O documento descreve os principais fenómenos psíquicos como sensações, percepções, imaginação, pensamento, linguagem, memória, emoções, vontade, sentimentos, carácter. Detalha os tipos de sensações, percepções e as partes do cérebro envolvidas em cada um.
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Caracterização dos fenómenos psíquicos
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Caracterização dos Fenómenos Psíquicos
Fenómenos psíquicos é o conjunto de características psicológicas de um indivíduo, ou o conjunto
de fenómenos psíquicos e processos mentais.
É uma energia inteligente, gerada pelo cérebro (ou espírito ou alma), consciente ou
inconscientemente, emanada em determinadas frequências, de alcance ilimitado e direccionadas
de forma aleatória ou objectiva. Os fenómenos psíquicos são:
Sensação
Sensação é reacção física do corpo ao mundo físico, sendo regida pelas leis da física, química,
biologia, etc. que resulta na activação das áreas primárias do córtex cerebral.
Vivência simples, produzida pela acção de um estímulo (externo ou interno: luz, som, calor, etc.)
sobre um órgão sensorial, transmitida ao cérebro através do sistema nervoso.
Tipos de sensações
Sensações Visuais
O órgão sensorial que controla as nossas sensações visuais é o olho.
Quando os nossos olhos captam raios de luz a imagem que está no nosso horizonte (digamos assim)
é nítida na retina, de seguida a lente (cristalino) está logo atrás da pupila, dobra e foca a imagem
que é depois enviada para a parte de trás do olho! A parte de trás do olho está formada por milhares
de células.
Sensações auditivas
O nosso órgão sensorial que predomina nele as sensações auditivas é o ouvido. As vibrações ao
qual chamamos de som, entra no nosso ouvido e faz o nosso tímpano vibrar. Este ao abanar faz
vibrar três osso chamados ossículos (martelo, bigorna, estribo) que enviam as vibrações para a
cóclea. A cóclea é um órgão cheio de água que detecta a frequência do som e envia-a ao cérebro.
A parte do córtex cerebral responsável por a audição reconhece o som e aí temos uma sensação
auditiva.
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Sensações olfactivas
O órgão responsável pelo olfacto e também uma parte do sistema respiratório é o nariz.
As moléculas aromáticas (cheiros) são inaladas (misturadas no ar) pelo nariz, onde, um conjunto
de várias células chamado de epitélio olfactivo.
Sensações gustativas
Pelo gosto, é possível saber se aprecia um determinado tipo de alimento ou não. Os receptores do
paladar detectam químicos dos alimentos dissolvidos na saliva.
Sensações Factivas
O sentido tacto está em toda a pele. Temos milhares de nervos na pele que, conforme a pressão
que recai sobre ele, envia sinais ao cérebro e aí temos uma sensação factiva.
Sensações Espaciais
O sentido do equilíbrio tem a ver com a sensação de lateralidade, de em cima, em baixo. É
responsável pela sensação de elevação, de queda. Um dos seus desvios é a tontura. Funciona a
partir de um intrincado sistema de órgãos minúsculos existente no ouvido interno.
A percepção
A percepção é apenas uma consequência da nossa sensação e nem sempre está inteiramente
disponível a nossa consciência, pois é filtrada pelo mecanismo da atenção, sono e emoção.
Tipos de percepções
Percepção visual: uma das percepções mais desenvolvidas nos seres humanos e é caracterizada
pela recepção de raios luminosos pelo sistema visual. O princípio do fechamento (Gestalt) é melhor
compreendido em relação a imagens do que a outras formas de percepção. A percepção visual
compreende a percepção de formas, relações espaciais (profundidade), cores, movimentos,
intensidade luminosa.
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Percepção auditiva: também considerada uma das percepções mais desenvolvida nos seres
humanos. É a percepção de sons pelos ouvidos e uma aplicação particularmente importante da
percepção auditiva é a música. A percepção auditiva compreende: percepção de timbres, alturas
ou frequências, intensidade sonora ou volume, ritmo e localização auditiva, sendo um aspecto
associado a percepção espacial que permite distinguir o local de origem do som.
Percepção gustativa: importante para nossa sobrevivência, evitado que ingerimos alimentos
estragados. O paladar é o sentido dos sabores pela língua, sendo o principal factor dessa
modalidade de percepção a discriminação dos sabores doce, amargo, azedo e salgado.
