1. A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo que analisa como os pensamentos, crenças e interpretações de uma pessoa influenciam suas emoções e comportamentos.
2. Os principais alvos da terapia cognitiva são os pensamentos automáticos, que surgem rapidamente em situações específicas, e as crenças centrais, que são concepções profundamente enraizadas.
3. O terapeuta cognitivo utiliza várias técnicas como registro de pensamentos, imagens mentais e role playing para ajudar o pac
2. • Sistema de terapia cujo princípio básico é de que as cognições
(pensamentos, crenças, interpretações) de um indivíduo frente a
situações influenciam suas emoções e comportamentos. O
terapeuta atua sobre as cognições, a fim de alterar as emoções e
comportamentos que as acompanham.
• Proposta inicialmente por Aaron T. Beck (1976) que observou a
existência de três principais áreas de distorção cognitiva na
depressão (tríade cognitiva):
Visão negativa de si mesmo,
Visão negativa do ambiente de vida e
Visão negativa para o futuro.
Beck propôs o uso de estratégias para corrigir tais distorções,
que se revelaram efetivas. Posteriormente a terapia cognitiva foi
estendida para diversos outros transtornos.
Terapia Cognitiva
3. • Os modelos principais de disfunção no processamento de
informações são baseados em:
Pensamentos automáticos - são cognições que
aparecem rapidamente em uma determinada situação
e não estão sujeitos à análise racional, relacionados,
geralmente, com base em uma lógica defeituosa (erros
cognitivos);
Crenças centrais (incorporadas aos esquemas) -
incluem as regras básicas para a seleção e codificação
da informação no ambiente.
– Estas construções organizacionais são desenvolvidas através
da experiência da infância e influências posteriores.
• As distorções cognitivas resultam em comportamentos
desajustados e que causam sofrimento psíquico.
4. • Compreender sistematicamente os processos que
mantém a condição do sofrimento emocional,
identificar as ideias, memórias, pensamentos e
comportamentos que prejudicam a pessoa, refletindo
sobre elas e, posteriormente, testando novos
paradigmas de pensamento e comportamento para
que seja possível o desenvolvimento de uma vida mais
saudável e flexível.
Objetivo
5. Modificar
“Os métodos para descobrir e modificar os pensamentos
automáticos desadaptativos encontram–se no cerne da
abordagem cognitivo-comportamental.”
Identificar
Redução significativa de sintomas!
6. A identificação e a modificação ocorrem juntas
como parte de um processo progressivo de
desenvolvimento de um estilo de pensamento
racional.
7. • Encorajam o reconhecimento e a identificação
de pensamentos patológicos em dois níveis de
processamento de informações relativamente
autônomos:
pensamentos automáticos e
crenças centrais.
• Ensinam os pacientes a utilizar técnicas para
“pensar sobre o pensamento” a fim de atingir a
meta de trazer as cognições autônomas à
atenção e ao controle consciente.
Papel do terapeuta
8. Primeira Fase – enfatiza-se a definição da estratégia de intervenção,
ou seja, a conceitualização cognitiva do paciente e de seus
problemas, a definição das metas terapêuticas e do planejamento
do processo de intervenção;
Segunda Fase – o terapeuta objetiva a normalização das emoções
do paciente para promover a motivação do paciente para o trabalho
terapêutico e sua vinculação ao processo.
Terceira Fase – o terapeuta enfatiza a intervenção em nível
estrutural, ou seja, o desafio das crenças e esquemas disfuncionais,
objetivando promover a reestruturação cognitiva.
Quarta Fase –onde promove-se, através de várias técnicas, a
assimilação e generalização dos ganhos terapêuticos, bem como a
prevenção de recaídas;
Fases da psicoterapia
9. Término:
• A terapia em seu formato semanal deve ser encerrada quando
a maioria dos sintomas tiver sua intensidade reduzida
significativamente, causando interferência mínima na rotina de
vida do paciente.
• Nessa fase, faz-se a revisão das técnicas aprendidas e orienta-
se para a prática contínua das mesmas, visando-se assim, a
manutenção da melhora clínica.
