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Reforma do Fies: O velho
e o novo.
HENRIQUE MEIRELLES
MINISTRO DA FAZENDA
1
Fevereiro 2018
Roteiro
1. Políticas de Financiamento
Estudantil
2. O Modelo antigo
3. O Novo Desenho
4. Considerações Finais
2
Políticas de Financiamento Estudantil
3
1.
• A literatura mostra a importância do
financiamento estudantil:
• Mais oportunidades para os menos favorecidos
socialmente;
• Aumento da renda do trabalhador;
• Contribui para aumentar a produtividade da economia.
• Contudo, as evidências mostram que a política
de financiamento adotada, em 2010, no Brasil,
criou elevados passivos contingentes,
comprometendo a continuidade do Fies.
Fies: Modelo Antigo (2001-2017)
4
1.
• O Fies foi instituído pela Lei nº 10.260/2001.
• Até 2010, o estoque de contratos permaneceu
em patamar inferior a 200 mil;
• Em 2010, a partir da flexibilização das
condições financeiras, os empréstimos anuais
do Fies mostraram crescimento muito rápido
e insustentável
• O estoque de alunos no programa
passou de 200 mil, em 2010, para 1,9
milhão de matrículas em 2015;
• Quase metade deste crescimento foi no
ano de 2014;
• A elevação de alunos no Fies (+ 1,7
milhão) não levou a um aumento na
mesma magnitude dos estudantes no
ensino superior que foi menor: 1,2
milhão;
5
Quantidade de Matrículas (milhões)
6
0,2 0,2 0,3 0,6 1,1
1,7 1,9
3,6 3,8 3,9 3,6
3,3
2,9 2,9
1,4 1,5 1,6 1,7 1,8
1,8 1,85,1
5,4 5,7 5,9 6,2
6,5 6,6
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
privada -FIES privada - não FIES pública Total
Fonte: INEP, SisFies e Caixa.
Obs: FIES - privados foram considerados os contratos em utilização, observados de 2010 a 2015 e calculados
O Modelo Antigo
7
1.
• O rápido crescimento do Fies levou a um elevado
custo fiscal (subsídios + aumento da dívida
pública): R$ 1,9 bi, em 2011, para R$ 32,2 bi, em
2016;
• Logo, o crescimento recente do Fies foi realizado
em ritmo incompatível com a disponibilidade de
recursos, sem padrões mínimos de governança e
com a concentração do risco dos financiamentos
no setor público.
O Novo Desenho
8
1.
• Diante do diagnóstico do Fies, foram tomadas
medidas corretivas:
• O pagamento da amortização vinculado à
renda, respeitando a capacidade de
pagamento do aluno e de sua família;
• Compartilhamento de risco dos
financiamentos com as Instituições de Ensino
Superior (IES). Quanto maior a inadimplência,
maior será a contribuição das IES para o
programa;
. Instituição do Comitê Gestor Interministerial
(MEC, MF, MP e CC) para prover governança ao
programa;
. Taxa de juros real “zero”, garantindo
previsibilidade fiscal.
. Além do FIES com recursos públicos (Fies I) e
subsidiado, o governo adotou medidas para
ampliar o credito estudantil privado (Fies II e
Fies III);
9
Modalidades
10
1.
• O Novo Fies tem 3 modalidades:
• Fies I: é a reestruturação do modelo vigente
até 2017, abrangendo famílias com renda per
capita de até três salários mínimos;
• Fies II e III: abrangem famílias com renda per
capita de até cinco salários mínimos
• Fies II: Com recursos dos Fundos Constitucionais
(FCO/FNE/FNO);
• Fies III: Com recursos dos Fundos de
Desenvolvimento (FDCO/FDNE/FDA) e do BNDES.
Considerações Finais
11
1.
• A reforma preservou o acesso majoritário dos
socialmente menos favorecidos (estudantes em
famílias com renda mensal per capita até 1,5 SM).
• O governo criou um novo programa com taxa de
juros real zero, com menor risco para a União, com
melhor governança e respeitando a capacidade de
pagamento do aluno e de sua família.
