemia da gestação em ovinosToxemia da gestação em ovinos
Toxemia da gestação em ovinos
 
Manejo reprodutivo em bovinos de corte low
Manejo reprodutivo em bovinos de corte lowManejo reprodutivo em bovinos de corte low
Manejo reprodutivo em bovinos de corte low
 
Original roteiro necropsia_colheita
Original roteiro necropsia_colheitaOriginal roteiro necropsia_colheita
Original roteiro necropsia_colheita
 
Instalações caprinos e ovinos
Instalações caprinos e ovinosInstalações caprinos e ovinos
Instalações caprinos e ovinos
 
Babesiose
BabesioseBabesiose
Babesiose
 
Mormo.
Mormo.Mormo.
Mormo.
 

Viewers also liked

Viewers also liked (8)

Dirofilariosis
DirofilariosisDirofilariosis
Dirofilariosis
 
Dirofilaria
DirofilariaDirofilaria
Dirofilaria
 
Dirofilaria repens immitis patogeneza si clinic 2
Dirofilaria repens immitis patogeneza si clinic 2Dirofilaria repens immitis patogeneza si clinic 2
Dirofilaria repens immitis patogeneza si clinic 2
 
Caso clínico2015
Caso clínico2015Caso clínico2015
Caso clínico2015
 
Dirofilariosis
DirofilariosisDirofilariosis
Dirofilariosis
 
Dirofilariasis
DirofilariasisDirofilariasis
Dirofilariasis
 
Dirofilariasis canina
Dirofilariasis caninaDirofilariasis canina
Dirofilariasis canina
 
Parasito Caninos Y Felinos
Parasito Caninos Y FelinosParasito Caninos Y Felinos
Parasito Caninos Y Felinos
 

Similar to dirofilaria immitis

Similar to dirofilaria immitis (20)

AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptxAULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
 
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptxAULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
AULA 03 DOENCAS POR INSETOS.........pptx
 
Doenças transmitidas por animais
Doenças transmitidas por animaisDoenças transmitidas por animais
Doenças transmitidas por animais
 
Parasitologia.pptx
Parasitologia.pptxParasitologia.pptx
Parasitologia.pptx
 
Parasitologia. O que é, parasitas e formas de transmissão
Parasitologia. O que é, parasitas e formas de transmissãoParasitologia. O que é, parasitas e formas de transmissão
Parasitologia. O que é, parasitas e formas de transmissão
 
Pulgas em cães e gatos
Pulgas em cães e gatosPulgas em cães e gatos
Pulgas em cães e gatos
 
Trab Bio Doenças-Cotuca
Trab Bio Doenças-CotucaTrab Bio Doenças-Cotuca
Trab Bio Doenças-Cotuca
 
Doenças transmitidas por mosquitos
Doenças transmitidas por mosquitosDoenças transmitidas por mosquitos
Doenças transmitidas por mosquitos
 
RAIVA.pdf
RAIVA.pdfRAIVA.pdf
RAIVA.pdf
 
Dengue
DengueDengue
Dengue
 
Final
FinalFinal
Final
 
.
..
.
 
0508 Controle de artrópodes e roedores - Rose
0508 Controle de artrópodes e roedores - Rose0508 Controle de artrópodes e roedores - Rose
0508 Controle de artrópodes e roedores - Rose
 
Encarte de aula pulgas
Encarte de aula   pulgasEncarte de aula   pulgas
Encarte de aula pulgas
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Vanderlimaria ativ5
Vanderlimaria ativ5Vanderlimaria ativ5
Vanderlimaria ativ5
 
Introdução miiase
Introdução miiaseIntrodução miiase
Introdução miiase
 
Helmintos-2014.pdf
Helmintos-2014.pdfHelmintos-2014.pdf
Helmintos-2014.pdf
 
Principais Zoonoses fiocruz
Principais Zoonoses  fiocruzPrincipais Zoonoses  fiocruz
Principais Zoonoses fiocruz
 
