2. FAMÍLIA E A CF
a família foi reconhecida como base da
sociedade e recebe proteção do Estado, nos
termos dos artigos 226 e seguintes.
Art. 226 - A família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado.
A família teve o reconhecimento do legislador
constituinte como base da sociedade, e a
sua importância na formação das pessoas
mereceu todo o aparato jurídico estatal,
formado por normas e princípios
3. FAMÍLIA
FAMÍLIA NO SENTIDO AMPLÍSSIMO SERIA AQUELA EM QUE INDIVÍDUOS ESTÃO
•
LIGADOS PELO VÍNCULO DA CONSANGÜINIDADE OU DA AFINIDADE[1]. JÁ A
ACEPÇÃO LATO SENSU DO VOCÁBULO REFERE-SE AQUELA FORMADA “ALÉM DOS
CÔNJUGES OU COMPANHEIROS, E DE SEUS FILHOS, ABRANGE OS PARENTES DA
LINHA RETA OU COLATERAL, BEM COMO OS AFINS (OS PARENTES DO OUTRO
CÔNJUGE OU COMPANHEIRO)”[2]. POR FIM, O SENTIDO RESTRITO RESTRINGE A
FAMÍLIA À COMUNIDADE FORMADA PELOS PAIS (MATRIMÔNIO OU UNIÃO ESTÁVEL) E
A DA FILIAÇÃO[3].
ORLANDO GOMES, QUE CONSIDERA FAMÍLIA “O GRUPO FECHADO DE PESSOAS,
•
COMPOSTO DOS GENITORES E FILHOS, E PARA LIMITADOS EFEITOS, OUTROS
PARENTES, UNIFICADOS PELA CONVIVÊNCIA E COMUNHÃO DE AFETOS, EM UMA SÓ
E MESMA ECONOMIA, SOB A MESMA DIREÇÃO.
4. FAMÍLIA E O DIREITO
• SOB O PONTO DE VISTA DO DIREITO, A
FAMÍLIA É FEITA DE DUAS ESTRUTURAS
ASSOCIADAS: OS VÍNCULOS E OS
GRUPOS.
• HÁ TRÊS SORTES DE VÍNCULOS, QUE
PODEM COEXISTIR OU EXISTIR
SEPARADAMENTE: VÍNCULOS DE
SANGUE, VÍNCULOS DE DIREITO E
VÍNCULOS DE AFETIVIDADE.
5. VÍNCULOS
VÍNCULOS DE SANGUE: Parentesco é a relação que une duas ou
mais pessoas por vínculos de sangue (descendência/ascendência) ou
sociais (sobretudo pelo casamento).O parentesco estabelecido mediante
um ancestral em comum é chamado parentesco consanguíneo, enquanto
que o criado pelo casamento e outras relações sociais recebe o nome de
parentesco por afinidade.
VÍNCULOS DE DIREITO: Relações sociais geradas pelo vínculo de normas
jurídicas ( Leis ) . Casamento, Concubinato, Divórcio, Pensão, Partilha de
Bens, Guarda Compartilhada ou não etc...
A PARTIR DOS VÍNCULOS DE FAMÍLIA É QUE SE COMPÕEM
OS DIVERSOS GRUPOS QUE A INTEGRAM: GRUPO
CONJUGAL, GRUPO PARENTAL (PAIS E FILHOS), GRUPOS
SECUNDÁRIOS (OUTROS PARENTES E AFINS)
6. Família: um importante agente socializador
A partir do nascimento, a criança é inserida num contexto familiar que
torna-se responsável pelos cuidados físicos, pelo desenvolvimento
psicológico, emocional, moral e cultural desta criança na sociedade.
Com isso, através do contato humano a criança supre suas
necessidades e inicia a construção dos seus esquemas perceptuais,
motores, cognitivos, lingüísticos e afetivos.
Também é a partir da família que a criança estabelece ligações
emocionais próximas, intensas e duradouras sendo cruciais para o
estabelecimento de protótipos de liames subseqüentes para uma
socialização adequada.
O ambiente familiar é o ponto primário da relação direta com seus
membros, onde a criança cresce, atua, desenvolve e expõe seus
sentimentos, experimenta as primeiras recompensas e punições, a
primeira imagem de si mesma e seus primeiros modelos de
comportamentos – que vão se inscrevendo no interior dela e
configurando seu mundo interior. Isto contribui para a formação de uma
“base de personalidade”, além de funcionar como fator determinante no
desenvolvimento da consciência, sujeita a influências subseqüentes
7. O tipo de treinamento que os nossos filhos
obtiverem no lar, há de determinar o tipo de
pessoas que eles serão no seio da
comunidade, determinando o caráter deles. É
no lar que se aprende o respeito pelo
próximo, bons hábitos, amor, lealdade,
honestidade. Se isto não existe dentro de
sua casa, automaticamente não haverá na
sociedade onde vivem.
