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Como abordar…Como abordar…
A ESCRITA EXPRESSIVA E LÚDICAA ESCRITA EXPRESSIVA E LÚDICA
Minervina DiasMinervina Dias
Técnicas e PropostasTécnicas e Propostas
DidácticasDidácticas
A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica
Minervina DiasMinervina Dias
OBJECTIVOSOBJECTIVOS
 Apresentar um conjunto de TEEL capaz deApresentar um conjunto de TEEL capaz de
fomentar o progresso dos alunos nofomentar o progresso dos alunos no
desenvolvimento da CLC;desenvolvimento da CLC;
 Revelar a funcionalidade das TEELRevelar a funcionalidade das TEEL
contempladas.contempladas.
A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica
Minervina DiasMinervina Dias
 O QUÊ?O QUÊ?
 PORQUÊ?PORQUÊ?
 PARA QUÊ?PARA QUÊ?
 COMO?COMO?
Como abordar…Como abordar…
O QUÊ?O QUÊ?
«As actividades de escrita, fundamentalmente as de escrita expressiva e«As actividades de escrita, fundamentalmente as de escrita expressiva e
lúdica, devem constituir um dos pilares do ensino-aprendizagem da Língualúdica, devem constituir um dos pilares do ensino-aprendizagem da Língua
Materna no Ensino Básico.»Materna no Ensino Básico.» ME/DGEBS (1993: 81)ME/DGEBS (1993: 81)
Gestão do tempo destinadoGestão do tempo destinado
às modalidades da escrita (ME/DEB, 1991: 46)às modalidades da escrita (ME/DEB, 1991: 46)
ESCREVER EM TERMOS PESSOAIS E
CRIATIVOS
• Escrever textos por sua iniciativa.
• Escrever diferentes textos mediante
proposta do professor.
• Explorar a escrita de poemas.
. Utilização de um caderno de escrita
pessoal, de acordo com regras
previamente negociadas, no qual o aluno
pode escrever o que quiser,
quando quiser e onde quiser.
. Realização de oficinas de escrita,
participação em concursos, projectos de
escrita colaborativa.
. “Jogar com a escrita”: caligramas,
acrósticos, palavra proibida, palavra
puxa palavra...
Programas de Português do Ensino Básico (2009: 43 e
46)
A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica
Minervina DiasMinervina Dias
PORQUÊ?PORQUÊ?
«A maior parte dos educadores reconhece,
espontaneamente, a influência primordial das disposições
afectivas e da motivação, sobretudo no percurso escolar dos
alunos e no seu desenvolvimento intelectual.»
Morissette e Gingras (1994: 13)
«A interiorização de hábitos de escrita decorre da«A interiorização de hábitos de escrita decorre da
frequência da sua prática, associada a situações defrequência da sua prática, associada a situações de
prazer e de reforço da autoconfiança.»prazer e de reforço da autoconfiança.»
ME/DEB (1991: 32)ME/DEB (1991: 32)
A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica
Minervina DiasMinervina Dias
Meio envolvente
Áreas curriculares
Escrita
 Por que motivo devem os alunos gostar de escrever?Por que motivo devem os alunos gostar de escrever?
«Pretende-se que a aprendizagem dote os alunos da
capacidade de utilizar o texto escrito para desencadear a
acção na vida social. […] para a intervenção na escola ou na
comunidade envolvente.»
Barbeiro (2003: 193)
A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica
Minervina DiasMinervina Dias
PARA QUÊ?PARA QUÊ?
«Créez dès aujourd’hui les hommes de«Créez dès aujourd’hui les hommes de
demain. Il n’en reste pas moins aussi que ledemain. Il n’en reste pas moins aussi que le
potentiel de créativité que possèdent tous lespotentiel de créativité que possèdent tous les
enfants ne doit plus être perdu et englouti àenfants ne doit plus être perdu et englouti à
jamais.»jamais.»
BeaudotBeaudot (1980: 118)(1980: 118)
A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica
Minervina DiasMinervina Dias
COMO?COMO?
«En effet, laisser la porte ouverte
à l’imagination c’est laisser une certaine
liberté à l’élève pour s’exprimer.»
Beaudot (1980: 48)
«Na situação de professores de Português, hoje,«Na situação de professores de Português, hoje,
de que modo poderemos contribuir para tornar ode que modo poderemos contribuir para tornar o
mecanismo ensino/aprendizagem da língua materna nomecanismo ensino/aprendizagem da língua materna no
processo eficaz e aliciante que se requer?»processo eficaz e aliciante que se requer?»
Santos e BalanchoSantos e Balancho (1999: 16)(1999: 16)
 Quais as TEEL que poderão contribuir para o
desenvolvimento da CLCD?
A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica
Minervina DiasMinervina Dias
«Mostram-se muito produtivas para criar o desejo e o«Mostram-se muito produtivas para criar o desejo e o
gosto pela escrita algumas técnicas já longamentegosto pela escrita algumas técnicas já longamente
experimentadas».experimentadas».
ME/DEB (1991: 58)ME/DEB (1991: 58)
Técnicas de ligação de palavrasTécnicas de ligação de palavras
Técnicas de intercâmbioTécnicas de intercâmbio
Técnicas de dinâmica de grupoTécnicas de dinâmica de grupo
TEEL
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
1. Técnicas de ligação de palavras1. Técnicas de ligação de palavras
1.1. Palavra puxa palavra1.1. Palavra puxa palavra
1.2. Letra puxa palavra1.2. Letra puxa palavra
1.3. Número puxa palavra1.3. Número puxa palavra
1.4. Caligrama1.4. Caligrama
1.5. Acróstico1.5. Acróstico
1.6. Lipograma1.6. Lipograma
1.7. Letra imposta1.7. Letra imposta
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
1.1. Palavra puxa palavra1.1. Palavra puxa palavra
«para os obrigar à alegria da descoberta da escrita.»«para os obrigar à alegria da descoberta da escrita.»
MenéresMenéres (1999: 38)(1999: 38)
Desenvolvimento:
1. O professor pede aos alunos para escreverem, no caderno diário, uma
frase inventada no momento, com seis a dez palavras.
2. Explica que a última palavra dessa frase deverá iniciar a frase seguinte e
assim sucessivamente.
3. Cada aluno cria o seu texto, durante o tempo combinado com o professor
e de acordo com o número de linhas pedido, e dá- -lhe um título.
4. Todos os alunos lêem o seu texto e a turma escolhe três deles para serem
aperfeiçoados na(s) aula(s) seguinte(s).
Produção escritaProdução escrita::
Gralheira é vidaGralheira é vida
Eu sou aluna da Escola do EBM da Gralheira.Eu sou aluna da Escola do EBM da Gralheira.
Gralheira é uma aldeia bonita e cheia de flores.Gralheira é uma aldeia bonita e cheia de flores.
Flores cheiram muito bem.Flores cheiram muito bem.
Bem é o contrário de mal.Bem é o contrário de mal.
Mal é o que os homens maus fazem.Mal é o que os homens maus fazem.
Fazem desenhos muito bonitos.Fazem desenhos muito bonitos.
Bonitos são os meninos, como o Filipe.Bonitos são os meninos, como o Filipe.
Filipe é também um rapaz engraçado.Filipe é também um rapaz engraçado.
Engraçado é o palhaço que trabalha no circo.Engraçado é o palhaço que trabalha no circo.
Circo que percorre todo o mundo.Circo que percorre todo o mundo.
Mundo que é muito grande.Mundo que é muito grande.
Grande é uma sincera amizade.Grande é uma sincera amizade.
Amizade é um dos mais nobres sentimentos que seAmizade é um dos mais nobres sentimentos que se
sente pelas pessoas.sente pelas pessoas.
Pessoas são os adultos que trabalham, os idosos quePessoas são os adultos que trabalham, os idosos que
descansam e as crianças que brincam.descansam e as crianças que brincam.
Brincam os mais pequenos com bonecas e carros.Brincam os mais pequenos com bonecas e carros.
Carros precisam de gasolina.Carros precisam de gasolina.
Gasolina vem do petróleo.Gasolina vem do petróleo.
Petróleo chega da Ásia.Petróleo chega da Ásia.
Ásia é o maior e mais populoso continente.Ásia é o maior e mais populoso continente.
Continente é um conjunto de países. Alguns sãoContinente é um conjunto de países. Alguns são
rodeados pelo oceano Pacífico.rodeados pelo oceano Pacífico.
Pacífico é constituído por muita água.Pacífico é constituído por muita água.
Água é essencial à vida!Água é essencial à vida!
MarisaMarisa (12 anos)(12 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
1.2. Letra puxa palavra1.2. Letra puxa palavra
«Seguindo este método, parece que a preguiça desaparecia... pois os«Seguindo este método, parece que a preguiça desaparecia... pois os
mais variados textos foram aparecendo, focando os mais variados episódios,mais variados textos foram aparecendo, focando os mais variados episódios,
desde cenas de caça a aventuras fantásticas.»desde cenas de caça a aventuras fantásticas.»
MenéresMenéres (1999: 37)(1999: 37)
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. O professor explica que cada aluno terá de escrever1. O professor explica que cada aluno terá de escrever
as letras do alfabeto, pela sua ordem (algumas poderãoas letras do alfabeto, pela sua ordem (algumas poderão
ser omitidas), linha a linha, numa folha do caderno diário.ser omitidas), linha a linha, numa folha do caderno diário.
2. O professor pode sugerir um tema que sirva aos2. O professor pode sugerir um tema que sirva aos
alunos que sintam alguma dificuldade inicial.alunos que sintam alguma dificuldade inicial.
3. Cada aluno cria o seu texto, de maneira a que a3. Cada aluno cria o seu texto, de maneira a que a
primeira palavra a registar na linha comece pela letra queprimeira palavra a registar na linha comece pela letra que
aí se encontra. Atribui-lhe também um título adequado.aí se encontra. Atribui-lhe também um título adequado.
4. Os textos são lidos pelos seus autores e, de4. Os textos são lidos pelos seus autores e, de
preferência, aperfeiçoados na(s) aula(s) seguinte(s).preferência, aperfeiçoados na(s) aula(s) seguinte(s).
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produção escritaProdução escrita ::
Brincadeira no jardimBrincadeira no jardim
AAndava Maria a passear, no jardim, quando encontrou umandava Maria a passear, no jardim, quando encontrou uma
BBolota. Pegou nela e observou-aolota. Pegou nela e observou-a
CCom olhos de ver. Mas,om olhos de ver. Mas,
DDe repente, surgiu ume repente, surgiu um
EEnorme cão à suanorme cão à sua
FFrente. Então, como viu que ele queria brincar, Maria fezrente. Então, como viu que ele queria brincar, Maria fez
GGirar a bolota no chão.irar a bolota no chão.
–– HHá muito tempo que não brincava com animais!á muito tempo que não brincava com animais!
IImitou o cão e foi a correr até chegar junto dele, quemitou o cão e foi a correr até chegar junto dele, que
JJá segurava a bolota, com a pata direita. Abocanhou-a, de seguida,á segurava a bolota, com a pata direita. Abocanhou-a, de seguida,
LLargando-a, depois, aos pés da Maria, de quem já gostava.argando-a, depois, aos pés da Maria, de quem já gostava.
–– NNico! Vou chamar-te Nico! – dizia Maria, enquantoico! Vou chamar-te Nico! – dizia Maria, enquanto
OO olhava, a sorrir.olhava, a sorrir.
PPegou nele ao colo e levou-o para sua casa. A partir desse dia,egou nele ao colo e levou-o para sua casa. A partir desse dia,
tornaram-se inseparáveis!tornaram-se inseparáveis!
InêsInês (11 anos)(11 anos)
1.3. Número puxa palavra1.3. Número puxa palavra
OO desenvolvimentodesenvolvimento da técnicada técnica Número puxa palavraNúmero puxa palavra faz-se da mesmafaz-se da mesma
forma que a anterior, substituindo as letras por «algarismos, números (queforma que a anterior, substituindo as letras por «algarismos, números (que
podem ser seguidos, mas também se podem escrever ao acaso, ou só pares,podem ser seguidos, mas também se podem escrever ao acaso, ou só pares,
ou só ímpares, ou como se quiser)»ou só ímpares, ou como se quiser)»
MenéresMenéres (1999: 41-42)(1999: 41-42)
Viagem possívelViagem possível
UmUm dia, alguém foi à Lua e encontrou, muito distantedia, alguém foi à Lua e encontrou, muito distante
da Terra,da Terra,
doisdois aviões muito grandes e vermelhos, com janelasaviões muito grandes e vermelhos, com janelas
douradas, pilotados pordouradas, pilotados por
trêstrês pilotos cada um.pilotos cada um.
QuatroQuatro passageiros viram a Lua cheia de crateras epassageiros viram a Lua cheia de crateras e
repararam querepararam que
cincocinco delas estavam activas.delas estavam activas.
SeisSeis pedras gigantes cobriam cada uma das crateraspedras gigantes cobriam cada uma das crateras
activas. Quando os aviões as sobrevoaram, viram maisactivas. Quando os aviões as sobrevoaram, viram mais
setesete crateras que se encontravam inactivas. Logo acrateras que se encontravam inactivas. Logo a
seguir, passaram paraseguir, passaram para
oitooito. À volta destas, planavam. À volta destas, planavam
novenove aves gigantescas que se juntaram a um bandoaves gigantescas que se juntaram a um bando
dede
dezdez que voava em direcção a oriente.que voava em direcção a oriente.
TiagoTiago (11 anos)(11 anos)
Produção escritaProdução escrita::
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
1.4. Caligrama1.4. Caligrama
«consiste em desenhar uma letra de forma a«consiste em desenhar uma letra de forma a
sublinhar o significado de toda a palavra a que elesublinhar o significado de toda a palavra a que ele
pertence.»pertence.»
ME/DGEBS (1993: 113)ME/DGEBS (1993: 113)
Desenvolvimento:Desenvolvimento:
1. O professor explica que esta técnica consiste em1. O professor explica que esta técnica consiste em
desenhar uma palavra ou uma frase inventadas que levemdesenhar uma palavra ou uma frase inventadas que levem
os colegas a entenderem a mensagem que se escreve.os colegas a entenderem a mensagem que se escreve.
2. Cada aluno representa a sua palavra, frase ou ideia.2. Cada aluno representa a sua palavra, frase ou ideia.
3. Um a um, todos dão a ler à turma a sua mensagem, de3. Um a um, todos dão a ler à turma a sua mensagem, de
preferência através da utilização do quadro interactivo oupreferência através da utilização do quadro interactivo ou
do acetato e retroprojector.do acetato e retroprojector.
