6. Movimento Neoconcreto O programa concreto parte de uma aproximação entre trabalho artístico e industrial. Da arte é afastada qualquer conotação lírica ou simbólica. O quadro, construído exclusivamente com elementos plásticos - planos e cores -, não tem outra significação senão ele próprio. Menos do que representar a realidade, a obra de arte evidencia estruturas e planos relacionados, formas seriadas e geométricas, que falam por si mesmos.
7. Movimento Neoconcreto Grupo Frente, no Rio de Janeiro O grupo tem a liderança do artista carioca Ivan Serpa (1923-1973), um dos precursores da abstração geométrica no Brasil; A grande amostra do grupo que aconteceu em duas grandes exposições no Rio de Janeiro em 1954/55, onde participaram entre outros, o crítico Ferreira Gullar, Ivan Serpa,Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004),Hélio Oiticica (1937-1980).
8. Grupo Frente Apesar de informados pelas discussões em torno da abstração e da arte concreta, com obras que trabalham sobretudo no registro da abstração geométrica, o grupo não se caracteriza por uma posição estilística única, sendo o elo de união entre seus integrantes a rejeição à pintura modernista brasileira de caráter figurativo e nacionalista.
9. Grupo Frente Para os artistas do Grupo Frente, a linguagem geométrica é, antes de qualquer coisa, um campo aberto à experiência e à indagação. O grupo Frente ignoram a noção de objeto artístico como exercício de concreção racional de uma idéia, PORQUE É ESTABELECIDO NS OBRAS DE HELIO OITICICA E LIGYA CLARK, AS POETICAS CONTEMPORANEAS COMO PERFORMANCE E INSTALAÇÃO PLÁSTICA. EM VIAS DE REGRA A execução deve ser previamente guiada por leis claras e inteligíveis, de preferência cálculos matemáticos. O grupo estabelece uma relação entre forma e poesia, desenvove-se então estruturas poéticas construtivas.
10. Helio Oiticica HelioOiticica Oiticica, no momento que ainda é integrante do grupo Frente, realiza pinturas com planos monocromáticos que gradativamente se transformarão nosRelevos, Bilaterais e Relevos espaciais Suas obras desde o inicio conterá reflexões poéticas, referências, fundamentos e posições críticas.
11. Helio Oiticica Em 1960, realiza o primeiro Penetrável* - labirintos que apelam à integração total com os sentidos do espectador. Com os Bólides*, Oiticica atinge um limite possível de estruturação da obra corporificada pela cor Conceituando-os como "transobjetos", os Bólides irão permitir uma nova concepção estrutural do objeto-plástico no espaço.
12. Helio Oiticica Parangolés - marca o ponto crucial e define uma posição específica no desenvolvimento teórico da experiência da estrutura-cor no espaço, principalmente no que se refere a uma nova definição do que seja, a obra – Performance; Com a evolução dos passistas da escola de samba Mangueira e a participação do público, Oiticica inaugura o Parangolé no MAM do Rio de Janeiro, em 1965.
13. Helio Oiticica Um dos objetivos do Parangolé é de uma arte socioambiental. "Há como que uma 'vontade de um novo mito', proporcionado aqui por esses elementos da arte; há uma interferência deles no comportamento do espectador: uma interferência contínua e de longo alcance, que se poderia alçar nos campos da psicologia, da antropologia, da sociologia e da história.
14. Helio Oiticica Na Tropicália (Penetrável), o êxtase criativo do artista que transpõe seus conceitos do universo sóciocultural brasileiro explícitos em sua obra, ao meio artístico internacional, expondo em Londres e Nova York. A expressão colhida de um projeto ambiental se caracterizava em um estado da arte do Brasil de vanguarda, confrontando-o com os grandes movimentos artísticos mundiais em busca de uma estética puramente brasileira. O conceito de Tropicália evidenciava a necessidade de representar um estado brasileiro como elemento importante na cultura nacional.
15. Helio Oiticica Metaesquemas: Série de guache onde figuras geométricas procuram romper a estrutura formal das composições nas quais estão inseridas.
16. Helio Oiticica BÓLIDES: caixas (de madeira vidro plástico e cimento; e também sacos de pano e plástico) agrupadas que representam sementes, ou melhor, o ovo de todos os futuros projetos ambientais
17. Helio Oiticica Penetrável - termo utilizado por Hélio Oiticica para o que é chamado de "instalação" (arte de instalações) na arte contemporânea. É um espaço em forma de labirinto no qual o espectador entra e, nele, passa por experiências sensoriais referentes ao tato, olfato, audição, e até paladar, além da experiência visual. Não é uma obra de arte para ser apenas observada, sua proposta é ser vivenciada. Durante a ditadura militar, esta foi a saída encontrada por Oiticica para que as pessoas tomassem consciência, num trajeto não convencional: através das sensações corpóreas o indivíduo toma consciência de si corporalmente; depois disso, toma consciência de si enquanto indivíduo; em seguida percebe seu lugar na sociedade e assim tomará partido.
18. Helio Oiticica nova objetividade o que mais fielmente traduz as experiências das vanguardas brasileiras. Segundo Oiticica: "Toda a minha evolução de 1959 para cá tem sido na busca do que vim a chamar recentemente de uma nova objetividade e creio ser esta a tendência específica da vanguarda brasileira atual (...)." Para ele, há uma tendência à superação dos suportes tradicionais (pintura, escultura etc.), em proveito de estruturas ambientais e objetos.