2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Substituição da “República
da espada” (governos
Marechal Deodoro e do
Marechal Floriano) pela
“República do café-com-
leite”;
Auge da economia cafeeira
no Sudeste;
Entrada de grandes levas
de imigrantes
(notadamente os
italianos) no país;
Esplendor da Amazônia,
com o ciclo da borracha
Deodoro da Fonseca e Floriano
Peixoto foram os presidentes
militares do período inicial da
História Republicana do Brasil,
denominado “República da
Espada”.
6. Em 1934 morria em
Juazeiro do Norte um
"messias", também perseguido
pela Igreja Católica, porém, ao
contrário de Antonio
Conselheiro, o Padre Cícero
Romão Batista era um aliado
dos coronéis do Vale do Cariri,
que a partir de 1912 lutaram
contra a política de
intervenções do governo federal
e derrubaram o governador
Franco Rabelo.
8. As classes trabalhadoras, lideradas por
anarquistas, iniciavam movimentos grevistas em
São Paulo.
Manifestação operária em S.P. ocorrida em 1917
9. Cinco dias após a aprovação da lei, é criada a Liga Contra a Vacinação
Obrigatória. O medo de morrer por causa da vacina não é o único motivo
que inflama o povo. Os agentes de saúde teimam em inocular as mulheres
na perna, o que é considerado um atentado sério ao pudor. O decreto que
regulamenta a vacinação obrigatória vaza para a imprensa e é publicado
num jornal em 9 de novembro. No dia seguinte, 10 de novembro de 1904, a
tensão finalmente explode.
10. MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS
O ESTILO ART NOUVEAU (ARTE NOVA), EMPREGADO
POR MUITOS ESTUDIOSOS, É UMA REAÇÃO À IMITAÇÃO DO ESTILO
GÓTICO E DO RENASCENTISTA
14. A MÚSICA POPULAR
(MAXIXE, MODINHA E
TOADA) COMEÇA A
SER OUVIDA NOS
SALÕES ELEGANTES
O mais importante centro de divulgação da música popular carioca da virada do
século era o teatro de revista, ou revista de ano, palco canalizador das novas
composições populares e de lançamento das músicas carnavalescas – só
perdendo este status com o advento do disco e do rádio.
15. O CARNAVAL COMEÇA A SE FIRMAR COMO A
PRINCIPAL FESTA POPULAR DO RIO DE
JANEIRO
16. “Ó ABRE ALAS
QUE EU QUERO PASSAR
Ó ABRE ALAS
QUE EU QUERO PASSAR
EU SOU DA LIRA
NÃO POSSO NEGAR
Ó ABRE ALAS
QUE EU QUERO PASSAR
Ó ABRE ALAS QUE EU QUERO PASSAR
ROSA DE OURO
É QUEM VAI GANHAR”
Chiquinha Gonzaga - 1991
17.
18. CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-
MODERNISMORUPTURA COM O PASSADO
DENÚNCIA DA REALIDADE BRASILEIRA
REGIONALISMO
TIPOS HUMANOS MARGINALIZADOS
LIGAÇÃO COM FATOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS
CONTEMPORÂNEOS
19. PRINCIPAIS OBRAS E
REPRESENTANTES
OS SERTÕES, de Euclides da Cunha (relato
sobre a Guerra de Canudos)
Linguagem cientificista
Teorias deterministas (o homem é fruto
do meio em que vive)
Obra dividida em três partes :
A terra
O homem
A luta
20. Igreja do Bom Jesus ou Nova, arrasada pela artilharia expedicionária. Como
trincheira, cairá somente dias antes do término da guerra.
22. “...É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete
no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem
aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros
desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num
manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade
deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao
primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal
para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos
estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo
a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança
celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o
traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. E se na marcha
estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o
isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo -- cai é o
termo -- de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de
equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos
dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma
simplicidade a um tempo ridícula e adorável.
É o homem permanentemente fatigado.
Reflete a preguiça invencível, a atonia muscular perene, em tudo: na
palavra remorada, no gesto contrafeito, no andar desaprumado, na
cadência langorosa das modinhas, na tendência constante à
imobilidade e à quietude.
Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude...”
(FRAGMENTO DE “O HOMEM”)
23.