Parasitologia
ParasitologiaParasitologia
Parasitologia
 

More from Pedro Carvalho

2 jornadas equinicultura 2015
2 jornadas equinicultura 20152 jornadas equinicultura 2015
2 jornadas equinicultura 2015Pedro Carvalho
 
Vacinação de equinos
Vacinação de equinosVacinação de equinos
Vacinação de equinosPedro Carvalho
 
I jornadas de Equinicultura
I jornadas de EquiniculturaI jornadas de Equinicultura
I jornadas de EquiniculturaPedro Carvalho
 
I jornadas de Equinicultura ( cartaz)
I jornadas de Equinicultura ( cartaz)I jornadas de Equinicultura ( cartaz)
I jornadas de Equinicultura ( cartaz)Pedro Carvalho
 
Problema de comportamento em cavalos
Problema de comportamento em cavalosProblema de comportamento em cavalos
Problema de comportamento em cavalosPedro Carvalho
 
Parasitas teciduais carvalho p
Parasitas teciduais carvalho pParasitas teciduais carvalho p
Parasitas teciduais carvalho pPedro Carvalho
 
Vírus cache valley é a causa de malformação
Vírus cache valley é a causa de malformaçãoVírus cache valley é a causa de malformação
Vírus cache valley é a causa de malformaçãoPedro Carvalho
 
Reprodução nas fêmeas bovinas endocrinologia-
Reprodução nas fêmeas bovinas  endocrinologia-Reprodução nas fêmeas bovinas  endocrinologia-
Reprodução nas fêmeas bovinas endocrinologia-Pedro Carvalho
 
segurança e resposabilidade civil
segurança e resposabilidade civil segurança e resposabilidade civil
segurança e resposabilidade civil Pedro Carvalho
 
Trabalho Nutrição Flamingos ev 1ano
Trabalho Nutrição  Flamingos ev 1anoTrabalho Nutrição  Flamingos ev 1ano
Trabalho Nutrição Flamingos ev 1anoPedro Carvalho
 

More from Pedro Carvalho (19)

2 jornadas equinicultura 2015
2 jornadas equinicultura 20152 jornadas equinicultura 2015
2 jornadas equinicultura 2015
 
Vacinação de equinos
Vacinação de equinosVacinação de equinos
Vacinação de equinos
 
I jornadas de Equinicultura
I jornadas de EquiniculturaI jornadas de Equinicultura
I jornadas de Equinicultura
 
I jornadas de Equinicultura ( cartaz)
I jornadas de Equinicultura ( cartaz)I jornadas de Equinicultura ( cartaz)
I jornadas de Equinicultura ( cartaz)
 
Programa
ProgramaPrograma
Programa
 
Cão guia
Cão guiaCão guia
Cão guia
 
Problema de comportamento em cavalos
Problema de comportamento em cavalosProblema de comportamento em cavalos
Problema de comportamento em cavalos
 
Comportamento do gato
Comportamento do gatoComportamento do gato
Comportamento do gato
 
Parasitas teciduais carvalho p
Parasitas teciduais carvalho pParasitas teciduais carvalho p
Parasitas teciduais carvalho p
 
Vírus cache valley é a causa de malformação
Vírus cache valley é a causa de malformaçãoVírus cache valley é a causa de malformação
Vírus cache valley é a causa de malformação
 
Trabalho hsa1 ev
Trabalho hsa1 ev  Trabalho hsa1 ev
Trabalho hsa1 ev
 
Imagiologia
Imagiologia Imagiologia
Imagiologia
 
Reprodução nas fêmeas bovinas endocrinologia-
Reprodução nas fêmeas bovinas  endocrinologia-Reprodução nas fêmeas bovinas  endocrinologia-
Reprodução nas fêmeas bovinas endocrinologia-
 
Resumos farmacologia
Resumos farmacologiaResumos farmacologia
Resumos farmacologia
 
segurança e resposabilidade civil
segurança e resposabilidade civil segurança e resposabilidade civil
segurança e resposabilidade civil
 