• Deve-se também atentar para a recaídas e seus potenciais
desencadeantes.
• Finalmente, as consultas podem ser espaçadas ao longo de um
período, até a alta propriamente dita.
10. • Depressão
• Transtornos de Ansiedade
• Transtornos Alimentares
• Abuso de Substâncias e de Álcool
• Transtornos de Personalidade
• Transtorno Psicótico (Esquizofrenia, transtorno
delirante).
• Transtorno Bipolar
• Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
• Dor Crônica
Indicações
11. EVENTO
(Prepara-se para ir a
uma festa)
COMPORTAMENTO
(Dá uma desculpa e não
vai a festa)
EMOÇÃO
(Tensão e ansiedade)
AVALIAÇÃO COGNITIVA
(Sou desajustado e não
sei o que fazer...)
Modelo Cognitivo Comportamental
12. A conceituação cognitiva fornece a estrutura para o
entendimento de um paciente pelo terapeuta.
• Qual o diagnóstico do paciente?
• Quais seus problemas atuais?
• Como esses problemas se
desenvolveram?
• Que pensamentos e crenças
disfuncionais estão associados
ao problema?
• Quais as reações emocionais,
fisiológicas e comportamentais?
• Que aprendizagens e experiências
antigas contribuem para seus
problemas hoje?
• Quais as crenças subjacentes e
pensamentos?
• Que mecanismos cognitivos,
afetivos e comportamentais ele
desenvolveu para enfrentar essas
crenças disfuncionais?
• Que estressores contribuíram para
seus problemas psicológicos?
Hipóteses
14. Modelo Cognitivo
• A terapia cognitiva baseia-se no modelo
cognitivo, que levanta hipóteses por sua
percepção dos eventos.
• O modo como as pessoas se sentem está
associado ao modo como elas interpretam e
pensam sobre uma situação. (percepção as
situação)
• O terapeuta deve interessasse pelo nível de
pensamento que opera simultaneamente com o
nível mais óbvio e superficial do pensamento
15.
16. 1. Reconhecimento das mudanças de humor
“Nos estágios iniciais da TCC, os terapeutas precisam ajudar os
pacientes a entender o conceito de pensamentos automáticos e a
reconhecer algumas dessas cognições.”
“Uma boa regra é considerar qualquer mostra de
emoção como um sinal de que ocorreram pensamentos
automáticos.”
17. “A mudança de humor é um método especialmente útil de
descobrir pensamentos automáticos, porque normalmente gera
cognições que são emocionalmente carregadas, imediatas e de
alta relevância pessoal.”
18. 2. Psicoeducação
“Geralmente, dedicamos algum tempo no início da terapia a
breves explicações sobre a natureza dos pensamentos
automáticos e como eles influenciam a emoção e o
comportamento.”
19. 3. Descoberta guiada para pensamentos
automáticos
1. Faça questionamentos que estimulem a emoção. - As emoções são
sinais de que o tópico é importante para o paciente.
2. Seja específico – O Questionamento deve ser focado em uma situação
claramente definida e memorável.
3. Focalize em eventos recentes não no passado distante - O
questionamento sobre eventos recentes normalmente tem a vantagem de
dar acesso aos pensamentos automáticos que na verdade ocorreram na
situação e que podem ser mais passível de mudança.
4. Mantenha-se em uma linha de questionamento e um tópico. – Tente
evitar pular de tópico em tópico. É mais importante fazer um trabalho
completo, trazendo à tona uma série de pensamentos automáticos em uma
única situação do que explorar diversas situações.
20. 4. Mantenha-se em uma linha de questionamento e um tópico. – Se
puderem aprender a identificar totalmente seus pensamentos automáticos
para um determinado problema , terão maior probabilidade de fazer o
mesmo em outras situações.
5. Vá fundo. – Os pacientes geralmente relatam apenas alguns
pensamentos automáticos, o terapeuta pode fazer perguntas que ajudem o
paciente a contar a história toda.
6. Utilize suas habilidades de empatia. –Coloque-se no lugar do paciente
e pense como ele pode estar pensando, assim você conseguirá desenvolver
suas habilidades para entender suas cognições que são comuns em vários
quadros clínicos, tornando-se mais ágil em perceber os pensamentos
automáticos.
