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INDISCIPLINA ESCOLAR NAS TURMAS DO SEXTO ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL II DA ESCOLA NELY RIBEIRO LUZ –
CANAFÍSTULA
Ana Angélica Bezerra Barbosa Dos Santos1
RESUMO
Sabe-se que o problema da indisciplina em sala de aula em todas as escolas têm
sido sem dúvida, uma das maiores preocupações existentes entre os educadores
em todo o Brasi, portanto o objetivo geral desse artigo é analisar a problemática da
Indisciplina Escolar, percebendo as causas, as dificuldades e as possibilidades de
superação do problema, como uma dificuldade de aprendizagem mais ampla e
abrangente. Como referenciais utilizamos a teoria de: Aquino (1996); Araujo (1996);
Buscaglia (1993); Ferreira (2008); Freire (2001); Guimarães (1996); La Taille (1996);
Vaz (1999), entre outros estudiosos que embasaram esse estudo. A metodologia
aplicada caracterizou-se por uma revisão de literatura à luz dos referenciais citados
com abordagem qualitativa e pesquisa de campo semi-estutruada com alunos do 6º
ano da Escola de Ensino Fundamental Nely Ribeiro Luz.. Os resultados obtidos
durante a investigação referente à indicisplina e dificuldade dos alunos foram
bastante satisfatórios, portanto, concluímos que para diminizar as causas, as
dificuldades e as possibilidades de superação do problema, temos que manter a
autonomia e segurança, a fim de criar meios para que aconteça a interação em
classe, com intermédio de atividades que sejam prazerosas e que contribuam para
identificação desses problemas indisciplinares que vem afetando a escola, família, a
comunidade e a sociedade.
Palavras chave: Indisciplina, Prática Pedagógica, Valores, Família
ABSTRAT
Keywords: Indiscipline, Teaching Practice, Values, Family
INTRODUÇÃO
Observando o dia-a-dia da escola pode-se notar que a educação brasileira,
de um modo geral, passa por um momento bastante delicado. Além da falta de uma
política pública educacional clara e eficiente, educadores, gestores, alunos, enfim,
1 Aluna Concludente do Curso de Especialização emPsicopedagogia Clinica eInstitucional pela Universidade
Estadual Valedo Acaraú-UVA
2
toda comunidade escolar alerta que algo bastante conflituoso vem acontecendo no
ambiente escolar.
Pretende-se com este artigo, não somente analisar essas dificuldades como
suas possibilidades de superação. A mesma tem a pretensão de contribuir com a
docência em sala de aula visto que um dos maiores problemas enfrentado pelos
professores sala de aula hoje é a indisciplina e geralmente a falta de compromisso
das famílias com o aprendizado dos filhos.
Dentre esses conflitos destaca-se a questão da indisciplina escola em sala
de aula, que tem sido vivenciada de forma intensa e apontada como um dos
principais alvos de discussões entre os profissionais da educação.
Tema polêmico, a indisciplina tornou-se um dos maiores obstáculos
pedagógicos nos dias atuais e é apontada como uma das causadoras da falta de
aproveitamento escolar, sendo muitas vezes considerada a grande “vilã” dentro do
ambiente escolar.
Que a profissão docente passa por um momento delicado é algo
reconhecido não apenas por quem faz da sala de aula o seu dia a dia, mas também
pelos estudiosos que se debruçam sobre o assunto. Philippe Perrenoud, referência
na Sociologia da Educação, costuma afirmar que nunca foi tão difícil ser professor.
Isso porque a escola passa por dois movimentos de mudança – ambos
externos aos seus muros. Por um lado cobram-se cada vez mais tarefas da
Instituição: ensino dos conteúdos regulares, temas transversais, cidadania, ética,
Educação sexual e por aí vai. De outro, afirma o especialista, “as condições de
exercício da profissão estão cada vez mais difíceis”.
Entre essas dificuldades, a indisciplina lidera a lista de queixas. Em pesquisa
realizada pelo Ibope em 2007 com 500 professores de todo o país revelou que 69%
apontavam a indisciplina e a falta de atenção entre os principais problemas da sala
de aula. Só quem sente na pele a questão no cotidiano tem a real dimensão de
como o problema é desgastante, levando ao desestímulo com a profissão e muitas
vezes até o abandono.
Mas é possível virar esse jogo. É possível conseguir uma turma atenta e
motivada. Na maioria das vezes trata-se de um trabalho de longo prazo com
3
avanços e recuos e rediscussões permanentes, em que o trabalho em Equipe é
essencial. Não há receita mágica mas muitos caminhos para chegar lá.
O objetivo geral desse artigo é analisar a problemática da Indisciplina
Escolar, percebendo as causas, as dificuldades e as possibilidades de superação do
problema, como uma dificuldade de aprendizagem mais ampla e abrangente.
Como referenciais utilizamos a teoria de: Aquino (1996); Araújo (1996);
Buscaglia (1993); Ferreira (2008); Freire (2001); Guimarães (1996); La Taille (1996);
VAZ (1999), entre outros estudiosos que embasaram esse estudo. A metodologia
aplicada caracterizou-se por uma revisão de literatura à luz dos referenciais citados
com abordagem qualitativa e pesquisa de campo semi-estutruada com alunos e
professores.
O trabalho abordará ..........tópicos: no primeiro falaremos sobre ...............e
no segundo abordaremos a ...................... e no terceiro falaremos ..............................
1. BREVE HISTÓRICO SOBRE INDISCIPLINA.
Como ponto de partida para essa reflexão convém analisarmos a origem e o
significado da palavra indisciplina. De uma forma mais genérica, o dicionário
elaborado por Ferreira (2008) define o termo como um procedimento, ato ou dito
contrário à disciplina. Complementando a explicação, o autor define a palavra
disciplina como: (1) Regime de ordem imposta ou mesmo consentida, (2) ordem que
convém ao bom funcionamento de uma organização, (3) relações de subordinação
do aluno ao mestre, (4) submissão a um regulamento, etc. Pesquisando-se o verbo
disciplinar encontramos como sinônimos: sujeitar-se ou submeter-se à disciplina,
castigar-se com disciplinas (FERREIRA, 2008).
Analisando o dicionário, pode-se tornar facilmente partidários da visão
negativa do conceito. O ato disciplinar acaba sendo compreendido como uma força
opressora, que tolhe a capacidade de decisão e a criatividade do sujeito. Esses
pensamentos talvez reflitam uma interpretação equivocada dos pressupostos
difundidos pelo escolanovismo, movimento que ressaltou a necessidade de uma
nova visão sobre a prática pedagógica atrelada à ruptura dos engessados moldes do
tradicionalismo. A Escola nova representada por Dewel, Decroly, Montessori dentre
outros não exclui a necessidade da disciplina, mas atribuiu uma nova forma do
4
adulto exercer o papel docente, como mediador da aprendizagem e, sobretudo,
alguém capaz de promover a autonomia e responsabilidade dos educandos.