O Javali
O JavaliO Javali
O Javali
 
Imagiologia
Imagiologia Imagiologia
Imagiologia
 
Vacinação Animal
Vacinação AnimalVacinação Animal
Vacinação Animal
 
Trabalho Nutrição Flamingos ev 1ano
Trabalho Nutrição  Flamingos ev 1anoTrabalho Nutrição  Flamingos ev 1ano
Trabalho Nutrição Flamingos ev 1ano
 

Recently uploaded

Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024RicardoTST2
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 

Recently uploaded (10)

Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 

dirofilaria immitis

  • 1. centercenterEscola Superior Agrária de Viseu<br />Ano de 2010<br />Higiene e Sanidade Animal II<br />2º Ano Enfermagem Veterinária<br />Dirofilaria Immitis<br />Pedro Nuno Peixoto de Carvalho<br />Nº 1637<br />Resumo<br />Dirofilaria immitis, agente da dirofilariase canina, é um parasita importante independentemente do estudo, Veterinário ou Humano. Os vectores naturais são os Culex pipiens, Aedes albopictus e Anopheles. O objectivo deste trabalho é dar a conhecer o que é a Dirofilaria immitis, e responder a perguntas tais como: onde ocorre, como se transmite, quais os sinais clínicos, como diagnosticar e principalmente como prevenir.<br />centercenter<br />AbstractDirofilaria immitis, the agent dirofilariase canine, is an important parasite independently if the study is Vet or Human. The natural vectors are Culex pipiens, Aedes albopictus and Anopheles. The purpose of this study is to know what Dirofilaria immitis is, and answer questions such as where it occurs, how it is transmitted, which clinical signs, how to diagnose, and especially how to prevent it.<br />Índice geral<br />Capa<br />Resumo<br />Índice geral<br />Índice de figuras<br />Introdução<br />Taxonomia<br />Distribuição geográfica <br />Predisposição e raças<br />Morfologia<br />Vectores<br />Ciclo de vida <br />Epidemiologia<br />Prevenção<br />Conclusão<br />Bibliografia<br />Índice de figuras<br />Imagem nº 1- Distribuição da Dirofilaria immitis na Europa<br />Imagem nº2 - Culex pipiens<br />Imagem nº 3 - Ciclo de vida Dirofilaria immitis (www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Filariasis_il.htm)<br />rightbottom<br /> Introdução<br />As doenças parasitárias que são transmitidas por mosquitos ocorrem cada vez mais devido às alterações das condições climáticas e á movimentação dos animais entre zonas endémicas e não endémicas.<br />A dirofilariose é uma das doenças transmitida por mosquitos e tem um carácter patogénico nos canídeos, felídeos sendo por vezes zoonótica.<br />A Dirofilaria immitis é o nemátodo responsável pela dirofilariose, também conhecido como parasita do coração, este poderá infectar cães, gatos e também o Homem. Um determinado tipo de mosquito é o responsável pela transmissão da forma larval para o cão. Essas larvas migram através da pele e da musculatura, penetrando nos vasos sanguíneos e alojando-se na artéria pulmonar, ventrículo direito e veia cava. A patologia dependerá sempre do grau de infestação.<br />rightbottom<br />Taxonomia<br />FiloNematelmintesClasseNematodaSubclasseSercenenteaSuperfamíliaFilaruideaFamíliaFilariidaeGéneroDirofilariaEspécieDirofilaria immitis<br />rightbottom<br />Distribuição geográfica<br />Figura nº1<br />A distribuição mundial da dirofilariose encontra-se nas zonas de clima tropical e subtropical América do norte e do sul, Austrália, África, Japão Ásia e Europa.<br />Na Europa as zonas mais afectadas são Portugal, Espanha, sul de fraca, Itália, Grécia e Turquia. A prevalência de canídeos infectados varia entre 1% em França, 2% em Espanha, 6-25% em Itália e 14% em Portugal [1] mas tem havido um número crescente de casos em zonas como Áustria, Alerightbottommanha e Holanda. Em Portugal a dirofilariose distribui-se na zona sul com uma prevalência que varia entre 12% no Algarve, 16.5% no Alentejo e 16.7% no Ribatejo oeste, no centro e norte é bastante inferior. Na região da madeira a prevalência ronda os 30% [1], [2].