Percepção olfactiva: importante na afectividade (memória olfactiva) e também na nossa
alimentação. O olfacto é a percepção de odores pelo nosso nariz. A percepção olfactiva engloba a
discriminação de odores, o que diferencia um odor dos outros e o efeito de sua combinação. O
alcance olfactivo nos seres humanos é limitado.
Percepção táctil: também importante na afectividade e é sentido pela pele do corpo todo, embora
sua distribuição não seja uniforme. Os dedos da mão possuem uma discriminação muito maior do
que as demais partes, assim como algumas áreas são mais sensíveis ao calor que outras. A
percepção táctil permite reconhecer a presença, a forma e o tamanho dos objectos em contanto
com o corpo, bem como sua temperatura. Importante também na percepção da dor.
Percepção temporal: Não existem órgãos específicos para a percepção de tempo e esbarra no
próprio conceito da natureza do tempo. Essa percepção é desenvolvida com as próprias
experiências e é adquirida com o passar das idades
Imaginação
A imaginação é uma capacidade mental que permite a representação de objectos segundo aquelas
qualidades dos mesmos que são dadas à mente através dos sentidos - segundo a concepção sartriana
apresentada em sua obra O imaginário: psicologia fenomenológica da imaginação. Em filosofia,
tais qualidades são chamadas de qualidades secundárias quando a erecção do subconsciente se
pronuncia à da consciência.
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Pensamento
O pensamento é a capacidade de compreender, formar e organizar conceitos, representando-os na
mente. Diz respeito à habilidade em manipular conceitos mentalmente, estabelecendo relações
entre eles ligando-os e confrontando-os com elementos oriundos de outras funções mentais
(percepção, memória, linguagem, afecto, atenção, etc.) e criando outras representações (novos
pensamentos).
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o pensamento não é uma habilidade cognitiva
exclusiva da espécie humana. Pode-se dizer que os animais, como um todo (excepção feita aos que
não possuem sistema nervoso como as esponjas e, talvez, dos cnidários), possuem algum tipo de
estruturação de pensamento (compreendido no sentido lato, ou seja, a capacidade de processar
informação através de um sistema nervoso organizado), mas obviamente sem ter o nível de
complexidade alcançado pelos seres humanos.
O pensamento está geralmente associado com a resolução de problemas, tomadas de decisões e
julgamentos[6]
.
Lógica e raciocínio formal ou natural
Formação de conceitos
Resolução de problemas
Julgamento e tomada de decisão
Linguagem
A linguagem refere-se à capacidade de receber, interpretar e emitir informações para o ambiente.
Dentre os temas estudados pela psicologia cognitiva, a linguagem é um dos mais pesquisados,
junto com a memória e a inteligência, porque é área de interesse de várias ciências, como
a antropologia, a sociologia, a filosofia e a comunicação.
Dentre as habilidades que caracterizam a espécie humana, a linguagem tem sido aquela mais
apontada pela maioria dos autores. Através da linguagem, conseguimos manipular de forma
abstracta os símbolos linguísticos, permitindo desta forma a troca de informações entre as pessoas.
A linguagem reflecte, em boa medida, a capacidade de pensamento e abstracção, embora seja uma
função mental distinta do pensamento: uma pessoa pode ter transtornos na linguagem (por
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exemplo, uma afasia) e manter a função do pensamento preservada, mas se tiver um transtorno de
pensamento (como pode ocorrer, por exemplo na esquizofrenia), a linguagem será mais ou menos
prejudicada.
A habilidade linguística é desenvolvida de forma integrada com os processos cognitivos. À medida
que as funções mentais vão se desenvolvendo e tornando-se mais complexas, a linguagem vai
ampliando seus recursos.
Gramática e Linguística
fonética e fonologia
aquisição de linguagem
Memória
A memória é a capacidade de registrar, armazenar e evocar as informações recebidas e processadas
pelo organismo. Ela é provavelmente uma das funções mentais mais estudadas pela psicologia
cognitiva, juntamente com a linguagem e a inteligência. Talvez isso se deva ao fato de que é
relativamente simples solicitar a memorização e recordação de informações através das
experiências. Contudo, existe um número expressivo de modelos de memória, categorizando-as
de várias formas.
Resumidamente, a memória pode ser dividida em três processos.
Codificação: processo de entrada e registro inicial da informação. A codificação diz respeito à
capacidade que o aparato cognitivo possui de captar a informação e mantê-la activa por tempo
suficiente para que ocorra o processo de armazenamento, segunda etapa da memória.
Armazenamento: capacidade de manter a informação pelo tempo necessário para que,
posteriormente, ela possa ser recuperada e utilizada
Evocação ou reprodução: capacidade de recuperar a informação registrada e armazenada, para
posterior utilização por outros processos cognitivos (pensamento, linguagem, afecto, etc.).