2. A INDISCIPLINA NA ESCOLA
A responsabilidade da escola enquanto instituição, que não está preparada
para receber o aluno que a procura hoje. Denuncia práticas excludentes da escola
que, por si só e pelo confronto com os alunos, produz a indisciplina e, assim, aponta
para uma não evolução da escola, diante das mudanças sócio históricas. A escola
passa a receber sujeitos não homogêneos, provindos de diferentes classes sociais,
com diferentes histórias de vida e com uma “bagagem” que muitas vezes é negada
pela escola (AQUINO, 1996).
Guimarães (1996), expõe que a escola está planificada objetivando
homogeneizar as pessoas, pois, segundo ela, há quem acredite que quanto mais
igual, mais fácil de dirigir. Guimarães (1996) expõe, ainda, que a escola tem
mecanismos disciplinares que levam a disciplinarização dos comportamentos de
alunos, professores e outros funcionários. Dessa forma, aponta a indisciplina como
uma possível forma de resistência por parte dos alunos, que não se submetem às
normas impostas pela escola.
A perspectiva institucional aponta, portanto, alguns indicativos de que a
indisciplina está relacionada a problemas oriundos da a própria instituição, embora
não negue a existência de que conflitos externos também intervenham na relação
interpessoal na escola.
Outra perspectiva a ser abordada é a da psicologia da moralidade. Através
dessa perspectiva Yves de La Taille (1996), defende que quando a disciplina é
relacionada ao cumprimento de normas, a indisciplina pode ter relação com a
desobediência às normas; porém, aponta que a não observância das normas tem
dois motivos, a revolta contra as normas ou o desconhecimento delas.
Araújo (1996) ressalta que moralidade está relacionada às regras; porém, na
alerta que nem toda regra tem vínculo com a moralidade. Para que uma regra tenha
vínculo com a moralidade, seu princípio deve ser o de justiça e a regra não pode ter
sido imposta coercitivamente.
5
Assim, tanto Yves de La Taille (1996 e 1998)como Araújo (1996), baseados
na perspectiva Piagetianas, defendem que o desrespeito às normas pode ser sinal
de autonomia, significando resistência às imposições e ao autoritarismo.
Não negam, entretanto, que a indisciplina tenha vínculos com a educação
moral recebida; com o modo que se dá a relação professor-aluno; tampouco com a
existência de um currículo oculto excludente e as imposições da escola. Pelo
contrário, a partir destas análises promovem discussões que buscam indicar
caminhos para a resolução ou amenização de um conflito que pode e deve ser
trabalhado, através de uma abordagem que enfoca o desenvolvimento do aluno
enquanto ser moral.
Interpretando Kant em Vaz (1999), podemos perceber que a educação é o
elemento que provoca a evolução do homem. Assim, a educação se incumbiria,
portanto, de conduzir o aluno ao esclarecimento. Para Kant em Vaz (1999), alcançar
o esclarecimento é ter capacidade de agir autonomamente.
Para que o indivíduo alcance a autonomia moral, temos claro que é
imprescindível que o ambiente a ser propiciado na escola, seja um ambiente
cooperativo, pois, as virtudes morais não são transmitidas verbalmente mas,
construída nas relações interpessoais.
Castro (1996), aponta que para Piaget, as virtudes morais são desenvolvidas
de forma ativa, durante a infância e adolescência e não ensinadas por transmissão
verbal. Segundo Piaget, em Macedo (1996), o ser humano tem duas tendências
morais invariavelmente; a autonomia e a heteronomia. O desenvolvimento moral se
dá pela evolução destas morais seguindo da heteronomia até a autonomia moral.
Esta evolução dá-se em níveis e Piaget não garante que todo ser humano
desenvolva-se de forma a atingir todos os níveis.
A evolução da heteronomia para a autonomia depende, principalmente dos
fatores relacionados às experiências entre pares, das relações interpessoais que o
ser humano estabelece. Dessa forma, pais e professores devem estar atentos sobre
o “contrato” que se estabelece nas relações, considerando que a educação é dada
pelo próprio comportamento, pela própria postura e julgamento morais.
6
Embasados no desenvolvimento moral segundo Piaget em La Taille (1996);
a cooperação, a solidariedade e o respeito mútuo são valores que devem fazer parte
do cotidiano escolar, das relações interpessoais na escola.
Piaget em La Taille (1996) defende que temos duas alternativas: Formar
personalidades livres ou conformistas. Se o objetivo da educação for o de formar
indivíduos autônomos e cooperativos, é necessário que ele se desenvolva em um
ambiente de cooperação. Portanto é inevitável que a educação moral esteja
presente na formação do ser humano enquanto indivíduo e que, consequentemente,
um dos fins da educação deva ser, justamente, o desenvolvimento pleno do
educando, ou seja, de suas funções mentais, através da aquisição de
conhecimentos e da aquisição de valores morais.
Segundo Aquino (1996a) é partindo de uma perspectiva que analisa a
organização e função da escola, a perspectiva institucional, que a normatização
atitudinal não deveria ser o foco do trabalho escolar. Segundo ele, o objetivo central
da escola deveria ser a reposição e recriação do legado cultural.
Para Aquino (1996b), a tarefa de educar em seu sentido lato não é de
responsabilidade integral da escola. Para ele, essa tarefa é essencialmente da
família. A tarefa docente encerra-se no conhecimento acumulado e esta já é uma
tarefa difícil de ser executada. Aponta que a solução pode estar na forma como se
dá a relação professor-aluno, ou seja, nos vínculos que se estabelecem nas
relações cotidianas, e no desenvolvimento de um trabalho fundado no resgate da
moralidade discente, através da relação com o conhecimento.
É através do desenvolvimento de propostas de trabalhos onde o foco é o
conhecimento, que pode se resgatar a moralidade discente, na medida em que
pressupõe a observância de regras, de semelhanças e diferenças, de regularidade e
de exceções. O professor e a escola devem ter por objetivo central a transmissão e
recriação do conhecimento construído socialmente. O grande problema, é que o
professor mantém-se rígido em seu lugar de autoridade (AQUINO, 1996c).
A relação professor-aluno não é o único foco da indisciplina escolar, mas ao
mesmo tempo indica sistematicamente as ações que devem ser desenvolvidas pelo
professor e na escola como forma de buscar a solução desta problemática.