<br /> De uma maneira geral, a Bacia Mediterrânica é consideravelmente afectada.<br /> <br />Predisposição e raças<br />Nos cães há uma predisposição sexual, isto é, os machos costumam ser infectados com maior frequência do que as fêmeas. Mas as fêmeas de porte grande e médio são afectadas com maior frequência do que as de pequeno porte.<br />As raças com maior predisposição são os Boxers, Pastor alemão, Pointer inglês, Setter e os Retrievers.<br />Morfologia<br />Dirofilaria immitis é um nematelminte de cor branco delgado e pode medir mais de 30cm de comprimento. Os machos distinguem-se das fêmeas pelo seu tamanho, que é mais pequeno, e porque a sua extremidade rightbottomposterior termina em espiral. Nas fêmeas a vulva encontra-se atrás do esófago e a sua extremidade caudal é arredondada não estando enrolada em espiral. O ânus tanto no macho como na fêmea está em posição subterminal [4]. As fêmeas são Vivíparas e eliminam para a circulação sanguínea larvas de que se dá o nome de microfilárias.<br />Vectores<br />Para que o ciclo de vida seja completo, a Dirofilaria immitis necessita de mosquitos do género: <br />Culex pipiens, Aedes albopictus e Anopheles<br />Figura nº2 (Culex pipiens)<br />rightbottom<br />Ciclo de vida <br />Figura nº 3 Ciclo de vida Dirofilaria immitis<br />rightbottom<br />O ciclo biológico de Dirofilária immitis (Figura 3) é relativamente longo, 6,5 meses pós-infecção, em comparação com o de outros nemátodes. As larvas passam por cinco estádios, desenvolvendo-se tanto no hospedeiro intermediário, que é o vector, como no hospedeiro definitivo vertebrado. O mosquito hematófago fêmea fica infectado quando ingere uma refeição de sangue num cão microfilarémico. As microfilárias desenvolvem-se até ao terceiro estádio larvar (L3) nos túbulos de Malpigui e depois migram para a cabeça e aparelho bucal do vector. O tempo necessário para o desenvolvimento das microfilárias está dependente da temperatura. A larva L3, sexualmente diferenciada, na hemolinfa do mosquito é depositada na pele do hospedeiro vertebrado e penetra no local da inoculação assim que o insecto acaba a refeição. No hospedeiro vertebrado, as microfilárias penetram através da solução de continuidade provocada pelo mosquito e realizam uma migração subcutânea em direcção ao tórax. Aqui, passam do estádio larvar L3 para o estádio larvar L4. Ao fim de 50-60 dias sofrem a quarta e última muda para L5 ou adultos imaturos. Ao fim de, aproximadamente, 2 meses pós-infecção, os vermes alcançam a sua maturidade sexual. Se ambos os sexos estão presentes, infecções pré-patentes (microfilárias em circulação) ocorrem geralmente entre 7 a 9 meses pós-infecção.<br />rightbottom<br />Epidemiologia <br />Os hospedeiros intermediários ou vectores da dirofilariose são mosquitos da família Culicidae, com aproximadamente 70 espécies dos géneros Aedes, Anopheles, e Culex receptivas à infecção pelo parasita, ainda que a capacidade de transmissão tenha sido demonstrada em menos de 12 espécies. Para que o mosquito seja considerado um vector, deve suportar o desenvolvimento do parasita até ao estádio larvar L3 (infectante). A mera presença dos estádios L1/L2 (não infectantes) no mosquito não implica, necessariamente, competência vectorial.