24. CIDADES MORTAS E URUPÊS, DE
MONTEIRO LOBATOPASSAGEM DO CAFÉ PELO VALE DO PARAÍBA PAULISTA.
LINGUAGEM PRÓXIMA DA COLOQUIAL
PRESENÇA DO CAIPIRA PAULISTA (JECA TATU)
25.
26. “A quem em nossa terra percorre tais e tais zonas, vivas outróra, hoje
mortas, ou em via disso, tolhidas de insanavel caqueixa, uma
verdade, que é um desconsolo, ressurte de tantas ruinas: nosso
progresso é nomade e sujeito a paralisias subitas. Radica-se mal.
Conjugado a um grupo de fatores sempre os mesmos, reflue com eles
duma região para outra. Não emite peão. Progresso de cigano, vive
acampado. Emigra, deixando atrás de si um rastilho de taperas.
A uberdade nativa do solo é o fator que o condiciona. Mal a uberdade
se esvai, pela reiterada sucção de uma seiva não recomposta, como
no velho mundo, pelo adubo, o desenvolvimento da zona esmorece,
foge dela o capital – e com ele os homens fortes, aptos para o
trabalho. E lentamente cai a tapera nas almas e nas coisas.
Em S. Paulo temos perfeito exemplo disso na depressão profunda que
entorpece boa parte do chamado Norte.
Ali tudo foi, nada é. Não se conjugam verbos no presente. Tudo é
pretérito.
Umas tantas cidades moribundas arrastam um viver decrepito, gasto
em chorar na mesquinhez de hoje as saudosas grandezas de
dantes...” (CIDADES MORTAS, DE MONTEIRO LOBATO)
27. Meu amor, em sonhos erra,
Muito longe, altivo e ufano
Do barulho do oceano
E do gemido da terra!
O Sol está moribundo.
Um grande recolhimento
Preside neste momento
Todas as forças do Mundo.
De lá, dos grandes espaços,
Onde há sonhos inefáveis
Vejo os vermes miseráveis
Que hão de comer os meus
braços.
Ah! Se me ouvisses falando!
(E eu sei que às dores
resistes)
Dir-te-ia coisas tão tristes
Que acabarias chorando.
Que mal o amor me tem
feito!
Duvidas?! Pois, se duvidas,
Vem cá, olha estas feridas,
Que o amor abriu no meu
peito.
Passo longos dias, a
esmo...
Não me queixo mais da
sorte
Nem tenho medo da Morte
Que eu tenho a Morte em
mim mesmo!
"Meu amor, em sonhos,
erra,
Muito longe, altivo e ufano
Do barulho do oceano
E do gemido da terra!"
CANTO ÍNTIMO
28. TRISTE FIM DE POLICARPO
QUARESMA, DE LIMA BARRETORETRATO DO GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTO E DA REVOLTA DA
ARMADA
LINGUAGEM PRÓXIMA DA LÍNGUA FALADA DA ÉPOCA
PERSONAGENS MARGINALIZADOS, IGNORANTES E OPRIMIDOS
29.
30. EU, DE AUGUSTO DOS ANJOS
Linguagem
cientificista-
naturalista
Emprego de palavras
não-poéticas
Pessimismo e
angústia em face
dos problemas e
distúrbios pessoais
31. A esperança
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro - avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da morte a me bradar: descansa!
32. Hino à dor
Dor, saúde dos seres que se fanam,
Riqueza da alma, psíquico tesouro,
Alegria das glândulas do choro
De onde todas as lágrimas emanam..
És suprema! Os meus átomos se ufanam
De pertencer-te, oh! Dor, ancoradouro
Dos desgraçados, sol do cérebro, ouro
De que as próprias desgraças se engalanam!
Sou teu amante! Ardo em teu corpo abstrato.
Com os corpúsculos mágicos do tacto
Prendo a orquestra de chamas que executas...
E, assim, sem convulsão que me alvorece,
Minha maior ventura é estar de posse
De tuas claridades absolutas!
33. Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundíssimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
34. FONTES
PEREIRA & PELACHIN, Helena Bonito e Marcia Maisa.
Português Na trama do texto. Ensino Médio. Ed. FTD
TERRA, ERNANI. Português para o Ensino Médio. Vol. Único. Ed.
Scipione
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