21. 7. Conte com a formulação de caso para saber que caminho tomar. – A
formulação do caso, mesmo em estágio inicial, pode dar uma ajuda
inestimável sobre quais questionamentos seguir. O conhecimento de fatores
estressores e precipitantes surgirão tópicos importante para discussão. A
avaliação dos sintomas, dos pontos fortes, das vulnerabilidades permitirão
que o terapeuta personalize as perguntas aos pacientes.
22. 4. Registro de pensamentos
• O processo de registro chama atenção do paciente para as cognições
importantes;
• Frequentemente estimula a indagação sobre a validade dos padrões de
pensamento;
• O fato de ver os pensamentos escritos, geralmente, dá início ao
empenho espontâneo de rever ou corrigir as cognições desadaptavas.
23. 5. Imagens mentais
• Quando os pacientes têm dificuldades para elaborar seus
pensamentos automáticos, esse exercício, geralmente, produz
resultados excelentes.
• Essa técnica ajuda os pacientes a reviver eventos importantes em sua
imaginação para entrar em contato cm os sentimentos e pensamentos
que tiveram.
• A capacidade do terapeuta de explicar e estimular a geração de
imagens mentais pode fazer uma grande diferença no modo como os
pacientes mergulham na experiência.
24. 6. Role-play
No role-play o terapeuta faz o papel de uma pessoa na vida do paciente ou
o inverso. Está técnica é usada com menos frequência, devido as possíveis
implicações na relação terapêutica. Os seguintes questionamentos devem
ser feitos antes de aplicar essa técnica:
1. Como o role-play nessa situação com essa figura importante na vida do
paciente, afetaria a relação terapêutica? ( Ex. Pai agressivo)
2. O teste da realidade do paciente é forte suficiente para ver essa
experiência com uma dramatização e retornar o trabalho depois?
3. Esse role-play tocaria em questões relacionadas de longo tempo ou seria
focado em um evento mais restrito?
25. 7. Inventário para pensamentos automáticos
O inventário mais extensivamente
pesquisado para pensamentos
automáticos é Questionário de
Pensamentos Automáticos (ATQ).
Embora venha sendo usado
primordialmente em pesquisas para
medir as modificações nos
pensamentos automáticos
associados ao tratamento, esse
questionário também pode ser usado
no consultório quando o paciente
tiver dificuldades de detectar suas
cognições.
26. • Começando na infância, as pessoas desenvolvem
determinadas crenças sobre si mesmas, outras
pessoas e seus mundos.
Crenças
• As crenças centrais são entendimentos que são tão
fundamentais e profundos que as pessoas
frequentemente não os articulam, sequer para si
mesmas. Essas, são consideradas como verdades
absolutas
27. • A tendência é de focalizar seletivamente informações
que confirmem a crença central, desconsiderando ou
descontando informações que são contrárias. Desse
modo, ele mantém a crença mesmo que ela seja
imprecisa e disfuncional.
Crenças
• As crenças centrais são o nível mais fundamental de
crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas
28. • Em nossa experiência de vida, desde a infância, é
possível desenvolver ideias negativas, distorcidas
da realidade, equivocadas pela percepção que
temos sobre os eventos da vida. Tais ideias se
enraizam em nossa mente e são incorporadas
como verdades absolutas e geram sofrimento
psicológico ao longo dos anos da idade adulta.
Essas ideias são chamadas, na Terapia Cognitiva,
de crenças centrais. As crenças centrais podem
ser:
Crenças
29. DESAMPARO - a pessoa tem uma certeza (irracional/inconsciente)
de que é incompetente e sempre será um fracassado.
Ex de PA: Sou inadequado, ineficiente, incompetente; Sou fraco e
descontrolado; Eu não consigo mudar; Eu não tenho atitude; Sou
uma vítima; Sou vulnerável, inferior, um fracasso, um perdedor;
Não sou igual aos outros.
DESAMOR - a pessoa tem a certeza (irracional/inconsciente) de que
será rejeitada.
