O vestuário pode representar a biografia do artista, um suporte que ganha vida em um corpo, seja parangolé ou na apoteose do WOW... Vestir-se de Arte é possível?...
2. surgiu nos anos 50, fruto da
evolução tecnológica na área
têxtil, como resposta criativa ao
processo de massificação.
Arte Vestível – embora não tenha
sua origem na indústria de moda
– pode influenciar estilistas de
qualquer parte do mundo.
Um artigo criado a partir do
conceito Wearable Art se apre-
senta como uma criação única,
assim como um artista que busca
uma alternativa que possa fugir
da pintura ou escultura.
WEARABLE ART
3. “A influência de Marcel Duchamp se
estendeu como um manto profano e
libertário sobre pratica-mente todo o
século XX, impondo seu sorriso
irônico por trilhas, desvios e des-
caminhos da arte, na busca ataran-
tada de seu sentido”.
BOUSSO, Vitória Daniela. Por que
Duchamp?
Rrose Selavy, Marcel Duchamp.
(1887 – 1968). Fotografado por Man
Ray.
ARTE E VESTUÁRIO
4. Giacomo Balla (1871 – 1958)
Lê Vêtement masculin futuriste – 1914,
propõe um vestuário dinâmico, colorido,
assimétrico e versátil, a proposta era
estabelecer uma relação direta entre o
vestuário e o corpo, por meio de estru-
turas geométricas e de cores orgânicas.
Traje Futurista, c. 1923.
Abiti da Uomo, 1945. Fortunato Depero.
ARTE E VESTUÁRIO
5. Sonia Terk Delaunay
(1886 – 1979)
Desenvolveu teorias sobre a cor
relacionada à forma, ao espaço e
ao movimento.
As cores utilizadas eram brilhan-
tes e puras aliadas às formas
geométricas circulares aplicadas
aos trajes criando vestimentas
conhecidas como Arquitetura da
Cor.
Esboço, 1924.
Sônia Trek Delaunay
ARTE E VESTUÁRIO
6. Oskar Schlemmer (1888 – 1943)
A partir da estética do construtivismo, idealizou trajes que transformavam os
bailarinos em formas geométricas, um espetáculo de dança-teatro aonde a
estrutura e construção das peças condicionam o movimento dos personagens.
Triadisches Ballet, 1922.
Figurinos, Oskar Schlemmer.
ARTE E VESTUÁRIO
7. Flávio de Carvalho
(1899 – 1973)
Realizou uma passeata /
desfile pelo centro da cidade
de São Paulo, com o New
Look, traje tropical masculino
composto por saiote com
pregas, blusa de nylon com
mangas curtas e folgadas.
Experiência nº 3, 1956.
ARTE E VESTUÁRIO
8. Bispo do Rosário
(1911 – 1989)
Internado por distúrbios
psicológicos desenvolveu
sua obra “inspirada por
anjos e pela Virgem
Maria” para ser apresen-
tada ao “Todo Poderoso
no dia do Juízo Final”.
Manto de Apresentação,
s.d.
ARTE E VESTUÁRIO
9. Hélio Oiticica
(1937 – 1980)
Visava o corpo real como
participante indispensável em
sua experiência, criando rou-
pas e capas que eram feitas
para usar e dançar, fundindo
corpo e obra numa só pele.
Parangolé 4, Nildo da Man-
gueira, 1964.
Parangolé, Caetano Veloso.
ARTE E VESTUÁRIO
10. Lygia Clark
(1920 – 1988)
Um casal, encapuchados
e atados por um cordão
umbilical de borracha, se
exploram de forma tátil,
buscando entre os bolsos
e zíperes do outro suges-
tões metafóricas de seu
próprio sexo.
Roupa-corpo-roupa,
1967.