4. A turma poderá seleccionar as três mensagens mais4. A turma poderá seleccionar as três mensagens mais
sugestivas.sugestivas.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produção Escrita:Produção Escrita:
Minervina DiasMinervina Dias
1.5. Acróstico1.5. Acróstico
«consiste em iniciar cada verso com uma letra de uma palavra«consiste em iniciar cada verso com uma letra de uma palavra
escrita verticalmente. O conteúdo do poema deve relacionar-se com oescrita verticalmente. O conteúdo do poema deve relacionar-se com o
significado dessa palavra.»significado dessa palavra.»
ME/DGEBS (1993: 90)ME/DGEBS (1993: 90)
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. O professor sugere que cada aluno escreva um pequeno1. O professor sugere que cada aluno escreva um pequeno
poema e que pense em algo sobre o qual vai escrever, sempoema e que pense em algo sobre o qual vai escrever, sem
que a palavra conste do conteúdo, com a excepção de aque a palavra conste do conteúdo, com a excepção de a
mesma existir obrigatoriamente na vertical, no início de cadamesma existir obrigatoriamente na vertical, no início de cada
verso.verso.
2. Cada aluno escreve a palavra pensada, na vertical,2. Cada aluno escreve a palavra pensada, na vertical,
colocando cada uma das suas letras no início das linhas.colocando cada uma das suas letras no início das linhas.
3. Inicia-se a escrita pela letra registada na linha, de maneira3. Inicia-se a escrita pela letra registada na linha, de maneira
a que o conteúdo do pequeno poema se relacione com oa que o conteúdo do pequeno poema se relacione com o
significado da palavra.significado da palavra.
4. Faz-se a leitura dos poemas criados, pelo próprio autor,4. Faz-se a leitura dos poemas criados, pelo próprio autor,
pelo colega do lado ou pelo professor.pelo colega do lado ou pelo professor.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produção escritaProdução escrita ::
FFaminta anda, na Primavera e no Verão, àaminta anda, na Primavera e no Verão, à
procura de migalhas.procura de migalhas.
OOntem, hoje e amanhã, sempre sem cessar.ntem, hoje e amanhã, sempre sem cessar.
RResguarda tudo o que pode, a todo o momento,esguarda tudo o que pode, a todo o momento,
sem parar.sem parar.
MMateriais não comestíveis não lhe interessam;ateriais não comestíveis não lhe interessam;
guarda só o que se come.guarda só o que se come.
IIndo e esgaravatando, consegue o seu intento.ndo e esgaravatando, consegue o seu intento.
GGuarda, no seu buraco, grandes reservas para ouarda, no seu buraco, grandes reservas para o
Inverno.Inverno.
AAnsiosa anda, porque muito tem que trabalhar!nsiosa anda, porque muito tem que trabalhar!
CláudiaCláudia (10 anos)(10 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
1.6. Lipograma1.6. Lipograma
OO LipogramaLipograma, também conhecido por, também conhecido por Letra proibidaLetra proibida, «consiste, «consiste
em escrever um texto, omitindo uma ou várias letras do alfabeto.»em escrever um texto, omitindo uma ou várias letras do alfabeto.»
ME/DGEBS (1993: 97)ME/DGEBS (1993: 97)
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. O professor apresenta e distribui fotocópia do1. O professor apresenta e distribui fotocópia do
texto que irá ser trabalhado.texto que irá ser trabalhado.
2. Um aluno voluntário ou o professor lê o texto e2. Um aluno voluntário ou o professor lê o texto e
esclarecem-se casuais significados de palavras.esclarecem-se casuais significados de palavras.
3. Escolhe-se a letra a suprimir e alerta-se para o3. Escolhe-se a letra a suprimir e alerta-se para o
facto de não se poderem realizar grandes alteraçõesfacto de não se poderem realizar grandes alterações
contextuais.contextuais.
4. Cada aluno faz a reescrita do texto, que também4. Cada aluno faz a reescrita do texto, que também
pode ser realizada por pequenos grupos.pode ser realizada por pequenos grupos.
5. Faz-se a leitura e o eventual aperfeiçoamento dos5. Faz-se a leitura e o eventual aperfeiçoamento dos
textos.textos.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produção escritaProdução escrita::
Um “fenómeno” chamado Harry Potter
Numa altura em que os nossos jovens e crianças
dominam as novas tecnologias, melhor que muitos adultos, ver uma criança ou um jovem
a ler um livro é algo de intrigante, uma vez que agora, com a publicação dos livros de
Harry Potter, tudo mudou. Quem havia de dizer em 1997, quando saiu o primeiro volume
das aventuras de Harry Potter, que uma histeria colectiva se ia apoderar de grandes e
pequenos, a ponto de fazerem fila de espera quando está para sair um novo volume, e
isto mesmo fora de horas?
Dr.ª Maria Fernanda de Carvalho Barroca
Jornal Miradouro 19-12-2003
Texto original:Texto original:
Lipograma emLipograma em
u:u: ““Fenómeno” chamado Harry PotterFenómeno” chamado Harry Potter
Nesta época de domínio das novas tecnologias pelos nossos jovens eNesta época de domínio das novas tecnologias pelos nossos jovens e
crianças, com vantagem sobre os pais, além de ver bastante gente crescida,crianças, com vantagem sobre os pais, além de ver bastante gente crescida,
ver crianças e jovens a ler livros é algo de intrigante, isto é, era algo dever crianças e jovens a ler livros é algo de intrigante, isto é, era algo de
intrigante, pois agora, com a edição dos livros de Harry Potter, as coisasintrigante, pois agora, com a edição dos livros de Harry Potter, as coisas
alteraram-se. Certa pessoa adivinharia, em 1997, no momento da saída doalteraram-se. Certa pessoa adivinharia, em 1997, no momento da saída do
primeiro livro das peripécias de Harry Potter, a histeria colectiva a apoderar-seprimeiro livro das peripécias de Harry Potter, a histeria colectiva a apoderar-se
dos pais e filhos, a ponto de fazerem fila de espera para comprarem novo livro,dos pais e filhos, a ponto de fazerem fila de espera para comprarem novo livro,
e isto mesmo fora de horas?e isto mesmo fora de horas?
Ricardo MiguelRicardo Miguel (14 anos)(14 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
1.7. Letra imposta1.7. Letra imposta
«consiste em escrever um texto, utilizando o maior número possível de vezes:«consiste em escrever um texto, utilizando o maior número possível de vezes:
–– uma ou mais letrasuma ou mais letras
–– um mesmo fonema ainda que com diferentes grafias.»um mesmo fonema ainda que com diferentes grafias.»
ME/DGEBS (1993: 100)ME/DGEBS (1993: 100)
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. Depois de conhecer as variantes, a turma escolhe a1. Depois de conhecer as variantes, a turma escolhe a
variante a aplicar e a(s) letra(s) a utilizar.variante a aplicar e a(s) letra(s) a utilizar.
2. Individualmente ou em grupo, cria-se a quadra ou frase.2. Individualmente ou em grupo, cria-se a quadra ou frase.
3. Faz-se a leitura e o eventual aperfeiçoamento do3. Faz-se a leitura e o eventual aperfeiçoamento do
trabalho realizado.trabalho realizado.
VariantesVariantes ::
a)a) Começar todas as palavras pela mesma letra (Começar todas as palavras pela mesma letra (TautogramaTautograma).).
b)b) Utilizar todas as letras do alfabeto na frase mais curta possível, comUtilizar todas as letras do alfabeto na frase mais curta possível, com
correcção gramatical e semântica.correcção gramatical e semântica.
c)c) Empregar, numa mesma frase ou quadra, uma única consoante ou umaEmpregar, numa mesma frase ou quadra, uma única consoante ou uma
mesma consoante, no início de todas as sílabas.mesma consoante, no início de todas as sílabas.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produções escritasProduções escritas::
(Exemplos resultantes de cada uma das variantes referidas.)(Exemplos resultantes de cada uma das variantes referidas.)
Papá papou papa.Papá papou papa.
Popey palpou Pipa.Popey palpou Pipa.
Pipa papou papa.Pipa papou papa.
Pupa põe pau por Pipo.Pupa põe pau por Pipo.
José SaraivaJosé Saraiva (12 anos)(12 anos)
NNadaada nnaa nnuvemuvem
NNuncaunca nnadou.adou.
NNemem nnarizariz nnarigudo,arigudo, nnelaela nnotou.otou.
NNaquelaaquela nnuvenzinhauvenzinha nnãoão nnorteou.orteou.
RosaRosa (11 anos)(11 anos)
É a vez do homem que fala, noÉ a vez do homem que fala, no
canto da sala de jantar, pagar ocanto da sala de jantar, pagar o
xarope e beber whisky.xarope e beber whisky.
Vera LúciaVera Lúcia (11 anos)(11 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
2. Técnicas de intercâmbio2. Técnicas de intercâmbio
2.1. Quem sou eu?2.1. Quem sou eu?
2.2. Saber seleccionar2.2. Saber seleccionar
2.3. Eu sou…2.3. Eu sou…
2.4. Eu e o grupo2.4. Eu e o grupo
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
2.1. Quem sou eu?2.1. Quem sou eu?
 Quem sou eu?Quem sou eu? ((Pinto et alPinto et al., 2003: 17) facilita escrever., 2003: 17) facilita escrever
sobre si, favorecendo o autoconhecimento e a partilhasobre si, favorecendo o autoconhecimento e a partilha
de interesses.de interesses.
«Quanto mais se comunica com os outros, revelando«Quanto mais se comunica com os outros, revelando
a personalidade, tirando as máscaras, tanto mais sea personalidade, tirando as máscaras, tanto mais se
cresce em confiança.»cresce em confiança.»
Pinto et alPinto et al. (2003: 41). (2003: 41)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. O professor explica que através da partilha de gostos e interesses é1. O professor explica que através da partilha de gostos e interesses é
possível abrir o coração e compartilhar o que é pessoal, para sepossível abrir o coração e compartilhar o que é pessoal, para se
construir e avançar na amizade.construir e avançar na amizade.
2. Solicita duas atitudes: grande interesse em conhecer o outro e ouvi-2. Solicita duas atitudes: grande interesse em conhecer o outro e ouvi-
-lo com atenção.-lo com atenção.
3. Cada aluno escreve o seu nome num papel que será colocado,3. Cada aluno escreve o seu nome num papel que será colocado,
juntamente com todos os outros, numa caixa.juntamente com todos os outros, numa caixa.
4. Um aluno tira dois papéis, lê os seus nomes e forma-se o primeiro4. Um aluno tira dois papéis, lê os seus nomes e forma-se o primeiro
duo, e assim sucessivamente com todos.duo, e assim sucessivamente com todos.
5. A cada duo, entrega-se o exercício de comunicação e uma folha em5. A cada duo, entrega-se o exercício de comunicação e uma folha em
branco.branco.
6. O professor explica, então, as regras:6. O professor explica, então, as regras:
a) Durante 10 minutos, cada um faz perguntas do exercício dea) Durante 10 minutos, cada um faz perguntas do exercício de
comunicação ao seu par, o qual terá de responder às mesmas,comunicação ao seu par, o qual terá de responder às mesmas,
oralmente e por escrito;oralmente e por escrito;
b) Cada um pode fazer as perguntas que escolher, pela ordem queb) Cada um pode fazer as perguntas que escolher, pela ordem que
preferir;preferir;
c) Não fazem perguntas às quais não estejam dispostos ac) Não fazem perguntas às quais não estejam dispostos a
responder se o outro as fizer;responder se o outro as fizer;
d) No final, cada um partilha com a turma, através da leitura orald) No final, cada um partilha com a turma, através da leitura oral
individual, as respostas dadas.individual, as respostas dadas.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
 Exemplo de um exercício de comunicaçãoExemplo de um exercício de comunicação ::
1. Quem é o teu melhor amigo?1. Quem é o teu melhor amigo? O meu melhor amigo é o meu irmãoO meu melhor amigo é o meu irmão..
2. Qual é o desporto que preferes?2. Qual é o desporto que preferes? O desporto que prefiro é o futebolO desporto que prefiro é o futebol..
3. Quem é que admiras mais?3. Quem é que admiras mais? Admiro mais o meu irmãoAdmiro mais o meu irmão..
4. Qual a profissão que gostarias de ter no futuro?4. Qual a profissão que gostarias de ter no futuro? Eu gostaria de ser juizEu gostaria de ser juiz..
5. Qual o desejo que apresentarias a uma fada?5. Qual o desejo que apresentarias a uma fada? O desejo que apresentariaO desejo que apresentaria
a uma fada era ser o melhor em tudoa uma fada era ser o melhor em tudo..
6. Que problemas é que te preocupam?6. Que problemas é que te preocupam? Não tenho problemas que meNão tenho problemas que me
preocupempreocupem..
7. Que programa da TV te agrada mais?7. Que programa da TV te agrada mais? O programa que me agrada mais éO programa que me agrada mais é
a série “Uma aventura”a série “Uma aventura”..
8. Qual é a tua diversão favorita?8. Qual é a tua diversão favorita? A minha diversão favorita é andar deA minha diversão favorita é andar de
bicicletabicicleta..
9. De que comida gostas menos?9. De que comida gostas menos? Gosto menos de arrozGosto menos de arroz..
10. Que importância tem Deus na tua vida?10. Que importância tem Deus na tua vida? Deus tem muita importância naDeus tem muita importância na
minha vidaminha vida..
11. Qual foi o dia mais feliz da tua vida?11. Qual foi o dia mais feliz da tua vida? O dia mais feliz foi quando os meusO dia mais feliz foi quando os meus
pais compraram um computadorpais compraram um computador..
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
12. Mentiste alguma vez aos teus pais, em algo de importante?12. Mentiste alguma vez aos teus pais, em algo de importante? Acho queAcho que
nunca mentinunca menti..
13. Tens problemas de saúde?13. Tens problemas de saúde? Não, felizmente não tenho problemas deNão, felizmente não tenho problemas de
saúdesaúde..
14. Qual é o teu maior defeito?14. Qual é o teu maior defeito? É acordar durante a noiteÉ acordar durante a noite..
15. De que sentes mais orgulho em ti?15. De que sentes mais orgulho em ti? Sinto orgulho em ser bom alunoSinto orgulho em ser bom aluno..
16. Qual foi o teu maior fracasso?16. Qual foi o teu maior fracasso? Acho que não tive qualquer fracassoAcho que não tive qualquer fracasso..
17. Quem é que mais te repreende ou castiga?17. Quem é que mais te repreende ou castiga? É a minha mãeÉ a minha mãe..
18. Qual a maior queixa que tens da escola?18. Qual a maior queixa que tens da escola? Não me queixo de nadaNão me queixo de nada..
19. Se pudesses ser um animal, qual o que escolherias?19. Se pudesses ser um animal, qual o que escolherias? Escolheria ser umEscolheria ser um
cão, amigo fiel do homemcão, amigo fiel do homem..