Reconhece que a relação professor-aluno é tomada por ambigüidade, pois, apesar
7
de ser uma relação assimétrica, deve ser permeado pela reciprocidade. Aponta que
o professor não é o tempo todo ensinante, mas que também aprende e deve abrir
mão de uma postura autoritária que não considere os conhecimentos dos alunos,
negando-se a ampliar seus próprios conhecimentos com os mesmos (AQUINO,
1999d).
Fica claro que a idéia a ser defendida nesse caso é a de que há
necessidade de um trabalho pautado na reciprocidade e, consequentemente na
cooperação, na colaboração. Não há neste sentido, lugares fixos a serem ocupados
pelo aprendiz e mestre, mas o meio propício para o desenvolvimento de uma
relação recíproca: o conhecimento.
Para a eficácia de ações baseadas no princípio da reciprocidade, é
necessário que haja no cotidiano escolar, um ambiente de respeito mútuo,
cooperação e solidariedade (AQUINO, 1999e).
2.1 A INDISCIPLINA NA SALA DE AULA NO ENSINO FUNDAMENTAL II.
Visto que nos últimos tempos, a indisciplina escolar vem inquietando
educadores de todo o país, tornando-se para as instituições de ensino, um enorme
desafio permeado de complexidades.
Pode-se perceber no ambiente escolar em que trabalho, as principais
queixas dos professores relativamente à indisciplina são: falta de limite dos alunos,
bagunça, tumulto, mau comportamento, desinteresse e desrespeito às figuras de
autoridade da escola e também ao patrimônio; alguns professores apontam que os
alunos não aprendem porque são indisciplinados em decorrência da não imposição
de limites por seus familiares; o fracasso escolar seria então o resultado de
problemas que estão fora da escola e que se manifestam dentro dela pela
indisciplina; de acordo com esses professores, nada pode ser feito enquanto a
sociedade não se modificar.
Condutas como essas são também observadas em nossas salas de aula
diariamente nas turmas do 6º ano como também em outras instituições particulares
e em escolas públicas da rede de ensino do município de Apuiarés. Pode-se afirmar
que no mundo atual a maioria das escolas enfrenta estas questões, que perduram
há anos, sofrendo obviamente alterações históricas de acordo com as contingências
socioculturais.
8
Na visão construtivista, a disciplina é vista como um instrumento de
libertação humana e não de repressão como às vezes é concebida. Essa corrente
ultrapassa as compreensões proibitivas e punitivas, imprimindo um significado de
obediência consciente, no qual o sujeito participa ativamente no estabelecimento de
regras de conduta considerando os valores e objetivos que se pretende atingir. O ato
disciplinar é ainda apresentado como um instrumento corretivo dos distanciamentos
das metas anteriormente traçadas.
Saindo um pouco dos conceitos e entrando na problematização, pra depois
retomar alguns estudiosos, é importante lembrar que a indisciplina em sala de aula
é, hoje, um fenômeno que vem sendo discutido em nossa sociedade de forma
cotidiana, seja em meios acadêmicos, familiares ou pela mídia. Considerando que a
indisciplina ocupa lugar de destaque entre as maiores preocupações pedagógicas,
nos sentimos impulsionados a compreender este fenômeno a partir da análise de
anotações trabalhadas em diferentes autores.
A indisciplina escolar não envolve somente características encontradas fora
da escola como problemas sociais, sobrevivência precária e baixa qualidade de vida,
além de conflitos nas relações familiares, mas aspectos envolvidos e desenvolvidos
na escola como a relação professor-aluno; a possibilidade de o cotidiano escolar ser
permeado por um currículo oculto, entre outros.
Por receber alunos de vários lugares, de variadas características, a escola é
por excelência, ambiente socializador, e esta é, a importância de se ter claro sua
parcela de contribuição na formação moral de seus alunos. O professor, no caso,
tem a função de colaborar para que isso se efetive. Deve propiciar experiências
entre pares com base na cooperação, construindo um ambiente coerente com
regras coerentes e justas. Também, deve se questionar sobre a coerência das
regras da própria escola.
Portanto, a indisciplina escolar pode ser atribuída a fatores externos à escola
e/ou a fatores que envolvem a conduta do professor, sua prática pedagógica e até
mesmo, práticas da própria escola que podem ser excludentes.
É impossível negar a importância e o impacto que a educação familiar tem
sobre o indivíduo. No entanto, seu poder não é absoluto e irrestrito. Neste sentido é
preciso adaptar a estrutura familiar às novas circunstâncias e transformar
9
determinadas normas, sem deixar de constituir um modelo de referencial familiar
(AQUINO, 2003).
2.2 INDISCIPLINA DA FAMÍLIA
A relação familiar, composta por pais e filhos é repleta de afetividade o que
dificulta a visualização dos problemas e dificuldades de forma ampla, ou seja, para
um pai é difícil entender que seu filho possa ter atitudes de desrespeito diante do
professor, por exemplo. Assim, manifestações como a agressividade, a birra, podem
surgir dentro do ambiente familiar e são fatores que podem intensificar o
aparecimento da indisciplina do aluno na escola.
Nesse sentido, quando os pais possuem dificuldades em exercer sua
responsabilidade de estabelecer limites, transmitir valores para seus filhos, ou
isentando-se desses papéis, pode ser considerado como indisciplinados. Às vezes,
ficam meio confusos frente às atitudes dos filhos, e não sabem como agir, saber o
que é correto ou não em determinados momentos, não querendo assumir uma
posição autoritária acabam por permitir tudo. Dessa forma, acaba-se tendo atitudes
que não somente geram indisciplina, mas que são indisciplinadas por não fornecer
subsídios para que a criança tenha comportamentos adequados no convívio com
outras pessoas, independente do contexto envolvido: familiar, escolar, social, entre
outros.
Se observarmos crianças em que os pais não impõem nenhum tipo de limite
identificaremos crianças que são, geralmente, rejeitadas pelos colegas, pois não
conseguem respeitar ninguém. Para que a criança saiba aceitar e respeitar os
limites apresentados pelos professores, colegas ou amigos com que convive é
preciso que ela tenha aprendido este tipo de comportamento, desde os primeiros
dias de sua vida, em sua família. A permissividade exagerada enquanto a criança é
pequena, dificulta mais tarde, a retirada dessas concessões(LA TAILLE, 1996). A
coerência na educação de uma criança precisa ser pensada, planejada por toda
família, inclusive junto com a escola, quando for o caso.
Escola e família exercem papéis distintos no processo educativo. Entretanto,
evidencia-se, comumente, uma confusão na aplicação desses papéis. A principal
função da família é a transmissão de valores morais às crianças. Já à escola cabe a
10
missão de recriar e sistematizar o conhecimento histórico, social, moral (AQUINO,
1998).