ARTE E VESTUÁRIO
Arquiteturas Biológicas II 1969. Lygia Clark
11. Nazareth Pacheco
(*1961)
A obra assimila questões
próprias, relacionadas a
operações a que se sub-
metera para efetuar corre-
ções estéticas devido a
malformações congênitas.
“Sem Título”, 2000.
Acrílico, cristais e agulhas.
ARTE E VESTUÁRIO
12. Marcel Duchamp e o movi-
mento Dadaísta permitiram
que o artista pudesse pensar
e realizar de outras formas a
obra de arte.
Neste sentido podemos ana-
lisar que dos trajes assimé-
tricos, dinâmicos e coloridos
do Futurismo até a roupa in-
tangível de Nazareth Pache-
co, muitos artistas encontra-
ram na roupa uma forma de
expressão.
ARTE E VESTUÁRIO
13. Na trajetória de criação de moda
podemos identificar criadores e
estilistas que apresentaram em
suas roupas características que as
aproximam de uma obra de arte,
peças únicas que refletem a ou-
sadia de seu criador alheio às crí-
ticas e correntes que poderiam im-
pedir sua manifestação plena.
Estilista russo, Slava Zaitsev.
Ungaro anos 90, inspiração POP.
VESTUÁRIO E ARTE
14. Mariano Fortuny (1871 – 1949)
“...imitavam fielmente vestes antigas,
sendo, no entanto, absolutamente únicas
(...), evocavam a Veneza totalmente
inundada pelo Oriente, a Veneza em que
eram usadas e cujo Sol, (...) de
tonalidades misteriosas, as associava
indelevelmente à bela cidade (...)”. [2]
Vestido Delfos, c. 1909.
Vestido Delfos com capa em seda, 1920.
[2] PROUST, Marcel. Em Busca do Tempo Perdido.
VESTUÁRIO E ARTE
15. Elsa Schiaparelli (1890 – 1973)
Considerada a artista surrealista
no mundo de Alta Costura, as
roupas e acessórios criados por
suas idéias procuravam ser uma
síntese entre a moda e a arte.
Vestido com bolsos “Gaveta”,
1937.
Salvador Dalí.
Vênus de Milo
com gavetas,
1936.
VESTUÁRIO E ARTE
Vestido Esqueleto, 1938. Elsa Schiaparelli
16. Yves Saint Laurent (*1936)
Adaptar uma linha fluida e simples
ao padrão das formas e cores do
artista Piet Mondrian permitiram a
criação de um clássico exemplo de
influência de arte aplicada à moda.
Vestido “Modrian”, 1965.
Piet Mondrian Composição
em vermelho, amarelo, azul,
1927.
VESTUÁRIO E ARTE
YSL Art Dress. Yves Saint Laurent
17. Jean Charles de Castelbajac
(1949*)
Apresenta em suas coleções a
utilização de materiais rústicos,
tecidos pintados à mão, os quais
contribuíram muito para influenciar
os trajes Wearable Art.
Coleção Prêt-à-porter Outono / In-
verno 2002. Homenagem ao artis-
ta americano Keith Haring.
Coleção LEGO Verão 3011 wmv.
2009.
VESTUÁRIO E ARTE
18. Issey Miyake (1935*)
As formas podem ser justas ao
corpo pelo delicado plissado dos
tecidos, sugerindo a versão com-
temporânea de Mariano Fortuny,
ou peças ampliadas em formas
geométricas que nos remetem aos
origamis, como uma das diversas
fontes que resgatam sua origem
japonesa.
Coleção Pleats Please, 1999.
Coleção 132.5, parceria com Rea-
lity Lab inspirado em conceitos do
cientista Jun Mitani.
VESTUÁRIO E ARTE
19. Lino Villaventura (*1951)
As criações primam pela pesquisa
e mistura de materiais como
escamas de peixe desidratadas,
borrachas, couro de cabra, palha
de buriti, rendas, musselines e
tafetás, materiais combinados de
forma inusitada para criar efeitos
dramáticos e por vezes barrocos, a
primazia do artesanato confere as
peças o valor de obra de arte.