20. Se pudesses fazer uma viagem, quem é que gostarias que te20. Se pudesses fazer uma viagem, quem é que gostarias que te
acompanhasse?acompanhasse? Gostaria de ser acompanhado pela minha famíliaGostaria de ser acompanhado pela minha família..
21. O que pensas sobre o chorar diante dos outros?21. O que pensas sobre o chorar diante dos outros? Nada pensoNada penso..
22. Em que julgas precisar de ajuda?22. Em que julgas precisar de ajuda? Preciso de ajuda quando estou doentePreciso de ajuda quando estou doente..
23. Gostaste de realizar este exercício de comunicação?23. Gostaste de realizar este exercício de comunicação? Sim, gosteiSim, gostei..
HélderHélder (11 anos)(11 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
2.2. Saber seleccionar2.2. Saber seleccionar
Saber seleccionarSaber seleccionar foi baptizada pelos nossos alunos da turma A dafoi baptizada pelos nossos alunos da turma A da
Escola do EBM da Gralheira, do ano lectivo de 2000/2001, quando se pensouEscola do EBM da Gralheira, do ano lectivo de 2000/2001, quando se pensou
em fazer um jogo de escrita que apelasse à atenção e ao conhecimento de si,em fazer um jogo de escrita que apelasse à atenção e ao conhecimento de si,
dos outros e de tudo o que nos rodeia.dos outros e de tudo o que nos rodeia.
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. O professor escreve, no quadro da sala de aula, várias1. O professor escreve, no quadro da sala de aula, várias
palavras que sirvam ao exercício de comunicação e solicitapalavras que sirvam ao exercício de comunicação e solicita
a colaboração dos alunos, fornecendo pistas temáticas.a colaboração dos alunos, fornecendo pistas temáticas.
2. Distribui uma folha de frases incompletas, a cada aluno.2. Distribui uma folha de frases incompletas, a cada aluno.
3. Os alunos realizam a leitura total da folha e3. Os alunos realizam a leitura total da folha e
seleccionam, do quadro, as palavras que possamseleccionam, do quadro, as palavras que possam
organizar e que sirvam para completar as frases.organizar e que sirvam para completar as frases.
4. Cada aluno lê as frases que completou. As mesmas4. Cada aluno lê as frases que completou. As mesmas
deverão ter sentido, mas não é necessário defendê-las.deverão ter sentido, mas não é necessário defendê-las.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Exemplos de frases por completar e produção escritaExemplos de frases por completar e produção escrita ::
Os meus objectos favoritos são...Os meus objectos favoritos são... brinquedos e carrosbrinquedos e carros..
Agrada-me...Agrada-me... ter irmãoster irmãos..
Se pudesse escolher um sítio aonde ir...Se pudesse escolher um sítio aonde ir... SuíçaSuíça..
Às vezes, sinto-me...Às vezes, sinto-me... tristetriste..
Quero aprender a...Quero aprender a... cozinharcozinhar..
À noite, costumo...À noite, costumo... dormirdormir..
Tenho dificuldades com...Tenho dificuldades com... máquinasmáquinas..
Sinto-me honrado, quando...Sinto-me honrado, quando... consigo trabalharconsigo trabalhar..
Quando vou com a minha mãe às compras, eu...Quando vou com a minha mãe às compras, eu... ajudoajudo..
Prefiro que...Prefiro que... haja solhaja sol..
Quando crescer mais, quero...Quando crescer mais, quero... ter bom trabalhoter bom trabalho..
Não gosto que...Não gosto que... batambatam..
Detesto que...Detesto que... ralhemralhem..
Quando vejo alguém a precisar de ajuda...Quando vejo alguém a precisar de ajuda... ajudo sempre.ajudo sempre.
Boa atitude é...Boa atitude é... agir correctamenteagir correctamente..
O melhor que me aconteceu foi...O melhor que me aconteceu foi... ir a Lisboair a Lisboa..
Eu penso que...Eu penso que... é bom viveré bom viver..
Eu gosto de...Eu gosto de... jogar futeboljogar futebol..
Penso que os meus amigos gostam de mim porque...Penso que os meus amigos gostam de mim porque... sou bom amigosou bom amigo..
Eu sou...Eu sou... simpáticosimpático..
Não gosto...Não gosto... de figosde figos..
Eu quero...Eu quero... ser o Super-Homemser o Super-Homem..
Ensinei alguém a...Ensinei alguém a... trabalhar na escolatrabalhar na escola..
Consegui...Consegui... organizar os livrosorganizar os livros..
Ando na escola...Ando na escola... para aprenderpara aprender..
Em casa...Em casa... ajudo e brinco.ajudo e brinco.
João CarlosJoão Carlos (11 anos)(11 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
2.3. Eu sou…2.3. Eu sou…
Eu sou…Eu sou… é uma técnica sugerida e apresentada pela formadoraé uma técnica sugerida e apresentada pela formadora
Isabel Saavedra (Oficina de Formação para professores, CEFOP –Isabel Saavedra (Oficina de Formação para professores, CEFOP –
L.A.R.T., entre 16/10/2001 e 13/12/2001).L.A.R.T., entre 16/10/2001 e 13/12/2001).
VarianteVariante:: Pode fazer-se o mesmo exercício utilizando frasesPode fazer-se o mesmo exercício utilizando frases
começadas porcomeçadas por Eu não gosto deEu não gosto de... ou outras.... ou outras.
DesenvolvimentoDesenvolvimento ::
1. O professor pede a cada aluno para escrever frases começadas1. O professor pede a cada aluno para escrever frases começadas
porpor Eu sou...Eu sou... ouou Eu quero...Eu quero..., tantas quantas quiser, no caderno ou, tantas quantas quiser, no caderno ou
numa folha. Solicita-se que escrevam depressa, sem reflectiremnuma folha. Solicita-se que escrevam depressa, sem reflectirem
muito.muito.
2. Organizam-se os alunos em grupos de dois. Podem emparceirar2. Organizam-se os alunos em grupos de dois. Podem emparceirar
com o colega que estiver ao lado, com o que conheçam menos bemcom o colega que estiver ao lado, com o que conheçam menos bem
ou pode o professor organizar os pares.ou pode o professor organizar os pares.
3. Dão-se cerca de 10 minutos para partilharem com o parceiro o3. Dão-se cerca de 10 minutos para partilharem com o parceiro o
que quiserem das suas frases.que quiserem das suas frases.
4. No final, cada um lê, em voz alta, as respostas dadas.4. No final, cada um lê, em voz alta, as respostas dadas.
5. De novo em grande grupo, dá-se a possibilidade, a quem o quiser,5. De novo em grande grupo, dá-se a possibilidade, a quem o quiser,
de fazer as suas reflexões sobre esta TEEL de intercâmbio.de fazer as suas reflexões sobre esta TEEL de intercâmbio.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produção escritaProdução escrita::
Eu sou amiga de toda a gente.Eu sou amiga de toda a gente.
Eu sou feliz como sou.Eu sou feliz como sou.
Eu sou fã do Harry Potter.Eu sou fã do Harry Potter.
Eu sou muito esperta.Eu sou muito esperta.
Eu sou mortal como todos os outros.Eu sou mortal como todos os outros.
Eu sou estudante do 2.º ciclo.Eu sou estudante do 2.º ciclo.
Eu sou cristã.Eu sou cristã.
Eu sou adepta do clube do Porto.Eu sou adepta do clube do Porto.
Eu sou portuguesa.Eu sou portuguesa.
Eu sou natural da Gralheira.Eu sou natural da Gralheira.
Eu sou aEu sou a Rosa Maria Fonseca RodriguesRosa Maria Fonseca Rodrigues..
Eu quero ser feliz.Eu quero ser feliz.
Eu quero ser invencível.Eu quero ser invencível.
Eu quero ser forte.Eu quero ser forte.
Eu quero ser trabalhador.Eu quero ser trabalhador.
Eu quero ser espectacular.Eu quero ser espectacular.
Eu quero ser um craque nos computadores.Eu quero ser um craque nos computadores.
Eu quero ser futebolista do clube do Benfica.Eu quero ser futebolista do clube do Benfica.
Eu quero que os meus pais tenham sempre saúde.Eu quero que os meus pais tenham sempre saúde.
Eu quero... eu quero... eu quero ter tudo o que for possível!Eu quero... eu quero... eu quero ter tudo o que for possível!
CarlosCarlos (12 anos)(12 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
2.4. Eu e o grupo2.4. Eu e o grupo
Eu e o grupo…Eu e o grupo… permite «Ajudar os elementos do grupo a reflectirpermite «Ajudar os elementos do grupo a reflectir
sobre a forma como se posicionam neste.»sobre a forma como se posicionam neste.»
Pinto et al.Pinto et al. (2003: 68)(2003: 68)
DesenvolvimentoDesenvolvimento ::
1. O professor distribui fotocópia de uma série de frases1. O professor distribui fotocópia de uma série de frases
por completar. Pede aos alunos para se organizarem empor completar. Pede aos alunos para se organizarem em
grupos de dois e trocarem impressões com o seu par,grupos de dois e trocarem impressões com o seu par,
antes de começarem a responder individualmente.antes de começarem a responder individualmente.
2. Os grupos podem ser constituídos do seguinte modo:2. Os grupos podem ser constituídos do seguinte modo:
numeram-se os alunos de 1 a 8, recomeçando aténumeram-se os alunos de 1 a 8, recomeçando até
chegar ao último, e cada um fixa o número com que fica.chegar ao último, e cada um fixa o número com que fica.
No fim, os que têm o n.º 1 formam um grupo, os que têmNo fim, os que têm o n.º 1 formam um grupo, os que têm
o n.º 2 formam outro e assim sucessivamente.o n.º 2 formam outro e assim sucessivamente.
3. Trocam as respostas dadas ao exercício, realizam a3. Trocam as respostas dadas ao exercício, realizam a
eventual correcção e cada um comunica a fraseeventual correcção e cada um comunica a frase
completa do colega a toda a turma.completa do colega a toda a turma.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Exemplo de um exercício com produção escritaExemplo de um exercício com produção escrita
(adaptado de(adaptado de Pinto et alPinto et al., 2003: 68)., 2003: 68)
O meu passatempo preferido é...O meu passatempo preferido é... ver televisãover televisão..
A minha actividade preferida, na escola, é...A minha actividade preferida, na escola, é... falarfalar..
Fico feliz quando...Fico feliz quando... trabalho em grupotrabalho em grupo..
Não fico seguro quando...Não fico seguro quando... não sei como fazer alguma coisanão sei como fazer alguma coisa..
Trabalho melhor quando...Trabalho melhor quando... estou com colegasestou com colegas..
Quando entro num grupo novo, eu...Quando entro num grupo novo, eu... fico contentefico contente..
Uma das minhas qualidades é...Uma das minhas qualidades é... ser boa amigaser boa amiga..
Quando um grupo começa, eu...Quando um grupo começa, eu... quero fazer parte delequero fazer parte dele..
Quando estou num grupo novo, sinto-me mais à vontade quando...Quando estou num grupo novo, sinto-me mais à vontade quando... são todos meus amigossão todos meus amigos..
Quando os outros estão em silêncio, eu...Quando os outros estão em silêncio, eu... quebro o silêncioquebro o silêncio..
Quando alguém fala o tempo todo, eu...Quando alguém fala o tempo todo, eu... não fico calada a ouvirnão fico calada a ouvir..
Tenho vontade de retirar-me do grupo, quando...Tenho vontade de retirar-me do grupo, quando... me aborrecemme aborrecem..
Num grupo, sinto mais medo de...Num grupo, sinto mais medo de... me zangar com alguémme zangar com alguém..
Quando alguém fica magoado, eu...Quando alguém fica magoado, eu... ajudo essa pessoaajudo essa pessoa..
Fico magoado facilmente quando...Fico magoado facilmente quando... me dizem que sou o que não soume dizem que sou o que não sou..
Sinto-me mais solitário num grupo, quando...Sinto-me mais solitário num grupo, quando... estão contra as minhas ideiasestão contra as minhas ideias..
Aqueles que realmente me conhecem acham que eu sou...Aqueles que realmente me conhecem acham que eu sou... alegre e amigaalegre e amiga..
Eu confio nos colegas que...Eu confio nos colegas que... revelam ser meus amigosrevelam ser meus amigos..
Sinto-me mais próximo dos colegas, quando...Sinto-me mais próximo dos colegas, quando... estou perto delesestou perto deles..
As pessoas gostam de mim, quando...As pessoas gostam de mim, quando... lhes faço a vontadelhes faço a vontade..
A minha fraqueza maior é...A minha fraqueza maior é... falar muitofalar muito..
A minha força maior é...A minha força maior é... criar amigos facilmentecriar amigos facilmente..
ElisaElisa (12 anos)(12 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
3. Técnicas de dinâmica de grupo3. Técnicas de dinâmica de grupo
«Termo criado por Kurt Lewin (surge pela 1ª vez em 1944), que
designa a vida dos grupos como forças ou processos múltiplos e
activos.»
Mão-de-Ferro e Fernandes (1990: 99)
3.1. Imagem com criação de texto3.1. Imagem com criação de texto
3.2. Três palavras para um texto3.2. Três palavras para um texto
3.3. Duas palavras para um poema3.3. Duas palavras para um poema
3.4.3.4. BrainstormingBrainstorming ou Chuva de ideiasou Chuva de ideias
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. O professor entrega uma fotografia ou imagem sugestiva igual para1. O professor entrega uma fotografia ou imagem sugestiva igual para
cada um dos grupos de alunos previamente constituídos. A imagemcada um dos grupos de alunos previamente constituídos. A imagem
pode ter uma certa indefinição ou ambiguidade, para estimular apode ter uma certa indefinição ou ambiguidade, para estimular a
criatividade e a diversidade. Dá instruções para que cada aluno, emcriatividade e a diversidade. Dá instruções para que cada aluno, em
menos de 5 minutos, crie um título inspirado na imagem.menos de 5 minutos, crie um título inspirado na imagem.
2. Passado esse tempo, e numa segunda fase, solicita que cada grupo2. Passado esse tempo, e numa segunda fase, solicita que cada grupo
escolha um dos títulos propostos pelos seus elementos e elaboreescolha um dos títulos propostos pelos seus elementos e elabore
um texto, a partir da mesma imagem. (Numa primeira vez, poderáum texto, a partir da mesma imagem. (Numa primeira vez, poderá
dar uma pequena pista e solicitar um número mínimo de linhas,dar uma pequena pista e solicitar um número mínimo de linhas,
aumentando gradualmente o número de linhas, nas vezesaumentando gradualmente o número de linhas, nas vezes
seguintes.)seguintes.)
