3. CONCEITO
A Grande Depressão foi uma
grande crise econômica, também
chamada de Crise de 1929.
Teve início em 24 de outubro de
1929: a Quinta-Feira Negra.
Causada principalmente pela
superprodução americana após a
primeira guerra mundial, persistiu
ao longo da década de 1930,
terminando apenas com a Segunda
Guerra Mundial.
É considerada o pior e o mais
longo período de recessão
econômica do século XX.
4. Esse período de depressão econômica
causou altas taxas de desemprego,
quedas drásticas do produto interno
bruto de diversos países, quedas
drásticas na produção industrial, preços
de ações e em praticamente todo
medidor de atividade econômica, em
diversos países no mundo.
Após a Primeira Guerra Mundial, os
EUA continuaram a crescer em ritmo
acelerado.
Nesse contexto a Europa estava com a
economia decadente devido à
destruição causada pela guerra.
E assim os EUA passa a exportar enorme
quantidade de capital e produtos para
o velho mundo.
CONCEITO
5. CONTEXTO
Essa situação criou um clima
otimista que tomou conta dos
EUA, fazendo a economia
crescer.
Exportações, aumento do
consumo interno, crescimento
industrial e das aplicações na
bolsa de valores.
Parte da indústria bélica havia
se transformado em produtora
de bens de consumo.
6. CONTEXTO
Aliado a isso, os EUA recebiam
grandes quantidades de
dinheiro de países europeus
como pagamento de dívidas
de guerra.
Existiam, portanto, condições
favoráveis para a realização
do sonho americano, o
consumo em massa e grande
produção fabril,
o chamado AMERICAN WAY
OF LIFE.
7. AMERICAN WAY OF LIFE
Jazz, estradas rasgando o país, automóvel
ao alcance da maior parte de população.
O mundo de Hollywood, a lei seca, a
máfia e os gangsteres.
Consumismo desenfreado e forte
conservadorismo social, político e
econômico.
A confiança nessa prosperidade, a
facilidade aberta pela compra a prestação
e a força da propaganda levaram os
americanos a consumir cada vez mais.
8. FIM DOS ANOS
1920
Os anos 20 foram marcados pela
plena euforia econômica, os meios de
comunicação diziam que consumir era
um ato de patriotismo.
A agricultura, tida como a mais
mecanizada do mundo, inundava de
alimentos os mercados interno e
externo.
As indústrias funcionavam a todo
vapor, transformando as pessoas
comuns, principalmente as de classe
média em consumidoras
compulsivas.
Era importante que cada família
tivesse o último modelo de máquina
de lavar, fogão, rádio produzido nos
EUA.
9. FIM DOS ANOS 1920
Esse boom econômico foi
acompanhado por uma febre de
especulação na Bolsa de valores.
A bolsa de NY transformou-se no
pulmão econômico do planeta.
A partir de 1927, pequenos, médio e
grandes investidores passaram a
aplicar suas economias ou sobras
em ações.
O fato é que, desde aquela data, os
preços das ações haviam disparado.
10. Contagiados pela febre do lucro fácil,
muitos empresários especulavam
aumentando artificialmente o preço das
ações de suas empresas, estimulando,
com isso, uma corrida às bolsas de
valores.
Depois da alta espetacular no primeiro
semestre de 1929, os preços não
correspondiam mais à real situação das
empresas; mesmo as que se
encontravam no vermelho viram suas
ações subindo muito além do esperado.
Até que, em um dado momento,
percebendo que o valor das suas ações
tinham subido exageradamente,
milhares de investidores começaram a
vende-las.
A QUEDA DA
BOLSA
11. A QUEDA DA BOLSA - CRASH
E, como não havia compradores
em número suficiente, os preços
desabaram em 24 de outubro, e
atingiu os piores números no dia
29, a QUINTA FEIRA NEGRA.
Quando a oferta é maior que a
procura os preços tendem a cair.
E assim, em Outubro de 1929,
ocorreu aumento da venda de
ações e diminuiu a compra.
12. A QUEDA DA BOLSA - CRASH
Mais de 80% das ações não
encontraram compradores,
causando a desvalorização.
Foi o fim do sonho americano.
A produção industrial e agrícola
não encontrou mais mercados
consumidores para a
quantidade produzida.
Produziram mais que a
capacidade de consumir.
13. MOTIVOS
Recuperação da economia
europeia.
Diminuição das importações norte-
americanas.
Dificuldades dos países europeus
em exportar mercadorias para os
EUA devido às tarifas
protecionistas.
Concentração de riquezas,
restringindo o consumo.
Superprodução agrícola,
diminuição do consumo e livre
mercado.
14. A SUPERPRODUÇÃO
“A concentração de riquezas nas mãos
de poucos, a compressão dos salários,
o aumento constante do ritmo de
produção industrial e agrícola e a
concorrência europeia no mercado
internacional fizeram que houvesse
muito mais mercadorias à venda do
que pessoas com capacidade de
compra, configurando-se assim, a crise
da SUPERPRODUÇÃO.”
Sem conseguir vender suas produções,
as empresas demitiam seus
empregados que, consequentemente,
paravam de consumir.