3. ANALISE DOS RESULTADOS
Em questionário aplicado aos alunos, percebe-se nas respostas uma
necessidade de se fazer ouvir. Eles e elas desejam ser mais considerados e
respeitados pela escola e muitas vezes não encontram os canais. Por outro lado
existem aqueles que acham que devem aceitar e obedecer tudo que a escola
propõe sem questionar. Exemplos “Eu gostaria que houvesse mais espaço para o
professor conversar conosco e nos escutar” outro: “O importante é aprender a ler e
escrever melhor e ser comportado”.
Alguns falam da necessidade de aulas mais criativas, de mais educação
física e de mais educação ambiental. Nessas colocações aparecem a crítica à
escola que não consegue motivá-los, mas também remete à necessidade da
responsabilidade dos alunos em relação à questão ambiental, ou seja, a construção
da autonomia responsável.
Quando indagados sobre oito atitudes para que respondessem “pouco
grave” e “menos grave” revelaram dados relevantes e controversos. Os itens eram:
Manter conversas paralelas com os colegas; Trocar mensagens e papelinhos; Não
acatar as ordens dos professores; Não realizar as tarefas da aula; Faltar o respeito
aos colegas; Faltar o respeito aos professores; agredir fisicamente os colegas;
agredir fisicamente os professores. Para os quatro primeiros itens, as respostas
foram predominantemente “Pouco grave” e para os quatro últimos itens, as
respostas foram totalmente “muito grave”. Eles consideram não acatar ordens dos
professores e não realizar tarefas pouco grave e muito grave falta de respeito e
agressão física aos colegas e professores. Mas será que não acatar ordens e não
realizar tarefas, não serão falta de respeito? Ou será uma resistência às práticas que
eles não concordam?
Durante a pesquisa elaboramos duas grandes categorias de análise; uma
que analisa a indisciplina sob a ótica da psicologia institucional apresentados, neste
texto, por AQUINO (1996) e GUIMARÃES (1996).
11
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a pesquisa pode-se conclui, portanto que há uma congruência entre as
propostas apontadas sob a ótica da psicologia da moralidade e sob a ótica da
psicologia institucional, centrada principalmente na relação professor-aluno,
indicando que alguns princípios morais devem prevalecer no cotidiano escolar;
princípios de cooperação com o intuito de desenvolver, nos alunos a autonomia.
A indisciplina escolar pode adquirir significações diferenciadas de acordo
com os pressupostos teóricos e epistemológicos tomados como referência. Ou seja,
atos considerados como manifestação de indisciplina na visão tradicionalista podem
não ter a mesma conotação segundo uma conotação construtivista por exemplo.
É interessante ressaltar a necessidade de uma nova conotação para o
fenômeno, superando a visão comportamentalista e a unilateralidade na
responsabilização pelo seu aparecimento. O “comportamento indisciplinado” não
deve ser visto como um fim em si mesmo, mas como sintoma decorrente de causas
mais profundas geralmente veladas. Esse entendimento pode ajudar a comunidade
escolar no diagnóstico e tratamento das questões disciplinares, antes que os
prejuízos ao aprendizado se instalem.
Finalizando, gostaríamos de sublinhar a importância de umas novas práxis
docentes, com vistas a auxiliar os alunos na construção da autodisciplina, tão
valiosa para os fins educativos e sobretudo, para a vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AQUINO, J. G. (org.). A desordem na relação professor-aluno: indisciplina,
moralidade e conhecimento. Indisciplina na Escola. São Paulo: Summus, 1996.
AQUINO, J. G. A Indisciplina e a Escola Atual. Rev Fac. Educ. Vol.24 n.2 São
Paulo July/Dec.1998. 14 p. Disponível em: <www.scielo.br>. Acesso em: set. 2014.
AQUINO J. G. (org). Autoridade docente, autonomia discente: uma equação possível
e necessária. Autoridade e autonomia na escola. São Paulo: Summus, 1999.
ARAÙJO, U. F. Moralidade e Indisciplina: Uma leitura possível a partir do referencial
piagetiano. Indisciplina na escola. São Pulo: Summus, 1996.
12
ARAÚJO, U. F. Respeito e autoridade na escola. Autoridade e autonomia na
escola. São Paulo: Summus, 1996.
BUSCAGLIA, L. Vivendo, amando e aprendendo. 15. ed. Rio de Janeiro: Record,
1993.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio. 7. Ed. Curitiba:Positivo, 2008.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 19.
Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
GUIMARÃES, A. Indisciplina e violência: a ambigüidade dos conflitos na escola.
Indisciplina na escola. São Paulo: Summus, 1996.
GUIMARÃES, A. Autoridade e tradição: as imagens do velho e do novo nas relações
educativas. Autoridade e autonomia na escola. São Paulo: Summus, 1999.
LA TAILLE, Yves de. A indisciplina e o sentimento de vergonha. Indisciplina na
Escola. São Paulo: Summus, 1996.
LA TAILLE, Yves de. Autoridade na Escola. Autoridade e autonomia na escola.
São Paulo: Summus, 1999.
LA TAILLE, Yves de. Limites: três dimensões educacionais. São Paulo: Editora
ática, 1998.
VAZ, Henrique C. de Lima. Ética Kantiana. Escritos de Filosofia IV: Introdução à
ética Filosófica I. São Paulo: Loyola, 1999.
ANEXOS
13
ANEXOS
14
Questionário aplicado aos alunos do 6º ano da Escola de Ensino
FundamentalNely Ribeiro Luz.
Aluno (a): ______________________________________________________ Nº___
Data: _______________________________________________________________
Professora: ______________________________________________ Turma: _____
1. Qual a importância da escola na sua vida?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2. Indique o grau de interesse de seu encarregado de educação pelo teu percurso
escolar.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3. Quais são os tipos de aulas que mais lhe motiva?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4. Como classificaria o ambiente na sala de aula.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5. Já alguma vez tiveste participação disciplinar no teu percurso escolar? Quais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6. Consideras que é um aluno: disciplinado ou indisciplinado? Justifique.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7. Indique o gral de gravidade “Pouco grave” ou “Muito grave” nos seguintes
comportamentos.