3. Depois de concluído o texto, o porta-voz do grupo lê-o e relata o3. Depois de concluído o texto, o porta-voz do grupo lê-o e relata o
processo da sua elaboração.processo da sua elaboração.
4. Trocam-se impressões em grande grupo-turma.4. Trocam-se impressões em grande grupo-turma.
5. Nas aulas posteriores, será de extrema utilidade realizar o5. Nas aulas posteriores, será de extrema utilidade realizar o
aperfeiçoamento dos textos que foram criados, contribuindo assimaperfeiçoamento dos textos que foram criados, contribuindo assim
para a correcção e o aprofundamento linguísticos.para a correcção e o aprofundamento linguísticos.
3.1. Imagem com criação de texto3.1. Imagem com criação de texto
ANEXO I – Fotografia da menina afegãANEXO I – Fotografia da menina afegã
MACURNY, Stede (2001, Novembro). Campo de refugiados 1982. Visão, 15.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produção escrita:Produção escrita:
A menina sem paisA menina sem pais
Era uma menina que vivia no Afeganistão e que sofria todas as coisasEra uma menina que vivia no Afeganistão e que sofria todas as coisas
que lá existiam.que lá existiam.
Ela não tinha pais nem amigos. Um dia, ela saiu de sua casa e foi darEla não tinha pais nem amigos. Um dia, ela saiu de sua casa e foi dar
uma volta. Ao passar uma esquina, encontrou muitas crianças. Elauma volta. Ao passar uma esquina, encontrou muitas crianças. Ela
sentou-se, à beira do passeio, e as outras crianças, por a verem tãosentou-se, à beira do passeio, e as outras crianças, por a verem tão
triste, aproximaram-se dela e perguntaram-lhe:triste, aproximaram-se dela e perguntaram-lhe:
–– Queres vir brincar connosco?Queres vir brincar connosco?
–– Sim, quero. Mas eu não sei o que é brincar...!Sim, quero. Mas eu não sei o que é brincar...!
–– Nós ensinamos-te – a menina começou então a chorar de alegria. –Nós ensinamos-te – a menina começou então a chorar de alegria. –
Por que motivo estás tu a chorar?Por que motivo estás tu a chorar?
–– É de alegria!É de alegria!
Quando, mais tarde, foi para casa, disse para consigo: “A partir deQuando, mais tarde, foi para casa, disse para consigo: “A partir de
hoje, os meus olhos poderão ter outro brilho!”hoje, os meus olhos poderão ter outro brilho!”
Grupo doGrupo do Ricardo ManuelRicardo Manuel (13 anos)(13 anos)
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
3.2. Três palavras para um texto3.2. Três palavras para um texto
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. O professor indica o tema e solicita três1. O professor indica o tema e solicita três
palavras que pertençam a uma só classepalavras que pertençam a uma só classe
gramatical: nomes, adjectivos, verbos...gramatical: nomes, adjectivos, verbos...
2. As palavras escolhidas são escritas no quadro.2. As palavras escolhidas são escritas no quadro.
3. Cada grupo de alunos cria um texto escrito,3. Cada grupo de alunos cria um texto escrito,
subordinado ao tema previamente escolhido,subordinado ao tema previamente escolhido,
que contenha essas palavras, num númeroque contenha essas palavras, num número
mínimo de linhas acordado.mínimo de linhas acordado.
4. Os textos elaborados são todos lidos e faz-se o4. Os textos elaborados são todos lidos e faz-se o
aperfeiçoamento do texto escolhido, emaperfeiçoamento do texto escolhido, em
trabalho de grupo, na aula seguinte.trabalho de grupo, na aula seguinte.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produção escritaProdução escrita ::
(Texto eleito pela turma)(Texto eleito pela turma)
A Maria e os ConsertosA Maria e os Consertos
A manhã estava linda na Rua da Alegria. Maria abriu a Lojinha dos Consertos.A manhã estava linda na Rua da Alegria. Maria abriu a Lojinha dos Consertos.
Maria era uma jovem rosada, de olhos verdes e cabelo negro sedoso, que aprendera com oMaria era uma jovem rosada, de olhos verdes e cabelo negro sedoso, que aprendera com o
seu pai, que já falecera há pouco mais de um ano, a consertar pequenas utilidades.seu pai, que já falecera há pouco mais de um ano, a consertar pequenas utilidades.
““Hoje, vou finalmente consertar o meu relógio!” – pensava ela enquanto destrancava a porta.Hoje, vou finalmente consertar o meu relógio!” – pensava ela enquanto destrancava a porta.
“Sem ele nunca sei quando são horas de abrir ou de fechar a loja! Estou ansiosa por começar a“Sem ele nunca sei quando são horas de abrir ou de fechar a loja! Estou ansiosa por começar a
arranjá-lo!”arranjá-lo!”
–– Maria! Ó Maria! – chamou uma voz conhecida.Maria! Ó Maria! – chamou uma voz conhecida.
Maria voltou-se para olhar. João vinha a correr em direcção a ela.Maria voltou-se para olhar. João vinha a correr em direcção a ela.
–– Ah...! Estou tão contente por estares a abrir a loja! – arfou o João. – O meu candeeiroAh...! Estou tão contente por estares a abrir a loja! – arfou o João. – O meu candeeiro
estragou-se!... Por favor, és capaz de mo arranjar?estragou-se!... Por favor, és capaz de mo arranjar?
–– Olha João, já tinha pensado, para hoje, consertar o meu relógio! Importas-te de me trazer oOlha João, já tinha pensado, para hoje, consertar o meu relógio! Importas-te de me trazer o
candeeiro amanhã?candeeiro amanhã?
–– Aah... Pronto, está bem! – respondeu ele desapontado. – Mas é que ando a escrever umAah... Pronto, está bem! – respondeu ele desapontado. – Mas é que ando a escrever um
texto para concorrer a “Uma Aventura Literária” e gostava de acabar de o escrever esta noite! Mas,texto para concorrer a “Uma Aventura Literária” e gostava de acabar de o escrever esta noite! Mas,
para isso, preciso do candeeiro!para isso, preciso do candeeiro!
Maria riu-se.Maria riu-se.
–– Está bem, João! Já lhe dou uma vista de olhos! – João agradeceu-lhe e disse-lhe queEstá bem, João! Já lhe dou uma vista de olhos! – João agradeceu-lhe e disse-lhe que
depressa voltaria.depressa voltaria.
Pouco depois, foi a vez do Marcelino entrar na Lojinha dos Consertos.Pouco depois, foi a vez do Marcelino entrar na Lojinha dos Consertos.
–– Olá, Maria! Preciso que me arranjes o meu relógio! Penso que deve ser falta de pilha.Olá, Maria! Preciso que me arranjes o meu relógio! Penso que deve ser falta de pilha.
–– Está bem, Marcelino!Está bem, Marcelino!
Maria já não pôde arranjar o seu relógio. Contudo, ficou muito satisfeita e feliz por terMaria já não pôde arranjar o seu relógio. Contudo, ficou muito satisfeita e feliz por ter
contribuído para a alegria dos dois vizinhos e amigos!contribuído para a alegria dos dois vizinhos e amigos!
SaraSara (10 anos)(10 anos)
Os alunos escolheram, duma lista previamente elaborada em grupo, três adjectivos:Os alunos escolheram, duma lista previamente elaborada em grupo, três adjectivos: felizfeliz,,
satisfeitosatisfeito,, lindolindo (podendo ser utilizados no feminino e no plural). Referimos que seria eleito, por toda a(podendo ser utilizados no feminino e no plural). Referimos que seria eleito, por toda a
turma, o melhor texto, para participar noturma, o melhor texto, para participar no Concurso Uma Aventura... LiteráriaConcurso Uma Aventura... Literária promovido pela Editorialpromovido pela Editorial
Caminho.Caminho.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
3.3. Duas palavras para um poema3.3. Duas palavras para um poema
A partir da leitura docente de um poema pretende-se que os alunosA partir da leitura docente de um poema pretende-se que os alunos
façam o levantamento das palavras de difícil compreensão. Duas delasfaçam o levantamento das palavras de difícil compreensão. Duas delas
farão parte do poema a criar.farão parte do poema a criar.
DesenvolvimentoDesenvolvimento ::
1. O professor lê o poema previamente escolhido e planificado, em1. O professor lê o poema previamente escolhido e planificado, em
voz alta.voz alta.
2. Os alunos referem as palavras cujo significado não entendam.2. Os alunos referem as palavras cujo significado não entendam.
3. Escrevem-se as mesmas no quadro e os alunos realizam a3. Escrevem-se as mesmas no quadro e os alunos realizam a
consulta ao dicionário. Cada par de alunos procura uma palavra econsulta ao dicionário. Cada par de alunos procura uma palavra e
escreve, no quadro, os significados.escreve, no quadro, os significados.
4. Dessas palavras, a turma selecciona duas.4. Dessas palavras, a turma selecciona duas.
5. Cria-se um poema colectivo que contenha essas palavras.5. Cria-se um poema colectivo que contenha essas palavras.
6. Faz-se o aperfeiçoamento do poema, à medida que está a ser6. Faz-se o aperfeiçoamento do poema, à medida que está a ser
criado.criado.
7. Realiza-se a leitura coral do poema, seguida da leitura oral7. Realiza-se a leitura coral do poema, seguida da leitura oral
individual.individual.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Poema apresentadoPoema apresentado::
Oh, Bela!Oh, Bela!
Terna e saudosa amada,Terna e saudosa amada,
De ti, falar de outiva:De ti, falar de outiva:
Ostracizaste o teu nada...Ostracizaste o teu nada...
No mortal, subsistes viva!No mortal, subsistes viva!
Dás poesia ingénita,Dás poesia ingénita,
Com valor imarcescível!Com valor imarcescível!
Restas, para sempre, emérita,Restas, para sempre, emérita,
Vital provecta sofrível!Vital provecta sofrível!
Minervina DiasMinervina Dias
Produção escritaProdução escrita::
A nossa escritaA nossa escrita
A Professora sempre nos diz:A Professora sempre nos diz:
–– A preguiça é para ostracizar.A preguiça é para ostracizar.
Porque escrita felizPorque escrita feliz
Também temos de repensar!Também temos de repensar!
Esta verdade é imarcescívelEsta verdade é imarcescível
E nós constituímos prova certa.E nós constituímos prova certa.
Cada um pode ser invencívelCada um pode ser invencível
Quando a criatividade aperta.Quando a criatividade aperta.
Turma ATurma A (6º ano)(6º ano)
As palavras escolhidas foram:As palavras escolhidas foram: ostracizarostracizar ee
imarcescívelimarcescível, as quais tinham de ser aplicadas, as quais tinham de ser aplicadas
de acordo com esta ordem.de acordo com esta ordem.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
3.4.3.4. BrainstormingBrainstorming ou Chuva de ideias ou Tempestade de ideiasou Chuva de ideias ou Tempestade de ideias
«o objectivo da “Chuva de Ideias” é produzir muitas ideias úteis acerca de«o objectivo da “Chuva de Ideias” é produzir muitas ideias úteis acerca de
qualquer tema ou problema num curto espaço de tempo».qualquer tema ou problema num curto espaço de tempo».
Brandes e PhillipsBrandes e Phillips (1977: 14)(1977: 14)
DesenvolvimentoDesenvolvimento::
1. O professor apresenta o tema ou o problema à turma, registando-o no quadro,1. O professor apresenta o tema ou o problema à turma, registando-o no quadro,
como centro do esquema que se vai criar.como centro do esquema que se vai criar.
2. As ideias são lançadas e registadas, no quadro, pelo professor ou por um2. As ideias são lançadas e registadas, no quadro, pelo professor ou por um
aluno voluntário, à volta do tema ou do problema.aluno voluntário, à volta do tema ou do problema.
3. Cada vez que um aluno quiser apresentar a sua ideia, levanta a mão e3. Cada vez que um aluno quiser apresentar a sua ideia, levanta a mão e
expressa-a.expressa-a.
4. Ao aluno que criticar ou julgar qualquer ideia apresentada, é-lhe4. Ao aluno que criticar ou julgar qualquer ideia apresentada, é-lhe
impossibilitada a participação. Nada deve bloquear as ideias, desde queimpossibilitada a participação. Nada deve bloquear as ideias, desde que
relacionadas com o tema ou o problema, para que a capacidade criativa darelacionadas com o tema ou o problema, para que a capacidade criativa da
turma seja colocada ao serviço da escrita, na produção de ideias.turma seja colocada ao serviço da escrita, na produção de ideias.
5. Exame crítico das ideias. Todas elas são analisadas pelo grupo/turma, de5. Exame crítico das ideias. Todas elas são analisadas pelo grupo/turma, de
acordo com os seguintes critérios:acordo com os seguintes critérios:
- Realismo;- Realismo;
- Possibilidade de ser aplicada;- Possibilidade de ser aplicada;
- Originalidade;- Originalidade;
- Valor da ideia, na relação com o tema ou na solução do problema;- Valor da ideia, na relação com o tema ou na solução do problema;
- Eficácia.- Eficácia.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Produção escritaProdução escrita::
Estradas e pontes
romanas
Viriato
Lusitanos
Latim
Séc. III a. C. – séc. V
Península romanizada
Direito romano
Vinha
Trigo
Oliveira
Árvores de fruto
Cristianismo
ROMANOS
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
Distribuição dos professores do CAE Douro Sul
segundo as TEEL que costumam dinamizar
Dias (2005: 193)
TÉCNICAS DE EEL N.º %
Caligrama
Acróstico
Três Palavras para um Texto
Duas Palavras para um Poema
Lipograma ou Letra Proibida
Letra Imposta
Palavra Puxa Palavra
Letra Puxa Palavra
Imagem com Criação de Texto
Tempestade de Ideias
Eu sou
Outra
27
71
30
25
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Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
ConclusãoConclusão
DINAMIZAÇÃO
DE
TEEL
Produção textual associada a
situações de prazer
Maior capacidade de
autonomia linguística na
escrita e na expressão de
vivências
Libertação de ideias
imaginativas
Meio/forma de
motivação
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ConclusãoConclusão
As TEEL:
• Reflectem um processo de estímulo à inovação, revelador
de vias possíveis para ultrapassar problemas dos alunos, no
âmbito da escrita;
• Constituem um desafio para que sejam divulgadas
situações de melhoria e de progresso;
• São um importante elemento de reforço na promoção da
aquisição e desenvolvimento da CLCD.
Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
Minervina DiasMinervina Dias
 O que influenciará a maior ou menorO que influenciará a maior ou menor
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A escrita expressiva e lúdica.Técnicas e propostas didácticas.Minervina.Dias

  • 1. Como abordar…Como abordar… A ESCRITA EXPRESSIVA E LÚDICAA ESCRITA EXPRESSIVA E LÚDICA Minervina DiasMinervina Dias Técnicas e PropostasTécnicas e Propostas DidácticasDidácticas
  • 2. A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica Minervina DiasMinervina Dias OBJECTIVOSOBJECTIVOS  Apresentar um conjunto de TEEL capaz deApresentar um conjunto de TEEL capaz de fomentar o progresso dos alunos nofomentar o progresso dos alunos no desenvolvimento da CLC;desenvolvimento da CLC;  Revelar a funcionalidade das TEELRevelar a funcionalidade das TEEL contempladas.contempladas.
  • 3. A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica Minervina DiasMinervina Dias  O QUÊ?O QUÊ?  PORQUÊ?PORQUÊ?  PARA QUÊ?PARA QUÊ?  COMO?COMO? Como abordar…Como abordar…
  • 4. O QUÊ?O QUÊ? «As actividades de escrita, fundamentalmente as de escrita expressiva e«As actividades de escrita, fundamentalmente as de escrita expressiva e lúdica, devem constituir um dos pilares do ensino-aprendizagem da Língualúdica, devem constituir um dos pilares do ensino-aprendizagem da Língua Materna no Ensino Básico.»Materna no Ensino Básico.» ME/DGEBS (1993: 81)ME/DGEBS (1993: 81) Gestão do tempo destinadoGestão do tempo destinado às modalidades da escrita (ME/DEB, 1991: 46)às modalidades da escrita (ME/DEB, 1991: 46) ESCREVER EM TERMOS PESSOAIS E CRIATIVOS • Escrever textos por sua iniciativa. • Escrever diferentes textos mediante proposta do professor. • Explorar a escrita de poemas. . Utilização de um caderno de escrita pessoal, de acordo com regras previamente negociadas, no qual o aluno pode escrever o que quiser, quando quiser e onde quiser. . Realização de oficinas de escrita, participação em concursos, projectos de escrita colaborativa. . “Jogar com a escrita”: caligramas, acrósticos, palavra proibida, palavra puxa palavra... Programas de Português do Ensino Básico (2009: 43 e 46)
  • 5. A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica Minervina DiasMinervina Dias PORQUÊ?PORQUÊ? «A maior parte dos educadores reconhece, espontaneamente, a influência primordial das disposições afectivas e da motivação, sobretudo no percurso escolar dos alunos e no seu desenvolvimento intelectual.» Morissette e Gingras (1994: 13) «A interiorização de hábitos de escrita decorre da«A interiorização de hábitos de escrita decorre da frequência da sua prática, associada a situações defrequência da sua prática, associada a situações de prazer e de reforço da autoconfiança.»prazer e de reforço da autoconfiança.» ME/DEB (1991: 32)ME/DEB (1991: 32)
  • 6. A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica Minervina DiasMinervina Dias Meio envolvente Áreas curriculares Escrita  Por que motivo devem os alunos gostar de escrever?Por que motivo devem os alunos gostar de escrever? «Pretende-se que a aprendizagem dote os alunos da capacidade de utilizar o texto escrito para desencadear a acção na vida social. […] para a intervenção na escola ou na comunidade envolvente.» Barbeiro (2003: 193)
  • 7. A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica Minervina DiasMinervina Dias PARA QUÊ?PARA QUÊ? «Créez dès aujourd’hui les hommes de«Créez dès aujourd’hui les hommes de demain. Il n’en reste pas moins aussi que ledemain. Il n’en reste pas moins aussi que le potentiel de créativité que possèdent tous lespotentiel de créativité que possèdent tous les enfants ne doit plus être perdu et englouti àenfants ne doit plus être perdu et englouti à jamais.»jamais.» BeaudotBeaudot (1980: 118)(1980: 118)
  • 8. A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica Minervina DiasMinervina Dias COMO?COMO? «En effet, laisser la porte ouverte à l’imagination c’est laisser une certaine liberté à l’élève pour s’exprimer.» Beaudot (1980: 48) «Na situação de professores de Português, hoje,«Na situação de professores de Português, hoje, de que modo poderemos contribuir para tornar ode que modo poderemos contribuir para tornar o mecanismo ensino/aprendizagem da língua materna nomecanismo ensino/aprendizagem da língua materna no processo eficaz e aliciante que se requer?»processo eficaz e aliciante que se requer?» Santos e BalanchoSantos e Balancho (1999: 16)(1999: 16)  Quais as TEEL que poderão contribuir para o desenvolvimento da CLCD?
  • 9. A Escrita Expressiva e LúdicaA Escrita Expressiva e Lúdica Minervina DiasMinervina Dias «Mostram-se muito produtivas para criar o desejo e o«Mostram-se muito produtivas para criar o desejo e o gosto pela escrita algumas técnicas já longamentegosto pela escrita algumas técnicas já longamente experimentadas».experimentadas». ME/DEB (1991: 58)ME/DEB (1991: 58) Técnicas de ligação de palavrasTécnicas de ligação de palavras Técnicas de intercâmbioTécnicas de intercâmbio Técnicas de dinâmica de grupoTécnicas de dinâmica de grupo TEEL Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas
  • 10. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 1. Técnicas de ligação de palavras1. Técnicas de ligação de palavras 1.1. Palavra puxa palavra1.1. Palavra puxa palavra 1.2. Letra puxa palavra1.2. Letra puxa palavra 1.3. Número puxa palavra1.3. Número puxa palavra 1.4. Caligrama1.4. Caligrama 1.5. Acróstico1.5. Acróstico 1.6. Lipograma1.6. Lipograma 1.7. Letra imposta1.7. Letra imposta
  • 11. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 1.1. Palavra puxa palavra1.1. Palavra puxa palavra «para os obrigar à alegria da descoberta da escrita.»«para os obrigar à alegria da descoberta da escrita.» MenéresMenéres (1999: 38)(1999: 38) Desenvolvimento: 1. O professor pede aos alunos para escreverem, no caderno diário, uma frase inventada no momento, com seis a dez palavras. 2. Explica que a última palavra dessa frase deverá iniciar a frase seguinte e assim sucessivamente. 3. Cada aluno cria o seu texto, durante o tempo combinado com o professor e de acordo com o número de linhas pedido, e dá- -lhe um título. 4. Todos os alunos lêem o seu texto e a turma escolhe três deles para serem aperfeiçoados na(s) aula(s) seguinte(s).
  • 12. Produção escritaProdução escrita:: Gralheira é vidaGralheira é vida Eu sou aluna da Escola do EBM da Gralheira.Eu sou aluna da Escola do EBM da Gralheira. Gralheira é uma aldeia bonita e cheia de flores.Gralheira é uma aldeia bonita e cheia de flores. Flores cheiram muito bem.Flores cheiram muito bem. Bem é o contrário de mal.Bem é o contrário de mal. Mal é o que os homens maus fazem.Mal é o que os homens maus fazem. Fazem desenhos muito bonitos.Fazem desenhos muito bonitos. Bonitos são os meninos, como o Filipe.Bonitos são os meninos, como o Filipe. Filipe é também um rapaz engraçado.Filipe é também um rapaz engraçado. Engraçado é o palhaço que trabalha no circo.Engraçado é o palhaço que trabalha no circo. Circo que percorre todo o mundo.Circo que percorre todo o mundo. Mundo que é muito grande.Mundo que é muito grande. Grande é uma sincera amizade.Grande é uma sincera amizade. Amizade é um dos mais nobres sentimentos que seAmizade é um dos mais nobres sentimentos que se sente pelas pessoas.sente pelas pessoas. Pessoas são os adultos que trabalham, os idosos quePessoas são os adultos que trabalham, os idosos que descansam e as crianças que brincam.descansam e as crianças que brincam. Brincam os mais pequenos com bonecas e carros.Brincam os mais pequenos com bonecas e carros. Carros precisam de gasolina.Carros precisam de gasolina. Gasolina vem do petróleo.Gasolina vem do petróleo. Petróleo chega da Ásia.Petróleo chega da Ásia. Ásia é o maior e mais populoso continente.Ásia é o maior e mais populoso continente. Continente é um conjunto de países. Alguns sãoContinente é um conjunto de países. Alguns são rodeados pelo oceano Pacífico.rodeados pelo oceano Pacífico. Pacífico é constituído por muita água.Pacífico é constituído por muita água. Água é essencial à vida!Água é essencial à vida! MarisaMarisa (12 anos)(12 anos)
  • 13. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 1.2. Letra puxa palavra1.2. Letra puxa palavra «Seguindo este método, parece que a preguiça desaparecia... pois os«Seguindo este método, parece que a preguiça desaparecia... pois os mais variados textos foram aparecendo, focando os mais variados episódios,mais variados textos foram aparecendo, focando os mais variados episódios, desde cenas de caça a aventuras fantásticas.»desde cenas de caça a aventuras fantásticas.» MenéresMenéres (1999: 37)(1999: 37) DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. O professor explica que cada aluno terá de escrever1. O professor explica que cada aluno terá de escrever as letras do alfabeto, pela sua ordem (algumas poderãoas letras do alfabeto, pela sua ordem (algumas poderão ser omitidas), linha a linha, numa folha do caderno diário.ser omitidas), linha a linha, numa folha do caderno diário. 2. O professor pode sugerir um tema que sirva aos2. O professor pode sugerir um tema que sirva aos alunos que sintam alguma dificuldade inicial.alunos que sintam alguma dificuldade inicial. 3. Cada aluno cria o seu texto, de maneira a que a3. Cada aluno cria o seu texto, de maneira a que a primeira palavra a registar na linha comece pela letra queprimeira palavra a registar na linha comece pela letra que aí se encontra. Atribui-lhe também um título adequado.aí se encontra. Atribui-lhe também um título adequado. 4. Os textos são lidos pelos seus autores e, de4. Os textos são lidos pelos seus autores e, de preferência, aperfeiçoados na(s) aula(s) seguinte(s).preferência, aperfeiçoados na(s) aula(s) seguinte(s).
  • 14. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produção escritaProdução escrita :: Brincadeira no jardimBrincadeira no jardim AAndava Maria a passear, no jardim, quando encontrou umandava Maria a passear, no jardim, quando encontrou uma BBolota. Pegou nela e observou-aolota. Pegou nela e observou-a CCom olhos de ver. Mas,om olhos de ver. Mas, DDe repente, surgiu ume repente, surgiu um EEnorme cão à suanorme cão à sua FFrente. Então, como viu que ele queria brincar, Maria fezrente. Então, como viu que ele queria brincar, Maria fez GGirar a bolota no chão.irar a bolota no chão. –– HHá muito tempo que não brincava com animais!á muito tempo que não brincava com animais! IImitou o cão e foi a correr até chegar junto dele, quemitou o cão e foi a correr até chegar junto dele, que JJá segurava a bolota, com a pata direita. Abocanhou-a, de seguida,á segurava a bolota, com a pata direita. Abocanhou-a, de seguida, LLargando-a, depois, aos pés da Maria, de quem já gostava.argando-a, depois, aos pés da Maria, de quem já gostava. –– NNico! Vou chamar-te Nico! – dizia Maria, enquantoico! Vou chamar-te Nico! – dizia Maria, enquanto OO olhava, a sorrir.olhava, a sorrir. PPegou nele ao colo e levou-o para sua casa. A partir desse dia,egou nele ao colo e levou-o para sua casa. A partir desse dia, tornaram-se inseparáveis!tornaram-se inseparáveis! InêsInês (11 anos)(11 anos)
  • 15. 1.3. Número puxa palavra1.3. Número puxa palavra OO desenvolvimentodesenvolvimento da técnicada técnica Número puxa palavraNúmero puxa palavra faz-se da mesmafaz-se da mesma forma que a anterior, substituindo as letras por «algarismos, números (queforma que a anterior, substituindo as letras por «algarismos, números (que podem ser seguidos, mas também se podem escrever ao acaso, ou só pares,podem ser seguidos, mas também se podem escrever ao acaso, ou só pares, ou só ímpares, ou como se quiser)»ou só ímpares, ou como se quiser)» MenéresMenéres (1999: 41-42)(1999: 41-42) Viagem possívelViagem possível UmUm dia, alguém foi à Lua e encontrou, muito distantedia, alguém foi à Lua e encontrou, muito distante da Terra,da Terra, doisdois aviões muito grandes e vermelhos, com janelasaviões muito grandes e vermelhos, com janelas douradas, pilotados pordouradas, pilotados por trêstrês pilotos cada um.pilotos cada um. QuatroQuatro passageiros viram a Lua cheia de crateras epassageiros viram a Lua cheia de crateras e repararam querepararam que cincocinco delas estavam activas.delas estavam activas. SeisSeis pedras gigantes cobriam cada uma das crateraspedras gigantes cobriam cada uma das crateras activas. Quando os aviões as sobrevoaram, viram maisactivas. Quando os aviões as sobrevoaram, viram mais setesete crateras que se encontravam inactivas. Logo acrateras que se encontravam inactivas. Logo a seguir, passaram paraseguir, passaram para oitooito. À volta destas, planavam. À volta destas, planavam novenove aves gigantescas que se juntaram a um bandoaves gigantescas que se juntaram a um bando dede dezdez que voava em direcção a oriente.que voava em direcção a oriente. TiagoTiago (11 anos)(11 anos) Produção escritaProdução escrita::
  • 16. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 1.4. Caligrama1.4. Caligrama «consiste em desenhar uma letra de forma a«consiste em desenhar uma letra de forma a sublinhar o significado de toda a palavra a que elesublinhar o significado de toda a palavra a que ele pertence.»pertence.» ME/DGEBS (1993: 113)ME/DGEBS (1993: 113) Desenvolvimento:Desenvolvimento: 1. O professor explica que esta técnica consiste em1. O professor explica que esta técnica consiste em desenhar uma palavra ou uma frase inventadas que levemdesenhar uma palavra ou uma frase inventadas que levem os colegas a entenderem a mensagem que se escreve.os colegas a entenderem a mensagem que se escreve. 2. Cada aluno representa a sua palavra, frase ou ideia.2. Cada aluno representa a sua palavra, frase ou ideia. 3. Um a um, todos dão a ler à turma a sua mensagem, de3. Um a um, todos dão a ler à turma a sua mensagem, de preferência através da utilização do quadro interactivo oupreferência através da utilização do quadro interactivo ou do acetato e retroprojector.do acetato e retroprojector. 4. A turma poderá seleccionar as três mensagens mais4. A turma poderá seleccionar as três mensagens mais sugestivas.sugestivas.
