3. Antecedentes
O processo de independência do Brasil começou
em 1808, quando a família real portuguesa veio
para o Brasil.
O motivo desta vinda, está ligado aos interesses de
Napoleão Bonaparte, que desejava dominar a
Europa, mas não tinha forças militares suficientes
para vencer a Inglaterra.
Não conseguindo vitória militar contra a Inglaterra,
Napoleão criou uma forma de enfraquecê-la
economicamente, através do Bloqueio
Continental.
5. D. João
Temendo a perda de seu poder –
e sob a proteção da Inglaterra – o
príncipe regente D. João fugiu
com a família real portuguesa,
vindo para o Brasil.
No período napoleônico, D. João
era príncipe regente de Portugal
pois, sua mãe, D. Maria I, não
podia governar devido a
problemas mentais.
Em 1818, com a morte de sua
mãe, D. João foi coroado rei, com
o título de D. João VI.
Foi casado com a princesa
espanhola Carlota Joaquina,
com quem teve três filhos e seis
filhas.
6. A viagem
D. João fugiu com, aproximadamente,
15 mil nobres portugueses, em 14
embarcações.
Como não sabiam ao certo quanto
tempo iam ficar no Brasil, os nobres
trouxeram riquezas, documentos,
bibliotecas, coleções de arte e tudo o
que podiam transportar.
Depois de algumas semanas de
viagem, uma forte tempestade
separou as embarcações. Algumas,
como a de D. João, foram para
Salvador. As restantes, para o Rio de
Janeiro.
De Salvador, D. João transferiu-se
para o Rio de Janeiro, em março de
1808. E foi nesta cidade que
ocorreram as maiores mudanças
efetuadas em seu governo.
7. A chegada Ao chegar no Rio de Janeiro, D.
João foi recebido com grandes
festas, preparadas por seus
amigos e funcionários. Mas a
população do Rio de Janeiro não
apreciou muito a vinda da família
real.
Para abrigar tantos nobres, D.
João mandou despejar os
moradores das melhores
residências da cidade,
mandando afixar, nas portas, as
letras P.R. Esta sigla significava
“Príncipe Regente”, ou
“Propriedade do Rei”.
Acomodado no Rio de Janeiro,
D. João começou a efetuar uma
série de mudanças econômicas
e culturais que iriam mudar não
só a cara da cidade, como
também futuro do país.
8. Abertura dos Portos
A primeira coisa que D. João fez, ao chegar ao Brasil, foi
abrir os portos brasileiros a todas as nações amigas.
Quem saiu ganhando foram os ingleses que, naquela
época, dominavam o comércio mundial. Os principais
portos brasileiros foram tomados por mercadorias inglesas.
Havia, inclusive, produtos de inverno que, no calor tropical
do Rio de Janeiro, não tinham muita utilidade.
A Abertura dos Portos também rompeu com o pacto
colonial entre Brasil e Portugal, enfraquecendo a
influência da metrópole sobre a colônia, e criando as
condições para a proclamação da independência, em
1822.
10. Mudanças econômicas
Outras medidas tomadas por D. João serviram de estímulo para
as atividades econômicas do Brasil.
Entre elas, podemos destacar a anulação da lei que proibia a
instalação de indústrias no país.
Isto permitiu a abertura de fábricas e usinas, sendo que a
produção de ferro obteve bastante progresso.
A produção agrícola também cresceu, surgindo o café, ao lado
do açúcar e do algodão. O café, pouco tempo depois, passaria a
ocupar o primeiro lugar nas exportações brasileiras.
Não podemos deixar de destacar a fundação do Banco do
Brasil, que se tornou símbolo da economia liberal no país.
11. Mudanças culturais
A cultura do país passou por grandes transformações, a partir da vinda
de D. João VI.
Vários cursos foram criados no Rio de Janeiro e Bahia, como cirurgia,
química, agricultura, desenho técnico, entre outros.
Foi fundado o Museu Nacional, o Observatório Astronômico, a
Biblioteca Real e a Imprensa Régia.
Além disso, a arte se destacou com a vinda da Missão Francesa ao
Brasil, em 1816. Debret foi um dos grandes pintores da missão, e
retratou cenas do cotidiano brasileiro, na época.
Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal
Brasil e Algarves. Em 1821, as capitanias passaram a se chamar
províncias.
12. Em 1821, D. João VI volta para Portugal, por
causa da Revolução do Porto, mas ele deixa aqui
seu filho mais velho, D. Pedro, então com 23
anos.
13. Causas da Independência
Vontade de grande parte da elite política
brasileira em conquistar a autonomia política;
Desgaste do sistema de controle econômico,
com restrições e altos impostos, exercido
pela Coroa Portuguesa no Brasil;
Tentativa da Coroa Portuguesa em
recolonizar o Brasil.
14. Dia do Fico
D. João VI, prevendo que o Brasil não aceitaria a
recolonização, exigiu que o filho voltasse imediatamente
para Portugal. D. Pedro não acatou suas determinações
e e m 9 de janeiro de 1822, negou ao chamado e
afirmou que ficaria no Brasil.
15. Medidas pré Independência
Organização da Marinha de Guerra
Convocou uma Assembleia Constituinte
Determinou o retorno das tropas portuguesas
Exigiu que todas as medidas tomadas pela Coroa
Portuguesa deveriam, antes de entrar em vigor no
Brasil, ter a aprovação de D. Pedro.
Visitou São Paulo e Minas Gerais para acalmar os
ânimos, principalmente entre a população, que estavam
exaltados em várias regiões.
16. Proclamação da Independência
Ao viajar de Santos para São Paulo, D. Pedro recebeu uma carta da Coroa
Portuguesa que exigia seu retorno imediato para Portugal e anulava a
Constituinte. Diante desta situação, D. Pedro deu seu famoso grito, as
margens do riacho Ipiranga: “Independência ou Morte!”
17.
18. Pós Independência
D. Pedro I foi coroado imperador do Brasil em dezembro
de 1822
19. Portugal reconheceu a independência, exigindo
uma indenização de 2 milhões de libras
esterlinas;
Em algumas regiões do Brasil, principalmente
no Nordeste, ocorreram revoltas, comandadas
por portugueses, contrárias à independência do
Brasil. Estas manifestações foram duramente
reprimidas pelas tropas imperiais.