 Manter conversas paralelas com os colegas _____________________________
 Trocar mensagens e papelinhos ______________________________________
 Não acata as ordens do professor ____________________________________
15
 Não realizar as tarefas da aula _______________________________________
 Faltar com respeito aos colegas ________________________________
 Faltar ao respeito aos professores ______________________________________
 Agredir fisicamente os colegas ________________________________________
 Agredir fisicamente os professores _____________________________________
 Interromper as aulas com questões ou atitudes pouco adequadas _____________
8. Qual a principal causa de indisciplina na sua escolar? Descreva cada um.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9. Qual o ambiente escolar que mais lhe agradaria? Como você gostaria que fossem
seus professores?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10. Descreva como você gostaria que fossem suas aulas e o ambiente de sua sala
de aula.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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Análise da Indisciplina Escolar

  • 1. 1 INDISCIPLINA ESCOLAR NAS TURMAS DO SEXTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA ESCOLA NELY RIBEIRO LUZ – CANAFÍSTULA Ana Angélica Bezerra Barbosa Dos Santos1 RESUMO Sabe-se que o problema da indisciplina em sala de aula em todas as escolas têm sido sem dúvida, uma das maiores preocupações existentes entre os educadores em todo o Brasi, portanto o objetivo geral desse artigo é analisar a problemática da Indisciplina Escolar, percebendo as causas, as dificuldades e as possibilidades de superação do problema, como uma dificuldade de aprendizagem mais ampla e abrangente. Como referenciais utilizamos a teoria de: Aquino (1996); Araujo (1996); Buscaglia (1993); Ferreira (2008); Freire (2001); Guimarães (1996); La Taille (1996); Vaz (1999), entre outros estudiosos que embasaram esse estudo. A metodologia aplicada caracterizou-se por uma revisão de literatura à luz dos referenciais citados com abordagem qualitativa e pesquisa de campo semi-estutruada com alunos do 6º ano da Escola de Ensino Fundamental Nely Ribeiro Luz.. Os resultados obtidos durante a investigação referente à indicisplina e dificuldade dos alunos foram bastante satisfatórios, portanto, concluímos que para diminizar as causas, as dificuldades e as possibilidades de superação do problema, temos que manter a autonomia e segurança, a fim de criar meios para que aconteça a interação em classe, com intermédio de atividades que sejam prazerosas e que contribuam para identificação desses problemas indisciplinares que vem afetando a escola, família, a comunidade e a sociedade. Palavras chave: Indisciplina, Prática Pedagógica, Valores, Família ABSTRAT Keywords: Indiscipline, Teaching Practice, Values, Family INTRODUÇÃO Observando o dia-a-dia da escola pode-se notar que a educação brasileira, de um modo geral, passa por um momento bastante delicado. Além da falta de uma política pública educacional clara e eficiente, educadores, gestores, alunos, enfim, 1 Aluna Concludente do Curso de Especialização emPsicopedagogia Clinica eInstitucional pela Universidade Estadual Valedo Acaraú-UVA
  • 2. 2 toda comunidade escolar alerta que algo bastante conflituoso vem acontecendo no ambiente escolar. Pretende-se com este artigo, não somente analisar essas dificuldades como suas possibilidades de superação. A mesma tem a pretensão de contribuir com a docência em sala de aula visto que um dos maiores problemas enfrentado pelos professores sala de aula hoje é a indisciplina e geralmente a falta de compromisso das famílias com o aprendizado dos filhos. Dentre esses conflitos destaca-se a questão da indisciplina escola em sala de aula, que tem sido vivenciada de forma intensa e apontada como um dos principais alvos de discussões entre os profissionais da educação. Tema polêmico, a indisciplina tornou-se um dos maiores obstáculos pedagógicos nos dias atuais e é apontada como uma das causadoras da falta de aproveitamento escolar, sendo muitas vezes considerada a grande “vilã” dentro do ambiente escolar. Que a profissão docente passa por um momento delicado é algo reconhecido não apenas por quem faz da sala de aula o seu dia a dia, mas também pelos estudiosos que se debruçam sobre o assunto. Philippe Perrenoud, referência na Sociologia da Educação, costuma afirmar que nunca foi tão difícil ser professor. Isso porque a escola passa por dois movimentos de mudança – ambos externos aos seus muros. Por um lado cobram-se cada vez mais tarefas da Instituição: ensino dos conteúdos regulares, temas transversais, cidadania, ética, Educação sexual e por aí vai. De outro, afirma o especialista, “as condições de exercício da profissão estão cada vez mais difíceis”. Entre essas dificuldades, a indisciplina lidera a lista de queixas. Em pesquisa realizada pelo Ibope em 2007 com 500 professores de todo o país revelou que 69% apontavam a indisciplina e a falta de atenção entre os principais problemas da sala de aula. Só quem sente na pele a questão no cotidiano tem a real dimensão de como o problema é desgastante, levando ao desestímulo com a profissão e muitas vezes até o abandono. Mas é possível virar esse jogo. É possível conseguir uma turma atenta e motivada. Na maioria das vezes trata-se de um trabalho de longo prazo com
  • 3. 3 avanços e recuos e rediscussões permanentes, em que o trabalho em Equipe é essencial. Não há receita mágica mas muitos caminhos para chegar lá. O objetivo geral desse artigo é analisar a problemática da Indisciplina Escolar, percebendo as causas, as dificuldades e as possibilidades de superação do problema, como uma dificuldade de aprendizagem mais ampla e abrangente. Como referenciais utilizamos a teoria de: Aquino (1996); Araújo (1996); Buscaglia (1993); Ferreira (2008); Freire (2001); Guimarães (1996); La Taille (1996); VAZ (1999), entre outros estudiosos que embasaram esse estudo. A metodologia aplicada caracterizou-se por uma revisão de literatura à luz dos referenciais citados com abordagem qualitativa e pesquisa de campo semi-estutruada com alunos e professores. O trabalho abordará ..........tópicos: no primeiro falaremos sobre ...............e no segundo abordaremos a ...................... e no terceiro falaremos .............................. 1. BREVE HISTÓRICO SOBRE INDISCIPLINA. Como ponto de partida para essa reflexão convém analisarmos a origem e o significado da palavra indisciplina. De uma forma mais genérica, o dicionário elaborado por Ferreira (2008) define o termo como um procedimento, ato ou dito contrário à disciplina. Complementando a explicação, o autor define a palavra disciplina como: (1) Regime de ordem imposta ou mesmo consentida, (2) ordem que convém ao bom funcionamento de uma organização, (3) relações de subordinação do aluno ao mestre, (4) submissão a um regulamento, etc. Pesquisando-se o verbo disciplinar encontramos como sinônimos: sujeitar-se ou submeter-se à disciplina, castigar-se com disciplinas (FERREIRA, 2008). Analisando o dicionário, pode-se tornar facilmente partidários da visão negativa do conceito. O ato disciplinar acaba sendo compreendido como uma força opressora, que tolhe a capacidade de decisão e a criatividade do sujeito. Esses pensamentos talvez reflitam uma interpretação equivocada dos pressupostos difundidos pelo escolanovismo, movimento que ressaltou a necessidade de uma nova visão sobre a prática pedagógica atrelada à ruptura dos engessados moldes do tradicionalismo. A Escola nova representada por Dewel, Decroly, Montessori dentre outros não exclui a necessidade da disciplina, mas atribuiu uma nova forma do