  • 17. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produção Escrita:Produção Escrita:
  • 18. Minervina DiasMinervina Dias 1.5. Acróstico1.5. Acróstico «consiste em iniciar cada verso com uma letra de uma palavra«consiste em iniciar cada verso com uma letra de uma palavra escrita verticalmente. O conteúdo do poema deve relacionar-se com oescrita verticalmente. O conteúdo do poema deve relacionar-se com o significado dessa palavra.»significado dessa palavra.» ME/DGEBS (1993: 90)ME/DGEBS (1993: 90) DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. O professor sugere que cada aluno escreva um pequeno1. O professor sugere que cada aluno escreva um pequeno poema e que pense em algo sobre o qual vai escrever, sempoema e que pense em algo sobre o qual vai escrever, sem que a palavra conste do conteúdo, com a excepção de aque a palavra conste do conteúdo, com a excepção de a mesma existir obrigatoriamente na vertical, no início de cadamesma existir obrigatoriamente na vertical, no início de cada verso.verso. 2. Cada aluno escreve a palavra pensada, na vertical,2. Cada aluno escreve a palavra pensada, na vertical, colocando cada uma das suas letras no início das linhas.colocando cada uma das suas letras no início das linhas. 3. Inicia-se a escrita pela letra registada na linha, de maneira3. Inicia-se a escrita pela letra registada na linha, de maneira a que o conteúdo do pequeno poema se relacione com oa que o conteúdo do pequeno poema se relacione com o significado da palavra.significado da palavra. 4. Faz-se a leitura dos poemas criados, pelo próprio autor,4. Faz-se a leitura dos poemas criados, pelo próprio autor, pelo colega do lado ou pelo professor.pelo colega do lado ou pelo professor.
  • 19. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produção escritaProdução escrita :: FFaminta anda, na Primavera e no Verão, àaminta anda, na Primavera e no Verão, à procura de migalhas.procura de migalhas. OOntem, hoje e amanhã, sempre sem cessar.ntem, hoje e amanhã, sempre sem cessar. RResguarda tudo o que pode, a todo o momento,esguarda tudo o que pode, a todo o momento, sem parar.sem parar. MMateriais não comestíveis não lhe interessam;ateriais não comestíveis não lhe interessam; guarda só o que se come.guarda só o que se come. IIndo e esgaravatando, consegue o seu intento.ndo e esgaravatando, consegue o seu intento. GGuarda, no seu buraco, grandes reservas para ouarda, no seu buraco, grandes reservas para o Inverno.Inverno. AAnsiosa anda, porque muito tem que trabalhar!nsiosa anda, porque muito tem que trabalhar! CláudiaCláudia (10 anos)(10 anos)
  • 20. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 1.6. Lipograma1.6. Lipograma OO LipogramaLipograma, também conhecido por, também conhecido por Letra proibidaLetra proibida, «consiste, «consiste em escrever um texto, omitindo uma ou várias letras do alfabeto.»em escrever um texto, omitindo uma ou várias letras do alfabeto.» ME/DGEBS (1993: 97)ME/DGEBS (1993: 97) DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. O professor apresenta e distribui fotocópia do1. O professor apresenta e distribui fotocópia do texto que irá ser trabalhado.texto que irá ser trabalhado. 2. Um aluno voluntário ou o professor lê o texto e2. Um aluno voluntário ou o professor lê o texto e esclarecem-se casuais significados de palavras.esclarecem-se casuais significados de palavras. 3. Escolhe-se a letra a suprimir e alerta-se para o3. Escolhe-se a letra a suprimir e alerta-se para o facto de não se poderem realizar grandes alteraçõesfacto de não se poderem realizar grandes alterações contextuais.contextuais. 4. Cada aluno faz a reescrita do texto, que também4. Cada aluno faz a reescrita do texto, que também pode ser realizada por pequenos grupos.pode ser realizada por pequenos grupos. 5. Faz-se a leitura e o eventual aperfeiçoamento dos5. Faz-se a leitura e o eventual aperfeiçoamento dos textos.textos.
  • 21. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produção escritaProdução escrita:: Um “fenómeno” chamado Harry Potter Numa altura em que os nossos jovens e crianças dominam as novas tecnologias, melhor que muitos adultos, ver uma criança ou um jovem a ler um livro é algo de intrigante, uma vez que agora, com a publicação dos livros de Harry Potter, tudo mudou. Quem havia de dizer em 1997, quando saiu o primeiro volume das aventuras de Harry Potter, que uma histeria colectiva se ia apoderar de grandes e pequenos, a ponto de fazerem fila de espera quando está para sair um novo volume, e isto mesmo fora de horas? Dr.ª Maria Fernanda de Carvalho Barroca Jornal Miradouro 19-12-2003 Texto original:Texto original: Lipograma emLipograma em u:u: ““Fenómeno” chamado Harry PotterFenómeno” chamado Harry Potter Nesta época de domínio das novas tecnologias pelos nossos jovens eNesta época de domínio das novas tecnologias pelos nossos jovens e crianças, com vantagem sobre os pais, além de ver bastante gente crescida,crianças, com vantagem sobre os pais, além de ver bastante gente crescida, ver crianças e jovens a ler livros é algo de intrigante, isto é, era algo dever crianças e jovens a ler livros é algo de intrigante, isto é, era algo de intrigante, pois agora, com a edição dos livros de Harry Potter, as coisasintrigante, pois agora, com a edição dos livros de Harry Potter, as coisas alteraram-se. Certa pessoa adivinharia, em 1997, no momento da saída doalteraram-se. Certa pessoa adivinharia, em 1997, no momento da saída do primeiro livro das peripécias de Harry Potter, a histeria colectiva a apoderar-seprimeiro livro das peripécias de Harry Potter, a histeria colectiva a apoderar-se dos pais e filhos, a ponto de fazerem fila de espera para comprarem novo livro,dos pais e filhos, a ponto de fazerem fila de espera para comprarem novo livro, e isto mesmo fora de horas?e isto mesmo fora de horas? Ricardo MiguelRicardo Miguel (14 anos)(14 anos)
  • 22. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 1.7. Letra imposta1.7. Letra imposta «consiste em escrever um texto, utilizando o maior número possível de vezes:«consiste em escrever um texto, utilizando o maior número possível de vezes: –– uma ou mais letrasuma ou mais letras –– um mesmo fonema ainda que com diferentes grafias.»um mesmo fonema ainda que com diferentes grafias.» ME/DGEBS (1993: 100)ME/DGEBS (1993: 100) DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. Depois de conhecer as variantes, a turma escolhe a1. Depois de conhecer as variantes, a turma escolhe a variante a aplicar e a(s) letra(s) a utilizar.variante a aplicar e a(s) letra(s) a utilizar. 2. Individualmente ou em grupo, cria-se a quadra ou frase.2. Individualmente ou em grupo, cria-se a quadra ou frase. 3. Faz-se a leitura e o eventual aperfeiçoamento do3. Faz-se a leitura e o eventual aperfeiçoamento do trabalho realizado.trabalho realizado. VariantesVariantes :: a)a) Começar todas as palavras pela mesma letra (Começar todas as palavras pela mesma letra (TautogramaTautograma).). b)b) Utilizar todas as letras do alfabeto na frase mais curta possível, comUtilizar todas as letras do alfabeto na frase mais curta possível, com correcção gramatical e semântica.correcção gramatical e semântica. c)c) Empregar, numa mesma frase ou quadra, uma única consoante ou umaEmpregar, numa mesma frase ou quadra, uma única consoante ou uma mesma consoante, no início de todas as sílabas.mesma consoante, no início de todas as sílabas.
  • 23. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produções escritasProduções escritas:: (Exemplos resultantes de cada uma das variantes referidas.)(Exemplos resultantes de cada uma das variantes referidas.) Papá papou papa.Papá papou papa. Popey palpou Pipa.Popey palpou Pipa. Pipa papou papa.Pipa papou papa. Pupa põe pau por Pipo.Pupa põe pau por Pipo. José SaraivaJosé Saraiva (12 anos)(12 anos) NNadaada nnaa nnuvemuvem NNuncaunca nnadou.adou. NNemem nnarizariz nnarigudo,arigudo, nnelaela nnotou.otou. NNaquelaaquela nnuvenzinhauvenzinha nnãoão nnorteou.orteou. RosaRosa (11 anos)(11 anos) É a vez do homem que fala, noÉ a vez do homem que fala, no canto da sala de jantar, pagar ocanto da sala de jantar, pagar o xarope e beber whisky.xarope e beber whisky. Vera LúciaVera Lúcia (11 anos)(11 anos)
  • 24. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 2. Técnicas de intercâmbio2. Técnicas de intercâmbio 2.1. Quem sou eu?2.1. Quem sou eu? 2.2. Saber seleccionar2.2. Saber seleccionar 2.3. Eu sou…2.3. Eu sou… 2.4. Eu e o grupo2.4. Eu e o grupo
  • 25. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 2.1. Quem sou eu?2.1. Quem sou eu?  Quem sou eu?Quem sou eu? ((Pinto et alPinto et al., 2003: 17) facilita escrever., 2003: 17) facilita escrever sobre si, favorecendo o autoconhecimento e a partilhasobre si, favorecendo o autoconhecimento e a partilha de interesses.de interesses. «Quanto mais se comunica com os outros, revelando«Quanto mais se comunica com os outros, revelando a personalidade, tirando as máscaras, tanto mais sea personalidade, tirando as máscaras, tanto mais se cresce em confiança.»cresce em confiança.» Pinto et alPinto et al. (2003: 41). (2003: 41)
  • 26. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. O professor explica que através da partilha de gostos e interesses é1. O professor explica que através da partilha de gostos e interesses é possível abrir o coração e compartilhar o que é pessoal, para sepossível abrir o coração e compartilhar o que é pessoal, para se construir e avançar na amizade.construir e avançar na amizade. 2. Solicita duas atitudes: grande interesse em conhecer o outro e ouvi-2. Solicita duas atitudes: grande interesse em conhecer o outro e ouvi- -lo com atenção.-lo com atenção. 3. Cada aluno escreve o seu nome num papel que será colocado,3. Cada aluno escreve o seu nome num papel que será colocado, juntamente com todos os outros, numa caixa.juntamente com todos os outros, numa caixa. 4. Um aluno tira dois papéis, lê os seus nomes e forma-se o primeiro4. Um aluno tira dois papéis, lê os seus nomes e forma-se o primeiro duo, e assim sucessivamente com todos.duo, e assim sucessivamente com todos. 5. A cada duo, entrega-se o exercício de comunicação e uma folha em5. A cada duo, entrega-se o exercício de comunicação e uma folha em branco.branco. 6. O professor explica, então, as regras:6. O professor explica, então, as regras: a) Durante 10 minutos, cada um faz perguntas do exercício dea) Durante 10 minutos, cada um faz perguntas do exercício de comunicação ao seu par, o qual terá de responder às mesmas,comunicação ao seu par, o qual terá de responder às mesmas, oralmente e por escrito;oralmente e por escrito; b) Cada um pode fazer as perguntas que escolher, pela ordem queb) Cada um pode fazer as perguntas que escolher, pela ordem que preferir;preferir; c) Não fazem perguntas às quais não estejam dispostos ac) Não fazem perguntas às quais não estejam dispostos a responder se o outro as fizer;responder se o outro as fizer; d) No final, cada um partilha com a turma, através da leitura orald) No final, cada um partilha com a turma, através da leitura oral individual, as respostas dadas.individual, as respostas dadas.
  • 27. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias  Exemplo de um exercício de comunicaçãoExemplo de um exercício de comunicação :: 1. Quem é o teu melhor amigo?1. Quem é o teu melhor amigo? O meu melhor amigo é o meu irmãoO meu melhor amigo é o meu irmão.. 2. Qual é o desporto que preferes?2. Qual é o desporto que preferes? O desporto que prefiro é o futebolO desporto que prefiro é o futebol.. 3. Quem é que admiras mais?3. Quem é que admiras mais? Admiro mais o meu irmãoAdmiro mais o meu irmão.. 4. Qual a profissão que gostarias de ter no futuro?4. Qual a profissão que gostarias de ter no futuro? Eu gostaria de ser juizEu gostaria de ser juiz.. 5. Qual o desejo que apresentarias a uma fada?5. Qual o desejo que apresentarias a uma fada? O desejo que apresentariaO desejo que apresentaria a uma fada era ser o melhor em tudoa uma fada era ser o melhor em tudo.. 6. Que problemas é que te preocupam?6. Que problemas é que te preocupam? Não tenho problemas que meNão tenho problemas que me preocupempreocupem.. 7. Que programa da TV te agrada mais?7. Que programa da TV te agrada mais? O programa que me agrada mais éO programa que me agrada mais é a série “Uma aventura”a série “Uma aventura”.. 8. Qual é a tua diversão favorita?8. Qual é a tua diversão favorita? A minha diversão favorita é andar deA minha diversão favorita é andar de bicicletabicicleta.. 9. De que comida gostas menos?9. De que comida gostas menos? Gosto menos de arrozGosto menos de arroz.. 10. Que importância tem Deus na tua vida?10. Que importância tem Deus na tua vida? Deus tem muita importância naDeus tem muita importância na minha vidaminha vida.. 11. Qual foi o dia mais feliz da tua vida?11. Qual foi o dia mais feliz da tua vida? O dia mais feliz foi quando os meusO dia mais feliz foi quando os meus pais compraram um computadorpais compraram um computador..