O lar molda o caráter, pode dar o senso de
segurança ou não, onde ajudará a criança
desenvolver a sua personalidade.
8. A família e a escola: agentes facilitadores do
desenvolvimento educacional
Tanto a família quanto a escola têm o objetivo de
educar crianças e adolescentes, por isso, parece
evidente que ambas devam manter uma relação de
proximidade e cooperação, porém, o que parece tão
óbvio não ocorre de fato.
O que se tem observado, por um lado, é que a
escola reclama a ausência da família no
acompanhamento do desempenho escolar da
criança, da falta de pulso dos pais para colocar
limites aos filhos e da dificuldade que muitos deles
encontram em transmitir valores éticos e morais
considerados importantes para a convivência em
sociedade.
9. Ao mesmo tempo em que se é aluno também se é
filho e vice-versa, o que faz com que família e
escola estejam interligadas; entretanto, é importante
que se perceba quais são as funções e as
responsabilidades de cada uma, para as duas não
ficarem em um “jogo de empurra”, onde o aluno
acaba ficando no meio, quando na realidade, ele é
a personagem de importância indiscutível para
ambas, mas suas necessidades ainda continuam à
espera de um olhar mais apurado
10. Para isto, é fundamental que os pais sintam a escola como um
ambiente seguro e acolhedor e, ao mesmo tempo, é necessário a
participação e o acompanhamento por parte dos progenitores (ou
respon-sáveis) na vida escolar das crianças.
A sintonia entre escola e família torna-se um elemento facilitador para
que a vida escolar seja vivenciada com maior tranqüilidade, deste
modo, os pais podem transmitir segurança a seus filhos e,
conseqüentemente, facilitar o processo de adaptação.
As imagens de família segura, de família protetora, entre outras, estão
sendo formadas desde as relações iniciais que as crianças desfrutam
dentro do contexto familiar, e são estes sentimentos que vão confortar
os alunos nos períodos em que a família não estiver presente. Mas
cabe também à escola esforçar-se para proporcionar um ambiente
estável e seguro, em que as crianças se sintam bem.
Aos poucos, parte do sentimento de segurança que ela experimenta,
que é encontrado no seio familiar, passa a ser transmitido pelo adulto
mais próximo, que no contexto escolar é o professor.
11. Família e escola precisam, juntas, criar uma força
de trabalho para superarem as suas dificuldades,
construindo uma identidade própria e coletiva; para
isto, é fundamental que se encarem como parceiras
de caminhada, pois ambas as duas são
responsáveis pelo que produzem - podendo reforçar
ou contrariar a influência uma da outra.
Portanto, é imprescindível que família e escola
atuem juntas como agentes facilitadores do
desenvolvimento pleno do educando, pois é através
da educação que vão se constituir em agentes
institucionais capazes de exercer seu papel para a
mudança da estrutura social.
12. CONCLUSÃO
A melhor maneira de medir o estado da saúde da família acaba sendo medir o estado de saúde da
sociedade.
Quando a família não está bem, a sociedade não está bem.
A sociedade é apenas um reflexo da família.
A sociedade apenas reflete o que se passa na família.
A sociedade é apenas um reflexo da família e quando a sociedade não está bem, não é na sociedade que
devemos procurar as causas mas sim na família.
A sociedade é a consequência da família e o resultado da família uma vez que esta mesma sociedade é
apenas constituída por famílias.
Quando uma sociedade se encontra doente isso apenas significa que as famílias se encontra doentes.
Este é o efeito alavanca; um pequeno problema na família, traduz-se num grande problema na sociedade.
O efeito alavanca diz que uma pequena alteração num lugar provoca uma grande mudança no outro lado.
(às vezes era bom que as pessoas se lembrassem destas pequenas informações).
Infelizmente muitas das vezes tenta-se reparar ou corrigir uma sociedade mas os resultados são e serão
sempre desastrosos enquanto não se corrigirem as causas que levam a sociedade a ter problemas e a estar
doente.
E as causas que levam a sociedade a ter problemas e a estar doente encontram-se na família e não na
sociedade pois a sociedade é apenas o resultado de muitas famílias.
Lamentavelmente tenta-se corrigir a sociedade em vez de se corrigir as famílias e o resultado encontra-se à
vista de todos: uma sociedade decadente e degradada a todos os níveis.