  • 4. 4 adulto exercer o papel docente, como mediador da aprendizagem e, sobretudo, alguém capaz de promover a autonomia e responsabilidade dos educandos. 2. A INDISCIPLINA NA ESCOLA A responsabilidade da escola enquanto instituição, que não está preparada para receber o aluno que a procura hoje. Denuncia práticas excludentes da escola que, por si só e pelo confronto com os alunos, produz a indisciplina e, assim, aponta para uma não evolução da escola, diante das mudanças sócio históricas. A escola passa a receber sujeitos não homogêneos, provindos de diferentes classes sociais, com diferentes histórias de vida e com uma “bagagem” que muitas vezes é negada pela escola (AQUINO, 1996). Guimarães (1996), expõe que a escola está planificada objetivando homogeneizar as pessoas, pois, segundo ela, há quem acredite que quanto mais igual, mais fácil de dirigir. Guimarães (1996) expõe, ainda, que a escola tem mecanismos disciplinares que levam a disciplinarização dos comportamentos de alunos, professores e outros funcionários. Dessa forma, aponta a indisciplina como uma possível forma de resistência por parte dos alunos, que não se submetem às normas impostas pela escola. A perspectiva institucional aponta, portanto, alguns indicativos de que a indisciplina está relacionada a problemas oriundos da a própria instituição, embora não negue a existência de que conflitos externos também intervenham na relação interpessoal na escola. Outra perspectiva a ser abordada é a da psicologia da moralidade. Através dessa perspectiva Yves de La Taille (1996), defende que quando a disciplina é relacionada ao cumprimento de normas, a indisciplina pode ter relação com a desobediência às normas; porém, aponta que a não observância das normas tem dois motivos, a revolta contra as normas ou o desconhecimento delas. Araújo (1996) ressalta que moralidade está relacionada às regras; porém, na alerta que nem toda regra tem vínculo com a moralidade. Para que uma regra tenha vínculo com a moralidade, seu princípio deve ser o de justiça e a regra não pode ter sido imposta coercitivamente.
  • 5. 5 Assim, tanto Yves de La Taille (1996 e 1998)como Araújo (1996), baseados na perspectiva Piagetianas, defendem que o desrespeito às normas pode ser sinal de autonomia, significando resistência às imposições e ao autoritarismo. Não negam, entretanto, que a indisciplina tenha vínculos com a educação moral recebida; com o modo que se dá a relação professor-aluno; tampouco com a existência de um currículo oculto excludente e as imposições da escola. Pelo contrário, a partir destas análises promovem discussões que buscam indicar caminhos para a resolução ou amenização de um conflito que pode e deve ser trabalhado, através de uma abordagem que enfoca o desenvolvimento do aluno enquanto ser moral. Interpretando Kant em Vaz (1999), podemos perceber que a educação é o elemento que provoca a evolução do homem. Assim, a educação se incumbiria, portanto, de conduzir o aluno ao esclarecimento. Para Kant em Vaz (1999), alcançar o esclarecimento é ter capacidade de agir autonomamente. Para que o indivíduo alcance a autonomia moral, temos claro que é imprescindível que o ambiente a ser propiciado na escola, seja um ambiente cooperativo, pois, as virtudes morais não são transmitidas verbalmente mas, construída nas relações interpessoais. Castro (1996), aponta que para Piaget, as virtudes morais são desenvolvidas de forma ativa, durante a infância e adolescência e não ensinadas por transmissão verbal. Segundo Piaget, em Macedo (1996), o ser humano tem duas tendências morais invariavelmente; a autonomia e a heteronomia. O desenvolvimento moral se dá pela evolução destas morais seguindo da heteronomia até a autonomia moral. Esta evolução dá-se em níveis e Piaget não garante que todo ser humano desenvolva-se de forma a atingir todos os níveis. A evolução da heteronomia para a autonomia depende, principalmente dos fatores relacionados às experiências entre pares, das relações interpessoais que o ser humano estabelece. Dessa forma, pais e professores devem estar atentos sobre o “contrato” que se estabelece nas relações, considerando que a educação é dada pelo próprio comportamento, pela própria postura e julgamento morais.
  • 6. 6 Embasados no desenvolvimento moral segundo Piaget em La Taille (1996); a cooperação, a solidariedade e o respeito mútuo são valores que devem fazer parte do cotidiano escolar, das relações interpessoais na escola. Piaget em La Taille (1996) defende que temos duas alternativas: Formar personalidades livres ou conformistas. Se o objetivo da educação for o de formar indivíduos autônomos e cooperativos, é necessário que ele se desenvolva em um ambiente de cooperação. Portanto é inevitável que a educação moral esteja presente na formação do ser humano enquanto indivíduo e que, consequentemente, um dos fins da educação deva ser, justamente, o desenvolvimento pleno do educando, ou seja, de suas funções mentais, através da aquisição de conhecimentos e da aquisição de valores morais. Segundo Aquino (1996a) é partindo de uma perspectiva que analisa a organização e função da escola, a perspectiva institucional, que a normatização atitudinal não deveria ser o foco do trabalho escolar. Segundo ele, o objetivo central da escola deveria ser a reposição e recriação do legado cultural. Para Aquino (1996b), a tarefa de educar em seu sentido lato não é de responsabilidade integral da escola. Para ele, essa tarefa é essencialmente da família. A tarefa docente encerra-se no conhecimento acumulado e esta já é uma tarefa difícil de ser executada. Aponta que a solução pode estar na forma como se dá a relação professor-aluno, ou seja, nos vínculos que se estabelecem nas relações cotidianas, e no desenvolvimento de um trabalho fundado no resgate da moralidade discente, através da relação com o conhecimento. É através do desenvolvimento de propostas de trabalhos onde o foco é o conhecimento, que pode se resgatar a moralidade discente, na medida em que pressupõe a observância de regras, de semelhanças e diferenças, de regularidade e de exceções. O professor e a escola devem ter por objetivo central a transmissão e recriação do conhecimento construído socialmente. O grande problema, é que o professor mantém-se rígido em seu lugar de autoridade (AQUINO, 1996c). A relação professor-aluno não é o único foco da indisciplina escolar, mas ao mesmo tempo indica sistematicamente as ações que devem ser desenvolvidas pelo professor e na escola como forma de buscar a solução desta problemática. Reconhece que a relação professor-aluno é tomada por ambigüidade, pois, apesar