  • 28. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 12. Mentiste alguma vez aos teus pais, em algo de importante?12. Mentiste alguma vez aos teus pais, em algo de importante? Acho queAcho que nunca mentinunca menti.. 13. Tens problemas de saúde?13. Tens problemas de saúde? Não, felizmente não tenho problemas deNão, felizmente não tenho problemas de saúdesaúde.. 14. Qual é o teu maior defeito?14. Qual é o teu maior defeito? É acordar durante a noiteÉ acordar durante a noite.. 15. De que sentes mais orgulho em ti?15. De que sentes mais orgulho em ti? Sinto orgulho em ser bom alunoSinto orgulho em ser bom aluno.. 16. Qual foi o teu maior fracasso?16. Qual foi o teu maior fracasso? Acho que não tive qualquer fracassoAcho que não tive qualquer fracasso.. 17. Quem é que mais te repreende ou castiga?17. Quem é que mais te repreende ou castiga? É a minha mãeÉ a minha mãe.. 18. Qual a maior queixa que tens da escola?18. Qual a maior queixa que tens da escola? Não me queixo de nadaNão me queixo de nada.. 19. Se pudesses ser um animal, qual o que escolherias?19. Se pudesses ser um animal, qual o que escolherias? Escolheria ser umEscolheria ser um cão, amigo fiel do homemcão, amigo fiel do homem.. 20. Se pudesses fazer uma viagem, quem é que gostarias que te20. Se pudesses fazer uma viagem, quem é que gostarias que te acompanhasse?acompanhasse? Gostaria de ser acompanhado pela minha famíliaGostaria de ser acompanhado pela minha família.. 21. O que pensas sobre o chorar diante dos outros?21. O que pensas sobre o chorar diante dos outros? Nada pensoNada penso.. 22. Em que julgas precisar de ajuda?22. Em que julgas precisar de ajuda? Preciso de ajuda quando estou doentePreciso de ajuda quando estou doente.. 23. Gostaste de realizar este exercício de comunicação?23. Gostaste de realizar este exercício de comunicação? Sim, gosteiSim, gostei.. HélderHélder (11 anos)(11 anos)
  • 29. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 2.2. Saber seleccionar2.2. Saber seleccionar Saber seleccionarSaber seleccionar foi baptizada pelos nossos alunos da turma A dafoi baptizada pelos nossos alunos da turma A da Escola do EBM da Gralheira, do ano lectivo de 2000/2001, quando se pensouEscola do EBM da Gralheira, do ano lectivo de 2000/2001, quando se pensou em fazer um jogo de escrita que apelasse à atenção e ao conhecimento de si,em fazer um jogo de escrita que apelasse à atenção e ao conhecimento de si, dos outros e de tudo o que nos rodeia.dos outros e de tudo o que nos rodeia. DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. O professor escreve, no quadro da sala de aula, várias1. O professor escreve, no quadro da sala de aula, várias palavras que sirvam ao exercício de comunicação e solicitapalavras que sirvam ao exercício de comunicação e solicita a colaboração dos alunos, fornecendo pistas temáticas.a colaboração dos alunos, fornecendo pistas temáticas. 2. Distribui uma folha de frases incompletas, a cada aluno.2. Distribui uma folha de frases incompletas, a cada aluno. 3. Os alunos realizam a leitura total da folha e3. Os alunos realizam a leitura total da folha e seleccionam, do quadro, as palavras que possamseleccionam, do quadro, as palavras que possam organizar e que sirvam para completar as frases.organizar e que sirvam para completar as frases. 4. Cada aluno lê as frases que completou. As mesmas4. Cada aluno lê as frases que completou. As mesmas deverão ter sentido, mas não é necessário defendê-las.deverão ter sentido, mas não é necessário defendê-las.
  • 30. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Exemplos de frases por completar e produção escritaExemplos de frases por completar e produção escrita :: Os meus objectos favoritos são...Os meus objectos favoritos são... brinquedos e carrosbrinquedos e carros.. Agrada-me...Agrada-me... ter irmãoster irmãos.. Se pudesse escolher um sítio aonde ir...Se pudesse escolher um sítio aonde ir... SuíçaSuíça.. Às vezes, sinto-me...Às vezes, sinto-me... tristetriste.. Quero aprender a...Quero aprender a... cozinharcozinhar.. À noite, costumo...À noite, costumo... dormirdormir.. Tenho dificuldades com...Tenho dificuldades com... máquinasmáquinas.. Sinto-me honrado, quando...Sinto-me honrado, quando... consigo trabalharconsigo trabalhar.. Quando vou com a minha mãe às compras, eu...Quando vou com a minha mãe às compras, eu... ajudoajudo.. Prefiro que...Prefiro que... haja solhaja sol.. Quando crescer mais, quero...Quando crescer mais, quero... ter bom trabalhoter bom trabalho.. Não gosto que...Não gosto que... batambatam.. Detesto que...Detesto que... ralhemralhem.. Quando vejo alguém a precisar de ajuda...Quando vejo alguém a precisar de ajuda... ajudo sempre.ajudo sempre. Boa atitude é...Boa atitude é... agir correctamenteagir correctamente.. O melhor que me aconteceu foi...O melhor que me aconteceu foi... ir a Lisboair a Lisboa.. Eu penso que...Eu penso que... é bom viveré bom viver.. Eu gosto de...Eu gosto de... jogar futeboljogar futebol.. Penso que os meus amigos gostam de mim porque...Penso que os meus amigos gostam de mim porque... sou bom amigosou bom amigo.. Eu sou...Eu sou... simpáticosimpático.. Não gosto...Não gosto... de figosde figos.. Eu quero...Eu quero... ser o Super-Homemser o Super-Homem.. Ensinei alguém a...Ensinei alguém a... trabalhar na escolatrabalhar na escola.. Consegui...Consegui... organizar os livrosorganizar os livros.. Ando na escola...Ando na escola... para aprenderpara aprender.. Em casa...Em casa... ajudo e brinco.ajudo e brinco. João CarlosJoão Carlos (11 anos)(11 anos)
  • 31. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 2.3. Eu sou…2.3. Eu sou… Eu sou…Eu sou… é uma técnica sugerida e apresentada pela formadoraé uma técnica sugerida e apresentada pela formadora Isabel Saavedra (Oficina de Formação para professores, CEFOP –Isabel Saavedra (Oficina de Formação para professores, CEFOP – L.A.R.T., entre 16/10/2001 e 13/12/2001).L.A.R.T., entre 16/10/2001 e 13/12/2001). VarianteVariante:: Pode fazer-se o mesmo exercício utilizando frasesPode fazer-se o mesmo exercício utilizando frases começadas porcomeçadas por Eu não gosto deEu não gosto de... ou outras.... ou outras. DesenvolvimentoDesenvolvimento :: 1. O professor pede a cada aluno para escrever frases começadas1. O professor pede a cada aluno para escrever frases começadas porpor Eu sou...Eu sou... ouou Eu quero...Eu quero..., tantas quantas quiser, no caderno ou, tantas quantas quiser, no caderno ou numa folha. Solicita-se que escrevam depressa, sem reflectiremnuma folha. Solicita-se que escrevam depressa, sem reflectirem muito.muito. 2. Organizam-se os alunos em grupos de dois. Podem emparceirar2. Organizam-se os alunos em grupos de dois. Podem emparceirar com o colega que estiver ao lado, com o que conheçam menos bemcom o colega que estiver ao lado, com o que conheçam menos bem ou pode o professor organizar os pares.ou pode o professor organizar os pares. 3. Dão-se cerca de 10 minutos para partilharem com o parceiro o3. Dão-se cerca de 10 minutos para partilharem com o parceiro o que quiserem das suas frases.que quiserem das suas frases. 4. No final, cada um lê, em voz alta, as respostas dadas.4. No final, cada um lê, em voz alta, as respostas dadas. 5. De novo em grande grupo, dá-se a possibilidade, a quem o quiser,5. De novo em grande grupo, dá-se a possibilidade, a quem o quiser, de fazer as suas reflexões sobre esta TEEL de intercâmbio.de fazer as suas reflexões sobre esta TEEL de intercâmbio.
  • 32. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produção escritaProdução escrita:: Eu sou amiga de toda a gente.Eu sou amiga de toda a gente. Eu sou feliz como sou.Eu sou feliz como sou. Eu sou fã do Harry Potter.Eu sou fã do Harry Potter. Eu sou muito esperta.Eu sou muito esperta. Eu sou mortal como todos os outros.Eu sou mortal como todos os outros. Eu sou estudante do 2.º ciclo.Eu sou estudante do 2.º ciclo. Eu sou cristã.Eu sou cristã. Eu sou adepta do clube do Porto.Eu sou adepta do clube do Porto. Eu sou portuguesa.Eu sou portuguesa. Eu sou natural da Gralheira.Eu sou natural da Gralheira. Eu sou aEu sou a Rosa Maria Fonseca RodriguesRosa Maria Fonseca Rodrigues.. Eu quero ser feliz.Eu quero ser feliz. Eu quero ser invencível.Eu quero ser invencível. Eu quero ser forte.Eu quero ser forte. Eu quero ser trabalhador.Eu quero ser trabalhador. Eu quero ser espectacular.Eu quero ser espectacular. Eu quero ser um craque nos computadores.Eu quero ser um craque nos computadores. Eu quero ser futebolista do clube do Benfica.Eu quero ser futebolista do clube do Benfica. Eu quero que os meus pais tenham sempre saúde.Eu quero que os meus pais tenham sempre saúde. Eu quero... eu quero... eu quero ter tudo o que for possível!Eu quero... eu quero... eu quero ter tudo o que for possível! CarlosCarlos (12 anos)(12 anos)
  • 33. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 2.4. Eu e o grupo2.4. Eu e o grupo Eu e o grupo…Eu e o grupo… permite «Ajudar os elementos do grupo a reflectirpermite «Ajudar os elementos do grupo a reflectir sobre a forma como se posicionam neste.»sobre a forma como se posicionam neste.» Pinto et al.Pinto et al. (2003: 68)(2003: 68) DesenvolvimentoDesenvolvimento :: 1. O professor distribui fotocópia de uma série de frases1. O professor distribui fotocópia de uma série de frases por completar. Pede aos alunos para se organizarem empor completar. Pede aos alunos para se organizarem em grupos de dois e trocarem impressões com o seu par,grupos de dois e trocarem impressões com o seu par, antes de começarem a responder individualmente.antes de começarem a responder individualmente. 2. Os grupos podem ser constituídos do seguinte modo:2. Os grupos podem ser constituídos do seguinte modo: numeram-se os alunos de 1 a 8, recomeçando aténumeram-se os alunos de 1 a 8, recomeçando até chegar ao último, e cada um fixa o número com que fica.chegar ao último, e cada um fixa o número com que fica. No fim, os que têm o n.º 1 formam um grupo, os que têmNo fim, os que têm o n.º 1 formam um grupo, os que têm o n.º 2 formam outro e assim sucessivamente.o n.º 2 formam outro e assim sucessivamente. 3. Trocam as respostas dadas ao exercício, realizam a3. Trocam as respostas dadas ao exercício, realizam a eventual correcção e cada um comunica a fraseeventual correcção e cada um comunica a frase completa do colega a toda a turma.completa do colega a toda a turma.
  • 34. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Exemplo de um exercício com produção escritaExemplo de um exercício com produção escrita (adaptado de(adaptado de Pinto et alPinto et al., 2003: 68)., 2003: 68) O meu passatempo preferido é...O meu passatempo preferido é... ver televisãover televisão.. A minha actividade preferida, na escola, é...A minha actividade preferida, na escola, é... falarfalar.. Fico feliz quando...Fico feliz quando... trabalho em grupotrabalho em grupo.. Não fico seguro quando...Não fico seguro quando... não sei como fazer alguma coisanão sei como fazer alguma coisa.. Trabalho melhor quando...Trabalho melhor quando... estou com colegasestou com colegas.. Quando entro num grupo novo, eu...Quando entro num grupo novo, eu... fico contentefico contente.. Uma das minhas qualidades é...Uma das minhas qualidades é... ser boa amigaser boa amiga.. Quando um grupo começa, eu...Quando um grupo começa, eu... quero fazer parte delequero fazer parte dele.. Quando estou num grupo novo, sinto-me mais à vontade quando...Quando estou num grupo novo, sinto-me mais à vontade quando... são todos meus amigossão todos meus amigos.. Quando os outros estão em silêncio, eu...Quando os outros estão em silêncio, eu... quebro o silêncioquebro o silêncio.. Quando alguém fala o tempo todo, eu...Quando alguém fala o tempo todo, eu... não fico calada a ouvirnão fico calada a ouvir.. Tenho vontade de retirar-me do grupo, quando...Tenho vontade de retirar-me do grupo, quando... me aborrecemme aborrecem.. Num grupo, sinto mais medo de...Num grupo, sinto mais medo de... me zangar com alguémme zangar com alguém.. Quando alguém fica magoado, eu...Quando alguém fica magoado, eu... ajudo essa pessoaajudo essa pessoa.. Fico magoado facilmente quando...Fico magoado facilmente quando... me dizem que sou o que não soume dizem que sou o que não sou.. Sinto-me mais solitário num grupo, quando...Sinto-me mais solitário num grupo, quando... estão contra as minhas ideiasestão contra as minhas ideias.. Aqueles que realmente me conhecem acham que eu sou...Aqueles que realmente me conhecem acham que eu sou... alegre e amigaalegre e amiga.. Eu confio nos colegas que...Eu confio nos colegas que... revelam ser meus amigosrevelam ser meus amigos.. Sinto-me mais próximo dos colegas, quando...Sinto-me mais próximo dos colegas, quando... estou perto delesestou perto deles.. As pessoas gostam de mim, quando...As pessoas gostam de mim, quando... lhes faço a vontadelhes faço a vontade.. A minha fraqueza maior é...A minha fraqueza maior é... falar muitofalar muito.. A minha força maior é...A minha força maior é... criar amigos facilmentecriar amigos facilmente.. ElisaElisa (12 anos)(12 anos)
  • 35. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 3. Técnicas de dinâmica de grupo3. Técnicas de dinâmica de grupo «Termo criado por Kurt Lewin (surge pela 1ª vez em 1944), que designa a vida dos grupos como forças ou processos múltiplos e activos.» Mão-de-Ferro e Fernandes (1990: 99) 3.1. Imagem com criação de texto3.1. Imagem com criação de texto 3.2. Três palavras para um texto3.2. Três palavras para um texto 3.3. Duas palavras para um poema3.3. Duas palavras para um poema 3.4.3.4. BrainstormingBrainstorming ou Chuva de ideiasou Chuva de ideias
  • 36. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. O professor entrega uma fotografia ou imagem sugestiva igual para1. O professor entrega uma fotografia ou imagem sugestiva igual para cada um dos grupos de alunos previamente constituídos. A imagemcada um dos grupos de alunos previamente constituídos. A imagem pode ter uma certa indefinição ou ambiguidade, para estimular apode ter uma certa indefinição ou ambiguidade, para estimular a criatividade e a diversidade. Dá instruções para que cada aluno, emcriatividade e a diversidade. Dá instruções para que cada aluno, em menos de 5 minutos, crie um título inspirado na imagem.menos de 5 minutos, crie um título inspirado na imagem. 2. Passado esse tempo, e numa segunda fase, solicita que cada grupo2. Passado esse tempo, e numa segunda fase, solicita que cada grupo escolha um dos títulos propostos pelos seus elementos e elaboreescolha um dos títulos propostos pelos seus elementos e elabore um texto, a partir da mesma imagem. (Numa primeira vez, poderáum texto, a partir da mesma imagem. (Numa primeira vez, poderá dar uma pequena pista e solicitar um número mínimo de linhas,dar uma pequena pista e solicitar um número mínimo de linhas, aumentando gradualmente o número de linhas, nas vezesaumentando gradualmente o número de linhas, nas vezes seguintes.)seguintes.) 3. Depois de concluído o texto, o porta-voz do grupo lê-o e relata o3. Depois de concluído o texto, o porta-voz do grupo lê-o e relata o processo da sua elaboração.processo da sua elaboração. 4. Trocam-se impressões em grande grupo-turma.4. Trocam-se impressões em grande grupo-turma. 5. Nas aulas posteriores, será de extrema utilidade realizar o5. Nas aulas posteriores, será de extrema utilidade realizar o aperfeiçoamento dos textos que foram criados, contribuindo assimaperfeiçoamento dos textos que foram criados, contribuindo assim para a correcção e o aprofundamento linguísticos.para a correcção e o aprofundamento linguísticos. 3.1. Imagem com criação de texto3.1. Imagem com criação de texto
  • 37. ANEXO I – Fotografia da menina afegãANEXO I – Fotografia da menina afegã MACURNY, Stede (2001, Novembro). Campo de refugiados 1982. Visão, 15.