Obrigado!
12

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Reforma do Fies: o velho e o novo - 21/02/2018

  • 1. Reforma do Fies: O velho e o novo. HENRIQUE MEIRELLES MINISTRO DA FAZENDA 1 Fevereiro 2018
  • 2. Roteiro 1. Políticas de Financiamento Estudantil 2. O Modelo antigo 3. O Novo Desenho 4. Considerações Finais 2
  • 3. Políticas de Financiamento Estudantil 3 1. • A literatura mostra a importância do financiamento estudantil: • Mais oportunidades para os menos favorecidos socialmente; • Aumento da renda do trabalhador; • Contribui para aumentar a produtividade da economia. • Contudo, as evidências mostram que a política de financiamento adotada, em 2010, no Brasil, criou elevados passivos contingentes, comprometendo a continuidade do Fies.
  • 4. Fies: Modelo Antigo (2001-2017) 4 1. • O Fies foi instituído pela Lei nº 10.260/2001. • Até 2010, o estoque de contratos permaneceu em patamar inferior a 200 mil; • Em 2010, a partir da flexibilização das condições financeiras, os empréstimos anuais do Fies mostraram crescimento muito rápido e insustentável
  • 5. • O estoque de alunos no programa passou de 200 mil, em 2010, para 1,9 milhão de matrículas em 2015; • Quase metade deste crescimento foi no ano de 2014; • A elevação de alunos no Fies (+ 1,7 milhão) não levou a um aumento na mesma magnitude dos estudantes no ensino superior que foi menor: 1,2 milhão; 5
  • 6. Quantidade de Matrículas (milhões) 6 0,2 0,2 0,3 0,6 1,1 1,7 1,9 3,6 3,8 3,9 3,6 3,3 2,9 2,9 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,8 1,85,1 5,4 5,7 5,9 6,2 6,5 6,6 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 privada -FIES privada - não FIES pública Total Fonte: INEP, SisFies e Caixa. Obs: FIES - privados foram considerados os contratos em utilização, observados de 2010 a 2015 e calculados
  • 7. O Modelo Antigo 7 1. • O rápido crescimento do Fies levou a um elevado custo fiscal (subsídios + aumento da dívida pública): R$ 1,9 bi, em 2011, para R$ 32,2 bi, em 2016; • Logo, o crescimento recente do Fies foi realizado em ritmo incompatível com a disponibilidade de recursos, sem padrões mínimos de governança e com a concentração do risco dos financiamentos no setor público.
  • 8. O Novo Desenho 8 1. • Diante do diagnóstico do Fies, foram tomadas medidas corretivas: • O pagamento da amortização vinculado à renda, respeitando a capacidade de pagamento do aluno e de sua família; • Compartilhamento de risco dos financiamentos com as Instituições de Ensino Superior (IES). Quanto maior a inadimplência, maior será a contribuição das IES para o programa;
  • 9. . Instituição do Comitê Gestor Interministerial (MEC, MF, MP e CC) para prover governança ao programa; . Taxa de juros real “zero”, garantindo previsibilidade fiscal. . Além do FIES com recursos públicos (Fies I) e subsidiado, o governo adotou medidas para ampliar o credito estudantil privado (Fies II e Fies III); 9
  • 10. Modalidades 10 1. • O Novo Fies tem 3 modalidades: • Fies I: é a reestruturação do modelo vigente até 2017, abrangendo famílias com renda per capita de até três salários mínimos; • Fies II e III: abrangem famílias com renda per capita de até cinco salários mínimos • Fies II: Com recursos dos Fundos Constitucionais (FCO/FNE/FNO); • Fies III: Com recursos dos Fundos de Desenvolvimento (FDCO/FDNE/FDA) e do BNDES.
  • 11. Considerações Finais 11 1. • A reforma preservou o acesso majoritário dos socialmente menos favorecidos (estudantes em famílias com renda mensal per capita até 1,5 SM). • O governo criou um novo programa com taxa de juros real zero, com menor risco para a União, com melhor governança e respeitando a capacidade de pagamento do aluno e de sua família.