  • 7. 7 de ser uma relação assimétrica, deve ser permeado pela reciprocidade. Aponta que o professor não é o tempo todo ensinante, mas que também aprende e deve abrir mão de uma postura autoritária que não considere os conhecimentos dos alunos, negando-se a ampliar seus próprios conhecimentos com os mesmos (AQUINO, 1999d). Fica claro que a idéia a ser defendida nesse caso é a de que há necessidade de um trabalho pautado na reciprocidade e, consequentemente na cooperação, na colaboração. Não há neste sentido, lugares fixos a serem ocupados pelo aprendiz e mestre, mas o meio propício para o desenvolvimento de uma relação recíproca: o conhecimento. Para a eficácia de ações baseadas no princípio da reciprocidade, é necessário que haja no cotidiano escolar, um ambiente de respeito mútuo, cooperação e solidariedade (AQUINO, 1999e). 2.1 A INDISCIPLINA NA SALA DE AULA NO ENSINO FUNDAMENTAL II. Visto que nos últimos tempos, a indisciplina escolar vem inquietando educadores de todo o país, tornando-se para as instituições de ensino, um enorme desafio permeado de complexidades. Pode-se perceber no ambiente escolar em que trabalho, as principais queixas dos professores relativamente à indisciplina são: falta de limite dos alunos, bagunça, tumulto, mau comportamento, desinteresse e desrespeito às figuras de autoridade da escola e também ao patrimônio; alguns professores apontam que os alunos não aprendem porque são indisciplinados em decorrência da não imposição de limites por seus familiares; o fracasso escolar seria então o resultado de problemas que estão fora da escola e que se manifestam dentro dela pela indisciplina; de acordo com esses professores, nada pode ser feito enquanto a sociedade não se modificar. Condutas como essas são também observadas em nossas salas de aula diariamente nas turmas do 6º ano como também em outras instituições particulares e em escolas públicas da rede de ensino do município de Apuiarés. Pode-se afirmar que no mundo atual a maioria das escolas enfrenta estas questões, que perduram há anos, sofrendo obviamente alterações históricas de acordo com as contingências socioculturais.
  • 8. 8 Na visão construtivista, a disciplina é vista como um instrumento de libertação humana e não de repressão como às vezes é concebida. Essa corrente ultrapassa as compreensões proibitivas e punitivas, imprimindo um significado de obediência consciente, no qual o sujeito participa ativamente no estabelecimento de regras de conduta considerando os valores e objetivos que se pretende atingir. O ato disciplinar é ainda apresentado como um instrumento corretivo dos distanciamentos das metas anteriormente traçadas. Saindo um pouco dos conceitos e entrando na problematização, pra depois retomar alguns estudiosos, é importante lembrar que a indisciplina em sala de aula é, hoje, um fenômeno que vem sendo discutido em nossa sociedade de forma cotidiana, seja em meios acadêmicos, familiares ou pela mídia. Considerando que a indisciplina ocupa lugar de destaque entre as maiores preocupações pedagógicas, nos sentimos impulsionados a compreender este fenômeno a partir da análise de anotações trabalhadas em diferentes autores. A indisciplina escolar não envolve somente características encontradas fora da escola como problemas sociais, sobrevivência precária e baixa qualidade de vida, além de conflitos nas relações familiares, mas aspectos envolvidos e desenvolvidos na escola como a relação professor-aluno; a possibilidade de o cotidiano escolar ser permeado por um currículo oculto, entre outros. Por receber alunos de vários lugares, de variadas características, a escola é por excelência, ambiente socializador, e esta é, a importância de se ter claro sua parcela de contribuição na formação moral de seus alunos. O professor, no caso, tem a função de colaborar para que isso se efetive. Deve propiciar experiências entre pares com base na cooperação, construindo um ambiente coerente com regras coerentes e justas. Também, deve se questionar sobre a coerência das regras da própria escola. Portanto, a indisciplina escolar pode ser atribuída a fatores externos à escola e/ou a fatores que envolvem a conduta do professor, sua prática pedagógica e até mesmo, práticas da própria escola que podem ser excludentes. É impossível negar a importância e o impacto que a educação familiar tem sobre o indivíduo. No entanto, seu poder não é absoluto e irrestrito. Neste sentido é preciso adaptar a estrutura familiar às novas circunstâncias e transformar
  • 9. 9 determinadas normas, sem deixar de constituir um modelo de referencial familiar (AQUINO, 2003). 2.2 INDISCIPLINA DA FAMÍLIA A relação familiar, composta por pais e filhos é repleta de afetividade o que dificulta a visualização dos problemas e dificuldades de forma ampla, ou seja, para um pai é difícil entender que seu filho possa ter atitudes de desrespeito diante do professor, por exemplo. Assim, manifestações como a agressividade, a birra, podem surgir dentro do ambiente familiar e são fatores que podem intensificar o aparecimento da indisciplina do aluno na escola. Nesse sentido, quando os pais possuem dificuldades em exercer sua responsabilidade de estabelecer limites, transmitir valores para seus filhos, ou isentando-se desses papéis, pode ser considerado como indisciplinados. Às vezes, ficam meio confusos frente às atitudes dos filhos, e não sabem como agir, saber o que é correto ou não em determinados momentos, não querendo assumir uma posição autoritária acabam por permitir tudo. Dessa forma, acaba-se tendo atitudes que não somente geram indisciplina, mas que são indisciplinadas por não fornecer subsídios para que a criança tenha comportamentos adequados no convívio com outras pessoas, independente do contexto envolvido: familiar, escolar, social, entre outros. Se observarmos crianças em que os pais não impõem nenhum tipo de limite identificaremos crianças que são, geralmente, rejeitadas pelos colegas, pois não conseguem respeitar ninguém. Para que a criança saiba aceitar e respeitar os limites apresentados pelos professores, colegas ou amigos com que convive é preciso que ela tenha aprendido este tipo de comportamento, desde os primeiros dias de sua vida, em sua família. A permissividade exagerada enquanto a criança é pequena, dificulta mais tarde, a retirada dessas concessões(LA TAILLE, 1996). A coerência na educação de uma criança precisa ser pensada, planejada por toda família, inclusive junto com a escola, quando for o caso. Escola e família exercem papéis distintos no processo educativo. Entretanto, evidencia-se, comumente, uma confusão na aplicação desses papéis. A principal função da família é a transmissão de valores morais às crianças. Já à escola cabe a
  • 10. 10 missão de recriar e sistematizar o conhecimento histórico, social, moral (AQUINO, 1998). 3. ANALISE DOS RESULTADOS Em questionário aplicado aos alunos, percebe-se nas respostas uma necessidade de se fazer ouvir. Eles e elas desejam ser mais considerados e respeitados pela escola e muitas vezes não encontram os canais. Por outro lado existem aqueles que acham que devem aceitar e obedecer tudo que a escola propõe sem questionar. Exemplos “Eu gostaria que houvesse mais espaço para o professor conversar conosco e nos escutar” outro: “O importante é aprender a ler e escrever melhor e ser comportado”. Alguns falam da necessidade de aulas mais criativas, de mais educação física e de mais educação ambiental. Nessas colocações aparecem a crítica à escola que não consegue motivá-los, mas também remete à necessidade da responsabilidade dos alunos em relação à questão ambiental, ou seja, a construção da autonomia responsável. Quando indagados sobre oito atitudes para que respondessem “pouco grave” e “menos grave” revelaram dados relevantes e controversos. Os itens eram: Manter conversas paralelas com os colegas; Trocar mensagens e papelinhos; Não acatar as ordens dos professores; Não realizar as tarefas da aula; Faltar o respeito aos colegas; Faltar o respeito aos professores; agredir fisicamente os colegas; agredir fisicamente os professores. Para os quatro primeiros itens, as respostas foram predominantemente “Pouco grave” e para os quatro últimos itens, as respostas foram totalmente “muito grave”. Eles consideram não acatar ordens dos professores e não realizar tarefas pouco grave e muito grave falta de respeito e agressão física aos colegas e professores. Mas será que não acatar ordens e não realizar tarefas, não serão falta de respeito? Ou será uma resistência às práticas que eles não concordam? Durante a pesquisa elaboramos duas grandes categorias de análise; uma que analisa a indisciplina sob a ótica da psicologia institucional apresentados, neste texto, por AQUINO (1996) e GUIMARÃES (1996).