Desfile SPFW Verão 2012.
VESTUÁRIO E ARTE
Coleção Verão 2011 – Lino Villaventura.
20. Jum Nakao (*1966)
Influenciado pela tecnologia, pela
estética japonesa e pelos filmes de
animação. Performático, o estilista
gosta de causar impacto, mas
sempre com grande encantamento
da platéia.
Desfile SPFW. Primavera/Verão
2004/2005.
VESTUÁRIO E ARTE
2004, Jun Nakao.
21. Ronaldo Fraga (*1967)
Memórias, arte, música, literatura,
folclore, são alguns elementos de
referência em sua obra, traduzidos
em estampas, rendas, bordados,
patchworks, efeitos trompe l’oeil
para serem levados as passarelas
em forma de peças que desejam
nos contar histórias sobre a nossa
própria realidade.
Desfile SPFW. Outono/Inverno
2005. Homenagem ao escritor
Drummond de Andrade.
Desfile SPFW. Verão 2009, Rio
São Franscisco.
VESTUÁRIO E ARTE
Ronaldo Fraga, inspiração Athos Bulcão.
22. Alcântara afirma que moda é
arte na medida em que supera
o comum, cria e produz inova-
ções na medida em que tem
uma linguagem própria que
permite comunicar emoções,
refletir nossa imagem interna, e
pela qual é possível recriar
valores.
ALCÂNTARA, Mamede de. Te-
rapia pela roupa. São Paulo:
Mandarim, 1996.
Design Thierry Mugler fotografa
do por Richard Burbridge.
VESTUÁRIO E ARTE
23. A wearable art cresceu e afirmou-se
como corrente de criação apenas
na década de 70, tendo nos EUA
um grande pólo de divulgação.
A museóloga Julie Schafler Dale,
principal articuladora do movimento
em Nova Iorque, abriu uma galeria
especializada em wearable art, a
Julie Artisan’s Gallery .
Echarpe, design Sonya Mackintosh
WEARABLE ART
24. O corpo, considerado uma escul-
tura em ação, é à base do trabalho
para concepção de uma arte ves-
tível.
No Brasil o engajamento a produ-
ção da Wearable Art aconteceu nos
anos 80, por um grupo de criadores
que aderiu fortemente a estes con-
ceitos como base de sua produção.
DALE, Julie Schafler. Art to Wear.
New York: Abbeville Press, 1986.
WEARABLE ART
25. Liana Bloisi morava em Nova
Iorque quando conheceu a
Wearable Art, retornando ao
Brasil convidou um grupo de
artistas/criadores ligados à
moda para abrir, em 1983, a
Galeria Paradoxart que tinha
como proposta apresentar e
divulgar peças inspiradas pela
ideologia da arte vestível.
Liana Bloisi.
Fios de plástico entrelaçados.
WEARABLE ART
26. Em 1987, o Museu de Arte de
São Paulo (MASP) realizou a
mostra Traje – um objeto de
arte? Promovida pelo grupo
da Paradoxart e artistas
convidados.
O Shopping Center Iguatemi e
o Rio Design Center também
receberam parte da mostra.
Gláucia Amaral de Souza.
Capote, (...), Angola. 1987.
Pintura, bordado e aplicações.
WEARABLE ART
27. A exposição “Traje: um
objecto de arte?” foi levada
a Lisboa pela Fundação
Calouste Gulbenkian, em
1990.
Andréa Castor Kraemer e
Ma. Tereza Jobim Castor.
Interior e Exterior, 1989.
Casaco e Túnica, serti e
patchwork s/ seda pura
WEARABLE ART
28. Fernando Marques Penteado
Fala Mangueira, 1990.
Serti s/ organza, renda de algo-
dão, crepe da china.