Ex de PA: Sou diferente, indesejável, feio, monótono, não tenho
nada a oferecer; Não sou amado, querido, sou negligenciado;
Sempre serei rejeitado, abandonado, sempre estarei sozinho; Sou
diferente, imperfeito, não sou bom o suficiente para ser amado.
DESVALOR - a pessoa acredita ser inaceitável e sem importância
alguma.
Ex de PA: Sou inaceitável; Sou mau, louco, derrotado; Sou um
nada, um lixo. Sou cruel, perigoso, maligno; Não tenho valor, e
não mereço viver.
30. Essas crenças podem ser:
• Em relação a si mesmo: citado acima
• Em relação aos outros: Os outros são categorizados de
maneira inflexível. São vistos como desprezíveis, frios,
prejudiciais, ameaçadores e manipuladores.
Também é possível desenvolver uma crença positiva
em relação aos outros e em detrimento a si mesmo:
as pessoas são superiores, muito eficientes, amáveis
e úteis (diferente de si mesmo)
Crenças
31. • Em relação ao mundo: o mundo é injusto, hostil, imprevisível,
incontrolável, perigoso.
As crenças centrais são conteúdos dos esquemas cognitivos mal
adaptativos e agem como uma lente que afeta a Percepção, isto é, a
pessoa passa a ver a situação apenas de um ponto de vista
(equivocado, distorcido, exagerado).
Com essas ideias na mente, a pessoa vai criando Estratégias
Compensatórias para lidar com o sofrimento. Tais estratégias
podem ser desadaptativas trazendo desajustes emocionais.
EXEMPLO:
• Crença central: Sou insignificante
Estratégia: É melhor eu me isolar, evitar aproximação.
• Crença central: sou vulnerável
Estratégia: Agir com firmeza, dominar, evitar qualquer
possibilidade de ser prejudicado.
Crenças
32. Atitudes, Regras e Suposições
Crenças
centrais
Crenças
intermediárias
(atitudes,
regras e
suposições)
Pensamentos
automáticos
33. • As crenças influenciam a visão de uma situação, o
que, por sua vez, influencia o que ele pensa, sente
e se comporta.
• O mais importante para o terapeuta cognitivo refere-
se as crenças disfuncionais, que podem não ser
aprendidas, e às novas crenças mais embasadas na
realidade e funcionais, que podem ser
desenvolvidas e aprendidas através da terapia.
Atitudes, Regras e Suposições
34. • A trajetória usual do tratamento, na terapia cognitiva, envolve
uma ênfase inicial sobre pensamentos automáticos, as
cognições mais próximas à percepção consciente.
• O terapeuta ensina o paciente a identificar, avaliar e
modificar seus pensamentos, a fim de produzir alívio de
sintomas.
• Então, as crenças disfuncionais que estão por trás dos
pensamentos disfuncionais tornam-se foco do tratamento.
• A modificação profunda de crenças mais fundamentais torna
os pacientes menos propensos a apresentar recaída no
futuro.
Atitudes, Regras e Suposições
36. Crença Central
“Eu sou incompetente”
Crença Intermediária
“Se eu não entendo algo, então eu sou burro”
Pensamentos Automáticos
“Isso é difícil demais...
Eu jamais vou aprender...”
Situação Reações
AULA
Comportamental
Fisiológico
Emocional
TRISTEZA
DESCONFORTO
SAI DA SALA
37. • Crenças centrais inarticuladas influenciam a
percepção da situação.
• O terapeuta deve aprender a conceituar as
dificuldades do paciente em termos
cognitivos, afim de determinar como
proceder na terapia (metas, técnicas)
Relacionamento do comportamento
com os pensamentos automáticos
38. • O terapeuta deve se perguntar:
• Como esse paciente veio parar aqui?
• Que vulnerabilidades e eventos da vida
foram importantes?
• Como enfrentou essas vulnerabilidades?
• Quais são seus pensamentos
automáticos?
Relacionamento do comportamento
com os pensamentos automáticos
40. • Uma conceituação cognitiva correta
auxilia em determinar quais as principais
caminhos e como percorrer.