  • 11. 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a pesquisa pode-se conclui, portanto que há uma congruência entre as propostas apontadas sob a ótica da psicologia da moralidade e sob a ótica da psicologia institucional, centrada principalmente na relação professor-aluno, indicando que alguns princípios morais devem prevalecer no cotidiano escolar; princípios de cooperação com o intuito de desenvolver, nos alunos a autonomia. A indisciplina escolar pode adquirir significações diferenciadas de acordo com os pressupostos teóricos e epistemológicos tomados como referência. Ou seja, atos considerados como manifestação de indisciplina na visão tradicionalista podem não ter a mesma conotação segundo uma conotação construtivista por exemplo. É interessante ressaltar a necessidade de uma nova conotação para o fenômeno, superando a visão comportamentalista e a unilateralidade na responsabilização pelo seu aparecimento. O “comportamento indisciplinado” não deve ser visto como um fim em si mesmo, mas como sintoma decorrente de causas mais profundas geralmente veladas. Esse entendimento pode ajudar a comunidade escolar no diagnóstico e tratamento das questões disciplinares, antes que os prejuízos ao aprendizado se instalem. Finalizando, gostaríamos de sublinhar a importância de umas novas práxis docentes, com vistas a auxiliar os alunos na construção da autodisciplina, tão valiosa para os fins educativos e sobretudo, para a vida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AQUINO, J. G. (org.). A desordem na relação professor-aluno: indisciplina, moralidade e conhecimento. Indisciplina na Escola. São Paulo: Summus, 1996. AQUINO, J. G. A Indisciplina e a Escola Atual. Rev Fac. Educ. Vol.24 n.2 São Paulo July/Dec.1998. 14 p. Disponível em: <www.scielo.br>. Acesso em: set. 2014. AQUINO J. G. (org). Autoridade docente, autonomia discente: uma equação possível e necessária. Autoridade e autonomia na escola. São Paulo: Summus, 1999. ARAÙJO, U. F. Moralidade e Indisciplina: Uma leitura possível a partir do referencial piagetiano. Indisciplina na escola. São Pulo: Summus, 1996.
  • 12. 12 ARAÚJO, U. F. Respeito e autoridade na escola. Autoridade e autonomia na escola. São Paulo: Summus, 1996. BUSCAGLIA, L. Vivendo, amando e aprendendo. 15. ed. Rio de Janeiro: Record, 1993. FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio. 7. Ed. Curitiba:Positivo, 2008. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 19. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001. GUIMARÃES, A. Indisciplina e violência: a ambigüidade dos conflitos na escola. Indisciplina na escola. São Paulo: Summus, 1996. GUIMARÃES, A. Autoridade e tradição: as imagens do velho e do novo nas relações educativas. Autoridade e autonomia na escola. São Paulo: Summus, 1999. LA TAILLE, Yves de. A indisciplina e o sentimento de vergonha. Indisciplina na Escola. São Paulo: Summus, 1996. LA TAILLE, Yves de. Autoridade na Escola. Autoridade e autonomia na escola. São Paulo: Summus, 1999. LA TAILLE, Yves de. Limites: três dimensões educacionais. São Paulo: Editora ática, 1998. VAZ, Henrique C. de Lima. Ética Kantiana. Escritos de Filosofia IV: Introdução à ética Filosófica I. São Paulo: Loyola, 1999. ANEXOS
  • 14. 14 Questionário aplicado aos alunos do 6º ano da Escola de Ensino FundamentalNely Ribeiro Luz. Aluno (a): ______________________________________________________ Nº___ Data: _______________________________________________________________ Professora: ______________________________________________ Turma: _____ 1. Qual a importância da escola na sua vida? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2. Indique o grau de interesse de seu encarregado de educação pelo teu percurso escolar. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3. Quais são os tipos de aulas que mais lhe motiva? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4. Como classificaria o ambiente na sala de aula. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 5. Já alguma vez tiveste participação disciplinar no teu percurso escolar? Quais? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 6. Consideras que é um aluno: disciplinado ou indisciplinado? Justifique. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 7. Indique o gral de gravidade “Pouco grave” ou “Muito grave” nos seguintes comportamentos.  Manter conversas paralelas com os colegas _____________________________  Trocar mensagens e papelinhos ______________________________________  Não acata as ordens do professor ____________________________________
  • 15. 15  Não realizar as tarefas da aula _______________________________________  Faltar com respeito aos colegas ________________________________  Faltar ao respeito aos professores ______________________________________  Agredir fisicamente os colegas ________________________________________  Agredir fisicamente os professores _____________________________________  Interromper as aulas com questões ou atitudes pouco adequadas _____________ 8. Qual a principal causa de indisciplina na sua escolar? Descreva cada um. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 9. Qual o ambiente escolar que mais lhe agradaria? Como você gostaria que fossem seus professores? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 10. Descreva como você gostaria que fossem suas aulas e o ambiente de sua sala de aula. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________