  • 38. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produção escrita:Produção escrita: A menina sem paisA menina sem pais Era uma menina que vivia no Afeganistão e que sofria todas as coisasEra uma menina que vivia no Afeganistão e que sofria todas as coisas que lá existiam.que lá existiam. Ela não tinha pais nem amigos. Um dia, ela saiu de sua casa e foi darEla não tinha pais nem amigos. Um dia, ela saiu de sua casa e foi dar uma volta. Ao passar uma esquina, encontrou muitas crianças. Elauma volta. Ao passar uma esquina, encontrou muitas crianças. Ela sentou-se, à beira do passeio, e as outras crianças, por a verem tãosentou-se, à beira do passeio, e as outras crianças, por a verem tão triste, aproximaram-se dela e perguntaram-lhe:triste, aproximaram-se dela e perguntaram-lhe: –– Queres vir brincar connosco?Queres vir brincar connosco? –– Sim, quero. Mas eu não sei o que é brincar...!Sim, quero. Mas eu não sei o que é brincar...! –– Nós ensinamos-te – a menina começou então a chorar de alegria. –Nós ensinamos-te – a menina começou então a chorar de alegria. – Por que motivo estás tu a chorar?Por que motivo estás tu a chorar? –– É de alegria!É de alegria! Quando, mais tarde, foi para casa, disse para consigo: “A partir deQuando, mais tarde, foi para casa, disse para consigo: “A partir de hoje, os meus olhos poderão ter outro brilho!”hoje, os meus olhos poderão ter outro brilho!” Grupo doGrupo do Ricardo ManuelRicardo Manuel (13 anos)(13 anos)
  • 39. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 3.2. Três palavras para um texto3.2. Três palavras para um texto DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. O professor indica o tema e solicita três1. O professor indica o tema e solicita três palavras que pertençam a uma só classepalavras que pertençam a uma só classe gramatical: nomes, adjectivos, verbos...gramatical: nomes, adjectivos, verbos... 2. As palavras escolhidas são escritas no quadro.2. As palavras escolhidas são escritas no quadro. 3. Cada grupo de alunos cria um texto escrito,3. Cada grupo de alunos cria um texto escrito, subordinado ao tema previamente escolhido,subordinado ao tema previamente escolhido, que contenha essas palavras, num númeroque contenha essas palavras, num número mínimo de linhas acordado.mínimo de linhas acordado. 4. Os textos elaborados são todos lidos e faz-se o4. Os textos elaborados são todos lidos e faz-se o aperfeiçoamento do texto escolhido, emaperfeiçoamento do texto escolhido, em trabalho de grupo, na aula seguinte.trabalho de grupo, na aula seguinte.
  • 40. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produção escritaProdução escrita :: (Texto eleito pela turma)(Texto eleito pela turma) A Maria e os ConsertosA Maria e os Consertos A manhã estava linda na Rua da Alegria. Maria abriu a Lojinha dos Consertos.A manhã estava linda na Rua da Alegria. Maria abriu a Lojinha dos Consertos. Maria era uma jovem rosada, de olhos verdes e cabelo negro sedoso, que aprendera com oMaria era uma jovem rosada, de olhos verdes e cabelo negro sedoso, que aprendera com o seu pai, que já falecera há pouco mais de um ano, a consertar pequenas utilidades.seu pai, que já falecera há pouco mais de um ano, a consertar pequenas utilidades. ““Hoje, vou finalmente consertar o meu relógio!” – pensava ela enquanto destrancava a porta.Hoje, vou finalmente consertar o meu relógio!” – pensava ela enquanto destrancava a porta. “Sem ele nunca sei quando são horas de abrir ou de fechar a loja! Estou ansiosa por começar a“Sem ele nunca sei quando são horas de abrir ou de fechar a loja! Estou ansiosa por começar a arranjá-lo!”arranjá-lo!” –– Maria! Ó Maria! – chamou uma voz conhecida.Maria! Ó Maria! – chamou uma voz conhecida. Maria voltou-se para olhar. João vinha a correr em direcção a ela.Maria voltou-se para olhar. João vinha a correr em direcção a ela. –– Ah...! Estou tão contente por estares a abrir a loja! – arfou o João. – O meu candeeiroAh...! Estou tão contente por estares a abrir a loja! – arfou o João. – O meu candeeiro estragou-se!... Por favor, és capaz de mo arranjar?estragou-se!... Por favor, és capaz de mo arranjar? –– Olha João, já tinha pensado, para hoje, consertar o meu relógio! Importas-te de me trazer oOlha João, já tinha pensado, para hoje, consertar o meu relógio! Importas-te de me trazer o candeeiro amanhã?candeeiro amanhã? –– Aah... Pronto, está bem! – respondeu ele desapontado. – Mas é que ando a escrever umAah... Pronto, está bem! – respondeu ele desapontado. – Mas é que ando a escrever um texto para concorrer a “Uma Aventura Literária” e gostava de acabar de o escrever esta noite! Mas,texto para concorrer a “Uma Aventura Literária” e gostava de acabar de o escrever esta noite! Mas, para isso, preciso do candeeiro!para isso, preciso do candeeiro! Maria riu-se.Maria riu-se. –– Está bem, João! Já lhe dou uma vista de olhos! – João agradeceu-lhe e disse-lhe queEstá bem, João! Já lhe dou uma vista de olhos! – João agradeceu-lhe e disse-lhe que depressa voltaria.depressa voltaria. Pouco depois, foi a vez do Marcelino entrar na Lojinha dos Consertos.Pouco depois, foi a vez do Marcelino entrar na Lojinha dos Consertos. –– Olá, Maria! Preciso que me arranjes o meu relógio! Penso que deve ser falta de pilha.Olá, Maria! Preciso que me arranjes o meu relógio! Penso que deve ser falta de pilha. –– Está bem, Marcelino!Está bem, Marcelino! Maria já não pôde arranjar o seu relógio. Contudo, ficou muito satisfeita e feliz por terMaria já não pôde arranjar o seu relógio. Contudo, ficou muito satisfeita e feliz por ter contribuído para a alegria dos dois vizinhos e amigos!contribuído para a alegria dos dois vizinhos e amigos! SaraSara (10 anos)(10 anos) Os alunos escolheram, duma lista previamente elaborada em grupo, três adjectivos:Os alunos escolheram, duma lista previamente elaborada em grupo, três adjectivos: felizfeliz,, satisfeitosatisfeito,, lindolindo (podendo ser utilizados no feminino e no plural). Referimos que seria eleito, por toda a(podendo ser utilizados no feminino e no plural). Referimos que seria eleito, por toda a turma, o melhor texto, para participar noturma, o melhor texto, para participar no Concurso Uma Aventura... LiteráriaConcurso Uma Aventura... Literária promovido pela Editorialpromovido pela Editorial Caminho.Caminho.
  • 41. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 3.3. Duas palavras para um poema3.3. Duas palavras para um poema A partir da leitura docente de um poema pretende-se que os alunosA partir da leitura docente de um poema pretende-se que os alunos façam o levantamento das palavras de difícil compreensão. Duas delasfaçam o levantamento das palavras de difícil compreensão. Duas delas farão parte do poema a criar.farão parte do poema a criar. DesenvolvimentoDesenvolvimento :: 1. O professor lê o poema previamente escolhido e planificado, em1. O professor lê o poema previamente escolhido e planificado, em voz alta.voz alta. 2. Os alunos referem as palavras cujo significado não entendam.2. Os alunos referem as palavras cujo significado não entendam. 3. Escrevem-se as mesmas no quadro e os alunos realizam a3. Escrevem-se as mesmas no quadro e os alunos realizam a consulta ao dicionário. Cada par de alunos procura uma palavra econsulta ao dicionário. Cada par de alunos procura uma palavra e escreve, no quadro, os significados.escreve, no quadro, os significados. 4. Dessas palavras, a turma selecciona duas.4. Dessas palavras, a turma selecciona duas. 5. Cria-se um poema colectivo que contenha essas palavras.5. Cria-se um poema colectivo que contenha essas palavras. 6. Faz-se o aperfeiçoamento do poema, à medida que está a ser6. Faz-se o aperfeiçoamento do poema, à medida que está a ser criado.criado. 7. Realiza-se a leitura coral do poema, seguida da leitura oral7. Realiza-se a leitura coral do poema, seguida da leitura oral individual.individual.
  • 42. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Poema apresentadoPoema apresentado:: Oh, Bela!Oh, Bela! Terna e saudosa amada,Terna e saudosa amada, De ti, falar de outiva:De ti, falar de outiva: Ostracizaste o teu nada...Ostracizaste o teu nada... No mortal, subsistes viva!No mortal, subsistes viva! Dás poesia ingénita,Dás poesia ingénita, Com valor imarcescível!Com valor imarcescível! Restas, para sempre, emérita,Restas, para sempre, emérita, Vital provecta sofrível!Vital provecta sofrível! Minervina DiasMinervina Dias Produção escritaProdução escrita:: A nossa escritaA nossa escrita A Professora sempre nos diz:A Professora sempre nos diz: –– A preguiça é para ostracizar.A preguiça é para ostracizar. Porque escrita felizPorque escrita feliz Também temos de repensar!Também temos de repensar! Esta verdade é imarcescívelEsta verdade é imarcescível E nós constituímos prova certa.E nós constituímos prova certa. Cada um pode ser invencívelCada um pode ser invencível Quando a criatividade aperta.Quando a criatividade aperta. Turma ATurma A (6º ano)(6º ano) As palavras escolhidas foram:As palavras escolhidas foram: ostracizarostracizar ee imarcescívelimarcescível, as quais tinham de ser aplicadas, as quais tinham de ser aplicadas de acordo com esta ordem.de acordo com esta ordem.
  • 43. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias 3.4.3.4. BrainstormingBrainstorming ou Chuva de ideias ou Tempestade de ideiasou Chuva de ideias ou Tempestade de ideias «o objectivo da “Chuva de Ideias” é produzir muitas ideias úteis acerca de«o objectivo da “Chuva de Ideias” é produzir muitas ideias úteis acerca de qualquer tema ou problema num curto espaço de tempo».qualquer tema ou problema num curto espaço de tempo». Brandes e PhillipsBrandes e Phillips (1977: 14)(1977: 14) DesenvolvimentoDesenvolvimento:: 1. O professor apresenta o tema ou o problema à turma, registando-o no quadro,1. O professor apresenta o tema ou o problema à turma, registando-o no quadro, como centro do esquema que se vai criar.como centro do esquema que se vai criar. 2. As ideias são lançadas e registadas, no quadro, pelo professor ou por um2. As ideias são lançadas e registadas, no quadro, pelo professor ou por um aluno voluntário, à volta do tema ou do problema.aluno voluntário, à volta do tema ou do problema. 3. Cada vez que um aluno quiser apresentar a sua ideia, levanta a mão e3. Cada vez que um aluno quiser apresentar a sua ideia, levanta a mão e expressa-a.expressa-a. 4. Ao aluno que criticar ou julgar qualquer ideia apresentada, é-lhe4. Ao aluno que criticar ou julgar qualquer ideia apresentada, é-lhe impossibilitada a participação. Nada deve bloquear as ideias, desde queimpossibilitada a participação. Nada deve bloquear as ideias, desde que relacionadas com o tema ou o problema, para que a capacidade criativa darelacionadas com o tema ou o problema, para que a capacidade criativa da turma seja colocada ao serviço da escrita, na produção de ideias.turma seja colocada ao serviço da escrita, na produção de ideias. 5. Exame crítico das ideias. Todas elas são analisadas pelo grupo/turma, de5. Exame crítico das ideias. Todas elas são analisadas pelo grupo/turma, de acordo com os seguintes critérios:acordo com os seguintes critérios: - Realismo;- Realismo; - Possibilidade de ser aplicada;- Possibilidade de ser aplicada; - Originalidade;- Originalidade; - Valor da ideia, na relação com o tema ou na solução do problema;- Valor da ideia, na relação com o tema ou na solução do problema; - Eficácia.- Eficácia.
  • 44. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Produção escritaProdução escrita:: Estradas e pontes romanas Viriato Lusitanos Latim Séc. III a. C. – séc. V Península romanizada Direito romano Vinha Trigo Oliveira Árvores de fruto Cristianismo ROMANOS
  • 45. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias Distribuição dos professores do CAE Douro Sul segundo as TEEL que costumam dinamizar Dias (2005: 193) TÉCNICAS DE EEL N.º % Caligrama Acróstico Três Palavras para um Texto Duas Palavras para um Poema Lipograma ou Letra Proibida Letra Imposta Palavra Puxa Palavra Letra Puxa Palavra Imagem com Criação de Texto Tempestade de Ideias Eu sou Outra 27 71 30 25 13 18 71 27 89 48 29 06 23.90 62.80 26.50 22.10 11.50 15.90 62.80 23.90 78.80 42.50 25.70 05.30
  • 46. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias ConclusãoConclusão DINAMIZAÇÃO DE TEEL Produção textual associada a situações de prazer Maior capacidade de autonomia linguística na escrita e na expressão de vivências Libertação de ideias imaginativas Meio/forma de motivação Alternativa pedagógica à escrita Interesse didáctico Qualidade do processo de ensino-aprendizagem
  • 47. ConclusãoConclusão As TEEL: • Reflectem um processo de estímulo à inovação, revelador de vias possíveis para ultrapassar problemas dos alunos, no âmbito da escrita; • Constituem um desafio para que sejam divulgadas situações de melhoria e de progresso; • São um importante elemento de reforço na promoção da aquisição e desenvolvimento da CLCD.
  • 48. Técnicas e Propostas DidácticasTécnicas e Propostas Didácticas Minervina DiasMinervina Dias  O que influenciará a maior ou menorO que influenciará a maior ou menor frequência da dinamização de Técnicasfrequência da dinamização de Técnicas de Escrita Expressiva e Lúdica, na sala dede Escrita Expressiva e Lúdica, na sala de aulas?aulas?  DIAS, Minervina (2006).DIAS, Minervina (2006). Como abordar… A EscritaComo abordar… A Escrita Expressiva e Lúdica. Técnicas e Propostas DidácticasExpressiva e Lúdica. Técnicas e Propostas Didácticas.. Porto: Areal Editores.Porto: Areal Editores. Minervina Dias ESE de Viseu, 15 de Abril de 2009 Para reflectir…Para reflectir…