Inspiração: Arquitetura, cenári-
os românticos, comidas excên-
tricas e populares de várias cul-
turas, postais e cartões de re-
cordação, figuras míticas.
WEARABLE ART
29. A exposição realizada em
Lisboa apresentou artistas
que faziam parte da Julie
Artisan’s Gallery.
Jo-Elle Trilling, EUA.
1984 Jacquet. Algodão cru,
pintado c/ aplicações.
WEARABLE ART
31. A Oficina Cultural Oswald
de Andrade (São Paulo),
em 1992 apresentou a
exposição – Verônica
França – A arte vestível
do Teatro Monótono.
Verônica França.
Arte vestível I. Lamê plis-
sado, alfinetes, dobradi-
ças.
Arte vestível II. Arame,
fecho e fita elástica.
WEARABLE ART
32. Em 1995 foi realizada a primeira International
Exhibition Art to Wear em Kwangju – Coréia.
Moon-Ja Kan. A long standing desire – Gaze de
seda e pintura.
WEARABLE ART
34. Alemanha, 1996, capa do catálogo
da exposição Art to wear.
Rolando Rasmussen. Pintura em
seda pura plissada.
WEARABLE ART
35. Assim a Wearable Art afirmou seu
espaço nas duas últimas décadas
do século XX, expressão que
tocou vários artistas, criadores,
estilistas que desejavam dar
escape aos seus desejos mais
lúdicos, fantasiosos e verdade-
iros.
Nicole Dextras. Vegetable Dress.
WEARABLE ART
36. Espalhados pelo mundo os artis-
tas/criadores continuam desen-
volvendo seus trabalhos sobre
Arte Vestível ou Arte Têxtil como
é o caso do americano Horst
que realiza trabalhos a partir da
lã e do feltro.
A Exposição Dyed in the Wool:
Felt & Wearable Art by Horst,
realizada na Alumni Gallery em
Ohio, EUA, apre-sentou peças
do artista no período de maio /
2004 a ma-io / 2005.
http://www.edge-textileartists-
scotland.com Eileen Campbell.
ARTWEAR SEC. XXI
37. Horst criou vestidos sem costura, a
partir do processo de fusão de camadas
de feltro, produzindo pedaços planos
que podem ser drapeados ou envolvidos
ao redor do corpo. Aflame, 2002.
ARTWEAR SEC. XXI
38. A Galeria Julie Artisans
apresentou a exposição de
Blanka Sperkova [4] com jóias
elaboradas a partir de pedras,
penas, cristais, conchas
repre-sentando figuras huma-
nas e animais.
[4] http:// www.julieartisans.
com. Acesso: 13 abr. 2005.
ARTWEAR SEC. XXI
39. Em 1987 foi criado um evento
para promover a Rural Art
Gallery em Nelson, Nova
Zelândia, que se transformou
no Montana WOW Awards um
ícone de criatividade contem-
porânea.
Eos, Claire Prebble. WOW
Awards 2004. Prata esterlina
tecida, arame de cobre,
contas e seda.
WOW AWARDS
40. A WOW Awards em sua 15ª edição
passou a ter um endereço de
visitação permanente o World of
Wearable Art & Collectable Cars
Museum [5] que recebe atualmente
cerca de 60.000 visitantes por ano.
[5] http://www.worldofwearable
art.com. Acesso: 24 abr. 2005.
ARTWEAR SEC. XXI
41. Eos de Claire Prebble,
WOW Awards 2004, foi
criada a partir de pesquisas
realizadas na Grécia Antiga e
seus deuses mitológicos, a
peça é uma homenagem a
Deusa da Aurora.
ARTWEAR SEC. XXI
42. The Emperor's Entourage, Mike Ward. Montana Supreme WOW Award Winner
2005. Lona pintada.
ARTWEAR SEC. XXI
43. A WOW Awards após cada
edição lança o catálogo “Show
Highlights!”.