• As hipóteses levantadas são confirmadas
e desconfirmadas à medida que novos
dados são apresentados.
Relacionamento do comportamento
com os pensamentos automáticos
41. • Exemplos:
Inferência Arbitrária – concluir ao contrário do que
apontam as evidências;
Abstração Seletiva (Filtro Mental) – concluir baseando-se
apenas em uma pequena parte de dados;
Magnificação ou Minimização – avaliar distorcidamente a
importância relativa dos eventos, para mais ou para menos;
Personalização – relacionar eventos externos a própria
pessoa quando não há indícios para tanto;
Pensamento Dicotômico – classificar as pessoas ou a si
mesmo em categorias rígidas e estanques;
Pensamento Catastrófico – previsão de um pior desfecho
possível, sem levar em conta as alternativas.
Distorções Cognitivas
42.
43.
44.
45. • Inicia-se pela identificação e pelo registro de pensamentos
automáticos e crenças disfuncionais.
• Subsequentemente, é feita uma análise dos “erros de lógica”
inerentes às interpretações catastróficas. Para isso, é importante
que o paciente considere tais pensamentos como meras
hipóteses, e não como fatos.
• A forma mais usual de corrigir esses erros de lógica é o chamado
questionamento socrático. Nessa técnica, o paciente, juntamente
com o terapeuta, faz um exame das evidências que apoiam o seu
pensamento e das evidências que são contrárias, a fim de
descobrir formas alternativas de interpretar suas sensações físicas.
• Após a análise das probabilidades, elaboram-se novas alternativas,
que são chamadas de “lembretes” (por exemplo: “estou tendo
um ataque que não mata nem enlouquece”.
Restruturação cognitiva
46. 1. Questionamento Socrático
• Processo de intervenção cognitiva para mudar os
pensamentos disfuncionais.
• Alguns benefícios são: intensificação da relação terapêutica,
estimulação da indagação, melhor entendimento de
cognições e comportamentos importantes, promoção do
engajamento ativo do paciente na terapia.
• Características chaves do Questionamento Socrático:
1. Faça perguntas que revelem oportunidades de mudança.
47. 2. Faça perguntas que tragam resultados – Questionamentos que rompam um
padrão de pensamento desadaptativo. Se os questionamentos feitos não produzirem
resultados emocionais ou comportamentais revise a formulação do caso e reveja as
estratégias.
3. Faça perguntas que envolvam os pacientes no processo de aprendizagem.-
Um dos objetivos desta técnica é ajudar os pacientes a se especializarem em “pensar
sobre o pensamento”. Incentivá-los a olhar sobre novas perspectivas.
4. Elabore perguntas de forma que seja produtiva para o paciente. - É preciso
levar em consideração o nível cognitivo e seus sintomas, onde as perguntas sejam
um desafio para que o paciente pense mas que não faça-o se sentir pressionado ou
intimidado. Faça perguntas que você acredite que o paciente seja capaz de
responder.
5. Evite Fazer perguntas de comando. – Esse deve ser um método que viabilize o
aumento da capacidade d paciente de pensar de maneira flexível e criativa.
6. Use pergunta de múltipla escolha.
48. 2. Registro de Mudança de Pensamento
• O automonitoramento é feito
através dos registros de
pensamentos, considerado
procedimento de alto impacto por
Beck (1979).
• O RPD (Registro de pensamentos
disfuncionais) incentiva os
pacientes a:
1. Reconhecer seus pensamentos
automáticos;
2. Aplicar métodos de mudanças de
pensamentos (identificar erros,
examinar evidencias.)
3. Observar resultados positivos em
seus esforços para modificar seus
pensamentos.
49. 2. Registro de Mudança de Pensamento
SITUAÇÃO
PENSAMENTO
AUTOMÁTICO
EMOÇÃO
RESPOSTA
RACIONAL
RESULTADO
Descrever
evento, fluxo de
pensamentos e
sensações
fisiológicas.
Pensamento
automático e
grau de crença
Especificar a
emoção e grau
da emoção
Identificar erros
cognitivos,
escrever resposta
racional e grau de
crença.