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Emoções
Emoção é uma experiência subjectiva, associada a temperamento, personalidade e motivação. A
palavra deriva do latim emovere, onde o e- (variante de ex-) significa "fora" e movere significa
"movimento”. Seja para lidar com estímulos ambientais, seja para comunicar informações sociais
biologicamente relevantes, as emoções apresentam diversos componentes adaptativos para
mamíferos com comportamento social complexo, sendo cruciais, até mesmo, para a sua
sobrevivência.
Não existe uma taxionomia ou teoria para as emoções que seja geral ou aceite de forma universal.
Várias têm sido propostas, como:
Tristeza (litografia de Vincent van Gogh, 1882).
Cognitiva versus não cognitiva;
Emoções intuitivas (vindas da amígdala) versus emoções cognitivas (vindas do córtex pré-
frontal);
Básicas versus complexas, onde emoções básicas em conjunto constituem as mais
complexas;
Categorias baseadas na duração: algumas emoções ocorrem em segundos (por
exemplo: surpresa) e outras duram anos (por exemplo: amor).
Existe uma distinção entre a emoção e os resultados da emoção, principalmente os
comportamentos gerados e as expressões emocionais. [2]
As pessoas frequentemente se comportam
de certo modo como um resultado directo de seus estados emocionais, como chorando, lutando ou
fugindo. Ainda assim, se se pode ter a emoção sem o seu correspondente comportamento, então
nós podemos considerar que a emoção não é apenas o seu comportamento e muito menos que o
comportamento seja a parte essencial da emoção. A Teoria de James-Lange propõe que as
experiências emocionais são consequência de alterações corporais. A abordagem funcionalista das
emoções (como a de Nico Frijda) sustenta que as emoções estão relacionadas a finalidades
específicas, como fugir de uma pessoa ou objecto para obter segurança.
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Vontade
Vontade é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece. Diante de um
fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Antes um pensamento, podemos afirmá-lo, negá-lo ou
suspender o juízo sobre ele.
Sentimentos
Sentimentos são o que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que vivenciam. Por
exemplo, medo é uma informação de que há risco, ameaça ou perigo directo para o próprio ser ou
para interesses correlatos. A empatia é informação sobre os sentimentos dos outros. Esta
informação não resulta necessariamente na mesma reacção entre os receptores, mas varia,
dependendo da competência em lidar com a situação, e como isso se relaciona com experiências
passadas e outros factores.
O sistema límbico é a parte do cérebro que processa os sentimentos e emoções. A medicina,
biologia, filosofia, matemática e a psicologia estudam o sentimento humano. Os sentimentos são
únicos aos seres humanos, podemos considera-los uma evolução das emoções. O sentimento é uma
auto percepção do próprio corpo, acompanhada pela percepção de pensamentos com determinados
temas e pela percepção de um modo de pensar.
O sentimento pressupõe necessariamente um juízo sobre um conjunto de auto percepções e neste
sentido sentimento assemelha-se a um tipo de metacognição, porém na sua essência, os
sentimentos são ideias. Resumindo, os sentimentos são uma ideia sobre o corpo e/ou organismo,
quando este é perturbado de alguma forma pelos processos emocionais.
Os sentimentos são mais conscientes que a emoção, pois enquanto as emoções muitas vezes
chegam ao ser humano e aos animais de forma inconsciente, o sentimento é uma espécie de juízo
sobre essas emoções, que devido às emoções serem inconscientes, nem sempre corresponde à
verdade.
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Carácter
Carácter é um termo usado em psicologia como sinónimo de personalidade. Em linguagem
comum o termo descreve os traços morais da personalidade. Muitas pessoas associam o carácter a
uma característica relacionada à Genética, o que não ocorre. O carácter de uma pessoa é algo
independente de sua referência genética.
As escolas da caracterologia alemã e franco-holandesa esforçaram-se por dar aos dois termos
(personalidade e carácter) um significado diferente, sem que, no entanto, se chegasse a um
consenso.
Carácter refere-se ao conjunto de disposições congénitas, ou seja, que o indivíduo possui desde
seu nascimento e compõe, assim, o esqueleto mental do indivíduo; já personalidade, é definida
como o conjunto de disposições mais "externas", como que a "musculatura mental" - todos os
elementos constitutivos do ser humano que foram adquiridos no correr da vida, incluindo todos os
tipos de processo mental.