Com as empresas falindo, aumentava
ainda mais o desemprego e diminuía o
consumo.
15.
16. CONSEQUÊNCIAS-EUA
85 mil empresas faliram, com isso
milhões de pessoas pararam de pagar as
prestações das compras feitas pela
facilidade de crédito obtida durante a
euforia econômica.
E assim, 5 mil instituições financeiras e
bancos quebraram.
Ocorreu a inevitável falta de
investimentos, queda total dos preços, e
o desemprego com taxas de até 27%, e
em pouco tempo a fome e a miséria.
Queda de 45% na produção industrial,
queda de 60% na produção do aço,
queda de 70% na indústria de
automóveis.
17. CONSEQUÊNCIAS
MUNDO
Desemprego e adoção de medidas
restritivas sobre o comércio e o
capital.
Não pagamento de dívidas
internacionais.
Ressentimentos nacionais, os
REVANCHISMOS (rondando
novamente a Europa).
Em alguns países onde a democracia
estava fragilizada, a crise ajuda a
levar ao poder regimes políticos
fascistas.
18. CONSEQUÊNCIAS - MUNDO
O comércio internacional reduziu 25% e
a produção industrial teve uma queda
de aproximadamente 39%.
Na América Latina, a repercussão da
crise foi grande, pois os países forneciam
basicamente produtos agrícolas e
matérias-primas aos EUA.
Os EUA reduziram ou cortaram as
compras que faziam desses países.
Com menos dinheiro, os países latino-
americanos deixaram de investir,
gerando desemprego e miséria.
19. BRASIL
O Café era o principal
produto de exportação
brasileiro, correspondia a
quase 80% das
exportações brasileiras. e
Estados Unidos, o principal
comprador.
Por causa da crise, os EUA
diminuíram suas compras
de café, provocando o
aumento dos estoques do
produto no Brasil e a
consequente
desvalorização do café.
20. RÚSSIA - URSS
A crise só não atingiu a URSS, que,
isolada pelos países do Ocidente
após a Revolução Socialista de
1917, tinha um comércio
insignificante com os países
capitalistas.
Nessa época, a URSS entrava numa
fase de industrialização rápida e
intensa.
Através dos Planos quinquenais que
estipulavam o que produzir, como
produzir e como distribuir.
21. A SAIDA DA CRISE – NEW DEAL
Programa de ação
desenvolvido pelo
economista inglês
John Maynard
Keynes.
No governo do
presidente Franklin
Roosevelt.
Entre 1933 e 1945.
Tinha o objetivo de
resgatar o
crescimento
econômico.
22. “Basicamente, o NEW DEAL consistia
em uma maior interferência do
Estado na economia, regulando o
mercado, colocando em cheque os
“dogmas” do capitalismo liberal.”
23. Intervenção do Estado nos setores econômico e
financeiro,
Contratação de empregados pelo Estado com a
criação de frentes de trabalho (obras públicas).
O governo investiu 4 bilhões de dólares na
construção de hidrelétricas, hospitais, escolas,
portos, aeroportos e represas.
Apoio aos pequenos proprietários agrícolas e aos
empresários da indústria.
Destruição de parte da produção agrícola e
industrial para a recuperação dos preços.
Limitação da produção industrial às necessidades
reais dos consumidores.
A SAIDA DA CRISE – NEW DEAL
24. A SAIDA DA CRISE – NEW DEAL
Controle sobre os preços e a produção
para evitar a superprodução na
agricultura e na indústria.
Seguro desemprego e previdência social e
seguro para idosos acima de 65 anos.
Diminuição da jornada de trabalho, com o
objetivo de abrir novos postos.
No início, Roosevelt enfrentou forte
resistência da classe empresarial liberal.
Ela diminuiu com o tempo, pois essas
medidas ajudaram os EUA a sair da crise
econômica.
25. Serve como marco
histórico, pois foi
uma nova forma
econômica assumida
pelo capitalismo
internacional, o
NEOCAPITALISMO.
Também chamado de
capitalismo de bem-
estar – WELFARE
STATE.
Permaneceu forte até
a década de 1970,
quando foi
substituído pelo
NEOLIBERALISMO.
26.
27. #FICAADICA "Despeço-me esta
noite com grande
tristeza.
Há algo, no entanto,
que devo sempre
lembrar. Duas
pessoas inventaram o
New Deal: o
Presidente do Brasil e
o Presidente dos
Estados Unidos.”
Franklin Delano Roosevelt,
27 de novembro de 1936.
O New Deal teve grande influência na
política econômica e social adotada
no Brasil pelo Presidente Getúlio
Vargas, que admirava Roosevelt, e
vice-versa:
28. O FIM
O NEW DEAL não liquidou
totalmente a crise, mas manteve a
estabilidade.
Os efeitos econômicos da
depressão de 30 só foram
superados com o inicio da Segunda
Guerra Mundial, quando o Estado
tomou conta, de fato, da economia,
ajudando a ampliar as exportações.
A guerra foi, então, uma saída
natural para a crise do sistema
capitalista.