Grau de emoções
subsequentes e
descrever as
mudanças
comportamentais
• É sugerido que paciente preencha a RPD como tarefa de casa e traga as
sessões;
• É necessário observar o grau de crença nos pensamentos automáticos pois
os mesmo fornece pistas sobre a maleabilidade ou resistência dessas
cognições.
50. • O terapeuta e o paciente trabalham juntos para identificar crenças
que a pessoa tem de si e utilizam técnicas que incluem:
Identificação e Registro de Pensamentos Automáticos Disfuncionais
(RPD) e Distorções Cognitivas (ABC);
Dia/hora Situação Pensamento Automático Emoção Resposta adaptativa Resultado
51. 3. Geração de Alternativas Racionais
Pensamento Lógico
Força do pensamento
positivo
“O terapeuta deve ajudar ao paciente a enxergar as
circunstâncias de forma mais racional possível e depois trabalhar
as maneiras adaptativas de lidar com os problemas.”
52. Desenvolvendo os pensamentos lógicos:
1. Abra a sua mente para as possibilidades
2. Pense com pensava antes. – Tente ajudar os pacientes a entrarem em
contato com a maneira como se viam antes de ficarem deprimidos ou
ansiosos, acessando assim, os pensamentos adaptativos que foram
esquecidos.
3. Faça um branstorm.
4. Aprenda com os outros.
53. 4. Identificação dos erros cognitivos
• Normalmente, é explicado rapidamente na sessão de terapia sobre os erros
cognitivos, devido ao tempo que pode ser tomado da sessão. Sendo necessário
instruir e incentivar o paciente a buscar informações sobre os erros cognitivos.
• Para muitos pacientes, identificar e nomear os erros cognitivos são uma das partes
mais desafiadoras no desenvolvimento das habilidades na terapia cognitiva. Esses
erros no modo de pensar foram repetidos durante muitos anos e se tornaram
automáticos no processamento de informações.
• O terapeuta precisa chamar atenção repetidas vezes para esse fenômeno.
Reconhecer qualquer erro pode ajudar a pensar de maneira mais lógica.
54. 5. Exame das evidências
• Essa técnica consiste em elaborar uma lista de evidências a favor e contra
a validade de um pensamento automático ou outra cognição, avaliar essas
evidências e então, trabalhar na modificação dos pensamentos para que
seja consistente com as evidencias recém-descobertas
55. 6. Descatrastofização
• Comum em pessoas depressivas e
ansiosas;
• Essas previsões são comumente
influenciadas pelas distorções
cognitivas, observadas nestes
transtornos. Porém, às vezes o
medo tem razão de ser, e deve ser
trabalhado a forma de enfrentar a
situação.
56. 7. Reatribuição
• A atribuição são os significados que as pessoas dão a eventos em sua
vida.
1. Interno X Externo: pessoas deprimidas tendem a internalizar a culpa e
as não-deprimidas fazem uma atribuição equilibrada ou externa;
2. Geral X Específico: na depressão as atribuições são devastadoras;
3. Invariável X Variável: Pessoas deprimidas fazem atribuições invariáveis
e preveem pouca chance de mudança.
57. 8. Ensaio Cognitivo
• Normalmente, é introduzido em uma sessão depois de o paciente já ter
feito algum trabalho com outros métodos para modificar os pensamento
automáticos, pois estas outras experiências preparam pacienta para
“lançar mão de tudo” ao orquestrar uma resposta adaptativa.
Passos para o paciente:
1. Pense na situação com antecedência;
2. Identifique possíveis pensamentos automáticos e comportamentos;
3. Modifique os pensamentos automáticos fazendo um RPD;
4. Ensaie o modo mais adaptativo de pensar e se comportar
5. Implemente a nova estratégia.
58. 9. Cartões de enfrentamento
• O uso dos cartões pode ser uma maneira produtiva de ajudar ao
paciente a praticarem as principais intervenções aprendidas na TCC;
• Nos cartões, deve-se escrever instruções que os pacientes gostariam
de dar a si mesmos para ajudá-los a enfrentar questões ou situações
importantes.