<br />Em Portugal, as espécies transmissoras de D. immitis mais frequentes são Culex theieleri, Culex pipiens, Aedes caspius e Anopheles atroparvus (Araújo, 1996). A população canina que apresenta maior risco é aquela qrightbottomue está submetida à maior exposição aos artrópodes vectores, tais como os cães não controlados sanitariamente em zonas rurais, os que não possuem abrigo permanente, os de caça, pastoreio, competição ao ar livre e os que são transportados para locais em que a infecção é endémica. O sexo e a raça podem estar associados à prevalência de infecção nos cães na medida em que condicionam a aptidão e a exposição. Animais do sexo masculino apresentam maior probabilidade de infecção do que as fêmeas, isto poderá ser devido ao facto de estes animais serem mais utilizados na defesa exterior de propriedades.<br />A idade é também um importante factor de risco, determinado pelo tempo de exposição em áreas em que a doença é endémica. Assim sendo, cães idosos têm uma maior prevalência de infecção por Dirofilaria do que cães mais novos.<br />As condições climáticas ditam a ocorrência sazonal da infecção. A taxa de maturação de Dirofilária immitis para o estádio larvar L3 no mosquito vector, depende, de facto, sobretudo da temperatura ambiente, sendo que existe um limiar de, aproximadamente, 14º C abaixo do qual o seu desenvolvimento não vai ocorrer. No interior do hospedeiro intermediário, a larva é mais tolerante ao frio do que o próprio mosquito. Consequentemente, quando a temperrightbottomatura ambiente está abaixo do limiar, a maturação larvar estará temporariamente suspensa até que haja um aumento da temperatura. <br />As temperaturas de Verão (principalmente nos meses de Julho e Agosto no hemisfério Norte) são as mais propícias para a transmissão de Dirofilaria. O aquecimento global tem vindo a estender o período de risco de transmissão da dirofilariose e a manter a elevada incidência desta doença.<br />Prevenção<br />A prevenção pode ser feita para a protecção contra a picada do mosquito transmissor da dirofilariose (Culex pipiens pipiens). Existem no mercado coleiras que contém Deltametrina, um ectoparasiticida extremamente seguro, que para além de proteger os cães dos mosquitos transmissores da dirofilariose, com elevados níveis de eficácia, protege-os também das picadas dos flebótomos transmissores da Leishmaniose Canina e dos parasitas externos, artrópodes. <br />Este principio activo, a deltametrina, é libertado de uma forma regular e continuada, permitindo uma protecção semestral contras os mosquitos.rightbottomA dirofilariose tem tratamento. Os métodos de tratamento existentes actualmente são prolongados e implicam um acompanhamento frequente e regular por parte do médico veterinário.<br />Existem outras formas de prevenção como comprimidos ou injecções, que devem ser iniciados com alguma antecedência em relação ao início da época anual de actividade dos mosquitos transmissores da dirofilariose. Estes tratamentos têm como objectivo a eliminação das formas larvares da Dirofilaria transmitidas pelos mosquitos, evitando que estas evoluam para parasitas adultos. Ou seja, estes tratamentos profilácticos não evitam que os mosquitos piquem nos cães. <br />Conclusão<br />A prevenção é a solução mais forte para podermos travar o desenvolvimento de estes e outros tipos de parasitas que rodeiam e afectam os nossos animais e directa ou indirectamente afecta a sociedade. <br /> <br />Bibliografia<br /><1>Pereira da Fonseca IM, Carvalho LM, Carvalho SP, Carvalho Varela M (1991) “Prevalência da dirofilariose na população canina Portuguesa. I. detecção de Microfilarias Sanguineas” In Veterinaria Tecnica <br /><2> Genchi C, Rinaldi L, Cascone C, Mortarino M, Gringoli G (2005). “Is heartworm desiase realy spreading in Europe?” In Veterinary Parasitology<br /><3> Trootti et al.,1996; Bautista et al.,1998<br />rightbottom<br />rightbottom<br />