Empresas como American Ex-
press, AT & T, HP Invent, Air
New Zeland entre outras são
patrocinadoras que ampliam a
cada ano o evento e colabo-
ram com prêmios em dinheiro.
Spoon Head, Mark Crocker.
HP Children's Section Win-ner
2005. Lycra, utensílios de
cozinha.
ARTWEAR SEC. XXI
44. FASHION ART
Elsa Schiaparelli foi a primeira estilista
a conciliar arte e moda no século XX,
mas em dúvida Yves Saint Laurent con-
silidou este conceito ao longo do seu
trabalho.
Após a morte de YSL os criadores de
moda buscam inspiração no fenômeno
da arte, fruto talvez da reflexão das
obras do grande mestre e sua expo-
sição no Petit Palais, Paris 2010.
45. FASHION ART
Dolce & Gabbana coleção com inspiração Barroca / campanha Neoclássico.
54. A loja Esencial, em São Paulo, foi
criada como um refúgio urbano
para reunir novas idéias, novos
artistas e novos talentos, apresen-
tando peças de decoração de vári-
as partes do mundo e trajes em
con-ceito artwear.
Maria Helena Cabral & co.
www.esencial.com.br
Dorothee Schumacher Singhoff.
ARTWEAR SEC. XXI
55. Em 2001 realizei uma Arte Vestível
intitulada “Vias da Paixão” uma
síntese dos percursos amorosos,
refletindo escolhas, erros, acertos e
o desejo do amor ideal.
Odair Tuono Vias da Paixão, 2001.
Ref.: Camisa com pintura, flores
artificiais, borboletas e aranha de
plástico.
ARTWEAR SEC. XXI
56. O traje faz parte de nossa história
pessoal, a escolha do que traja-
mos expõem o indivíduo, suas
emoções e sua relação com o
cotidiano.
Reflexos apropriados pelo ato de
criação afirmam nossa individuali-
dade e universalidade, espelho de
nossa existência em comunhão
com o Criador.
Elsa Schiaparelli. Eye hat,1950.
ARTE VESTÍVEL
57. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna do Iluminismo aos movimentos
contemporâneos. São Paulo: Companhia da Letras, 1992.
COELHO, Rosane Tiskoski. O estilista e as artes plásticas no século XX.
Florianópolis: Pós Graduação UDESC CEART, 2000.
DALE, Julie Schafler. Art to Wear. New York: Abbeville Press, 1986.
LEHNERT, Gertrud. História da Moda do Século XX. Alemanha, Colônia:
Könemann, 2000.
LURIE, Alison. A Linguagem das Roupas. Rio de Janeiro: Rocco 1997.
MENDES, Rafael Haendchen. Interface Artística: uma abordagem entre as
artes plásticas e a moda. Florianópolis: Pós Graduação UDESC CEART, 2003.
SEELING, Charlotte. Moda – O século dos estilistas: 1900 – 1999. Alemanha,
Colônia: Könemann, 2000.
58. REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
Esencial. Rua Araçari nº 246. CEP: 01453-020 Itaim – São Paulo, S.P. – Tel. 55
11 3168 5601. Web site: www.esencial.com.br.
Gallery of Wearable Art. 34 East 67th Street (between Park and Madison
Avenues) – New York, N.Y. – U.S.A. Bronnie Kupris: founder. Tel. 212 570 2252
Web site: www.galleryofwearableart.com.
Julie Artisans’ Gallery (since 1973). 762 Madison Ave. (65th St. – 66 th St.) –
New York, N.Y. – U.S.A. 10021. Julie Schafler Dale: founder. Tel. 212 717 5959.
Web site: www.julieartisans.com
World of WearableArtTM Ltd. – WOW Awards (since 1987). 95 Quarantine
Road – Nelson, New Zealand. Tel. 64 3 548 9299 wow ltd. / 547 4573 museum.
Web site: www.worldofwearableart.com.
Visite: https://www.facebook.com/art.connect.people/